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FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS

COMPRAS E CONTRATAÇÕES
PROFESSOR BRUNO FURMAN
MESA DIRETORA
9ª LEGISLATURA

Presidente: Dep. Amélio Cayres (Republicanos)


1º Vice-Presidente: Dep. Ivory de Lira (PC do B)
2º Vice-Presidente: Dep. Gutierres Torquato (PDT)
1º Secretário: Dep. Vilmar de Oliveira (Solidariedade)
2º Secretário: Dep. Professora Janad Valcari (PL)
3º Secretário: Dep. Marcus Marcelo (PL)
4º Secretário: Dep. Eduardo Fortes (PSD)

Ficha Técnica
Ebook - FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES
Autor: Professor Bruno Furman
Revisão Pedagógica e EAD: Profª Msc. Victória Fortes

Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização da editora.


A distribuição e download deste e-book são gratuitos dentro da plataforma,
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Professor Bruno Furman
FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES

SUMÁRIO
1. NOÇÕES BÁSICAS DE LICITAÇÃO 01
1.1. Conceito 01
1.2. Objetivos da licitação e contratos 01
1.3. Princípio licitatórios 02
1.4. Legislação aplicável ao processo licitatório 04
1.5. Sistema de registro de preços 06
2. ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO 10
2.1. Fase interna, preparatória, planejamento 10
3. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 19
3.1 conceito 19
3.2 termo de contrato ou instrumento equivalentes 20
3.3 tipos de contratos 21
3.4 clausulas obrigatórias 22
3.5. Vigência do contrato administrativo 24
3.5.1. Da vigência dos contratos de serviços continuados 25
3.5.2. Da vigência por prazo indeterminado 26
3.5.3. Duração dos contratos segundo a nova lei de licitações 27
3.5.4. Da vigência e eficácia 29
3.5.5. Forma da contagem do prazo contratual 29
3.5.6. Alterações no contrato administrativo 30
3.5.7. Quais são os limites legais para as alterações contratuais 31
3.6. Equilibrio econômico-financeiro do contrato 31
3.6.1. Reajuste 32
3.6.2. Reequilibrio econômico-financeiro 33
3.6.3. Repactuação 33
4. PASSO A PASSO PARA ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS 35
4.1. Termo de contrato 35
4.2. Objeto 35
4.3. Vigência 36
4.4. Preço 36
4.5. Dotação orçamentária 36
4.6. Pagamento 37
4.7. Reajuste 37
4.8. Garantia de execução 37
4.9. Entrega e recebimento do objeto 37
4.10. Fiscalização 37
4.11. Obrigações da contratante e da contratada 37
4.12. Sanções administrativas 37
4.13. Rescisão 38
4.14. Vedações 39
4.15. Alterações 39
4.16. Casos omissos 39
4.17. Publicação 40
4.18. Foro 40
5. FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS 41
5.1. Execução dos contratos 41
5.2. Fiscalização do contrato 41
5.3. Atribuições dos gestores e fiscais do contrato 42
5.4. Designação dos gestores e fiscais de contrato 44
5.5. Quem não pode ser fiscal de contrato 45
5.6. Preposto 45
5.7. Entrega do produto/prestação do serviço 46
5.8. Instrução para o pagamento 48
5.9. Check list do fiscal do contrato 49
6. REFERÊNCIAS 51
1.NOÇÕES BÁSICAS DE
LICITAÇÃO
1.1. Conceito
“Licitação e procedimento administrativo formal em que a Administração Pública
convoca, por meio de condições estabelecidas em ato próprio (edital ou convite),
empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de
bens e serviços.” (Licitações e Contratos – orientações e jurisprudência do TCU).
1.2. Objetivos da Licitação e Contratos

A sua finalidade é garantir


Acórdão - TCU 1734/2009 Plenário
a observância do princípio A licitação não deve perder seu objetivo
constitucional da isonomia e principal, que é obter a proposta mais
vantajosa a Administração, mediante ampla
a selecionar a proposta mais competitividade, a teor do art. 3o, caput, da Lei
vantajosa para a Administração, de 8.666/1993.
maneira a assegurar oportunidade
igual a todos os interessados e a possibilitar o comparecimento ao certame do
maior número possível de concorrentes.

Contudo, devemos analisar e compreender que ao selecionar a proposta mais


vantajosa para a administração (que não significa necessariamente a de valor
mais baixo), assegurar igual oportunidade a todos os interessados (princípio da
isonomia) e promover o desenvolvimento nacional sustentável, com observância
de todos os requisitos legais exigidos.

A Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, Lei n.º 14.133/21, de 1º de


abril de 2021, define em seu art. 11 os objetivos do processo licitatório, observe:

Art. 11. O processo licitatório tem por objetivos:


I - Assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado
de contratação mais vantajoso para a Administração Pública,
inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto;
II - Assegurar tratamento isonômico entre os licitantes, bem
como a justa competição;
III - Evitar contratações com sobrepreço ou com preços
manifestamente inexequíveis e superfaturamento na execução
dos contratos;
IV - Incentivar a inovação e o desenvolvimento nacional sustentável.
FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES
01
Parágrafo único. A alta administração do órgão ou entidade
é responsável pela governança das contratações e deve
implementar processos e estruturas, inclusive de gestão de
riscos e controles internos, para avaliar, direcionar e monitorar
os processos licitatórios e os respectivos contratos, com o
intuito de alcançar os objetivos estabelecidos no caput deste
artigo, promover um ambiente íntegro e confiável, assegurar o
alinhamento das contratações ao planejamento estratégico e às
leis orçamentárias e promover eficiência, efetividade e eficácia
em suas contratações.

Em obediência aos princípios da transparência e da publicidade, permite-se a


interessados o conhecimento das condições licitatórias, em qualquer momento
do processo licitatório, por ser público, de modo a evitar a prática de
irregularidades nos respectivos procedimentos e de contratações sigilosas,
danosas ao Erário.
Ainda assim, para os objetivos sejam atingidos devemos observar que durante o
processo licitatório, há uma etapa específica para elaboração dos instrumentos
que balizarão todo o processo, entre eles, o contrato, que posteriormente será
exercida a sua fiscalização em conformidade ao que foi planejado nas etapas
iniciais.

Um bom contrato não é aquele em que uma das partes


subjuga a outra à sua vontade. Também não é o em que
as partes, felizes e risonhas, caminham em busca de um
objetivo comum. Um bom contrato é o que, não só bem
celebrado, mas, sobretudo, bem administrado, conduz as
partes a satisfazerem seus respectivos interesses, apesar de
serem estes divergentes.

Antônio Carlos Cintra do Amaral

1.3. Princípios licitatórios

Para entender melhor os princípios licitatórios, realizaremos um comparativo


entre a antiga e a nova lei de licitações, mas constate que alguns princípios
permaneceram, já outros foram adicionados.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


02
FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES

COMPARATIVO

LEI 8.666/93 LEI 14.133/21

Art. 3o A licitação destina-se a garantir Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão


a observância do princípio observados os princípios da legalidade,
constitucional da isonomia, a seleção da impessoalidade, da moralidade, da
da proposta mais vantajosa para a publicidade, da eficiência, do interesse
administração e a promoção do público, da probidade administrativa,
desenvolvimento nacional sustentável e da igualdade, do planejamento, da
será processada e julgada em estrita transparência, da eficácia, da
conformidade com os princípios segregação de funções, da motivação,
básicos da legalidade, da da vinculação ao edital, do julgamento
impessoalidade, da moralidade, da objetivo, da segurança jurídica, da
igualdade, da publicidade, da razoabilidade, da competitividade, da
probidade administrativa, da vinculação proporcionalidade, da celeridade, da
ao instrumento convocatório, do economicidade e do desenvolvimento
julgamento objetivo e dos que lhes são nacional sustentável, assim como as
correlatos. disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de
4 de setembro de 1942 (Lei de
Princípio da Legalidade Introdução às Normas do Direito
Nos procedimentos de licitação, esse Brasileiro).
princípio vincula os licitantes e a
Administração Pública as regras Princípio da Legalidade
estabelecidas nas normas e princípios Nos procedimentos de licitação, esse
em vigor. princípio vincula os licitantes e a
Administração Pública as regras
Princípio da Isonomia estabelecidas nas normas e princípios
Significa dar tratamento igual a todos em vigor.
os interessados. E condição essencial
para garantir competição em todos Princípio da Igualdade
os procedimentos licitatórios. Significa dar tratamento igual a todos
os interessados. E condição essencial
Princípio da Impessoalidade para garantir competição em todos
Esse princípio obriga a Administração a os procedimentos licitatórios.
observar nas decisões critérios
objetivos previamente estabelecidos, Princípio da Impessoalidade
afastando a discricionariedade e o Esse princípio obriga a Administração a
subjetivismo na condução dos observar nas decisões critérios
procedimentos de licitação. objetivos previamente estabelecidos,
afastando a discricionariedade e o
Princípio da Moralidade e da subjetivismo na condução dos
Probidade Administrativa procedimentos de licitação.
A conduta dos licitantes e dos agentes
públicos tem de ser, além de lícita, Princípio da Moralidade e da
compatível com a moral, a ética, os Probidade Administrativa
bons costumes e as regras da boa A conduta dos licitantes e dos agentes
administração. públicos tem de ser, além de lícita,
compatível com a moral, a ética, os
bons costumes e as regras da boa
administração.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


03
1.4 Legislação aplicável ao processo licitatório
LEIS
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993
- regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração
Pública.
Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021 – Lei
de Licitações e Contratos Administrativos.
Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011
- Institui o Regime Diferenciado de
Contratações Públicas - RDC.
Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002 -
institui, no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, nos termos
do art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, modalidade de licitação
denominada pregão, para aquisição de
bens e serviços comuns.

DECRETOS
Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019 - regulamenta a licitação,
na modalidade pregão, na forma eletrônica, para a aquisição de bens e a
contratação de serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia,
e dispõe sobre o uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração
pública federal.
Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013 - regulamenta o Sistema de Registro
de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
Decreto nº 7.174, de 12 de maio de 2010 - Regulamenta a contratação de bens
e serviços de informática e automação pela administração pública federal,
direta ou indireta, pelas fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público
e pelas demais organizações sob o controle direto ou indireto da União.
Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967 - dispõe sobre a organização da
Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


04
INSTRUÇÕES NORMATIVAS
Instrução Normativa SEGES/ME nº 65, de 7 de julho de 2021 - dispõe sobre
o procedimento administrativo para a realização de pesquisa de preços
para a aquisição de bens e contratação de serviços em geral, no âmbito da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

Instrução Normativa SEGES/ME nº 67, de 8 de julho de 2021 – dispõe sobre


a dispensa de licitação, na forma eletrônica, de que trata a Lei nº 14.133, de
1º de abril de 2021, e institui o Sistema de Dispensa Eletrônica, no âmbito da
Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional.

Instrução Normativa SEGES/MP nº 1, de 10 de janeiro de 2019 - dispõe


sobre Plano Anual de Contratações de bens, serviços, obras e soluções de
tecnologia da informação e comunicações no âmbito da Administração Pública
federal direta, autárquica e fundacional e sobre o Sistema de Planejamento e
Gerenciamento de Contratações.

Instrução Normativa SEGES/MP nº 1, de 4 de abril de 2019 - dispõe


sobre o processo de contratação de soluções de Tecnologia da Informação
e Comunicação - TIC pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema de
Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação - SISP do Poder
Executivo Federal.

Instrução Normativa SEGES/MP nº 3, de 26 de abril de 2018 - Estabelece regras


de funcionamento do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores
– Sicaf, no âmbito do Poder Executivo Federal.

Instrução Normativa SEGES/MP nº 5, de 26 de maio de 2017 - dispõe


sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação de serviços sob
o regime de execução indireta no âmbito da Administração Pública federal
direta, autárquica e fundacional.

PORTARIAS
Portaria nº 6.432, de 15 de junho de 2021 - Estabelece modelo de contratação
de serviços de operação de infraestrutura e atendimento a usuários de
Tecnologia da Informação e Comunicação, no âmbito dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da
Informação - SISP do Poder Executivo Federal.
FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES
05
Portaria STI/MP nº 4, de 6 de março de 2017 - dispõe sobre recomendações
técnicas para mensuração de software ou de resultados de serviços de
desenvolvimento, manutenção e sustentação de software no âmbito do Sistema
de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação - SISP.

Portaria STI/MP nº 20, de 14 de junho 2016 - dispõe sobre orientações para


contratação de soluções de Tecnologia da Informação no âmbito da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

Súmula nº 222 – TCUAs Decisões do TCU,


relativas à aplicação de normas gerais de
licitação, sobre as quais cabe privativamente
à União legislar, devem ser acatadas pelos
administradores dos Poderes da União, dos
Estado, do Distrito Federal e dos Municípios.

Além das legislações supracitadas, devem ser observadas as Jurisprudências,


orientações e boas práticas do Tribunal de Contas da União - TCU, dos Tribunais
de Contas dos Estados – TCEs, dos Tribunais de Contas dos Municípios – TCMs,
orientações normativas da Advocacia Geral da União – AGU e normativos internos
dos órgãos.

1.5. Sistema de Registro de Preços


O Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei 8.666/93 é
regulamentado, em âmbito federal, pelo Decreto nº 7.892/2013.
Em relação as contratações convencionais, a principal diferença do sistema de
registro de preços reside no objeto da licitação. No sistema convencional, a
licitação destina-se a selecionar fornecedor e proposta para contratação
específica, efetivada pela Administração ao final do procedimento.
No registro de preços, a licitação direciona-se a selecionar fornecedor e proposta
para contratações não específicas, que poderão ser realizadas, por repetidas
vezes, durante certo período.

São peculiaridades do sistema de registro de preços:


Não está a Administração obrigada a contratar o bem ou serviço registrado. A
contratação somente ocorre se houver interesse do órgão/entidade;
Compromete-se o licitante a manter, durante o prazo de validade do registro, o
preço registrado e a disponibilidade do produto, nos quantitativos máximos
licitados;

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


06
Aperfeiçoa-se o fornecimento do objeto registrado por meio de instrumento contratual
(termo de contrato ou instrumento equivalente);

Observados o prazo de validade do registro e os quantitativos máximos previamente


indicados na licitação, a Administração poderá realizar tantas contratações quantas se
fizerem necessárias;

Pode a Administração realizar outra licitação para a contratação pretendida, a despeito


da existência de preços registrados. Contudo, não pode comprar de outro licitante que
não o ofertante da melhor proposta;

Licitação para o SRP pode ser realizada independentemente de dotação orçamentária,


pois não há obrigatoriedade e dever de contratar;

Pode ser revisto o preço registrado em decorrência de eventual redução daqueles


praticados no mercado, ou que eleve o custo respectivo;

Quando demonstrada a ocorrência de fato superveniente, capaz de impedir o


cumprimento do compromisso assumido, pode ser solicitado cancelamento de registro
da empresa licitante.

Após realização da licitação, preços e condições de contratação ficam registrados na ata


de registro de preços. Ficam disponíveis para os órgãos e entidades participantes do
registro de preços ou para qualquer outro órgão ou entidade da Administração, ainda
que não tenha participado do certame licitatório. Preço registrado e indicação dos
respectivos fornecedores serão divulgados em órgão oficial da Administração.

Prazo de validade da ata de registro de preços não poderá ser superior a um ano,
computadas eventuais prorrogações. O Regulamento Federal admite prorrogação da
validade da ata de registro de preços por mais doze meses, em caráter excepcional,
devidamente justificado e autorizado, quando a proposta vencedora continuar sendo
mais vantajosa para a Administração.

Outra vantagem do sistema do registro de preços e evitar o fracionamento da despesa,


pois a escolha da proposta mais vantajosa já foi precedida de licitação nas modalidades
concorrência ou pregão, não restritas a limite de valores para contratação. Sistema de
Registro de Preços - SRP permite redução de custos operacionais e otimização dos
processos de contratação de bens e serviços pela Administração.
FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES
07
Deve o SRP ser adotado preferencialmente quando:

Pelas características do bem ou serviço houver necessidade de contratações frequentes;

Pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser
demandado pela Administração;

For mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou


contratação de serviços necessários a Administração para o desempenho das
atribuições; e

For vantajosa a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais


de um órgão ou entidade ou a programas de governo.

A nova lei de Licitações e contratos traz uma seção específica de detalhamento sobre o
Sistema de Registro de Preço, vejamos:

Art. 82. O edital de licitação para registro de preços observará as


regras gerais desta Lei e deverá dispor sobre:

I - as especificidades da licitação e de seu objeto, inclusive a


quantidade máxima de cada item que poderá ser adquirida;

II - a quantidade mínima a ser cotada de unidades de bens ou, no caso


de serviços, de unidades de medida;

III - a possibilidade de prever preços diferentes:

a) quando o objeto for realizado ou entregue em locais diferentes;


b) em razão da forma e do local de acondicionamento;
c) quando admitida cotação variável em razão do tamanho do lote;
d) por outros motivos justificados no processo;

IV - a possibilidade de o licitante oferecer ou não proposta em


quantitativo inferior ao máximo previsto no edital, obrigando-se nos
limites dela;

V - o critério de julgamento da licitação, que será o de menor preço ou


o de maior desconto sobre tabela de preços praticada no mercado;

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


08
VI - as condições para alteração de preços registrados;

VII - o registro de mais de um fornecedor ou prestador de serviço,


desde que aceitem cotar o objeto em preço igual ao do licitante
vencedor, assegurada a preferência de contratação de acordo com a
ordem de classificação;

VIII - a vedação à participação do órgão ou entidade em mais de uma


ata de registro de preços com o mesmo objeto no prazo de validade
daquela de que já tiver participado, salvo na ocorrência de ata que
tenha registrado quantitativo inferior ao máximo previsto no edital;

IX - as hipóteses de cancelamento da ata de registro de preços e suas


consequências.

§ 1º O critério de julgamento de menor preço por grupo de itens


somente poderá ser adotado quando for demonstrada a inviabilidade
de se promover a adjudicação por item e for evidenciada a sua
vantagem técnica e econômica, e o critério de aceitabilidade de preços
unitários máximos deverá ser indicado no edital.

§ 2º Na hipótese de que trata o § 1º deste artigo, observados os


parâmetros estabelecidos nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 23 desta Lei, a
contratação posterior de item específico constante de grupo de itens
exigirá prévia pesquisa de mercado e demonstração de sua vantagem
para o órgão ou entidade.

§ 3º É permitido registro de preços com indicação limitada a unidades


de contratação, sem indicação do total a ser adquirido, apenas nas
seguintes situações:

I - quando for a primeira licitação para o objeto e o órgão ou entidade


não tiver registro de demandas anteriores;

II - no caso de alimento perecível;

III - no caso em que o serviço estiver integrado ao fornecimento de


bens.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


09
2. ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO
2.1 Fase interna, preparatória, planejamento

PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO

A principal etapa do processo de contratação pública é a de planejamento.


O planejamento é um mecanismo ou procedimento de programação para que se
atinja determinado objetivo com economicidade e eficiência. O dolo ou defeito
no planejamento da contratação acarreta uma série de prejuízos ao certame,
incluindo o direcionamento da licitação e vícios outros maculados pela
ilegalidade.
O planejamento da contratação pública é uma etapa – alguns o intitulam como
fase interna – do processo licitatório que alicerça todas as demais fases, etapas e
atos.
Atos de licitação devem desenvolver-se em sequência lógica, após identificação
de determinada necessidade a ser atendida até assinatura do respectivo contrato
ou emissão de documento equivalente (ex. Nota de Empenho). A prática, não a
lei, separou a licitação em duas fases: interna e externa. Existe sigilo somente
quanto ao conteúdo da proposta, que se estende até a respectiva abertura dos
envelopes.
Sobre a sequência lógica do processo licitatório estabelecido na Lei 8.666/93,
observará as seguintes etapas sucessivas:

abertura do procedimento licitatório;


identificação da demanda (solicitação do setor);
definição precisa do objeto a ser contratado;
elaboração do Projeto Básico/Projeto Executivo/Termo de Referência,
conforme o caso;
aprovação da autoridade competente para o início do processo licitatório;
estimativa do valor da contratação, com pesquisa de mercado;
indicação dos recursos orçamentários;
elaboração do edital;
encaminhamento ao órgão jurídico para aprovação das minutas.

Ainda neste sentido, a nova lei de licitações e contratos administrativo


estabeleceu novas orientações de planejamento.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


10
Art. 18. A fase preparatória do processo licitatório é caracterizada
pelo planejamento e deve compatibilizar-se com o plano de
contratações anual de que trata o inciso VII do caput do art. 12
desta Lei, sempre que elaborado, e com as leis orçamentárias,
bem como abordar todas as considerações técnicas,
mercadológicas e de gestão que podem interferir na contratação,
compreendidos:

I - a descrição da necessidade da contratação fundamentada em


estudo técnico preliminar que caracterize o interesse público
envolvido;
II - a definição do objeto para o atendimento da necessidade, por
meio de termo de referência, anteprojeto, projeto básico ou
projeto executivo, conforme o caso;
III - a definição das condições de execução e pagamento, das
garantias exigidas e ofertadas e das condições de recebimento;
IV - o orçamento estimado, com as composições dos preços
utilizados para sua formação;
V - a elaboração do edital de licitação;
VI - a elaboração de minuta de contrato, quando necessária, que
constará obrigatoriamente como anexo do edital de licitação;
VII - o regime de fornecimento de bens, de prestação de serviços
ou de execução de obras e serviços de engenharia, observados os
potenciais de economia de escala;
VIII - a modalidade de licitação, o critério de julgamento, o modo
de disputa e a adequação e eficiência da forma de combinação
desses parâmetros, para os fins de seleção da proposta apta a
gerar o resultado de contratação mais vantajoso para a
Administração Pública, considerado todo o ciclo de vida do objeto;
IX - a motivação circunstanciada das condições do edital, tais como
justificativa de exigências de qualificação técnica, mediante
indicação das parcelas de maior relevância técnica ou valor
significativo do objeto, e de qualificação econômico-financeira,
justificativa dos critérios de pontuação e julgamento das propostas
técnicas, nas licitações com julgamento por melhor técnica ou
técnica e preço, e justificativa das regras pertinentes à participação
de empresas em consórcio;
X - a análise dos riscos que possam comprometer o sucesso da
licitação e a boa execução contratual;
XI - a motivação sobre o momento da divulgação do orçamento da
licitação, observado o art. 24 desta Lei.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


11
JUSTIFICATIVA DA CONTRATAÇÃO
A justificativa ou motivo da Acórdão - TCU 265/2010 - Plenário
contratação, portanto, é Utilize obrigatoriamente a modalidade pregão para
indispensável e é elemento aquisição e/ou contratação de bens e serviços
comuns, ou seja, aqueles cujos padrões de
componente do ato administrativo desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de
que faz parte da fase primária do especificações usuais no mercado, conforme regra
certame. ínsita no art. 1º, parágrafo único, da Lei nº
10.520/2002, incluindo nessas características os
O motivo, conforme a doutrina, é o bens e serviços de TI.
pressuposto de fato e de direito que Realize adequado planejamento das contratações,
de forma a prever na minuta contratual um nível
serve de base à emanação do ato mínimo de serviço exigido (NMSE) a fim de
administrativo. Por isso que, quando resguardar-se quanto ao não cumprimento de
padrões mínimos de qualidade, especificando os
o órgão requisitante fizer o níveis pretendidos para o tempo de entrega do
documento de demanda deve, além serviço, disponibilidade, performance e incidência
de erros, entre outros, bem assim estabelecendo
de apresentar a situação fática que graus de prioridades e penalidades, à luz dos arts.
fundamenta a necessidade, deve 3º, § 1º, inciso I, e 6º, inciso IX, alínea “d”, da Lei nº
8.666/1993 e do art. 8º, inciso I, do Decreto nº
discorrer sobre as regras que 3.555/2000
viabilizam a sua solicitação.

Importante: a ausência de motivo pode ser objeto invalidação do ato ou mesmo


de todo o procedimento.

ESTUDOS TÉCNICOS PRELIMINARES


As licitações de obras ou serviços realizadas nas modalidades concorrência,
tomada de preços e convite deve ser precedida da elaboração de projeto básico.
Será elaborado, segundo as exigências das Leis nº 8.666/1993, 10.520/2002 e
14.133/21, com base em indicações de estudos técnicos preliminares que
assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental
do empreendimento.
O Decreto 10.024/19, em seu artigo 3º define: “IV - estudo técnico preliminar -
documento constitutivo da primeira etapa do planejamento de uma contratação,
que caracteriza o interesse público envolvido e a melhor solução ao problema a
ser resolvido e que, na hipótese de conclusão pela viabilidade da contratação,
fundamenta o termo de referência;”. Contudo, o inciso I, do artigo 8º do Decreto
10.024/19 explica que o a sua utilização não é obrigatória, somente quando
necessário. A nova lei geral de licitações, assim como diversas instruções
normativas, define a obrigatoriedade dos estudos técnicos preliminares.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


12
instrução normativa 05, de 26 de maio de 2017, é taxativa quando a necessidade
de utilização dos Estudos Técnicos Preliminares na parte preparatória do
processo licitatório, observe:

Seção II

Dos Estudos Preliminares

Art. 24. Com base no documento que formaliza a demanda, a


equipe de Planejamento da Contratação deve realizar os Estudos
Preliminares, conforme as diretrizes constantes do Anexo III.

§ 1º O documento que materializa os Estudos Preliminares deve


conter, quando couber, o seguinte conteúdo:

I - necessidade da contratação;
II - referência a outros instrumentos de planejamento do órgão ou
entidade, se houver;
III - requisitos da contratação;
IV - estimativa das quantidades, acompanhadas das memórias de
cálculo e dos documentos que lhe dão suporte;
V - levantamento de mercado e justificativa da escolha do tipo de
solução a contratar;
VI - estimativas de preços ou preços referenciais;
VII - descrição da solução como um todo;
VIII - justificativas para o parcelamento ou não da solução quando
necessária para individualização do objeto;
IX - demonstrativo dos resultados pretendidos em termos de
economicidade e de melhor aproveitamento dos recursos
humanos, materiais ou financeiros disponíveis;
X - providências para adequação do ambiente do órgão;
XI - contratações correlatas e/ou interdependentes; e XII -
declaração da viabilidade ou não da contratação.

§ 2º Os Estudos Preliminares devem obrigatoriamente conter o


disposto nos incisos I, IV, VI, VIII e XII do parágrafo anterior.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


13
PROJETO BÁSICO
Toda licitação de obra ou serviço realizada nas modalidades concorrência,
tomada de preços e convite deve ser precedida da elaboração de projeto básico.
Será elaborado, segundo as exigências da Lei nº 8.666/1993, com base em
indicações de estudos técnicos preliminares que assegurem a viabilidade técnica
e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento. Estabelece
a Lei de Licitações que o projeto básico deve estar anexado ao ato convocatório,
dele sendo parte integrante. Determina ainda que o projeto básico deve conter
os seguintes elementos:

Desenvolvimento da solução escolhida;


Soluções técnicas globais e localizadas;
Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e
equipamentos a incorporar à obra;
Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos
construtivos;
Subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra;
Orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.

Além de ser peça imprescindível para execução de obra ou prestação de serviços,


projeto básico é o documento que propícia a Administração conhecimento pleno
do objeto que se quer licitar, de forma detalhada, clara e precisa. Permite ao
licitante informações e elementos necessários a boa elaboração da proposta,
mediante regras estabelecidas pela Administração a que estará sujeito. Pela
leitura da legislação, é possível deduzir que a exigência de projeto básico refere-
se apenas à contratação de obras e serviços de engenharia. Entretanto, a lei não
fez distinção entre serviços de engenharia e aqueles não caracterizados como tal.
Por isso, o entendimento tem sido de que a elaboração prévia de projeto básico é
exigida para qualquer tipo de serviço.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


14
Com a nova Lei de Licitações o
conceito de projeto básico é: ACÓRDÃO - TCU 3018/2009
conjunto de elementos necessários
PLENÁRIO
e suficientes, com nível de precisão
adequado para definir e A ausência ou a deficiência de
dimensionar a obra ou o serviço, ou projeto básico e causa de atrasos e
o complexo de obras ou de serviços cancelamentos das licitações,
objeto da licitação, elaborado com superfaturamento, aditamentos de
base nas indicações dos estudos contratos desnecessários, entre
técnicos preliminares, que assegure outros fatores que causam
a viabilidade técnica e o adequado enormes prejuízos a Administração
tratamento do impacto ambiental Federal, em vista de não ficarem
do empreendimento e que demonstradas a viabilidade e a
possibilite a avaliação do custo da conveniência da execução de
obra e a definição dos métodos e do determinada obra ou serviço.
prazo de execução.

TERMO DE REFERÊNCIA

Em licitações realizadas na modalidade pregão, é obrigatória a elaboração de


termo de referência, que deve dispor sobre as condições gerais de execução do
contrato.
Termo de referência é documento prévio ao procedimento licitatório. Serve de
base para elaboração do edital, a exemplo de projeto básico. Será elaborado pelo
setor requisitante do objeto da licitação, em conjunto com a área de compras, e
aprovado por quem autorizou a realização do procedimento licitatório.

Acórdão - TCU 428/2010 Segunda Câmara

Defina de forma precisa os elementos necessários e suficientes que


caracterizem a prestação de serviço ou a execução da obra pretendida por
ocasião da elaboração dos projetos básicos e termos de referência das
licitações, conforme regulamenta o art. 6o, inciso IX, e art. 40, § 2o, da Lei
8.666/1993

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


15
Decreto n.º 10.024/19, define os elementos que devem instruir o termo de
referência, observa:
XI - termo de referência - documento elaborado com base nos estudos
técnicos preliminares, que deverá conter:
a)os elementos que embasam a avaliação do custo pela administração pública, a partir
dos padrões de desempenho e qualidade estabelecidos e das condições de entrega do
objeto, com as seguintes informações:

1.a definição do objeto contratual e dos métodos para a sua execução, vedadas
especificações excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, que limitem ou frustrem a
competição ou a realização do certame;
2.o valor estimado do objeto da licitação demonstrado em planilhas, de acordo com o
preço de mercado; e
3.o cronograma físico-financeiro, se necessário;
b) o critério de aceitação do objeto;
c) os deveres do contratado e do contratante;
d) a relação dos documentos essenciais à verificação da qualificação técnica e
econômico-financeira, se necessária;
e) os procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato ou da ata de registro
de preços;
f) o prazo para execução do contrato; e
g) as sanções previstas de forma objetiva, suficiente e clara.
§1º A classificação de bens e serviços como comuns depende de exame
predominantemente fático e de natureza técnica.
§2º Os bens e serviços que envolverem o desenvolvimento de soluções específicas de
natureza intelectual, científica e técnica, caso possam ser definidos nos termos do
disposto no inciso II do caput, serão licitados por pregão, na forma eletrônica.

A Lei 14.133/21, define os elementos que devem instruir o termo de


referência, observa:

XXIII - termo de referência: documento necessário para a contratação de bens e


serviços, que deve conter os seguintes parâmetros e elementos descritivos:
a) definição do objeto, incluídos sua natureza, os quantitativos, o prazo do contrato e,
se for o caso, a possibilidade de sua prorrogação;
b)fundamentação da contratação, que consiste na referência aos estudos técnicos
preliminares correspondentes ou, quando não for possível divulgar esses estudos, no
extrato das partes que não contiverem informações sigilosas;

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


16
c) descrição da solução como um todo, considerado todo o ciclo de vida do objeto;
d) requisitos da contratação;
e) modelo de execução do objeto, que consiste na definição de como o contrato deverá
produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o seu encerramento;
f) modelo de gestão do contrato, que descreve como a execução do objeto será
acompanhada e fiscalizada pelo órgão ou entidade;
g) critérios de medição e de pagamento;
h) forma e critérios de seleção do fornecedor;
i) estimativas do valor da contratação, acompanhadas dos preços unitários referenciais,
das memórias de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte, com os parâmetros
utilizados para a obtenção dos preços e para os respectivos cálculos, que devem
constar de documento separado e classificado;
j) adequação orçamentária;

COTAÇÃO OU PESQUISA DE PREÇO


ACÓRDÃO - TCU 127/2007
Contratações públicas poderão ser
PLENÁRIO
efetivadas somente após estimativa
prévia do respectivo valor, que deve
Deve ser estabelecido
obrigatoriamente ser juntada ao processo
procedimento padronizado de
de contratação e ao ato convocatório
pesquisa de preços, em que seja
divulgado.
exigido o mínimo de três propostas
Estimativa do valor da contratação é o
e completo detalhamento da
principal fator para escolha da
proposta pelo fornecedor, em
modalidade de licitação a ser adotada,
conformidade com o solicitado e
exceto quanto a concorrência ou ao
deve haver vinculação entre o valor
pregão, que podem ser utilizados
indicado na proposta e o
independentemente do valor a ser
efetivamente contratado.
contratado.
Essa estimativa também tem por
finalidade, especialmente:

Verificar se existem recursos orçamentários suficientes para o pagamento da despesa


com a contratação; e servir de parâmetro objetivo para julgamento das ofertas
apresentadas.

Na hipótese de objeto divisível, a estimativa total da licitação deverá considerar a soma


dos preços unitários multiplicados pelas quantidades dos itens, etapas ou parcelas etc.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


17
Com referência a obras e serviços, a estimativa será detalhada em planilhas que
expressem a composição de todos os custos unitários, ou seja, a estimativa do
valor da contratação deve estar disposta sob a forma de orçamento estimado em
planilha de quantitativos e preços unitários.

Para efeito de cálculo da despesa, será levado em conta todo o período de


vigência do contrato a ser firmado, consideradas ainda eventuais prorrogações
previstas para a contratação.

Deve a estimativa ser elaborada com base nos preços colhidos em empresas do
ramo pertinente ao objeto licitado, correntes no mercado onde será realizada a
licitação, que pode ser local, regional ou nacional. Sempre que possível, devem
ser verificados os preços fixados por órgão oficial competente, sistema de
registro de preços ou vigentes em outros órgãos.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


18
3. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
3.1. CONCEITO

Pode-se conceituar Contrato como uma manifestação recíproca de vontades


entre dois entes, conformando uma relação jurídica bilateral em que os
respectivos interesses das partes se compõem e instituem uma vontade comum
nascida do consenso, autônoma e diferenciada das vontades individuais
originais, que, a ambas subordinando, passará a reger a relação assim formada.
Contrato administrativo, de acordo com a Lei nº 8.666/1993 e Lei nº 14.133/21, é
todo e qualquer ajuste celebrado entre órgãos ou entidades da Administração
Pública e particulares, por meio do qual se estabelece acordo de vontades, para
formação de vínculo e estipulação de obrigações recíprocas, observe a nova
redação da formalização dos contratos administrativos:

TÍTULO III
DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
CAPÍTULO I
DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
Art. 89. Os contratos de que trata esta Lei regular-se-ão pelas
suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, e a eles
serão aplicados, supletivamente, os princípios da teoria geral
dos contratos e as disposições de direito privado.

§ 1º Todo contrato deverá mencionar os nomes das partes e os


de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou sua
lavratura, o número do processo da licitação ou da contratação
direta e a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às
cláusulas contratuais.

§ 2º Os contratos deverão estabelecer com clareza e precisão as


condições para sua execução, expressas em cláusulas que
definam os direitos, as obrigações e as responsabilidades das
partes, em conformidade com os termos do edital de licitação e
os da proposta vencedora ou com os termos do ato que
autorizou a contratação direta e os da respectiva proposta.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


19
Regulam-se os contratos pelas respectivas cláusulas, pelas normas da Lei de
Licitações e pelos preceitos de direito público. Na falta desses dispositivos,
regem-se pelos princípios da teoria geral dos contratos e pelas disposições de
direito privado.
Após concluído o processo licitatório ou os procedimentos de dispensa ou
inexigibilidade de licitação, a Administração adotara as providências necessárias
para celebração do contrato correspondente.
No contrato devem estar estabelecidas com clareza e precisão cláusulas que
definam direitos, obrigações e responsabilidade da Administração e do particular.
Essas disposições devem estar em harmonia com os termos da proposta
vencedora, com o ato convocatório da licitação ou com a autorização para
contratação direta por dispensa ou inexigibilidade de licitação.
Contratos celebrados entre a Administração e particulares são diferentes
daqueles firmados no âmbito do direito privado. Isso ocorre porque nos
contratos celebrados entre particulares vale como regra a disponibilidade da
vontade, enquanto naqueles em que a Administração e parte deve existir a
constante busca pela plena realização do interesse público.

3.2. TERMO DE CONTRATO OU INSTRUMENTO EQUIVALENTES

Chegado ao momento de confecção do instrumento contratual, a Administração


deve decidir se utilizará um termo contratual ou se esse será substituído por
algum dos instrumentos equivalentes, conforme autoriza o art. 62 da Lei nº
8.666, de 1993, abaixo reproduzido:

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de


concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites
destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais
em que a Administração puder substituí-lo por outros
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho
de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de
serviço.
§ 1o A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou
ato convocatório da licitação.
§ 2o Em “carta contrato”, “nota de empenho de despesa”,
“autorização de compra”, “ordem de execução de serviço” ou
outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto
no art. 55 desta Lei (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994).

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


20
É importante esclarecer, desde logo, que contrato administrativo é a própria
relação jurídica entretida entre a Administração e o particular, enquanto o termo
de contrato ou os instrumentos equivalentes são apenas os instrumentos que
formalizam esta relação.

3.3. TIPOS DE CONTRATOS

Em geral, os contratos administrativos são regidos por normas de direito público.


Mas há contratos celebrados pela Administração Pública que são
regulamentados por normas de direito privado. Exemplo: contratos de seguro, de
financiamento e de locação, em que a Administração Pública é locatária e aqueles
em que é usuária de serviço público.
Nesses contratos, a Administração pode aplicar normas gerais de direito privado,
mas deve observar as regras dos artigos 55 e 58 a 61 e demais disposições
ditadas pela Lei de Licitações.
Com referência aos principais contratos celebrados pela Administração Pública
amparados pela Lei nº 8.666/1993, podem ser citados aqueles cujo objeto refere-
se:

serviços
COMPRA bens
Demolição
instalação,
, conserto,
rada de montagem
Aquisiç
ão r
r ne
e
c
m
im
u n e
ento de
uma só OBRAS operação, c
reparação,
onservação
,
,
para fo mente. adaptação
o u p a rcelada Construção, reforma, manutenç ,
vez ão, transpo
rt e,
fabricação, recuperação ou locação de
bens, publi
seguro ou cidade,
ampliação. trabalhos té
profissiona c nico-
is

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


21
3.4. CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS

Lei 8.666/93

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:


I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de
atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo,
conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante
vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com com as
obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.

Lei 14.133/21

Art. 92. São necessárias em todo contrato cláusulas que estabeleçam:


I - o objeto e seus elementos característicos;
II - a vinculação ao edital de licitação e à proposta do licitante vencedor ou ao ato que tiver autorizado a contratação direta e à
respectiva proposta;
III - a legislação aplicável à execução do contrato, inclusive quanto aos casos omissos;
IV - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
V - o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a periodicidade do reajustamento de preços e os critérios
de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
VI - os critérios e a periodicidade da medição, quando for o caso, e o prazo para liquidação e para pagamento;
VII - os prazos de início das etapas de execução, conclusão, entrega, observação e recebimento definitivo, quando for o caso;
VIII - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria
econômica;
IX - a matriz de risco, quando for o caso;
X - o prazo para resposta ao pedido de repactuação de preços, quando for o caso;
XI - o prazo para resposta ao pedido de restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro, quando for o caso;
XII - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas, inclusive as que forem oferecidas pelo
contratado no caso de antecipação de valores a título de pagamento;
XIII - o prazo de garantia mínima do objeto, observados os prazos mínimos estabelecidos nesta Lei e nas normas técnicas
aplicáveis, e as condições de manutenção e assistência técnica, quando for o caso;
XIV - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas e suas bases de cálculo;
XV - as condições de importação e a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
XVI - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por
ele assumidas, todas as condições exigidas para a habilitação na licitação, ou para a qualificação, na contratação direta;
XVII - a obrigação de o contratado cumprir as exigências de reserva de cargos prevista em lei, bem como em outras normas
específicas, para pessoa com deficiência, para reabilitado da Previdência Social e para aprendiz;
XVIII - o modelo de gestão do contrato, observados os requisitos definidos em regulamento;
XIX - os casos de extinção.

Esse alerta é importante pois é um erro comum a Administração acreditar que por estar
utilizando uma nota de empenho, por exemplo, não precisa se preocupar com a redação
de cláusulas essenciais regedoras da relação negocial.
Ocorre que esse raciocínio não é correto. O Manual de Licitações e Contratos do Tribunal
de Contas da União esclarece que mesmos esses documentos precisam estabelecer
regras mínimas para o negócio. Confira:

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


22
Carta-contrato, nota de empenho, autorização de compra ou ordem
de execução de serviço são documentos mais simples utilizados para
substituição de contratos. A esses instrumentos aplicam-se, no que
couber, exigências do termo de contrato. Exemplo: descrição do
objeto, preço, prazos, condições de execução, condições de
pagamento, regime de execução, obrigações e direitos das partes,
dentre outras (BRASIL, 2010).

Nesse mesmo sentido, consoante ficou recomendado no Acórdão nº 1179/2006 - Primeira


Câmara, o TCU recomendou que ao utilizar nota de empenho de despesa como
instrumento hábil de contratação, nos moldes permitidos pelo art. 62 da Lei nº 8.666/93,
indique explicitamente, no anexo denominado de ‘cláusulas necessárias’, o número da
nota de empenho associado à contratação (item 3.5 da instrução de fls. 1400A/1435), tudo
a demonstrar a importância da correta previsão das cláusulas essenciais.
Contudo, a tarefa de elaborar o contrato administrativo não se encerra com a simples
leitura dos dispositivos da Lei nº 8.666, de 1993. Com efeito, são necessários alguns
cuidados no momento da confecção tanto do edital convocatório quanto do instrumento
de contrato, para que sua execução ocorra sem sobressaltos ou contratempos.
A primeira observação a ser feita nesse ponto é a salutar medida implementada pela IN
MPDG nº 5, de 2017, que determinou o uso das minutas padronizas da Advocacia-Geral
da União, salvo justificativa expressa nos autos. Confira o artigo correspondente:

Art. 35. Devem ser utilizados os modelos de minutas padronizados de


atos convocatórios e contratos da Advocacia- Geral União, observado
o disposto no Anexo VII, bem como os Cadernos de Logística
expedidos por esta Secretaria de Gestão do Ministério do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, no que couber.
§ 1º Quando o órgão ou entidade não utilizar os modelos de que trata
o caput, ou utilizá-los com alterações, deverá apresentar as devidas
justificativas, anexando-as aos autos.

Essa medida, sem dúvida, em muito contribuirá para o incremento da segurança jurídica
dos procedimentos licitatórios, não só por determinar a utilização de documentos
aprovados pelo órgão competente pela assessoria jurídica do Poder Executivo Federal,
mas também em razão da própria padronização dos artefatos utilizados nos
procedimentos licitatórios.
Assim, alterações legislativas ou novos entendimentos serão adotados de modo uniforme
e simultâneo por todos os órgãos licitantes, favorecendo a adoção de boas práticas.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


23
3.5. VIGÊNCIA DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
Entende-se por duração ou prazo de vigência o período em que os contratos firmados
produzem direitos e obrigações para as partes contratantes. A regra geral, estabelecida
pelo Caput do art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993, é que os contratos têm sua vigência atrelada
ao exercício orçamentário, e, como sabemos, o exercício orçamentário coincide com o ano
civil, por força do disposto no art. 34 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Nesse
sentido, é a lição doutrinária reproduzida abaixo:

Dispõe o caput do art. 57 da Lei nº 8.666/93 que a duração dos


contratos por ela regidos ficará adstrita à vigência dos respectivos
créditos orçamentários. Significa que a norma geral de vigência dos
contratos administrativos estabelece limite temporal para a sua
execução: até 31 de dezembro do ano em que celebrado o contrato
entre a Administração e o particular. A regra objetiva, sobretudo,
compelir a Administração a retornar periodicamente ao mercado, por
meio de certames públicos, com vistas a aferir a possibilidade de
obtenção de condições mais vantajosas (PEREIRA JUNIOR, 2011).
Logo, um contrato de compra de combustível celebrado em 01/08/2016, por exemplo,
teria sua vigência limitada ao dia 31/12/2016, data de encerramento da vigência do crédito
orçamentário que suporta a despesa contratada.
Contudo, a Advocacia-Geral da União, por meio da Orientação Normativa – ON/ AGU nº
39, abaixo reproduzida, entendeu que mesmo os contratos enquadrados no caput do art.
57 da lei nº 8.666, de 1993, podem estabelecer prazo de vigência que ultrapasse o
exercício financeiro em que celebrados, bastando que a Administração, antes do
encerramento do exercício financeiro, empenhe o valor integral do contrato, inscrevendo
em restos a pagar os valores correspondentes ao período de vigência contratual que se
estender pelo ano subsequente. Confira sua redação:

ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 39, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011 (*)


A vigência dos contratos regidos pelo art. 57, caput, da Lei nº 8.666, de
1993, pode ultrapassar o exercício financeiro em que celebrados,
desde que as despesas a eles referentes sejam integralmente
empenhadas até 31 de dezembro, permitindo-se, assim, sua inscrição
em restos a pagar.
Assim, no exemplo do contrato de compra de combustível celebrado em 01/08/2016, esse
poderia ter sua vigência fixada em 01/08/2017, bastando para isso que a Administração
empenhe, até o dia 31/12/2016, a integralidade da despesa prevista em contrato,
executando o saldo contratual que correrá no ano de 2017 como restos a pagar

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


24
3.5.1 DA VIGÊNCIA DOS CONTRATOS DE SERVIÇOS CONTINUADOS
Também é importante recordar que a Lei nº 8.666, de 1993, refuta, de maneira geral, a
possiblidade da Administração firmar um contrato verbal, sendo esse autorizado apenas
para as compras abaixo de R$ 8.800,00 (oito mil e oitocentos reais), conforme dispõe o art.
60, parágrafo único da Lei Geral de Licitações (LGL), podendo assim serem resumidas as
regras acima dispostas:
Lei nº 8.666, de 1993:
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à
vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos
relativos:
(...)
II - à prestação de serviços a serem executados de forma continua,
que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos
períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;
É importante desde logo frisar que, de acordo com a ON/AGU nº 01, a vigência do contrato
de serviço contínuo não está adstrita ao exercício financeiro, afastando-se por completo
da discussão pertinente aos contratos enquadrados no caput do art. 57 da Lei nº 8.666 de
1993.
Assim, assume grande importância a definição do conceito de serviço continuado de
modo a se definir o correto enquadramento do contrato, se no caput ou no inciso II do
artigo 57.
Assim, para o TCU, a caracterização de determinado serviço como contínuo não está
relacionada com as suas qualidades intrínsecas, devendo, isto sim, estar voltada ao
atendimento de necessidade perene da Administração contratante. É nesse mesmo
sentido a disposição contida no art. 15 da IN MPDG nº 05, de 2017 abaixo reproduzida:
Art.15.Os serviços prestados de forma contínua são aqueles que, pela
sua essencialidade, visam atender à necessidade pública de forma
permanente e contínua, por mais de um exercício financeiro,
assegurando a integridade do patrimônio público ou o funcionamento
das atividades finalísticas do órgão ou entidade, de modo que sua
interrupção possa comprometer a prestação de um serviço público ou
o cumprimento da missão institucional.
Parágrafo único. A contratação de serviços prestados de forma
contínua deverá observar os prazos previstos no art. 57 da Lei nº
8.666, de 1993.
Por fim, destacamos que, para esses contratos, que possuem duração que ultrapassa o
exercício financeiro, a indicação do crédito orçamentário e do respectivo empenho para
atender à despesa relativa ao exercício futuro poderá ser formalizada por apostilamento,
conforme dispõe a ORIENTAÇÃO NORMATIVA AGU Nº 35, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


25
3.5.2 DA VIGÊNCIA POR PRAZO INDETERMINADO
A ON/AGU nº 36 estabelece ser possível fixar prazo indeterminado nos contratos em que
a Administração seja usuária de serviços públicos de energia elétrica, água e esgoto,
serviços postais monopolizados pela ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e
ajustes firmados com a imprensa nacional. Confira a sua redação:

ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº-36, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011


A administração pode estabelecer a vigência por prazo
indeterminado nos contratos em que seja usuária de serviços
públicos essenciais de energia elétrica, água e esgoto, serviços
postais monopolizados pela ECT (empresa brasileira de correios
e telégrafos) e ajustes firmados com a imprensa nacional, desde
que no processo da contratação estejam explicitados os
motivos que justificam a adoção do prazo indeterminado e
comprovadas, a cada exercício financeiro, a estimativa de
consumo e a existência de previsão de recursos orçamentários.
(NR)

A lógica utilizada pela AGU é que, nesses casos, incide a regra do inciso II do § 3º
do art. 62 da Lei nº 8.666, de 1993, que preceitua ser aplicável “ o disposto nos
arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber, aos contratos
em que a Administração for parte como usuária do serviço público”. Assim, não
seria aplicável a regra limitadora de sessenta meses do inciso II do art. 57, nem o
seu parágrafo terceiro que veda a existência de contratos administrativos com
prazos indeterminados.
Além disso, a AGU destaca que esses serviços são todos prestados em regime de
exclusividade, o que removeria o óbice da vigência indeterminada da relação
jurídica.
Nessas condições, haverá sempre uma única titular ou sua autorizada para
prestar os serviços em determinada localidade para prestação dos serviços
públicos essenciais de saneamento básico, donde a sua contratação mediante
inexigibilidade de licitação. Assim, o fato de estar autorizada a contratação direta
para esses serviços por impossibilidade de competitividade faz com que, em
termos lógicos, não haja a incidência do art. 57, inciso II e § 3° da Lei nº 8.666, de
1993. Se há um único fornecedor do serviço público – não havendo que falar,
portanto, em viabilidade de competição –, não há, a princípio, óbice jurídico a que
contratos da espécie contemplem prazo indeterminado de vigência.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


26
3.5.3 DURAÇÃO DOS CONTRATOS SEGUNDO A NOVA LEI DE LICITAÇÕES

CAPÍTULO V
Art. 105. A duração dos contratos regidos por esta Lei será a
prevista em edital, e deverão ser observadas, no momento da
contratação e a cada exercício financeiro, a disponibilidade de
créditos orçamentários, bem como a previsão no plano
plurianual, quando ultrapassar 1 (um) exercício financeiro.
Art. 106. A Administração poderá celebrar contratos com prazo
de até 5 (cinco) anos nas hipóteses de serviços e fornecimentos
contínuos, observadas as seguintes diretrizes:
I - a autoridade competente do órgão ou entidade contratante
deverá atestar a maior vantagem econômica vislumbrada em
razão da contratação plurianual;
II - a Administração deverá atestar, no início da contratação e de
cada exercício, a existência de créditos orçamentários
vinculados à contratação e a vantagem em sua manutenção;
III - a Administração terá a opção de extinguir o contrato, sem
ônus, quando não dispuser de créditos orçamentários para sua
continuidade ou quando entender que o contrato não mais lhe
oferece vantagem.
§ 1º A extinção mencionada no inciso III do caput deste artigo
ocorrerá apenas na próxima data de aniversário do contrato e
não poderá ocorrer em prazo inferior a 2 (dois) meses, contado
da referida data.
§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo ao aluguel de
equipamentos e à utilização de programas de informática.
Art. 107. Os contratos de serviços e fornecimentos contínuos
poderão ser prorrogados sucessivamente, respeitada a vigência
máxima decenal, desde que haja previsão em edital e que a
autoridade competente ateste que as condições e os preços
permanecem vantajosos para a Administração, permitida a
negociação com o contratado ou a extinção contratual sem
ônus para qualquer das partes.
Art. 108. A Administração poderá celebrar contratos com prazo
de até 10 (dez) anos nas hipóteses previstas nas alíneas “f” e “g”
do inciso IV e nos incisos V, VI, XII e XVI do caput do art. 75 desta
Lei.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


27
Art. 109. A Administração poderá estabelecer a vigência por
prazo indeterminado nos contratos em que seja usuária de
serviço público oferecido em regime de monopólio, desde que
comprovada, a cada exercício financeiro, a existência de
créditos
orçamentários vinculados à contratação.
Art. 110. Na contratação que gere receita e no contrato de
eficiência que gere economia para a Administração, os prazos
serão de:
I - até 10 (dez) anos, nos contratos sem investimento;
II - até 35 (trinta e cinco) anos, nos contratos com investimento,
assim considerados aqueles que impliquem a elaboração
de benfeitorias permanentes, realizadas exclusivamente a
expensas do contratado, que serão revertidas ao patrimônio da
Administração Pública ao término do contrato.
Art. 111. Na contratação que previr a conclusão de escopo
predefinido, o prazo de vigência será automaticamente
prorrogado quando seu objeto não for concluído no período
firmado no contrato.
Parágrafo único. Quando a não conclusão decorrer de culpa do
contratado:
I - o contratado será constituído em mora, aplicáveis a ele as
respectivas sanções administrativas;
II - a Administração poderá optar pela extinção do contrato
e, nesse caso, adotará as medidas admitidas em lei para a
continuidade da execução contratual.
Art. 112. Os prazos contratuais previstos nesta Lei não excluem
nem revogam os prazos contratuais previstos em lei especial.
Art. 113. O contrato firmado sob o regime de fornecimento
e prestação de serviço associado terá sua vigência máxima
definida pela soma do prazo relativo ao fornecimento inicial ou
à entrega da obra com o prazo relativo ao serviço de operação
e manutenção, este limitado a 5 (cinco) anos contados da data
de recebimento do objeto inicial, autorizada a prorrogação na
forma do art. 107 desta Lei.
Art. 114. O contrato que previr a operação continuada de
sistemas estruturantes de tecnologia da informação poderá ter
vigência máxima de 15 (quinze) anos.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


28
3.5.4. DA VIGÊNCIA E EFICÁCIA

Como visto, a vigência de um contrato consiste no período em que os contratos firmados


podem produzir direitos e obrigações para as partes contratantes. Contudo, conforme
dispõe o art. 61, parágrafo único da Lei nº 8.666 de 1993, o contrato somente será eficaz
após a sua publicação na imprensa oficial. Confira sua redação:

Art. 61. (...)


Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de
contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é
condição indispensável para sua eficácia, será providenciada
pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de
sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela
data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus,
ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei (Redação dada pela
Lei nº 8.883, de 1994).

Se o prazo de vigência contratual tem por finalidade determinar o período durante o qual
um contrato administrativo se apresenta como obrigatório para as partes, por outro lado
a eficácia consiste na potencialidade de produção de efeitos do contrato.

3.5.5.FORMA DA CONTAGEM DO PRAZO CONTRATUAL

Por fim, cumpre estudar a forma de fixação e contagem do prazo de vigência contratual.
Como destacado na Orientação Normativa AGU nº 03, esse tema é determinante para a
possibilidade da prorrogação de um contrato, pois caso ocorra extrapolação do prazo de
vigência, o contrato estará extinto, não sendo possível prorrogá-lo:

ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 03, DE 1 DE ABRIL DE 2009


Na análise dos processos relativos à prorrogação de prazo,
cumpre aos órgãos jurídicos verificar se não há extrapolação do
atual prazo de vigência, bem como eventual ocorrência de
solução de continuidade nos aditivos precedentes, hipóteses
que configuram a extinção do ajuste, impedindo a sua
prorrogação.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


29
No Parecer nº 06/2014/CPLC/DEPCONSU/PGF/AGU, anteriormente citado, a PGF
uniformizou o entendimento de que a contagem dos prazos contratuais deve seguir as
regras estabelecidas no Código Civil; deve ocorrer sendo aplicável aos contratos que
possuem prazo de vigência fixado em meses a regra do art. 132, §2º do Código Civil, que
dispõe que os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no
imediato, se faltar exata correspondência. Assim, por exemplo, se a vigência de 12 meses
de um contrato administrativo iniciou em 31.05.2016, o seu termo final (dies ad quem)
será 31.05.2017, podendo ser prorrogado até essa data, e assim sucessivamente, ou seja,
31.05.2018, 31.05.2019, 31.05.2020, até completar 60 meses, em 31.05.2021.

3.5.6. ALTERAÇÕES NO CONTRATO ADMINISTRATIVO

O contrato administrativo pode ser alterado em conformidade com o que dispõe o artigo
65 da Lei n° 8.666/93, desde que sejam observados os pressupostos legais, quais sejam:
necessidade da administração, interesse público e motivação do ato, o qual tem que ser
justificado e aprovado pela autoridade competente.
Há, também, regras estabelecidas que limitam as alterações contratuais com o objetivo de
evitar a fuga do processo licitatório e, ainda, a proteger o interesse do particular contratado.
Há que se ressaltar que o objeto do contrato não pode ser alterado, e que se
descaracterizado implicará no desrespeito aos princípios da igualdade, da competitividade
entre os licitantes e da obrigatoriedade da licitação.
Ainda que as alterações contratuais sejam permitidas, elas são sempre limitadas e devem
ser vistas como exceção, razão pela qual deve a Administração planejar os seus contratos
adequadamente, realizando estudos prévios consistentes para que os mesmos sejam
executados nos exatos termos em que as obrigações contratuais foram avençadas
inicialmente.
A alteração contratual deve pressupor alteração efetiva na demanda de interesse público
que se busca atender com o contrato administrativo e não para a correção de falhas
substanciais provenientes de projetos básicos ou de termos de referência deficientes e
omissos.
Desse modo, o planejamento eficiente e adequado das licitações reduz, significantemente,
as demandas por alterações contratuais.

As hipóteses de alteração do contrato administrativo são basicamente:

I – alteração unilateral, determinada pela Administração;


II – alteração por acordo entre as partes.

A Administração possui a prerrogativa de ALTERAR O CONTRATO UNILATERALMENTE, ou


seja, o contratado é obrigado a aceitar a alteração, garantido o equilíbrio econômico-
financeiro do contrato. Trata-se da aplicação de cláusula exorbitante, conforme dispõem os
arts. 58, I e 65, I “a” e “b” da Lei nº 8.666, de 1993.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


30
3.5.7. QUAIS SÃO OS LIMITES LEGAIS PARA AS ALTERAÇÕES CONTRATUAIS

Os dispositivos legais que indicam os limites permitidos para as alterações contratuais são:

LEI 8.666/93 LEI TCU DECISÃO


Art. 58, inciso I 14.133/21 n.º 215/99
Art. 65, inciso I Art. 125
Art. 65, § 1º e 2º

Por esses dispositivos, os contratos poderão ser alterados; entretanto, a Administração


deverá ter cautela e prudência, lembrando sempre a necessidade de processo licitatório e
observando os princípios constitucionais, entre eles o da igualdade, da impessoalidade e o
da razoabilidade.
Dessa forma, em análise dos dispositivos citados, verificamos que os contratos podem ser
alterados tanto qualitativamente quanto quantitativamente.
Em consonância ao prescrito no § 1° do art. 65, podemos extrair duas hipóteses: Alteração
quantitativa dentro do limite de 25% do valor inicial atualizado do contrato, para o caso de
acréscimos ou de supressões em obras, serviços ou compras.
Alteração quantitativa dentro do limite de 50%, para o caso de acréscimos, na hipótese de
reforma de edifício ou de equipamento.
As alterações relativas às supressões possuem tratamento diferenciado com relação aos
limites definidos no § 1º do artigo 65, ou seja, podem exceder os limites estabelecidos,
devendo, no entanto, ser obrigatoriamente acatadas pelo contratado e mantidas as
condições da avença. Nesse caso, configura-se alteração quantitativa consensual.

3.6. EQUILIBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO

Os contratos administrativos, na esteira da regra aplicável aos contratos regidos pelo


Direito privado, permitem alteração de cunho econômico durante sua vigência, seja em
virtude do advento de fatos imprevisíveis e inevitáveis não imputados ao contratado ou à
própria Administração Pública, ou mesmo com o objetivo de recompor o equilíbrio
econômico-financeiro do contrato desgastado pelo mero transcurso do tempo.
Seguindo essa diretrizlógico-jurídica, o princípiodo equilíbrio econômico-financeiro dos
contratos administrativos encontra-se positivado em nível constitucional, à luz do art. 37,
inciso XXI, da Constituição Federal:

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


31
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos
da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações
(grifo nosso).

Portanto, o direito à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro é garantia


constitucional conferida a todos aqueles que contratam com a Administração Pública. As
situações que podem alterar a equação econômica do contrato:

1. agravos econômicos oriundos das sobrecargas decididas pelo contratante no uso de


seu poder de alteração unilateral do contrato;
2. agravos econômicos resultantes de medidas tomadas sob titulação jurídica diversa da
contratual (fato do príncipe);
3. agravos econômicos sofridos em razão de fatos imprevisíveis produzidos por forças
alheias às pessoas contratantes e que convulsionam gravemente a economia do contrato;
4. agravos econômicos provenientes das chamadas “sujeições imprevistas”;
5. agravos econômicos resultantes da inadimplência da Administração contratante, isto é,
de uma violação contratual.

3.6.1 REAJUSTE

REAJUSTE tem por finalidade recompor o equilíbrio financeiro do contrato em razão da


variação normal do custo de produção decorrente da inflação. Podem ser utilizados índices
específicos ou setoriais, desde que oficiais. Os dispositivos legais que tratam do reajuste
contratual são: artigo. 40, inciso XI, artigo 55, inciso III, ambos da Lei nº 8.666/93.
Somente poderá ser realizado em periodicidade igual ou superior a um ano, contado a partir
da data limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir, de
acordo com a Lei nº 10.192/2001, que dispôs sobre medidas complementares ao Plano Real.
É obrigatória a indicação no edital da licitação do critério de reajuste. O contrato
administrativo também deve conter cláusula que contenha critérios, data-base e
periodicidade do reajustamento de preços, que serão aqueles estabelecidos pelos artigos 1º
e 2º da Lei nº 10.192/2001.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


32
3.6.2 REEQUILIBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO

O reequilíbrio econômico-financeiro tem por objetivo corrigir distorções geradas por


ocorrências extraordinárias e imprevisíveis ou previsíveis com consequências inestimáveis.
Esse instrumento consta do artigo 65, inciso II, alínea “d”, da Lei nº 8.666/1993 (teoria da
imprevisão).
A previsão da possibilidade de reequilíbrio do contrato é medida de interesse da
Administração, como forma de garantir a economicidade das suas contratações.
É desvinculada de quaisquer índices de variação inflacionária, buscando fora do contrato
soluções que devolvam o equilíbrio entre as obrigações das partes.
Por ser considerada situação de caráter excepcional, de grande desequilíbrio e
imprevisibilidade, relacionada à teoria da imprevisão (álea extraordinária), a revisão dos
contratos poderá ocorrer em momento anterior ao período mínimo de um ano de sua
vigência, diferentemente do reajustamento, que somente é aplicado após um ano de sua
celebração, tal como dispõe a ON/AGU nº 22, abaixo reproduzida:

ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 22, DE 1º DE ABRIL DE 2009

O reequilíbrio econômico-financeiro pode ser concedido a qualquer


tempo, independentemente de previsão contratual, desde que
verificadas as circunstâncias elencadas na letra “D” do inc. II do art. 65,
da Lei nº 8.666, de 1993.

A alteração do valor do contrato em função da revisão contratual deve sempre ser


formalizada mediante termo aditivo, uma vez que se trata de uma situação excepcional e
que deve ser devidamente comprovada (a sua ocorrência, bem como a sua extensão) em
processo administrativo.

3.6.3 REPACTUAÇÃO

Como visto, a repactuação foi criada com o intuito de servir de instrumento para o reajuste
dos contratos de serviços de prestação continuada. Sua regulamentação inicial estava
embasada na Medida Provisória nº 1.053, posteriormente convertida na Lei nº 10.192, no
Decreto nº 2.271 e na Instrução Normativa nº 18 do antigo Ministério da Administração
Federal e Reforma do Estado (Mare). Nesse sentido, a Lei nº 10.192 estabelece:

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


33
Art. 3º Os contratos em que seja parte órgão ou entidade da
Administração Pública direta ou indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, serão reajustados ou corrigidos
monetariamente de acordo com as disposições desta lei, e, no que
com ela não conflitarem, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste
artigo será contada a partir da data limite para apresentação da
proposta ou do orçamento a que essa se referir.
Por sua vez, o art. 2º da mesma lei estabelecia a possibilidade de utilização de índices gerais
ou setoriais, admitindo, portanto, o reajuste em sentido estrito.
Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste
por índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos
custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo
de duração igual ou superior a um ano.
§ 1º É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou
correção monetária de periodicidade inferior a um ano.
Contudo, é importante asseverar que referida lei possuía a finalidade de regular tanto
contratos particulares quanto aqueles celebrados pela Administração, daí a necessidade da
norma de extensão prevista no seu art. 3º.
Em consonância com o disposto no art. 5º do Decreto nº 2.271, a Instrução Normativa MPDG
nº 05, de 2017, dispõe, em seu artigo 54, que “a repactuação de preços, como espécie de
reajuste contratual, deverá ser utilizada nas contratações de serviços continuados com
dedicação exclusiva de mão de obra”.
Importante destacar que o contratado deverá exercer, perante a Administração, ou seja,
solicitar seu direito à repactuação contratual, da data da homologação da convenção ou
acordo coletivo que fixar o novo salário normativo da categoria profissional abrangida pelo
contrato administrativo a ser repactuado até a data da prorrogação contratual subsequente,
sendo que se não o fizer de forma tempestiva, e prorrogar o contrato sem pleitear a
respectiva repactuação, ocorrerá a preclusão do seu direito a repactuar. Igualmente ocorrerá
preclusão se houver expiração do prazo de vigência do contrato (art. 57, § 7º, IN MPDG n°
05/2017).
INSTITUTO REVISÃO REAJUSTE REPACTUAÇÃO
Recomposição Restabelecer Alcançar valor
OBJETIVO poder aquisitivo
de custos de mercado
da moeda ou
insumos

Art. 40, Inciso XI, Instrução Normativa


EMBASAMENTO Art. 37, XXI,
Constituição Federal. Art. 55, Inciso III, MPDG nº 05/2017
LEGAL ambos da Lei Decreto nº 2.271/97
Alínea "d", Inciso II,
Art. 65 da Lei nº 8.666/93
nº 8.666/93. Lei nº 10.192/01

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34
4. PASSO A PASSO PARA ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS

4.1 TERMO DE CONTRATO

TERMO DE CONTRATO N.º xx/2021


TERMO DE CONTRATO DE COMPRA
Nº ......../...., QUE FAZEM ENTRE SI
O(A) .......................... E A EMPRESA
.........................................
A União / Autarquia ....... / Fundação ......., (utilizar a menção à União somente se
for órgão da Administração Direta, caso contrário incluir o nome da autarquia ou
fundação conforme o caso) por intermédio do(a) .................................... (órgão)
contratante), com sede no(a) ....................................................., na cidade de
...................................... /Estado ..., inscrito(a) no CNPJ sob o nº ................................,
neste ato representado(a) pelo(a) .........................(cargo e nome), nomeado(a) pela
Portaria nº ......, de ..... de ..................... de 20..., publicada no DOU de ..... de
............... de ..........., portador da matrícula funcional nº ....................................,.,
doravante denominada CONTRATANTE, e o(a) .............................. inscrito(a) no
CNPJ/MF sob o nº ............................, sediado(a) na ..................................., em
............................. doravante designada CONTRATADA, neste ato representada
pelo(a) Sr.(a) ....................., portador(a) da Carteira de Identidade nº .................,
expedida pela (o) .................., e CPF nº ........................., tendo em vista o que consta
no Processo nº .............................. e em observância às disposições da Lei nº 8.666,
de 21 de junho de 1993, da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002 e na Lei nº 8.078,
de 1990 - Código de Defesa do Consumidor, do Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro
de 2013, resolvem celebrar o presente Termo de Contrato, decorrente do Pregão
nº ........../20...., por Sistema de Registro de Preços nº ....../20..., mediante as
cláusulas e condições a seguir enunciadas.

4.2. OBJETO

1. CLÁUSULA PRIMEIRA – OBJETO


1.1. O objeto do presente Termo de Contrato é a aquisição de .........................,
conforme especificações e quantitativos estabelecidos no Termo de Referência,
anexo do Edital.
1.2. Este Termo de Contrato vincula-se ao Edital do Pregão, identificado no
preâmbulo e à proposta vencedora, independentemente de transcrição.

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35
4.3 VIGÊNCIA
2. CLÁUSULA SEGUNDA – VIGÊNCIA
2.1. O prazo de vigência deste Termo de Contrato é aquele fixado no Termo de
Referência, com início na data de ____/____/______ e encerramento em
____/____/______, prorrogável na forma do art. 57, §1º, da Lei nº 8.666, de 1993.
OU
2. CLÁUSULA SEGUNDA – VIGÊNCIA

2.1. O prazo de vigência deste Termo de Contrato é aquele fixado no Termo de


Referência, com início na data de ____/____/______ e encerramento em
____/____/______, prorrogável na forma do art. 105, da Lei nº 14.133, de 2021.

4.4 PREÇO
3. CLÁUSULA TERCEIRA – PREÇO
3.1. O valor do presente Termo de Contrato é de R$ ............ (...............).
3.2. No valor acima estão incluídas todas as despesas ordinárias diretas e
indiretas decorrentes da execução contratual, inclusive tributos e/ou impostos,
encargos sociais, trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais incidentes,
taxa de administração, frete, seguro e outros necessários ao cumprimento
integral do objeto da contratação.
4.5 DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
4. CLÁUSULA QUARTA – DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
4.1. As despesas decorrentes desta contratação estão programadas em dotação
orçamentária própria, prevista no orçamento da União, para o exercício de 20....,
na classificação abaixo:
Gestão/Unidade:
Fonte:
Programa de Trabalho:
Elemento de Despesa:
PI:

OU
4. CLÁUSULA QUARTA – DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
4.1. A despesa com a prestação dos serviços, no exercício em curso, no montante
de R$ ______ (________________________), esta vinculada a nota de empenho _____
(ordinário, estimativo ou global) no ______/_____, a Natureza de Despesa X.X.XX.XX
- ________________________, e a Atividade, Projeto ou Operação Especial
XX.XXX.XXXX.XXXX.XXXX - ___________________, do orçamento vigente.

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36
4.6. PAGAMENTO
5. CLÁUSULA QUINTA – PAGAMENTO
5.1. O prazo para pagamento e demais condições a ele referentes encontram-se
no Termo de Referência.
4.7. REAJUSTE
6. CLÁUSULA SEXTA – REAJUSTE
6.1. As regras acerca do reajuste do valor contratual são as estabelecidas no
Termo de Referência, anexo a este Contrato.
4.8. GARANTIA DE EXECUÇÃO
7. CLÁUSULA SÉTIMA – GARANTIA DE EXECUÇÃO
7.1. Não haverá exigência de garantia de execução para a presente contratação.
OU
7.1. Será exigida a prestação de garantia na presente contratação, conforme
regras constantes do Termo de Referência.
4.9. ENTREGA E RECEBIMENTO DO OBJETO

8. CLÁUSULA OITAVA - ENTREGA E RECEBIMENTO DO OBJETO


8.1. As condições de entrega e recebimento do objeto são aquelas previstas no
Termo de Referência, anexo ao Edital.
4.10. FISCALIZAÇÃO

9. CLAÚSULA NONA - FISCALIZAÇÃO


9.1. A fiscalização da execução do objeto será efetuada por
Comissão/Representante designado pela CONTRATANTE, na forma estabelecida
no Termo de Referência, anexo do Edital.
4.11. OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE E DA CONTRATADA

10. CLÁUSULA DÉCIMA – OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE E DA CONTRATADA


10.1. As obrigações da CONTRATANTE e da CONTRATADA são aquelas previstas
no Termo de Referência, anexo do Edital.

4.12. SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

11. CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – SANÇÕES ADMINISTRATIVAS


11.1. As sanções referentes à execução do contrato são aquelas previstas no
Termo de Referência, anexo do Edital.

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37
4.13. RESCISÃO

12. CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – RESCISÃO


12.1. O presente Termo de Contrato poderá ser rescindido:
12.1.1. por ato unilateral e escrito da Administração, nas situações previstas nos
incisos I a XII e XVII do art. 78 da Lei nº 8.666, de 1993, e com as consequências
indicadas no art. 80 da mesma Lei, sem prejuízo da aplicação das sanções
previstas no Termo de Referência, anexo ao Edital;
12.1.2. amigavelmente, nos termos do art. 79, inciso II, da Lei nº 8.666, de 1993.
12.2. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados,
assegurando-se à CONTRATADA o direito à prévia e ampla defesa.

OU
12. CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – RESCISÃO
12.1. O presente Termo de Contrato poderá ser rescindido:
12.1.1. por ato unilateral e escrito da Administração, nas situações previstas nos
incisos I do art. 138 da Lei nº 14.133, de 2021, e com as consequências indicadas
no art. 150 da mesma Lei, sem prejuízo da aplicação das sanções previstas no
Termo de Referência, anexo ao Edital;
12.1.2. consensual, nos termos do art. 138, inciso II, da Lei nº 14.133, de 2021.
12.2. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados,
assegurando-se à CONTRATADA o direito à prévia e ampla defesa.
12.3. A CONTRATADA reconhece os direitos da CONTRATANTE em caso de
rescisão administrativa prevista no art. 77 da Lei nº 8.666, de 1993.
12.4. O termo de rescisão será precedido de Relatório indicativo dos seguintes
aspectos, conforme o caso:
12.4.1. Balanço dos eventos contratuais já cumpridos ou parcialmente
cumpridos;
12.4.2. Relação dos pagamentos já efetuados e ainda devidos;
12.4.3. Indenizações e multas.

OU
12.3. A CONTRATADA reconhece os direitos da CONTRATANTE em caso de
rescisão administrativa prevista no art. 138, § 2º, incisos I a III da Lei nº 14.133, de
2021.
12.4. O termo de rescisão será precedido de Relatório indicativo dos seguintes
aspectos, conforme o caso:
12.4.1. Balanço dos eventos contratuais já cumpridos ou parcialmente
cumpridos;
12.4.2. Relação dos pagamentos já efetuados e ainda devidos;
12.4.3. Indenizações e multas.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


38
4.14. VEDAÇÕES

13. CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – VEDAÇÕES


13.1. É vedado à CONTRATADA interromper a execução dos serviços sob alegação
de inadimplemento por parte da CONTRATANTE, salvo nos casos previstos em lei.
13.2. É vedada à subcontratação de outra empresa sem a anuência prévia da
Administração.

4.15. ALTERAÇÕES

14. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – ALTERAÇÕES


14.1. Eventuais alterações contratuais reger-se-ão pela disciplina do art. 65 da Lei
nº 8.666, de 1993.
14.2. A CONTRATADA é obrigada a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem necessários, até o limite de 25% (vinte e
cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
14.3. As supressões resultantes de acordo celebrado entre as partes contratantes
poderão exceder o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato.

OU
14. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – ALTERAÇÕES
14.1. Eventuais alterações contratuais reger-se-ão pela disciplina do art. 125 da
Lei nº 14.133, de 2021.
14.2. A CONTRATADA é obrigada a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem necessários, até o limite de 25% (vinte e
cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
14.3. As supressões resultantes de acordo celebrado entre as partes contratantes
poderão exceder o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato.

4.16. CASOS OMISSOS

15. CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DOS CASOS OMISSOS.


15.1. Os casos omissos serão decididos pela CONTRATANTE, segundo as
disposições contidas na Lei nº 8.666, de 1993, na Lei nº 10.520, de 2002 e demais
normas federais de licitações e contratos administrativos e, subsidiariamente,
segundo as disposições contidas na Lei nº 8.078, de 1990 - Código de Defesa do
Consumidor - e normas e princípios gerais dos contratos.

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39
4.17. PUBLICAÇÃO

16. CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA – PUBLICAÇÃO


16.1. Incumbirá à CONTRATANTE providenciar a publicação deste instrumento,
por extrato, no Diário Oficial da União, no prazo previsto na Lei nº 8.666, de 1993.

4.18. FORO

17. CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA – FORO


17.1. É eleito o Foro da ...... para dirimir os litígios que decorrerem da execução
deste Termo de Contrato que não possam ser compostos pela conciliação,
conforme art. 55, §2º da Lei nº 8.666/93.
Para firmeza e validade do pactuado, o presente Termo de Contrato foi lavrado
em duas (duas) vias de igual teor, que, depois de lido e achado em ordem, vai
assinado pelos contraentes.

OU

17.1. É eleito o Foro da ...... para dirimir os litígios que decorrerem da execução
deste Termo de Contrato que não possam ser compostos pela conciliação,
conforme art. 92, §1º da Lei nº 14.133/21.
Para firmeza e validade do pactuado, o presente Termo de Contrato foi lavrado
em duas (duas) vias de igual teor, que, depois de lido e achado em ordem, vai
assinado pelos contraentes.

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40
5. FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS

5.1. EXECUÇÃO DOS CONTRATOS

Tanto a Administração quanto o contratado devem cumprir fielmente as regras


contratuais e as normas da Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
Não cumprimento de disposições legais, total ou parcialmente, pode levar a
rescisão do contrato, respondendo o culpado pelas consequências que poderão
advir desse ato.

5.2. FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO

É dever da Administração acompanhar e fiscalizar o contrato para verificar o


cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos
os seus aspectos, consoante o disposto no art. 67 da Lei no 8.666/1993.
Acompanhamento e fiscalização de contrato são medidas poderosas colocadas à
disposição do gestor na defesa do interesse público.
A fiscalização do contrato administrativo é o mecanismo conferido à
Administração Pública para assegurar que o objeto contratado será entregue na
quantidade, qualidade e tempo devido. A Instrução Normativa MPDG nº 05, de
2017, conceituou a gestão e fiscalização dos contratos em seu artigo 39,
reproduzido abaixo:

Art. 39. As atividades de gestão e fiscalização da execução


contratual são o conjunto de ações que tem por objetivo aferir
o cumprimento dos resultados previstos pela Administração
para os serviços contratados, verificar a regularidade das
obrigações previdenciárias, fiscais e trabalhistas, bem como
prestar apoio à instrução processual e o encaminhamento da
documentação pertinente ao setor de contratos para a
formalização dos procedimentos relativos a repactuação,
alteração, reequilíbrio, prorrogação, pagamento, eventual
aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre outras,
com vista a assegurar o cumprimento das cláusulas avençadas
e a solução de problemas relativos ao objeto.

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41
5.3. ATRIBUIÇÕES DOS GESTORES E FISCAIS DO CONTRATO

A definição das atribuições é dada pela Instrução Normativa MPDG nº 05, de


2017, a segregação de funções está claramente definida no art. 40, conforme
transcrito e destacado abaixo:

Art. 40. O conjunto de atividades de que trata o artigo anterior


compete ao gestor da execução dos contratos, auxiliado pela
fiscalização técnica, administrativa, setorial e pelo público
usuário, conforme o caso, de acordo com as seguintes
disposições:
I - Gestão da Execução do Contrato: é a coordenação das
atividades relacionadas à fiscalização técnica, administrativa,
setorial e pelo público usuário, bem como dos atos
preparatórios à instrução processual e ao encaminhamento da
documentação pertinente ao setor de contratos para
formalização dos procedimentos quanto aos aspectos que
envolvam a prorrogação, alteração, reequilíbrio, pagamento,
eventual aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre
outros;
II - Fiscalização Técnica: é o acompanhamento com o objetivo
de avaliar a execução do objeto nos moldes contratados e, se
for o caso, aferir se a quantidade, qualidade, tempo e modo da
prestação dos serviços estão compatíveis com os indicadores
de níveis mínimos de desempenho estipulados no ato
convocatório, para efeito de pagamento conforme o resultado,
podendo ser auxiliado pela fiscalização de que trata o inciso V
deste artigo;
III - Fiscalização Administrativa: é o acompanhamento dos
aspectos administrativos da execução dos serviços nos
contratos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra
quanto às obrigações previdenciárias, fiscais e trabalhistas,
bem como quanto às providências tempestivas nos casos de
inadimplemento;

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42
IV - Fiscalização Setorial: é o acompanhamento da execução do
contrato nos aspectos técnicos ou administrativos quando a
prestação dos serviços ocorrer concomitantemente em setores
distintos ou em unidades desconcentradas de um mesmo
órgão ou entidade; e
V - Fiscalização pelo Público Usuário: é o acompanhamento da
execução contratual por pesquisa de satisfação junto ao
usuário, com o objetivo de aferir os resultados da prestação
dos serviços, os recursos materiais e os procedimentos
utilizados pela contratada, quando for o caso, ou outro fator
determinante para a avaliação dos aspectos qualitativos do
objeto.
§ 1º No caso do inciso IV deste artigo, o órgão ou entidade
deverá designar representantes nesses locais para atuarem
como fiscais setoriais.
§ 2º O recebimento provisório dos serviços ficará a cargo do
fiscal técnico, administrativo ou setorial, quando houver, e o
recebimento definitivo, a cargo do gestor do contrato.
§ 3º As atividades de gestão e fiscalização da execução
contratual devem ser realizadas de forma preventiva, rotineira
e sistemática, podendo ser exercidas por servidores, equipe de
fiscalização ou único servidor, desde que, no exercício dessas
atribuições, fique assegurada a distinção dessas atividades e,
em razão do volume de trabalho, não comprometa o
desempenho de todas as ações relacionadas à Gestão do
Contrato.
De acordo com esse modelo padronizado apresentado pela Instrução Normativa
MPDG nº 05, de 2017, compete ao gestor da execução do contrato a coordenação
das atividades relativas à fiscalização do contrato, nas suas quatro facetas ou
vertentes, quais sejam, a técnica, administrativa, setorial e de satisfação do
público usuário, devidamente assessorado por fiscais responsáveis pelas três
primeiras e pelo público usuário em relação ao último item, além de cuidar da
instrução documental dos procedimentos ou incidentes contratuais ordinários e
extraordinários, como, por exemplo, as prorrogações, alterações contratuais,
revisões dos preços, pagamentos, e também a aplicação de sanções e extinção
do ajuste.

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43
5.4. DESIGNAÇÃO DOS GESTORES E FISCAIS DE CONTRATO

Instrução Normativa MPDG nº 05, de 2017, foi a definição expressa da competência para a
indicação e para a designação do gestor e dos fiscais do contrato.
Com efeito, os artigos 41 e 42 cuidaram de estabelecer a competência do setor
requisitante para a indicação do gestor, fiscal e seus substitutos e à autoridade
competente do setor de licitações a responsabilidade pela designação formal dos
indicados.
Art. 41. A indicação do gestor, fiscal e seus substitutos caberá aos
setores requisitantes dos serviços ou poderá ser estabelecida em
normativo próprio de cada órgão ou entidade, de acordo com o
funcionamento de seus processos de trabalho e sua estrutura
organizacional.
§ 1º Para o exercício da função, o gestor e fiscais deverão ser
cientificados, expressamente, da indicação e respectivas atribuições
antes da formalização do ato de designação.
§ 2º Na indicação de servidor devem ser considerados a
compatibilidade com as atribuições do cargo, a complexidade da
fiscalização, o quantitativo de contratos por servidor e a sua capacidade
para o desempenho das atividades.
§ 3º Nos casos de atraso ou falta de indicação, de desligamento ou
afastamento extemporâneo e definitivo do gestor ou fiscais e seus
substitutos, até que seja providenciada a indicação, a competência de
suas atribuições caberá ao responsável pela indicação ou conforme
previsto no normativo de que trata o caput.
Art. 42. Após indicação de que trata o art. 41, a autoridade competente
do setor de licitações deverá designar, por ato formal, o gestor, o fiscal e
os substitutos.
§ 1º O fiscal substituto atuará como fiscal do contrato nas ausências e
nos impedimentos eventuais e regulamentares do titular.
§ 2º Será facultada a contratação de terceiros para assistir ou subsidiar
as atividades de fiscalização do representante da Administração, desde
que justificada a necessidade de assistência especializada.
§ 3º O gestor ou fiscais e seus substitutos deverão elaborar relatório
registrando as ocorrências sobre a prestação dos serviços referentes ao
período de sua atuação quando do seu desligamento ou afastamento
definitivo.
§ 4º Para o exercício da função, os fiscais deverão receber cópias dos
documentos essenciais da contratação pelo setor de contratos, a
exemplo dos Estudos Preliminares, do ato convocatório e seus anexos,
do contrato, da proposta da contratada, da garantia, quando houver, e
demais documentos indispensáveis à fiscalização.

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44
5.5. QUEM NÃO PODE SER FISCAL DE CONTRATO
Em homenagem ao princípio da segregação de funções, não podem ser indicados para
fiscalizar os servidores responsáveis pela execução do próprio contrato. Do mesmo modo,
está impedido o pregoeiro, ou os membros da comissão de licitação. Também as
situações de conflitos de interesses importam em óbice à designação como fiscal de
contrato.
Por fim, insta destacar que Lucas Rocha Furtado (2015) afirma em sua obra que o fiscal
não deve ser subordinado do gestor de contrato. Segundo a lição do professor, não
convém de modo algum que referido fiscal esteja subordinado ao gestor. Devem os atos
normativos da unidade contratante designar as atribuições de cada um deles, sem que
um tenha que se subordinar ao outro.
5.6. PREPOSTO
O preposto também é uma obrigação constituída e um dever da empresa contratada,
conforme se observa no artigo 68 da Lei nº 8.666/93:
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela
Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na
execução do contrato.
as figuras do fiscal de contrato e a do preposto são importantíssimas para a correta
execução e gerenciamento do contrato, uma vez que são esses os responsáveis por
representar as partes contratantes e atuar de modo cooperativo para a fiel execução do
objeto contratado. Por sua vez, a IN MPDG nº 5 de 2017 cuidou de regulamentar o tema
no art. 44 abaixo reproduzido:
também é uma obrigação constituída e um dever da empresa contratada, conforme se
observa no artigo 68 da Lei nº 8.666/93:
Art. 44. O preposto da empresa deve ser formalmente designado pela
contratada antes do início da prestação dos serviços, em cujo instrumento
deverá constar expressamente os poderes e deveres em relação à
execução do objeto.
§ 1º A indicação ou a manutenção do preposto da empresa poderá ser
recusada pelo órgão ou entidade, desde que devidamente justificada,
devendo a empresa designar outro para o exercício da atividade.
§ 2º As comunicações entre o órgão ou entidade e a contratada devem ser
realizadas por escrito sempre que o ato exigir tal formalidade, admitindo-
se, excepcionalmente, o uso de mensagem eletrônica para esse fim.
§ 3º O órgão ou entidade poderá convocar o preposto para adoção de
providências que devam ser cumpridas de imediato.
§ 4º A depender da natureza dos serviços, poderá ser exigida a
manutenção do preposto da empresa no local da execução do objeto,
bem como pode ser estabelecido sistema de escala semanal ou mensal.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


45
5.7. ENTREGA DO PRODUTO/PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
A regra geral estabelecida pelo artigo 492 do Código Civil para os contratos privados é que
uma vez entregue o bem, presume-se que o vendedor cumpriu todas as suas obrigações,
liberando-o de suas obrigações contratuais.
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta
do vendedor, e os do preço por conta do comprador.
A Lei nº 8.666, de 1993, regulamentou a questão de modo diverso, dispondo no art. 73
sobre o procedimento a ser observado pela Administração para efetuar o recebimento do
objeto, enquanto o art. 74 dispõe sobre as hipóteses em que o recebimento provisório
poderá ser dispensado:
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido: I - em se tratando
de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e
fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até
15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela
autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas
partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove
a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no
art. 69 desta Lei;
II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da
conformidade do material com a especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do
material e conseqüente aceitação.
§ 1º Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o
recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais,
mediante recibo.
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade
civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional
pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei
ou pelo contrato.
§ 3º O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso I deste artigo não poderá
ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente
justificados e previstos no edital.

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46
§ 4º Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se
refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida
dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que
comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão
dos mesmos.
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes
casos: I - gêneros perecíveis e alimentação preparada;
II - serviços profissionais;
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea “a”,
desta Lei, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e
instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito mediante
recibo.

Sobre este ponto, a IN MPDG nº 05, de 2017, dedicou a subseção III da seção III para
regulamentar a competência dos responsáveis pela fiscalização do contrato no
procedimento de recebimento provisório e definitivo dos serviços contratos.

Do procedimento para recebimento provisório e definitivo dos serviços


Art. 49. O recebimento provisório e definitivo dos serviços deve ser
realizado conforme o disposto nos arts. 73 a 76 da Lei nº 8.666, de 1993, e
em consonância com as regras definidas no ato convocatório.
Art. 50. Exceto nos casos previstos no art. 74 da Lei nº 8.666, de 1993, ao
realizar o recebimento dos serviços, o órgão ou entidade deve observar o
princípio da segregação das funções e orientar-se pelas seguintes
diretrizes:
I - o recebimento provisório será realizado pelo fiscal técnico, fiscal
administrativo, fiscal setorial ou equipe de fiscalização, nos seguintes
termos:
a) elaborar relatório circunstanciado, em consonância com as suas
atribuições, contendo o registro, a análise e a conclusão acerca das
ocorrências na execução do contrato e demais documentos que julgarem
necessários, devendo encaminhá-los ao gestor do contrato para
recebimento definitivo; e
b) quando a fiscalização for exercida por um único servidor, o relatório
circunstanciado deverá conter o registro, a análise e a conclusão acerca das
ocorrências na execução do contrato, em relação à fiscalização técnica e
administrativa e demais documentos que julgar necessários, devendo
encaminhá-los ao gestor do contrato para recebimento definitivo;

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


47
II - o recebimento definitivo pelo gestor do contrato, ato que concretiza o
ateste da execução dos serviços, obedecerá às seguintes diretrizes:
a) realizar a análise dos relatórios e de toda a documentação apresentada
pela fiscalização técnica e administrativa e, caso haja irregularidades que
impeçam a liquidação e o pagamento da despesa, indicar as cláusulas
contratuais pertinentes, solicitando à contratada, por escrito, as respectivas
correções;
b) emitir termo circunstanciado para efeito de recebimento definitivo dos
serviços prestados, com base nos relatórios e documentação
apresentados; e
c) comunicar a empresa para que emita a Nota Fiscal ou Fatura com o valor
exato dimensionado pela fiscalização com base no Instrumento de
Medição de Resultado (IMR), observado o Anexo VIII-A ou instrumento
substituto, se for o caso.

5.8. INSTRUÇÃO PARA O PAGAMENTO


O recebimento provisório

O fiscal munido do Termo de Referência e/ou contrato, observará se o produto entregue


ou a prestação de serviço está em conformidade ao estabelecido no itens que tratam da
descrição pormenorizada do produto/serviço.
Caso esteja em conformidade, deverá seguir para o recebimento definitivo.
Caso não esteja em conformidade, deverá notificar a empresa para ajustar, sanar, mitigar
a prestação do serviço ou troca do produto que seja idêntico ou de qualidade superior ao
estabelecido no Edital.

Após o recebimento definitivo

A Nota Fiscal ou Fatura deverá ser obrigatoriamente acompanhada da comprovação da


regularidade fiscal, constatada por meio de consulta on-line ao Sicaf ou, na
impossibilidade de acesso ao referido Sistema, mediante consulta aos sítios eletrônicos
oficiais.

Verificação da Nota Fiscal ou Fatura

o preenchimento dos valores e dados cadastrais;


a data da emissão;
os dados do contrato e do órgão contratante;
o período de prestação dos serviços;
o valor a pagar.

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Prazo para pagamento

Considera-se ocorrido o recebimento da Nota Fiscal ou Fatura quando o órgão


contratante atestar a execução do objeto do contrato.

Atraso pagamento – Culpa Administração

Na hipótese de pagamento de juros de mora e demais encargos por atraso, os autos


devem ser instruídos com as justificativas e motivos e submetidos à apreciação da
autoridade competente, que adotará as providências para eventual apuração de
responsabilidade, identificação dos envolvidos e imputação de ônus a quem deu causa à
mora.

L14.133/21, art. 137, § 2º, IV - atraso superior a 2 (dois) meses, contado da emissão da nota
fiscal, dos pagamentos ou de parcelas de pagamentos devidos pela Administração por
despesas de obras, serviços ou fornecimentos;

Glosas
Quando houver glosa parcial dos serviços, a contratante deverá comunicar a empresa
para que emita a nota fiscal ou fatura com o valor exato dimensionado, evitando, assim,
efeitos tributários sobre valor glosado pela Administração.

5.9. CHECK LIST DO FISCAL DO CONTRATO


Elementos essenciais que devem ser certificados pelo fiscal de contrato antes do
pagamento
Contrato deve estar devidamente assinado;
Prazo de vigência em vigor;
Alterações realizadas por Termos Aditivos e/ou de Apostilamento devem estar
acostadas aos autos com as respectivas publicações e serem observadas;
Nota de Empenho que abranja o período da vigência do contrato (dentro do
respectivo exercício fiscal), com a devida classificação da despesa (material e/ou
serviço);
Requisições e/ou Ordem de Serviço (caso houver necessidade)
Nota fiscal devidamente preenchida (acordo com as requisições e/ou ordens de
serviço emitidas no período abrangido pela fatura).
Relatório do serviço prestado emitido pela contratada (de acordo com as requisições
e/ou ordens de serviço emitidas no período abrangido pela fatura).
Documento(s) válido(s) que comprove(m) regularidade fiscal e trabalhista da
contratada;

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Relatório de Acompanhamento de Contrato (onde se indica a nota de empenho que
abarcará a despesa e se certifica se há saldo suficiente para tal)
Quando se tratar do último pagamento do contrato ou do exercício vigente, certificar,
formalmente, que não existe pendência para com a contratada, seja do contrato
como um todo ou, simplesmente, do exercício que se finda.
Solicitar anulação ou cancelamento de saldo empenhado não executado (se houver).
Quando se tratar do último pagamento de um exercício financeiro e o contrato ainda
permanecer vigente, certificar se foi providenciada abertura de procedimento
administrativo para acompanhamento do contrato no novo exercício.
Encaminhar os autos para pagamento da despesa, salvo se for registrada qualquer
falha (hipótese em que se procede conforme itens 16 e 17)
Em caso de qualquer falha na execução (quantitativa e/ou qualitativa), notificar
formalmente à contratada e aguardar o prazo legal de 05 (cinco) dias úteis para que
ela se manifeste.
Na ocorrência do descrito no item 15, encaminhar os autos para análise do GESTOR,
independentemente da manifestação da contratada.

FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS, COMPRAS E CONTRATAÇÕES


50
6. REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993. Lei de Licitações e Contratos, regulamenta o art.
37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm. Acesso em: 28 de
março de 2021.

BRASIL. Lei n.º 10.520, de 17 de julho de 2002. Lei do Pregão, institui, no âmbito da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços
comuns, e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10520.htm. Acesso em: 28 de
março de 2021.

BRASIL. Decreto n.º 10.024, de 20 de setembro de 2019. Regulamenta a licitação, na


modalidade pregão, na forma eletrônica, para a aquisição de bens e a contratação de serviços
comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, e dispõe sobre o uso da dispensa
eletrônica, no âmbito da administração pública federal.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10024.htm.
Acesso em: 28 de março de 2021.

BRASIL. Decreto n.º 7.892/de 23 de janeiro de 2013. Regulamenta o Sistema de Registro de


Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/d7892.htm.
Acesso em: 28 de março de 2021.

BRASIL. Instrução Normativa n.º 40, de 22 de maio de 2020. Dispõe sobre a elaboração dos
Estudos Técnicos Preliminares - ETP - para a aquisição de bens e a contratação de serviços e
obras, no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional, e sobre o
Sistema ETP digital.
Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/instrucao-normativa-n-40-de-22-de-maio-de-
2020-258465807. Acesso em: 28 de março de 2021.

BRASIL, Instrução Normativa n.º 05, de 26 de março de 2017. Dispõe sobre as regras e
diretrizes do procedimentode contratação de serviços sob o regime deexecução indireta no
âmbito da AdministraçãoPública federal direta, autárquica e fundacional.
Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/20239255/do1-
2017-05-26-instrucao-normativa-n-5-de-26-de-maio-de-2017-20237783. Acesso em: 28 de
março de 2021.

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51
6. REFERÊNCIAS

BRASIL. Instrução Normativa n.º 05, de 27 de junho de 2014, que dispõe sobre os
procedimentos administrativos básicos para arealização de pesquisa de preços para
aquisiçãode bens e contratação de serviços em geral.
Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/20239255/do1-
2017-05-26-instrucao-normativa-n-5-de-26-de-maio-de-2017-20237783. Acesso em: 28 de
março de 2021.

BRASIL. Instrução Normativa n.º 03, de 20 de abril de 2017. Altera a Instrução Normativa nº 5,
de 27 de junho de 2014, que dispõe sobre os procedimentos administrativos básicos para
arealização de pesquisa de preços para aquisiçãode bens e contratação de serviços em geral.
Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/20175705/do1-
2017-04-24-instrucao-normativa-n-3-de-20-de-abril-de-2017-20175670. Acesso em: 28 de
março de 2021.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações e contratos : orientações e jurisprudência do


TCU / Tribunal de Contas da União. – 4. ed. rev., atual. e ampl. – Brasília : TCU, Secretaria-Geral
da Presidência : Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2010.

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52
Conteúdo e Produção

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