Regulamento de Licitações e Contratos Da Emop

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REGULAMENTO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS

DA EMPRESA DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –


EMOP

2018
SUMÁRIO

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 4


Glossário de expressões técnicas 6

CAPÍTULO II - DAS REGRAS APLICÁVEIS ÀS LICITAÇÕES E CONTRATOS


Do processo licitatório 12
Dos impedimentos para participar de licitações ou ser contratado pela EMOP 13
Dos regimes de contratação 14
Do planejamento das contratações 16
Do processo interno 20
Da comissão permanente de licitação, da comissão técnica de avaliação e comissão especial
de licitação 22
Do instrumento convocatório 23
Dos esclarecimentos, impugnações e alterações no instrumento convocatório 27
Da sessão pública 27
Dos critérios de julgamento das propostas 32
Do menor preço ou maior desconto 33
Da melhor combinação de técnica e preço ou melhor técnica 33
Do melhor conteúdo artístico 35
Da maior oferta de preço 35
Da melhor destinação de bens alienados 36
Do critério de desempate 36
Da negociação 36
Da habilitação 37
Da habilitação jurídica 38
Da qualificação técnica 39
Da qualificação econômico-financeira 40
Da regularidade fiscal e trabalhista 41
Dos recursos 41
Da aprovação 42
Do encerramento da licitação 43
Da licitação na modalidade pregão 45
Do procedimento aplicado ao pregão presencial e ao pregão eletrônico 47
Da publicidade e prazos 48
Da participação da microempresa e da empresa de pequeno porte 49
Dos procedimentos auxiliares das licitações 50
Da pré-qualificação permanente 50
Do cadastramento 52
Do sistema de registro de preços 53
Do catálogo eletrônico de padronização 54

CAPÍTULO III - DA CONTRATAÇÃO DIRETA


Da dispensa de licitação 54
Da inexigibilidade de licitação 56
Do procedimento de manifestação de interesse privado 57
Da formalização da dispensa e da inexigibilidade 57

CAPÍTULO IV - DOS CONTRATOS


Da formalização das contratações 58
Da publicidade das contratações 60
Das cláusulas contratuais 60
Da duração dos contratos 61
Da prorrogação de prazos 61
Da alteração dos contratos 63
Do Reequilíbrio Econômico Financeiro do Contrato: Reajuste, Repactuação e Revisão 65
Da execução dos contratos 68
Da gestão e fiscalização dos contratos 70
Da medição dos serviços previstos e executados 72
Do pagamento 72
Da inexecução e da rescisão dos contratos 73
Das penalidades aplicáveis aos contratados 75

CAPÍTULO V - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 78


CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º É instituído o Regulamento de Licitações e Contratos da Empresa de Obras Públicas


do Estado do Rio de Janeiro - EMOP.
Art. 2º As licitações realizadas pela Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro
– EMOP ficam sujeitas aos comandos previstos na legislação, especialmente na Lei nº
13.303/2016, de 30 de junho de 2016, aos princípios que regem a atuação da Administração
Pública e ao presente Regulamento.
Parágrafo Único Para a aplicação adequada deste Regulamento, poderá se fazer necessária a
ponderação de normas, valores, bens e interesses, a fim de permitir o alcance da finalidade
última de suas regras e os controles finalístico e de legalidade. Neste processo serão
consideradas, além da legislação pátria, as diretrizes traçadas pelos órgãos de controle, e os
princípios fundamentais, gerais e setoriais do Estado brasileiro.
Art. 3º Nas licitações e contratos de que trata este Regulamento serão observadas as seguintes
diretrizes:
I - padronização do objeto da contratação, dos instrumentos convocatórios e das minutas de
contratos, de acordo com normas internas específicas;
II - busca da maior vantagem competitiva para a EMOP, considerando custos e benefícios,
diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental, inclusive os relativos à
manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de depreciação econômica e a
outros fatores de igual relevância;
III - parcelamento do objeto, visando ampliar a participação de licitantes, sem perda de
economia de escala, e desde que não atinja valores inferiores aos limites para contratação
direta em razão do valor;
IV - adoção preferencial do rito procedimental da modalidade de licitação denominada
pregão, instituída pela Lei nº n° 10.520, de 17 de julho de 2002, para a aquisição de bens e
serviços comuns, assim considerados aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no
mercado;
V - observação da política de integridade nas transações com partes interessadas.
§ 1° As licitações e os contratos disciplinados por este Regulamento devem respeitar,
especialmente, as normas relativas à:
I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras
contratadas;
II - mitigação dos danos ambientais por meio de medidas condicionantes e de compensação
ambiental, que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental;
III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o
consumo de energia e de recursos naturais;
IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;
V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da
avaliação do impacto direto ou indireto causado por investimentos realizados pela EMOP;
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VI - acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida;
VII - condutas de acordo com os mais elevados padrões éticos e com as práticas
anticorrupção, em observância estrita do Programa de Integridade da EMOP.
Art. 4º A EMOP adere às melhores práticas nacionais em matéria de compliance e
integridade corporativa, e exige, nos termos da Lei Estadual nº 7.753, de 17 de outubro de
2017, um compromisso semelhante das partes interessadas em estabelecer um relacionamento
comercial com ela.
I – as partes que celebrarem qualquer contrato com a EMOP cujos limites em valor e em
prazo forem superiores àqueles estabelecidos no art. 1º da Lei Estadual nº 7.753, de 17 de
outubro de 2017, com as atualizações estabelecidas no §4º de referido artigo, deverão possuir
um Programa de Integridade estabelecido em conformidade aos parâmetros indicados no art.
4º na Lei Estadual nº 7.753/2017.
a) o Programa de Integridade deve ser estruturado, aplicado e atualizado de acordo com as
características e os riscos das atividades de cada pessoa jurídica, a qual, por sua vez, deve
garantir seus constantes aprimoramento e adaptação.
b) a existência meramente formal de um Programa de Integridade, ou de um Programa de
Integridade que não seja efetivo para mitigar o risco de ocorrência dos atos tipificados na Lei
nº 12.846/2013, não será suficiente para reputar como cumprida a obrigação estabelecida no
inciso I.
c) será reputado como satisfatório, para os fins deste Regulamento, o Programa de Integridade
que comprovadamente atenda, de modo efetivo, a todos os requisitos estabelecidos no art. 4º
da Lei Estadual nº 7.753/2017. Esta comprovação deverá ser feita por meio de prova
documental a ser apresentada ao gerente do contrato.
II – caso não possuam um Programa de Integridade estabelecido, ou não possuam um
Programa de Integridade que atenda ao art. 4º da Lei Estadual nº 7.753/2017, as partes que se
enquadrarem no inciso I deverão implantá-lo ou adequá-lo no prazo de 180 (cento e oitenta)
dias corridos, a partir da data de celebração de seus respectivos contratos com a EMOP.

Glossário de Expressões Técnicas


Art. 5º Na aplicação deste Regulamento serão observadas as seguintes definições:
Aditivo: instrumento jurídico pelo qual se alteram as estipulações contratuais originais.
Alienação: toda transferência de domínio de bens a terceiros.
Amostra/Protótipo: objeto/bem apresentado pelo licitante à EMOP, a fim de que a qualidade
e as características do futuro fornecimento possam ser avaliadas ou julgadas, nos termos
exigidos no edital de licitação.
Anteprojeto de engenharia: peça técnica com todos os elementos de contornos necessários e
fundamentais à elaboração do projeto básico, devendo conter minimamente os elementos
previstos no art. 42, inc. VII, da Lei nº 13.303/2016.
Apostilamento Contratual: instrumento jurídico escrito e assinado pela autoridade
competente que pode ser celebrado por simples apostila, dispensada a celebração de
aditamento contratual, tendo por objetivo, dentre outros a) o registro de variação do valor
contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, b) as
atualizações, c) compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de
pagamento nele previstas, d) o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite
do seu valor corrigido.
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Aquisição: é todo ato aquisitivo de gêneros alimentícios, produtos, materiais, equipamentos,
peças, destinados para as áreas administrativas, técnica, operacional ou de engenharia.
Área Técnica Demandante: unidade técnica da EMOP demandante da realização do
procedimento licitatório ou contratação direta para suprir uma necessidade da Empresa,
responsável, dentre outras atividades previstas neste Regulamento, pela elaboração do
Anteprojeto de Engenharia, do Termo de Referência para elaboração de Projeto Básico,
Projeto Executivo e Execução da Obra, pelas providências necessárias para a abertura de
Processo Interno e pela gestão e fiscalização do futuro contrato.
Ata de Registro de Preços: documento vinculativo, obrigacional, com característica de
compromisso para futura contratação, onde se registram os preços, fornecedores, unidades
participantes e condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas no
instrumento convocatório e propostas apresentadas, que gera mera expectativa de direito ao
signatário, não lhe conferindo nenhum direito subjetivo à contratação.
Ato de Renúncia: ato pelo qual se abdica, em caráter permanente, de um direito ou
faculdade.
Bens Móveis: bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Catálogo de Referência: catálogo de itens de serviços do Sistema EMOP de Custos
Unitários.
Celebração de Contrato: momento em que se aperfeiçoa o vínculo contratual, por meio da
assinatura das partes no Instrumento Contratual ou, na ausência deste, por qualquer outra
forma prevista ou não vedada por este Regulamento.
Certificado do Registro Geral de Empreiteiros - RGE: documento emitido às empresas
cuja solicitação de cadastro foi aprovada pela EMOP, apta a substituir documentos de
habilitação em licitações, desde que atendidas todas as exigências Editalícias.
Comissão Especial de Licitação: órgão colegiado composto por no mínimo 05 (cinco)
membros, sendo pelo menos 03 (três) titulares, dentre eles o Presidente e 02 (dois) suplentes,
com maioria de empregados pertencentes ao quadro permanente da EMOP. Embora possua a
mesma competência técnica da Comissão Permanente de Licitação, sua criação, de natureza
temporária, ocorre em face da especialidade do objeto a ser licitado, extinguindo-se
automaticamente com a conclusão do processo licitatório.
Comissão Permanente de Licitação: órgão colegiado, permanente, composto por um
Presidente e 3 (três) membros titulares e seus respectivos suplentes, sendo obrigatório que
pelo menos 1 (um) dos integrantes seja empregado da EMOP, formalmente designados, com a
função de, dentre outras, receber documentos, processar e julgar as licitações.
Comissão Técnica de Avaliação: órgão colegiado, constituído somente quando a
complexidade ou especificidade técnica da licitação demandar, composto por no mínimo 03
(três) membros, empregados ou não, sendo pelo menos 02 (dois) titulares, dentre eles o
Presidente e 01 (um) suplente, com amplo conhecimento sobre o objeto licitado. Os membros
da Comissão Técnica de Avaliação serão nomeados pelo Diretor Presidente, através de
Portaria, e seus mandatos durarão até a extinção do procedimento licitatório.
Composição Analítica de Preços Unitários: documento hábil a demonstrar a formação de
preços a partir do detalhamento de todas as parcelas (custo, insumos, etc.) que o compõe,
dentro dos parâmetros previamente exigidos pela EMOP.

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Consórcio: contrato de colaboração entre empresas, mediante o qual as contratantes
conjugam esforços no sentido de executar um determinado empreendimento.
Conteúdo Artístico: refere-se ao produto de uma atividade profissional que cria, interpreta ou
executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação
pública.
Contratação Direta: procedimento administrativo para contratação a ser realizada de forma
direta, em razão da legislação entender que para determidadas situações é dispensável ou
inexigível a licitação. Na Lei 13.303/2016 estas hipóteses estão previstos nos artigos 29 e 30.
Contrato de Escopo: contratos que somente se extinguem com a entrega do objeto pactuado.
Contrato de Prestação Continuada: contrato cujas obrigações se renovam no tempo, isto é,
seu objeto é executado continuamente durante toda a vigência do ajuste e não há a definição
de uma única conduta específica e definida a ser cumprida em determinado prazo. Exemplo:
Contratos de prestação de serviços de limpeza e conservação.
Contratação Integrada: contratação que envolve a elaboração e o desenvolvimento dos
projetos básico e executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a
realização de testes, a pré-operação e as demais operações necessárias e suficientes para a
entrega final do objeto, nos termos do art. 42, inc. VI e do art. 43, inc. VI, da Lei nº
13.303/2016.
Contratação Semi-integrada: contratação que envolve a elaboração e o desenvolvimento do
projeto executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de
testes, a pré-operação e as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do
objeto, nos termos do art. 42, inc. V e do art. 43, inc. V, da Lei nº 13.303/2016.
Contratada: pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a EMOP.
Contratante: pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a EMOP entidade signatária
do instrumento contratual.
Contrato: acordo de vontades entre duas ou mais pessoas com o propósito de criar, modificar
ou extinguir direitos ou obrigações.
Credenciamento: processo por meio do qual a EMOP convoca por chamamento público
pessoas físicas ou jurídicas de determinado segmento, definindo previamente as condições de
habilitação, o preço a ser pago e os critérios para futura contratação.
Edital de Chamamento Público: ato administrativo normativo por meio do qual se convoca
potenciais interessados para procedimentos de Credenciamento, Pré-qualificação,
Manifestação de Interesse e outros necessários ao atendimento de uma necessidade específica.
Emergência: considera-se emergência, para fins contratuais, a existência de situação que
possa ocasionar prejuízos ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços,
equipamentos e outros bens, públicos e particulares. O atendimento da situação emergencial,
bem como as parcelas de obras e serviços, restringir-se-á somente aos bens necessários, não
podendo exceder o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos,
contado da ocorrência da emergência, vedada sua prorrogação.
Empreitada por Preço Unitário: contratação por preço certo de unidades determinadas.
Empreitada por Preço Global: contratação por preço certo e total.
Empreitada Integral: contratação de empreendimento em sua integralidade, com todas as
etapas de obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada
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até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos
técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com
as características adequadas às finalidades para as quais foi contratada.
Estimativa de Custo: metodologia em que o valor é definido mediante estabelecimento de
parâmetro estimativo, baseado em uma presunção de recorrência.
Etapa de Obra: percentual da obra, fixado em contrato, para execução de conjunto de
serviços em um intervalo de tempo que usualmente é 1 (um) mês.
Fiscal de Contrato: profissional habilitado formalmente designado pelo Diretor Presidente
da EMOP para a função de gerenciamento da elaboração do projeto executivo, bem como da
fiscalização da execução da contratação.
Gestor de Contrato: profissional habilitado formalmente designado pelo Diretor Presidente
da EMOP para exercer as atividades de planejamento, o desenvolvimento e o controle da
obra, bem como administrar o cumprimento do contrato, até o seu recebimento definitivo.
Instrumento Convocatório ou Edital: ato administrativo normativo, de natureza vinculante,
assinado pelo Diretor Presidente da EMOP, contendo as regras para a disputa licitatória e para
a futura contratação.
Licitação Deserta: procedimento licitatório encerrado em razão da ausência de
interessados/licitantes no certame.
Licitação Fracassada: procedimento licitatório encerrado em razão da desclassificação das
propostas ou lances e/ou da inabilitação de todos os participantes do certame.
Licitante: todo aquele que possa ser considerado potencial concorrente em procedimento
licitatório ou que teve sua documentação e/ou proposta efetivamente recebida em
procedimento licitatório pela Comissão Permanente de Licitação ou Pregoeiro.
Líder do Consórcio: empresa integrante do Consórcio que o representa junto à EMOP.
Metodologia Orçamentária Paramétrica: metodologia aplicada em projetos que possuem
serviços com características iguais e/ou semelhantes, que utiliza como parâmetro o custo
estimado de obras com a mesma natureza que estão sendo gerenciadas pela EMOP.
Modo de Disputa Aberto: procedimento de disputa com possibilidade de apresentação de
lances públicos e sucessivos, crescentes e decrescentes, conforme o critério de julgamento
adotado, que pode ser utilizada tanto na realização de Licitação na Modalidade de Pregão
Eletrônico, quanto de Pregão Presencial.
Modo de Disputa Fechado: procedimento de disputa no qual as propostas apresentadas pelos
licitantes em envelopes lacrados serão sigilosas até a data e a hora designadas para que sejam
divulgadas em sessão pública e classificadas segundo o critério de julgamento adotado.
Recomentadao quando a qualidade do objeto contratual e/ou técnica for tão (ou mais)
relevante quanto o preço.
Multa Contratual: penalidade pecuniária prevista contratualmente, com fim de obter
indenização ou ressarcimento, para situações que evidenciem o descumprimento total ou
parcial de obrigações contratuais (compensatória) ou que gerem atraso no cumprimento de
obrigações contratuais (moratória).
Objeto Contratual: objetivo de interesse da EMOP a ser alcançado com a execução do
contrato.

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Orçamento Analítico: orçamento fundamentado em serviços que prevejam a descrição, a
unidade, a quantidade e o preço unitário de cada encargo, oriundo dos quantitativos extraídos
do projeto executivo, de tal forma que o seu valor tenha uma pequena margem de variação.
Ordem de Serviço: documento emitido pela EMOP por meio do qual se ordena a execução
de determinado serviço constante do escopo contratado.
Partes Contratuais: todos os signatários do Instrumento Contratual e que por tal razão sejam
titulares de direitos e obrigações.
Prazo de Execução Contratual: prazo destinado à Contratada para a execução do escopo do
objeto contratual, integrante do prazo de vigência, em que a Contratada tem uma obrigação
certa e determinada a cumprir em prazo previsto.
Prazo de Vigência Contratual: prazo destinado a ambas as partes do contrato para o
cumprimento de suas respectivas obrigações, cabendo à Contratada a execução do objeto e à
EMOP o seu recebimento e posterior finalização do pagamento do objeto contratado.
Pregão Eletrônico: modalidade de licitação instituída pela Lei nº 10.520/2002, para
aquisição de bens e serviços comuns, que pressupõe a realização de lances ou ofertas em
sistema eletrônico público.
Pregão Presencial: modalidade de licitação instituída pela Lei nº 10.520/2002, para aquisição
de bens e serviços comuns, que pressupõe a realização de lances ou ofertas de forma
presencial pelos Licitantes.
Pregoeiro: empregado da EMOP formalmente designado, com a função, dentre outras, de
recebimento das propostas e lances, análise de sua aceitabilidade e sua classificação, durante o
processo licitatório na modalidade pregão.
Procedimento de Manifestação de Interesse Privado: procedimento administrativo
consultivo por meio do qual a Administração Pública recebe propostas e projetos de
empreendimentos com vistas a atender necessidades previamente identificadas, cabendo a
regulamento a definição de suas regras específicas.
Projeto Básico: conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão
adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou o complexo de obras ou de serviços objeto
da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que
assegure a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do
empreendimento e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do
prazo de execução, nos termos do do art. 42, inc. VIII, da Lei nº 13.303/2016.
Projeto Executivo: conjunto de elementos necessários e suficientes a execução completa da
obra ou serviço de engenharia, nos termos do do art.42, inc. IX, da Lei nº 13.303/2016.
Proposta Técnica: é um documento em que a licitante deverá descrever e justificar a
metodologia e os meios pessoais, materiais etc que se propõe a utilizar para execução de
serviços.
Prorrogação de Prazo: concessão de prazo adicional para a execução do objeto do contrato
e/ou de sua vigência, de acordo com as regras estabelecidas no contrato.
Reajuste: espécie de reajustamento de preços de contratos, destinada a recuperar os valores
contratados da defasagem provocada pela inflação, efetuado pela aplicação de índices de
preços oficiais gerais, específicos, setoriais, ou definidos pela EMOP, de acordo com o objeto
da contratação.

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Recurso Procrastinatório: recurso interposto com a finalidade de causar retardamento no
regular trâmite do processo licitatório.
Registro Geral de Empreiteiros - RGE: órgão interno responsável pelo de registro cadastral
de empresas para efeito de habilitação, na forma regulamentar, com validade máxima de uma
ano.
Renovação de Prazo: extensão de prazo da prestação de serviços contínuos em conformidade
com as regras do edital.
Representante Legal: pessoa para quem é outorgado poderes de representação nos limites do
instrumento de mandato.
Representante Legal do Consórcio: empresa integrante do Consórcio incumbida de
representá-lo frente aos Órgãos Judiciários e da Administração Pública.
Revisão ou Reequilíbrio Econômico Financeiro: instrumento de correção de preços para
garantir a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Serviço de Engenharia: são os trabalhos passíveis de serem realizados por profissionais
inscritos no CREA e/ou CAU, que exijam para a sua execução o registro no Conselho
profissional competente.
Sobrepreço: quando os preços orçados para a licitação ou os preços contratados são
expressivamente superiores aos preços referenciais de mercado, podendo referir-se ao valor
unitário de um item, se a licitação ou a contratação for por preços unitários de serviço, ou ao
valor global do objeto, se a licitação ou a contratação for por preço global ou por empreitada.
Superfaturamento: quando houver dano ao erário público caracterizado, por exemplo:
1. pela medição de quantidades superiores às efetivamente executadas ou fornecidas;
2. pela deficiência na execução de obras e serviços de engenharia que resulte em diminuição
da qualidade, da vida útil ou da segurança;
3. por alterações no orçamento de obras e de serviços de engenharia que causem o
desequilíbrio econômico-financeiro do contrato em favor do contratado;
4. por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem recebimentos contratuais
antecipados, distorção do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo
contratual com custos adicionais para a EMOP ou reajuste irregular de preços.
Supressão: são os itens de serviços ou de materiais que, no decorrer da execução do contrato,
tornam-se desnecessários.
Tarefa: contratação de mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem
fornecimento de material.
Termo ou Acordo de Cooperação: acordo de vontades, para cumprir objetivo de interesse
comum em regime de mútua colaboração, celebrado com pessoas jurídicas, públicas ou
privadas, para prestação de serviços de engenharia e arquitetura, com definição de
responsabilidades e compromisso de fornecimento dos meios necessários para a EMOP
executar os serviços.
Termo Aditivo: instrumento elaborado com a finalidade de alterar cláusulas de contratos,
convênios ou acordos firmados pela EMOP.
Termo de Referência: documento que deverá conter os elementos técnicos necessários e
suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar o objeto e as obrigações
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contratuais que serão assumidas pela contratada, de modo a orientar a execução e a
fiscalização contratual e a permitir a definição do valor estimado da futura contratação.
Valor do Prêmio: valor definido previamente em edital como incentivo nas contratações de
serviços de trabalhos técnicos, científicos, projetos arquitetônicos ou artísticos que não possui
caráter de pagamento.

CAPÍTULO II
DAS REGRAS APLICÁVEIS ÀS LICITAÇÕES E CONTRATOS

Do Processo Licitatório
Art. 6º Compete ao Diretor Presidente da EMOP, quando demandado, autorizar a abertura
dos processos licitatórios.
Art. 7º Além das finalidades previstas no art. 2° deste Regulamento, as contratações da
EMOP deverão atender a função social de realização do interesse coletivo, que resta garantida
no decreto de criação da EMOP.
Parágrafo Único A EMOP deverá, nos termos da lei, adotar boas práticas de gerenciamento,
sustentabilidade ambiental e responsabilidade social, compatíveis com o mercado em que
atua.
Art. 8º O processo de licitação de que trata este Regulamento observará as seguintes fases,
nesta ordem:
I - preparação;
II - divulgação;
III - apresentação de lances ou propostas, conforme o modo de disputa adotado;
IV - julgamento;
V - verificação de efetividade dos lances ou propostas;
VI - negociação;
VII - habilitação;
VIII - interposição de recursos;
IX - adjudicação do objeto;
X - homologação do resultado ou revogação do procedimento.
Art. 9º A fase de que trata o art. 7º, inciso VII deste Regulamento poderá, excepcional e
justificadamente, anteceder as referidas nos incisos III a VI deste Regulamento, desde que
expressamente previsto no instrumento convocatório.
Art. 10º A licitação e a contratação serão precedidas de planejamento elaborado por unidade
administrativa da EMOP.
Art. 11 A fixação de critérios ou requisitos de sustentabilidade ambiental, como especificação
técnica do objeto, requisito de habilitação técnica ou como obrigação da contratada, desde que
motivada, não frustra o caráter competitivo da licitação.

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Dos impedimentos para participar de licitações ou ser contratado pela EMOP

Art. 12 Estará impedida de participar de licitações e de ser contratada pela EMOP, nos termos
do art. 38 da Lei nº 13.303/2016, a empresa:
I - cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital social seja
diretor ou empregado da EMOP;
II - esteja cumprindo a pena suspensão do direito de licitar e contratar aplicada pela EMOP;
III - declarada inidônea pela União ou pelo Estado do Rio de Janeiro, enquanto perdurarem os
efeitos da sanção;
IV - constituída por sócio de empresa que estiver suspensa, impedida ou declarada inidônea;
V - cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea;
VI - constituída por sócio que tenha sido sócio ou administrador de empresa suspensa,
impedida ou declarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
VII - cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de empresa suspensa, impedida ou
declarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
VIII - que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que participou, em razão de vínculo de
mesma natureza, de empresa declarada inidônea.
Art. 13 Aplica-se, também, a vedação prevista artigo anterior:
I - à contratação do próprio empregado ou dirigente da EMOP, como pessoa física, bem como
à participação dele em processos licitatórios, na condição de licitante;
II - a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau civil, com:
a) dirigente da EMOP;
b) empregado de EMOP cujas atribuições envolvam a atuação na área responsável pela
licitação ou contratação;
c) autoridade do Estado do Rio de Janeiro, assim entendido aqueles que exercem o cargo de
Secretários de Estado, Diretores Gerais, Presidentes de Estatais e de Órgãos da Administração
Direta, Indireta, Autárquica, Fundacional, bem como dos Serviços Sociais Autônomos e seus
equivalentes.
III - cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha terminado seu prazo de gestão ou
rompido seu vínculo com a EMOP há menos de 6 (seis) meses;
IV - às demais pessoas que tenham sido alcançadas pelas vedações fixadas pelo Decreto
Estadual n° 41.491, de 23 de setembro de 2008, que veda o nepotismo no âmbito dos órgãos e
entidades da administração pública Estadual direta e indireta, ou outra norma que venha a ser
editada em substituição ou complementação à mesma.
Art. 14 É vedada também a participação direta ou indireta nas licitações promovidas pela
EMOP:
I - de pessoa física ou jurídica que tenha elaborado o anteprojeto ou o projeto básico da
licitação;

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II - de pessoa jurídica que participar de consórcio responsável pela elaboração do anteprojeto
ou projeto básico da licitação;
III - de pessoa jurídica da qual o autor do anteprojeto ou projeto básico da licitação seja
administrador, controlador, gerente, responsável técnico, subcontratado ou sócio, neste último
caso quando a participação superar 5% (cinco por cento) do capital votante.
§ 1° É permitida a participação das pessoas jurídicas e da pessoa física de que tratam os
incisos II e III do caput deste artigo em licitação ou em execução de contrato, como consultor
ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a
serviço da EMOP.
§ 2° Para fins do disposto no caput, considera-se participação indireta a existência de vínculos
de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do
anteprojeto ou projeto básico, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos
serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes
necessários.
§ 3° O disposto no parágrafo segundo deste artigo aplica-se a empregados incumbidos de
levar a efeito atos e procedimentos realizados pela EMOP no curso da licitação.

Dos Regimes de Contratação


Art. 15 A EMOP poderá adotar os seguintes regimes de contratação:
I - empreitada por preço unitário, nos casos em que os objetos, por sua natureza, possuam
imprecisão inerente de quantitativos em seus itens orçamentários;
II - empreitada por preço global, quando for possível definir previamente no projeto básico,
com boa margem de precisão, as quantidades dos serviços a serem posteriormente executados
na fase contratual;
III - contratação por tarefa, em contratações de profissionais autônomos ou de pequenas
empresas para realização de serviços técnicos comuns e de curta duração;
IV - empreitada integral, nos casos em que o contratante necessite receber o empreendimento,
normalmente de alta complexidade, em condição de operação imediata;
V - contratação semi-integrada, quando for possível definir previamente no projeto básico as
quantidades dos serviços a serem posteriormente executados na fase contratual, em obra ou
serviço de engenharia que possa ser executado com diferentes metodologias ou tecnologias;
VI - contratação integrada, quando a obra ou o serviço de engenharia for de natureza
predominantemente intelectual e de inovação tecnológica do objeto licitado ou puder ser
executado com diferentes metodologias ou tecnologias de domínio restrito no mercado.
§ 1º Serão obrigatoriamente precedidas pela elaboração de projeto básico, disponível para
exame de qualquer interessado, as licitações para a contratação de obras e serviços de
engenharia, com exceção daquelas em que for adotado o regime de contratação integrada.
§ 2º É vedada a execução de obras e serviços de engenharia sem a aprovação do projeto
executivo pela EMOP.
Art. 16 As contratações sob regime de execução de contratação semi-integrada e integrada
restringir-se-ão a obras e serviços de engenharia e observarão, além das disposições contidas
na Lei nº 13.303/2016, os seguintes requisitos:
14
I - o instrumento convocatório deverá conter:
a) anteprojeto de engenharia, no caso de contratação integrada, com elementos técnicos que
permitam a caracterização da obra ou do serviço e a elaboração e comparação, de forma
isonômica, das propostas a serem ofertadas pelos particulares;
b) projeto básico, nos casos de empreitada por preço unitário, de empreitada por preço global,
de empreitada integral e de contratação semi-integrada;
c) parecer técnico, assim entendido como sendo a definição precisa das frações do
empreendimento em que haverá possibilidade de as contratadas inovarem em soluções
metodológicas ou tecnológicas, seja em termos de modificação das soluções previamente
delineadas no anteprojeto ou no projeto básico da licitação, seja em termos de detalhamento
dos sistemas e procedimentos construtivos previstos nessas peças técnicas;
d) matriz de riscos.
II - o valor estimado do objeto a ser licitado será calculado:
a) a partir de custos unitários de insumos ou serviços utilizando o Sistema EMOP de Custos
Unitários, no caso de obras e serviços de engenharia contratadas;
b) com base em valores de mercado, em valores pagos pela administração pública em serviços
e obras similares ou em avaliação do custo total da obra, aferido mediante orçamento sintético
ou metodologia expedita ou paramétrica;
III - o critério de julgamento a ser adotado será o de menor preço ou de melhor combinação
de técnica e preço, pontuando-se na avaliação técnica as vantagens e os benefícios que
eventualmente forem oferecidos para cada produto ou solução;
IV - na contratação semi-integrada, o projeto básico poderá ser alterado pela contratada, desde
que demonstrada a superioridade das inovações em termos de redução de custos, de aumento
da qualidade, de redução do prazo de execução e de facilidade de manutenção ou operação,
cabendo a área técnica demandante da EMOP atestar sua veracidade.
§ 1° No caso das contratações integradas, a elaboração dos orçamentos deverá atender aos
seguintes critérios:
I - sempre que o anteprojeto da licitação, por seus elementos mínimos, assim o permitir, as
estimativas de preço devem se basear em orçamento tão detalhado quanto possível, devendo a
utilização de estimativas paramétricas e a avaliação aproximada baseada em outras obras
similares ser realizadas somente nas frações do empreendimento não suficientemente
detalhadas no anteprojeto da licitação, exigindo-se das contratadas, no mínimo, o mesmo
nível de detalhamento em seus demonstrativos de formação de preços;
II - quando utilizada metodologia expedita ou paramétrica para abalizar o valor do
empreendimento ou de fração dele, consideradas as disposições do inciso I, entre 2 (duas) ou
mais técnicas estimativas possíveis, deve ser utilizado o Sistema EMOP de Custos Unitários
nas estimativas de preço-base, exigindo-se das licitantes, no mínimo, o mesmo nível de
detalhamento na motivação dos respectivos preços ofertados.
§ 2° Nas contratações integradas ou semi-integradas em que a Licitante/Contratada apresentar
proposta de alteração de projeto básico que venha a ser aprovada pela EMOP, os riscos
decorrentes de fatos supervenientes deverão ser alocados na Matriz de Risco como sendo
responsabilidade integral da Contratada, que deverá arcar integralmente com os custos e
efeitos decorrentes das alterações que se mostrarem associados às parcelas por ela
apresentadas.
15
§ 3° No caso de licitação de obras e serviços de engenharia, a EMOP deverá utilizar a
contratação semi-integrada, cabendo a ela a elaboração ou a contratação do projeto básico
antes da licitação de que trata este parágrafo, podendo ser utilizadas outros regimes de
contratação, desde que essa opção seja devidamente justificada.
§ 4° Para fins do previsto no parágrafo terceiro, não será admitida, por parte da EMOP, como
justificativa para a adoção do regime de contratação integrada, a ausência de projeto básico.
Art. 17 A escolha dos regimes de contratação previstos no art. 43 da Lei nº 13.303/2016, que
deve ser justificada, resultará das características do objeto a ser contratado, não se tratando de
escolha discricionária da área técnica demandante.

Do Planejamento das Contratações


Art. 18 As contratações de que trata este Regulamento deverão ser precedidas de
planejamento, em harmonia com o planejamento estratégico do Estado do Rio de Janeiro.
§ 1º A Diretoria de Administração e Finanças compete realizar o planejamento das
contratações/compras por meio de levantamento das demandas junto às diretorias e gerências
da EMOP, divulgando o cronograma de contratações/compras para o ano seguinte, até o mês
de outubro do ano corrente.
§ 2º A medida de planejamento constante do parágrafo anterior é imprescindível para o
controle e fiscalização, a fim de se evitar o fracionamento indevido de despesas.
Art. 19 Sempre que a EMOP for contratar determinado serviço ou adquirir, locar ou alienar
determinado bem ou ativo, ou executar obras, a área demandante deverá listar os resultados
esperados, definir os requisitos necessários e suficientes ao seu atendimento e ainda:
I - avaliar as alternativas internas, no âmbito da EMOP, elaborando, se aplicável, um estudo
de viabilidade técnica e econômica, para atendimento da demanda, quantificando, valorando e
avaliando os riscos de cada uma delas;
II - não havendo, ou não sendo conveniente a adoção de alternativa interna, estudar as
soluções existentes no mercado (inclusive com consultas a outros órgãos/empresas),
quantificando, valorando e avaliando os riscos de cada uma delas;
III - ponderar as soluções porventura existentes, optando, justificadamente, pela mais
vantajosa;
IV - elaborar o Termo de Referência, o Projeto Básico e o Projeto Executivo, conforme o
caso;
V - formalizar a abertura do Processo Interno pela autoridade administrativa competente,
previamente definidos por Ordem de Serviço da Presidência.
Art. 20 Na elaboração do Anteprojeto de Engenharia, do Termo de Referência, do Estudo
Preliminar, do Projeto Básico ou Projeto Executivo, conforme o caso, o demandante
observará as seguintes diretrizes:
I - detalhamento das condições de execução da demanda, de modo a permitir ao interessado a
exata compreensão do objeto e dos direitos e obrigações a serem assumidos tanto pela EMOP
quanto pelo interessado, em caso de contratação;
II - não previsão de requisitos ou condições que venham a restringir injustificadamente a
competição ou a direcionar a licitação; e
16
III - consideração das práticas e critérios de conformidade, sustentabilidade socioambiental, e
das políticas de desenvolvimento nacional sustentável previstas na legislação sobre o tema
relacionado ao objeto a ser contratado.
Art. 21 Nos casos de aquisição do bem, produto ou serviço deverá ser elaborada justificativa
da contratação e do quantitativo, esclarecendo de forma clara e detalhada a necessidade e suas
implicações nas atividades da EMOP.
Parágrafo Único Nos casos de obras e serviços de engenharia a justificativa será suprida pelo
documento de solicitação da prestação do serviço encaminhado pelo órgão descentralizador
de recursos.
Art. 22 O Termo de Referência conterá, no mínimo:
I - objeto: Descrever o bem, produto, serviço ou obra a ser contratado pela EMOP, de forma
precisa, suficiente e clara, detalhando as especificações técnicas e definindo o quantitativo.
São vedadas as especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a
competição. Na aquisição de bens, a EMOP poderá, nos termos do art. 47 da Lei nº
13.303/2016:
a) indicar marca ou modelo;
b) exigir amostra, prevendo o procedimento e condições técnicas para sua avaliação, que deve
se pautar em critérios objetivos;
c) solicitar certificação de qualidade do produto ou do processo de fabricação.
II - local de execução do serviço ou entrega do bem/produto: informar o endereço completo
do local onde serão entregues os bens/produtos ou serão executados os serviços ou obras.
III - obrigações da Contratada: descrever as obrigações da Contratada, para além daquelas
obrigações gerais, de acordo com a especificidade do objeto da contratação.
IV - preço de referência ou orçamento estimado do custo total de obras e serviços de
engenharia: definir o preço de referência com base nos custos unitários de insumos ou
serviços utilizando-se os preços contidos no Catálogo de Referência do Sistema EMOP de
Custos Unitários para obras e serviços de engenharia com recursos do Governo do Estado e
do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) para
obras e serviços de engenharia com recursos oriundos do Governo Federal.
V - preço de referência ou orçamento estimado para os demais objetos: pesquisar os preços de
mercado a fim de encontrar o preço de referência da licitação/contratação, no maior número
possível de fontes, especialmente as seguintes:
a) compras/contratações já realizadas pela EMOP, outras empresas estatais ou empresas
privadas em condições idênticas ou semelhantes àquelas da contratação pretendida;
b) contratações similares realizadas por entes públicos;
c) valores registrados em atas de Sistema de Registro de Preços, cuja vigência tenha expirado
há, no máximo, 12 (doze) meses;
d) Banco ou Portal de Preços, mantido por entidade pública ou prestador de serviços
especializado, pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos especializados ou
de domínio amplo, desde que contenha a data e hora de acesso;
e) pesquisas junto a fornecedores;

17
f) consulta ao Catálogo de Referência do Sistema EMOP de Custos Unitários para consultar o
custo de serviços específicos.
VI - subcontratação: informar sobre a possibilidade de a futura Contratada subcontratar
parcela do objeto da licitação, indicando seu limite e quais parcelas poderão ser
subcontratadas, nos termos do art. 78 da Lei nº 13.303/2016;
VII – participação em consórcio: informar sobre a possibilidade de participação no processo
licitatório de empresas em consórcio;
VIII - forma de Recebimento: o objeto poderá ser entregue pelo contratado de forma integral
ou fracionada, devendo o contratante emitir os correspondentes termos de recebimento
provisório e definitivo, cabendo ao contratado informar as condições de entrega do objeto;
IX - garantia contratual: informar sobre a exigência de garantia à execução contratual e seu
percentual, nos termos do art. 70 da Lei nº 13.303/2016;
X - prazo de vigência: indicar o prazo da vigência contratual, que não poderá ultrapassar 5
(cinco) anos;
XI - prazo de execução: em caso de contratos de escopo, indicar o prazo para a execução do
objeto, que sempre será inferior ao prazo de vigência contratual. Quando a execução do objeto
for por etapas, necessário a apresentação de cronograma de execução, no qual constará o
prazo de cada uma delas;
XII - índice de reajuste: no caso de obras e serviços de engenharia, deverá ser definido qual o
marco inicial para o cálculo de reajuste: data da apresentação da proposta ou da estimativa
orçamentária na forma do Art.190 deste Regulamento;
XIII condições de pagamento: informar as condições de pagamento, indicando, no mínimo, a
periodicidade e a forma;
XIV - requisitos de sustentabilidade ambiental: indicar quais requisitos serão exigidos dos
licitantes, de acordo com a natureza do objeto, se aplicável, nos termos do art. 32, parágrafo
primeiro da Lei n° 13.303/2016. No caso de eventuais exigências do agente financiador,
deverá a EMOP seguir os critérios de sustentabilidade ambiental por ele estabelecidos;
XV - matriz de risco: cláusula contratual definidora de riscos e responsabilidades entre as
partes e caracterizadora do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de
ônus financeiro decorrente de eventos supervenientes à contratação, contendo, no mínimo, as
seguintes informações:
a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura do contrato, impactantes no
equilíbrio econômico-financeiro da avença, e previsão de eventual necessidade de prolação de
termo aditivo quando de sua ocorrência;
b) estabelecimento preciso das frações do objeto em que haverá liberdade das contratadas para
inovar em soluções metodológicas ou tecnológicas, em obrigações de resultado, em termos de
modificação das soluções previamente delineadas no anteprojeto ou no projeto básico da
licitação;
c) estabelecimento preciso das frações do objeto em que não haverá liberdade das contratadas
para inovar em soluções metodológicas ou tecnológicas, em obrigações de meio, devendo
haver obrigação de identidade entre a execução e a solução pré-definida no anteprojeto ou no
projeto básico da licitação.

18
XVI - indicação de comissão técnica para casos de licitação que adotem critério de
julgamento que envolvam decisões técnicas.
§ 1º Nos casos de contratações semi-integradas e integradas, o valor estimado do objeto a ser
licitado será calculado com base em valores de mercado, em valores pagos pela administração
pública em serviços e obras similares ou em avaliação do custo global da obra, aferido
mediante orçamento sintético ou metodologia expedita ou paramétrica, nos termos do art. 42,
parágrafo primeiro, inc. II, da Lei nº 13.303/2016.
§ 2º No caso da impossibilidade, devidamente demonstrada, de aplicar as regras previstas no
inciso IV deste artigo, o orçamento estimado poderá ser apurado por meio da utilização de
dados contidos em tabela de referência formalmente aprovada por órgãos ou entidades da
administração pública estadual ou federal, em publicações técnicas especializadas, em banco
de dados e sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado. Neste caso, a
Diretoria de Planejamento e Projetos, deverá explicitar como foi realizado o processo de
formação de preços, juntando aos autos do Processo Interno documentos comprobatórios das
consultas realizadas.
§ 3º A pesquisa de preços deverá contemplar pelo menos 03 (três) preços para cada item de
material ou serviço, identificados por meio das fontes indicadas nas alíneas do inciso V deste
dispositivo, devendo ser adotado o menor dos preços pesquisados.
§ 4º Excepcionalmente, mediante justificativa da área responsável pela realização da pesquisa
de preços, será admitida a pesquisa com menos de três preços.
§ 5º Para a obtenção do resultado da pesquisa de preços, não poderão ser considerados os
preços inexequíveis ou os excessivamente elevados, conforme critérios fundamentados e
descritos no processo administrativo.
§ 6º Competirá à área técnica demandante fundamentar sua decisão sobre a permissão ou não
da participação de empresas em consórcio na licitação, de acordo com o vulto ou
complexidade do empreendimento, avaliando a possibilidade de ampliação da
competitividade.
Art. 23 Em observância ao princípio do desenvolvimento nacional sustentável, a área técnica
quando do planejamento das licitações e elaboração do Termo de Referência considerará as
seguintes diretrizes:
I - menor impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água;
II - preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local;
III - maior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia;
IV - maior geração de empregos, preferencialmente com mão de obra local;
V - maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra;
VI - uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais; e
VII - origem ambientalmente regular dos recursos naturais utilizados nos bens, serviços e
obras.
Art. 24 Quando do processo de apuração do preço de referência/orçamento estimado pela
EMOP, deverão ser observados:
I - que as propostas contemplem valores razoáveis e condizentes com os praticados no
mercado, e que reflitam as especificações do Termo de Referência, do Anteprojeto de
19
Engenharia, do Projeto Básico ou Executivo, conforme o caso, e sejam detalhadas, confiáveis
e apresentadas em prazo adequado, sob pena de responder solidariamente pelos danos
causados por sobrepreço ou superfaturamento, conforme previsto no art. 30, parágrafo
segundo, da Lei nº 13.303/2016; e
II - informações referentes aos preços cobrados perante outros clientes.
Art. 25 O Anteprojeto de engenharia conterá, no mínimo, os elementos mencionados no art.
42, inc. VII, da Lei nº 13.303/2016.
Art. 26 O Projeto Básico conterá, no mínimo, os elementos mencionados no art. 42, inc. VIII,
da Lei nº 13.303/2016.
Parágrafo Único O Projeto Básico deverá atender aos conceitos previstos na Resolução
CONFEA nº 361/1991, combinado com a Decisão Normativa CONFEA nº 106 de
17/04/2015.
Art. 27 O Projeto Executivo conterá o conjunto completo dos elementos necessários e
suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas técnicas pertinentes.
Parágrafo Único A elaboração do Projeto Executivo deverá manter os conceitos definidos
em todas as disciplinas do projeto básico, ressalvadas as situações decorrentes de inovações
tecnológicas que imponham modificações dos conceitos previstos, ficando as mesmas
condicionadas à aprovação da EMOP.
Art. 28 Caso a obra ou serviço de engenharia demande licenciamento ambiental prévio, este
será de competência da EMOP, uma vez que se trata de fase preparatória da licitação,
antecedente à elaboração do anteprojeto de engenharia ou do projeto básico ou do projeto
executivo, a depender do regime de execução adotado.
Art. 29 À Diretoria de Administração e Finanças compete atestar a disponibilidade de
recursos para as contratações necessárias à EMOP, bem como acompanhar a execução de seus
respectivos orçamentos.

Do Processo Interno
Art. 30 Concluída a etapa de planejamento da licitação, a área técnica demandante
providenciará a abertura e formalização do Processo Interno, o qual deve ser inicialmente
instruído com os documentos necessários à caracterização da demanda, sendo imprescindíveis
os seguintes:
I - Comunicação Interna, na qual constará a autorização expressa da autoridade administrativa
competente, para a abertura do processo licitatório;
II - Termo de Referência, nos moldes do art. 21 deste Regulamento e, quando for o caso,
Anteprojeto de Engenharia, Projeto Básico ou Projeto Executivo, nos moldes dos art. 24, 25 e
26 deste Regulamento;
III - justificativas da contratação para aquisição de bens ou serviços, ou documento de
solicitação da prestação do serviço encaminhado pelo órgão descentralizador de recursos para
casos de obras e serviços de engenharia;
IV - decisão fundamentada da área demandante relativa:
a) à escolha da solução mais adequada ao atendimento da necessidade;

20
b) à necessidade de conferir publicidade ao preço de referência, se for o caso, nos termos do
art. 34 da Lei nº 13.303/2016, uma vez que a regra é o orçamento sigiloso;
c) aos requisitos de aceitação e de pontuação das propostas e às exigências de habilitação
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações;
d) aos requisitos exigidos com vistas à sustentabilidade socioambiental da contratação, ou a
justificativa para a não previsão de tais requisitos;
e) à indicação da modalidade de licitação e regime de contratação a ser adotado;
f) ao critério de julgamento das propostas: informar qual o critério de julgamento das
propostas mais adequado para a licitação pretendida, sempre relacionado à natureza do objeto,
dentre aqueles previstos no art. 54 da Lei nº 13.303/2016 (‘menor preço’, ‘maior desconto’,
‘melhor combinação de técnica e preço’, ‘melhor técnica’, ‘melhor conteúdo artístico’, ‘maior
oferta de preço’, ‘maior retorno econômico’ e ‘melhor destinação de bens alienados’),
justificando a escolha;
g) à Qualificação Técnica e Qualificação Econômico-financeira: quando cabível, detalhar os
requisitos de qualificação técnica e econômico-financeira a serem exigidos dos licitantes, em
consonância com a natureza do objeto, limitado ao disposto nos art. 89 e 90 deste
Regulamento;
h) à existência de impedimentos para a realização de licitação, cujo valor estimado seja
inferior a R$ 81.000,00, exclusivamente para a participação de Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, nos termos da Lei Complementar n° 123/2006.
Parágrafo Único Compete à área técnica demandante a elaboração e apresentação dos
documentos citados no caput e incisos para posterior abertura e formalização do Processo
Interno.
Art. 31 Para cada processo licitatório e seu respectivo contrato haverá um único Processo
Interno, que deverá ser autuado, conforme as regras definidas pela EMOP.
§ 1º Todos os documentos relativos ao processo de licitação, ao contrato dela decorrente e
seus eventuais aditivos e apostilamentos, incluindo dentre outros, os atos de fiscalização,
medição e gestão contratual, devem constar do Processo Interno, respeitada a ordem
cronológica de acontecimentos dos fatos, de forma a manter o histórico dos atos praticados.
§ 2º A guarda do Processo Interno será de competência da Comissão Permanente de Licitação
ou do Pregoeiro até o encerramento do processo licitatório, da Presidência até a celebração do
contrato; a partir deste ato será de competência da Diretoria responsável pelo gerenciamento
do contrato, a quem competirá ainda a inserção/autuação dos documentos mencionados no
parágrafo primeiro.
§ 3º Compete ao gestor do contrato o envio à Diretoria responsável dos documentos a ele
relativos, incluindo, dentre outros, os atos de fiscalização, medição e gestão contratual, em até
10 (dez) dias úteis após sua prática, em ordem cronológica.
Art. 32 Em respeito aos princípios da publicidade e transparência, qualquer interessado
poderá ter acesso aos documentos integrantes do Processo Interno, salvo aqueles relacionados
ao preço de referência/orçamento estimado, que em razão do disposto no art. 34 da Lei nº
13.303/2016, são sigilosos e deverão ser envelopados para preservar seu conteúdo.

21
Da Licitação na Lei 13.303/2016

Da Comissão Permanente de Licitação, da Comissão Técnica de Avaliação e da


Comissão Especial de Licitação

Art. 33 Além das demais competências previstas no Regulamento compete à Comissão


Permanente de Licitação e à Comissão Especial de Licitação:
I - conduzir os processos de licitações, receber e responder a pedidos de esclarecimentos,
receber e decidir impugnações contra o instrumento convocatório;
II - receber, examinar e julgar as propostas e documentos de habilitação conforme requisitos e
critérios estabelecidos no instrumento convocatório;
III - receber os recursos, apreciar sua admissibilidade, julgar e encaminhar à autoridade
administrativa para decisão final;
IV - dar ciência aos interessados das decisões prolatadas providenciando sua publicação no
Portal da EMOP na internet; em caso de qualquer impedimento para a publicação no Portal da
EMOP na internet, as decisões serão informadas através dos endereços eletrônicos fornecidos
pelas respectivas licitantes;
V - encaminhar os autos da licitação ao Diretor-Presidente para adjudicar e homologar a
licitação ou para revogar ou anular o procedimento;
VI - propor à autoridade competente a instauração de processo administrativo punitivo
objetivando a aplicação de sanções, quando for o caso.
Parágrafo Único É facultado às comissões de licitação, em qualquer fase do certame,
promover as diligências que entender necessárias, adotando medidas de saneamento
destinadas a esclarecer informações, corrigir impropriedades meramente formais na proposta,
documentação de habilitação ou complementar a instrução do processo.
Art. 34 Os membros das comissões permanentes e especiais de licitação responderão
solidariamente por todos os atos praticados, salvo se for consignado posição individual
divergente, devidamente fundamentada e registrada na ata em que adotada a decisão.
Art. 35 Nas licitações cujo critério de julgamento seja “melhor técnica”, “melhor combinação
técnica e preço”, “melhor conteúdo artístico”, “maior retorno econômico” ou “melhor
destinação de bens alienados”, em razão da especialidade e/ou complexidade do objeto, a
critério da autoridade administrativa competente, poderá ser constituída uma comissão técnica
de avaliação para, exclusivamente, julgar as propostas técnicas do certame, conforme
requisitos e critérios estabelecidos no instrumento convocatório, ficando automaticamente
extinta com o encerramento da licitação.
Parágrafo Único As demais competências previstas no artigo anterior continuam a cargo da
Comissão Permanente de Licitação.
Art. 36 A critério da autoridade competente e face a especialidade do objeto a ser licitado, a
qualquer tempo poderá ser constituída uma Comissão Especial de Licitação para processar e
julgar um certame específico, extinguindo-se automaticamente com a conclusão do processo
licitatório.

22
Do Instrumento Convocatório
Art. 37 Competirá a Comissão Permanente de Licitação elaborar o instrumento convocatório,
nos termos da minuta-padrão correspondente à modalidade de licitação cabível.
Art. 38 Será dispensado parecer jurídico em minuta de edital elaborada com base em minuta-
padrão e que não tenha sofrido inclusão, supressão ou modificação do texto padronizado e
aprovado, devendo ser juntado aos autos declaração assinada pelo servidor responsável pela
elaboração, certificando que a minuta- padrão foi fielmente utilizada.
Parágrafo Único As alterações na minuta-padrão deverão ser informadas pela Comissão
Permanente de Licitação, destacadas em negrito e sublinhadas, indicando-se expressamente as
questões pontuais a serem avaliadas pela Assessoria Jurídica.
Art. 39 O instrumento convocatório definirá, no mínimo:
I - o objeto da licitação, mediante descrição sucinta e clara;
II - o regime de contratação;
III - a forma de realização dos atos e procedimentos da licitação;
IV - a data de abertura do certame;
V - o modo de disputa, aberto, fechado ou a combinação de ambos, quando o objeto da
licitação puder ser parcelado, nos termos do art. 52, Lei nº 13.303/2016;
VI - os prazos e meios para apresentação de pedidos de esclarecimentos, impugnações e
recursos, nos termos do art. 87, parágrafo primeiro da Lei nº 13.303/2016;
VII - os critérios de classificação para cada etapa da disputa e as regras para apresentação de
propostas e de lances;
VIII - os requisitos de conformidade das propostas;
IX - os critérios de julgamento e de desempate, nos termos dos artigos 54 e 55 da Lei nº
13.303/2016.
X - os requisitos de habilitação, respeitados os parâmetros do art. 58 da Lei nº 13.303/2016;
XI - a exigência, quando for o caso:
a) de marca ou modelo, nos termo do art. 47, inc. I, da Lei nº 13.303/2016;
b) de amostra, nos termos do art. 47, inc. II, da Lei nº 13.303/2016;
c) de certificação de qualidade do produto ou do processo de fabricação, nos termos do art.
47, inc. III e parágrafo único da Lei nº 13.303/2016.
XII - o prazo de validade da proposta, que não poderá ser inferior à 60 (sessenta) dias;
XIII - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a
fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou
faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos
terceiro e quarto do art. 57 da Lei nº13.303/2016.
XIV - o prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos;
XV - o prazo de vigência contratual e, se for o caso, o prazo de execução do objeto;
XVI - os prazos e condições para o recebimento do objeto da licitação;

23
XVII - as formas, condições e prazos de pagamento, bem como o critério de reajuste, quando
for o caso;
XVIII - a exigência de garantias, nos termos do art. 70 da Lei nº 13.303/2016, quando for o
caso;
XIX - os critérios objetivos de avaliação do desempenho da Contratada, bem como os
requisitos da remuneração variável, quando for o caso;
XX - a possibilidade ou não de subcontratação e suas regras;
XXI - as sanções;
XXII - a permissão da participação de empresas em consórcio, se for o caso;
XXIII - outras indicações específicas da licitação;
XXIV - quando for o caso, de acordo com os critérios da Lei Estadual nº 7.753/2017,
necessidade de que o Contratado possua um Programa de Integridade Corporativa.

§ 1º A EMOP poderá realizar licitações internacionais, isto é, permitir a participação, além


dos licitantes nacionais ou estrangeiros com atuação regular no país, dos interessados
estrangeiros (sociedade constituída e organizada de acordo com a legislação de seu país de
origem e onde mantém sua sede) e, neste caso, o edital deverá observar ainda as seguintes
disposições:
I - diretrizes sobre política monetária e comércio exterior, quando cabíveis;
II - exigências de habilitação mediante apresentação de documentos equivalentes àqueles
exigidos da empresa nacional, autenticados pelos respectivos consulados e traduzidos por
tradutor juramentado;
III - necessidade de representação legal no Brasil, prevendo poderes expressos para receber
citação e responder administrativa ou judicialmente.
§ 2º Caso a área técnica demandante entenda seja mais adequada a realização de licitação na
forma presencial, deverá apresentar nos autos do Processo Interno justificativa suficiente.
§ 3º Integram o instrumento convocatório como anexos, além de outros que se fizerem
necessários:
I - o Termo de Referência, o Anteprojeto, o Projeto Básico ou Executivo, conforme o caso;
II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários, quando for o caso;
III - a minuta do contrato, quando houver;
IV - as especificações complementares e as normas de execução, quando for o caso;
V - as declarações sobre a inexistência dos impedimentos constantes nos artigos 38 e 44 da
Lei nº 13.303/2016;
§ 4º No caso de obras ou serviços de engenharia, o instrumento convocatório conterá ainda:
I - o cronograma de execução, com as etapas necessárias à medição, ao monitoramento e ao
controle das obras;
II - a exigência de que os licitantes apresentem, em suas propostas, a composição analítica do
percentual dos Benefícios e Despesas Indiretas - BDI e dos Encargos Sociais, discriminando
todas as parcelas que o compõem, exceto no caso da contratação integrada;

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III - os documentos mencionados no art. 42, parágrafo primeiro, inc. I, da Lei nº 13.303/2016,
no caso das contratações integradas e semi-integradas.
§ 5º Se aplicável, será previsto no edital a faculdade do licitante solicitar a realização de visita
técnica, conforme dia e horário a ser estabelecido pela EMOP, informando o nome de seu
representante e os meios de contato (endereço eletrônico e telefone).
Art. 40 Na contratação “semi-integrada”, o projeto básico poderá ser alterado pela
Licitante/Contratada, desde que aprovadas pela autoridade administrativa, uma vez
demonstrada a superioridade das inovações em termos de:
I - redução de custos;
II - aumento da qualidade;
III - redução do prazo de execução;
IV - facilidade de manutenção; ou
V - facilidade de operação.
Art. 41 O valor estimado do contrato a ser celebrado será sigiloso, facultando-se à
contratante, mediante justificação na fase de preparação prevista no art. 51, inc. I, da Lei nº
13.303/2016, conferir publicidade ao valor estimado do objeto da licitação, sem prejuízo da
divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais informações necessárias para a
elaboração das propostas.
§ 1o Na hipótese em que for adotado o critério de julgamento por maior desconto, a
informação de que trata o caput deste artigo constará do instrumento convocatório.
§ 2o No caso de julgamento por melhor técnica, o valor do prêmio ou da remuneração será
incluído no instrumento convocatório.
§ 3o A informação relativa ao valor estimado do objeto da licitação, ainda que tenha caráter
sigiloso, será disponibilizada a órgãos de controle externo e interno, devendo a empresa
pública ou a sociedade de economia mista registrar em documento formal sua
disponibilização aos órgãos de controle, sempre que solicitado.
Art. 42 Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, deverão ser
observadas as seguintes regras:
I - comprovação do compromisso público ou particular de constituição de consórcio, subscrito
pelos consorciados;
II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá atender às condições de
liderança, obrigatoriamente fixadas no instrumento convocatório;
III - apresentação dos documentos exigidos no edital por parte de cada consorciada,
admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada uma
e, para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada
consorciado, na proporção de sua respectiva participação podendo a Administração
estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos
para licitante individual, inexigível este acréscimo para os consórcios compostos, em sua
totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em Lei;
IV - impedimento de participação de empresa consorciada, na mesma licitação, por meio de
mais de um consórcio ou isoladamente;

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V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em consórcio, tanto na
fase de licitação quanto na de execução do contrato.
Parágrafo Único Como condição indispensável para a celebração do contrato, o licitante
vencedor deverá promover a constituição e o registro do consórcio, nos termos do
compromisso referido no inciso I deste artigo.
Art. 43 Não será obrigatória a análise e aprovação pela Assessoria Jurídica das minutas
elaboradas com base nos modelos padrão de editais e que não tenham sofrido alterações.
§ 1º Os documentos-padrão deverão ser obrigatoriamente preenchidos sempre a partir do
modelo original.
§ 2º Compete ao Diretor Presidente da EMOP a aprovação dos modelos padrão de editais.
§ 3º Em caso de dúvida ou questionamento sobre determinada cláusula constante de
documentos-padrão, o processo deverá ser encaminhado à Assessoria Jurídica, a quem
compete analisar e dar parecer.
§ 4º Os documentos-padrão que sofrerem alteração deverão ser republicadas com as
modificações consolidadas, após aprovação pelo Diretor Presidente.
§ 5º As minutas de editais de licitação que forem emitidas sem a observância das minutas-
padrão ou que exijam a demonstração de qualificação técnica dos licitantes para além da
certidão ou atestado mencionado no art. 89 deste Regulamento, devem ser previamente
examinadas pela Assessoria Jurídica, a quem compete a análise quanto à legalidade, devendo:
I - aprovar a minuta sem ressalvas, ou;
II - aprovar com ressalvas, ou;
III- reprovar a minuta.
§ 6º No caso do inciso I, o Processo Interno será encaminhado à Comissão Permanente de
Licitação para providências quanto a publicação do instrumento convocatório no Diário
Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no Portal da EMOP na internet.
§ 7º No caso do inciso II, as providências e publicação do instrumento convocatório pela
Comissão Permanente de Licitação estão condicionadas à realização dos ajustes ou correções
na minuta de edital. A Comissão Permanente de Licitação poderá solicitar manifestação por
escrito da área demandante, caso os ajustes ou correções se tratem de questões técnicas.
§ 8º No caso do inciso III, o processo será devolvido à Comissão Permanente de Licitação
e/ou à área técnica demandante, a depender da natureza das considerações constantes do
Parecer Jurídico, para realizar as providências necessárias a viabilização de novo exame.
§ 9º Na hipótese do parágrafo anterior, uma vez realizados os ajustes e tomadas as
providências, o processo retornará à Assessoria Jurídica para novo exame, nos moldes
previstos no caput deste artigo.
Art. 44 O instrumento convocatório ficará disponível, na íntegra, no Portal da EMOP na
internet – www.emop.rj.gov.br, e seu extrato será publicado no Diário Oficial do Estado do
Rio de Janeiro. No caso de licitações com recursos federais, totais ou parciais, a publicação
também deverá ocorrer no Diário Oficial da União.
§ 1º Os prazos mínimos entre a divulgação do instrumento convocatório e a apresentação de
propostas ou lances são aqueles constantes do art. 39 da Lei nº 13.303/2016.

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§ 2º Para os casos em que a Lei nº 13.303/2016 não previu prazo mínimo, caberá à área
técnica demandante indicá-lo de acordo com a natureza e complexidade do caso concreto.

Dos Esclarecimentos, Impugnações e Alterações no Instrumento Convocatório

Art. 45 O edital estabelecerá os requisitos, o prazo e a forma de apresentação, pelos


interessados, de pedidos de esclarecimentos e impugnações às suas disposições.
Art. 46 As respostas aos pedidos de esclarecimentos e as decisões às impugnações são de
competência do Pregoeiro, se a licitação ocorrer na modalidade Pregão ou da Comissão
Permanente de Licitação nos demais casos.
§ 1º O Pregoeiro e a Comissão Permanente de Licitação contarão com o auxílio da área
técnica demandante para responder questões de ordem técnica, e da Assessoria Jurídica,
quanto se tratar de questões legais, que se manifestarão por escrito.
§ 2º Caso se verifique a necessidade de um aprofundamento maior da questão levantada pelo
pedido de esclarecimento ou impugnação, o Pregoeiro ou à Comissão Permanente de
Licitação poderão decidir pelo adiamento da data inicialmente marcada para a sessão pública.
Art. 47 Se a impugnação for julgada procedente, a autoridade administrativa deverá, na
hipótese de ilegalidade insanável, anular a licitação total ou parcialmente; e a Comissão
Permanente de Licitação ou o Pregoeiro, na hipótese de defeitos ou ilegalidades sanáveis,
corrigir o ato, devendo:
I - republicar o aviso da licitação pela mesma forma que se deu o texto original, devolvendo o
prazo de publicidade inicialmente definido, exceto se a alteração no instrumento convocatório
não afetar a participação de interessados no certame;
II - divulgar no Portal da EMOP na internet e no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro a
decisão da impugnação e o edital retificado, para conhecimento de todos os licitantes e
interessados.
Paragrafo Único No caso de licitações com recursos federais, totais ou parciais, a publicação
deverá ocorrer também no Diário Oficial da União.
Art. 48 Se a impugnação for julgada improcedente, a Comissão Permanente de Licitação ou o
Pregoeiro deverá divulgar no Portal da EMOP na internet e no Diário Oficial do Estado do
Rio de Janeiro a decisão, dando seguimento à licitação. No caso de licitações com recursos
Federais, totais ou parciais, a publicação deverá ocorrer também no Diário Oficial da União.

Da Sessão Pública
Art. 49 Na data prevista no instrumento convocatório, a sessão pública para o recebimento
das propostas e/ou lances dos licitantes será aberta e conduzida pela Comissão Permanente de
Licitação, nos casos das licitações no modo de disputa aberto ou fechado, ou pelo pregoeiro
(auxiliado por equipe de apoio), nos casos das licitações na modalidade pregão.
Paragrafo Único As licitações na modalidade pregão seguirão o rito estabelecido no capítulo
próprio deste Regulamento.

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Art. 50 Aberta a sessão pública, a Comissão Permanente de Licitação realizará o
credenciamento dos participantes e de seus representantes e receberá a documentação exigida
no edital.
§ 1º Cada empresa participante realizará seus atos na sessão pública através de um único
representante credenciado detentor dos poderes necessários.
§ 2º Na condução da sessão pública compete à Comissão Permanente de Licitação a análise
das propostas para verificar o seu atendimento às especificações e condições estabelecidas no
edital, a realização do julgamento, a verificação de efetividade das propostas, a negociação e a
habilitação, além de outras competências constantes neste Regulamento e na legislação
aplicável.
§ 3º Em licitações presenciais a abertura dos envelopes contendo as propostas e a
documentação de habilitação será realizada sempre em sessão pública, previamente
designada, da qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos membros da comissão de
licitação ou pelo pregoeiro, facultada a assinatura aos licitantes presentes.
§ 4º No processamento e julgamento das licitações a Comissão Permanente de Licitação
observará os critérios definidos no instrumento convocatório, dentro da mais ampla
publicidade e transparência, mediante a divulgação de seus atos, observando-se, ainda, os
deveres de motivação das decisões proferidas e de prestação de contas a quaisquer
interessados.
§ 5º Nos termos do art. 34 deste Regulamento, o julgamento das propostas poderá ficar a
cargo de uma Comissão Técnica de Avaliação.
Art. 51 A critério da Comissão Permanente de Licitação, os julgamentos dos procedimentos
licitatórios e as verificações de efetividade das propostas poderão ser realizados na sessão
pública ou posteriormente, em reunião interna. Neste último caso, a sessão pública será
suspensa, definindo-se nova data para seu retorno.
§ 1° A decisão de realizar os atos referidos no caput após a sessão pública, em reunião
interna, e os julgamentos e as verificações de efetividade das propostas devem ser registrados
em ata.
§ 2° A verificação da efetividade dos lances ou propostas poderá ser feita exclusivamente em
relação aos lances e propostas mais bem classificados.
Art. 52 Após o credenciamento dos participantes, a Comissão Permanente de Licitação
deverá:
I - nas licitações cujo modo de disputa for aberto, ordenar as propostas iniciais enviadas, de
acordo com o critério de julgamento adotado, a fim de dar início à fase de lances, sendo que,
encerrada a fase competitiva e ordenados os lances, poderá ocorrer o reinício da disputa aberta
(art. 53, inc. II da Lei nº 13.303/2016), para após serem realizadas eventuais preferências e
desempates, competindo à Comissão Permanente de Licitação analisar a efetividade do lance
ou proposta do licitante ofertante do melhor lance;
II - nas licitações cujo modo de disputa for fechado, ordenar as propostas enviadas, de acordo
com o critério de julgamento adotado, realizando eventuais preferências e desempates,
competindo à Comissão Permanente de Licitação analisar a efetividade da proposta do
licitante ofertante da melhor proposta.
§ 1º Os critérios de desempate para as licitações mencionadas nos incisos I e II estão contidos
no art. 55 da Lei nº 13.303/2016.
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§ 2º Nas licitações cujo critério de julgamento seja “melhor combinação de técnica e preço”,
primeiro serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas, as quais serão avaliadas e
classificadas pela Comissão Permanente de Licitação ou pela Comissão Técnica de
Avaliação, se for o caso; após, serão abertos os envelopes contendo as propostas de preço, que
serão avaliadas e classificadas pela Comissão Permanente de Licitação, que, por fim, fará a
classificação final, ponderando as propostas técnicas e de preço, de acordo com o disposto no
edital.
§ 3º É possível, a critério da Comissão Permanente de Licitação, na situação mencionada no
inciso I e antes da verificação da efetividade do lance ou proposta, reiniciar a disputa aberta
após a definição do melhor lance, para definição das demais colocações, quando existir
diferença de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e o subsequente.
Art. 53 No caso de parcelamento do objeto, cada item ou lote licitado poderá adotar um modo
de disputa diverso, aberto ou fechado, nos termos do art. 52 da Lei nº 13.303/2016.
Paragrafo Único Neste caso, os licitantes apresentarão lances públicos e sucessivos e/ou
propostas em envelopes lacrados, a depender do modo de disputa adotado para a(s) parcela(s)
do objeto licitado ou do(s) lote(s) que desejar participar.
Art. 54 Efetuado o julgamento dos lances ou propostas, será promovida a verificação de sua
efetividade, promovendo-se a desclassificação daqueles que:
I - contenham vícios insanáveis;
II - descumpram especificações técnicas constantes do instrumento convocatório;
III - apresentem preços manifestamente inexequíveis;
IV - se encontrem acima do orçamento estimado pela EMOP para a contratação, após a
negociação;
V - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela EMOP;
VI - apresentem desconformidade com outras exigências do instrumento convocatório, salvo
se for possível a acomodação a seus termos antes da adjudicação do objeto e sem que se
prejudique a atribuição de tratamento isonômico entre os licitantes.
§ 1° Para efeito de avaliação da exequibilidade ou de sobrepreço, deverão ser estabelecidos
critérios de aceitabilidade de preços que considerem o preço global, os quantitativos e os
preços unitários, assim definidos no instrumento convocatório.
§ 2º Serão consideradas inexequíveis as propostas que, no prazo estabelecido no edital, não
venham a ter demonstrada pelo ofertante sua viabilidade através de documentação que
comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes
de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do futuro contrato. Para tanto
serão aceitos:
I - Planilha de custos ou Proposta Detalhe, nos caso de pregão, elaborada pelo próprio
licitante; e
II - contratações em andamento com preços semelhantes.
§ 3º Nas licitações de obras e serviços de engenharia, em regime de contratação por preço
unitário, consideram-se inexequíveis as propostas cujos valores unitários da Planilha
Orçamentária sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:

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I - média aritmética dos valores unitários de cada item da Planilhas Orçamentárias superior a
50% (cinquenta por cento) do valor do respectivo item orçado pela EMOP; ou
II - valor do unitário estimado pela EMOP.
§ 4° Nas licitações de obras e serviços de engenharia, em regime de contratação por preço
global, consideram-se inexequíveis as propostas com valores globais inferiores a 70% (setenta
por cento) do menor dos seguintes valores:
I - média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinquenta por cento) do valor
do orçamento estimado pela EMOP; ou
II - valor do orçamento estimado pela EMOP.
§ 5º A Comissão Permanente de Licitação poderá realizar diligências para aferir a
exequibilidade das propostas ou exigir dos licitantes que ela seja demonstrada, podendo
adotar, dentre outros, os seguintes procedimentos:
I - intimação do licitante para a apresentação de justificativas e comprovações em relação aos
custos com indícios de inexequibilidade;
II - verificação de acordos coletivos, convenções coletivas ou sentenças normativas em
dissídios coletivos de trabalho;
III - levantamento de informações junto ao Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da
Previdência Social;
IV - consultas a entidades ou conselhos de classe, sindicatos ou similares;
V - pesquisas em órgãos públicos ou empresas privadas;
VI - verificação de outros contratos que o licitante mantenha com a EMOP, com entidades
públicas ou privadas;
VII - pesquisa de preço com fornecedores dos insumos utilizados, tais como: atacadistas, lojas
de suprimentos, supermercados e fabricantes;
VIII - verificação de notas fiscais dos produtos adquiridos pelo licitante;
IX - levantamento de indicadores salariais ou trabalhistas publicados por órgãos de pesquisa;
X - estudos setoriais;
XI - consultas às Secretarias de Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal;
XII - análise de eventuais soluções técnicas escolhidas pelo licitante e/ou comprovação de
condições excepcionalmente favoráveis que o mesmo disponha para a prestação dos serviços;
XIII - demais verificações que porventura se fizerem necessárias.
XIV - verificação dos preços e insumos apresentados pelo licitante com aqueles contidos no
Catálogo de Referência do Sistema EMOP de Custos Unitários para obras e serviços de
engenharia.
§ 6º Para efeito de demonstração da exequibilidade dos preços, não se admitirá proposta que
apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis
com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, de
forma a demonstrar a adequação do preço proposto em face dos custos que incidirão sobre a
execução do contrato, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do

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próprio licitante, para os quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração, desde
que a renúncia esteja expressa na proposta.
§ 7º A Comissão Permanente de Licitação poderá solicitar à Diretoria demandante análise e
emissão de manifestação por escrito sobre a(s) planilha(s) de preços e outros documentos
apresentado(s) pelo licitante, a fim de aferir a exequibilidade da proposta.
Art. 55 Verificada pelo menos uma das hipóteses do caput do artigo anterior, a Comissão
Permanente de Licitação desclassificará o licitante e iniciará a verificação da proposta ou
lance do próximo colocado, na ordem de classificação, observadas as regras do edital.
Parágrafo Único Quando todos os licitantes forem desclassificados ou inabilitados, a EMOP
poderá fixar prazo de até 8 (oito) dias úteis para a apresentação de novas propostas ou
documentação escoimadas das causas que culminaram nas respectivas desclassificações ou
inabilitações.
Art. 56 Para fins de julgamento da licitação, as propostas apresentadas por licitantes
estrangeiros deverão ser submetidas à equalização dos preços visando acrescer a elas o valor
correspondente aos gravames decorrentes dos tributos, encargos sociais, trabalhistas e
previdenciários a que estão submetidos os licitantes brasileiros.
Art. 57 Verificada a efetividade do lance ou proposta, será iniciada a fase de negociação,
objetivando obter condições mais vantajosas à EMOP.
Art. 58 Finalizada a fase de negociação, a Comissão Permanente de Licitação iniciará a
análise da documentação de habilitação do licitante, segundo critérios fixados no edital.
Parágrafo Único Caso necessário, a Comissão Permanente de Licitação poderá requisitar da
área técnica demandante análise da documentação relativa à qualificação técnica do licitante
que apresentará à Comissão Permanente de Licitação sua manifestação fundamentada sobre a
aceitação ou rejeição, que constará do Processo Interno.
Art. 59 Rejeitada a documentação de habilitação, a Comissão Permanente de Licitação
inabilitará o licitante e retornará à fase de verificação de efetividade do lance ou proposta do
próximo melhor colocado, na ordem de classificação, observadas as regras do edital.
Art. 60 Nas licitações em que for exigida amostra, o licitante somente será declarado
vencedor após sua apresentação e aprovação pela EMOP, o que acontecerá durante a análise
sobre a habilitação.
§ 1º Os procedimentos de amostra ou de testes deverão ser regulados no Termo de Referência
elaborado pela área técnica demandante.
§ 2º Recebida a amostra pela Comissão Permanente de Licitação, a área técnica demandante
emitirá manifestação por escrito e fundamentada sobre sua aceitação ou rejeição, observados
os critérios de julgamento fixados no edital.
Art. 61 Aprovada a documentação de habilitação, caso não seja exigida amostra, o licitante
será declarado vencedor, abrindo-se prazo de 10 (dez) minutos para que os licitantes
manifestem intenção de recorrer, no prazo e na forma estabelecida no edital.
§ 1º A Comissão Permanente de Licitação negará admissibilidade ao recurso quando da
manifestação não constar motivação ou estiver fora do prazo e da forma estabelecidos no art.
4º, inc. XVIII, da Lei nº 10.520/2002.
§ 2º A falta de manifestação imediata e motivada da intenção de recorrer dos licitantes
importará decadência do direito de recurso.
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Art. 62 Em caso de dúvida quanto à autenticidade ou validade de documento de habilitação
enviado pelo Portal de Compras ou por correio eletrônico, a Comissão Permanente de
Licitação concederá ao licitante melhor classificado o prazo de 03 (três) dias úteis para
apresentação do documento original, ou em cópia autenticada por cartório competente ou por
empregado da EMOP, por publicação em órgão da imprensa oficial ou obtidos pela internet
em sítios oficiais do órgão emissor.
§ 1º A autenticação de cópia de documentos por empregado da EMOP ocorrerá mediante a
exibição da documentação original.
§ 2º Os documentos de habilitação, excetuando-se os referentes à qualificação técnica,
poderão ser substituídos, total ou parcialmente, pelo Registro Geral de Empreiteiros do Estado
do Rio de Janeiro – RGE, no caso de obras e serviços de engenharia, desde que estejam dentro
do prazo de validade.
Art. 63 Findo o prazo e não havendo recurso, a Comissão Permanente de Licitação tomará as
providências necessárias à adjudicação do objeto e à homologação do certame pelo Diretor
Presidente.
Art. 64 Declarado vencedor, o licitante apresentará nova proposta adequada ao último
lance/proposta por ele ofertado e às condições negociadas com a EMOP, observadas as regras
do edital.
Art. 65 A qualquer tempo, procedimento de diligência destinado a esclarecer ou a
complementar a instrução do processo licitatório poderá ser instaurado por iniciativa da
Comissão Permanente de Licitação, respeitado o princípio da eficiência e razoabilidade.
§ 1º A diligência poderá ser realizada in loco, por carta ou correio eletrônico, por contato
telefônico, através de consultas à Internet ou ao mercado específico, bem como através de
qualquer outro meio idôneo apto a esclarecer a dúvida suscitada.
§ 2º As diligências devem ser documentadas, indicando a data, o motivo, as providências,
respostas e resultados obtidos, devidamente registradas em processo interno.
Art. 66 Mediante justificativa da área técnica demandante sobre a inadequação de se seguir a
regra procedimental do art. 51 da Lei nº 13.303/2016 em determinado caso concreto, é
possível a realização da etapa de habilitação previamente à de julgamento (inversão de fases),
o que deve constar no instrumento convocatório.
Parágrafo Único Na hipótese de inversão de fases ocorrerão duas fases recursais: a primeira
logo após a habilitação, e a segunda logo após a fase de verificação da efetividade dos lances
ou propostas, nos prazos previstos no edital.
Art. 67 Em qualquer fase, a Comissão Permanente de Licitação deverá promover a correção
dos vícios sanáveis, isto é, falhas, complementação de insuficiências ou correções de caráter
formal que possam ser facilmente sanados, privilegiando o princípio da eficiência.

Dos Critérios de Julgamento das Propostas


Art. 68 Nas licitações da EMOP poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:
I - menor preço;
II - maior desconto;
III - melhor combinação de técnica e preço;
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IV - melhor técnica;
V - melhor conteúdo artístico;
VI - maior oferta de preço;
VII - melhor destinação de bens alienados.
§ 1° Os critérios de julgamento serão expressamente identificados no instrumento
convocatório e poderão ser combinados na hipótese de parcelamento do objeto.
§ 2° Na hipótese de adoção dos critérios referidos nos incisos III, IV e V do caput deste
artigo, o julgamento das propostas será efetivado mediante o emprego de parâmetros
específicos, definidos no instrumento convocatório, destinados a limitar a subjetividade do
julgamento.
§ 3° Para efeito de julgamento, não serão consideradas vantagens não previstas no
instrumento convocatório.

Menor Preço ou Maior Desconto


Art. 69 O critério de julgamento pelo menor preço ou maior desconto considerará o menor
dispêndio para a EMOP atendidos os parâmetros mínimos de qualidade e segurança, bem
como os prazos definidos no instrumento convocatório.
Parágrafo Único Os custos indiretos, relacionados às despesas de manutenção, utilização,
reposição, depreciação e impacto ambiental, entre outros fatores, poderão ser considerados
para a definição do menor dispêndio, sempre que objetivamente mensuráveis, conforme
parâmetros fixados no instrumento convocatório.
Art. 70 O critério de julgamento por maior desconto:
I - terá como referência o preço total fixado no instrumento convocatório, estendendo-se o
desconto oferecido nas propostas ou lances vencedores a eventuais termos aditivos;
II - no caso de obras e serviços de engenharia, o desconto incidirá de forma linear sobre a
totalidade dos itens constantes do orçamento estimado, que deverá obrigatoriamente integrar o
instrumento convocatório.
Parágrafo Único A adoção do critério de julgamento baseado no maior desconto para as
contratações de obras e serviços de engenharia deverá ser precedida de justificativa de sua
vantajosidade sobre o critério de julgamento baseado na indicação do menor valor nominal,
que deverá ser anexada aos autos do processo administrativo de contratação.

Melhor Combinação de Técnica e Preço ou Melhor técnica


Art. 71 Os critérios de julgamento pela melhor combinação de técnica e preço ou de melhor
técnica serão utilizados, em especial, nas licitações destinadas a contratar objeto:
I - de natureza predominantemente intelectual e/ou técnica; ou
II - que possa ser executado com diferentes metodologias ou tecnologias de domínio restrito
no mercado, pontuando-se as vantagens e qualidades oferecidas para cada produto ou solução.
§ 1° Será escolhido um dos critérios de julgamento a que se refere o caput quando a
necessidade técnica demandar qualidade/segurança que não possa ser obtida apenas pela

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fixação de requisitos mínimos estabelecidos no instrumento convocatório e quando o fator
preço não seja preponderante para a escolha da melhor proposta.
§ 2º Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade ambiental para a pontuação das
propostas técnicas.
Art. 72 No julgamento pelo critério de melhor combinação de técnica e preço deverão ser
avaliadas e ponderadas as propostas técnicas e de preço apresentadas pelos licitantes, segundo
fatores de ponderação objetivos previstos no instrumento convocatório.
§ 1º O fator de ponderação técnico poderá ser fixado em até 70% (setenta por cento), ficando
o percentual restante para preço.
§ 2º O instrumento convocatório estabelecerá pontuação mínima para as propostas técnicas e
valores máximo e mínimo para aceitação do preço, cujo não atendimento em ambos os casos
implicará desclassificação da proposta.
§ 3° No critério de julgamento de melhor combinação de técnica e preço, será adotado o
seguinte procedimento:
I - serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas e feita a avaliação e
classificação destas propostas de acordo com os critérios definidos com clareza e objetividade
no instrumento convocatório e que considerem, entre outros, os seguintes critérios:
a) capacitação e a experiência do proponente;
b) qualidade técnica da proposta;
c) compreensão da metodologia;
d) organização;
e) sustentabilidade ambiental;
f) tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos; e
g) qualificação das equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução.
II - ato continuo serão abertos os envelopes com as propostas de preço de todos os licitantes
seguida de avaliação de acordo com os critérios objetivos preestabelecidos no instrumento
convocatório;
III - a classificação final far-se-á de acordo com a média ponderada das valorizações das
propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento
convocatório.
IV - a critério da Comissão Julgadora, os envelopes de proposta técnica, de preço e
habilitação poderão ser abertos em sessões públicas separadas.
Art. 73 No critério de julgamento pela melhor técnica será adotado o seguinte procedimento:
I - serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas e feita a avaliação e
classificação destas propostas de acordo com os critérios definidos com clareza e objetividade
no instrumento convocatório e que considerem, entre outros, os seguintes critérios:
a) capacitação e a experiência do proponente;
b) qualidade técnica da proposta;
c) compreensão da metodologia;
d) organização;
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e) sustentabilidade ambiental;
f) tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos; e
g) qualificação das equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução.
II - classificadas as propostas técnicas, será reputado vencedor o licitante que obtiver a maior
nota técnica.
Parágrafo Único No caso de julgamento por melhor técnica, o valor do prêmio ou da
remuneração será previsto no instrumento convocatório.

Melhor conteúdo artístico


Art. 74 O critério de julgamento pelo melhor conteúdo artístico poderá ser utilizado para a
contratação de projetos e trabalhos de natureza artística.
Parágrafo Único O instrumento convocatório definirá o prêmio ou a remuneração que será
atribuída ao vencedor, devendo estabelecer parâmetros mínimos aceitáveis para o objeto posto
em competição.
Art. 75 Nas licitações que adotem o critério de julgamento pelo melhor conteúdo artístico a
comissão de licitação será auxiliada por comissão especial integrada por, no mínimo, três
pessoas de reputação ilibada e notório conhecimento da matéria em exame, empregados ou
não.
Parágrafo Único Os membros da comissão especial a que se refere o caput responderão por
todos os atos praticados, salvo se for consignado posição individual divergente estiver
registrada na ata da reunião em que adotada a decisão.

Maior oferta de preço


Art. 76 O critério de julgamento pela maior oferta de preço será utilizado no caso de contratos
que resultem em receita para a EMOP como de alienações, locações, permissões ou
concessões de uso de bens.
§ 1º Se adotado o critério de julgamento referido no caput, poderá ser dispensado o
cumprimento dos requisitos de qualificação técnica e econômico-financeira.
§ 2º Poderá ser requisito de habilitação a comprovação do recolhimento de quantia como
garantia, limitada a 5% (cinco por cento) do valor mínimo de arrematação.
§ 3º Na hipótese do parágrafo segundo, o licitante vencedor perderá a quantia em favor da
EMOP caso não efetue o pagamento do valor ofertado no prazo fixado.
§ 4° A alienação de bens da EMOP deverá ser justificada, precedida de avaliação que fixe o
valor mínimo de arrematação, e de licitação pelo critério de julgamento previsto neste artigo.
Art. 77 Os bens e direitos arrematados serão pagos e entregues ao arrematante nos termos e
condições previamente fixadas no instrumento convocatório.

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Melhor destinação de bens alienados
Art. 78 No critério de julgamento pela melhor destinação de bens alienados, será considerada
a repercussão no meio social da finalidade para cujo atendimento o bem será utilizado pelo
adquirente.
§ 1° O instrumento convocatório conterá os parâmetros objetivos para aferição da repercussão
no meio social da destinação a ser dada pelo bem alienado.
§ 2° A destinação do bem alienado deverá estar alinhada com os objetivos de políticas
públicas previstos na carta anual de que trata o art. 8°, inc. I, da Lei n° 13.303/2016, com o
plano de negócios ou com a estratégia de longo prazo da EMOP, ou com valores
constitucionais e legais que cumpre à empresa realizar.
§ 3° O descumprimento da finalidade determinada para o bem alienado resultará na imediata
restituição do bem ao acervo patrimonial da EMOP, vedado, nessa hipótese, o pagamento de
indenização em favor do adquirente.
§ 4° O disposto no parágrafo terceiro não afasta o dever de restituir o valor recebido a título
de pagamento.
§ 5° Será reputada vencedora a proposta que, nos termos do disposto no instrumento
convocatório, oferte o preço estimado pela EMOP e represente a utilização que produza a
melhor repercussão no meio social.
§ 6º A decisão será objetiva e suficientemente motivada.

Critério de Desempate
Art. 79 Em caso de empate entre propostas, serão utilizados, na ordem em que se encontram
enumerados, os seguintes critérios de desempate:
I – no caso de licitação por técnica e preço, será adotado como critério para fins de desempate
a melhor pontuação da proposta técnica;
II - disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada,
em ato contínuo ao encerramento da etapa de julgamento;
III - exame do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que previamente instituído
sistema objetivo de avaliação;
IV - os critérios estabelecidos no art. 3°, da Lei n° 8.248/91, e no art. 3°, parágrafo segundo,
da Lei n° 8.666/93;
V - sorteio.

Da negociação
Art. 80 Independentemente da licitação (pregão ou modo de disputa aberto ou fechado), bem
como do critério de julgamento adotado, caberá negociação com o licitante detentor da
melhor proposta, objetivando condições mais vantajosas à EMOP.
Parágrafo Único Se, ultrapassada a fase de negociação e/ou habilitação e o licitante detentor
da melhor proposta permanecer com valor acima do preço de referência/orçamento estimado
ou for inabilitado, as fases de verificação de efetividade de lances ou propostas e de

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negociação, previstas nos arts. 56 e 57 da Lei nº 13.303/2016, serão reestabelecidas com o
próximo licitante classificado, que figurará como detentor da melhor proposta.
Art. 81 Será revogada a licitação se, mesmo após a negociação, o melhor preço ofertado
permanecer acima do preço de referência/orçamento estimado, conforme previsão expressa do
parágrafo terceiro do art. 57 da Lei nº 13.303/2016.
Art. 82 A negociação será conduzida pela Comissão Permanente de Licitação ou pelo
pregoeiro e se limitará, na busca de condições mais vantajosas para a EMOP, a:
I - redução ou elevação do preço ofertado, a depender do critério de julgamento adotado.
II - diminuição do prazo de execução do contrato, conforme o caso.
III - qualidade superior do objeto licitado, desde que mantenha as características mínimas
definidas no Termo de Referência.
IV - melhorias nas condições da garantia oferecida.
Parágrafo Único Em hipótese alguma a negociação poderá ser utilizada com o fim de
corrigir erros no Termo de Referência ou modificar a natureza do objeto licitado.
Art. 83 Nas licitações eletrônicas os atos de negociação serão praticados em ambiente
público, de modo que as trocas de mensagens entre a EMOP e o licitante detentor da melhor
proposta fiquem disponíveis para todos os participantes e que o teor da negociação seja
registrado no Portal de Compras.
Art. 84 Nas licitações presenciais os atos de negociação serão praticados na sessão pública e
seus termos serão registrados na respectiva ata.
Art. 85 A critério da Comissão Permanente de Licitação ou do pregoeiro, a sessão pública
poderá ser suspensa pelo prazo de até 2 dias úteis para que o licitante apresente resposta final
sobre os termos propostos pela EMOP na negociação.

Da Habilitação
Art. 86 Para a habilitação será exigida dos interessados, exclusivamente, documentação
relativa à:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV - regularidade fiscal e trabalhista;
V - recolhimento de quantia a título de adiantamento, tratando-se de licitações em que se
utilize como critério de julgamento a maior oferta de preço.
Art. 87 Os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados em original,
mediante cópia autenticada por cartório competente ou por empregado da EMOP designado
para esse fim, membro da Comissão Permanente de Licitação ou Pregoeiro, por publicação
em órgão da imprensa oficial ou obtidos pela internet em sítios oficiais do órgão emissor.
§ 1° Os documentos de habilitação poderão ser substituídos, total ou parcialmente, pelo
Certificado de Registro Geral de Empreiteiros do Estado do Rio de Janeiro – RGE, os quais
serão definidos no instrumento convocatório.

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§ 2° As empresas estrangeiras, atenderão, nas licitações internacionais, às exigências de
habilitação mediante documentos equivalentes, autenticados pelos respectivos consulados e
traduzidos por tradutor juramentado. Para participação nessas licitações, será exigido das
empresas estrangeiras representação legal no Brasil, com poderes expresssos para receber
citação e responder administrativa ou judicialmente.
§ 3° As certidões expedidas pelos órgãos da administração fiscal e tributária, desde que assim
instituídas pelo órgão emissor, poderão ser emitidas pela internet (rede mundial de
computadores), sendo válidas independentemente de assinatura ou chancela de servidor dos
órgãos emissores.
Art. 88 A habilitação atenderá ainda as seguintes disposições:
I - os documentos de habilitação serão exigidos apenas do licitante vencedor, exceto no caso
de inversão de fases;
II - no caso de inversão de fases, só serão abertos os envelopes e julgadas as propostas dos
licitantes previamente habilitados;
III - poderão ser exigidos requisitos de sustentabilidade ambiental;
IV - poderá ser solicitada a comprovação da legitimidade dos atestados de capacidade técnica
apresentados, mediante, dentre outros documentos, de cópia do respectivo contrato, endereço
da contratante e local em que foram prestados os serviços.

Da Habilitação Jurídica
Art. 89 A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, será exigido dos
licitantes a apresentação dos seguintes documentos:
I - Pessoa Natural ou Empresário Individual:
a) Cédula de identidade;
b) comprovante de inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis (registro comercial),
no caso de empresário individual;
c) cópia do passaporte com visto que permita atuar profissionalmente no Brasil, no caso de
estrangeiro.
II - Pessoa Jurídica:
a) ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado no Registro
Público de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme a
respectiva natureza;
b) documento de eleição dos administradores, procuração ou ata de assembleia que outorgou
poderes ao(s) representante(s), em caso dessa atribuição e do(s) dados pessoais dos
representante(s) não constarem do estatuto ou contrato social;
c) inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de ato formal de
designação de diretoria em exercício;
d) Decreto de autorização, em se tratando de sociedade estrangeira em funcionamento no país,
e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando
a atividade desempenhada assim o exigir.

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e) Termo de Compromisso de Constituição de Consórcio, público ou particular, quando a
licitação permitir a participação de empresas em consórcio nos termos deste Regulamento.

Da Qualificação Técnica
Art. 90 Quanto à qualificação técnica poderá ser exigido dos licitantes a apresentação dos
seguintes documentos:
I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;
II - comprovação, por meio de certidões e/ou atestados de outras pessoas jurídicas de direito
público ou privado, de contratações similares de complexidade tecnológica e operacional
equivalente ou superior, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico
adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação
dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos, permitida a exigência
de quantidades mínimas (limitada a 50% do objeto) e demonstração de que o licitante tenha
executado serviços similares por um prazo mínimo, desde que proporcional ao objeto licitado;
III - apresentação de profissional detentor de atestado de responsabilidade técnica por
execução de obra ou serviço de características semelhantes ao objeto licitado;
IV - prova de requisitos de sustentabilidade ambiental, quando couber;
V - tratando-se de serviços profissionais, curriculum vitae com razoável extensão e
profundidade, contendo: nome completo, nacionalidade, identidade, endereço, histórico
profissional no qual se indique a formação, os artigos publicados, as palestras realizadas, os
cursos ministrados, etc;
VI - tratando-se de prestação de serviços/fornecimento de bens sujeitos à autorização por
órgão de classe ou governamental, deverão ser apresentadas as respectivas autorizações ou
certidões comprobatórias;
VII - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso;
VIII - poderá ser exigida apresentação de outros documentos específicos em complementação
aos acima referidos, se a natureza da contratação ou lei especial assim o exigir;
IX – comprovação de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou
conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das
obrigações objeto da licitação.
§ 1º Para a comprovação da quantidade mínima prevista no inciso II do caput, será admitida a
somatória de atestados, conforme instrumento convocatório.
§ 2º Os profissionais indicados pelo licitante para fins de comprovação da capacitação técnica
deverão participar da execução do contrato, admitindo-se a substituição por profissionais de
experiência equivalente ou superior, desde que aprovada previamente pela EMOP.
§ 3º No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica,
poderá a EMOP exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de
sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente
por critérios objetivos.

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Da Qualificação Econômico-Financeira
Art. 91 Quanto à qualificação econômico-financeira poderá ser exigido dos licitantes a
apresentação dos seguintes documentos:
I - Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e
apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a
sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices
oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;
II - Certidão negativa de falência ou recuperação judicial da empresa, expedida pelo
distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou certidão negativa de insolvência civil expedida no
domicílio da pessoa física, emitida nos últimos 06 (seis) meses.
§ 1º A situação financeira do fornecedor que apresentar o balanço patrimonial e demais
demonstrações contábeis exigidas poderão ser avaliadas com base nos índices contidos
abaixo:
Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a longo prazo
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

Solvência Geral = Ativo Total


Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

Liquidez Corrente = Ativo Circulante


Passivo Circulante
§ 2º Serão consideradas habilitadas as empresas que apresentarem, para cada um dos índices
exigidos no edital, valor maior ou igual ao mínimo exigido. Os licitantes deverão apresentar o
cálculo indicado, com a identificação e assinatura do responsável pelo cálculo, juntamente
com a documentação informada no inciso I do caput.
§ 3º Nas situações em que as empresas licitantes não atinjam valor maior ou igual ao valor do
índice previsto no edital, daqueles mencionados no parágrafo primeiro, poderá comprovar de
forma alternativa, a existência de patrimônio líquido correspondente a, no mínimo, 10% do
valor da contratação.
§ 4º O edital poderá exigir outros índices contábeis de capacidade financeira não previstos
neste Regulamento, devendo a exigência estar justificada pela área técnica demandante no
processo da licitação, conter parâmetros atualizados de mercado e atender à complexidade da
compra, obra ou serviço, nos limites estritamente necessários à demonstração da capacidade
financeira do licitante, vedado o uso de índice cuja fórmula inclua rentabilidade ou
lucratividade.
§ 5º O balanço patrimonial e as demonstrações contábeis deverão estar registrados na Junta
Comercial ou órgão equivalente na forma da legislação vigente.
§ 6º A exigência contida nesse artigo aplica-se inclusive às micro e pequenas empresas
optantes ou não pelo Simples Nacional.
§ 7º Nas licitações internacionais as empresas estrangeiras atenderão às exigências de
habilitação mediante documentos equivalentes, autenticados pelos respectivos consulados e
traduzidos por tradutor juramentado.
40
Da Regularidade Fiscal e Trabalhista
Art. 92 A documentação relativa à regularidade fiscal consistirá em:
I - prova de inscrição no CNPJ ou CPF, conforme o caso;
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo
ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o
objeto contratual;
III - prova de regularidade com o INSS, mediante a apresentação da Certidão Negativa de
Débitos relativos aos Tributos Federais e a Dívida Ativa da União;
IV - prova de regularidade relativa ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
mediante a apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS (CRF);
V - prova da regularidade com a Fazenda Pública do Estado da sede do licitante, mediante a
apresentação da Certidão Negativa de Débitos Tributários e de Dívida Ativa Estadual;
VI - prova da regularidade com a Fazenda Pública do Município da sede do licitante,
mediante a apresentação da Certidão Negativa de Débitos Tributários e de Dívida Ativa
Municipal;
VII - prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a
apresentação de Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) ou da Certidão Positiva
de Débitos Trabalhistas com os mesmos efeitos da CNDT.
§ 1º Na hipótese de cuidar-se de microempresa ou de empresa de pequeno porte, na forma da
lei, não obstante a obrigatoriedade de apresentação de toda a documentação habilitatória, a
comprovação da regularidade fiscal somente será exigida para efeito de assinatura do contrato
caso se sagre vencedora na licitação.
§ 2º Em sendo declarada vencedora do certame microempresa ou empresa de pequeno porte
com débitos fiscais e trabalhistas, ficará assegurado, a partir de então, o prazo de 05 (cinco)
dias úteis para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e
emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de negativas. Este prazo
poderá ser prorrogado por igual período, mediante requerimento do interessado, a critério
exclusivo da EMOP.
§ 3º A não-regularização da documentação, no prazo previsto no parágrafo anterior deste
artigo, implicará na inabilitação da microempresa ou empresa de pequeno porte, sem prejuízo
das sanções previstas neste Regulamento, devendo a EMOP convocar os licitantes
remanescentes, na ordem de classificação, para a análise de sua habilitação e prosseguimento
do certame.

Dos Recursos
Art. 93 Haverá fase recursal única, após o encerramento da fase de habilitação.
Art. 94 As razões de recursos deverão ser apresentadas no prazo de 05 (cinco) dias úteis,
contado a partir da data da publicidade do ato em meio eletrônico ou da lavratura da ata da
sessão, se presentes todos os licitantes.
§ 1º O prazo para apresentação de contrarrazões será de 05 (cinco) dias úteis e começará
imediatamente após o encerramento do prazo a que se refere o caput.
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§ 2º É assegurado aos licitantes o direito de obter vistas dos elementos dos autos
indispensáveis à defesa de seus interesses.
Art. 95 O recurso não será conhecido pela Comissão Permanete de Licitação quando
interposto:
I - fora do prazo;
II - por quem não seja legitimado;
III - após exaurida a esfera administrativa.
Parágrafo Único O não conhecimento do recurso não impede a revisão de ofício do ato
ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.
Art. 96 O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato
recorrido a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse
mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser
proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso,
Art. 97 Na hipótese de aplicação de sanção, no julgamento do recurso, a decisão recorrida
poderá ser confirmada, modificada, anulada ou revogada, total ou parcialmente, devendo ser
cientificado o recorrente para que formule suas alegações antes da decisão, caso se vislumbre
a possibilidade de agravamento da penalidade.
Art. 98 O acolhimento de recurso implicará invalidação apenas dos atos insuscetíveis de
aproveitamento.
Art. 99 No caso da inversão de fases, os licitantes poderão apresentar recursos após a fase de
habilitação e após o encerramento da fase de verificação de efetividade dos lances ou
propostas, abrangendo o segundo prazo também atos decorrentes da fase de julgamento.
Art. 100 O edital se reportará aos prazos estabelecidos no art. 59, parágrafos primeiro e
segundo da Lei nº 13.303/2016, à forma de apresentação das razões e das contrarrazões
recursais pelos licitantes, bem como ao prazo em que o recurso apresentado será examinado e
decidido.
§ 1º As razões e as contrarrazões recursais eventualmente recebidas serão encaminhadas à
área técnica demandante, quando necessário, para que possa analisá-las, emitindo a respectiva
manifestação por escrito ou assinando, juntamente com a área competente, a respectiva
decisão.
Art. 101 A EMOP poderá, de ofício ou a pedido, atribuir efeito suspensivo ao recurso, isto é,
até que seja decidido o recurso, o processo licitatório não terá seguimento, exceto quando
manifestamente protelatório ou quando se puder decidir de plano.
Art. 102 As disposições constantes neste título se aplicam ao procedimento de disputa aberta
e fechada, pregão, aplicação de sanções e demais procedimentos que admitirem recurso.

Da Aprovação
Art. 103 Na fase de aprovação, a autoridade competente na forma deste Regulamento ou de
ato normativo interno poderá:
I - determinar o retorno dos autos para o possível saneamento de irregularidades;

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II - homologar e/ou adjudicar o objeto da licitação e convocar o licitante vencedor para a
assinatura do contrato ou retirada do instrumento equivalente;
III - anular o processo, no todo ou em parte, por vício de legalidade, salvo quando for viável a
convalidação do ato ou do procedimento viciado;
IV - revogar o processo, no todo ou em parte, em decorrência de fato superveniente à
instauração, que constituía óbice manifesto e incontornável à continuidade do processo,
devidamente justificado;
V - declarar o processo deserto, na hipótese de nenhum interessado ter acudido ao
chamamento; ou
VI - declarar o processo fracassado, na hipótese de todos os licitantes terem sido
desclassificados ou inabilitados.
Parágrafo Único A homologação do resultado implica a constituição de direito relativo à
celebração do contrato em favor do licitante vencedor.
Art. 104 A nulidade do processo licitatório, do procedimento de dispensa ou de
inexigibilidade de licitação induz à nulidade do contrato.
Parágrafo Único A anulação ou revogação do processo licitatório depois de iniciada a fase
de lances ou propostas será precedida de processo administrativo no qual sejam asseguradas
as garantias do contraditório e da ampla defesa, salvo no caso de manifestação expressa e
prévia de todos os licitantes renunciando o direito de contestar o ato respectivo.
Art. 105 A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente
impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de
desconstituir os já produzidos.
Parágrafo Único A nulidade não exonera a EMOP do dever de indenizar o contratado pelo
que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos
regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a
responsabilidade de quem lhe deu causa.
Art. 106 Convocado para assinar o termo de contrato ou instrumento equivalente, o
interessado deverá observar os prazos e condições estabelecidos, sob pena da aplicação das
sanções previstas neste Regulamento.
Art. 107 Na hipótese de o convocado se recusar a assinar o termo de contrato ou instrumento
equivalente, no prazo e condições estabelecidos, a EMOP deverá instaurar processo
administrativo punitivo e convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação,
para a celebração do contrato nas condições ofertadas pelo licitante vencedor, inclusive
quanto aos preços atualizados em conformidade com o instrumento convocatório.
Parágrafo Único Na impossibilidade de se aplicar o disposto no caput deste artigo a EMOP
deverá revogar a licitação.

Do Encerramento da Licitação
Art. 108 O encerramento da licitação, que poderá se dar pela homologação, fracasso,
deserção, revogação ou anulação, será realizado pelo Diretor Presidente.
Art. 109 Constatada a legalidade, a conveniência e a oportunidade da licitação, o Diretor
Presidente a homologará, devolvendo o procedimento licitatório à Comissão Permanente de
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Licitação para providências de publicação do aviso de homologação no Portal da EMOP na
internet, que, em seguida, devolverá a Presidência para publicação no Diário Oficial do
Estado do Rio de Janeiro e para as providências de contratação.
Art. 110 A homologação do resultado implica a constituição de direito relativo à celebração
do contrato em favor do licitante vencedor.
Art. 111 Não poderá ser celebrado contrato com preterição da ordem de classificação das
propostas ou com terceiros estranhos à licitação.
Art. 112 Aprovado o encerramento da licitação fundamentado na deserção ou no fracasso, o
procedimento licitatório será submetido à Comissão Permanente de Licitação para
providências de publicação do aviso de deserção ou fracasso no Portal da EMOP na internet.
Parágrafo Único A Comissão Permanente de Licitação comunicará à área técnica
demandante a divulgação do aviso de deserção ou fracasso, a fim de que essa unidade possa
avaliar a oportunidade e conveniência de repetir procedimento licitatório, após análise das
possíveis razões que levaram ao insucesso da licitação.
Art. 113 Verificada a necessidade de revogar a licitação, a área técnica demandante
encaminhará à Comissão Permanente de Licitação, através de Comunicação Interna, as razões
para tanto.
§ 1º Recebido antes da sessão pública da licitação o documento mencionado no caput deste
artigo, a Comissão Permanente de Licitação proporá ao Diretor Presidente, após a
manifestação da Assessoria Jurídica, a revogação do certame.
§ 2º Recebido após iniciada a fase de apresentação de lances ou propostas, o documento
mencionado no caput deste artigo, a Comissão Permanente de Licitação, após manifestação
da Assessoria Jurídica, notificará os interessados sobre a intenção de revogar, concedendo-
lhes prazo de 03 (três) dias úteis para manifestação, conforme art. 62, parágrafo terceiro, da
Lei 13.303/2016.
§ 3º As manifestações eventualmente recebidas serão encaminhadas à área técnica
demandante, conforme o caso, para análise e emissão de manifestação por escrito acerca do
prosseguimento ou não do procedimento de revogação.
§ 4º Na hipótese de a manifestação mencionada no parágrafo anterior ser no sentido do não
prosseguimento do procedimento de revogação, caberá à Comissão Permanente de Licitação
dar prosseguimento ao certame.
§ 5º Na hipótese de a área técnica demandante ter se posicionado a favor do prosseguimento
do procedimento de revogação, a Comissão Permanente de Licitação proporá ao Diretor
Presidente a revogação do certame.
§ 6º Aprovada a revogação, a Comissão Permanente de Licitação providenciará a divulgação,
no Portal na internet da EMOP, do aviso de revogação, comunicando à área técnica
demandante.
Art. 114 Verificada, antes do inicio da sessão pública da licitação, nulidade insanável no
instrumento convocatório ou no procedimento, a Comissão Permanente de Licitação proporá
ao Diretor Presidente, após a manifestação da Assessoria Jurídica, a anulação do certame.
§ 1º Verificada nulidade insanável, após iniciada a fase de apresentação de lances ou
propostas, a Comissão Permanente de Licitação, após manifestação da Assessoria Jurídica,
notificará os interessados sobre a intenção de anular, concedendo-lhes prazo de 3 (três) dias
úteis para manifestação, conforme art. 62, parágrafo terceiro, da Lei 13.303/2016.
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§ 2º Aprovada a anulação, a Comissão Permanente de Licitação providenciará a divulgação
no Portal na internet da EMOP, do aviso de anulação, comunicando à área técnica
demandante, a fim de que essa possa avaliar a oportunidade e conveniência de repetir
procedimento licitatório.
§ 3º A anulação da licitação por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar e
induz a nulidade do contrato.
Art. 115 Além das hipóteses previstas no art. 57, parágrafo terceiro, da Lei n° 13.303/2016 e
no art. 75, parágrafo segundo, inc. II da mesma lei, o Diretor Presidente da EMOP poderá
revogar a licitação por razões de interesse público decorrentes de fato superveniente que
constitua óbice manifesto e incontornável, ou anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por
provocação de terceiros, salvo quando for viável a convalidação do ato ou do procedimento
viciado.
Da Licitação na Modalidade Pregão

Art. 116 Deverá ser adotada preferencialmente a modalidade de licitação denominada pregão,
instituída pela Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, para a aquisição de bens e serviços
comuns, considerados aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Parágrafo Único A licitação na modalidade pregão adotará o critério de menor preço para
julgamento e classificação das propostas.

Art. 117 As licitações promovidas sob a modalidade pregão, em sua forma presencial, serão
conduzidas pelo pregoeiro e equipe de apoio, que registrarão todos os atos em ata assinada
pelos presentes na sessão pública.

§ 1º O registro dos atos praticados será realizado no sistema eletrônico do Portal de Compras.

§ 2º A inserção, no Portal de Compras, de informações e documentos necessários para o


registro compete ao pregoeiro, à área demandante, à Diretoria de Administração e Finanças, à
Assessoria Jurídica, à Auditoria e ao Diretor-Presidente, cada qual atuando na área de sua
competência e participação, e em ordem cronológica das fases do procedimento.

Art. 118 Na data, hora e local designados para a abertura da sessão pública, o pregoeiro,
juntamente com um representante da área demandante e a equipe de apoio, realizará o
credenciamento dos participantes e seus representantes e receberá os respectivos envelopes de
proposta e de habilitação.

§ 1º Para que o fornecedor interessado seja credenciado e viabilize o credenciamento de seu


representante deve apresentar ao pregoeiro os documentos elencados no edital.

§ 2º Cada empresa participante realizará seus atos na sessão pública através de um único
representante credenciado detentor dos poderes necessários.

Art. 119 Abertos os envelopes contendo as propostas iniciais dos licitantes, o pregoeiro
ordenará as propostas classificadas a fim de selecionar aqueles que participarão da fase de
lances.

45
§ 1º Somente poderão participar da fase de lances o licitante ofertante da menor proposta e
das seguintes até o limite de 10% (dez por cento) superior àquela.

§ 2º Quando, pela aplicação da regra prevista no parágrafo anterior, não se puder obter 3 (três)
propostas classificadas e válidas, o pregoeiro selecionará as melhores propostas, em ordem
crescente de valor, até o máximo de três, quaisquer que sejam os preços oferecidos, para que
seus autores participem dos lances verbais.

Art. 120 As licitações promovidas sob a modalidade pregão, em sua forma eletrônica, serão
conduzidas pelo pregoeiro por meio do sistema eletrônico do Portal de Compras.

§ 1º Compete ao licitante providenciar previamente seu cadastro e credenciamento no Portal


de Compras, bem como o envio de suas propostas iniciais, condições necessárias à sua
participação no certame, não cabendo à EMOP solucionar eventuais problemas relacionados
ao cadastramento.

§ 2º Os licitantes participarão da sessão pública na internet, devendo utilizar sua chave de


acesso e senha para acessar o sistema eletrônico do Portal de Compras.

Art. 121 Na data, hora e local designados para a abertura da sessão pública, o pregoeiro
analisará, juntamente com um representante da área técnica demandante e a equipe de apoio,
as propostas iniciais enviadas pelos interessados.

Art. 122 Ultrapassada a análise preliminar das propostas será iniciada a fase de lances, na
qual os licitantes competem entre si, ofertando lances eletronicamente, segundo as regras do
instrumento convocatório.

Parágrafo Único Não serão aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo aquele que for
recebido e registrado primeiro no sistema.

Art. 123 Identificado o licitante detentor da melhor proposta, será iniciada a fase de
negociação, objetivando condições mais vantajosas à EMOP.

Art. 124 Encerrada a fase competitiva e negocial, o sistema ordenará os lances realizados,
respeitando eventuais preferências e regras para desempate.

§ 1º O licitante ofertante do melhor lance apresentará proposta adequada ao último lance por
ele ofertado e/ou às condições negociadas, conforme o caso, observadas as regras do edital.

§ 2º Poderá ser instaurado procedimento de diligência destinado a avaliar a exequibilidade da


proposta por iniciativa do pregoeiro, a quem caberá descrever a forma pela qual serão
realizadas as diligências.

§ 3º O pregoeiro poderá solicitar à área técnica demandante e ao Departamento Financeiro a


análise e a emissão de manifestação por escrito sobre a(s) planilha(s) de preços apresentada(s)
pelo licitante detentor do melhor lance.

§ 4º Na análise da proposta, o pregoeiro poderá remediar vícios sanáveis, desde que não
contrariem a legislação vigente e não comprometam a lisura da licitação, mas a
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desclassificará, motivadamente, se em desconformidade com os requisitos e especificações
previstos no instrumento convocatório.

Art. 125 Em caso de dúvida quanto à autenticidade ou validade de documento de habilitação


enviado pelo Portal de Compras ou por correio eletrônico, a Comissão de Pregão Eletrônico
concederá ao licitante melhor classificado o prazo de 02 (dois) dias úteis para apresentação do
documento original, ou em cópia autenticada por cartório competente ou por empregado da
EMOP, por publicação em órgão da imprensa oficial ou obtidos pela internet em sítios
oficiais do órgão emissor.

Parágrafo Único A autenticação de documentos pela Comissão de Pregão Eletrônico


ocorrerá mediante a exibição da documentação original.

Do procedimento aplicado ao Pregão Presencial e Eletrônico

Art. 126 Rejeitada a proposta, o pregoeiro tomará as providências necessárias à


desclassificação do licitante e a retomada das fases anteriores para viabilizar a convocação do
próximo colocado, respeitada a ordem de classificação.

Art. 127 Aceita a proposta, o pregoeiro classificará o licitante e abrirá seu envelope de
habilitação, iniciando sua análise, nos termos previstos no instrumento convocatório.

§ 1º A documentação relativa à qualificação técnica será analisada pela área demandante, que
apresentará ao pregoeiro sua manifestação, por escrito, sobre a aceitação ou rejeição, que
constará do Processo Interno.

§ 2º Nas licitações em que for exigida amostra/protótipo, aplica-se o disposto no art. 58 deste
Regulamento.

Art. 128 Rejeitada a documentação de habilitação, o pregoeiro tomará as providências


necessárias à inabilitação do licitante e a retomada das fases anteriores para viabilizar a
convocação do próximo colocado, na ordem de classificação, para que apresente sua proposta
adequada ao último lance ofertado, observadas as regras do edital.

Art. 129 Aceita a documentação de habilitação, o licitante será declarado vencedor, sendo
aberto prazo para a manifestação imediata, pelos demais licitantes, da intenção de recorrer.

§ 1º A falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a decadência do


direito de recurso.

§ 2º Uma vez apresentada e admitida pelo Pregoeiro a manifestação da intenção de recurso,


será concedido prazo ao Licitante para que apresente suas razões recursais, ficando os demais
Licitantes, desde então, intimados para, querendo, apresentarem as contrarrazões em igual
prazo, que começará a contar do término do prazo para a apresentação das razões recursais,
conforme disposto no art. 4º, inc. XVIII, da Lei Federal nº 10.520/02.

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§ 3º Para fins de juízo de admissibilidade, o Pregoeiro poderá não conhecer do recurso
quando estiver fora do prazo estabelecido ou ausentes quaisquer pressupostos processuais,
como sucumbência, legitimidade, interesse e motivação.

§ 4º A decisão de recurso pelo pregoeiro será consubstanciada em ata de julgamento, que será
submetida ao Diretor Presidente para decisão final.

Art. 130 O licitante deve apresentar todos os documentos exigidos no edital, em original ou
em cópia autenticada por cartório competente ou pela Comissão de Pregão Eletrônico.

§ 1º A autenticação de documentos pela Comissão de Pregão Eletrônico ocorrerá mediante a


exibição dos originais.

§ 2º No caso de serviços comuns de engenharia, os documentos de habilitação poderão ser


substituídos, total ou parcialmente pelo Certificado do Registro Geral de Empreiteiros do
Estado do Rio de Janeiro – RGE, desde que estejam dentro do prazo de validade.

Art. 131 A qualquer tempo, procedimento de diligência destinado a esclarecer ou a


complementar a instrução do processo poderá ser instaurado por iniciativa do Pregoeiro, a
quem caberá descrever a forma pela qual serão realizadas as diligências, nos termos do art. 64
deste Regulamento.

Art. 132 Findo o prazo e não havendo recurso, o pregoeiro tomará as providências
necessárias à adjudicação do objeto e à homologação do certame pela autoridade competente.

Parágrafo Único Decididos os recursos, se houver, o Diretor Presidente adjudicará o objeto


da licitação ao licitante vencedor e homologará o procedimento.

Art. 133 As licitações poderão também adotar os modos de disputa aberto, fechado ou
combinado no caso de parcelamento do objeto.

Da Publicidade e Prazos
Art. 134 Serão divulgados no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no Portal da
EMOP na internet os seguintes atos:
I - avisos de licitações;
II - extratos de contratos e de termos aditivos;
III - avisos de chamamentos públicos.
§ 1° Os atos de julgamento, adjudicação e de homologação da licitação serão divulgados
unicamente no Portal da EMOP na internet.
§ 2° O aviso da licitação conterá a definição resumida do objeto, a indicação dos locais, dias e
horários em que poderá ser consultada ou obtida a íntegra do instrumento convocatório, bem
como o endereço, data e hora da sessão pública, devendo ser priorizada a disponibilização
gratuita e integral no Portal da EMOP na internet.
§ 3° Serão disponibilizadas no Portal da EMOP na internet todas as informações concernentes
a processos licitatórios, os respectivos instrumentos convocatórios, resultados dos certames,

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bem como todos os contratos e aditivos celebrados, de maneira a assegurar a identificação dos
objetos contratados e do valor das contratações.
§ 4° No caso de obras e serviços de engenharia realizados com recursos oriundos do Governo
Federal, a divulgação dos atos previstos nos incisos I, II e III acima, além dos atos de
adjudicação e a homologação, também serão publicados no Diário Oficial da União.
Art. 135 Na publicidade das licitações deverão ser observados os seguintes prazos mínimos,
de acordo com o disposto no art. 39 da Lei nº 13.303/2016:
I - para aquisição de bens:
a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério de julgamento o menor preço ou o maior
desconto;
b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses.
II - para contratação de obras e serviços:
a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de julgamento o menor preço ou o
maior desconto;
b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses.
III - no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação em que se adote como critério
de julgamento a melhor técnica ou a melhor combinação de técnica e preço, bem como para
licitação em que haja contratação semi-integrada ou integrada.
Parágrafo Único O termo inicial para a contagem dos prazos mínimos fixados por este artigo
será a data da última veiculação do aviso da licitação.

Da Participação da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte


Art. 136 Nas licitações e contratações da EMOP, as microempresas – ME e empresas de
pequeno porte – EPP terão tratamento diferenciado e simplificado, nos termos do Decreto
Estadual n° 42.063/2009, conforme art. 28, parágrafo primeiro, da Lei nº 13.303/2016 e
artigos 42 a 49, parágrafo único, da Lei Complementar n°123/06, especialmente quanto a:
I - regularização de documentos de regularidade fiscal e trabalhista – art. 4° do Decreto
Estadual n° 42.063/2009;
II - situações de empate ficto – art. 5° do Decreto Estadual n° 42.063/2009;
III - licitações de participação exclusiva quando o valor estimado para o item ou lote não
ultrapassar R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) – art. 6° do Decreto Estadual n° 42.063/2009;
IV - reserva de até 25% do objeto quando se tratar de aquisição de bens de natureza divisível
– art. 8° do Decreto Estadual n° 42.063/2009.
Art. 137 Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de
contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 1° Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas
microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações pelos modos aberto ou fechado
sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada.
§ 2° No caso de pregão o percentual a que se refere o parágrafo primeiro será de 5 % (cinco
por cento).

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Art. 138 Para efeito do disposto no artigo anterior deste Regulamento, ocorrendo o empate,
proceder-se-á da seguinte forma:
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar
proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será
classificada em 1° lugar;
II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do
inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se
enquadrem na hipótese do art. 136 deste Regulamento, na ordem classificatória, para o
exercício do mesmo direito;
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de
pequeno porte que se encontrem no intervalo estabelecido nos parágrafos do art. 136 deste
Regulamento, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro
poderá apresentar melhor oferta.
§ 1° Na hipótese da não contratação nos termos previstos no caput deste artigo, será mantida a
ordem de classificação original do certame.
§ 2° O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial não tiver sido
apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte.
§ 3° A microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada
para apresentar nova proposta de preço no prazo fixado pelo instrumento convocatório, após o
encerramento da fase competitiva, sob pena de preclusão.

Dos Procedimentos Auxiliares Das Licitações


Art. 139 São procedimentos auxiliares das licitações da EMOP:
I - Pré-Qualificação Permanente;
II - Cadastramento;
III - Sistema de Registro de Preços;
IV - Catálogo Eletrônico de Padronização.
Parágrafo Único Os procedimentos de que trata o caput deste artigo obedecerão a critérios
claros e objetivos definidos neste Regulamento.

Da Pré-Qualificação Permanente
Art. 140 A EMOP poderá promover a pré-qualificação permanente com o objetivo de
identificar:
I - fornecedores que reúnam condições de habilitação exigidas para o fornecimento de bem
ou a execução de serviço ou obra nos prazos, locais e condições previamente estabelecidos;
ou
II - bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade estabelecidas pela EMOP.
§ 1 º A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo alguns ou todos os requisitos de
habilitação ou técnicos necessários à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a
igualdade de condições entre os concorrentes.

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§ 2º A pré-qualificação de que trata o inciso I do caput poderá ser efetuada por grupos ou
segmentos de objetos a serem contratados, segundo as especialidades dos fornecedores.
§ 3º A EMOP poderá, a qualquer tempo, alterar, suspender ou cancelar o registro inscrito que
deixar de satisfazer as exigências estabelecidas para habilitação ou para admissão cadastral.
Art. 141 A pré-qualificação ficará permanentemente aberta para a inscrição dos eventuais
interessados durante o prazo de validade de no máximo 1 (um) ano, previsto no procedimento,
podendo ser atualizada a qualquer tempo por solicitação da área técnica demandante.
Art. 142 Sempre que a EMOP entender conveniente implementar procedimento de pré-
qualificação de fornecedores ou bens, deverá convocar os interessados para que demonstrem o
cumprimento das exigências de habilitação ou de aceitação de bens, conforme o caso.
§ 1º A convocação de que trata o caput será realizada através de edital de chamamento
público divulgado através do Diário Oficial do Rio de Janeiro e do Portal da EMOP na
internet.
§ 2º O edital a que se refere o parágrafo primeiro seguirá, no que couber, as regras previstas
no Instrumento Convocatório, inclusive quanto a sua elaboração e aprovação pela Assessoria
Jurídica.
§ 3º Competirá à área técnica demandante providenciar a elaboração do termo de referência e
a abertura do Processo Interno, na forma prevista no Instrumento Convocatório, bem como
decidir, motivadamente e nos termos do edital, quais fornecedores ou bens serão pré-
qualificados.
§ 4º Competirá à Comissão Permanente de Licitação a condução do procedimento de pré-
qualificação, exceto quanto à decisão dos pré-qualificados, conforme previsão do parágrafo
terceiro.
Art. 143 Será fornecido certificado aos pré-qualificados, renovável sempre que o
procedimento for atualizado.
Art. 144 Caberá recurso no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados a partir da data da
divulgação do ato no Portal da EMOP na internet que defira ou indefira o pedido de pré-
qualificação de interessados.
Art. 145 A vigência da pré-qualificação pela EMOP estará assegurada durante o período de
validade de todos os documentos passíveis de serem exigidos pelo RGE, cabendo à empresa
cadastrada a responsabilidade pela substituição dos documentos vencidos.
§ 1º A empresa interessada deverá efetuar o pagamento da taxa de inscrição no ato da
solicitação de seu cadastro no RGE.
§ 2º O pagamento de nova taxa de inscrição somente será exigível pela EMOP se qualquer
documento integrante do cadastro da empresa vier a ter seu prazo expirado, sem que haja a
sua substituição por outro válido.
Art.146 A EMOP, justificadamente, poderá instaurar licitação restrita aos pré-qualificados,
desde que:
I - a convocação estabeleça que a licitação é restrita aos pré-qualificados;
II - na convocação a que se refere o inciso I conste estimativa de quantitativos mínimos que a
EMOP pretende adquirir ou contratar nos próximos 12 (doze) meses e de prazos para
publicação do instrumento convocatório da licitação, quando aplicável;

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III - a pré-qualificação seja total, contendo todos os requisitos de habilitação técnica ou de
qualidade necessários às contratações;
IV - conste do processo administrativo justificativa demonstrando a conveniência e
oportunidade de se restringir a participação na licitação apenas dos fornecedores ou produtos
pré-qualificados, bem como empresas de obras e serviços de engenharia, especialmente em
face da preservação da competitividade mínima.
§ 1° Só poderão participar da licitação restrita aos pré-qualificados os licitantes que, na data
da publicação do respectivo instrumento convocatório:
I - já tenham apresentado a documentação exigida para a pré-qualificação, ainda que o pedido
de pré-qualificação não tenha sido apreciado e seja deferido posteriormente; e
II - estejam regularmente cadastrados.
§ 2° No caso de realização de licitação restrita, a EMOP enviará convite por meio eletrônico a
todos os pré-qualificados no respectivo segmento para participar da licitação.
§ 3° O convite de que trata o parágrafo segundo deste artigo não exclui a obrigação de
atendimento aos requisitos de publicidade do instrumento convocatório.
Art. 147 A EMOP divulgará em seu Portal na internet a relação dos produtos e dos
fornecedores pré-qualificados.

Do Cadastramento
Art. 148 A EMOP manterá cadastro, denominado Registro Geral de Empreiteiros - RGE, com
o objetivo de comprovação de regularidade fiscal e de comprovação de habilitação jurídica,
qualificação técnica e econômico-financeira, devendo os dados serem organizados, mantidos
e gerenciados pelo RGE, em articulação com as demais Unidades da EMOP.
Art. 149 O RGE deverá disponibilizar, para as demais Unidades da EMOP, o cadastro para
fins de análise, consultas e contratações.
Art. 150 As empresas interessadas em se cadastrar deverão atender as exigências contidas no
formulário de inscrição no RGE, sendo processo de inclusão realizado de forma permanente,
inclusive para fins de renovação, alteração, substituição ou complementação dos dados
cadastrais.
Art. 151 Para as empresas que se cadastrarem será emitido o respectivo Certificado de
Registro.
Art. 152 As empresas detentoras do Certificado de Registro poderão, uma vez previsto no
Edital, utilizar do referido certificado para fins de comprovação de habilitação total ou parcial,
desde que atendidos os requisitos constantes do instrumento convocatório.
Art. 153 O fato de uma determinada empresa ser detentora do Certificado de Registro não
retira a possibilidade de a EMOP rever os documentos a ele atinentes.
Art. 154 É de responsabilidade das empresas, para fins de utilização do Certificado de
Registro em licitações, manter toda a documentação atualizada e dentro do prazo de validade,
inclusive em relação a habilitação jurídica, técnica, econômico-financeira e fiscal, com vistas
à comprovação de regularidade para fins de habilitação.

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Do Sistema de Registro de Preços
Art. 155 O Sistema de Registro de Preços é procedimento, precedido de licitação, adotado
para cadastrar o menor preço obtido para determinado bem ou serviço, no prazo e condições
estabelecidos no respectivo instrumento convocatório, viabilizando satisfazer prontamente as
demandas, sem que esse registro importe em direito subjetivo à contratação de quem ofertou o
preço registrado.
Art. 156 As contratações de serviços, inclusive os comuns de engenharia, e de aquisição de
bens deverão, preferencialmente, ser realizadas pelo Sistema de Registro de Preços – SRP.
§ 1o Poderá aderir ao sistema referido no caput qualquer órgão ou entidade responsável pela
execução das atividades contempladas no art. 1o da Lei nº13.303/2016.
§ 2o O registro de preços observará, entre outras, as seguintes condições:
I - efetivação prévia de ampla pesquisa de mercado;
II - seleção observando as regras do procedimento licitatório na modalidade pregão;
III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle e atualização periódicos dos preços
registrados;
IV - definição da validade do registro;
V - inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou
serviços com preços iguais ao do licitante vencedor na sequência da classificação do certame,
assim como dos licitantes que mantiverem suas propostas originais.
§ 3o A existência de preços registrados não obriga a administração pública a firmar os
contratos que deles poderão advir, sendo facultada a realização de licitação específica,
assegurada ao licitante registrado preferência em igualdade de condições.
Art. 157 A EMOP, como entidade gerenciadora, realizará procedimento licitatório, na
modalidade Pregão, para selecionar a melhor proposta registrando o valor em ata.
Art. 158 Deverá ser incluído na respectiva ata o registro dos licitantes que aceitarem cotar os
bens ou serviços com preços iguais ao do licitante vencedor na sequência da classificação do
certame.
§1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de preços.
§2º As propostas apresentadas pelos licitantes deverão ter validade mínima de 90 dias.
Art. 159 O prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a 12 (doze) meses,
incluídas eventuais prorrogações.
Art. 160 Os preços registrados serão submetidos à permanente atualização e publicados para
orientação da Administração.
Paragrafo Único. O preço registrado será obrigatoriamente atualizado quando o interesse em
contratar for demandado 180 dias após a data do registro em ata.
Art. 161 A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será definida
nos instrumentos convocatórios.
Art. 162 O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado no
prazo de validade da ata de registro de preços.

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Art. 163 A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as
contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios,
respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro
preferência em igualdade de condições.

Do Catálogo Eletrônico de Padronização


Art. 164 O catálogo eletrônico de padronização de compras, serviços e obras consiste em
sistema informatizado, de gerenciamento centralizado, destinado a permitir a padronização
dos itens a serem adquiridos pela empresa pública, que estarão disponíveis para a realização
de licitação.
Parágrafo Único O catálogo referido no caput poderá ser utilizado em licitações cujo critério
de julgamento seja o menor preço ou o maior desconto e conterá toda a documentação e todos
os procedimentos da fase interna da licitação, assim como as especificações dos respectivos
objetos, conforme disposto em regulamento.

CAPÍTULO III
DA CONTRATAÇÃO DIRETA

Da Dispensa de Licitação
Art. 165 É dispensável a realização de licitação pela EMOP:
I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que
não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de
mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
II - para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para
alienações desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de
maior vulto que possa ser realizado de uma só vez;
III - quando não acudirem interessados à licitação anterior e essa, justificadamente, não puder
ser repetida sem prejuízo para a EMOP desde que mantidas as condições preestabelecidas;
IV - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos
praticados no mercado nacional ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
competentes;
V - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades
precípuas, quando as necessidades de instalação e localização condicionarem a escolha do
imóvel, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
VI - na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento, em consequência
de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e
aceitas as mesmas condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato, inclusive quanto
ao preço, devidamente corrigido;
VII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da
pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional ou de instituição dedicada à
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos;
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VIII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira
necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao
fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for
indispensável para a vigência da garantia;
IX - na contratação de associação de pessoas com deficiência física, sem fins lucrativos e de
comprovada idoneidade, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde
que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;
X - na contratação de concessionário, permissionário ou autorizado para fornecimento ou
suprimento de energia elétrica ou gás natural e de outras prestadoras de serviço público,
segundo as normas da legislação específica, desde que o objeto do contrato tenha pertinência
com o serviço público;
XI - nas contratações com outras empresas públicas ou sociedades de economia mista e suas
respectivas subsidiárias, para aquisição ou alienação de bens e prestação ou obtenção de
serviços, desde que os preços sejam compatíveis com os praticados no mercado e que o objeto
do contrato tenha relação com a atividade da contratada prevista em seu estatuto social;
XII - na contratação de coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por
associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda que
tenham como ocupação econômica a coleta de materiais recicláveis, com o uso de
equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública;
XIII - para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que
envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante
parecer de comissão especialmente designada pelo dirigente máximo da EMOP;
XIV - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3°, 4°, 5° e 20 da Lei nº
n° 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela
constantes;
XV - em situações de emergência, quando caracterizada urgência de atendimento de situação
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços,
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao
atendimento da situação emergencial e para as parcelas de obras e serviços que possam ser
concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos,
contado da ocorrência da emergência, vedada a prorrogação dos respectivos contratos,
observado o disposto no parágrafo segundo;
VI - na transferência de bens a órgãos e entidades da administração pública, inclusive quando
efetivada mediante permuta;
XVII - na doação de bens móveis para fins e usos de interesse social, após avaliação de sua
oportunidade e conveniência socioeconômica relativamente à escolha de outra forma de
alienação;
XVIII - na compra e venda de ações, de títulos de crédito e de dívida e de bens que produzam
ou comercializem.
§ 1° Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação nos termos do inciso VI do
caput, a EMOP poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para
a celebração do contrato nas condições ofertadas por estes, desde que o respectivo valor seja

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igual ou inferior ao orçamento estimado para a contratação, inclusive quanto aos preços
atualizados nos termos do instrumento convocatório.
§ 2° A contratação direta com base no inciso XV do caput não dispensará a responsabilização
de quem, por ação ou omissão, tenha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive no tocante
ao disposto na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992.
§ 3° O valor limite para contratações diretas estabelecido no inciso I do caput será reajustado
anualmente, com base na variação do INCC – Índice Nacional de Custo da Construção,
contados da publicação da Lei nº 13.303/2016, ou seja, 30 de junho de 16, valores estes que
serão divulgados no Portal da EMOP na internet e consolidados através de Resolução
específica aprovada pelo Conselho de Administração.
§ 4° O valor limite para contratações diretas estabelecido no inciso II do caput será reajustado
anualmente, com base na variação do IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo, contados da publicação da Lei nº 13.303/2016, em 30 de junho de 16, valores estes
que serão divulgados no Portal da EMOP na internet e consolidados através de resolução
específica aprovada pelo Conselho de Administração.

Da Inexigibilidade de Licitação
Art. 166 A contratação direta pela EMOP será feita quando houver inviabilidade de
competição, em especial na hipótese de:
I - aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial exclusivo;
II - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas
de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
§ 1° Considera-se de notória especialização o profissional ou a empresa cujo conceito no
campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiência,
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou outros requisitos relacionados
com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais
adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2° Na hipótese do caput e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado, pelo órgão de
controle externo, sobrepreço ou superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano
causado quem houver decidido pela contratação direta e o fornecedor ou o prestador de
serviços.
§ 3o O processo de contratação direta será instruído, no que couber, com os seguintes
elementos:

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I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for
o caso;
II - razão da escolha do fornecedor ou do executante;
III - justificativa do preço.

Do Procedimento de Manifestação de Interesse Privado


Art. 167 Para o recebimento de propostas e projetos de empreendimentos com vistas a
atender necessidades da EMOP deverá ser observado o disposto no art. 31, parágrafo quarto
da Lei nº 13.303/2016.
Parágrafo Único O Procedimento de Manifestação de Interesse objetiva ampliar a eficiência
administrativa e obter de interessados no mercado específico a solução técnica que melhor
atenda a necessidade da EMOP.
Art. 168 O Procedimento de Manifestação de Interesse será aberto mediante chamamento
público, a ser promovido de ofício pela EMOP ou por provocação de pessoa física ou jurídica
interessada.
§ 1° A avaliação e a seleção de projetos, levantamentos, investigações e estudos apresentados
ocorrerá por comissão designada pela EMOP.
§ 2º O Procedimento de Manifestação de Interesse será composto das seguintes fases:
I - Abertura, por meio de publicação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no Portal
da EMOP na internet, de edital de chamamento público;
II - Apresentação de projetos, levantamentos, investigações ou estudos; e
III - Avaliação, seleção e aprovação.
Art. 169 A contratação para execução da solução técnica aprovada no Procedimento de
Manifestação de Interesse será precedida de processo licitatório, exceto quando puder ser
realizada de forma direta, nos termos dos artigo 28, parágrafo terceiro, e artigos 29 e 30 da
Lei nº 13.303/2016.
Art. 170 O autor ou financiador do projeto aprovado no Procedimento de Manifestação de
Interesse poderá participar da licitação para a execução do empreendimento.
Parágrafo Único Caso o projeto aprovado no Procedimento de Manifestação de Interesse não
vença a licitação para execução do empreendimento, seu autor ou financiador poderá ser
ressarcido pelos custos, desde que seja promovida a cessão de direitos nos termos do artigo 80
da Lei nº 13.303/2016.
Art. 171 O edital de chamamento público conterá as regras específicas para cada situação
concreta e será elaborado pela Comissão Permanente de Licitação, com base nas informações
apresentadas pela área técnica demandante no Processo Interno.

Da Formalização da Dispensa e da Inexigibilidade


Art. 172 O processo de contratação direta será instruído, no que couber, com os seguintes
elementos:
I - numeração sequencial da dispensa ou inexigibilidade;

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II - caracterização do objeto e da circunstância de fato ou de direito que autorizou o
afastamento da licitação;
III - autorização da autoridade competente;
IV - indicação do dispositivo do Regulamento aplicável;
V - indicação dos recursos orçamentários para a despesa;
VI - razões da escolha do contratado;
VII - proposta, justificativa do preço e, conforme o caso, a apresentação de orçamentos, de
consultas aos preços de mercado, cópias de notas fiscais ou cópias de contratos;
VIII - consulta prévia ao respectivo cadastro, das empresas que estejam cumprindo penas de
suspensão ou impedimento de licitar ou contratar com a EMOP;
IX - parecer técnico, seguido de parecer jurídico, emitidos sobre a dispensa ou
inexigibilidade, conforme o caso;
X - prova de regularidade relativa à Seguridade Social (INSS), mediante a apresentação da
Certidão Negativa de Débitos relativos aos Tributos Federais e a Dívida Ativa da União;
XI - Prova de regularidade relativa ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
mediante a apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS (CRF);
XII - Prova da regularidade com a Fazenda Pública do Estado do Rio de Janeiro, mediante a
apresentação da Certidão Negativa de Débitos Tributários e de Dívida Ativa Estadual;
XIII - Declaração de compromisso de implementação do Programa de Integridade exigido
pela Lei nº 7.753/2017 do Estado do Rio de Janeiro.

CAPÍTULO IV
DOS CONTRATOS

Da Formalização das Contratações


Art. 173 Os contratos firmados pela EMOP regulam-se pelas suas próprias cláusulas, pelas
normas aqui descritas, pela Lei nº 13.303/2016 e pelos preceitos de direito privado.
Parágrafo Único Previamente a assinatura de contratos, uma comissão especificamente
designada deverá realizar visita a sede da empresa vencedora do certame licitatório e emitir
relatório.
Art. 174 Os contratos e aditivos deverão ser formalizados por escrito.
Art. 175 A formalização da contratação será feita por meio de:
I – celebração de contrato, obrigatório nos casos precedidos de licitação ou contratação direta
em que:
a) exista obrigação futura para o contratado, não garantida por assistência técnica ou
certificado de garantia;
b) o objeto seja manutenção de equipamentos, bens ou instalações da EMOP;
c) o objeto seja concessão ou permissão de uso de bens pertencentes à EMOP.
II – emissão de Ordem de Fornecimento, Ordem de Serviço ou instrumento equivalente.
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III – celebração de Termo Aditivo, na hipótese de:
a) alteração de prazo;
b) alteração de preço, excetuando-se os reajustes, atualizações, compensações ou penalizações
financeiras, decorrentes de condições de pagamento previstas no contrato, que poderão ser
efetivados por apostilamento; ou
c) supressão ou ampliação de objeto ou valor, nos casos permitidos em lei.
§ 1° Nas hipóteses do inciso II do caput deste artigo, a EMOP deverá:
a) fixar data de previsão de início e término de vigência do contrato e, na ausência dessa
previsão, será considerada o dia em que ocorrer a publicação do extrato do contrato;
b) fazer constar da solicitação da proposta ou do termo de referência as demais obrigações
necessárias para fins de contratação;
c) exigir do contratado o cumprimento das referidas obrigações estabelecidas.
§ 2° Independem de termo aditivo, podendo ser efetivada por simples apostilamento, a
formalização do reajustamento de preços previsto no instrumento convocatório e no contrato.
As atualizações, compensações ou penalizações financeiras, decorrentes de condições de
pagamento previstas no contrato deverão ser previamente definidas por Ordem de Serviço da
Presidência.
§ 3º Na formalização dos contratos e aditivos que impliquem em aumento do valor do
contrato, deverá ser expedida, concomitantemente, a respectiva Nota de Empenho precedida
da descentralização dos correspondentes recursos pelo órgão descentralizador de recursos.
Art. 176 O contrato é o meio no qual se materializa a vontade das partes e deve estabelecer
com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam
os direitos, obrigações e responsabilidades, em conformidade com os termos da licitação e da
proposta a que se vinculam.
Parágrafo Único Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação
devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.
Art. 177 A EMOP poderá contratar serviço técnico especializado prevendo a cessão da
titularidade da propriedade intelectual, justificando nos casos em que isso não ocorrer.
Parágrafo Único Quando a contratação for relativa a serviço de natureza intelectual a cessão
dos direitos incluirá o fornecimento de todos os elementos e informações necessárias à plena
utilização e manutenção pela EMOP, nos termos fixados no instrumento convocatório.
Art. 178 A área demandante da contratação deverá manter em arquivo próprio o respectivo
instrumento utilizado para a formalização contratual, bem como o processo licitatório ou de
contratação direta, pelo prazo de 05 (anos) anos contado da extinção do contrato.
Art. 179 Não será obrigatória a análise e aprovação pela Assessoria Jurídica das minutas
elaboradas com base nos modelos padrão de contratos e que não tenham sofrido alterações.
§ 1º Os documentos-padrão deverão ser obrigatoriamente preenchidos sempre a partir do
modelo original.
§ 2º Compete ao Diretor Presidente da EMOP a aprovação dos modelos padrão de contratos.

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§ 3º Em caso de dúvida ou questionamento sobre determinada cláusula constante de
documentos-padrão, o processo deverá ser encaminhado à Assessoria Jurídica, a quem
compete analisar e dar parecer.
§ 4º Os documentos-padrão que sofrerem alteração deverão ser republicadas com as
modificações consolidadas, após aprovação pelo Diretor Presidente.

Da Publicidade das Contratações


Art. 180 O extrato dos termos contratuais e de seus correspondentes aditamentos devem ser
publicados no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e em Portal da EMOP na internet.
Parágrafo Único A publicação resumida do instrumento dos contratos e de seus
correspondentes aditamentos no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, que é condição
indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o 5º (quinto) dia
útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data,
qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus.
Art. 181 A EMOP deverá disponibilizar mensalmente para conhecimento público, em seu
Portal, informação completa e atualizada sobre a execução de seus contratos e de seu
orçamento, admitindo-se retardo de até 2 (dois) meses na divulgação das informações.

Das Cláusulas Contratuais


Art. 182 São cláusulas necessárias em todo instrumento contratual e, no que couber, em
instrumento equivalente que o substitua, as que estabeleçam:
I - os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua
lavratura, o número do processo da licitação ou da contratação direta;
II - o objeto e seus elementos característicos;
III - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
IV - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento
das obrigações e a do efetivo pagamento;
V - os prazos para início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de
recebimentos provisório e definitivo, conforme o caso;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as tipificações das infrações e as
penalidades cabíveis e os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão do contrato e os mecanismos para alteração de seus termos;
IX - a vinculação ao instrumento convocatório da licitação ou ao termo de dispensa ou de
inexigibilidade, bem como ao lance ou proposta do licitante vencedor;
X - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações assumidas, as condições de habilitação e qualificação
exigidas na licitação;
XI - a matriz de risco, quando for o caso.

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§ 1° Para os regimes de contratação integrada e semi-integrada a cláusula de matriz de riscos
e alocação das responsabilidades é obrigatória, sendo facultativa, para os demais regimes
onde houver a viabilidade de definição dos riscos envolvidos no contrato onde serão alocados
os riscos e responsabilidades das partes.
§ 2° Para eventos supervenientes alocados na matriz de risco como de responsabilidade da
contratada, é vedada a celebração de aditivos que alterem essa condição.
§ 3° Nos contratos deverá constar cláusula que declare competente o foro da sede da EMOP
para dirimir quaisquer questões deles decorrentes, sejam elas com pessoas físicas ou jurídicas,
domiciliadas ou não no Brasil, salvo em situações devidamente justificadas pela autoridade
competente pela contratação.
§ 4° Os contratos de que trata este Regulamento, poderão conter cláusula para solução
amigável de controvérsias, incluindo a mediação e a arbitragem.
Art. 183 A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia.
§ 1° Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I - caução em dinheiro;
II - seguro-garantia;
III - fiança bancária.
§ 2° A garantia a que se refere o caput não excederá a 5% (cinco por cento) do valor do
contrato e será atualizada, nas mesmas condições, na hipótese de modificação do contrato
originalmente pactuado.
§ 3° Para obras, serviços de engenharia e fornecimentos de grande vulto envolvendo
complexidade técnica e riscos financeiros elevados, a critério da EMOP, o limite de garantia
previsto no parágrafo segundo poderá ser elevado para até 10% (dez por cento) do valor do
contrato.
§ 4° A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução e
recebimento definitivo do objeto contratual, mediante apresentação de certidão negativa de
regularidade com o INSS relativa à baixa da matrícula do CEI e, na hipótese de caução em
dinheiro, inciso I, atualizada monetariamente.
§ 5° Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela EMOP, pelos quais o
contratado ficará depositário, o valor destes bens deverá ser acrescido à garantia.
§ 6° A Contratada deverá apresentar à EMOP a garantia de execução contratual até a data
estabelecida para a assinatura do instrumento contratual, sob pena de aplicação de multa, nos
termos do art. 226, inc. II, alínea c, deste Regulamento.

Da Duração dos Contratos


Art. 184 A duração dos contratos não excederá a 05 (cinco) anos, contados a partir da data da
sua celebração, exceto:
I - para projetos contemplados no plano de negócios e investimentos da EMOP;

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II - nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco) anos seja prática rotineira de
mercado e a imposição desse prazo inviabilize ou onere excessivamente a realização do
negócio.
Parágrafo Único É vedado o contrato por prazo indeterminado.
Art. 185 A vigência dos contratos será fixada no instrumento convocatório e na respectiva
avença ou instrumento equivalente.
Parágrafo Único Os contratos por escopo terão as suas vigências compatíveis com a
conclusão dos objetos.

Da Prorrogação de prazos
Art. 186 Os prazos dos contratos poderão ser prorrogados ordinariamente, desde que
observado o art. 183 e os seguintes requisitos:
I - haja interesse da EMOP;
II - exista previsão no instrumento convocatório e no contrato;
III - seja demonstrada a vantajosidade na manutenção do ajuste;
IV - exista recurso orçamentário para atender a prorrogação;
V - as obrigações da contratada tenham sido regularmente cumpridas;
VI - a contratada manifeste expressamente a sua anuência na prorrogação;
VII - seja requerida na vigência do contrato e formalizada por meio de termo aditivo;
VIII – autorização do Diretor Presidente.
Art. 187 Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem
prorrogações extraordinárias, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a
manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes
motivos, devidamente autuados em processo:
I - alteração do projeto ou de suas especificações, pela EMOP;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que
altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo do trabalho, por ordem e no
interesse da EMOP;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela EMOP
em documento contemporâneo a sua ocorrência;
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da EMOP, inclusive quanto aos pagamentos
previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato,
sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.
§ 1° Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do contrato, o cronograma de execução
será prorrogado automaticamente por igual tempo. Em casos especiais, desde que
formalmente justificada a sua necessidade, a prorrogação do prazo poderá ser por maior
período visando a execução total do objeto.

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§ 2° Uma vez prorrogados os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de
entrega na forma deste artigo, o prazo de vigência contratual será prorrogado na mesma
medida.
Art. 188 Nas hipóteses em que não se verificar nenhuma das condições previstas no artigo
anterior e o atraso no cumprimento do cronograma decorrer de culpa da contratada, os prazos
de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega e de vigência contratual serão
prorrogados, a critério da EMOP, aplicando-se à contratada, neste caso, multa moratória,
estabelecida por este Regulamento e previstas no instrumento convocatório e contratual, sem
operar qualquer recomposição de preços.

Da Alteração dos Contratos


Art. 189 Os contratos regidos por este Regulamento contarão cláusula que estabeleça a
possibilidade de alteração, por acordo entre as partes, nos seguintes casos:
I - quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação
técnica aos seus objetivos;
II - quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por este regulamento;
III - quando conveniente a substituição da garantia de execução;
IV - quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como
do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos
contratuais originários;
V - quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias
supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com
relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de
fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;
VI - para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do
contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do
contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda,
em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica
extraordinária e extracontratual.
§ 1° O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento)
do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos, nos termos
do Art. 81, parágrafo primeiro, da Lei 13.303/2016.
§ 2º Para efeito de observância aos limites de alterações contratuais previstos no parágrafo
primeiro, as reduções ou supressões de quantitativos devem ser consideradas de forma
isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos devem ser calculados
sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente
e sem nenhum tipo de compensação entre eles, os limites de alteração estabelecidos no
dispositivo legal.

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§ 3º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo
primeiro, salvo as supressões resultantes de acordo celebrado entre as partes, observados os
seguintes requisitos:
I - demonstre, na motivação do ato que autorizar o aditamento contratual, que as
consequências de uma rescisão contratual, seguida de nova licitação e contratação, importam
em acréscimo de custos para a EMOP;
II - não inviabilize a execução contratual, à vista do nível de capacidade técnica e econômico-
financeira da contratada;
III - decorra de fatos supervenientes que impliquem em dificuldades não previstas ou
imprevisíveis por ocasião da contratação inicial;
IV - não ocasione a transfiguração do objeto originalmente contratado em outro de natureza e
propósito diversos;
V - seja necessária à completa execução do objeto original do contrato, à otimização do
cronograma de execução e à antecipação dos benefícios sociais e econômicos decorrentes.
§ 4o No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já houver adquirido os
materiais e posto no local dos trabalhos, esses materiais deverão ser pagos pela EMOP pelos
custos de aquisição regularmente comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber
indenização por outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde que
regularmente comprovados.
§ 5o A criação, a alteração ou a extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, bem como
a superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da
proposta, com comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes
para mais ou para menos, conforme o caso.
§ 6o Em havendo alteração do contrato que aumente os encargos do contratado, a empresa
pública ou a sociedade de economia mista deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio
econômico-financeiro inicial.
§ 7o A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio
contrato e as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das
condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do contrato e
podem ser registrados por simples apostila, dispensada a celebração de aditamento.
§ 8o É vedada a celebração de aditivos decorrentes de eventos supervenientes alocados, na
matriz de riscos, como de responsabilidade da contratada.
Art. 190 A inclusão de eventuais serviços ou itens não previstos, desde que devidamente
justificados e previamente aprovados pela EMOP, será feito com base no custo unitário
constante do Sistema EMOP, subtraindo desse preço de referência a diferença percentual
entre o valor do orçamento-base e o valor global obtido na licitação, com vistas a garantir o
equilíbrio econômico-financeiro do contrato e a manutenção do percentual de desconto
oferecido pelo contratado.
§ 1º Os itens novos não constantes do Sistema EMOP terão seus preços limitados aos
indicados nos sistemas de orçamentação de obras ou, em caso de inexistência nestes, ao
menor preço obtido junto à no mínimo três fornecedores especializados. Quanto ao desconto
ofertado pela licitante contratada, este incidirá em todos os casos.

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§ 2º Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços,
esses serão fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no
Art. 188, parágrafo primeiro, deste Regulamento.

Do Reequilíbrio Econômico Financeiro do Contrato:


Reajuste, Repactuação e Revisão
Art. 191 O reajustamento de preços em sentido estrito é o mecanismo que visa compensar os
efeitos da variação monetária, devendo retratar a efetiva alteração dos custos de produção a
fim de manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
§ 1º O índice de reajuste previsto no edital e no contrato administrativo deve ser setorial,
refletindo a variação dos custos e insumos daquele segmento específico, devendo, no caso de
obras e serviços de engenharia, ser utilizado o índice constante do Boletim de Custo Mensal
da EMOP.
§ 2º Na ausência dos índices específicos ou setoriais, adotar-se-á o índice geral de preços
mais vantajoso para a Administração, calculado por instituição oficial que retrate a variação
do poder aquisitivo da moeda.
§ 3º Nos projetos com recursos oriundos do Governo Federal deverá ser adotado o índice de
reajuste definido pelo órgão federal responsável pelo repasse dos recursos.
Art. 192 Não é cabível o reajuste se não há previsão expressa no edital e no contrato
administrativo.
Art. 193 Os contratos celebrados pela EMOP contemplarão cláusula de reajustamento de
preços cuja aplicação verificar-se-á sempre que ultrapassados 12 (doze) meses de vigência
contratual e mediante solicitação formal do contratado.
§ 1º O prazo decadencial para o Contratado solicitar o pagamento do reajuste contratual, que
deverá ser protocolizado na EMOP, é de 60 (sessenta) dias, contados da publicação do índice
ajustado contratualmente, sob pena de decair o seu respectivo direito de crédito, nos termos
do art. 211, do Código Civil.
§ 2º Somente será objeto de reajuste o valor remanescente e ainda não pago.
Art. 194 A prorrogação de prazos a pedido da Contratada, e sem culpa do Contratante, não
enseja reajuste ou correção.
Art. 195 O marco inicial para os cálculos do reajuste será a data da apresentação da proposta
ou estimativa orçamentária, conforme seja indicado pela área demandante no termo de
referência, na forma do Art. 21, inc. XII deste Regulamento, e deverá constar no edital e no
contrato.
Art. 196 O reajustamento de preço não caracteriza alteração do contrato e seu registro deve
ser formalizado por apostila, dispensada a publicação do seu extrato no Diário Oficial do
Estado do Rio de Janeiro.
Art. 197 Revisão é decorrência da teoria da imprevisão, quando a causa do desequilíbrio
consistir em um fato imprevisível ou previsível de consequências incalculáveis, anormal e
extraordinário.
§1º A revisão pode ser concedido a qualquer tempo, independentemente de previsão
contratual, desde que verificadas os seguintes requisitos, cumulativos:
65
I - o evento seja futuro e incerto;
II - o evento ocorra após a apresentação da proposta;
III - o evento não ocorra por culpa da contratada;
IV - a possibilidade da revisão contratual seja aventada pela contratada ou pela contratante;
V - a modificação seja substancial nas condições contratadas, de forma que seja caracterizada
alteração desproporcional entre os encargos da contratada e a retribuição do contratante;
VI - haja nexo causal entre a alteração dos custos com o evento ocorrido e a necessidade de
recomposição da remuneração correspondente em função da majoração ou minoração dos
encargos da contratada;
VII - seja formalizado pedido de revisão contratual com a respectiva demonstração nos autos
da quebra de equilíbrio econômico-financeiro do contrato, através da apresentação de planilha
de custos e documentação comprobatória correlata que fundamente a inviabilidade da
manutenção das condições inicialmente pactuadas.
§2º A revisão deverá ser realizada mediante aditamento.
§3º A EMOP não celebrará aditivos decorrentes de eventos supervenientes alocados, na
matriz de riscos, como de responsabilidade do Contratado.
Art. 198 A repactuação de contrato é uma forma de manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro do contrato que deve ser utilizada para serviços continuados com dedicação
exclusiva da mão de obra, por meio da análise da variação dos custos contratuais, devendo
estar prevista no instrumento convocatório com data vinculada à apresentação das propostas,
para os custos decorrentes do mercado, e com data vinculada ao acordo ou à convenção
coletiva ao qual o orçamento esteja vinculado, para os custos decorrentes da mão de obra.
§ 1º. Será admitida a repactuação do contrato de serviços continuados com dedicação
exclusiva da mão de obra, contratado com prazo de vigência igual ou superior a 12 (doze)
meses, desde que seja observado o interregno mínimo de um ano.
§ 2º. A repactuação do contrato deverá estar prevista no edital e no contrato.
§ 3º. O interregno mínimo de 12 (doze) meses para a primeira repactuação do contrato será
contado a partir da data do acordo, convenção ou dissídio coletivo de trabalho, para os custos
decorrentes de mão de obra, e da data limite para a apresentação da proposta em relação aos
demais insumos.
§ 4º. Quando a contratação envolver mais de uma categoria profissional, com datas-base
diferenciadas, a data inicial para a contagem da anualidade será a data-base da categoria
profissional que represente a maior parcela do custo de mão-de-obra da contratação
pretendida.
§ 5º. Em caso de repactuação de contrato subsequente à primeira, correspondente à mesma
parcela objeto da nova solicitação, o prazo de 12 (doze) meses terá como data base a data em
que se iniciaram os efeitos financeiros da repactuação de contrato anterior realizada,
independentemente daquela em que aditada ou apostilada.
Art. 199 As repactuações de contrato serão precedidas de solicitação do contratado,
acompanhada de demonstração analítica da alteração dos custos, por meio de apresentação da
planilha de custos e formação de preços e do novo acordo ou convenção coletiva que
fundamenta a repactuação do contrato.

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§ 1º. A repactuação do contrato deverá ser pleiteada pelo contratado até a data da prorrogação
contratual subsequente, sob pena de ocorrer preclusão do exercício do direito.
§ 2º É vedada a inclusão, por ocasião da repactuação do contrato, de benefícios não previstos
na proposta inicial, exceto quando se tornarem obrigatórios por força de instrumento legal,
sentença normativa extemporânea, novo acordo coletivo ou nova convenção coletiva.
§ 3º Quando da solicitação da repactuação do contrato, esta somente será concedida mediante
negociação entre as partes, considerando-se:
I - os preços praticados no mercado e em outros contratos da EMOP;
II - as particularidades do contrato em vigência;
III - o novo acordo ou convenção coletiva das categorias profissionais;
IV - a nova planilha com a variação dos custos apresentada;
V - indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais de
referência, tarifas públicas ou outros equivalentes; e
VI - a disponibilidade financeira da EMOP.
§ 4º A decisão sobre o pedido de repactuação do contrato deverá ocorrer no prazo máximo de
sessenta dias, contados a partir da solicitação e da entrega dos comprovantes de variação dos
custos.
§ 5º O prazo referido no parágrafo anterior ficará suspenso enquanto o contratado não cumprir
os atos ou apresentar a documentação solicitada pela contratante para a comprovação da
variação dos custos.
§ 6º A EMOP poderá realizar diligências para conferir a variação de custos alegada pelo
contratado.
Art. 200 Os novos valores contratuais decorrentes das repactuações terão suas vigências
iniciadas observando-se o seguinte:
I - a partir da assinatura do termo aditivo;
II - em data futura, desde que acordada entre as partes, sem prejuízo da contagem de
periodicidade para concessão das repactuações futuras; ou
III - em data anterior à repactuação do contrato, exclusivamente quando a repactuação
envolver revisão do custo de mão de obra e estiver vinculada a instrumento legal, acordo,
convenção ou sentença normativa que contemple data de vigência retroativa, podendo esta ser
considerada para efeito de compensação do pagamento devido, assim como para a contagem
da anualidade em repactuações futuras;
§ 1º No caso previsto no inciso III, o pagamento retroativo deverá ser concedido
exclusivamente para os itens que motivaram a retroatividade, e apenas em relação à diferença
porventura existente.
§ 2º A EMOP deverá assegurar-se de que os preços contratados são compatíveis com aqueles
praticados no mercado, de forma a garantir a continuidade da contratação mais vantajosa.

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Da Execução dos Contratos
Art. 201 O contrato deve ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas
avençadas e as normas deste Regulamento, respondendo cada qual pelas consequências de sua
inexecução total ou parcial.
Parágrafo Único A EMOP deverá monitorar, constantemente, o nível de qualidade da
execução do contrato, devendo intervir, sempre que necessário, para corrigir ou aplicar
sanções quando verificar desconformidade do executado com a qualidade exigida.
Art. 202 A execução dos contratos poderá ser acompanhada e fiscalizada por meio de
instrumentos de controle, que compreendam a mensuração dos seguintes aspectos:
I - os resultados alcançados, com a verificação dos prazos de execução, da qualidade e da
quantidade demandada;
II - os recursos humanos empregados, em função da quantidade e da formação profissional
exigidas;
III - a qualidade e quantidade dos recursos materiais utilizados;
IV - a adequação do objeto prestado à rotina de execução estabelecida;
V - o cumprimento das demais obrigações decorrentes do contrato; e
VI - a satisfação do usuário.
§ 1° A conformidade dos materiais a serem utilizados na execução do objeto deverá ser
verificada juntamente com o documento da contratada que contenha a relação de tais insumos,
de acordo com o estabelecido no contrato, informando as respectivas quantidades e
especificações técnicas, tais como, marca, modelo, descrição do produto e forma de uso.
§ 2° O descumprimento total ou parcial das responsabilidades assumidas pelo contratado,
sobretudo quanto às obrigações e encargos fiscais, sociais, previdenciários e trabalhistas,
ensejará a aplicação das sanções cabíveis, podendo culminar com a rescisão contratual.
Art. 203 O contratado é obrigado a:
I - reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, as suas expensas, no todo ou em parte,
o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da
execução ou de materiais empregados;
II - responder pelos danos causados diretamente à EMOP ou a terceiros, independentemente
de comprovação de sua culpa ou dolo na execução do contrato;
III - possuir e manter programa de integridade nos termos da disciplina conferida pela Lei
Estadual n° 7.753/2017 e eventuais modificações e regulamentos subsequentes, obrigatório
nos contratos com prazo de vigência igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias cujo valor
ultrapasse R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais), para compras e serviços, ou R$
1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), para obras e serviços.
Parágrafo Único Em 1º de janeiro de cada exercício posterior a 2018, o valor estabelecido no
caput, será atualizado pela UFIR-RJ -Unidade Fiscal de Referência.
Art. 204 O contratado é o responsável pelos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato.
§ 1° A inadimplência do contratado quanto aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transfere à EMOP a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do

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contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o
Registro de Imóveis.
§ 2º Em caso de indício de irregularidade no recolhimento das contribuições previdenciárias,
a EMOP deverá oficiar ao Ministério da Previdência Social e à Receita Federal do Brasil -
RFB.
§ 3° Em caso de indício de irregularidade no recolhimento da contribuição para o FGTS, a
EMOP deverá oficiar ao Ministério do Trabalho e Emprego.
Art. 205 O contratado deverá ressarcir eventuais prejuízos sofridos pela EMOP em virtude do
seu inadimplemento em relação ao cumprimento de encargos trabalhistas, previdenciários,
fiscais e comerciais decorrentes da execução do contrato, incluindo-se nesse dever custas
judiciais, honorários advocatícios entre outros regularmente suportados pela EMOP.
Art. 206 O descumprimento das obrigações trabalhistas ou a perda das condições de
habilitação da contratada poderá dar ensejo a rescisão contratual, sem prejuízo da aplicação
das sanções previstas neste Regulamento.
§ 1° A EMOP poderá conceder um prazo para que a contratada regularize suas obrigações
trabalhistas ou suas condições de habilitação, sob pena de rescisão contratual.
§ 2° Deverá constar dos instrumentos convocatório e contratual previsão autorizando a EMOP
promover a retenção preventiva de créditos devidos ao contratado em função da execução do
contrato, quando assim se fizer necessário, para evitar prejuízo decorrente do inadimplemento
do contratado de encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
execução do contrato.
Art. 207 Quando da rescisão contratual, o gestor do contrato deverá verificar o pagamento
pela contratada das verbas rescisórias.
Art. 208 O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades
contratuais e legais, poderá subcontratar partes do objeto, até o limite admitido pela EMOP, o
qual deverá ser previsto no respectivo instrumento convocatório e contratual, vedado fazê-lo
em relação a toda a obra.
§ 1° Devem ser justificadas pela área técnica as parcelas a serem objeto de subcontratação.
§ 2° A subcontratação não altera a responsabilidade da contratada, que continuará integral e
solidariamente responsável perante à EMOP.
§ 3° A empresa subcontratada deverá atender, em relação ao objeto da subcontratação, as
exigências de qualificação técnica impostas ao licitante vencedor.
§ 4° É vedada a subcontratação de empresa ou consórcio que tenha participado:
I - do processo licitatório do qual se originou a contratação;
II - direta ou indiretamente, da elaboração de projeto básico ou executivo.
§ 5° As empresas de prestação de serviços técnicos especializados deverão garantir que os
integrantes de seu corpo técnico executem pessoal e diretamente as obrigações a eles
imputadas, quando a respectiva relação for apresentada em processo licitatório ou em
contratação direta.
Art. 209 Executado o contrato, o seu objeto deverá ser recebido:
I - em se tratando de obras e serviços:

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a) provisoriamente, mediante emissão pela EMOP do Termo de Recebimento Provisório de
Obra ou Serviço, assinado pela contratada e representantes da EMOP (Fiscal e Gestor de
Obra), em até 15 (quinze) dias da comunicação formal do contratado;
b) definitivamente, mediante emissão pela EMOP do Termo de Recebimento Definitivo de
Obra ou Serviço, assinado pela contratada e representantes da EMOP (Fiscal e Gestor de
Obra), após o decurso do prazo de observação ou vistoria que comprove a adequação do
objeto aos termos contratuais, no prazo máximo de 90 (noventa) dias contados da data do
recebimento provisório.
II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material com a
especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade, quantidade e conformidade do material
com a proposta e consequente aceitação.
§ 1° O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil,
principalmente quanto à solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético profissional
pela perfeita execução nos limites estabelecidos pelo Código Civil Brasileiro e pelo contrato.
§ 2° No caso de obras e serviços de engenharia, o órgão descentralizador de recursos
receberá o objeto do contrato através do Termo de Recebimento de Obra ou Serviço pelo
Cliente, emitido pela EMOP, firmado pelo fiscal e pelo representante do órgão
descentralizador de recursos. Em se tratando de obras de construção de prédios novos, junto
com o mencionado termo será efetuada a entrega das chaves.
Art. 210 Salvo disposições em contrário constantes do instrumento convocatório, os custos
relativos a ensaios, testes e demais provas exigidas por normas técnicas oficiais para a boa
execução do objeto do contrato, correrão por conta do contratado.
Art. 211 A EMOP deverá rejeitar, no todo ou em parte, obra, serviço ou fornecimento
executado em desacordo com o contrato.
Art. 212 A EMOP poderá emitir Atestados Técnicos pela execução contratual, mediante
solicitação do contratado e prévio pagamento de taxa correspondente.

Da Gestão e Fiscalização dos Contratos


Art. 213 A gestão e a fiscalização do contrato consistem na verificação da conformidade de
sua execução no prazo estabelecido, bem como a alocação dos recursos necessários, de forma
a assegurar o cumprimento do pactuado.
§ 1° Em razão da especificidade do contrato, quando envolver complexidade e mais de uma
especialidade, ou por questões de conveniência da EMOP, a administração da execução
contratual poderá ser realizada por meio de um grupo ou comissão de profissionais da EMOP,
designados previamente pelo Diretor Presidente. A critério da EMOP, o acompanhamento
técnico da obra poderá se realizar por empresa gerenciadora contratada para este fim ou por
meio de convênio ou parcerias com outros órgãos ou instituições.
§ 2° A Contratada deverá designar e indicar seu representante legal ou preposto, que a
representará e se responsabilizará por todos os aspectos técnicos e legais, devendo efetuar o
acompanhamento continuo e periódico da execução do contrato, embasado no planejamento
previsto.
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§ 3° As partes anotarão em registro próprio devidamente carimbado e assinado, todas as
ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à
regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 4° As partes deverão adotar procedimentos e métodos de administração que, além de
atender o presente Regulamento, assegurem o cumprimento dos requisitos preconizados no
Termo de Referência, Licitação, Contrato, Projetos, Especificações e Planejamento sempre de
acordo com as normas e legislações pertinentes. Eventuais necessidades de alteração no
projeto, especificações ou quantidades deverão, obrigatoriamente, ser formalizadas
tempestivamente para que não ocorram situações de comprometimento da meta e de recursos
sem a respectiva cobertura orçamentária, financeira e prazos contratuais.
Art. 214 As decisões e providências que ultrapassarem a competência dos Gestores e/ou
Fiscais deverão ser solicitadas a seus superiores hierárquicos em tempo hábil para a adoção
das medidas necessárias e convenientes.
Art. 215 É competência do Gestor de Contrato da EMOP, dentre outras:
I - gerenciar o planejamento, o desenvolvimento e o controle da obra, bem como administrar o
cumprimento do contrato até o seu recebimento provisório e definitivo;
II - provocar a instauração de processo administrativo com o objetivo de apurar
responsabilidades ou prejuízos resultantes de erros ou vícios;
III - implementar as alterações contratuais que se fizerem necessárias;
IV - registrar as ocorrências relacionadas ao planejamento e gestão durante a vigência do
contrato.
§1º Ao Gerente também compete, nos termos da Lei Estadual nº 7.753/2017 e da Lei Estadual
nº 7.258/2016:
I – fiscalizar a implantação do Programa de Integridade, quando for o caso, informando a
Autoridade Administrativa competente sobre o cumprimento da exigência de implantação do
Programa de Integridade;
II – fiscalizar o cumprimento do regime de cotas para pessoas portadores de deficiência ou
necessidades especiais e a proibição de que seja recusado prestador de serviço com
deficiência dentro dos limites legais previstos na Lei Estadual nº 7.258/2016.
§2º As funções previstas no parágrafo anterior, nos termos da Lei Estadual nº 7.753/2017,
também deverão ser exercidas pelo Fiscal do contrato.
§3º Em caso de impossibilidade de atuação do Gerente, as funções previstas no caput serão
temporariamente exercidas pelo seu substituto, conforme consta no ato administrativo de
nomeação publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro.
Art. 216 É competência do Fiscal de Contrato da EMOP, dentre outras previstas nos
respectivos manuais de Projeto, Fiscalização ou Manutenção:
I - gerenciar a elaboração do projeto executivo;
II - gerenciar a execução dos serviços;
III - gerenciar o fornecimento e a instalação de equipamentos;
IV - identificar a necessidade de modificar ou adequar a execução do objeto contratado;

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V - registrar as ocorrências relacionadas ao projeto, execução e fornecimento durante a
vigência do contrato, adotando as devidas providências para saná-las.
Art. 217 É dever do representante ou preposto da Contratada, dentre outros:
I - zelar pela manutenção, durante todo o período de vigência do contrato, das condições
estabelecidas no Instrumento Convocatório, do cumprimento das Normas Regulamentadoras e
Legislação correlata do Meio Ambiente e Segurança e Medicina de Trabalho, como também
da regularidade fiscal e obrigações trabalhistas;
II - zelar pela execução ou fornecimento do objeto contratual em conformidade com as
normas técnicas vigentes e previstas nos manuais da EMOP;
III - zelar pela integral e perfeita execução do objeto contratado.

Da Medição dos Serviços Previstos e Executados


Art. 218 A medição de serviços e obras representa a quantificação dos itens de serviços
previstos no planejamento e efetivamente realizados no correspondente período de sua
execução.
Art. 219 A medição de serviços e obras será baseada em documentos onde se encontram
registrados os levantamentos, as memórias de cálculos e os gráficos necessários à
discriminação e determinação das quantidades dos serviços efetivamente executados.
§1º A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na medição deverão
respeitar, rigorosamente, o planejamento executivo da obra, as planilhas de orçamento, ambos
anexos ao contrato, seguindo critérios estabelecidos para medição e faturamento.
§2º Constitui falta grave do fiscal, passível de sanções, a medição de serviços não executados.
Art. 220 Os documentos integrantes das medições de serviços, bem como seus critérios e
formulários, estão previstos no Manual de Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia,
anexo a este Regulamento.

Do Pagamento
Art. 221 Aprovada a correspondente medição, aquisição de bens ou prestação de serviços, o
seu pagamento deverá ser efetuado mediante a apresentação de Nota Fiscal Eletrônica –NSF-e
ou DANFE, atestado por 2 (dois) funcionários, que deverá conter o detalhamento dos serviços
executados, obras ou bens, discriminados na medição, aquisição ou serviços, tais como
número de contrato, mês de competência ou medição, material utilizado, número de empenho.
§ 1° A nota fiscal ou fatura deverá ser obrigatoriamente acompanhada de comprovação da
regularidade fiscal, que poderá ser comprovada por meio de consulta "on-line" ao sistema de
cadastramento ou, na impossibilidade de acesso ao referido sistema, mediante consulta aos
sítios eletrônicos oficiais.
§ 2° A retenção de crédito ou glosa no pagamento, sem prejuízo das demais sanções cabíveis,
poderá ocorrer quando o contratado:
I - não produzir os resultados, deixar de executar, ou não executar com a qualidade mínima
exigida as atividades contratadas;

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II - deixar de utilizar materiais e recursos humanos exigidos para a execução do serviço, ou
utilizá-los com qualidade ou quantidade inferior à demandada;
III- deixar de cumprir quaiquer obrigações contratuais acessórias, em especial as relativas as
obrigações trabalhistas e previdenciárias.
§ 3º Os pagamentos a serem efetuados em favor da contratada, quando couber, estarão
sujeitos à retenção, na fonte, dos seguintes tributos:
I - Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
- CSLL, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, e Contribuição
para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público -
PIS/PASEP, na forma dos artigos 30 a 34 da Lei Federal nº10.833/2003 e Instrução
Normativa RFB nº475, de 06/12/2004, ou outro dispositivo legais que vierem substituir ou
complementar os ora indicados;
II - Contribuição Previdenciária, correspondente a 11% (onze por cento), na forma da
Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, conforme determina a Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991, ou outros dispositivos legais que vierem substituir ou
complementar os ora indicados;
III - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, na forma da Lei Complementar
nº 116, de 31 de julho de 2003, combinada com a legislação municipal e/ou distrital, ou outros
dispositivos legais que vierem substituir ou complementar os ora indicados;
IV - demais tributos incidentes sobre o objeto da contratação.
Art. 222 O prazo de pagamento será fixado no respectivo instrumento convocatório e
contratual.

Da Inexecução e da Rescisão dos Contratos


Art. 223 A inexecução total ou parcial do contrato poderá ensejar a sua rescisão, com as
consequências cabíveis.
Art. 224 Constituem motivo para rescisão do contrato:
I - o descumprimento de obrigações contratuais;
II - a alteração da pessoa do contratado, mediante:
a) a subcontratação parcial do seu objeto, a cessão ou transferência, total ou parcial, a quando
não admitidas no instrumento convocatório e no contrato;
b) quando admitidas no instrumento convocatório e no contrato, a subcontratação parcial do
seu objeto, a cessão ou transferência, total ou parcial, a quem não atenda às condições de
habilitação e sem prévia autorização da EMOP.
b) a fusão, cisão, incorporação, ou associação do contratado com outrem, não admitidas no
instrumento convocatório e no contrato e sem prévia autorização da EMOP.
III - o desatendimento das determinações regulares do gestor ou fiscal do contrato;
IV - o cometimento reiterado de faltas durante a execução contratual;
V - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
VI - a decretação de falência ou a insolvência civil do contratado;

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VII - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da contratada, desde
que prejudique a execução do contrato;
VIII - razões de interesse da EMOP, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e
exaradas no processo administrativo;
IX - o atraso nos pagamentos devidos pela EMOP decorrentes de obras, serviços ou
fornecimentos, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade
pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de
optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
X - a não liberação, por parte da EMOP, de área, local ou objeto para execução de obra,
serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais;
XI - a ocorrência de caso fortuito, força maior ou fato do príncipe, regularmente comprovada,
impeditiva da execução do contrato;
XII - a não integralização da garantia de execução contratual no prazo estipulado;
XIII - o descumprimento da proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores
de 18 (dezoito) anos e de qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos;
XIV - o perecimento do objeto contratual, tornando impossível o prosseguimento da execução
da avença.
Parágrafo Único A prática de atos que constituam crimes no âmbito do procedimento
licitatório não conduzem à rescisão, uma vez que constituem motivos para anulação do
contrato.
Art. 225 Os atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, assim definidos na
Lei nº 12.846/2013, além de acarretarem responsabilização administrativa e judicial da pessoa
jurídica, implicarão na responsabilidade individual dos dirigentes das empresas contratadas e
dos administradores/gestores, enquanto autores, coautores ou partícipes do ato ilícito.
Art. 226 A rescisão do contrato poderá ser:
I - por ato unilateral e escrito por qualquer das partes;
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo de contratação, desde
que haja conveniência para a EMOP;
III - judicial, nos termos da legislação.
§ 1° - A rescisão por ato unilateral a que se refere o inciso I deste artigo deverá ser precedida
de comunicação escrita e fundamentada da parte interessada a ser enviada à outra parte,
observando-se os seguintes prazos:
a) antecedência mínima de 30 (trinta) dias, quando a rescisão unilateral for provocada pela
EMOP.
b) antecedência mínima de 90 (noventa) dias, quando a rescisão unilateral for provocada pelo
contratado.
§ 2° - Quando a rescisão ocorrer sem que haja culpa da outra parte, será esta ressarcida dos
prejuízos que houver sofrido, regularmente comprovados, e no caso do contratado terá este
ainda direito a:
I - devolução da garantia;
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;
III - pagamento do custo da desmobilização, quando for o caso.
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Art. 227 A rescisão por ato unilateral da EMOP acarreta as seguintes consequências, sem
prejuízo das sanções previstas neste Regulamento:
I - assunção imediata do objeto contratado pela EMOP, no estado e local em que se encontrar;
II - execução da garantia contratual para ressarcimento de eventuais prejuízos sofridos pela
EMOP;
III - na hipótese de insuficiência da garantia contratual, a retenção dos créditos decorrentes do
contrato até o limite dos prejuízos causados à EMOP.
Parágrafo Único Os casos de rescisão contratual unilateral devem ser formalmente
motivados nos autos do processo, devendo ser assegurado o contraditório e o direito de prévia
e ampla defesa.
Art. 228 Quando a rescisão ocorrer sem que haja culpa da outra parte contratante, será esta
ressarcida dos prejuízos que houver sofrido, devidamente comprovados, e no caso do
contratado terá este ainda direito a devolução da garantia, pagamentos devidos pela execução
do contrato até a data da rescisão e pagamento do custo da desmobilização.
Art. 229 Em todas as hipóteses de rescisão do contrato, o Diretor Presidente designará
comissão integrada por 3 (três) membros, a qual ficará incumbida de elaborar Laudo do qual
constará os eventuais débitos e créditos existentes entre a EMOP e contratada, juntando ao
mesmo os seguintes documentos:
a) relação de serviços executados, medidos e com condições de recebimento;
b) relação de serviços executados, medidos e sem condições de recebimento;
c) relação de serviços executados e não medidos;
d) relação de serviços não executados e não medidos.
Parágrafo Único Apurado o cumprimento das obrigações contratuais, e eventuais
pendências, de ambas as partes, será elaborado pela Assessoria Jurídica o Termo de Rescisão
Contratual.

Das penalidades aplicáveis aos contratados

Art. 230 O termo de contrato estabelecerá as seguintes penalidades aos contratados:


I – advertência, por escrito, sempre que ocorrerem pequenas irregularidades, assim entendidas
aquelas que não acarretem prejuízos significativos para a contratante;
II – multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.
a) moratória de até 0,03% por dia de atraso injustificado sobre o valor da parcela inadimplida,
considerando que, caso a obra, o serviço ou o fornecimento seja concluído dentro do prazo
inicialmente estabelecido no contrato, o valor da multa será devolvido após o recebimento
provisório;
b) moratória de até 0,03% por dia de atraso injustificado frente ao prazo final da obra, do
serviço ou do fornecimento calculado sobre o valor total da contratação, subtraindo os valores
já aplicados de multa nas parcelas anteriores;
c) compensatória de até 3%, calculado sobre o valor total da contratação pelo
descumprimento de cláusula contratual ou norma de legislação pertinente; pela execução em

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desacordo com as especificações constantes do edital e seus anexos; ou por agir com
negligência na execução do objeto contratado;
d) compensatória de até 5%, calculado sobre o valor total da contratação pela inexecução
parcial;
e) compensatória de até 10%, calculado sobre o valor total da contratação pela inexecução
total.
III – suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a
EMOP, pelo prazo de até 2 (dois) anos, observada a gravidade da irregularidade.
§ 1º As penalidades decorrentes de fatos diversos serão consideradas independentes entre si,
podendo ser aplicadas isoladamente ou, no caso das multas, cumulativamente, sem prejuízo
da cobrança de perdas e danos que venham a ser causados ao interesse público e da
possibilidade da rescisão contratual.
§ 2º A multa dobrará a cada caso de reincidência, não podendo ultrapassar a 20% (vinte por
cento) do valor do contrato.
§ 3º As multas deverão ser recolhidas no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação,
podendo a contratante descontá-la na sua totalidade da garantia, cabendo à contratada a
recomposição do valor original da garantia no prazo de 3 (três) dias úteis. Em caso de não
recomposição no prazo devido, o contratante deverá descontar dos pagamentos eventualmente
devidos ou, ainda, quando for o caso, cobrar judicialmente.
§ 4º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada ou se não puder ser
descontada desta, além da perda da garantia, responderá o contratado pela sua diferença, a
qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela contratante ou, ainda,
quando for o caso, cobrada judicialmente.
§ 5º A suspensão temporária poderá ensejar a rescisão imediata do contrato pelo Diretor
Presidente, desde que justificado com base na gravidade da infração.
§ 6º A sanção de suspensão leva à inclusão do licitante no Cadastro de Fornecedores
Impedidos de Licitar e Contratar com a EMOP.
§ 7º A sanção de suspensão poderá também ser aplicada às empresas ou aos profissionais que:
a) tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no
recolhimento de quaisquer tributos;
b) tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;
c) demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a EMOP em virtude de atos ilícitos
praticados.
§ 8° Os dados relativos às sanções aplicadas aos contratados serão informados ao cadastro de
empresas inidôneas de que trata o art. 23 da Lei nº. 12.846/2013 – Cadastro Nacional de
Empresas Inidôneas e Suspensas – CEIS.
Art. 231 Ao Fiscal do Contrato competirá a fiscalização do correto cumprimento da
execução/fornecimento do contrato, devendo emitir relatório circunstanciado sobre
irregularidades constatadas, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, juntando todos os documentos
que forem necessários para provar os fatos narrados, e remetê-lo ao Gestor do Contrato.

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Parágrafo Único A apuração das infrações cometidas pelos contratados constitui dever do
Fiscal e do Gestor do contrato, que não poderão se omitir, sob pena de responsabilização,
mediante o devido processo administrativo disciplinar.
Art. 232 O Gestor do Contrato deverá, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, encaminhar os
documentos ao Diretor da área para registro e devida autuação do processo, anexando ao
expediente cópia do edital, do termo de referência ou projeto básico/executivo, da ata de
registro de preços, se houver, do contrato e das ordens de compra/serviço, se for o caso.
Art. 233 Atendido o disposto no artigo anterior, o processo será devolvido ao Gestor do
Contrato, que deverá avaliar, justificadamente, respeitando os princípios da proporcionalidade
e da razoabilidade, as penalidades aplicáveis ao caso de acordo com o edital e demais
documentos atinentes ao caso.
Art. 234 Autuado o processo, o Gestor do Contrato notificará o contratado, através de carta
contendo a descrição sucinta dos fatos e as penalidades cabíveis, concedendo ao mesmo o
prazo de 10 (dez) dias úteis para apresentação de defesa prévia, contado a partir do
recebimento da carta.
§ 1º A carta encaminhada ao contratado conterá, na forma de anexo, cópia do relatório
circunstanciado emitido pelo Fiscal do Contrato e demais documentos pertinentes ao caso.
§ 2º No prazo para apresentação da defesa prévia, caso o contratado concorde com as
penalidades cabíveis, poderá optar em recolher a multa mencionada naquele documento,
encaminhando o comprovante de recolhimento para ser juntado ao processo.
Art. 235 As notificações ao contratado serão enviadas via Correios, com Aviso de
Recebimento, ou entregues ao contratado mediante recibo ou, em caso de mudança de
endereço ou recusa de recebimento, publicadas no Diário Oficial, quando, então, começará a
contar o prazo para manifestação.
§ 1º Todas as notificações deverão ser juntadas ao processo juntamente com o comprovante
de recebimento ou de publicação do Diário Oficial, se for o caso.
§ 2º As notificações deverão conter:
I - a identificação do contratado;
II - a sua finalidade;
III - o prazo e o local para manifestação do notificado;
IV - a continuidade do processo independentemente da manifestação do intimado, se for o
caso;
V - a indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes;
VI - a sanção a ser aplicada e sua gradação, se for o caso;
VII - a possibilidade e o procedimento a ser adotado pelo notificado, caso concorde com a
multa a ser aplicada, se for o caso, e queira cumpri-la.
§ 3º O procedimento para o recolhimento da multa deve ser verificado pelo gestor junto ao
Diretor da área.
Art. 236 Transcorrido o prazo para defesa prévia, com ou sem a apresentação desta, deverá o
gestor analisar o caso, manifestando-se sobre a defesa prévia apresentada, respeitando os
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, opinando pela penalidade aplicável ou o

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arquivamento do processo, caso sejam aceitas as justificativas apresentadas pelo contratado,
remetendo os autos ao Diretor da área para decisão final.
§ 1º Como providência prévia, o gestor poderá realizar diligências buscando esclarecimentos,
bem como solicitar auxílio a outros segmentos da estrutura organizacional da EMOP.
§ 2º Se o Diretor da área concluir pela aplicação da sanção de suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de contratar com a EMOP, deverá remeter o
processo ao Diretor Presidente para ratificação.
§ 3º As decisões proferidas pelo Diretor da área ou pelo Diretor Presidente que resultarem em
aplicação de sanção ao contratado, deverão ser publicadas em Diário Oficial.
Art. 237 A decisão será notificada ao contratado por meio de carta, concedendo-lhe o prazo
de 5 (cinco) dias úteis, a partir do seu recebimento, para interposição de recurso hierárquico.
Art. 238 Conhecido o recurso, será o mesmo dirigido à autoridade administrativa superior,
por intermédio da autoridade que emanou a decisão recorrida, sendo que este poderá
reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, encaminhá-
lo à autoridade administrativa superior, devidamente informado.
Art. 239 No julgamento do recurso, a decisão recorrida poderá ser confirmada, modificada,
anulada ou revogada, total ou parcialmente, devendo ser cientificado o recorrente para que
formule suas alegações antes da decisão, caso se vislumbre a possibilidade de agravamento da
penalidade.
Art. 240 A decisão final será publicada em Diário Oficial e subsequente comunicação ao
contratado da decisão final e dos procedimentos para o recolhimento da multa, se for o caso, e
comunicação ao órgão responsável pelo cadastro de fornecedores da penalidade imposta, se
houver.
Art. 241 Serão excluídos do Cadastro de Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar, a
qualquer tempo, contratados que demonstrarem a superação dos motivos que deram causa à
restrição contra eles promovida.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 242 Os processos administrativos, na vigência deste Regulamento, serão instaurados


mediante comunicação interna da área demandante ao setor de protocolo, o qual procederá a
sua abertura com capa padrão, numeração especifica, data e assunto.
Paragrafo Único Para a tramitação do processo administrativo na empresa, todas as folhas
dos autos deverão conter numeração em ordem crescente sequencial, devidamente datadas e
rubricadas com identificação do responsável.
Art. 243 Na contagem dos prazos estabelecidos neste Regulamento, excluir-se-á o dia do
início e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão dias úteis.
Parágrafo Único Os prazos se iniciam e vencem exclusivamente em dias úteis de expediente,
desconsiderando-se os feriados e recessos praticados pela EMOP, no âmbito de sua Sede,
localizada na cidade do Rio de Janeiro-RJ.

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Art. 244 Omissões e lacunas deste Regulamento serão objeto de análise pela Assessoria
Jurídica da EMOP mediante provocação, que deverá ser submetida à deliberação da Diretoria
e aprovação pelo Conselho de Administração da EMOP.
Art. 245 Fica estipulado o prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência do presente
Regulamento para que ocorram as adequações necessárias por parte de todos os segmentos da
estrutura organizacional da EMOP, sempre em consonância aos termos da lei.
Art. 246 Aplica-se este Regulamento, no que couber, aos acordos, ajustes e outros
instrumentos congêneres celebrados pela EMOP.
Art. 247 Para a contratação de obras, serviços ou fornecimento com recursos provenientes de
financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo
financeiro multilateral de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na respectiva
licitação, as condições decorrentes de acordos, protocolos, convenções ou tratados
internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem como as normas e procedimentos
daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa, o qual
poderá contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação, desde que por elas exigidos
para a obtenção do financiamento ou da doação, e que também não conflitem com o princípio
do julgamento objetivo e sejam objeto de despacho motivado da unidade executora do
contrato, despacho este ratificado pelo Conselho de Administração da EMOP.
Art. 248 Este Regulamento deverá ser publicado no sítio da internet mantido pela EMOP e no
Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e entrará em vigor a partir de sua publicação.
Art. 249 Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2018.

Paulo Alexandre Martins Reis


Diretor Presidente
ID 623600-6

DOERJ

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