Abnt NBR 14608 - 2007
Abnt NBR 14608 - 2007
Abnt NBR 14608 - 2007
BRASILEIRA 14608
Segunda edição
18.05.2021
Exemplar para uso exclusivo - segcbinc segurança e prevenção no combate a incêndio ltda - 07.827.184/0001-07 (Pedido 799827 Impresso: 22/06/2021)
Número de referência
ABNT NBR 14608:2021
40 páginas
© ABNT 2021
ABNT NBR 14608:2021
Exemplar para uso exclusivo - segcbinc segurança e prevenção no combate a incêndio ltda - 07.827.184/0001-07 (Pedido 799827 Impresso: 22/06/2021)
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Sumário Página
Prefácio.................................................................................................................................................v
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
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3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Requisitos e procedimentos..............................................................................................5
4.1 Capacitação do bombeiro civil..........................................................................................6
4.2 Composição de bombeiro civis.........................................................................................7
4.3 Seleção de bombeiros civis...............................................................................................9
4.4 Recursos materiais dos bombeiros civis.........................................................................9
5 Procedimentos para o bombeiro civil............................................................................. 11
6 Desempenho de tempo de resposta para os atendimentos dos bombeiros civis......12
7 Procedimentos básicos de atendimento de emergências............................................13
7.1 Alerta..................................................................................................................................13
7.2 Análise da situação...........................................................................................................13
7.3 Comunicação interna........................................................................................................13
7.4 Comunicação externa.......................................................................................................13
7.5 Apoio externo....................................................................................................................13
7.6 Isolamento da área............................................................................................................14
7.7 Abandono de área.............................................................................................................14
7.8 Eliminação ou redução dos riscos..................................................................................14
7.9 Controle da emergência...................................................................................................14
7.10 Divisão das atribuições das equipes de emergências..................................................15
7.11 Emergências médicas.......................................................................................................15
7.12 Confinamento do incêndio...............................................................................................16
7.13 Controle de incêndios.......................................................................................................16
7.14 Acidentes com produtos perigosos................................................................................16
7.15 Rescaldo............................................................................................................................16
7.16 Preservação do local........................................................................................................17
7.17 Investigação.......................................................................................................................17
8 Procedimentos para a realização de exercícios simulados..........................................17
9 Procedimentos para avaliação anual..............................................................................18
10 Etapas para a implantação do serviço de bombeiro civil.............................................18
Anexo A (normativo) Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação........19
Anexo B (informativo) Currículo mínimo para qualificação de bombeiros civis classes I, II e III.....23
Anexo C (informativo) Resumo das etapas para implementação do bombeiro civil...................37
Anexo D (informativo) Parâmetros para determinação dos tempos de resposta para os
atendimentos das emergências.......................................................................................39
D.1 Resgate e emergências médicas.....................................................................................39
D.2 Combate a incêndio..........................................................................................................40
Figuras
Figura D.1 – Gráfico das chances de sobrevivência......................................................................39
Figura D.2 – Gráfico da curva de propagação do fogo...................................................................40
Tabelas
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Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 14608 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-024),
pela Comissão de Estudo de Planos e Equipes de Emergência (CE-024:104.002). O seu 1º Projeto
de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 09.01.2019 a 11.03.2019.
O seu 2º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 05.11.2019
a 05.12.2019. O seu 3º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11,
de 11.11.2020 a 10.12.2020.
A ABNT NBR 14608:2021 cancela e substitui a ABNT NBR 14608:2007, a qual foi tecnicamente
revisada.
Scope
This Standard specifies the requirements and procedures for composition, training, and performance
of the civilian firefighter to protect of the life and property, as well as reduce social consequences
and damage to the environment.
Introdução
Esta Norma surgiu da necessidade de padronizar as atividades profissionais dos bombeiros civis,
ficando as organizações livres para agregar outros padrões, de acordo com as suas necessidades
e/ou com os riscos envolvidos, visando otimizar as ações próprias e os socorros públicos ou de terceiros.
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Esta Norma representa o consenso entre os representantes do setor de segurança e proteção contra
incêndio e emergências.
As cargas horárias descritas no Anexo B são referências de sugestão para estabelecer parâmetros
de orientação para o desenvolvimento de treinamentos de bombeiros civis.
Esta Norma não estabelece as cargas horárias para a certificação e acreditação de pessoas.
Considerando que as cargas horárias apresentadas no Anexo B representam boas práticas de
treinamento, o responsável pelo treinamento dos bombeiros civis, caso entenda como adequado,
pode utilizá-las como referência, de forma a garantir o atendimento aos requisitos de desempenho
e habilidades requeridas.
É importante ressaltar que esta Norma foi elaborada com as melhores práticas adotadas no mercado
brasileiro e referências técnicas estrangeiras e internacionais, bem como com a aplicação dos
conceitos de gestão e de melhoria contínua.
Esta Norma pode oferecer referências técnicas de forma parcial ou integral para os profissionais
civis dos serviços públicos de bombeiros. Para o escopo desta Norma, são considerados que os
serviços públicos de bombeiros podem ser compostos por bombeiros militares, bombeiros municipais
e bombeiros voluntários que exerçam as suas atividades de direito e/ou de fato.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos e procedimentos para composição, treinamento e atuação de
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bombeiros civis, para proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais
e os danos ao meio ambiente.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 14096, Viaturas de combate a incêndio – Requisitos de desempenho, fabricação e métodos
de ensaio
ABNT NBR 14277, Instalações e equipamentos para treinamentos de combate a incêndio e resgate
técnico – Requisitos e procedimentos
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 15219
e ABNT NBR 16877, e os seguintes.
3.1
alerta de chamada de bombeiros
aviso destinado a convocar a equipe de bombeiros para o atendimento de emergências
3.2
armário de emergência
mobiliário onde estão disponíveis os recursos materiais e os equipamentos a serem utilizados
em eventuais atendimentos de emergências, com recursos específicos para cada área
3.3
bombeiro
profissional que presta serviços de prevenção e atendimento de emergências, atuando na proteção
da vida, do meio ambiente e do patrimônio
3.4
bombeiro civil
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NOTA O bombeiro civil exerce, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e
combate a incêndio, como empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedade
de economia mista ou empresas especializadas em prestação de serviços de combate a incêndios.
3.5
bombeiro militar
militar do Estado, pertencente aos Corpos de Bombeiros Militares, capacitado para atuação em
serviços de atendimento público de emergências, prevenção e atividades de defesa civil
3.6
bombeiro municipal
servidor público municipal, pertencente aos serviços de Bombeiros Municipais, capacitado para
atuação em serviços municipais de atendimento público de emergências e atividades de defesa civil
3.7
bombeiro voluntário
pessoa física, pertencente aos Corpos de Bombeiros Voluntários ou individual, capacitada para
atuação em atendimento público de emergências e atividades de defesa civil
NOTA O bombeiro voluntário exerce, em caráter habitual, atividade não remunerada, em caráter
honorífico, com objetivo cívico e social em serviços sob concessão de direito de atendimento público.
3.8
brigada de emergência
grupo organizado, formado por pessoas voluntárias ou indicadas, treinado e capacitado para atuar
na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área, prevenção de acidentes e
primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida na edificação, planta ou evento
3.9
brigadista de emergência
integrante da brigada de emergência
3.10
capacitação
preparação de um profissional de forma complementar à sua formação ou qualificação,
com conhecimentos teóricos e/ou práticos para aprimorar as suas habilidades e executar as suas
atribuições profissionais
3.11
certificado
documento que expressa o testemunho formal de uma certificação
3.12
comando unificado do incidente
colegiado formado pelos líderes das principais equipes de resposta presentes na emergência e,
eventualmente, pelos especialistas cuja participação seja relevante e autorizada, para deliberar
de forma conjunta sobre ações em uma emergência, sendo constituído quando não houver
predominância de um órgão específico na solução da emergência ou quando ocorrer sobreposição
de competências
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3.13
equipe de emergência
equipe formada por profissionais de emergências, brigada de emergência, bombeiro civil e grupo de
apoio à equipe de emergência
3.14
equipe multidisciplinar
representantes das áreas envolvidas e/ou afetadas, de saúde e segurança do trabalho, de manutenção
e demais áreas pertinentes, designados pelo responsável pelo plano de emergência da planta
3.15
especialização
preparação de um profissional de forma complementar à sua formação ou qualificação,
com conhecimentos teóricos e/ou práticos para aprimorar as suas habilidades, para executar as
atribuições profissionais específicas
3.16
evento
acontecimento programado em determinado local, que reúne grande quantidade de pessoas
3.17
exercício simulado
exercício prático realizado periodicamente, para manter a equipe de emergência e os ocupantes
das edificações em condições de enfrentar uma situação real de emergência
3.18
exercício simulado de mesa
simulação realizada em sala, com cenários apresentados por projeção em tela e/ou maquete,
com divisão de grupos de trabalho de acordo com as suas atribuições para o gerenciamento e controle
da emergência
3.19
exercício simulado parcial
exercício prático que abrange apenas uma parte da planta e/ou dos procedimentos do plano
de emergência
3.20
instrutor auxiliar
profissional capacitado, com conhecimento e experiência prática sobre o tema do treinamento
que ele presta auxílio ao instrutor principal, durante as aulas e exercícios práticos
3.21
instrutor em análise de risco
profissional qualificado, com capacitação em análise de risco, capacitado em técnicas de ensino
3.22
instrutor em emergências com produtos perigosos
profissional qualificado, com capacitação em emergências com produtos perigosos, capacitado em
técnicas de ensino
3.23
instrutor em emergências médicas
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3.24
instrutor em incêndio
profissional qualificado, com capacitação em prevenção e combate a incêndio e abandono de área,
capacitado também em técnicas de ensino
3.25
instrutor em resgate técnico
profissional qualificado, com capacitação em resgate e salvamento, capacitado também em técnicas
de ensino
3.26
plano de auxílio mútuo
PAM
rede integrada de emergência (RINEM)
pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com estatuto e sede estabelecida, interligada
por sistema eletrônico de comunicação, organizada mediante plano formal de atuação, que visa a
prevenção, controle e mitigação de emergências, com a atuação cooperativa e de forma organizada
entre as empresas e os órgãos públicos, sob a coordenação operacional do Corpo de Bombeiros
NOTA Pode haver outras siglas e nomenclaturas com os mesmos objetivos do PAM e RINEM.
3.27
posto de bombeiros civis
edificação e/ou instalações para abrigar pessoal, equipamentos e viaturas dos serviços de bombeiros
civis
3.28
profissional habilitado
pessoa previamente qualificada e com registro profissional de acordo com a legislação vigente
NOTA Este profissional é capacitado e/ou especializado em análise de risco e/ou em prevenção e
combate a incêndio e/ou em emergências médicas em atendimento pré-hospitalar.
3.29
qualificação
escolaridade, treinamento e experiência profissional demonstrados, onde aplicável
NOTA Preparação de uma pessoa por meio do conjunto de atividades de ensino para a aquisição de
conhecimentos, habilidades e atitudes requeridos para executar as funções e atribuições próprias de uma
profissão.
3.30
resgate técnico
salvamento
procedimento executado por profissional capacitado, com uso de técnicas, recursos e equipamentos
especializados para a localização de pessoas e/ou acesso a uma vítima, corpo ou objeto em local
de risco
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3.31
responsável pelo bombeiro civil da planta
responsável pela ocupação da planta ou quem ele designar, por escrito
3.32
sistema de comando de incidentes
SCI
sistema formal, projetado para gerenciar as ações e os recursos destinados às operações
de resposta a incidentes e/ou emergências, usando uma combinação de procedimentos e comunicações
com as estruturas organizacionais com responsabilidades claramente estabelecidas
3.33
socorrista
pessoa capacitada para prestar atendimento de emergências médicas em ambiente pré-hospitalar,
de acordo com o seu nível de formação ou qualificação e capacitação, podendo ser um profissional
oriundo da área de saúde ou não
3.34
suporte avançado de vida
SAV
procedimentos com técnicas invasivas e equipamentos específicos, que mantêm e/ou restabelecem
os sinais vitais de uma vítima de trauma ou problema clínico, executados exclusivamente por
profissionais oriundos da área da saúde
3.35
suporte básico de vida
SBV
procedimentos com técnicas não invasivas e equipamentos específicos, incluindo desfibrilador externo
automático, para manter e/ou restabelecer os sinais vitais de uma vítima de trauma ou problema
clínico, executados por pessoas ou profissionais capacitados
3.36
tempo de resposta
intervalo de tempo entre a comunicação de chamado para uma determinada equipe responsável
pelo atendimento até a chegada desta equipe no local da emergência
4 Requisitos e procedimentos
O bombeiro civil deve atender aos requisitos especificados nesta Norma, quanto ao treinamento,
composição, seleção e recursos materiais.
4.1.1 Além da qualificação profissional de acordo com a ABNT NBR 16877, os bombeiros civis
devem ser capacitados em especialidades para executar as atribuições profissionais específicas
de acordo com a classe de cada nível de qualificação, sua área de atuação e características
da planta, sendo as seguintes as principais especializações, mas não se limitando a estas:
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a) industrial;
d) florestal;
h) instrutor;
i) liderança.
4.1.2 É recomendável que os cursos de especializações sejam de validade renovável, com atualizações
periódicas de pelo menos até dois anos de intervalo para cada atualização.
4.1.3 O responsável pelo treinamento dos bombeiros civis pode adequar a carga horária recomendada
no Anexo B aos conteúdos, a fim de garantir o aprendizado e o atendimento aos requisitos de
desempenho e habilidades requeridas, de acordo com a classe de cada nível de qualificação.
4.1.4 Todos os treinamentos práticos de resgate técnico e combate a incêndio com fogo real,
para fins desta Norma, devem ser realizados em instalações de treinamentos de acordo com a
ABNT NBR 14277.
4.1.5 A proporção de instrutores e auxiliares de instrutores por alunos deve ser de acordo com a
ABNT NBR 14277 para todos os treinamentos práticos de resgate técnico e combate a incêndio
com fogo real, ou outros que necessitem de atenção quanto à segurança dos participantes, devido
aos riscos da atividade educacional.
4.1.6 Os treinamentos de bombeiro civil, para as plantas e áreas dos grupos I, J, K e M, conforme
o Anexo A, podem ser realizados em áreas e/ou em instalações das próprias plantas, desde que
estas instalações atendam aos requisitos especificados na ABNT NBR14277.
4.1.7 O bombeiro civil que concluir e for aprovado no treinamento deve receber o certificado,
expedido pela instituição de ensino responsável pelo treinamento de bombeiro civil. No certificado
do bombeiro civil devem constar pelo menos os seguintes dados:
e) nome completo, qualificação, número do registro geral (RG) ou número de identificação profissional
e assinatura do instrutor responsável;
f) nome completo, número do registro geral (RG) ou número de identificação profissional e assinatura
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h) razão social e cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ), descritos no verso do certificado,
emitido pela escola ou empresa especializada em treinamentos de emergências.
4.2.1.1 Nas divisões C-2 e C-3 (ver Anexo A), o provimento de bombeiros civis aplica-se durante
o período de funcionamento e atividades-fim na edificação.
4.2.1.2 Na divisão F-11 (ver Anexo A), o provimento de bombeiros civis aplica-se durante o período
de funcionamento e atividades-fim na edificação.
As atribuições da ocupação do bombeiro civil classe I devem ser de pelo menos a execução de:
a) análise das situações que possam oferecer riscos para a vida;
f) seleção, inspeção e operação dos equipamentos e recursos materiais empregados nos
atendimentos às emergências;
As atribuições da ocupação do bombeiro civil classe II devem ser as mesmas do bombeiro civil
classe I, acrescidas de pelo menos a execução de:
a) atendimento de salvamento e resgate técnico (por exemplo, resgate em altura, resgate em
espaços confinados, resgate aquático, desencarceramento);
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d) análise dos principais potenciais de danos ambientais por consequência de acidentes e/ou
incêndios;
e) análise dos principais potenciais de perdas de propriedades por consequência de acidentes
e/ou incêndios;
f) análise dos tipos de viaturas que podem ser empregadas e composição da tripulação, de acordo
com as ABNT NBR 14561 e ABNT NBR 14096;
As atribuições da ocupação do bombeiro civil classe III devem ser as mesmas do bombeiro classe II,
acrescidas de pelo menos a execução de:
c) análises dos principais potenciais de danos ambientais por consequência de acidentes e/ou
incêndios na localidade;
4.2.7 A quantidade total de bombeiros civis deve ser composta pela soma das equipes necessárias
para o atendimento em todas as áreas da(s) planta(s), em conformidade com os tempos de resposta,
de acordo com a Seção 6, considerando, ainda, as ações para os procedimentos de emergências
descritos no plano de emergências.
4.2.8 A distribuição dos postos de bombeiros civis pode ser arranjada de forma a permitir a lotação
da menor quantidade de bombeiros por área, desde que o deslocamento simultâneo destes bombeiros
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a partir de cada área até o local da emergência consiga atender ao tempo de resposta, de acordo com
a Seção 6, para a chegada da quantidade mínima de bombeiros da primeira equipe.
4.2.9 Deve ser elaborado um estudo para estabelecer a quantidade de bombeiros civis, com base
nos riscos e características da planta, que deve ser desenvolvido formalmente por uma equipe
multidisciplinar, liderada por profissional habilitado.
4.3.1 Para ser selecionado, é recomendável que o candidato à atividade profissional de bombeiro
civil atenda aos critérios descritos a seguir:
c) ter concluído e ser aprovado no curso de qualificação profissional de bombeiro civil;
NOTA 1 Convém que, para os candidatos a bombeiro civil em seleção e/ou já selecionados, seja considerada
a inclusão de exames complementares, por exemplo, teste ergométrico, ecodoppler, cardiograma,
monitoramento ambulatorial de pressão arterial (MAPA) e exame de curva glicêmica para a composição
dos exames admissionais de emissão do atestado de saúde ocupacional (ASO) ou outra avaliação periódica
de saúde.
NOTA 2 É incentivado pelo contratante que o bombeiro civil mantenha o bom condicionamento e saúde
física, ressalvadas as condições individuais.
4.3.2 Todos os bombeiros civis selecionados devem ser capacitados de acordo com 4.1, para executar
as funções e atribuições profissionais específicas, de acordo com a sua área de atuação na planta.
4.4.1 As instalações físicas para ocupação e uso do bombeiro civil devem atender às condições
de conforto, higiene e segurança, considerando os turnos de trabalho, e devem ser adequadas para
abrigar os materiais, equipamentos e viaturas, quando houver.
4.4.2 Todos os recursos materiais e equipamentos devem ser compatíveis com os procedimentos
estabelecidos no plano de emergências para os atendimentos na planta.
4.4.3 Deve haver uma reserva técnica de todos os materiais de consumo para a reposição imediata
após os atendimentos.
4.4.5 O conjunto individual de proteção para incêndio deve ser composto pelos seguintes itens,
específicos para as atividades dos bombeiros:
b) balaclava;
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d) luvas;
e) botas.
4.4.6 Os EPRA devem atender aos requisitos técnicos específicos de cada equipamento e estar
em conformidade com as recomendações de fabricação, uso e manutenção.
NOTA Podem ser utilizados equipamentos de proteção complementares e/ou com características
diferentes dos especificados, considerando a peculiaridade e os riscos do combate a incêndio a ser executado.
4.4.7 Todos os bombeiros devem utilizar EPRA de acordo com a ABNT NBR 13716, sempre que
estiverem expostos a uma ou mais das seguintes condições:
a) em uma atmosfera deficiente em oxigênio ou contaminada por produtos de combustão, ou ambos;
b) em uma atmosfera suspeita de ser deficiente de oxigênio ou contaminada por produtos de
combustão, ou ambos;
c) em qualquer atmosfera que possa se tornar deficiente de oxigênio ou contaminada, ou ambos;
4.4.8 Os EPRA devem atender aos requisitos técnicos estabelecidos na ABNT NBR 13716 e estar
em conformidade com as recomendações de fabricação, uso e manutenção.
4.4.9 Durante a jornada de trabalho, todos os bombeiros civis devem permanecer devidamente
uniformizados e identificados.
4.4.10 Para o atendimento de emergências envolvendo produtos perigosos, devem ser utilizados
os EPI, sendo as características destes equipamentos conforme o nível de proteção requisitado:
a) nível A: vestimenta encapsulada, hermética, de material impermeável, de alta resistência, para a
proteção completa de cabeça, tronco, membros e extremidades, integrada com luvas impermeáveis
e botas impermeáveis, com resistência a respingos e vapores químicos, e EPRA para uso por
dentro da vestimenta, oferecendo a máxima proteção de superfície corporal e respiratória;
b) nível B: vestimenta encapsulada ou não encapsulada, não hermética, de material impermeável,
para proteção completa de cabeça, tronco e membros, proteção de extremidades por luvas e
botas impermeáveis, com resistência a respingos ou também a vapores químicos, e EPRA,
oferecendo a máxima proteção respiratória, porém menor proteção da superfície corporal;
c) nível C: vestimenta de material impermeável, não encapsulada, para proteção completa de cabeça,
tronco e membros, proteção de extremidades por luvas e botas impermeáveis, com resistência
a respingos químicos e proteção respiratória com máscara facial completa, com sistema
de filtros, para ser utilizada em ambientes com concentração de oxigênio entre 19,5 % a 22 %;
d) nível D: vestimenta com nível mínimo de proteção oferecido pelo uniforme de trabalho, composta
por calças e camisa de manga longa, calçado de segurança, capacete de proteção e óculos
de proteção.
4.4.11 O serviço de bombeiros civis pode contar com viaturas para atendimento de emergências
conforme estudo para a definição dos recursos materiais específicos, com base nos riscos
e características da planta.
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4.4.12 Quando houver veículo para atendimento a emergências médicas (ambulância), este
deve estar em conformidade com todos os requisitos de construção e aplicação de acordo com
a ABNT NBR 14561, e deve ser pelo menos especificado para suporte básico de vida (SBV), com
desfibrilador externo automático (DEA), equipamentos para respiração artificial e oxigenioterapia,
além de equipamentos e materiais necessários para hemostasia, curativos e imobilização. Esta viatura
deve ser tripulada por pelo menos dois socorristas, especializados em atendimento pré-hospitalar
de emergências médicas (APH).
4.4.13 Quando houver viatura de combate a incêndios, esta viatura deve estar em conformidade
com os requisitos da ABNT NBR 14096.
NOTA É recomendável que a viatura de combate a incêndio seja tripulada por pelo menos quatro
bombeiros civis capacitados e especializados para a condução e operação da viatura.
4.4.14 Desde que haja outra viatura de emergências utilizada para os serviços de bombeiros civis,
esta viatura deve estar em conformidade com os requisitos da ABNT NBR 14096.
4.4.15 Deve ser elaborado um estudo para a estabelecer os recursos materiais específicos com
base nos riscos e características da planta, que deve ser desenvolvido formalmente por uma equipe
multidisciplinar, liderada por profissional habilitado.
b) identificar os perigos e avaliar os riscos existentes na planta ou área, e trabalhar para corrigir
os atos inseguros e as condições inseguras encontradas;
e) participar dos exercícios simulados e estar sujeitos à avaliação de desempenho de conhecimentos
práticos;
f) apresentar sugestões para melhoria das condições de segurança contra incêndio e acidentes;
g) participar das atividades de avaliação, liberação e acompanhamento das atividades de risco
compatíveis com a sua qualificação;
i) registrar todas as ocorrências de emergência e sugerir medidas preventivas, a fim de evitar
novas ocorrências.
5.2 Os bombeiros civis só podem atuar nas atividades de acordo com a classe de cada nível de
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qualificação e em que eles estejam plenamente capacitados e tenham os EPI e EPRA compatíveis
com os riscos e os recursos necessários para o controle da emergência.
5.4 Os atendimentos de emergências executados pelos bombeiros civis devem ser realizados
conforme os tempos de resposta de acordo com a Seção 6 e seguir os procedimentos básicos de
acordo com a Seção 7.
5.5 Quando houver necessidade de recursos e/ou integração de múltiplos órgãos públicos
e/ou privados de atendimento de emergências, podem ser utilizados os procedimentos de
gerenciamento de emergências do sistema de comando de incidentes (SCI).
5.6 Se aplicável, quando ocorrer atuação em conjunto entre o corpo de bombeiros público
e os bombeiros civis, nas plantas com risco específico de procedimentos de controle, pode ser
estabelecido o sistema de comando com a participação dos responsáveis técnicos pela planta, para
o planejamento das ações de prevenção e controle da emergência com a coordenação do corpo
de bombeiros público.
5.7 Quando ocorrer integração entre múltiplos serviços de resposta a emergências, utilizando as
mesmas frequências de radiocomunicações, é recomendável a comunicação de forma “clara e limpa”,
em linguagem plena, sem obstruções e codificações.
5.8 Todas as ocorrências atendidas pelos bombeiros civis devem ser registradas em formulário
específico, que deve conter pelo menos os dados recomendados na ABNT NBR 14023.
a) os chamados de resgate e/ou emergências médicas sejam atendidos com recursos para SBV e
DEA em até 4 min para a chegada no local da emergência em pelo menos 90 % dos chamados,
em condições reais ou em exercícios práticos simulados;
b) os chamados de combate a incêndio sejam atendidos com EPI e, quando aplicável, com os
EPRA, em até 1 min do acionamento para a equipagem de proteção individual e mobilização dos
bombeiros civis, e até 4 min para a chegada no local da emergência em pelo menos 90 % dos
chamados, em condições reais ou em exercícios práticos simulados.
NOTA O desempenho de tempos de resposta para os atendimentos dos bombeiros civis representa as
boas práticas de recomendações técnicas. O responsável pelos bombeiros civis da planta pode utilizá-los
6.2 Após a chegada da primeira equipe, de acordo com 6.1, e havendo necessidade de mais
bombeiros civis e/ou recursos materiais, estes devem atender ao objetivo de tempo de resposta
de até 8 min para a chegada ao local da emergência.
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6.3 As referências utilizadas como parâmetros para o estabelecimento dos tempos de resposta
recomendados estão descritas no Anexo D.
7.1 Alerta
Identificada uma emergência, qualquer pessoa pode, pelos meios de comunicação disponíveis ou
alarmes, alertar os ocupantes, brigadistas, bombeiros civis e apoio externo. Este alerta pode ser
executado automaticamente em plantas que possuam sistema de detecção e alarme de incêndio.
Após a chegada do bombeiro civil no local da emergência, deve ser analisada a situação e devem ser
executados os procedimentos necessários conforme o plano de emergências da planta, que podem
ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com os recursos materiais e humanos
disponíveis no local.
Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser estabelecido
um sistema de comunicação entre os bombeiros civis, a fim de facilitar as operações durante
a ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência; esta comunicação pode ser feita
por meio de telefones e/ou quadros sinópticos e/ou interfones e/ou sistemas de alarme e/ou rádios
e/ou sistemas de som interno. Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro (local seguro
e protegido dos efeitos da ocorrência) dos bombeiros civis, para distribuição das tarefas.
Caso seja necessária a comunicação com meios externos (corpo de bombeiros, SAMU, PAM etc.),
deve ser indicado no plano de emergência da planta o responsável pela comunicação, sendo
necessário que esta pessoa seja treinada e esteja em local seguro e estratégico para o abandono.
O corpo de bombeiros e/ou outros órgãos públicos ou privados locais devem ser acionados
imediatamente, preferencialmente por um bombeiro civil, e informados do seguinte:
d) quantidade e estado das eventuais vítimas, quando esta informação estiver disponível.
NOTA Convém que corpo de bombeiros e/ou outros órgãos públicos, quando da sua chegada ao local,
são recepcionados preferencialmente por um bombeiro civil, que fornece as informações necessárias para
otimizar sua entrada e seus procedimentos operacionais.
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A área da ocorrência deve ser isolada fisicamente, de modo a garantir a segurança dos trabalhos
de atendimento de emergências e evitar que pessoas não autorizadas entrem no local.
O coordenador de emergências ou o líder dos bombeiros civis deve determinar o início do abandono
e priorizar os locais afetados, os pavimentos superiores a estes, os setores próximos e os locais
de maior risco. Proceder ao abandono da área parcial ou totalmente, quando necessário, conforme
comunicação preestabelecida, conduzindo as populações fixa e flutuante para a área de refúgio
ou para o ponto de encontro de abandono de área, ali permanecendo até o estabelecimento final
da emergência. Deve ser considerado que:
a) o plano de emergência deve contemplar ações de abandono para pessoas com deficiência ou
mobilidade reduzida permanente ou temporária. Cada pessoa com deficiência ou mobilidade
reduzida deve ser acompanhada por duas pessoas capacitadas, previamente designadas pelo
coordenador de emergências ou líder dos bombeiros civis;
b) os ocupantes do local da ocorrência, cientes da emergência, devem ser os primeiros a abandonar
a área, de forma organizada e sem tumulto, com um bombeiro civil liderando e outro encerrando
o abandono;
c) todos os demais ocupantes de cada área devem parar o que estiverem fazendo, pegar apenas
seus documentos pessoais, medicamentos e chaves de veículos, e sair organizadamente
em direção à porta ou ao acesso de saída de emergência ou ao ponto de encontro de abandono
de área;
d) antes do abandono definitivo da área, um bombeiro civil deve verificar se não ficaram ocupantes
retardatários e providenciar o fechamento de portas e/ou janelas, se possível.
Quando necessário, deve ser providenciado o controle e/ou o corte de fluxos de energias e suprimentos
de instalações ou equipamentos. Se disponível, estas ações devem ser executadas pelo pessoal
especializado que compõe o grupo de apoio técnico (GAT).
As equipes de emergências devem, conforme necessário e/ou possível, proceder conforme o plano
de emergências da planta e treinamento específico dado aos integrantes das equipes de emergências
para o controle da emergência, inclusive auxiliando os bombeiros públicos, quando da chegada destes.
O coordenador de emergência ou o líder dos bombeiros civis deve dividir a equipe de emergência em
equipe de salvamento e resgate técnico, primeiros socorros, abandono de área, combate a incêndio
etc., com o objetivo de estabelecer as atribuições específicas das equipes e de seus integrantes.
Os primeiros socorros e tratamentos devem ser prestados às vítimas, conforme o plano de emergências
da planta e o treinamento específico dado aos integrantes das equipes de emergências. Todas as
vítimas devem ser atendidas inicialmente, pelo menos por uma equipe de SBV. Os bombeiros civis
que chegarem no local da emergência, quando aplicável, devem:
b) liberar as vias aéreas superiores e administrar respiração artificial, quando indicado;
c) promover a anamnese (histórico médico, alergias, medicamentos, orientação em tempo e espaço);
f) no caso de vítimas conscientes ou inconscientes, com sinais vitais preservados e com suspeita
de lesões de coluna, providenciar a imobilização cervical e vertebral no local do acidente,
com pelo menos dois socorristas executando esta imobilização;
h) no caso de vítimas com fraturas, promover a imobilização no local do acidente, com pelo menos
dois socorristas executando esta imobilização;
j) promover a remoção para o hospital de referência e quando aplicável, conforme a orientação
do coordenador médico;
k) encaminhar a vítima para o recurso hospitalar de referência, conforme avaliado pelo coordenador
médico responsável pelo atendimento pré-hospitalar. Deve haver comunicação com o hospital
de referência para onde a vítima deve ser encaminhada, informando-se o estado clínico da vítima
e a previsão de sua chegada no hospital.
O controle de incêndios deve ser executado conforme o plano de emergências da planta e o treinamento
específico dado aos integrantes das equipes de emergências. Os bombeiros civis que chegarem no
local do incêndio em edificação urbana, quando aplicável, devem:
a) estabelecer um posto de comando de incidente fora da área de perigo para a coordenação,
devendo pelo menos um bombeiro executar esta tarefa;
b) formar uma equipe de intervenção rápida com pelo menos dois bombeiros capacitados em busca
e resgate e equipados com EPI e EPRA;
c) estabelecer um suprimento de água ininterrupta pelo menos durante 30 min. As linhas de alimentação
devem ser mantidas por um bombeiro que assegure a aplicação ininterrupta do fluxo de água;
d) montar e estabelecer no mínimo duas linhas manuais de 40 mm, devendo cada linha de ataque
e de reserva (backup) ser operada por pelo menos dois bombeiros;
e) fornecer um bombeiro de apoio para cada linha de ataque e linha de reserva (backup),
para executar a conexão de hidrantes e auxiliar no controle de linhas e entrada forçada;
f) formar uma equipe de ventilação com pelo menos dois bombeiros.
b) estabelecer a área de segurança e o zoneamento e limite das áreas quente, morna, fria e de exclusão;
c) identificar e utilizar os EPI necessários, compatíveis com o risco para o atendimento.
Toda substância química classificada como produto perigoso deve possuir uma ficha de identificação
e segurança de produto químico (FISPQ) disponível, onde devem constar informações sobre as
características do produto, medidas de proteção e segurança e ações de controle para emergências.
7.14.1 São consideradas vítimas contaminadas todas as pessoas que tiverem contato direto com o
produto perigoso ou com resíduo deste.
7.14.2 São consideradas vítimas intoxicadas todas as pessoas que apresentarem alterações
fisiológicas e/ou hemodinâmicas devido a reações químicas e/ou metabólicas das substâncias
exógenas com os sistemas orgânicos, após o contato direto com o produto perigoso ou resíduo deste,
por meio de qualquer via de acesso, como inalação, absorção, ingestão e/ou inoculação.
7.15 Rescaldo
Garantir, por meio de inspeção, que, após o combate ao incêndio, não exista qualquer possibilidade
de reignição.
7.17 Investigação
investigação e elaborar um relatório sobre o ocorrido e as ações de controle. Devem ser investigados e/
ou analisados as possíveis causas de acidente ou incêndio e os procedimentos de controle adotados,
utilizando, além da coleta de dados de imagens e entrevistas, os registros de ocorrências para poder
emitir o relatório, com o objetivo de propor medidas preventivas e corretivas para evitar a sua repetição.
8.2 Deve ser realizado pelo menos um exercício simulado completo a cada 12 meses, envolvendo
todos os bombeiros civis e profissionais de emergências da planta. Podem ser realizados exercícios
simulados parciais divididos por atribuição, por exemplo, emergências médicas, combate a incêndio,
resgate técnico e emergências com produtos perigosos, desde que, ao final do período de 12 meses,
todos os bombeiros civis e profissionais de emergências sejam contemplados.
8.2.1 Após o simulado, deve ser realizada uma reunião para a avaliação crítica e de não conformidades,
para posteriores recomendações de melhorias. Deve ser elaborada uma ata e/ou relatório, no qual
constem os itens a seguir, quando aplicáveis, não se limitando a estes:
b) comunicações;
8.2.2 Deve ser avaliada a necessidade de informar previamente à população vizinha o local
do exercício simulado.
nesta Norma.
9.2 O responsável pela planta e/ou o coordenador de emergências e/ou o responsável pelos
bombeiros civis devem avaliar anualmente o nível de estrutura de recursos disponíveis para atendimento
de emergências e de desempenho dos bombeiros civis, em pelo menos 90 % dos atendimentos
de emergências ocorridos em um período mínimo de 12 meses, e de 100 % nos atendimentos
em exercícios simulados realizados periodicamente, conforme estabelecido no plano de emergências,
considerando:
a) as condições das instalações dos postos, salas e/ou armários dos bombeiros civis;
f) o tempo de resposta médio dos atendimentos de emergências em cada área dentro da planta;
g) o tempo de resposta entre os chamados e as chegadas nos locais das emergências;
9.3 O responsável pela planta e/ou o coordenador de emergências e/ou o responsável pelos
bombeiros civis devem emitir um relatório da avaliação, que deve descrever quais os requisitos
desta Norma não estão sendo atendidos e explicar as consequências previsíveis destas deficiências,
além de recomendar as medidas necessárias para alcançar a conformidade.
Anexo A
(normativo)
Tabela A.1 – Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação (continua)
Grupo Ocupação/uso Divisão Descrição Exemplos
Centro de treinamento
E-4 Escolas profissionais em geral
profissional
Construção provisória
F-7 Circos, eventos temporários e assemelhados
Edificações temporárias
Centrais de distribuição e
K-1 Subestação elétrica
transmissão de energia
K Energia
Usinas hidrelétricas, termoelétricas, eólicas,
K-2 Geração de energia
nucleares e outras
Anexo B
(informativo)
01
Fundamentos Conhecer os conceitos, métodos e
4 Não aplicável (NA) NA
da análise de ferramentas para análise dos riscos.
riscos
04
Obter aprovação 1 NA NA
Avaliação
Total 21 Total 8
01
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03
Conhecer os procedimentos para o
Sistemas de
acionamento e o funcionamento dos
atendimento de 1 NA NA
sistemas públicos de emergências
emergências médicas
médicas pré-hospitalares.
pré-hospitalares
12
as possíveis consequências de gravidade 1 possíveis consequências de gravidade, 3
Ferimentos
e as técnicas de curativos. e aplicar as técnicas de curativos.
24
Obter aprovação. 2 Obter aprovação. 4
Avaliação
Total 53 Total 55
01 Conhecer o histórico e as
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Conhecer a legislação e as
regulamentações em todas as
02 esferas governamentais (Federal,
Normas técnicas e Estadual e Municipal) pertinentes às
legislações para responsabilidades do bombeiro civil, 3 NA NA
prevenção e combate assim como as ABNT NBR 15219,
a incêndios ABNT NBR 14608, ABNT NBR 14276,
ABNT NBR 14277, ABNT NBR 14023
e ABNT NBR 14096.
(tipos I, II, III, IV e V) suas aplicações mangueiras (tipos I, II, III, IV e V),
e uso. suas aplicações e uso.
Conhecer os tipos de mangueiras Operar os tipos de mangueiras
semirrígidas (mangotes e semirrígidas (mangotes e mangotinhos).
mangotinhos), suas aplicações e uso. Descrever as recomendações para
Conhecer as recomendações para inspeção, manutenção e cuidados
10 inspeção, manutenção e cuidados com as mangueiras de incêndio.
Equipamentos com as mangueiras de incêndio. Identificar e operar os tipos de
portáteis de Conhecer os tipos de esguichos esguichos (básico, vazão constante
operação manual – (básico, vazão constante e 8 e semiautomáticos), as regulagens 8
Mangueiras, semiautomáticos), as regulagens e e aplicações dos tipos de jato
esguichos e aplicações dos tipos de jato (sólido/ (sólido/pleno, cone de força e
canhões monitores pleno, cone de força e neblina). neblina).
Conhecer as recomendações para Descrever as recomendações para
aplicação, inspeção, manutenção e aplicação, inspeção, manutenção e
cuidados com os esguichos. cuidados com os esguichos.
Conhecer os tipos de canhões Identificar e operar os tipos de
monitores portáteis (jato fixo, canhões monitores portáteis (jato
regulável e autoproporcionador de fixo, regulável e autoproporcionador
espuma/autoedutor). de espuma/autoedutor).
13
Conhecer as principais técnicas Aplicar as principais técnicas
Técnica de combate de entradas forçadas, busca e de entradas forçadas, busca e
a incêndio – 4 4
exploração para resgate de vítimas exploração para resgate de vítimas
Resgate técnico de em áreas de incêndio. em áreas de incêndio.
vítimas
16
Obter aprovação. 2 Obter aprovação. 8
Avaliação
Total 89 Total 80
Descrever os princípios de
02 Conhecer os princípios de
funcionamento de um elevador e
funcionamento de um elevador e os
Emergências em 2 executar os procedimentos específicos 2
procedimentos específicos, conforme
elevador de emergências, conforme as
as instruções do fabricante.
instruções do fabricante.
05
Conhecer os riscos e os Descrever os riscos e executar os
Procedimentos
procedimentos para a realização 8 procedimentos para a realização de 4
para segurança e
de trabalhos em altura. trabalhos em altura.
trabalhos em altura
08
Conhecer os riscos e procedimentos Descrever os riscos e executar os
Procedimentos para
para a realização de trabalhos em 8 procedimentos para a realização de 4
segurança e trabalhos
espaços confinados. trabalhos em espaços confinados.
em espaços confinados
Facultativo
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10 Conhecer as técnicas e os
equipamentos para busca e Descrever as técnicas e
Resgate técnico equipamentos para busca e Facultativo
resgate de vítimas em águas 4
aquático em águas confinadas; por exemplo, resgate de vítimas em águas 8
confinadas piscinas e lagos sem correnteza. confinadas; por exemplo, piscinas
e lagos sem correnteza.
Facultativo
Conhecer as técnicas e os
11 equipamentos para busca e Descrever as técnicas e
resgate de vítimas em águas equipamentos para busca e Facultativo
Resgate técnico 8
abertas; por exemplo, rios com resgate de vítimas em águas
aquático em águas 10
correnteza, praias e áreas abertas; por exemplo, rios com
abertas
costeiras. correnteza, praias e áreas
costeiras.
Total 66 Total 72
Conhecer as características
de atmosfera insalubre por
concentração de O2. Conhecer a
origem, os riscos e a classificação
de exposição atmosférica para
pelo menos os seguintes tipos de
gases inflamáveis, gás liquefeito de Descrever as características de
03 petróleo (GLP), gás metano (CH4) atmosferas inseguras.
Riscos e acetileno; asfixiantes – dióxido de 4 Executar a montagem e a operação 4
atmosféricos carbono (CO2); tóxicos - monóxido dos equipamentos de medição e
de carbono (CO), sulfídrico (H2S) monitoramento de gases.
e cianeto (HCN) e gases irritantes
e corrosivos – amônia (NH2) e
cloro (Cl2); conhecer a utilização,
montagem, calibração e operação
dos equipamentos de medição e
monitoramento de gases.
05
Descrever a aplicação do manual
Guia de Conhecer e saber consultar o manual de
1 de emergências (guia de resposta a NA
procedimentos de emergências com produtos perigosos.
emergências com produtos perigosos).
emergências
08
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10
Obter aprovação. 2 Obter aprovação. 4
Avaliação
Total 23 Total 26
Conhecer os sistemas de
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comunicações públicos de
emergências.
Conhecer os fundamentos de
radiocomunicação, frequências
de operação e equipamentos de
radiocomunicação. Descrever os sistemas de
comunicações públicos de
01 Conhecer os códigos alfafonéticos
16 emergências. 16
Comunicações e numéricos.
Descrever os códigos alfafonéticos
Conhecer os fundamentos de
e numéricos.
transmissão de imagens e dados.
Conhecer os fundamentos dos
equipamentos de biotelemetria.
Conhecer os preceitos éticos
e legais na transmissão de
informações, imagens e dados.
04
Obter aprovação. 2 NA NA
Avaliação
Total 34 Total 28
03
Obter aprovação. NA NA NA
Avaliação
Total 10 Total 8
Anexo C
(informativo)
Tabela C.1 – Resumo das etapas para implementação do bombeiro civil (continua)
Etapa O que Como Quem
Ver 4.2.
Verificar a quantidade de bombeiros civis
necessários para a formação da primeira equipe,
conforme os procedimentos estabelecidos no plano
de emergências da planta e/ou ver 4.2.2 e o Anexo A.
Verificar o atendimento do tempo de resposta para a
primeira equipe, de acordo com a Seção 6.
Verificar a quantidade de tripulantes para as viaturas,
caso sejam disponíveis na planta, de acordo com
4.4.11 e 4.4.12.
Verificar a disposição dos postos de bombeiros para
Estabelecer a composição o atendimento em todas as áreas com a equipe Responsável pelo
03 mínima necessária para o tempo de resposta máximo
do bombeiro civil bombeiro civil da planta
estabelecido nesta Norma.
Verificar se a quantidade total estipulada de
bombeiros civis por turno foi composta pelo número
mínimo necessário de bombeiros para o atendimento
em todas as áreas da planta, em
conformidade com o tempo de resposta, de acordo
com a Seção 6, e considerando ainda as ações para
os procedimentos de prevenção e controle descritos
no plano de emergência estabelecido conforme as
hipóteses acidentais predeterminadas da planta,
devido às disposições físicas, dimensões, processos,
ocupações etc.
Instituições e/ou
estabelecimentos de
04 Treinar os bombeiros civis Ver 4.1. ensino e/ou escolas e
centros de treinamento
especializado
Cumprir as atribuições e
os procedimentos básicos Verificar e atender ao descrito nas Seções 5 e 7.
08 Bombeiros civis
de atividades de bombeiro Atender ao plano de emergência da planta.
civil na planta
Anexo D
(informativo)
a) independentemente de causas clínicas ou traumáticas, por exemplo, obstrução das vias,
intoxicações, afogamentos ou ambiente com deficiência de oxigênio, que podem levar uma
pessoa à parada respiratória, esta vítima pode entrar em parada cardíaca em tempo médio de
4 min, devido à resposta fisiológica da hipóxia cerebral, se nenhum procedimento de resgate
e/ou tratamento por ventilação artificial e/ou oxigenioterapia for administrado;
b) independentemente de causas clínicas ou traumáticas, por exemplo, hipóxia cerebral, cardiopatia,
choque elétrico, temperaturas extremas ou outra condição, que podem levar uma pessoa
à parada cardiorrespiratória, as chances de sobrevivência podem decair para até 50 % nos
primeiros 5 min da parada cardíaca, havendo, após este tempo, um decréscimo de chances de
sobrevivência de 5 % até 25 % por minuto, se nenhum procedimento de tratamento por manobras
de ventilação artificial e massagem cardíaca, como ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e
desfibrilação ventricular com uso, por exemplo, de desfibrilador externo automático (DEA),
for administrado, conforme o gráfico demonstrativo da Figura D.1.
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
min
que geralmente ocorre em menos de 10 min do início do fogo no seu ponto de origem;
c) em tempo superior a 10 min, geralmente, o incêndio pode destruir mais de 90 % da propriedade,
se nenhum procedimento de ventilação e exaustão, resfriamento e extinção das chamas for
executado, conforme o gráfico demonstrativo da Figura D.2.
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
min