Teste Carmen
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Índice
1. Introdução..............................................................................................................................4
2. METODOLOGIA.................................................................................................................5
3. REVISÃO DA LITERATURA.............................................................................................6
1. Introdução
Entre as diversas correntes em psicologia que tiveram que lidar com a questão está a Terapia
Centrada no Cliente (TCC), desenvolvida por Carl Rogers. Este sempre se furtou a definir
aquilo que seria normal ou patológico, em sua teoria psicológica. Segundo o aludido autor, o
psicodiagnóstico seria, inclusive, perda de tempo (Evans, 1979), e, em seu desenvolvimento,
desconsideraria a pessoa em terapia, ou seja, poder-se-ia aprisioná-la num determinado
diagnóstico e desconsiderar sua singularidade, ou, nos dizeres rogerianos, deixar-se-ia de vê-
la como uma pessoa.
A análise transacional estuda a forma como as pessoas pensam, sentem, agem e se relacionam.
Ela se tornou um método muito eficaz para compreender o ser humano e propor soluções
preventivas e transformadoras. Para isso, utiliza de instrumentos que permitem aos indivíduos
conhecerem melhor o seu funcionamento interno e o dos outros. Isso contribui para que
compreendam melhor os seus relacionamentos e percebam aquilo que deve ser alterado para
melhorá-los. É um processo de constante evolução.
A teoria trabalha basicamente tentando recuperar as capacidades inatas ao ser humano que são
perdidas de acordo com as suas vivências e situações estressantes e traumáticas sofridas
principalmente durante a infância. Dessa forma, utilizam-se dos conceitos de Estado de Ego,
aliados ao conhecimento da história pessoal do indivíduo e ao seu comportamento
3. REVISÃO DA LITERATURA
3.1. Contextualização sobre a Terapia Cognitivo-Comportamental
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem da psicoterapia
baseada na combinação de pressupostos da psicologia cognitiva e da psicologia
comportamental. Ela considera que a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos
afeta suas emoções e comportamentos. (Beck, 1976).
O pressuposto central da Teoria Comportamental é o de que um comportamento
disfuncional foi aprendido e que pode ser desencadeado por sinais internos e externos
associados a ele. A Terapia Comportamental auxilia o indivíduo a modificar a relação entre a
situação que está criando dificuldade e a habitual reação emocional e comportamental que ele
tem naquela circunstância, mediante a aprendizagem de uma nova modalidade de reação. A
nova aprendizagem é conseguida através de técnicas apropriadas a cada caso.
Judith Beck foi a primeira pessoa a apresentar o conceito de modelo cognitivo como o
entendemos hoje, se baseando em Epictetus e outros pensadores para construir sua ideia. Ela
acreditava que, para entender melhor as reações emocionais produzidas a partir de um
acontecimento, é necessário distinguir o significado público dessa situação, ou seja, a
definição formal e objetiva do evento de seu significado pessoal – a interpretação do
indivíduo (Beck, 1976, p. 39). Beck defende que os significados estabelecidos diante uma
situação são selecionados a partir de esquemas (padrões impostos à realidade ou à experiência
para servir como ajuda à interpretação delas, bem como mediar a percepção e guiar as
respostas) prévios que os pacientes construíram acerca de si mesmos e sofrendo influência de
eventos ambientais.
Desta forma, as terapias designadas de terapias cognitivo-comportamentais (TCC),
denominam-se assim porquê constituem uma integração de conceitos e técnicas cognitivas e
comportamentais. Atualmente dispõe-se de uma ampla gama de tratamento de diversos
problemas psiquiátricos tais como transtornos de ansiedade, depressão, disfunções sexuais,
distúrbios obsessivos-compulsivos e alimentares (Hawton e cols, 1997; Biggs & Rush, 1999).
Na abordagem cognitivo-comportamental tem sido desenvolvidos muitos trabalhos de
pesquisa a fim de se verificar experimentalmente a eficácia dos diversos tipos de tratamento.
Ao longo dos anos de pesquisa foram desenvolvidas e testadas diversas formas de tratamentos
na TCC. As terapias utilizadas diferem umas das outras de acordo com o enfoque
predominantemente cognitivo ou comportamental.
Apesar da diversidade destas terapias todas compartilham do mesmo pressuposto
teórico, ou seja, que mudanças terapêuticas acontecem na medida em que ocorrem alterações
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nos modos disfuncionais de pensamento. Neste ponto de vista, o mundo é considerado como
constituinte de uma série de eventos que podem ser classificados como neutros, positivos e
negativos, no entanto a avaliação cognitiva que o sujeito faz destes acontecimentos é o que
determina o tipo de resposta que será dada na forma de sentimentos e comportamentos. Desta
forma, a TCC da uma grande ênfase aos pensamentos do cliente e a forma como este
interpreta o mundo.
A transação oculta envolve mais de dois estados do ego simultaneamente. No nível aparente,
ou social, ocorre o estímulo de um estado do ego direcionado a ter uma reação do mesmo
estado do ego do outro indivíduo. No entanto ocorre um estímulo oculto, ou psicológico, do
estado do ego pretendido dirigido à um terceiro estado do outro indivíduo.
Já a transação oculta dupla envolve quatro estados do ego. No nível social ocorre a transação
entre o mesmo estado do ego nos dois indivíduos, enquanto que no nível oculto, ocorre em um
estado diferente do pretendido, sendo que é o mesmo estado para os dois indivíduos.
Aparentemente o primeiro tem a iniciativa, mas a consequência é determinada pelo segundo.
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O modelo teórico da Terapia Centrada no Cliente, surge como resultado de uma prática
que segundo Rogers foi o principal estímulo no seu pensamento psicológico. Todo o trabalho
teórico assentou, como ele dizia a dado momento, na "experiência clínica contínua com
indivíduos, que acreditam precisar de ajuda pessoal ou, que são levados por outros a acreditar
nessa necessidade.
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É possível, assim, que o psicólogo rogeriano tenha valores totalmente diferentes daqueles
assumidos pelo cliente, mas entendemos que a prática clínica é lugar de centramento na
pessoa do cliente, ou mesmo lugar de descentramento (Vieira; Pinheiro, 2013), onde urge o
desenvolvimento pessoal. Portanto, apesar de possíveis diferenças de valores, dentro de uma
relação terapêutica deve-se optar por valores que promovam uma relação autêntica, onde são
consideradas a ambos, psicoterapeuta e cliente, em um relacionamento de pessoa para pessoa.
que é doentio para cada um, pois não utiliza classificações prévias sobre "saúde" e "doença",
como se utilizam as abordagens mais tradicionais. A pessoa nunca é enquadrada numa
classificação, pois ao classificar negamos suas particularidades (Carrasco, 2018).
O intuito da psicoterapia existencial é justamente compreender as particularidades de
cada um, como a pessoa se sente consigo mesma e com os outros, o que constitui seu
momento presente, qual sua relação com o passado as ideias de futuro, quais pessoas são para
ela significativas, como ela lida com suas escolhas, entre outros aspectos (Carrasco, 2018).
O intuito da terapia não é "curar" uma "doença", mas possibilitar o encontro da pessoa
com sua própria existência, com suas emoções, com sua história de vida, com os seus valores
e com o que sente que seja saudável para si, ampliando seu potencial de escolhas e seus
modos de existir.
Para Carrasco (2018), a grande característica da psicoterapia existencial é justamente
sua abertura para as diferenças, os distintos modos de ser, sentir e de se pronunciar no mundo,
reconhecendo e valorizando a diversidade e as singularidades de cada indivíduo, entendendo
que as diferenças não são um problema, mas são justamente o que nos torna singulares em
meio a uma massa.
3.4.2. Modelo Existencial na Psicologia
A Psicologia Humanista entende que os indivíduos estão em constante busca pela
autorrealização. Este segmento da psicologia foca na maneira como o comportamento de uma
pessoa se relaciona com seus sentimentos íntimos e como eles afetam sua imagem. A
psicoterapia de enfoque fenomenológico-existencial cria a possibilidade de a pessoa entrar em
contato com suas angústias e medos, entendendo a indeterminação da existência (nada é
imutável e não há como parar a passagem do tempo) como possibilidade e liberdade e não
somente como finitude e insegurança. (King, 2001)
O ser humano é aquele que pensa a Natureza. Através da fenomenologia, ele pode ocupar um
lugar de pensante de si e pode descrever essa consciência, que é o campo onde todo fenômeno
adquire sentido. O existencialismo é um conjunto de filosofias da existência distintas entre si.
O psicólogo estuda e se aperfeiçoa tanto quanto os outros profissionais. Além disso, está
sempre observando seu próprio comportamento diante da pessoa que está atendendo, de forma
a garantir que suas observações sejam sempre em benefício do cliente/paciente. Nesse sentido,
o psicólogo fenomenológico-existencial não considera o paciente como um conjunto de
pulsões, fantasmas e mecanismos de defesa psíquicas, mas como uma pessoa que procura um
significado para a sua existência. É a pessoa que dá sentido aos mecanismos e não o contrário.
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Posições mais utilizadas, várias percepções sobre o próprio comportamento podem ocorrer.
Nota-se que uma das necessidades essenciais do ser humano é o Reconhecimento, que pode
ser obtido através de Toques ou Carícias. Os tipos e formas dos Toques podem ser descritos e
seus efeitos na interação com o outro podem ser percebidos imediatamente. Além
das Emoções Naturais (raiva, tristeza, medo, alegria e amor), as pessoas se aperfeiçoam em
padrões emocionais aprendidos (ou de Disfarce), que são aprendidos como forma de não
entrar em contato com as emoções Naturais que não puderam ser expressas no ambiente onde
cresceram.
Um conceito singular desta teoria destaca que de acordo com o modo que entende a realidade
durante a infância, a criança tomaria decisões centrais de como vai viver sua vida e cria um
roteiro central com certas possibilidades de final. Através de qualquer um dos conceitos de
AT, cada pessoa pode ir compreendendo seus padrões de funcionamento para agir
com Autonomia, que significa fazer escolhas e viver de forma mais consciente, espontânea e
saudável
Daí, o cliente, auxiliado pela ajuda terapêutica, acaba por modificar ou amadurecer o conceito
que tem de si e, consequentemente, a reavaliar suas estratégias de vida e visão de mundo. No
fundo, todo o processo, em seu andamento, é fruto da ação do próprio cliente, de sua imersão
no processo terapêutico e de seu grau de investimento no mesmo. Por isto o nome:
“Abordagem centrada no Cliente ou na Pessoa”.
O potencial fenomenológico da teoria de Carl Rogers é, um eixo, que merece especial atenção
no que se refere à continuidade de sua construção teórica, na direção de uma clínica
humanista-fenomenológica crítica e ampliada, que priorize o acolhimento da alteridade. Mas
esse não é o único caminho. Ignorar a pluralidade e as diferenças seria perder-se da proposta
original do próprio Rogers.
de uma visão positiva. Desta forma, acredita que a pessoa atendida não deve ser tratada de
forma passiva, mas sim ajudando-a a se perceber como responsável por suas escolhas e
protagonista de sua vida.
O principal objectivo da psicoterapia existencial é proporcionar uma maximização da
autoconsciência para favorecer um aumento do potencial de escolha; é proporcionar uma
ajuda efetiva ao cliente no sentido de descobrir-se e autogerir-se.
5. Conclusão
Investigado o tema é possível concluir que os modelos a concepção de pessoa como centro,
impede Rogers de realizar uma psicoterapia fenomenológica. Mais do que isso, o centramento
na pessoa direciona, restringe, e pela mesma razão, empobrece o processo terapêutico. A
análise da prática clínica rogeriana mostra que esta caminha em direção à fenomenologia; da
pessoa como centro para a experiência, o que se pôde ver na entrevista com Glória, durante a
fase experiencial. Entretanto, para que o modelo de psicoterapia que nos deixou Carl Rogers
possa assumir todo seu potencial de contribuição fenomenológica, é necessário que deixe,
definitivamente, a busca de um suposto homem interno - a pessoa - voltando-se para uma
terapia do fenômeno emergente que, como demonstra o mesmo Rogers, já existe
potencialmente embrionária em sua proposta.
6. Referências Bibliográficas