Companheiro - Simbolismo Do Segundo Grau
Companheiro - Simbolismo Do Segundo Grau
Companheiro - Simbolismo Do Segundo Grau
Segundo Grau
'Jompanheiro
MADRAS
Rizzardo da Camino, que presen-
teia seus leitores com mais este
trabalho (no total de 50 livros
publicados, sendo 40 voltados a
Magonaria), e um dos nomes mais
respeitados na atualidade. Suas
obras abrangem as areas magonica,
espiritualista e juridica.
Gaucho da cidade de Garibaldi,
Camino foi bacharel em Jomalis-
mo e magistrado em Ciencias Ju-
ridicas pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, graduado
em 1945.
No mundo magonico, foi inicia-
do em 1946, na Loja Electra ng
21, da Grande Loja do Rio Gran 5
de do Sul.
MADRAS*
Rizzardo da Camino
Ex-Libris
SIMBOLISMO
do Segundo Grau
Companheiro
© 2021, Madras Editora Ltda.
Editor.
Wagner Veneziani Costa (in memoriam)
ProcluQao e Capa:
Equipe Tecnica Madras
Ilustraqdo Capa:
Mario Diniz
Revisdo:
Joao Ricardo Alves
Arlete Genari
•u
Dedico este livro a minha mae
Victoria Helena Canini da Camino.
Ao prezado Irmdo, amigo e confrade
Adauto Barreto da Silva Nen,
a homenagem do autor.
(Homenagem postuma)
Nota de Lembranqa
Na qualidade de esposa do saudoso Rizzardo da Camino, nao
posso deixar de fazer uma homenagem, pois no dia 14 de dezembro
de 2013 fez seis anos que perdemos o nosso querido Da Camino,
que leve o privilcgio de viver ate os 90 anos com sua mente pei leita,
sempre estudando e escrevendo, o que mais gostava de fazer!
Ficamos casados por 60 anos, os quais me deixam muitas
saudades.
Felizmente, estou acompanhada dos nossos tilhos, Eloisa,
Beatriz e Paulo - que e tambem maqom, agora da mais nova Loja,
a Percepqao n° 235, que foi criada em homenagem ao sen pai, o
que muito me felieito.
Da Camino foi magistrado atuando como Juiz de Direito em
varias cidades, onde sempre foi urn maqom dedicado; deixou mais
de 50 livros publicados nesses sens 60 anos de Maqonaria!
Muitos Irmaos nao o conheceram pessoalmente, somente
pel os sens livros, artigos, revistas e jomais maqonicos. Assim, deixo
aqui mens agradecimentos a todas as Lojas e Irmaos que sempre
foram presentes na vida de Da Camino.
Ten ho a incumbencia e a obrigaqao de agradecer,
principalmente, a Loja Fraternidade n° 100 do Rio de Janeiro/RJ,
a qual Da Camino pertenceu, pela sua grande gentileza para comigo!
A Madras Editora, meus sinceros agradecimentos por todos
esses anos editando e publicando os livros do men querido esposo!
E dificil, ainda, viver na ausencia do men esposo, restando
somente a imagem do Da Camino na memoria, mas tenho a certeza
de que ele certamente deva estar ao lado do Grande Arquiteto do
Universo!
Por fim, meus agradecimentos, conjuntamente com “nossos1
filhos, a todos os Irmaos que prestigiam o Da Camino lendo os
sens livros, os quais ajudam a resolver as duvidas, tomando todos
os homens mais “Justos e Perfeitos !
Com saudades,
Odeci Da Camino
iJnctiez
Prefacio........................................................... 11
Manoel Gomes................................................ 13
Apresentagao................................................... 15
Desenvolvimento do Ritual............................. 19
Os Cinco Sentidos...................................... 26
O Numero Cinco dentro da Numerologia .. 28
A Estrela de Cinco Pontas......................... 30
A Cinco Viagens do Grau.......................... 30
Os Cinco Degraus do Trono...................... 31
Sao Joao.......................................................... 35
Sao Joao da Escocia........................................ 44
Ritual de IniciaQao......................................... 70
Elevagao ao Grau de Companheiro macom 70
O "Delta Misterioso”...................................... 86
O Simbolismo das Cinco Viagens.................. 106
A Primeira Viagem...................................... 106
Os cinco sentidos........................................ 106
A Visao....................................................... 107
A Audigao................................................... 109
O Olfato...................................................... 110
O Paladar.................................................... 111
O Tato......................................................... 1 12
A Segunda Viagem....................................... 113
A Terceira Viagem........................................ 117
Gramatica.................................................... 118
Retorica....................................................... 118
Logica......................................................... 119
Aritmetica................................................... 121
Os Numeros........................................... 121
7
8 Simbolismo do Segunclo Gran
As Medidas..................... 122
Sistema Metrico Decimal 123
Geometria....................... 124
Musica............................. 124
Astronomia..................... 131
A Quarta Viagem.............. 132
Solon............................... 132
Socrates.......................... 133
Licurgo........................... 136
Pitagoras........................ 138
I. N. R. I.......................... 142
A Quinta Viagem............. 143
A Palavra Sagrada............... 148
A Palavra de Passe.............. 150
O Sinai do Gran.................. 155
As Colunas.......................... 160
AEstrela de Cinco Pontas.... 170
A Estrela Flamigera............. 173
A Letra “G”......................... 175
A Idade do Companheiro.... 178
O que e o pensamento?... 180
O que c a consciencia?.... 180
O que e a inteligencia?.... 181
O que e a vontade?......... 181
O que e liberdade?......... 182
O Avental no 2- Grau.......... 183
A Marcha do 2fi Grau.......... 189
As Pedras do 2° Grau.......... 193
O Alfabeto........................... 198
A Parabola dos Talentos...... 200
Os Oraculos......................... 206
As Instruqoes do 2g Grau.... 208
Primeira Instrugao.......... 209
Segunda Instmgao.......... 214
Terceira Instrugao.......... 238
Orador....................... 241
Indice 9
11
12 Simbolismo do Segundo Gran
13
14 Simholisino do Segundo Gum
15
16 Simbolismo do Segumlo Grau
2. Phisis, em grego
18 Simbolismo do Segmdo Gran
OS CINCO SENTIDOS
Partindo do cerebro, por meio de nervos motores, o corpo hu-
mano estabelece relagoes com o mundo externo.
“Sentir”, raiz da palavra “sentido”, diz respeito, tambem, a parte
“espiritual” do homem; os “sentidos" comuns partem do cerebro,
lM
28 Simbolismo do Seginulo Gnta
13. Bastao oco. onde Prometeu escondeu o fogo furtado dos deuses, quando pas-
seava pelos Ceus no carro do Sol (Mitologia).
Desenvolvimento do Ritual 33
16. Nas Grandes Lojas quem abre o Livro da lei e o Past-Maste; no Grande Oriente,
e o Orador.
17. Grande Oriente do Brasil. Seminario Geral de M.. M.. 1966.
18. Versao de Huberto Rohden.
<S>ao ^J.oao
35
36 Simbolismo do Segumio Gran
44
Sdo Jodo da Escocia 45
*
Considerando que a Maqonaria criou, em tomo do nome de
Sao Joao, uma serie de crengas e festividades, e de todo convenien-
te e util uma digressao mais profunda, face a grande confusao que
existe e, tambem, omissao resultante da escassez de obras sobre tao
palpitante assunto.
46 Simbolisnu) do Segundo Gran
*
Concluida a cerimonia da abertura, todos os obreiros em sens
lugares, o Veneravel Mestre solicita ao Secretario que de leitura ao
“balaustre” dos ultimos trabalhos, on seja, da reuniao anterior.
O vocabulo “BALAUSTRE” vem de um adorno colocado no
capitel da coluna jonica.
E, portanto, uma linguagem arquitetonica que significa “ata”,
ou seja, o resumo registrado em livro dos trabalhos da reuniao.
A “ata”, ou “balaustre”, diz respeito ao historico da Loja, pois
nao tern outro significado senao o de registrar para a posteridade o
56 Simbolismo do Segwuio Gran
*
Finda a fase administrativa ou economica, o Veneravel Mestre
determina o encerramento dos trabalhos, que sera sempre da forma
liturgica.
O ritual preve o encerramento que se desenvolve quase com as
mesmas palavras da abertura.
Os Vigilantes repetem o anuncio de encerramento; os Diaconos
repetem a sua posigao.
Apenas e alterada a palavra do Primeiro Vigilante, que diz ter
sua posigao no Ocidente, para fechar a Loja.
O Veneravel Mestre pergunta se os obreiros estao satisfeitos, e eles
respondem, batendo a mao direita sobre o avental, de forma unissona,
mantendo-se sentados.2'
21. Esta passagem ritualistica inexiste nas Lojas do Grande Oriente do Brasil.
Sdo Jocio da Escocia 57
Por sua vez, o obreiro, ao hater com sua mao direita sobre o
avental, devera deixa-la por instantes, antes de conduzi-la ao joelho,
restabelecendo a “postura” anterior.
Esse lapso de tempo significa que a “satisfaQao” nao e momen-
tanea, fugaz e ligeira, mas duradoura.
Qual a idade do Companheiro magom?
todos sabemos, porem, sobre ela teceremos, oportunamente,
algumas considera^oes.23
Em que consiste a “satisfa^ao" do obreiro? E a concordancia
com o “salario” distribuido.
O proprio vocabulo obreiro, conduz a percep^ao de urn salario,
pois o “trabalhador faz jus ao seu salario”, sao palavras evangelicas.
Qual o salario distribuido? Evidentemente, e o lucro que o
obreiro teve, apos a dedica(;ao, o esforQO e o interesse demonstrado,
entregando “alguma coisa”.
O obreiro, para merecer urn salario, devera produzir e apresentar
um resultado positive.
Assim, surge uma troca: o obreiro recebe o salario apos o tra-
balho. Podera nao ficar satisfeito e tera todo o direito de reclama^ao,
assim como, hoje, as leis sociais admitem e garantem o direito da
reclamaqao.
Reclamar nao e insurgir-se, e um direito. Assim, o obreiro, antes
de “passar o recibo”, tera a oportunidade de manifestar-se, eis que
Ihe e oferecida a palavra durante duas oportunidades; em resumo, a
MaQonaria incentiva a comunicagao.
A parte maior de um “trabalho” dentro da Loja, afora as “pos-
tnras” e o cerimonial, a apresentagao de “pe^as de arquitetura”, a
contribui^ao de seu obolo, sera, evidentemente, o trabalho mental,
a permuta psiquica, a troca espiritual.
A soma dos esforgos mentals, o desejo de aceitar a presenga
do Irmao, a benquerenga, a tolerancia. enfim, a sintonizaqao perfeita
das personalidades merecem. inquestionavelmente, o salario, porque
o obreiro, mormente o Companheiro, esta “construindo , ainda, o
templo, em sua fase mais bela, a dos adomos.
28. Vide obra do mesmo autor deste livro: Principe Rosa-Cruz e sens Misterios
(Madras Editora).
dz fJniciafdo
ELEVAQAO AO GRAU
DE COMPANHEIRO MAQOM
A iniciaQao e o prosseguimento do Ritual de abertura dos tra-
balhos do Grau de Companheiro.
A iniciagao faz parte da Ordem do Dia. Os trabalhos comuns
sao suspenses e o Veneravel Mestre solicita ao Mestre de Cerimonias
que informe se ha visitantes na Sala dos Passos Perdidos, que desejam
assistir a cerimonia da iniciagao.24
O ingresso dos visitantes, que, obviamente, deverao ser Compa-
nheiros magons, ou possuidores de Grans superiores, obedece a certos
preceitos; os visitantes sao introduzidos e colocados entre Colunas;
fazem a saudagao de praxe e sao submetidos a "trolha , ou seja, sao
interrogados sobre os aspectos da iniciagao.
Alguns autores denominam o interrogatorio de “catecismo
ele e procedido encontrando-se o visitante entre Colunas e serve nao
apenas para identificar o visitante, mas tambem como instrugao para
os presentes.
Introduzidos os visitantes, o Veneravel Mestre ordena ao Ex-
perto que prepare o Candidate e faga-o penetrar no templo.
E pela mao do Experto, tambem no 2y Grau, que o Candidate e
elevado; o Experto e intercessor, guia e fiador do Candidate; escla-
rece-lhe o que deve fazer e o conduz ate a parte final da cerimonia;
o Experto representa o pessoa de Jesus, dentro, evidentemente, das
29. Atualmente, e praxe os visitantes entrarem "em familia”, juntos com os Innaos
do Quadro.
70
Ritual de Inicia^ao 71
86
O "Della Misterioso " 87
38. Ritual da Grande Loja do Rio Grande do Sul. Nos rituais das Grandes Lojas e
do Grande Oriente do Brasil, realmente a frase e outra.
O "Delta Misterioso " 95
* *
42. Esse texto sofre variances de acordo com a Potencia magonica em questao; sua
essencia, porem. permanece inalterada.
(D ^imljotifimo
dafL dinco £/21
J~)rLLmzLria Q/iacjsm
<
OS CINCO SENTIDOS
0 corpo humano, por meio do cerebro, estabelece um rela-cio-
namento perfeito com o mundo exterior.
E o mundo da percepgao pelos cinco sentidos “convencionais”.
A percep^ao com o Universe exterior, no sen aspecto “espiri-
tual”, e estabelecida tambem pelos mesmos cinco sentidos, mas com
fungdes esotericas.
“A alma vivente difere, em muito, do espirito vivificante”.
Contudo, nessa fase, preocupamo-nos mais em conhecer como
se estabelece a comunicagao entre o homem e o mundo exterior.
A comunicagao e a razao do viver; o homem isolado, encar-
cerado, tendo perdido os seus sentidos, aproxima-se muito do ser
inanimado; e a defmigao da morte; seria uma vida vegetativa.
Os agentes executives do cerebro sao os nervos motores; os
nervos sensitives sao as sentinelas que transmitem os “avisos” sobre
tudo o que ocorre de interesse ao organismo humano. para que o
cerebro decida o que Ihe convent executar.
Para que os nervos sensitives possam perceber as impressoes,
necessitam de aparelhos organicos, que constituent os cinco sentidos,
aos quais, vulgarmente denominamos “As janelas da alma”.
106
O Siinboli.smo das Cinco Viagens 107
A VISAO
E o sentido por meio qual apreciamos ou percebemos a forma,
volume e cor das coisas; seus orgaos sao os olhos.
O globo ocular tern a forma quase esferica, e encontra-se alo-
jado na orbita do cranio, sendo composto de membranas, elementos
transparentes e partes acessorias.43
As principals membranas do olho sao: a esclerotica ou cornea
opaca, a coroide e a retina.
A esclerotica apresenta-se dura e opaca, com excegao em sua
parte anterior denominada de cornea transparente, por onde penetram
no olho os raios de luz.
A coroide e de coloragao negra e envolve a parte interna da
esclerotica.
A retina reveste intemamente a coroide na sua parte posterior;
e uma membrana esbranquigada, nervosa, formada pela expansao
do nervo otico.
Na parte de tras da cornea transparente, encontra-se a iris, um
prolongamento da coroide, de aspecto circular e de varias cores; parte
do azul-claro, com suas nuangas, ate o marrom escuro.
A AUDigAO
Ouvido e urn conjunto de orgaos capazes da fazer perceber as
vibraqoes que produzem os sons. E composto de duas partes: a ex
terna, constituida pelo pavilhao da orelha e canal auditive externo.
O pavilhao da orelha, em forma de concha, apresenta sinuosidades e
saliencias que diferem entre os individuos. O canal auditive externo
finda na parte externa do timpano.
A parte interna contem as extremidades do nerve auditive: um
conjunto de pequenos ossos (ossiculos).
Entre a parte externa e a interna ha uma cavidade cheia de ar,
denominada de ouvido medio. E composta da caixa do timpano, especie
de tambor com as duas bases um tanto deprimidas; comunica-se pela
trompa de Eustaquio com a faringe.
Na parte interna dessa caixa, encontra-se a cadeia dos ossiculos:
martelo, bigoma e estribo.
110 Simbolismo do Segundo Gran
O OLFATO
E o sentido por meio do qual o cerebro registra os odores. O
sen orgao e o nariz, que e constituido de duas cavidades, as tossas
nasais, revestidas por uma membrana mucosa, a pituitaria, onde se
localiza a sensagao do olfato.
Existe outro conduto que comunica com o lago lacrimal do olho,
e um Segundo canal, que conduz a faringe.
O nervo olfatico ramifica-se em toda membrana pituitaria.
As emanagoes penetram, por meio das fossas nasais, onde a
pituitaria as retem, para transmitir as sensagoes pelo conduto ao nervo
olfatorio, que se encarrega de conduzi-las ao cerebro.
A membrana mucosa recebe o liquido dos lacrimais, segrega-o
e serve para retcr as impurezas contidas nas emanagoes recebidas,
evitando que penetrem pelo conduto ate a faringe e dali aos pulmoes.
O orgao do olfato, que e o nariz, evidentemente possui outra
fungao, a da respiragao; ambas as fungoes sao distintas, mas, sem
aspirar o ar, a pituitaria nao receberia as emanagoes odorificas.
O olfato e uma das fungoes mais simples, eis que sao raras as
enfermidades ou os defeitos; apenas o catarro, proveniente de estados
gripais, e que ocasiona temporariamente a perda do olfato.
O olfato tern estreita ligagao com o paladar, uma vez que pode
despertar o apetite, assim como o faz a visao.
O Simbolismo das Cinco Viagens 111
O PALADAR
O paladar e o sentido por meio do qual percebemos e distingui-
mos os sabores dos corpos.
O seu orgao e formado pela lingua, pelos labios e papilas.
A lingua e de constituigao muscular, coberta por uma membrana
mucosa; sua grande mobilidade deve-se a infinidade de fibras que se
entrelagam na sua espessura.
A face superior desse orgao encontra-se coberta por pequenas
proeminencias, que se denominam papilas, nas quais terminam os
nervos gustativos, cujo objetivo e conduzir ate o cerebro a sensagao
dos sabores.
As papilas tern dupla fungao: as tateis e as gustativas; estas
ultimas sao as que distinguem os sabores das coisas e sao as que
transmitem ao cerebro as sensagoes do paladar.
As glandulas salivares sao despertadas, e os liquidos que
desprendem acentuam os sabores, dando as papilas gustativas mais
facilidade em seu trabalho.
As papilas tateis sentem imediatamente a presenga dos corpos
estranhos dentro da boca.
Os labios, o palato, as partes internas da boca, em seu conjunto,
formam o orgao do paladar.
Como dissemos anterionnente, o olfato tern estreito relaciona-
mento com o paladar, assim como a visao.
112 Simbolismo do Segundo Gran
OTATO
Assim como a visao, o tato c um dos principais sentidos do
corpo humane.
Perde-se o tato por meio da paralisia total dos membros, on por
efeito de anestesia.
O tato possui dois meios sensitives: a sensibilidade tatil e as
sensa^des da dor.
Com a anestesia, a dor desaparece, porem, se for, apenas
local, a sensagao do tato permanece; uma interven^ao cirurgica,
como, por exemplo, a extra^ao de um dente, e feita sem dor, porem,
o organismo humano acompanha, por meio do tato, todos os toques
que Ihe sao feitos.
A sensa^ao do peso dos objetos que nossos musculos erguem
e percebida pelo tato.
E por intermedio do tato que percebemos a consistencia dos
objetos, sua aspereza, textura, temperatura, forma, dimensao, etc.
A pele e o orgao geral do tato, porem a parte mais sensivel e
sentida pelas maos que, em virtude de sua forma anatomica, pode
amoldar-se aos objetos, mesmo que possuam dimensoes minimas.
A pele de todo o corpo humano e constituida de dims partes: a
epidemic, ou parte externa e a derme, ou parte interna.
A epidenne, epidenna, ou “capa cornea” e formada por celulas
“mortas” que se desprendem paulatinamente do corpo, sendo ime-
diatamente substituidas por outras novas.
A epiderme ou epidenna contem uma granula9ao de materia
corante, ou pigmento; e a que da a colora9ao a pele, a qual varia de
acordo com as raqas, a maior ou menor distribui9ao de pigmentos.
A derme apresenta, em sua parte superior, muitas asperezas ou
relevos, denominados "papilas”, sob as quais existem numerosos
vasos sanguineos que contem as terminais nervosas denominadas
“corpusculos do tato”.
As glandulas sudoriferas e sebaceas sao orgaos que tambem se
encontram na derme. As sebaceas sao mais abundantes em pessoas
obesas.
Em certas partes do corpo humano crescem unhas e pelos,
constituidos por uma substancia cornea.
O Simbolismo das Cinco Viagens 113
sm
A Segunda Viagem e dedicada a arte da Arquitetura, base
simbolica da Magonaria, pois alem de considerar a arte de construir
principio operative, considera um conjunto arquitetonico a formagao
da personalidade Humana, incluindo o sen carater aspecto moral,
intelectual e, essencialmente, o espiritual.
A historia da Magonaria e calcada na construgao dos sens tem-
plos e monumentos, e a arte, ciosamente transmitida de pai para filho
atraves dos seculos.
Onde surgir um resquieio arqueologico, pode-se afirmar com
seguranga que ali a Magonaria esteve presente.
Dentro das nossas Lojas, tambem denominadas de Oficinas. Os
simbolos instrumentais evocam a presenga da arte de construir, hoje
denominada de Arquitetura, mas anterionnente sem denominagao
especifica.
O vocabulo Arquitetura deriva do latim: Architecture, a arte de
projetar e construir obras, edificios, monumentos, etc.
1 14 Simbolismo do Segundo Grau
GRAMATICA
A arte de falar e escrever corretamente, no mundo modemo,
quando ha necessidade para a sobrevivencia de emprestar vital im-
portancia a comunicagao, o homem necessita saber esgrimir com
facilidade a palavra e a pena.
Saber usar a palavra certa no momento exato; saber transmitir a
sua mensagem e tambem saber entender as ligoes dos sabios. A Filo-
logia, que e a ciencia que estuda a composigao da palavra, constitui
meio caminho andado para o curso de filosofia.
A palavra e o “motor" que impulsiona a cultura fraternal; ela
deve ser cuidadosamente estudada, para a interpretagao perfeita dos
simbolos.
118 Simbolismu do Segundo Gran
RETORICA
E a arte paralela a Gramatica, pois e um conjunto de regras da
oratoria para conseguir que o discurso seja persuasive, eloquente,
elegante e comunicativo.
A eloquencia e a arte do “falar bem”, inata em alguns e cultivada
em outros; pode ser o resultado de estudo, transformando-se em algo
artistico, como tambem pode resultar de um dom natural.
O Orador e o poeta nao sao “fabricados”; nascem assim. Conhe-
cem-se os “inspirados” quando improvisam, e o podem fazer, sim-
plesmente em discurso, ou versejando, pela palavra ou por canticos.
Os “menestreis”, os “trovadores” da Renascenqa, ou os nossos
“repentistas” do sertao ou dos pampas, sao exemplos comuns.
Porem, a dedicagao ao estudo supre a falta do dom; teremos o
Orador precise, eloquente, capaz e que pode, perfeitamente, transmitir
a sua mensagem.
A Magonaria tern peculiar interesse nao no genio, mas naquele
que necessita de cuidados e auxilios para o seu desenvolvimento e
evolugao.
Dentro das Lojas, que sao “oficinas de retorica”, todos, indistin-
tamente, sendo humildes, aprendem a falar em publico e expressar-se
com acerto.
O Simbolismo das Cinco Viagens 119
LOGICA
O raciocinio tern ligaqoes intimas com a meditaqao; no entanto,
a soluqao ou o resultado devera ter bases na Logica, que os antigos
maqons consideravam Arte, e hoje e exclusivamente Ciencia.
A Logica sustenta as leis da filosofia e ensina o Companheiro
a ser reto, justo, leal, compreensivo e tolerante.
Urn raciocinio logico nao e agao de qualquer pessoa; as con-
clusoes da razao devem provir de uma mente treinada e tranquila,
ponderada e reflexiva.
Trata-se da ciencia da vida, ajustada pelo raciocinio, dando a
palavra o verdadeiro sentido e o equilibrio social.
120 Simbolismo do Segundo Grcni
ARITMETICA
A arte de calcular chama-se Aritmetica, uma Ciencia exata. E
imprescindivel para um Mestre Magom o conhecimento dessa arte;
seu estudo, obviamente, come9a no 1- Grau; e no 2° Grau adquire
conhecimentos quase totals.
A aite de calcular e de origem arabe, e os numeros usados hoje
nos foram legados pelos sabios arabes.
Algebra, Matematica e ciencias correlatas, todas constituem a
Aritmetica.
A Algebra se apresenta muito mais abreviada, e tern aplicagoes
nos calculos superiores.
A Aritmetica simboliza um atributo do Companheiro, por-
que Ihe ensina a multiplicar a sua benevolencia e sua sabedoria
dedicadas aos sens Irmaos, considerando toda recompensa como
uma cifra aritmetica, posto que esteja resgatando uma divida para
consigo mesmo ao realizar a boa 3930.
OS NUMEROS
Com o nascimento do comercio e a necessidade de se registrar
os objetos das trocas, e com o progresso sobre o conhecimento do
tempo, motivado pelo avan90 da Astronomia, o homem obrigou-se
a classificar as coisas no tempo e no espa90.
Encontrada, posteriormente, a 00930 de “quantidade”, passou-se a
subdivisao, e assim, chegou-se ao conhecimento da “unidade”.
Nasceu, assim, a ciencia dos numeros, ou Aritmetica. Os pri-
meiros calculos eram feitos com os dedos de uma mao, ou sistema
“pentanumeral”, convertido, mais tarde, em “decimal”.
Entre varios sistemas, o mais pratico foi o dos romanos, enquan-
to os gregos, hindus e arabes contribuiram com grande parcela para
0 desenvolvimento dessa ciencia.
m
122 Simbolismo do Segundo Grau
AS MEDIDAS
Medir uma “quantidade” corresponde a encontrar um numero,
indicando as vezes que uma determinada unidade dc medida esteja
contida na citada quantidade.
O problema da medida nasceu com o homem; levou muito tempo
ate se chegar ao conceit© de largura e comprimento.
O problema surgiu no antigo Egito, quando necessitavam redis-
tribuir as terras apos cada inundagao das aguas do Nilo.
As extensoes eram calculadas pela quantidade de terras aradas
por uma junta de bois em um dia de trabalho.
Foram os egipcios que estabeleceram as medidas do “covado”,
“pal mo” e “dedo”.
Os romanos adotaram, como medida, o “pe”, devido as mar-
chas de suas famosas legioes, derivando. mais tarde, para gradus
m
9
«
O Simbolismo das Cinco Viugens 123
GEOMETRIA
A Geometria tem ligagao muito estreita com a Aritmetica, pois
surge por intermedio das joias depositadas no altar: “compasso c
esquadro”, auxiliadas pela “regua”.
A Geometria fomece a Matematica os numeros, como vimos
no estudo anterior, e ela 6 responsavel pela construgao de toda obra
edificada.
Nao ha um simbolo, seja Lima coluna, on um avental, uma
estrela ou outro qualquer que dispense, para a sua criagao, o tragado
geometrico; e e tamanha a importancia dessa ciencia-arte, que o ma-
gom denomina no 2" Grau, o Grande Arquiteto do Universo, como o
Grande Geometra, analisando, com profundidade, a letra “G”.
Os angulos, triangulos, poligonos e circunferencias, ponto, retas
e curvas sao os elementos componentes da Geometria.
MUSICA
A Musica tem a SLia definigao convencional, por exemplo: “A
arte de produzir e de combinar os sons de um modo tao agradavel ao
ouvido, que as suas modulagoes comovam a alma”.
Sem duvida, uma definigao poetica, contudo devemos partir dos
sons naturals que nos chegam, sem que a mao Humana interfira na
sua produgao, como o som que produz o vento entre as folhagens, o
bater do coragao. ou o eco dos trovoes.
A origem do vocabulo provem de musa, porque teriam sido as
musas a inventarem a arte musical; outros Ihe dao origem egipcia.
De qualquer forma, a Musica e uma das primeiras artes que o homem
cultivou; a noticia nos vein das inscrigoes dos antigos monumentos
que afirmam ter existido entre os povos, sejam barbaros, embrutecidos
selvagens. ou ao contrario, ja civilizados. O canto e a Musica tem as
suas origens nas manifestagoes religiosas e belicas.
Os maiores sucessos historicos tem sido transmitidos por meio
de poemas, o que comprova que a musica vocal teve inicio antes da
instrumental.
A origem dos sons pertence a natureza, mas a do canto, o homem
a encontrou na voz dos passaros.
0 Siinbo/ismo das Cinco Viagens 125
ASTRONOMIA
As Lojas possuem entre os sens simbolos muitos astros: o sol,
varias estrelas, enfim, a propria abobada celeste, sem, contudo, deter-
se no estudo dessa ciencia.
O Rito Escoces Antigo e Aceito nao se preocupa com dois
aspectos: os mares e oceanos e o espaqo.
Entre os antigos sabios e astronomos, encontramos excelsos
maqons; as suas descobertas foram fruto de observagao, usando
instrumentos primaries.
SOLON
Um dos primeiros legisladores de Atenas, considerado um dos
sete sabios da Grccia.
Nasceu em Salamina no ano 640-558 a.C. Elevou o espirito
nacional dos atenienses; diminuiu os impostos dos cidadaos pobres
O Simbolismo das Cincu Viagens 133
SOCRATES
Nasceu Socrates em 470 a.C. em Atenas, filho de Sofronico,
urn escultor, e de Fenareta.
Nos primeiros anos, Socrates aprendeu a arte do pai e, enquanto
esculpia, meditava e estudava; por meio da reflexao pessoal, buscava
na elite de Atenas o conhecimento filosofico da epoca.
Seu casamento com Xantipa em nada alterou o sen modo de vida.
Ingressou na politica, tornando-se funcionario publico e niagis-
trado, mantendo-se, porem, rigido em seu modo de pensar; foi soldado
valoroso e a politica nao conseguiu deturpar a sua formaqao, o seu
temperamento critico; servia a patria, vivendo justamente e formando
cidadaos sabios, honestos e temperados, divergindo nisso dos sofistas,
que agiam para o proprio proveito.
O seu modo rigido de vida criou-lhe inimizades e descontenta-
mento gerai, hostilidade popular.
Com aparencia de chefe de uma aristocracia intelectual, teve
contra si acusaqoes serias partidas de Mileto, Anito e Licon, de cor-
romper a mocidade e negar os deuses da patria introduzindo outros.
Sua defesa foi fragil, preferindo o juizo eterno da razao.
Foi condenado a pena capital; deram-lhe de beber cicuta, uma
infusao de ervas venenosas.
A caracteristica de sua Filosofia e a introspecqao e exprime-se
no celebre lema: “conhece-te a ti mesmo”, isto e, “torna-te consciente
de tua ignorancia”, como sendo o apice da sabedoria, que e o desejo
da ciencia mediante a virtude.
Socrates nao deixou nada escrito; foram os seus discipulos
Xenofonte e Platao os responsaveis pelo registro dos ensinamentos
e da biografia do grande mestre.
134 Simholismo do Segimdo Gran
LICURGO
Filho de Eunomo, rei de Esparta, nasceu no ano de 868 a.C. e
foi legislador de Lacedemonia. Morto sen innao Polidecto, no ano
898 a.C. foi proclamado rei por faltar descendencia a Polidecto, eis
que se ignorava se a rainha viuva estaria on nao gravida.
A primeira proclamaqao de Licurgo foi que se a rainha desse a
luz um sucessor da coroa de sen irmao, ele seria o primeiro a reconhe-
ce-lo, jurando que entao reinaria apenas como tutor do futuro principe.
A rainha, contudo, propos a Licurgo que se casaria corn ele e
evitaria o nascimento do filho, proposta que Licurgo repeliu, e quando
nasceu o herdeiro, tomou-o nos braqos e o apresentou ao povo e aos
magistrados, dizendo: “Este e o rei que nos nasceu”.
A alegria que esse homem extraordinario demonstrou por um
acontecimento que Ihe iria privar do trono, sua conduta, suas virtudes
e sua sabedoria com que soube administrar Esparta, granjearam-lhe
o amor e o respeito dos sens concidadaos.
Porem, a rainha nao perdoara ter sido repelida por Licurgo,
passando a fomentar intrigas entre os grandes do Estado e entre sens
parentes, a ponto de conseguirem desgostar o rei, que abandonou sua
patria, refugiando-se em Creta.
Em Creta, travou intima amizade com Tales, aprofundando os
seus conhecimentos.
Ultimou sen projeto de uma legislaqao aperfeigoada, tendo em
vista as diversidades de govemos e costumes, percorrendo, para tanto,
toda a Costa da Asia.
So encontrou leis e almas sem vigor.
Os cretenses, com um regime simples e severe, eram felizes;
os ionios, que presumiam possuir a mesma felicidade, na realidade
eram infelizes, escravos dos prazeres e da licenciosidade.
Enquanto Licurgo percorria as mais longinquas regioes, estudando'
as obras dos legisladores ao recolher as suas sementes preciosas, os
lacedemonios, cansados de softer os desacertos dos seus governantes
e desejosos de por fim as funestas divisoes que tanto os enfraqueciam,
enviaram varios mensageiros para rogar a Licurgo que retomasse e
assumisse o poder.
O Simbolismo das Cinco Viagens 137
PITAGORAS
Pitagoras, o fundador da Escola Pitagorica, nasceu em Samos
pelos anos 571-70 a.C.
Em 532-31 foi para a Italia, na magna Grecia, e fundou em
Crotona, colonia grega, uma associagao cientifico-etico-politica, que
O Simbolismo das Cinco Viagens 139
I. N. R. I.
Sao as iniciais misteriosas que encerram o “segredo” da Palavra
Sagrada dos Cavaleiros Rosa-Cruz, palavra que nao se pronuncia;
serve para inquirir, por meio de um questionario, o verdadeiro Ro-
sa-Cruz, que assim sabe encontrar por duas vezes a Palavra Sagrada
que solicita.
Essas quatro letras, em lingua hebraica, sao as iniciais do nome
dos quatro elementos primitives, conhecidos na antiga fisica.
Ha confusoes em torno da inscrigao I.N.R.I., atribuida, exclu-
sivamente, a frase resumida colocada no cimo da cruz onde Jesus
foi sacrificado.
Essas quatro letras eram conhecidas pelos antigos filosofos,
que tinham arrancado da natureza os seus segredos, dizendo que a
natureza se renova em sen proprio seio.
Essa doutrina de renovagao tern sido sempre a doutrina mago-
mca.
Os antigos Rosa-Cruzes formavam os seguintes aforismas:
Quinta Q/iagzm
De tudo o que foi dito sobre a quinta e ultima Viagem, pinqa-se
um aspecto relevante que diz respeito a liberdade.
A liberdade tanto pode ser um elemento da propria natureza,
como condiqao intrinseca do homem, ou um estado emocional.
Ele tern tido os seus mementos de evoluqao e os seus conceitos
ampliam-se, alteram-se ou modificam-se. O conceito de liberdade de
mil anos atras, evidentemente, nao era o mesmo de hoje.
Todos os pensadores, os grandes homens, os filosofos, os sabios,
os grandes condutores de homens, tern definido liberdade de multiplas
formas, contudo, todos mantiveram um denominador comum: a liberdade,
para o homem, esta na dependencia de sua propria vontade.
Liberdade, conceituada quanto a livre locomoqao, pertence ao
campo politico e social.
As Constitutes dos paises destacam a importancia dessa
liberdade.
A Maqonaria tern lutado para manter a liberdade no mundo, e
isso vein comprovado na fase historica da Maqonaria.
A luta pela liberdade e um sentimento inato no homem e nao
dependera da Maqonaria mante-la, inspira-la ou cultiva-la.
Outras Institutes, que nao a maqonica, tern em seus programas,
tambem esse proposito, de modo que, para a Maqonaria nao e uma
questao filosofica.
No Brasil, a luta para que cada Loja possua a sua biblioteca para
propiciar aos sens membros facilidades de estudo tem sido ingloria;
os proprios autores de literatura magonica sao escassos; estamos na
dependencia dos autores estrangeiros e sem possibilidades de termos
obras traduzidas.
O objetivo primordial do Companheiro e o estudo da Ciencia;
ciencia diz respeito ao estudo de todos os ramos do conhecimento
humano, sem segredos, com abertura e disposi^ao humilde de
aprender.
Seria ridiculo pretendermos que a Ma^onaria atual distribuisse
conhecimentos cientificos aos sens membros, face a existencia de
escolas e Universidades em numero suficiente para que todos encon-
trem o que aspiram ou necessitam.
Tambem as livrarias estao superlotadas com livros de todos os
gostos e matizes, tecnicos e praticos.
Por isso, a Ma^onaria dedica-se ao estudo de apenas “alguns
aspectos” cientificos, sobre assuntos que interessam a formagao social,
moral e espiritual do homem.
O coroamento desse estudo, portanto, e a libertagao da mente
Humana em busca de seu “eterno refugio”, o Grande Arquiteto do
Universe.
^ £Pa/:auza zada
148
A Palcivra Sagrada 149
150
A Palavra de Passe 151
Essa palavra foi adotada pela Masonaria, tanto pela sua origem
historica, como pelo sen significado.
Apesar de sua origem hebraica, a forma de grafia difere um
pouco entre os masons de varias nacionalidades.
Nas Escrituras Sagradas, a versao brasileira vem escrita como
“chibolete”; originariamente, deveria ser escrita: schibboleth\ ha
outras formas: shibbolet, chibolett, shibolet, cibolet, etc.
O valor da palavra e a sua pronuncia e nao a forma de escreve-la,
pois em certas linguas, como o italiano, o “CH” e pronunciado como “Q ,
a palavra seria “quibolef, o que desnaturaria a sua fungao.
A Palavra da Passe e pronunciada com um “chiado”, enquanto
a que pronunciavam os efraimitas era sibilada.
Para a Magonaria, agora, apenas importa a pronuncia hebraica,
ou seja, “chiada”, pois a sua forma incorreta nao tern mais razao de ser.
Para a Magonaria, o valor da Palavra de Passe e o seu signifi
cado simbolico.
Em hebraico significa “espiga de trigo” e tambem, “corrente
de agua”.
“Numerosos como a espiga de trigo”, no sentido de “uniao ,
como simboliza a roma.
A Palavra de Passe representa o Reino Vegetal.
O trigo sempre foi considerado um grao sagrado, indispensavel
a vida humana; o pao quotidiano, tornado por Jesus Cristo como
simbolo da sua propria came.
No que diz respeito a “corrente de agua”, seu Simbolismo toi
tornado por ser a agua um dos principais elementos da natureza,
indispensavel a vida.
O trigo vale pela sua madureza; estara pronto para servir de
alimento quando os sens graos estiverem secos e puderem fornecer
a farinha.
O trigo tern relagao intima com os Misterios de Eleusis; em
grego stachys, tern como raiz o elemento “sta”, que se pode traduzir
por “estar”; a espiga de trigo vem colocada como “a que esta”, ou
“estacionada”, que equivale dizer sazonada, amadurecida, atingindo
a posigao que alcangou apos passar o ciclo evolutive natural.
152 Simkolismo do Segumlo Gran
155
156 Simbolismo do Segundo Gran
160
As Colunas 161
A estrela, por ser um astro, on seja, urn corpo celeste com luz
propria, sempre foi a “quintessencia” do misterio; hoje, ja temos
uma visao mais palpavel sobre a vida das estrelas, fotografias muito
proximas e conhecimento aprofundado sobre as suas origens e a suas
fimgdes, posto constitua em Astronomia uma alta especializa^ao, a
qual o profano, seja pela escassez de literatura, ou pelo elevado custo
dos livros, nao tern muito alcance.
Pelo seu misterio, a estrela constituiu-se em um dos principals
simbolos maqonicos, omamentando a “Abobada Celeste" dos templos
e fixando o simbolo do Companheiro, representada como um poligono
estrelado com cinco pontas.
As estrelas, como os planetas, obviamente, sao corpos celestes
arredondados; o que denominamos de estrela, com as caracteristicas
do desenho e formato, e apenas a reproducao do ponto brilhante, que
sugere o espargimento de raios luminosos “universais” e a propria
“natureza”.
Opentalpha e uma figura geometrica constmida pelos pitagori-
cos, que tomaram por base um triangulo, assim unindo cinco dessas
figuras sobre um pentagono, e formaram a estrela de cinco pontas.
O simbolo, porem, nao permaneceu na simplicidade dos cinco
triangulos; os Pitagoricos, tomando o centre do pentagono. traqaram
linhas ate os seus vertices, resultando outros cinco triangulos no
interior do pentalpha, os quais, somados aos anteriores, resultaram
em numero de dez; cada triangulo foi subdividido em outros quatro,
formando um conjunto de 40 triangulos menores; assim, o centra da
estrela de cinco pontas apresentou outro pentalpha.
Foi assim que os pitagoricos consideraram a figura geometrica
alcan^ada como o “emblema da perfeiqao e o supremo saber".
170
A Estrela de Cinco Pontas 171
173
174 Simbulismo do Segundo Gran
* *
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175
176 Simbolismo do Segundo Grau
178
A Idade do Cumpanheiro 179
O que e o pensamento?
Urn filosofo popular gaucho, o saudoso Lupisdnio Rodrigues,
em uma de suas composigoes musicals, apresenta esta resposta:
"O pensamento parece uma coisa a toa, mas como e que
a gente voa, quando comega a pensar?”
O que e a consciencia?
O homem e periferia e centro; a periferia se denomina Ego; o
centro, EU.
Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos Urn”, Ele se referiu ao
seu Eu centrico.
Poitanto, o EU e divino; o Ego, humane. De Ego deriva o vo-
cabulo “egoista , o que define, perfeitamente, a diferenga.
Quando o pensamento da vida periferica consegue penetrar no
“mundo de dentro”, estara penetrando na Consciencia do homem.
A Ic/ade do Companheiro 181
O que e a inteligencia?
Ha bem pouco tempo, a inteligencia era atributo exclusivo do
homem; hoje, sabemos que todo ser criado possui inteligencia.
A inteligencia nao e cultivada, forma-se nos primeiros instantes
de vida do ser; ha seres, incluindo os humanos, com potencial maior
e outros com potencial menor de inteligencia, mas sempre suficiente
para desempenhar a sua “missao”.
A inteligencia faz parte do todo do organismo, tanto que pode
nascer afetada, ou alterar-se no decurso do tempo.
Muitos confundem memoria com inteligencia; os estudantes
que possuem boa memoria podem memorizar o que leem e aprendem
obtendo resultados invejaveis.
O inteligente, sem memoria, podera parecer urn fracassado;
o inteligente com memoria passara a ser uma pessoa excepcional,
surgindo o virtuoso, o genio e o lider.
Portanto, a inteligencia e a faculdade que o homem possui de
discernir e penetrar no amago dos misterios.
A inteligencia e uma diretriz segura, que orienta a vida, aproxima
a Deus e toma o homem realizado.
O que e a vontade?
Vontade e um impulse vital; para exercitar os cinco sentidos, o
homem deve acionar a sua vontade.
Contudo, a vontade tern limites, pois ninguem pode sempre
fazer exatamente o que deseja, eis que podera encontrar oposi^ao
e freios.
A vontade tern limite no direito e nas leis humanas, Divinas e
da natureza.
182 Sinibulismo do Segundu Gran
O que e liberdade?
A faculdade de exercer a vontade encontra barreiras nas leis da
natureza, dos homens e nas Divinas.
O homem nao pode exercer sua vontade contrariando as leis da
natureza, porque sofrera as consequencias de sua “desobediencia”; as
enfermidades surgem, de modo geral, pela inobservancia dessas leis.
As leis sociais, de prote^ao aos direitos dos individuos, devem
ser observadas, porque o meu direito nao podera ferir o direito alheio.
Assim como existem leis da natureza e leis sociais, o Grande
Arquiteto do Universe estabeleceu leis de conduta espiritual, que nao
poderao ser transgredidas.
A liberdade, portanto, encontra limites e se manifesta conforme
o crescimento espiritual do homem; atingindo esse o conhecimento da
verdade, a sua vontade confundir-se-a com a vontade do ser supremo e
encontrara entao um caminho perfeitamente livre, realizando o desejo
supremo de conhecer a Verdade.
“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertara”, dissera o
divino Mestre.
Considerar o livre-arbitrio um aspecto filosofico, com correntes
favoraveis e desfavoraveis, que suscita polemicas, nao sera conhecer
a resposta a inquirigao feita, mas sim, colocar-se ao lado de uma
corrente e gastar tempo em provas hipoteticas.
A liberdade, por ser um direito natural e social, deve ser cons-
cientizada, para que nao se transforme em “libertinagem”, “despo-
tismo” e “escravidao".
(D cjfyuzntat no 2Q ^xau
183
184 Simbolismo do Segumio Gran
58. Este assunto esta focado corn mais detalhes no livro do mesmo autor: Simbolismo
do Terceiro Gran.
<^J\l\axa^ia do 2<J ^ xau
189
190 Sim hoi si mo do Segundo Gran
59. Atualmente, tanto nas Grandes Lojas quanto no Grande Oriente, a marcha e feita
concomitantemente com o sinal de ordem.
192 Simbolismo do Segundo Gran
193
194 Simbolismo do Segundo Gran
198
O Alfabeto 199
* *
LParia(jo[a doi ^Uatzntoi
<
200
A Parabola dos Talentos 201
206
Os Oraculos 207
208
As Instrugoes do 2Q Gnui 209
0~)riL)7i£L’ia iJmtxu^do
<
A primeira ligao e dada para que o Companheiro, na medida de
seus conhecimentos, possa contribuir para o progress© da humanidade,
que e a fmalidade geral da Instituigao magonica.
Como progress© da humanidade, entende-se o bem-estar so-cial
e a evolugao cientifica, pois desses dois fatores se refletirao as demais
necessidades, como o amor fraternal entre os povos, a felicidade e a
harmonia com Deus.
A primeira instrugao diz respeito ao Painel da Loja de Compa
nheiro; o Painel resume as atividades do “curso” do 2" Grau. Sendo
a Magonaria tambem uma escola, cada Grau representa um curso, e
devera haver, entao, um “curriculo” a ser desenvolvido, e os elementos
indicadores serao obtidos pela interpretagao do Painel.
A origem dos componentes da Magonaria Simbolica vein da
construgao do tempi© de Salomao; os operarios, artifices, mestres e
construtores recebiam, semanalmente, sustento e salario.
O sustento consistia em uma ragao de trigo, uma de vinho e
outra de azeite.
A comercializagao era possivel entre os trabalhadores porque
do salario recebido em “dinheiro” surgiam as trocas e a aquisigao de
outros produtos para a complementagao do aliment©.
Nao ha noticia a respeito dos gastos com vestuario, tampouco
com a manutengao de cada familia.
iJnit'iuqao
A segunda instrugao contem todos os ensinamentos ja propor-
cionados ao Companheiro, um repasse on recapitulagao para que o
Companheiro perceba se esta apto a prosseguir, ou se devera fazer
uma pausa e revisar os sens estudos.
A instrugao c aplicada por meio de um dialogo mantido entre o
Veneravel Mestre e os dois Vigilantes O Companheiro nao participa
do dialogo; limita-se a ouvi-lo.
O Veneravel pergunta e os Vigilantes respondem:
As InstniQoes do 2- Gran 215
•*
tetonica o mestre orienta o operario; este executa a obra seguindo as
plantas que o engenheiro elaborou.
Nao podemos vacilar no uso da rcgua, porque o tra^'ado devera
ser reto e sempre para o “infmito".
Esse infinite deve ser “verticalidade", porem, com os movimen-
tos de rotapao da Terra, nao sabemos. nunca, em que diregao esta a
verticalidade, tomando, porem. como limite a “luz” de uma estrela,
saberemos que a diregao sera sempre vertical.
A linha tragada devera ser sempre reta, sem interrupgoes. Nao
confundamos o tragado da regua com o tragado por meio do esquadro;
ambos os instrumentos tragam retas. porem. com o esquadro sabemos
distinguir, imediatamente, uma linha vertical e outra horizontal.
A reta representa o direito. inflexivel, e a Lei moral, que sem
pre sao caminhos retos, defmidos e conhecidos. Uma conduta reta
significa um comportamento dentro dos limites tragados pelo direito,
que representa o conjunto de todas as leis.
O compasso “limita" nosso percurso; o limite e necessario
porque nao convem ao magom conduzir o sen conhecimento alem
do que pode absorver; nosso tragado e limitado pelo circulo; estamos
presos a limites por nos mesmos tragados, eis que nossa pesquisa
e estudo sao conscientes; nos devemos ter a consciencia de nossa
ignorancia; como disse Socrates, o “conhecer-se a si mesmo” sig
nifica conhecer o Gran de sua propria ignorancia.
O caminho tragado pela regua e infinito, portanto, abstrato; a
limitagao do circulo nos da a realidade concreta; paulatinamente,
chegado o tempo, esse circulo se abre, e nossa mente podera abranger
outros pianos.
P. VENERAVEL MESTRE: “A que alude a alavanca, Irmao
Segundo Vigilante ?"
R. SEGUNDO VIGILANTE: “Ao poder irresistivel de uma
vontade inflexivel, quando inteligentemente aplicada”.
A forga de vontade tern sido privilegio de poucos; os vencedores
podemtertido origem humilde, bergo pauperrimo, porem, a persisten-
cia, a perseveranga, a insistencia, a forga de sua mente, a necessidade
da vitoria, constituem elementos escassos nos individuos.
226 Simbolismo du Segunclo Gran
iJmtxuydo
A terceira e ultima instrugao consiste na administragao de nogoes
de Filosofia Iniciatica, da parte do Veneravel Mestre, e de Simbologia
Numerica, da parte do Orador.
Sao nogoes que dizem respeito ao 2“ Grau70 e ja referidas no
presente trabalho; as repetigoes, tratando-se de uma obra “didatica”,
como pretende o autor, sao toleraveis.
Dois sao os temas escolhidos: o Enigma da Vida e a Meditagao
da Verdade.
O primeiro tema com porta as perguntas: O que e a vida? Para
que ela serve? Qual e o sen fun?
Essa trilogia se desdobra em questoes secundarias, como: Por
que o homem nao aceita a vida, como fazem os animais, tal como se
apresenta? Goza-la do melhor modo, com feliz despreocupagao, nao
seria mais pratico, mais acertado do que torturar o espirito querendo
penetrar esses misterios insondaveis?
Essas questoes nao impressionam a grande massa dos povos,
que so almejam satisfagoes materiais e imediatas, acreditando em um
Deus que castiga e que deve ser venerado.
Porem, e felizmente, sempre existiram homens que buscaram
penetrar no amago dessas questoes, alguns, ate com verdadeira
obsessao, em todos os povos. Os sinais dessa preocupagao per-
maneceram, desde os sumerianos, aos hindus, egipcios, hebreus,
gregos e latinos, no esbogo do que passou a constituir a civilizagao
e chegaram ate nos; alguns intactos, outros fragmentados, ate o
surgimento dos livros impresses.
ORADOR
A “gnose numerica” foi arquitetada pelos sabios magons an-
tigos, em dados abstratos ligados, particularmente, as propriedades
intrinsecas dos numeros.
A ciencia dos numeros, on a Numerologia, torna-se base para
a compreensao dos simbolos.
O Aprendiz estudou os numeros ate a tetrade pitagorica, on
seja, ate o n2 3; o Companheiro partira do niimero 4, para chegar aos
numeros 5, 6 e 7.
Geometricamente, 1 representa o ponto; 2, a I inha; 3, a super-
ficie, e 4, o solido, cuja medida e o cubo.
— “l,o ponto sem dimensoes, e, porem, o gerador abstrato de
todas as formas imaginaveis. E o nada contendo o todo em potencia,
digamos, o criador, o principe anterior a toda manifestagao, o archeo,
o obreiro por excelencia.
O TETRAGRAMA HEBRAICO
Jeova, o Ser dos seres, o Ser em Si, Aquele que E, representado
nas Sagradas Escrituras hebraicas por 4 letras que nao se podiam
pronunciar, mas apenas escrever; letras, naturalmente hebraicas, em
que a primeira, o IOD conhecido pelos Aprendizes, esta inserida no
triangulo sagrado.
IOD representa o principio ativo; e o Ser que pensa, que ordena;
representa o fogo, como na sarga ardente.
HE, a segunda letra, representa o sopro animador, aquele que
deu vida a Adao, feito com barro; representa a vida.
VAU representa a ligagao do abstrato ao concrete; e a lei; e o
amor que une o pai a mae, engendrando o filho.
244 Simbolismo do Segundo Gran
o quaternArio
A Magonaria, porem, nao se fixa apenas no Tetragrama Hc-
braico; busca, sempre na Antiguidade, outras defini^des para a
Numerologia.
Assim pensavam os antigos:
O quadrado e o simbolo do quaternario; em uma linguagem
filosofica, c a quadratura de todo circulo e que expressa o “ciclo da
manifesta^ao".
O Quaternario da limitacao e definigao a natureza, que e
constituida de tres principios ativos, on qualidade: raja, on enxofre,
representando o principio da “atividade”; tamas, ou sal, principio da
resistencia; satva, ou mercurio, principio ritmico.
O quaternario geometrico (o circulo, a cruz, o triangulo e o qua
drado) une-se a outras representagoes: os quatro pontos cardeais; as
quatro dimensoes einsteinianas; os quatro bravos de Brahma; e a cruz
(de quatro bravos), as quatro estates do ano, os quatro elementos da
natureza (Ar, Agua, Fogo e Terra); os quatro Vedas, os quatro evan-
gelhos, as quatro verdades; os quatro animals sagrados constitutivos
da cruz zodiacal, fonnando a esftnge e a coroa dos magos: o touro,
o leao, a aguia e o filho do homem.
O quadrado e a expressao do Quaternario, sintese da Nature
za; e a imagem de um templo perfeito, representando o templo de
Salomao.
O templo maQonico e um quadrilongo que se estende do Oriente
ao Ocidente e de Norte a Sul.
Depois do circulo, o quadrado e a mais perfeita das figuras pla-
nas, por possuir sens quatro lados iguais, perfeitamente esquadrejados.
As Instru^des do 2Q Gran 245
O QUINARIO
A uniao do ternario com o quaternario forma a piramide, o
perfeito quinario.
As piramides sao os testemunhos vivos da sabedoria do antigo
Egito, sabedoria arquitetonica que tern urn liame perfeito com a
Magonaria.
Na piramide, encontramos o ternario divino, que se realiza em
cada uma de suas faces, correspondentes aos quatro elementos, cada
um dos quais surge cm sen aspecto triplice (atividade, inercia e ritmo),
como no zodiaco. Os quatro espigoes que unem as faces represen-
tam as qualidades comuns aos elementos (masculinos e femininos;
positives e negatives).
O vertice superior indica a quintessencia; o quinto principio,
o elemento que corresponde ao verbo inteligente que se manifesta
na Loja. E o principio que deu origem ao Uni verso. A Loja, como a
piramide, constitui uma representagao perfeita do Universe.
A piramide e colocada sobre a pedra quadrada, como simbolo
da construgao perfeita, social e humana. E a pedra cubica com ponta.
O quinto elemento nos faz passar do quaternario ao quinario,
e do dominio da materia ao da vida e da inteligencia. No piano da
criagao, foi no quinto dia que Deus criou os animais, deixando-os na
Terra, Segundo nos relata o Genesis. Na vida do homem, mormente
do Companheiro, a quintessencia e o elemento espiritual que o im-
pulsiona a agao.
A vida vegetativa nao tern comparagao com a vida espiritual;
espirito, aqui, representa a presenga do Grande Geometra na mente
do Companheiro.
Entre os homens, a “espiritualidade” apresenta gamas diversas:
o “crescimento” de que nos falam os Evangelhos e as Cartas de Sao
Paulo e comparado ao crescimento comum e vegetative do ser.
Esse estado espiritual. no magom, surge desde a iniciagao, mas
se manifesta com mais potencia no Companheiro. Seria a definigao
246 Simbulismo do Segunclo Gran
O HEXAGRAMA
Quando surgiu o quinario, nascido do centre do quaternario,
originou-se a atmosfera psiquica envolvendo a personalidade do
Companheiro.
Hermeticamente, essa atmosfera psiquica surgiu da agua vaporiza-
da pelo fogo, ou agua ignea, fluido vital carregado de energias ativas.
As Instrugoes do 2" Gran 247
O SETENARIO
Sete e o numero da harmonia, que resulta do equilibrio estabe-
lecido pelos elementos heterogeneos.
E formado pelo numero 3 somado ao numero 4, ou seja, pelo
tetragrama, mais o triangulo.
E o simbolo do delta sagrado, sendo o tetragrama central for
mado de quatro letras hebraicas, envolvidas pelo triangulo equilatero.
O conhecimento do setenario diz mais de perto ao 3" Grau,
representa a “essencia do ser”, ou seja, a alma humana purificada,
fortificada, temperada pelas provas da existencia, tendo atingido um
estado que Ihe permite realizar a “magia”, denominada pelo profano
de “milagres”.
E o numero do iniciado perfeito, que e o Mestre.
Representa o dia do “descanso” do Senhor, o dia sagrado, quan-
do a criatura rende homenagem ao sen criador.
(D Sxamz
Todos os compcndios sobre o 2° Grau se referem ao exame
ao qual o Companheiro deve ser submetido, fornecendo ate alguns
modelos de questionarios.
A “passagem da perpendicular ao nivef, formula aplicavel ao
Companheiro, permitira daquele momento em diante, que ele participe
nos trabalhos da Loja.
A perpendicular suporta a “chumbada”, que simboliza a descida
em “si mesmo” (a transformagao alquimica do chumbo em ouro);
meditaqao grandiosa que proporciona a oportunidade de tudo analisar
detalhadamente.
Concluido o trabalho individual, finda a “descida”, o Compa
nheiro volta-se aos demais Irmaos e “nivela” sen comportamento,
permanecendo, todos, no mesmo piano.
O Companheiro, na condiqao de “livre-construtor”, devera
preparar-se para assimilar as li^oes contidas nos simbolos.
O Aprendiz reeebe a primeira letra de sua Palavra Sagrada, porem,
necessita proporcionar a segunda, para entao receber a terceira.
Desde os primeiros passes, o Companheiro luta para absorver
o que aprende.
Nao podera, porem. estacionar no 2° Grau, mas nao tern o “di-
reito” de buscar a exaltaqao.
A admissao de um Candidate profano decorre de um longo
estudo, de parte, primeiramente, de quern o apresenta; em Segundo
lugar, da Comissao de Sindicancia e, em terceiro lugar, da aprovagao
per unanimidade da Assembleia.
Em tese, o sistema de arregimentagao de Candidates e perfeito;
porem, na realidade, cada Loja segue a sua “praxe” e nem sempre a
escolha c acertada.
Em cidades pequenas, todos sao conhecidos e torna-se muito
facil saber quern serve e da conveniencia ou nao de solicitar o inte-
resse do profano.
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O Exame 249
253
254 Simbulismo do Segundo Gran
MADRAS*
Magonaria
SIMBOLISMO
DO Segundo Grau
K
ISBN 978-85-370-0484-5