NBR 14166

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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 14166
Segunda edição
07.01.2022

Versão corrigida
31.03.2023
Exemplar para uso exclusivo - BASE AEROFOTOGRAMETRIA E PROJETOS S/A - 46.911.608/0001-79 (Pedido 871377 Impresso: 14/06/2023)

Rede de referência cadastral municipal —


Requisitos e procedimento
Municipal cadastral reference network — Requirements and procedure

ICS 91.080; 91.010.99 ISBN 978-85-07-08894-3

Número de referência
ABNT NBR 14166:2022
23 páginas

© ABNT 2022
ABNT NBR 14166:2022
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ABNT NBR 14166:2022

Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos, definições e siglas................................................................................................1
3.1 Siglas....................................................................................................................................1
3.2 Termos e definições............................................................................................................2
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4 Hierarquia dos vértices da RRCM......................................................................................2


5 Implantação da RRCM........................................................................................................3
5.1 Generalidades......................................................................................................................3
5.2 Planejamento da RRCM .....................................................................................................3
5.3 Levantamento dos vértices superiores.............................................................................4
5.3.1 Generalidades......................................................................................................................4
5.3.2 Modelo quase geoidal oficialmente adotado pelo município.........................................5
5.3.3 RRNN do SGB como pontos de referência para o nivelamento geométrico dos
vértices superiores.............................................................................................................5
5.4 Nomenclatura dos vértices de implantação.....................................................................6
5.5 Materialização dos vértices de implantação.....................................................................6
5.6 Método de levantamento para implantação da RRCM.....................................................7
6 Densificação da RRCM.......................................................................................................8
6.1 Generalidades......................................................................................................................8
6.2 Planejamento dos vértices principais e de apoio............................................................8
6.3 Nomenclatura dos vértices de densificação....................................................................8
6.4 Materialização dos vértices de densificação ...................................................................8
6.5 Métodos de levantamento para densificação da RRCM..................................................9
6.5.1 Posicionamento por GNSS.................................................................................................9
6.5.2 Poligonação ......................................................................................................................10
6.5.3 Método de estação livre....................................................................................................10
6.5.4 Método do alinhamento....................................................................................................10
6.5.5 Nivelamento por GNSS..................................................................................................... 11
6.5.6 Nivelamento geométrico e trigonométrico..................................................................... 11
7 Ajustamento e controle de qualidade ............................................................................ 11
7.1 Processamento dos dados dos vértices superiores.....................................................12
7.2 Ajustamento dos vértices superiores da RRCM............................................................12
7.3 Ajustamento dos vértices principais e de apoio da RRCM...........................................14
7.3.1 Método de Rede GNSS.....................................................................................................14
7.3.2 Método da poligonal.........................................................................................................14
7.3.3 Método de estação livre....................................................................................................14
7.3.4 Método do alinhamento....................................................................................................14
7.3.5 Nivelamento.......................................................................................................................15
7.4 Precisão posicional dos vértices da RRCM....................................................................16
7.5 Controle de qualidade dos vértices superiores.............................................................16

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ABNT NBR 14166:2022

7.5.1 Generalidades....................................................................................................................16
7.5.2 Controle de qualidade antes do ajustamento ................................................................16
7.5.3 Controle de qualidade após o ajustamento....................................................................17
7.6 Controle de qualidade dos vértices principais e de apoio ...........................................17
7.6.1 Generalidades....................................................................................................................17
7.6.2 Antes do ajustamento ......................................................................................................17
7.6.3 Após o ajustamento dos vértices principais e de apoio...............................................18
8 Sistema de coordenadas e sistema de referência da RRCM........................................19
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9 Documentação ..................................................................................................................19
9.1 Generalidades....................................................................................................................19
9.2 Documentos de campo.....................................................................................................20
9.3 Dados brutos.....................................................................................................................20
9.4 Relatórios de processamento..........................................................................................20
9.5 Monografias dos marcos e vértices de referência.........................................................20
9.6 Monografia dos vértices da RRCM (ver o Anexo A).......................................................20
10 Disponibilização dos dados ............................................................................................21
11 Manutenção e continuação da RRCM.............................................................................21
Anexo A (informativo) Exemplo de monografia de vértice da Rede de Referência Cadastral
Municipal (RRCM)..............................................................................................................22
Bibliografia..........................................................................................................................................23

Figuras
Figura 1 – Exemplo de distribuição espacial de vértices superiores em áreas urbanas e rurais...4
Figura 2 – Exemplo de vetores independentes em uma sessão com r = 4 receptores do GNSS...4
Figura 3 – Exemplo de nivelamento dos vértices superiores utilizando RRNN do SGB..............6
Figura 4 – Exemplos de materialização dos vértices superiores....................................................7
Figura 5 – Exemplo de execução do método do alinhamento....................................................... 11
Figura 6 – Exemplo de ajustamento em rede GNSS contendo pelo menos três vetores em
cada VS..............................................................................................................................13
Figura 7 – Exemplo de ajustamento individual do vértice superior por dois ou mais marcos
geodésicos do SGB..........................................................................................................13

Tabelas
Tabela 1 – Tempo de rastreio em função do tamanho da linha de base e do tipo de receptor do
GNSS....................................................................................................................................................7
Tabela 2 – Tempo de rastreio em função do tamanho da linha de base e do tipo de receptor do
GNSS..................................................................................................................................10

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ABNT NBR 14166:2022

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.


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A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 14166 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), pela
Comissão de Estudos de Serviços Topográficos (CE-002:133.017). O Projeto de Revisão circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 25.11.2021 a 03.01.2022.

A ABNT NBR 14166:2022 cancela e substitui a ABNT NBR 14166:1998, a qual foi tecnicamente
revisada.

Esta versão corrigida da ABNT NBR 14166:2022 incorpora a Errata 1, de 31.03.2023.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 14166 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the requirements for the implementation and densification of a Municipal
Cadastral Reference Network (RRCM) and harmonizes the procedures for establishing the geodetic
and topographic support infrastructure.

NOTE The Municipal Cadastral Reference Network is intended to support the preparation and updating
of municipal cadastral plans and cartographic base; link, in general, the topography and geodesy services,
aiming at the incorporations to the cadastral plans of the municipality; reference the topographic services
of demarcation, preliminary projects, projects, subdivisions, implementation and monitoring of engineering
works in general, urbanization, surveys of works as built, territorial registries and multipurpose registries, and
provide support to aerial survey services.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 14166:2022

Rede de referência cadastral municipal — Requisitos e procedimento

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para a implantação e a densificação de uma Rede de Referência
Cadastral Municipal (RRCM) e compatibiliza os procedimentos para se estabelecer a infraestrutura
de apoio geodésico e topográfico.
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NOTA A Rede de Referência Cadastral Municipal destina-se a apoiar a elaboração e a atualização


de plantas cadastrais municipais e da base cartográfica; vincular, de modo geral, os serviços de topografia
e de geodésia, visando as incorporações às plantas cadastrais do município; referenciar os serviços topográficos
de demarcação, de anteprojetos, de projetos, de parcelamentos, de implantação e de acompanhamento
de obras de engenharia em geral, de urbanização, de levantamentos de obras como construídas, de cadastros
territoriais e de cadastros multifinalitários, e fornecer apoio aos serviços de aerolevantamentos.

2 Referência normativa
O documento a seguir é citado no texto de tal forma que seu conteúdo, total ou parcial, constitui
requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas.
Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo
emendas).

ABNT NBR 13133, Execução de levantamento topográfico

3 Termos, definições e siglas


Para os efeitos deste Documento, aplicam-se os seguintes termos, definições e siglas.

3.1 Siglas

GNSS – Global Navigation Satellite System (Sistema Global de Navegação por Satélite)

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MMQ – Método dos Mínimos Quadrados

PDOP – Positional Dilution of Precision (Diluição da precisão para o posicionamento tridimensional)

RINEX – Receiver INdependent EXchange format (Formato de arquivo)

RN – Referência de Nível

RRCM – Rede de Referência Cadastral Municipal

RRNN – Referências de Nível (nomenclatura utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia


e Estatística-IBGE para se referir ao conjunto de RN do SGB)

SGB – Sistema Geodésico Brasileiro

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ABNT NBR 14166:2022

3.2 Termos e definições

3.2.1
base cartográfica
cartas e plantas integrantes do Sistema Cartográfico Municipal que, apoiadas na rede de referência
cadastral, apresentam em seu conteúdo básico as informações territoriais necessárias
ao desenvolvimento de planos, de anteprojetos, de projetos, de cadastro territorial e multifinalitário,
de acompanhamento de obras e de outras atividades que tenham o terreno como referência

3.2.2
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marco geodésico do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB)


vértice geodésico do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB)
estação geodésica do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB)
pontos geodésicos das redes planimétrica, altimétrica e gravimétrica do SGB

3.2.3
modelo quase geoidal
modelo matemático da superfície quase geoidal associada ao elipsoide do SGB, no qual se tem
a anomalia de altitude como terceira coordenada da posição tridimensional

4 Hierarquia dos vértices da RRCM


Quanto à hierarquia, os vértices da RRCM devem ser ordenados em função do grau de determinação
(ou de densificação) posicional em relação ao SGB, por meio da seguinte classificação:

a) marcos geodésicos do SGB: vértices já existentes, devidamente homologados pelo Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pertencentes ao SGB. Os marcos geodésicos
do SGB possuem coordenadas oficiais que permanecem fixas no processo de determinação
da RRCM;

b) vértices superiores (VS): vértices da RRCM em cujo processo de ajustamento para determinação
de suas coordenadas consideram-se somente os marcos geodésicos do SGB como pontos
de referência (controle);

c) vértices principais (VP): vértices da RRCM em cujo processo de ajustamento para determinação
de suas coordenadas utiliza(m)-se de vértice(s) superior(es) como ponto(s) de referência
(controle);

d) vértices de apoio (VA): vértices da RRCM em cujo processo de ajustamento para determinação
de suas coordenadas utilizam-se de vértice principal e/ou de apoio (já existente) como pontos
de referência (controle).

Na determinação dos vértices principais e dos vértices de apoio, podem ser utilizados marcos
geodésicos do SGB juntamente com os vértices da RRCM como pontos de referência
(controle).

NOTA A ordem hierárquica não está associada ao grau de precisão ou acurácia do vértice da RRCM.

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ABNT NBR 14166:2022

5 Implantação da RRCM
5.1 Generalidades

A RRCM é implantada em primeiro plano por meio dos vértices superiores. Os demais vértices
(principais e de apoio) são realizados no processo de densificação da RRCM. Na implantação dos
vértices superiores, devem-se considerar as etapas de planejamento; de nomenclatura dos vértices;
de materialização dos vértices e de métodos de medição (levantamento).

Estas etapas devem ser documentadas pelos respectivos projetos, considerando no mínimo
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as seguintes informações:

a) geométrico da rede, contendo no mínimo disposição espacial dos vértices, vetores e poligonais,
estratégia de controle de qualidade e materialização de vértices;

b) observação, contendo no mínimo o método de observação, planejamento e logística das


ocupações e sessão de observação por vetor;

c) legislação, especificando o uso sistêmico por órgãos do município e contendo no mínimo previsão
de uso da rede tanto por secretarias como por projetos e obras, habitação, administração
e manutenção da rede, penalidades e incentivos ao uso;

d) publicidade e divulgação das monografias para acesso direto aos usuários, contendo
no mínimo o órgão responsável, monografia dos vértices, meios de localização deste documento
e de disponibilidade e metadados.

5.2 Planejamento da RRCM

Para a escolha dos locais de implantação dos vértices, considerar, por exemplo, a estabilidade
da superfície, a segurança do local e a facilidade de acesso. Em geral, consideram-se ainda
as obstruções dos sinais e o efeito do multicaminho no posicionamento do Sistema Global de Navegação
por Satélite (GNSS). A quantidade de vértices superiores e a distribuição espacial destes (ver Figura 1)
variam em função da extensão e das características de cada município. No planejamento da rede,
deve ser atendido o seguinte:

a) além dos marcos geodésicos do SGB, a RRCM deve possuir no mínimo quatro vértices;

b) a densidade mínima dos vértices superiores deve ser de 1 vértice a cada 50 km² em áreas
urbanas;

c) o município pode aumentar a quantidade de vértices superiores e/ou densificar a RRCM com
vértices principais e de apoio de acordo com a sua necessidade;

d) em áreas rurais, a densidade mínima de vértices superiores recomendada deve ser de 1 vértice
a cada 200 km²;

e) caso o número de vértices superiores em áreas rurais seja maior do que 20 (conforme 5.2-d),
a quantidade e a distribuição espacial destes vértices devem ser determinadas de acordo com
as necessidades do município;

f) núcleos urbanizados ou de características urbanas em áreas rurais devem atender aos requisitos
para áreas urbanas.

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Figura 1 – Exemplo de distribuição espacial de vértices superiores em áreas urbanas e rurais

5.3 Levantamento dos vértices superiores

5.3.1 Generalidades

No planejamento do levantamento dos vértices superiores, considerar que somente vetores (linhas
de base) independentes devem ser posteriormente ajustados, sendo que o número de vetores
independentes por sessão de rastreio (VI) é dado por VI = r - 1, onde r é o número de receptores
do GNSS envolvidos na sessão de rastreio. A Figura 2 ilustra um exemplo para r = 4 receptores
simultâneos. Caso o número de receptores envolvidos na sessão de rastreio seja maior do que três,
os vetores desta sessão, selecionados para o ajustamento, não podem formar um polígono fechado.

Figura 2 – Exemplo de vetores independentes em uma sessão com r = 4 receptores do GNSS

A dimensão de qualquer vetor não pode ser maior do que duas vezes a dimensão do menor vetor
utilizado no ajustamento. Caso o menor vetor seja formado por dois vértices superiores e outro vetor
seja formado por um vértice superior e um marco geodésico do SGB, a dimensão máxima recomendada
para o vetor com o marco geodésico do SGB é de três vezes a dimensão do menor vetor.

Na altimetria, a altitude normal dos vértices superiores pode ser determinada conforme itens 5.3.2
ou 5.3.3.

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5.3.2 Modelo quase geoidal oficialmente adotado pelo município

A determinação da altitude dos vértices superiores usando o modelo quase geoidal oficialmente
adotado pelo município deve ser conforme a seguir:

a) o município fica encarregado de elaborar o seu próprio modelo quase geoidal ou de adotar algum
modelo com acurácia conhecida, por exemplo, modelo do SGB. O desvio-padrão do modelo quase
geoidal próprio deve ser proveniente da propagação das covariâncias das altitudes geodésicas
e das altitudes normais dos pontos de controle, e deve ser divulgado para o nivelamento por
GNSS tanto pelo método absoluto quanto pelo método relativo;
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b) caso o município opte por elaborar o seu próprio modelo quase geoidal, recomenda-se que
os pontos utilizados no cálculo do modelo não estejam mais do que 5 km de distância entre si.
O modelo matemático para obtenção dos valores de anomalias de altitude fica a critério
do município;

c) as Referências de Nível (RRNN) do SGB no município, quando em bom estado e com boas
condições de rastreio GNSS, podem servir como pontos conhecidos na elaboração do modelo
quase geoidal;

d) recomenda-se a atualização periódica do modelo quase geoidal adotado pelo município e,


consequentemente, a atualização das altitudes normais dos vértices da RRCM.

5.3.3 RRNN do SGB como pontos de referência para o nivelamento geométrico dos vértices
superiores

A determinação da altitude dos vértices superiores usando as RRNN do SGB como pontos de referência
para o nivelamento geométrico dos vértices superiores deve ser conforme a seguir:

a) devem ser utilizadas no mínimo duas RRNN do SGB para determinação da altitude normal dos
vértices superiores da RRCM;

b) os nivelamentos dos vértices superiores devem ter partida e chegada em RRNN distintas
pertencentes ao SGB, conforme a Figura 3, não admitindo o contranivelamento para uma mesma
Referência de Nível (RN);

c) pode ser realizado o nivelamento em linha de vértices superiores, ou seja, com múltiplos vértices
superiores, desde que o marco de RN de partida seja diferente do marco de RN de chegada;

d) as seções de nivelamento devem possuir duplo nivelamento com pontos de segurança a cada
quadra ou a cada 200 m.

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Figura 3 – Exemplo de nivelamento dos vértices superiores utilizando RRNN do SGB

5.4 Nomenclatura dos vértices de implantação

Cada vértice superior deve atender à seguinte padronização: código de sete dígitos do município
(de acordo com a tabela de códigos de municípios do IBGE) – S (vértice “Superior”) – sequência
de três dígitos numéricos.

EXEMPLO O município de Florianópolis/SC, cujo código do município é 4205407, tem como exemplos
de nomenclatura de vértices de implantação:

4205407-S-001; 4205407-S-006; 4205407-S-087; 4205407-S-401; 4205407-S-999 etc.


5.5 Materialização dos vértices de implantação

Os vértices superiores podem ser materializados por meio de uma das quatro formas, indicadas
a seguir (ver Figura 4):

a) pilar de concreto com dispositivo de centragem forçada;

b) marco de concreto tronco-piramidal;

c) chapa metálica incrustada em superfície estável;

d) dispositivo de centragem forçada fixado diretamente em estrutura estável com chapa identificadora
na proximidade.

NOTA A identificação da nomenclatura do vértice é opcional em sua materialização e, por conveniência,


podem-se omitir os sete dígitos referentes ao código do município.

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Figura 4 – Exemplos de materialização dos vértices superiores

5.6 Método de levantamento para implantação da RRCM


O método de levantamento consiste no posicionamento por GNSS, de acordo com os seguintes
requisitos:

a) posicionamento relativo estático, com receptores do GNSS de simples frequência (para linha
de base de até 20 km) ou multifrequência;

b) diluição da precisão para o posicionamento tridimensional (PDOP) médio igual ou inferior a 3,


com PDOP máximo igual ou inferior a 5 durante toda a sessão de rastreio;

c) máscara de elevação mínima de 15º, com taxa de registro (gravação de dados) de 5 s, 10 s ou 15 s;

d) nenhum obstáculo deve estar no mesmo nível ou acima do nível da antena GNSS em um raio
de 5 m em torno do vértice superior;

e) ¾ do mapa de obstrução (ou seja, cobertura de 270° do horizonte) não podem apresentar
obstáculo com ângulo de elevação superior a 20º em relação ao horizonte da antena GNSS;

f) nenhum obstáculo deve apresentar ângulo de elevação superior a 30º em relação ao horizonte
da antena GNSS;

g) o tempo mínimo de rastreio é determinado em função do tamanho da linha de base, de acordo


com a Tabela 1.

NOTA A altitude normal dos vértices superiores é determinada por nivelamento GNSS pelo método
absoluto (quando utilizado o modelo quase geoidal), ou por nivelamento geométrico classe IN (quando
da adoção das RRNN do SGB).

Tabela 1 – Tempo de rastreio em função do tamanho da linha de base e do tipo de receptor do GNSS
Extensão da linha de base Tempo mínimo de rastreio
Tipo de receptor do GNSS
km min
0 – 10 20 Simples ou multifrequências
10 – 20 40 Simples ou multifrequências
20 – 50 60 Multifrequências
50 – 100 90 Multifrequências
100 – 200 180 Multifrequências
200 – 500 240 Multifrequências

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6 Densificação da RRCM
6.1 Generalidades
Assim como na implantação dos vértices superiores, na densificação dos vértices principais
e de apoio, devem ser consideradas as seguintes etapas: de planejamento, da nomenclatura dos
vértices, da materialização dos vértices e os métodos de medição (levantamento).

6.2 Planejamento dos vértices principais e de apoio


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No processo de densificação da RRCM, deve-se atender ao seguinte:

a) o processo de densificação pode ser realizado de maneira progressiva em função das


necessidades do município;

b) sempre que possível, cada vértice principal ou de apoio deve ser intervisível a outro vértice, a uma
distância de no mínimo 100 m e no máximo 200 m deste, visando a otimização da produtividade
e da distribuição dos erros;

c) em áreas urbanas, sempre que possível, ao menos um vértice do par de vértices intervisíveis
deve apresentar distância não superior a 500 m em relação a algum outro vértice da rede;

d) em áreas urbanas, nenhum imóvel deve apresentar distância superior a 500 m em relação
a um vértice da RRCM ou a um marco geodésico do SGB;

e) núcleos urbanizados ou de características urbanas em áreas rurais devem atender aos quesitos
para áreas urbanas;

f) recomenda-se que o novo vértice da RRCM seja determinado em relação aos vértices preexistentes
mais próximos (incluindo RRCM de município vizinho, quando implantado(s) de acordo com esta
Norma), visando atender ao princípio da vizinhança geodésica;

g) caso seja possível e/ou necessário, o município pode medir novamente ou recalcular vértices
a partir de dados brutos de redes já existentes para se adequar a esta Norma;

h) cada vértice principal ou de apoio deve ter ao menos uma das altitudes (geodésica ou normal)
com desvio-padrão conhecido.

6.3 Nomenclatura dos vértices de densificação


Cada vértice principal ou de apoio deve atender à seguinte padronização: código de sete dígitos
do município (de acordo com a tabela de códigos de municípios do IBGE) – P (vértice “Principal”)
ou A (vértice de “Apoio”) – sequência de quatro dígitos numéricos.

Para o município de Florianópolis/SC, cujo código do município é 4205407, tem-se:

4205407-P-0001; 4205407-A-0001; 4205407-P-0028; 4205407-A-0365; 4205407-P-9999


6.4 Materialização dos vértices de densificação
Devem ser considerados a estabilidade do solo ou do pavimento na escolha do local da materialização
e a durabilidade do material utilizado.

Os vértices principais ou de apoio podem ser materializados com um dos seguintes materiais:

a) marco de concreto tronco-piramidal com chapa identificadora no centro ou furo central;

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ABNT NBR 14166:2022

b) marco rochoso com chapa identificadora no centro ou furo central;

c) marco metálico com chapa identificadora no centro ou furo central;

d) marco de material sintético com chapa identificadora no centro ou furo central;

e) chapa metálica com furo central incrustada na superfície;

f) cano metálico com 8 mm de diâmetro, implantado na superfície;

g) pino com furo central (e arruela identificadora opcional);


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h) parafuso com furo central (e, opcionalmente, com arruela identificadora);

i) prego de material inoxidável com furo central (e, opcionalmente, com arruela identificadora);

j) rebite metálico com furo central (e, opcionalmente, com arruela identificadora);

k) furo na superfície com 8 mm de diâmetro e no mínimo 10 mm de profundidade;

l) corte em formato de cruz em superfície rochosa.

NOTA A identificação da nomenclatura do vértice é opcional em sua materialização e, por conveniência,


podem-se omitir os sete dígitos referentes ao código do município.

6.5 Métodos de levantamento para densificação da RRCM


As coordenadas planimétricas dos vértices principais e de apoio podem ser determinadas por meio
de posicionamento por GNSS, poligonação, método de estação livre ou método do alinhamento.

A determinação das altitudes geodésicas ocorre por meio dos métodos de posicionamento por GNSS
previstos para vértice principal e vértice de apoio, enquanto a determinação das altitudes normais pode
ser realizada por meio de nivelamento geométrico, nivelamento trigonométrico, método de estação
livre ou nivelamento por GNSS pelo método relativo.

A densificação da altimetria por nivelamento geométrico e trigonométrico deve atender


à ABNT NBR13133 para os nivelamentos classe IN e IIN.

6.5.1 Posicionamento por GNSS

Para o posicionamento por GNSS, deve-se atender ao seguinte:

a) posicionamento relativo estático, estático-rápido ou semicinemático (stop and go), com receptores
do GNSS de simples frequência ou multifrequências;

b) PDOP médio igual ou inferior a 3, com PDOP máximo igual ou inferior a 5 durante toda a sessão
de rastreio;

c) máscara de elevação mínima de 15º, com taxa de registro (gravação de dados) de 5 s, 10 s


ou 15 s;

d) nenhum obstáculo no mesmo nível ou acima do nível da antena GNSS em um raio de 3 m


em torno do vértice principal ou de apoio;

e) cobertura de 270º do horizonte, ou seja, ¾ do mapa de obstrução, não pode apresentar obstáculo
com ângulo de elevação superior a 20º em relação ao horizonte da antena GNSS;

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ABNT NBR 14166:2022

f) nenhum obstáculo deve apresentar ângulo de elevação superior a 30º em relação ao horizonte
da antena GNSS;

g) ao adotar o método semicinemático, deve-se observar a necessidade de no mínimo dois vetores


independentes a partir de vértice(s) superior(es) e/ou de marco(s) do SGB;

h) o tempo mínimo de rastreio, sem ocorrência de perdas críticas de sinal, deve ser determinado
em função do tamanho da linha de base, de acordo com a Tabela 2.

Tabela 2 – Tempo de rastreio em função do tamanho da linha de base e do tipo de receptor do GNSS
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Extensão da linha de base Tempo mínimo de rastreio


Tipo de receptor do GNSS
km min
0–5 20 Simples ou multifrequências
5 – 10 30 Simples ou multifrequências
10 – 20 60 Simples ou multifrequências

6.5.2 Poligonação

Na poligonação, deve-se atender ao seguinte:

a) poligonal principal apoiada em dois pontos distintos ou apoiada em duas bases distintas,
de acordo com a ABNT NBR 13133;

b) recomenda-se que o caminhamento da poligonal seja próximo do caminhamento retilíneo


ou com ângulos horizontais entre os alinhamentos situados entre 30° e 330°, visando minimizar
a propagação de erros em função da geometria da poligonal.

6.5.3 Método de estação livre

No método de estação livre, deve-se atender ao seguinte:

a) utilizar entre três e quatro vértices da RRCM e/ou dos marcos geodésicos do SGB como pontos
de controle, sendo recomendado que o ponto de estação livre esteja situado o mais próximo
possível do centro geométrico do polígono formado pelos pontos de apoio;

b) no caso do ponto de estação livre se situar fora do polígono formado pelos pontos de apoio,
nenhum ângulo horizontal formado entre dois alinhamentos contendo o ponto de estação deve
apresentar valor menor do que 15º;

c) o prisma refletor deve estar em bastão dotado de nível de bolha, apoiado em bipé, tripé
ou em dispositivo de centragem forçada;

d) realizar pelo menos uma série de leituras conjugadas para cada vértice de apoio.

6.5.4 Método do alinhamento

No método do alinhamento, deve-se atender ao seguinte:

a) deve-se utilizar estação total, tanto para medir as distâncias, quanto para assegurar o alinhamento
dos novos vértices da RRCM;

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ABNT NBR 14166:2022

b) devem ser realizadas ao menos duas medidas de distância a cada ponto visado;

c) o prisma refletor deve estar em bastão dotado de nível de bolha, apoiado em bipé, tripé
ou em dispositivo de centragem forçada;

d) recomenda-se o uso do mesmo prisma refletor, bastão ou dispositivo de centragem forçada,


em todo o alinhamento;

e) o vértice a ser determinado pelo método do alinhamento deve, sempre que possível, ser intervisível
a outro vértice da RRCM ou do SGB, a uma distância de no mínimo 100 m deste vértice;
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f) o novo vértice deve estar situado entre os dois pontos de controle ao longo do alinhamento
(ver Figura 5).

Figura 5 – Exemplo de execução do método do alinhamento

6.5.5 Nivelamento por GNSS

Na densificação da RRCM, utilizar o método relativo, e, para o cálculo da altitude normal, utilizar
dois vértices da RRCM e/ou marcos geodésicos do SGB, sendo que o resultado é o valor médio
encontrado nos cálculos para cada ponto de apoio utilizado.

6.5.6 Nivelamento geométrico e trigonométrico

No nivelamento geométrico e trigonométrico, deve-se atender ao seguinte:

a) a densificação da altitude por meio de nivelamento geométrico ou trigonométrico deve atender


à ABNT NBR13133 para os nivelamentos classe IN ou IIN;

b) a densificação da altitude por meio de nivelamento geométrico ou trigonométrico deve partir


de um vértice da RRCM e/ou marco geodésico do SGB e finalizar em outro vértice da RRCM
e/ou marco geodésico do SGB, realizando ainda duplo nivelamento.

7 Ajustamento e controle de qualidade


Todo vértice da RRCM deve ter sua posição espacial determinada por meio de um processo
de ajustamento e de controle de qualidade, o que garante maior acurácia e confiabilidade aos
resultados.

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7.1 Processamento dos dados dos vértices superiores


O processamento deve ser realizado conforme requisitos a seguir:

a) ao utilizar os marcos da rede passiva do SGB, conferi-los por meio de marcos da Rede Brasileira
de Monitoramento Contínuo (RBMC), conforme o tempo de rastreio sugerido na Tabela 1.
A diferença entre cada coordenada oficial do marco geodésico do SGB e a respectiva coordenada
obtida por meio do posicionamento relativo em relação a um marco da RBMC não pode exceder
± 20 mm;
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b) utilizar a altitude geodésica, sendo que a altura e o modelo da antena devem ser fornecidos
conforme as orientações do manual do equipamento;

c) após a coleta dos dados (sessões de rastreio GNSS) e antes do ajustamento destes, realizar
o processamento dos dados GNSS. O processamento deve ser por meio do posicionamento
relativo de cada vetor (linha de base), sendo que somente os vetores que obtiverem solução fixa
na etapa de processamento, com nível de confiança mínimo de 0,95 (95 %), podem ser utilizados
posteriormente no ajustamento;

d) o resultado fornece as componentes 3D de cada vetor (ΔX, ΔY, ΔZ), bem como as suas
respectivas variâncias e covariâncias, das quais é possível extrair suas precisões (desvios-padrão)
e correlações. As componentes dos vetores entre dois vértices correspondem às diferenças
de suas coordenadas cartesianas geocêntricas X,Y,Z;

e) analisar a propagação de erros a priori em cada vértice superior, considerando a precisão nominal
fornecida pelo manual do equipamento e a precisão (desvio-padrão) das coordenadas de cada
marco geodésico do SGB.

7.2 Ajustamento dos vértices superiores da RRCM


Após o processamento dos dados GNSS, o ajustamento dos vértices superiores deve ser por meio
do Método dos Mínimos Quadrados (MMQ), considerando dois ou mais marcos geodésicos do SGB
como pontos de referência (controle) no processo de ajustamento.

Embora as coordenadas dos marcos geodésicos do SGB devam permanecer fixas no processo
de ajustamento, as suas precisões (desvios-padrão) devem ser propagadas para os vértices superiores.
Uma maneira conservadora de propagar as precisões (desvios-padrão) dos marcos geodésicos
do SGB é considerar que a precisão (desvio-padrão) de cada coordenada (,,) de cada vértice superior
é calculada conforme a seguir:

σx
(σ2x SGB1
+  + σ2x
SGBk
) + (σ2∆x 1
+  + σ2∆x
n
)
k n

σY
(σ2y SGB1
+  + σ2y
SGBk
) + (σ2∆y 1
+  + σ2∆y
n
)
k n

σz
(σ2z
SGB1
+  + σ2z
SGBk
) + (σ2∆z
1
+  + σ2∆z
n
)
k n

onde

σSGBi é a precisão (desvio-padrão) da coordenada oficial do i-ésimo marco geodésico do SGB;

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σΔi é a precisão (desvio-padrão) do componente do i-ésimo vetor relacionado à coordenada


do vértice superior em questão;

k é o número total de pontos de controle da rede (marcos geodésicos do SGB) e;

n é o número total de vetores relacionados ao vértice superior em questão.

7.2.1 Para o ajustamento dos vértices superiores estão definidas duas estratégias, sendo uma com
ajustamento em rede e outra com ajustamento individual. A estratégia de ajustamento em rede deve
ser realizada com no mínimo dois marcos geodésicos do SGB, devendo cada vértice superior estar
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conectado com pelo menos dois outros pontos (VS e/ou marcos do SGB), por meio de pelo menos
três vetores. Neste caso, recomenda-se que os vetores de cada vértice sejam relativos aos vértices
mais próximos deste (princípio da vizinhança), visando maior otimização na distribuição de erros
(ver Figura 6).

Figura 6 – Exemplo de ajustamento em rede GNSS contendo pelo menos três vetores em cada VS

7.2.2 A estratégia de ajustamento individual do vértice superior em relação a dois ou mais marcos
geodésicos do SGB (ver Figura 7) apresenta maior propagação de erros ao vértice superior do que
a estratégia de ajustamento em rede, portanto deve-se dar preferência à primeira estratégia
(ver Figura 6 e item 7.2.1).

Figura 7 – Exemplo de ajustamento individual do vértice superior por dois ou mais marcos
geodésicos do SGB

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7.3 Ajustamento dos vértices principais e de apoio da RRCM

O processo de ajustamento das coordenadas e das altitudes dos vértices principais e de apoio
da RRCM é determinado em função do método de levantamento empregado (rede GNSS, poligonal,
método de estação livre, método do alinhamento ou nivelamento). Em todos os casos, deve ser
realizada a propagação dos erros (precisões) das medições e dos pontos de controle para os vértices
ajustados.

7.3.1 Método de Rede GNSS


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O ajustamento dos vértices principais e de apoio deve seguir os mesmos requisitos apresentados para
os vértices superiores em 7.2 considerando os pontos de controle relativos a cada caso.

7.3.2 Método da poligonal

Os requisitos para o ajustamento no método da poligonal são os seguintes:

a) no caso de poligonal GNSS, iniciar em um vértice da RRCM ou em um marco geodésico do SGB


e finalizar em outro vértice distinto da RRCM ou em outro marco distinto do SGB, o ajustamento
da poligonal GNSS deve ser realizado pelo MMQ, sendo que cada vetor deve ser determinado
pelo posicionamento relativo com tempo mínimo de rastreio dado pela Tabela 2;

b) a poligonação com estação total deve ser apoiada em duas bases distintas (de acordo com
a ABNT NBR 13133). O ajustamento pode ser feito pelo MMQ ou por compensação de erros,
e em qualquer método de ajustamento deve ser apresentados os desvios-padrão dos vértices
ajustados;

c) considerar somente os valores médios obtidos pelas séries de leituras conjugadas como
observações a serem ajustadas. Por exemplo, para duas séries de leituras conjugadas (posição
direta e inversa do instrumento), somente a distância média ao vértice de vante, obtida por meio
das duas séries (isto é, das quatro leituras), deve ser utilizada no ajustamento.

7.3.3 Método de estação livre

No método de estação livre, o ajustamento pode ser realizado por qualquer modelo matemático
(planimétrico, altimétrico ou planialtimétrico), desde que apresente os resíduos das observações
ajustadas e os desvios-padrão das coordenadas ajustadas do vértice.

7.3.4 Método do alinhamento

7.3.4.1 No método do alinhamento, o cálculo das coordenadas planimétricas (X,Y) do vértice


da RRCM deve ser realizado pelas seguintes equações:

d d
= XI +
X ⋅ ∆X Y= YI + ⋅ ∆Y
D D

∆X= ( X F - X I ) ∆Y= (YF - YI )

onde

XI, YI são as coordenadas do vértice da RRCM ou do marco geodésico do SGB referentes


ao ponto de estação;

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d é a média das distâncias horizontais medidas do ponto de estação ao novo vértice a ser
determinado no alinhamento;

D é a média das distâncias horizontais medidas do ponto de estação ao outro vértice


conhecido da RRCM ou do marco geodésico do SGB;

XF e YF são as coordenadas do ponto final (conhecido) do alinhamento.

7.3.4.2 Os desvios-padrão das coordenadas planimétricas (σX, σY) do vértice da RRCM, obtido pelo
método do alinhamento, devem ser determinados pelas seguintes equações:
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2 2 2 2
 d 
2 +  ∆X  ⋅ σ 2 + ∆X ⋅ d
 d
σ=
X 1 -
 D ⋅ σ    2 
⋅ σ2 +   ⋅ σ2X
XI  D d  D  D F
D

2 2 2 2
 d 
2 +  ∆Y  ⋅ σ 2 + ∆Y ⋅ d
 d
σ=
Y 1 -
 D ⋅ σ   ⋅ σ2 +   ⋅ σY2
YI  D d  2  D  D F
D

onde

σk é o desvio-padrão da respectiva grandeza k. Por exemplo, “σXI” corresponde


ao desvio-padrão da coordenada XI, “σYI” corresponde ao desvio-padrão da coordenada
YI e assim por diante.

X,Y são as coordenadas do vértice da RRCM ou do marco geodésico do SGB referentes


ao ponto de estação;

d é a média das distâncias horizontais medidas do ponto de estação ao novo vértice


a ser determinado no alinhamento;

D é a média das distâncias horizontais medidas do ponto de estação ao outro vértice


conhecido da RRCM ou do marco geodésico do SGB;

XF e YF são as coordenadas do ponto final (conhecido) do alinhamento

7.3.4.3 A precisão planimétrica (desvio-padrão horizontal ou 2D) para o novo vértice deve ser
calculada conforme a seguinte equação:

σ2D = σ2x + σ2y

7.3.5 Nivelamento

Quando for adotado o modelo quase geoidal para a altimetria, todos os vértices superiores devem
ter a altitude normal determinada pelo nivelamento por GNSS pelo método absoluto, conforme
a ABNT NBR 13133.

Quando for realizado o nivelamento geométrico utilizando RRNN do SGB, o ajustamento das altitudes
normais deve ser realizado pelo MMQ ou por qualquer outro método de distribuição de erros que
apresente os resíduos dos desníveis ajustados e os desvios-padrão das altitudes normais dos vértices
superiores.

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ABNT NBR 14166:2022

O ajustamento das altitudes normais por meio de nivelamento geométrico ou trigonométrico deve ser
realizado pelo MMQ ou por qualquer outro método de distribuição de erros que apresente os resíduos
dos desníveis ajustados e os desvios-padrão das altitudes normais dos vértices principais e de apoio.

No caso de nivelamento por GNSS pelo método relativo, a altitude normal (H) do VP ou do VA e o seu
respectivo desvio-padrão são calculados pela seguinte equação:

σH + σ H2
σH = 1
2
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onde

H1 e H2 são os valores da altitude normal obtidos em relação ao(s) vértice(s) da RRCM e/ou
do marco geodésico do SGB utilizados como pontos de controle;

σ H1 e σ H 2 são os desvios-padrão, sendo estes valores obtidos conforme a ABNTNBR 13133.

7.4 Precisão posicional dos vértices da RRCM

Todo vértice da RRCM, após o processo de cálculo e de ajustamento, não pode apresentar na sua
resultante planimétrica um desvio-padrão posicional com valor superior a:

σ2D ≤ 20 mm , para vértices superiores, e


σ2D ≤ 50 mm , para os demais tipos de vértices
O desvio-padrão da altitude geodésica não pode exceder 50 mm para todos os vértices da RRCM
e a diferença entre os desvios-padrão das altitudes normais dos vértices da RRCM não pode
exceder 50 mm.

7.5 Controle de qualidade dos vértices superiores

7.5.1 Generalidades

Os procedimentos para o controle de qualidade dos vértices superiores consistem em rotinas


de controle realizadas antes e após o processo de ajustamento. O objetivo do controle de qualidade
é identificar e eliminar possíveis erros grosseiros ou sistemáticos na determinação da RRCM.

7.5.2 Controle de qualidade antes do ajustamento

7.5.2.1 No caso da estratégia de ajustamento em rede em 7.2.1, o erro de fechamento tridimensional


de cada polígono de três lados da rede GNSS deve ser igual ou melhor que ± (10 mm + 1 ppm),
considerando a extensão tridimensional do polígono considerado. Caso um ou mais vértices superiores
não estejam contidos em pelo menos um polígono de três lados, devem-se considerar ainda polígonos
de quatro ou mais lados, de tal forma que cada VS esteja contido em pelo menos um polígono com
erro de fechamento tridimensional igual ou melhor que ± (10 mm + 1 ppm).

7.5.2.2 No caso da estratégia de ajustamento individual em 7.2.2, calcular as coordenadas


do VS a partir de cada um dos marcos geodésicos do SGB. A diferença tridimensional resultante
nas coordenadas do VS deve ser igual ou inferior a ± 20 mm, quando comparadas duas soluções
individuais obtidas com o vetor e o marco geodésico do SGB considerado.

7.5.2.3 Para o cálculo da altitude normal por meio de nivelamento geométrico em relação às RRNN
do SGB, realizar um controle de qualidade prévio por meio de nivelamento geométrico classe IN com

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ABNT NBR 14166:2022

erro de fechamento admissível de 6 mm √K (conforme a ABNT NBR 13133) entre as duas ou mais
RRNN que são utilizadas como referências altimétricas.

7.5.2.4 Para RRNN de uma mesma linha de nivelamento, recomenda-se que o controle de qualidade
seja feito por RN de outra linha para verificação de erros sistemáticos. Quando utilizadas RRNN
de linhas distintas, o controle pode ser feito entre os marcos de RN do SGB, sem a necessidade
de se nivelar por outra linha.

7.5.2.5 No caso da utilização de modelo quase geoidal, não há controle de qualidade nos valores
das altitudes normais dos VS determinados pelo nivelamento por GNSS por método absoluto. No caso
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da realização de nivelamento geométrico em relação à RRNN do SGB, o erro de fechamento admissível


também deve ser de 6 mm √ K, partindo de uma RN do SGB e finalizando em outra RN do SGB.

7.5.3 Controle de qualidade após o ajustamento

Após realizado o ajustamento por meio de 7.6.2.1 ou 7.6.2.2, calcular os resíduos (correções) para
os componentes (ΔX, ΔY e ΔZ) de cada vetor independente ajustado.

Se os resíduos apresentarem valores menores do que três vezes os respectivos desvios-padrão


das componentes do vetor, o vetor ajustado é aceito. Caso contrário, substituir os desvios-padrão
de todas as componentes do vetor pelo valor do maior resíduo em módulo. Caso o software utilizado
não permita configurar os desvios-padrão das componentes do vetor, este vetor deve ser descartado
ou substituído e o ajustamento deve ser realizado novamente, sendo que todas as exigências anteriores
devem ser novamente atendidas.

Após a realização deste procedimento, calcular os desvios-padrão das coordenadas ajustadas dos
vértices superiores.

Para os desvios-padrão das altitudes normais dos vértices superiores obtidos pelo nivelamento por
GNSS, pelo método absoluto ou por nivelamento geométrico em relação à RRNN do SGB, seguir
as equações de propagação da precisão de acordo com a ABNT NBR 13133.

Para o uso das RRNN do SGB, o erro de fechamento deve atender ao nivelamento Classe IN que
é de 6 mm , onde K é dado em quilômetros.

7.6 Controle de qualidade dos vértices principais e de apoio

7.6.1 Generalidades

Assim como os vértices superiores, os vértices principais e de apoio devem apresentar rotinas
de controle visando identificar e eliminar possíveis erros grosseiros e sistemáticos na densificação
da RRCM.

7.6.2 Antes do ajustamento

O controle de qualidade antes do ajustamento dos vértices principais e de apoio é determinado


em função do método de determinação empregado.

7.6.2.1 Rede GNSS

No caso da estratégia de ajustamento individual (ver em 7.2.2) a diferença tridimensional resultante


nas coordenadas do vértice deve ser no máximo de até 25 mm para vértices principais de no máximo
até 30 mm para vértices de apoio, quando são comparadas duas soluções individuais obtidas para
cada vetor e ponto de controle considerado.

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7.6.2.2 Poligonal

Para o caso de poligonal GNSS ou de poligonal com estação total ajustada por compensação
de erros, o erro de fechamento linear relativo deve ser igual ou melhor do que 1:15 000 e deve atender
ao seguinte:

a) para poligonal GNSS, o erro de fechamento tridimensional resultante deve ser de até 25 mm para
vértices principais de até 30 mm para vértices de apoio, quando são comparadas as coordenadas
conhecidas e as coordenadas obtidas no processamento GNSS para o ponto de controle
de chegada da poligonal;
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b) na poligonal com estação total, para cada série de leitura conjugada, a diferença entre o valor
na posição direta e na posição inversa do instrumento não pode exceder ± 30” em medições
angulares e ± (10 mm + 3 ppm) em medições lineares;

c) para poligonal com estação total ajustada por compensação de erros, o erro de fechamento
angular deve ser igual ou menor do que (15” √ n ) + 10”, onde n é o número de estações
da poligonal.

7.6.2.3 Método do alinhamento

No método do alinhamento, a diferença entre duas medições de uma mesma distância não pode
exceder ± (10 mm + 3 ppm).

7.6.2.4 Método de estação livre

No método de estação livre, para cada série de leitura conjugada, a diferença entre o valor na
posição direta e na posição inversa do instrumento não pode exceder ± 30” em medições angulares
e ± (10 mm + 3 ppm) em medições lineares.

Além disso, devem-se calcular as coordenadas do novo vértice a ser determinado a partir de cada
irradiação simples. A diferença nas coordenadas deste vértice deve ser igual ou inferior a ± 20 mm
em cada coordenada planimétrica.

7.6.2.5 Nivelamento

O erro de fechamento altimétrico deve atender à ABNT NBR 13133 para nivelamento Classe IN
(geométrico) ou IIN (trigonométrico).

Quando utilizado algum modelo quase geoidal, além do erro de fechamento do duplo nivelamento,
é admitido que o erro residual de fechamento, eliminado o erro do duplo nivelamento, seja do modelo
quase geoidal, devendo ser inferior a ± (10 mm + 5 ppm), considerando a distância total entre o vértice
de partida e o vértice de chegada.

Quando utilizado o nivelamento por GNSS pelo método relativo em relação a dois pontos de controle,
a tolerância de fechamento deve ser de ± (10 mm + 5 ppm), quando comparadas as soluções individuais
obtidas em relação a cada um dos pontos de controle.

7.6.3 Após o ajustamento dos vértices principais e de apoio

O controle de qualidade após o ajustamento dos vértices principais e de apoio é determinado


em função do método de determinação utilizado. Caso os erros de fechamento ou os resíduos excedam
a tolerância do método adotado, refazer as medições e/ou selecionar outro(s) ponto(s) de controle.

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ABNT NBR 14166:2022

7.6.3.1 Rede GNSS

No caso dos métodos GNSS, o controle de qualidade após o ajustamento deve atender os mesmos
requisitos para os vértices superiores apresentadas em 7.5.3.

7.6.3.2 Poligonal

Para o caso de poligonal ajustada pelo MMQ, o resíduo de cada observação ajustada não pode
exceder três vezes o valor da precisão (desvio-padrão) assumida para a observação.

Caso o software de processamento não forneça a precisão de cada vértice ajustado, pode-se utilizar
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a estratégia de propagação de erros (precisões) conforme a ABNT NBR 13133.

7.6.3.3 Método de estação livre

Quando o modelo matemático do cálculo da estação livre fornecer os valores de resíduos, estes não
podem ultrapassar ±20 mm em cada coordenada planimétrica e ±30 mm na coordenada altimétrica
de cada ponto de apoio, quando utilizados três pontos de apoio; ou então ±35 mm em cada coordenada
planimétrica e ±50 mm na coordenada altimétrica de cada ponto de apoio, quando utilizados quatro
pontos de apoio.

Caso o modelo matemático não forneça os valores de resíduos, estes devem ser calculados comparando
os valores das coordenadas conhecidas dos vértices da RRCM, utilizados como pontos de controle,
com os valores das coordenadas destes mesmos vértices, obtidas a partir do ponto de estação livre
determinado. As tolerâncias para estes casos são de ±20 mm em cada coordenada planimétrica
e ± 30 mm na coordenada altimétrica de cada ponto de apoio, quando utilizados três pontos de apoio;
ou então ± 35 mm em cada coordenada planimétrica e ±50 mm na coordenada altimétrica de cada
ponto de apoio, quando utilizados quatro pontos de apoio.

7.6.3.4 Nivelamento

Caso o software de processamento não forneça a precisão de cada altitude ajustada, pode-se utilizar
a estratégia de propagação de erros (precisões) conforme a ABNT NBR 13133.

8 Sistema de coordenadas e sistema de referência da RRCM


As coordenadas planimétricas dos vértices da RRCM devem ser expressas como latitude (φ)
e longitude (λ) geodésicas até o décimo milésimo do arco de segundo (0,0001”) e deve ser adotado
o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).

Para fins de projeção em sistema planorretangular, as coordenadas dos vértices da RRCM podem ser
determinadas no Sistema Topográfico Local, nos Sistemas particulares de Transversos de Mercator
(UTM, RTM, LTM), ou em outro sistema de projeção adequado à necessidade e à realidade municipais,
desde que seja possível a conversão para coordenadas geodésicas e vice-versa. Em todos os casos,
devem ser divulgados os parâmetros da projeção adotada e tanto as coordenadas geodésicas como
as planorretangulares devem ser incluídas nas monografias dos vértices.

9 Documentação
9.1 Generalidades
A municipalidade deve gerenciar alguns documentos na implantação e na densificação da rede,
de forma a assegurar cálculos e reajustamento futuros quando necessário e oportuno. Portanto,

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documentos de campo, dados brutos, relatório de processamento, monografia dos marcos geodésicos
do SGB e monografia dos vértices da RRCM devem fazer parte do fluxo de informações na concepção
da RRCM e devem ser arquivados adequadamente pelo órgão gestor da rede.

9.2 Documentos de campo

Os documentos de campo são constituídos por:

a) croqui de campo;
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b) caderneta de medições (eletrônica ou analógica);

c) GNSS – com modelo e altura da antena e horário de início e fim de rastreio;

d) estação total – direções angulares e distâncias medidas em campo;

e) nível – leituras na mira e desníveis obtidos no levantamento;

f) fotografias dos vértices implantados e densificados.

9.3 Dados brutos

Para os dados brutos, deve-se proceder conforme a seguir:

a) arquivar os arquivos brutos no formato original do equipamento utilizado e no formato RINEX;

b) originais das estações totais e dos níveis em meio digital e formato de texto;

9.4 Relatórios de processamento

Os relatórios de processamento são constituídos por:

a) relatório de processamento dos vetores GNSS;

b) relatório de fechamento de poligonais com as projeções dos lados;

c) relatório de fechamento de nivelamento;

d) relatório de ajustamento planimétrico e altimétrico dos vértices da RRCM.

9.5 Monografias dos marcos e vértices de referência

As monografias dos marcos geodésicos do SGB, planimétricos e altimétricos devem ser arquivadas
com as informações que constam nos documentos na data do processamento.

9.6 Monografia dos vértices da RRCM (ver o Anexo A)

Todo vértice da RRCM deve ter monografia contendo no mínimo:

a) nome do vértice;

b) coordenadas geodésicas;

c) coordenadas planorretangulares;

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d) altitude geodésica e/ou altitude normal;

e) precisão (desvio-padrão) das coordenadas planimétricas e altimétrica(s);

f) croqui de localização do vértice;

g) data do levantamento e ajustamento;

h) origens planimétricas e altimétricas;


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i) informações adicionais:

1. A monografia deve conter um texto informando que o vértice foi implantado de acordo com
esta Norma.

2. A nomenclatura de pontos materializados de redes existentes deve constar na monografia


dos vértices da RRCM.

10 Disponibilização dos dados


As monografias dos vértices da RRCM e dos demais documentos técnicos que auxiliam nos
levantamentos e na densificação da rede devem ser disponibilizadas preferencialmente online
e gratuitamente, sobretudo aos profissionais das áreas técnicas.

11 Manutenção e continuação da RRCM


Recomenda-se que a RRCM seja administrada, tenha manutenções preventiva e corretiva periódicas
na conservação física dos vértices e busque sua expansão por meio dos processos de densificação
adequados. Isto contribui para as adequadas manutenção e gestão da base cartográfica do município,
racionalizando e reduzindo custos com levantamentos, cadastros e regularização fundiários, buscando
manter o máximo de atualização nestas infraestruturas de dados espaciais.

NOTA A implantação da RRCM traz benefícios para todas as áreas da gestão territorial do município, pois
com o padrão de sistema geodésico e de coordenadas para todo município é possível integrar levantamentos,
projetos e execução e demais informações espaciais entre as diversas secretarias que constituem
a municipalidade.

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Anexo A
(informativo)

Exemplo de monografia de vértice da Rede de Referência Cadastral


Municipal (RRCM)

IDENTIFICAÇÃO DO VÉRTICE
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Município/UF:
Bairro:
Endereço:
Responsável técnico:
Identificação do vértice:
Tipo de materialização:
Método(s) de determinação:

Vértices de referência do(s) ajustamento(s):

Observações gerais:

COORDENADAS GEODÉSICAS, ALTIMÉTRICAS E PLANO-RETANGULARES DO VÉRTICE


Sistema geodésico de referência:
Datum altimétrico:
Sistema de coordenadas plano-retangulares (TM ou PTL):
φ= Desvio-padrão = N ou y = Desvio-padrão =
λ= Desvio-padrão = E ou x = Desvio-padrão =
h= Desvio-padrão = H= Desvio-padrão =

Descrição do vértice e itinerário:

MAPA DE SITUAÇÃO, CROQUI DE DETALHES E REGISTROS FOTOGRÁFICOS DO VÉRTICE

Data do levantamento: Data do processamento:

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Bibliografia

[1]  BRASIL. Decreto Federal nº 89.817, de 20 de junho de 1984, que estabelece as Instruções
reguladoras das normas técnicas da cartografia nacional.

[2]  EPUSP-PTR. Informações espaciais II: Notas de Aula. 2004. Laboratório de Topografia
e Geodésia.
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[3]  IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Resolução PR nº 22, de 21 de julho


de 1983, publicada no Boletim de Serviço nº 1602, de 01 de agosto de 1983 – Especificações
e normas gerais para levantamentos geodésicos

[4]  IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Dezembro de 1992, versão preliminar
– Especificações e normas gerais para levantamentos GPS.

[5]  IBGE – Instruções para homologação de estações estabelecidas por outras instituições, 11/2016

[6]  INCRA – Manual técnico de posicionamento INCRA, 2013.

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