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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 8451-3
Segunda edição
31.03.2020

Postes de concreto armado e protendido para


redes de distribuição e de transmissão de
energia elétrica
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Parte 3: Ensaios mecânicos, cobrimento da


armadura e inspeção geral
Reinforced and prestressed concrete pole for electric power distribution and
transmission lines
Part 3: Mechanical tests, armature concrete cover and general inspection

ICS 29.240.01; 91.100.30 ISBN 978-65-5659-004-2

Número de referência
ABNT NBR 8451-3:2020
14 páginas

© ABNT 2020
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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Ensaios em postes..............................................................................................................1
3.1 Aparelhagem........................................................................................................................1
3.1.1 Banca de ensaio..................................................................................................................1
3.1.2 Máquina de ensaio (tração)................................................................................................2
3.1.3 Dispositivo de ancoragem..................................................................................................2
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3.1.4 Equipamento de medição de cargas.................................................................................3


3.1.5 Régua milimetrada .............................................................................................................3
3.1.6 Régua metálica ou de madeira ..........................................................................................3
3.1.7 Trena métrica.......................................................................................................................3
3.1.8 Cronômetro..........................................................................................................................3
3.1.9 Baliza ...................................................................................................................................3
3.1.10 Carrinho de apoio................................................................................................................3
3.1.11 Chapa metálica....................................................................................................................3
3.1.12 Dispositivo para ensaio de carga vertical ........................................................................3
3.1.13 Paquímetro ..........................................................................................................................3
3.1.14 Equipamento eletrônico detector de armaduras e medidor de camada de concreto..3
3.1.15 Martelo ou marreta de aço .................................................................................................4
3.1.16 Braço rígido para ensaio de momento fletor (MA) e de torção.......................................4
3.1.17 Fissurômetro de lâminas....................................................................................................4
3.1.18 Cabo metálico .....................................................................................................................4
3.1.19 Linha de náilon ...................................................................................................................4
3.1.20 Cabo de aço ........................................................................................................................4
3.1.21 Dispositivo metálico para aplicação da carga no topo do poste...................................4
4 Execução dos ensaios........................................................................................................4
4.1 Inspeção geral.....................................................................................................................4
4.1.1 Acabamento.........................................................................................................................4
4.1.2 Dimensões, furações e traços de referência....................................................................4
4.1.3 Retilineidade........................................................................................................................5
4.1.4 Verificação da desobstrução do furo de aterramento.....................................................5
4.1.5 Identificação........................................................................................................................5
4.1.6 Registro ...............................................................................................................................5
4.2 Ensaios mecânicos ............................................................................................................5
4.2.1 Sequência dos ensaios.......................................................................................................5
4.2.2 Procedimento geral.............................................................................................................6
4.2.3 Procedimentos específicos para verificação de fissuras...............................................6
4.2.4 Ensaio para verificação do momento fletor (MA) no plano de aplicação da carga
nominal.................................................................................................................................6
4.2.5 Ensaio de torção ...............................................................................................................7

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4.2.6 Ensaio de elasticidade do poste com carga nominal......................................................7


4.2.7 Ensaio de ruptura ...............................................................................................................9
4.2.8 Execução do ensaio de carga vertical..............................................................................9
4.2.9 Verificação do cobrimento.................................................................................................9
4.2.10 Processo instrumental......................................................................................................10
4.2.11 Expressão dos resultados................................................................................................10
Anexo A (normativo) Ensaio de carga vertical................................................................................ 11
Anexo B (normativo) Diagrama do momento fletor resultante......................................................12
Anexo C (normativo) Diagrama para determinação do momento fletor.......................................13
Anexo D (normativo) Determinação do momento torsor...............................................................14
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Figuras
Figura 1 – Exemplo de dispositivos enrijecidores aplicados em ensaio de poste circular..........2
Figura 2 – Exemplo de dispositivo aplicado em ensaio de poste DT.............................................2
Figura A.1 ‒ Dispositivo do ensaio de carga vertical e relação de material para o ensaio......... 11
Figura B.1 ‒ Gráfico de momento fletor resultante nominal que os postes de concreto devem
satisfazer em qualquer direção e sentido considerados..............................................12
Figura C.1 – Diagramas dos momentos fletores.............................................................................13
Figura D.1 – Ensaio de torção para determinação do momento torsor........................................14

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
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de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 8451-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de de Postes e Cruzetas (CE-018:600.008). O 1º Projeto
de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 07.01.2019 a 07.03.2019.
O 2º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 14.11.2019
a 16.12.2019.

A ABNT NBR 8451-3:2020 cancela e substitui a ABNT NBR 8451-3:2011, a qual foi tecnicamente
revisada.

A ABNT NBR 8451, sob o título geral “Postes de concreto armado e protendido para redes de
distribuição e de transmissão de energia elétrica”, tem previsão de conter as seguintes partes:

—— Parte 1: Requisitos;

—— Parte 2: Padronização de postes para redes de distribuição de energia elétrica;

—— Parte 3: Ensaios mecânicos e inspeção;

—— Parte 4: Determinação da absorção de água;

—— Parte 5: Postes de concreto para entrada de serviço até 1 kV;

—— Parte 6: Postes de concreto armado e protendido para linhas de transmissão e subestações de


energia elétrica – Requisitos, padronização e ensaios complementares.

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ABNT NBR 8451-3:2020

O Escopo em inglês da ABNT NBR 8451-3 é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 8451 specifies the inspection and testing methods to determine the elasticity,
bending moment, torsion,vertical load, breaking load and concrete cover of reinforced concrete and
prestressed poles, with circular, square, rectangular or double T section, for overhead urban and rural
distribution and transmission lines, substations and branch lines up to 1 kV.
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Postes de concreto armado e protendido para redes de distribuição


e de transmissão de energia elétrica
Parte 3: Ensaios mecânicos, cobrimento da armadura e inspeção geral

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 8451 especifica os métodos de inspeção e de ensaio para a determinação da
elasticidade, do momento fletor MA, de torção,da carga vertical, da carga de ruptura e do cobrimento
da armadura de postes de concreto armado e protendido, de seções circular, quadrada, retangular
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ou duplo T, destinados a redes aéreas, urbanas e rurais, de distribuição, transmissão, subestação de


energia elétrica e ramais de ligação até 1 kV.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 8451-1:2020, Postes de concreto armado e protendido para redes de distribuição e de
transmissão de energia elétrica ‒ Parte 1: Requisitos

ABNT NBR 8451-2:2020, Postes de concreto armado e protendido para redes de distribuição e de
transmissão de energia elétrica – Parte 2: Padronização de postes para redes de distribuição de
energia elétrica

3 Ensaios em postes
3.1 Aparelhagem

3.1.1 Banca de ensaio

Dispositivo que permite simular as condições reais de engastamento perfeito entre o poste e a
fundação. Esse dispositivo deve ter rigidez suficiente de modo que a rotação e as deformações sejam
minimizadas (poste/banca e banca/solo).

A fim de evitar fissuras ou rupturas na região do engastamento, provocadas por concentrações de


tensões de cisalhamento, é facultado ao fabricante preencher com concreto a região do poste abaixo
do traço de engastamento, de tal forma que o poste fique com a seção maciça nessa região. Esse
preenchimento é permitido em todos os tipos de postes (duplo T, retangular, circular e quadrado) em
ensaio com cargas iguais ou superiores a 1 000 daN.

Alternativamente, substituindo o preenchimento com concreto, é permitido, para compensar os


esforços de cisalhamento decorrentes do engastamento imperfeito, o uso de dispositivos enrijecedores
ao longo da região de engastamento, podendo usar, para evitar a ovalização da seção do poste
circular, macacos hidráulicos internos ou para postes DT, reforço da alma do poste com chapas de aço
externas, conforme Figuras 1 e 2.

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Figura 1 – Exemplo de dispositivos enrijecidores aplicados em ensaio de poste circular

Figura 2 – Exemplo de dispositivo aplicado em ensaio de poste DT

3.1.2 Máquina de ensaio (tração)

Máquina capaz de aplicar a carga de ensaio ao poste, de modo contínuo e progressivo, sem impactos;
podendo ter acionamento elétrico, hidráulico ou manual.

3.1.3 Dispositivo de ancoragem

A estrutura de ancoragem da máquina de ensaio de tração deve ter capacidade compatível com as
cargas a serem aplicadas nos ensaios.

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3.1.4 Equipamento de medição de cargas

Dinamômetro ou célula de carga que permita a medida das forças com erro de medição inferior a 5 %
para toda a escala calibrada. Para a execução dos ensaios, deve ser utilizada tabela de correção de
leitura em função do certificado de calibração válido.

3.1.5 Régua milimetrada

Régua milimetrada com divisão de 0,5 mm, com erro de indicação inferior a 1 % em sua escala e
capacidade mínima de 300 mm.

3.1.6 Régua metálica ou de madeira


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Régua metálica ou de madeira, com aproximadamente 300 mm de comprimento.

3.1.7 Trena métrica

Trena com resolução de 1,0 mm e capacidade de medição compatível com o comprimento do poste
a ser ensaiado.

3.1.8 Cronômetro

Cronômetro digital ou analógico, com resolução mínima de 0,1 s.

3.1.9 Baliza

Dispositivo utilizado como referência para as medições das flechas, de base metálica, com três pontos
de apoio.

3.1.10 Carrinho de apoio

Carrinho de apoio para sustentação do poste durante ensaios mecânicos.

3.1.11 Chapa metálica

Chapa metálica com espessura mínima de 8,0  mm, utilizada como base deslizante do carrinho de
sustentação do poste durante os ensaios na banca. As dimensões da chapa devem ser adequadas à
distância de deslocamento do poste durante os ensaios mecânicos.

3.1.12 Dispositivo para ensaio de carga vertical

O dispositivo deve ser construído conforme as instruções contidas no Anexo A.

3.1.13 Paquímetro

Com escala em milímetros, faixa de indicação de 150 mm a 300 mm e resolução de 0,1 mm.

3.1.14 Equipamento eletrônico detector de armaduras e medidor de camada de concreto

Detector de armaduras e medidor de camada de concreto com sistema integrado que permita a
visualização da armadura em tempo real, permitindo a localização da armadura sob a superfície de
concreto. Essa determinação é efetuada com indicadores de proximidade da armadura e de recursos
sonoros de localização.

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3.1.15 Martelo ou marreta de aço

Martelo ou marreta de aço com massa aproximada de 2 kg. Este equipamento é destinado a quebrar
as extremidades e laterais da amostra de poste para o ensaio de cobrimento de armadura por processo
manual.

3.1.16 Braço rígido para ensaio de momento fletor (MA) e de torção

O dispositivo deve ser construído com material metálico, resistente às cargas solicitadas em ensaio,
com comprimento de 1 m do eixo do poste ao ponto de aplicação da carga e com sistema de braçadeira
com largura de 100 mm, ou composto de dois parafusos afastados 100 mm entre si, compatível com
os tipos de postes a serem ensaiados.
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3.1.17 Fissurômetro de lâminas

Jogo de lâminas para medir abertura de fissuras em concreto, com indicação de 0,05 mm a 1,2 mm e
extremidades com largura máxima de 6 mm e raio de curvatura de 3 mm.

3.1.18 Cabo metálico

Cabo metálico, com diâmetro de (8  ± 1)  mm, utilizado para ensaio de desobstrução do furo de
aterramento interno, de comprimento compatível com o poste a ser ensaiado.

3.1.19 Linha de náilon

Linha de náilon com 0,20 mm a 0,40 mm de diâmetro e comprimento compatível com o tamanho do
poste a ser ensaiado.

3.1.20 Cabo de aço

Cabo de aço utilizado nos ensaios mecânicos de resistência compatível com a carga a ser aplicada.

3.1.21 Dispositivo metálico para aplicação da carga no topo do poste

O dispositivo deve ser construído com material metálico, resistente às cargas solicitadas em ensaio,
com dimensões compatíveis com os tipos de postes a serem ensaiados.

4 Execução dos ensaios


4.1 Inspeção geral

4.1.1 Acabamento

Realizar inspeção visual contemplando as tolerâncias previstas na ABNT NBR 8451-1:2020, 4.2.

4.1.2 Dimensões, furações e traços de referência

Realizar inspeção dimensional, com auxílio de instrumento de medição, verificando os itens apresen-
tados de acordo com requisitos específicos para cada tipo de poste.

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4.1.3 Retilineidade

Realizar a inspeção de retilineidade esticando a linha de náilon em toda a extensão do poste em


ensaio, no sentido base/topo, e medindo, com auxílio de uma trena métrica com resolução de 1,0 mm,
em cinco pontos, o desvio correspondente à distância máxima entre a face externa do poste e a linha
estendida, na face considerada.

4.1.4 Verificação da desobstrução do furo de aterramento

Realizar esta verificação introduzindo, por meio da mangueira interna de aterramento, no sentido
base/topo, um cabo metálico de diâmetro (8 ± 1) mm, de comprimento compatível com o tamanho do
poste, até que a ponta do cabo apareça na extremidade oposta na região do topo. Não é permitido,
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utilizar ferramenta ou fio guia nesta operação.

4.1.5 Identificação

Realizar inspeção visual contemplando o previsto na ABNT NBR 8451-1:2020, 4.1.1 ou 4.1.2.

4.1.6 Registro

Registrar os itens inspecionados e os ensaios realizados em uma planilha de ensaio.

4.2 Ensaios mecânicos

Os ensaios mecânicos são apresentados a seguir:

 a) momento fletor (MA) no plano de aplicação da carga nominal;

 b) momento da torção;

 c) elasticidade do poste com carga nominal;

 d) elasticidade do poste com carga no limite elástico;

 e) carga de ruptura do poste;

 f) carga vertical.

4.2.1 Sequência dos ensaios

Sempre que dois ou mais dos ensaios citados em 4.2 forem realizados em um mesmo poste, a
sequência dada deve ser seguida, para evitar que um ensaio afete o resultado do outro. No caso de
postes duplo T, os ensaios de elasticidade previstos devem ser realizados somente em uma face de
cada amostra escolhida.

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4.2.2 Procedimento geral

4.2.2.1 Engastamento

Fixar a base do poste na banca de ensaios, com comprimento de engastamento conforme a equação
a seguir:
L
e= + 0,60
10
onde

L é o comprimento nominal do poste, expresso em metros (m);


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e é o comprimento de engastamento, expresso em metros (m).

Com a medida de engastamento assim obtida, fixar rigidamente o poste à banca por meio de sistema
mecânico, hidráulico ou outro tipo que produza a mesma condição.

Para ensaios de postes com momentos fletores nominais superiores a 20 000 daN.m, o fabricante pode
utilizar deflectômetros que registrem a eventual rotação (poste/banca e banca/solo), por deformação
da banca ou outros, com finalidade de corrigir a flecha medida.

NOTA Sugere-se que o poste, ao ser engastado na banca, fique com a sua identificação voltada para o
mesmo sentido que o da carga aplicada no topo do poste. No caso de poste duplo T, quando o ensaio for
realizado na face A, convém que a identificação fique voltada para cima.

4.2.2.2 Posição de apoio do carrinho para a sustentação do poste

Posicionar o carrinho de apoio sobre a chapa metálica a uma distância de aproximadamente (70 ± 10) %
do comprimento do poste no sentido base/topo.

4.2.3 Procedimentos específicos para verificação de fissuras

Quando for requerida a verificação de fissuras no concreto, esta deve ser realizada por meio da
introdução das lâminas do fissurômetro à profundidade de aproximadamente 3 mm na fissura a ser
analisada. Realizar essa verificação de acordo com a escala das lâminas, sempre da menor para a
maior, e introduzindo-as no sentido perpendicular à face do poste que contém a fissura. As lâminas
devem ser substituídas gradativamente, acompanhando a espessura e a disposição das fissuras.
O ensaio é concluído quando uma lâmina subsequente não consegue penetrar na fissura. O valor da
fissura é a espessura da última lâmina penetrada. O resultado final deve ser o maior valor encontrado,
considerando duas casas decimais.

4.2.4 Ensaio para verificação do momento fletor (MA) no plano de aplicação da carga nominal

Os valores de FA e MA, assim como os de F’A e M’A (valores para direção da menor inércia), devem
ser obtidos de acordo com a ABNT NBR 8451-2:2020, Tabelas A.1 a A.4, em função do tipo de poste.

O equipamento de medição de cargas, citado em 3.1.4, deve ser instalado entre o braço rígido e a
máquina de ensaio (tração) citada em 3.1.2

Com o poste engastado, conforme 4.2.2.1 , e com auxílio do braço rígido, citado em 3.1.16, aplicar
à distância d    100  mm do topo (plano de aplicação das cargas) lentamente e sem trancos,
simultaneamente, as cargas FA no plano de aplicação da carga nominal e a carga F, paralela ao eixo

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do poste, que deve ser aplicada à distância B = 1,0 m deste, conforme a Figura C.1 e a equação
a seguir:
0,7.ME - M A
FA =
h

Para B = 1,0 m, adotar |F| = |MA|

No caso de ensaio em postes duplo T, a distância d deve ser igual a 150 mm para a face A.

Mantidas as duas cargas por aproximadamente 3 min, verificar a existência de fissuras, com auxílio
do fissurômetro de lâminas (conforme 3.1.15), anotando os resultados em uma planilha de ensaio.
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Retirar a carga aplicada lentamente até que nenhuma carga esteja registrada no dinamômetro.

Verificar a existência de fissuras permanentes na região tracionada do poste após o ensaio, conforme
4.2.4.

Manter o poste engastado na banca para os ensaios posteriores.

4.2.5 Ensaio de torção

Na realização deste ensaio, deve-se utilizar um dispositivo (braço rígido), de acordo com as condições
estabelecidas no Anexo D, inclusive nas distâncias do ponto de aplicação da carga ao centro
geométrico do poste (ver Figura D.1), bem como sua instalação a 150 mm do topo, na posição vertical
e perpendicular ao eixo do poste.

Como a distância da aplicação da carga ao eixo do poste é de 1,0 m, o valor da torção é numericamente
igual ao valor da carga aplicada.

NOTA Como esse ensaio é feito por meio da introdução de um momento torsor na seção, basta aplicar a
força através do braço rígido apenas na face A ou na face B.

Para o ensaio de torção, manter a posição do carrinho de apoio sobre a chapa metálica a 3 m do topo.

O equipamento de medição de cargas, citado em 3.1.4 deve ser instalado entre o braço rígido e a
máquina de ensaio (tração) citada em 3.1.2

Com o poste engastado conforme 4.2.2.1 e com auxílio do braço rígido citado em 3.1.16, aplicar
ortogonalmente ao eixo do poste e a uma distância d = 1,0 m, uma carga crescente, lentamente e sem
trancos, até atingir os valores da ABNT NBR 8451-1:2020,Tabela 7.

Manter esta carga por 1 min e retirar a carga vagarosa e continuamente até que o dinamômetro não
indique esforço aplicado.

O poste deve suportar a carga aplicada sem ocorrer a ruptura.

4.2.6 Ensaio de elasticidade do poste com carga nominal

Antes da realização dos ensaios que envolvam medições de flecha ou de flecha residual, o engasta-
mento deve ser verificado conforme 4.2.6.1.

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4.2.6.1 Verificação do engastamento (acomodação)

A máquina de ensaio de tração deve ser conectada ao topo do poste por meio de um sistema de cabo
de aço ligado ao dispositivo metálico citado em 3.1.21, na direção perpendicular ao eixo do poste
engastado para ensaio.

O equipamento de medição de cargas, citado em 3.1.4, deve ser instalado entre o dispositivo metálico
(ver 3.1.21) e o sistema de cabo de aço.

Com o poste engastado conforme 4.2.2.1, aplicar à distância d do topo (plano de aplicação das cargas)
a carga nominal (Cn), durante pelo menos 1 min. Retirar a carga vagarosa e continuamente até que o
dinamômetro não indique qualquer esforço aplicado.
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No caso de poste duplo T, as distâncias d devem ser de 150 mm do topo, quando o poste for ensaiado
na face A, e de 100 mm, quando o poste for ensaiado na face B.

Verificar as condições de engastamento, reapertando as conexões de fixação do poste à banca.

4.2.6.2 Procedimento de ensaio

Após as verificações das condições do engastamento e decorrido pelo menos 1 min de repouso,
estabelecer o ponto zero com auxílio de uma baliza para as subsequentes medidas das flechas na
seção a 50 mm do topo.

O estabelecimento do ponto zero é obtido da seguinte forma:

 a) medir, com auxílio de uma régua milimetrada ou trena métrica, a distância entre a baliza e um
ponto situado no plano horizontal na seção do poste, a 50 mm do topo. Marcar o ponto escolhido;

 b) aplicar uma carga de modo contínuo, crescente e sem variações bruscas até o valor da carga
nominal;

 c) manter a carga nesse valor por 3 min. A flecha nominal deve ser medida após este intervalo de
tempo. Verificar também neste intervalo de tempo a existência de fissuras com auxílio do fissurô-
metro de lâminas conforme 4.2.3, anotando os resultados em uma planilha de ensaio.

A medida da flecha deve ser feita com auxílio de uma régua milimetrada ou trena métrica. Medir o
deslocamento ocorrido entre o zero da baliza e o ponto de referência marcado no plano horizontal na
seção do poste a 50 mm do topo.

As fissuras devem ser verificadas conforme 4.2.3.

A seguir, elevar a carga até o limite elástico (1,4 vez a carga nominal), mantendo nesse valor por 3 min.

Retirar a carga vagarosa e continuamente até que o dinamômetro não indique esforço aplicado.

Aguardar 3 min e medir a flecha residual, com auxílio da régua milimetrada ou trena métrica, que
corresponde ao deslocamento ocorrido entre o zero da baliza e o ponto de referência marcado na
seção do poste a 50 mm do topo.

Verificar a existência de fissuras na região tracionada do poste ensaiado conforme 4.2.3.

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4.2.7 Ensaio de ruptura

Depois de concluído o ensaio de elasticidade, carregar novamente o poste de modo contínuo e cres-
cente até a sua ruptura. O carregamento só deve cessar quando houver uma redução brusca da carga
medida pelo dinamômetro ou célula de carga, que indique sua ruptura. A carga de ruptura é definida
pela carga máxima registrada no aparelho de medida dos esforços (dinamômetro ou célula de carga),
independentemente do estado de fissuração da peça.

4.2.8 Execução do ensaio de carga vertical

Este ensaio deve ser executado somente em postes duplo T na face B, como alternativa ao ensaio de
ruptura.
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A montagem do dispositivo de ensaio deve estar rigorosamente de acordo com as condições estabeleci-
das no Anexo A, inclusive nas distâncias do ponto de aplicação da carga ao centro geométrico do poste
(ver Figura A.1), bem como a instalação a 50 mm do topo do poste, sendo a face B a ser ensaiada.

A aplicação das cargas deve ser lenta e gradativa, devendo ser evitadas variações bruscas do
carregamento durante o ensaio.

Durante a aplicação dos esforços, analisar o comportamento do topo do poste com a carga
vertical F, no limite elástico (1,4  F) e na aplicação da carga de ruptura (2  F) especificados na
ABNT NBR 8451-1:2020, Tabelas 1 e 2.

Na aplicação da carga vertical nominal e na carga de limite elástico, deve ser aguardado o tempo de
1 min para a continuidade dos ensaios, sendo verificada somente na carga nominal a existência de
fissuras na região tracionada do poste ensaiado conforme 4.2.3.

No ensaio da carga de ruptura, não pode ser verificado o estado de fissuração da peça, somente a
carga máxima registrada no dinamômetro ou célula de carga.

4.2.9 Verificação do cobrimento

4.2.9.1 Processo manual

Geralmente a verificação é realizada em postes que foram levados à ruptura.

4.2.9.1.1 Cobrimento da armadura

Com auxílio do martelo ou marreta de aço, descobrir em cinco pontos ao longo do comprimento do
poste, fora da zona de ruptura, as barras de aço da armadura.

Medir com o paquímetro, e com auxílio de uma régua metálica ou de madeira (ver 3.1.4) em cada
ponto, a espessura do concreto.

Anotar o valor obtido em cada ponto. O resultado final devem ser os valores das cinco medições.

4.2.9.1.2 Cobrimento da armadura nas extremidades

Com auxílio do martelo ou marreta de aço, descobrir as barras de armadura no topo e na base
em quatro pontos e medir com o paquímetro, e com auxilio de uma régua metálica ou de madeira
(ver 3.1.5) em cada ponto, a espessura do concreto.

Anotar o valor obtido em cada ponto. O resultado final deve considerar as quatro medições.

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4.2.10 Processo instrumental

Com auxílio de equipamento eletrônico detector de armaduras e medidor de camada de concreto,


medir em cinco pontos, ao longo do comprimento do poste, as barras de aço da armadura principal.

Caso seja utilizado poste levado à ruptura, as verificações devem ocorrer fora da zona de ruptura.

A espessura do concreto deve ser registrada conforme indicado pelo equipamento utilizado.

Anotar o valor obtido em cada ponto. O resultado final deve considerar os valores das cinco medições.

4.2.11 Expressão dos resultados


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No relatório do ensaio, deve constar o seguinte:

 a) referência a esta Norma;

 b) data do ensaio;

 c) identificação da amostra ensaiada: data de fabricação, tipo, carga nominal (em decanewtons,
daN), e comprimento, expressa em metros (m);

 d) formato e dimensões das peças ensaiadas;

 e) equipamentos de medição utilizados;

 f) valores obtidos;

 g) responsável pelos ensaios.

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Anexo A
(normativo)

Ensaio de carga vertical

O ensaio de carga vertical deve ser determinado de acordo com a Figura A.1.

Dimensões em milímetros
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Figura A.1 ‒ Dispositivo do ensaio de carga vertical e relação de material para o ensaio

Lista de material necessário para a realização do ensaio

Quantidade Descrição Quantidade Descrição


8 Arruelas quadradas 2 Seção de cruzeta
2 Mão francesa perfilada 1 Poste de seção duplo T
2 Parafuso de cabeça quadrada 1 Parafuso de rosca dupla

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Anexo B
(normativo)

Diagrama do momento fletor resultante

O diagrama do momento fletor deve ser elaborado conforme a Figura B.1.

MA
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Plano de aplicação da carga nominal

Momento Resultante
H

h
L

M B = 0,7 . ME
e

M E = C E. h

Figura B.1 ‒ Gráfico de momento fletor resultante nominal que os postes de concreto devem
satisfazer em qualquer direção e sentido considerados

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Anexo C
(normativo)

Diagrama para determinação do momento fletor

O momento fletor deve ser determinado de acordo com os diagramas da Figura C.1 (ver 4.2.5).
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Figura C.1 – Diagramas dos momentos fletores

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Anexo D
(normativo)

Determinação do momento torsor

O momento torsor deve ser determinado de acordo com a Figura D.1.


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Figura D.1 – Ensaio de torção para determinação do momento torsor

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