Tratamento em TCC

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Tratamento em TCC

Maria Eduarda Anawate Muniz Tavares


Psicóloga
CRP 07/32127
Roteiro da aula
Relação terapêutica
Estrutura do tratamento

Avaliação
Formulação de caso
Plano de tratamento
Prevenção à recaída
Relação terapêutica

Qualidade da aliança terapêutica influencia


o resultado do tratamento.

Klein et al., 2003; Orlinsky et al., 1994; Wright & Davis, 1994
Relação terapêutica na TCC

• Estilo mais colaborativo e voltado para


ação;
• Ambiente com alto grau de afeto,
autenticidade, consideração positiva e
empatia.

Wright, Brown, Thase, & Basco, 2019


EMPIRISMO
COLABORATIVO

Desenvolver hipóteses
e conferir a validade de
cognições e
comportamentos.

Beck, 2013
TERAPEUTA: Ativo, ajuda a estruturar a
sessão, dá feedback e orienta a como
utilizar os métodos da TCC.

PACIENTE: Assume papel responsável no


tratamento.

Wright et al., 2019


Quantos psicólogos são necessários para
trocar uma lâmpada?
Quantos psicólogos são necessários para
trocar uma lâmpada?

Apenas um, mas a lâmpada precisa querer


ser trocada.
Estrutura do tratamento

Conceituali Plano de Prevenção


Avaliação
zação tratamento à recaída
Objetivos da avaliação:
• Diagnóstico
• Formulação de caso
• Identificar problemas
• Definir objetivos
• Terapeuta apropriado
• Encaminhamentos

Beck, 2013
Ficha de atendimento
Exame do estado mental
Consciência Obnubilação, sonolência, lucidez, coma
Atenção Focal ou dispersa, vigilância, tenacidade
Sensopercepção Ilusão e alucinação
Orientação Autopsíquica e alopsíquica
Memória Registrar, evocar e reconhecer informações
Inteligência Clinicamente inferida, teste QI
Afeto Expressão de uma emoção: hiper/hipomodulado, modulado, embotado
Humor Estado emocional predominante e constante: eutímico, deprimido,
irritado, eufórico
Pensamento Produção, curso (velocidade/quantidade), conteúdo
Juízo crítico Capacidade de insight
Conduta Comportamento motor, atitudes, gestos
Linguagem Normolalia, taquilalia, bradilalia
Avaliação
• Motivo da busca
• Sintomas atuais
• Histórico de tratamentos
• Desenvolvimento
• Fatores genético e biológicos
• Relações interpessoais
• Uso de substâncias
• Ideação suicida
• Alimentação
• Exercício físico
• Sono
Definição de metas

• Alvos específicos e mensuráveis para a


mudança;

Ex: “Quero ser mais feliz”

Wright et al., 2019


Diagnóstico Diagnóstico
Descritivo Cognitivo

CID-11, DSM-V Interpretação do


caso através do
modelo cognitivo
Fluxograma de conceitualização de caso

Fonte: Wright, Down, Basco, & Thase, 2019


Formulação de caso
• Compreensão do funcionamento do
paciente;
• Auxilia no planejamento do tratamento,
tornando mais eficaz;
• Inicia no primeiro contato e deve ser
revisado sempre que necessário;
• Ajuda o paciente a prevenir pensamentos
e comportamentos disfuncionais.
Wright et al., 2019
Diagrama de
conceitualização
cognitiva
Exemplo de caso: Lúcia
• Qual o diagnóstico da paciente?
• Qual o motivo da busca do atendimento?
• Que padrões repetitivos identificamos
em seu funcionamento?
• Como esses problemas se
desenvolveram?
Dados relevantes
• Filha mais nova, sentia que era não era
bem vinda nas brincadeiras com os irmãos;
• Irmãos ensinavam a não confiar em
homens;
• Tirava boas notas na escola e era
reforçada por isso;
• Foi a última de suas amigas a se relacionar
sexualmente;
• Nunca namorou, apenas teve alguns casos.
Crenças Centrais

• Não sou boa o suficiente para ser amada


• Sou indesejável
• Os outros vão se aproveitar de mim
Crenças Intermediárias

• Se sou indesejável, então ficarei sozinha


• Se eu fizer tudo que o outro quer, então
serei amada
• Devo desconfiar dos outros, pois querem
se aproveitar de mim
Estratégias Compensatórias

• Evita intimidade com pessoas do sexo


oposto
• Se afasta dos amigos
• Busca agradar o outro
• Se relaciona com homens frios e
indisponíveis
SIGNIFICADO PA
SITUAÇÃO
Não sou boa o
Festa de
suficiente
casamento da
amiga
EMOÇÃO
PA Tristeza
Nenhum homem
se interessou por
mim COMPORTAMENT
O
Chamou uber e foi
embora chorando
Plano de tratamento
• Norteia o planejamento de cada sessão;
• Técnicas e estratégias para ajudar o
paciente a aprender a reconhecer e
mudar pensamentos automáticos.

Wright et al., 2019


Prevenção à recaída
• Concentração em identificar problemas
que podem causar dificuldades
futuramente;
• Treinamento para praticar maneiras
eficazes de enfrentamento.

Wright et al., 2019


Referências
Beck, J. (2013). Terapia Cognitivo-Comportamental: teoria e prática. Porto Alegre,
RS: Artmed.
Klein, D. N., Schwartz, J. E., Santiago, N. J., Vivian, D., Vocisano, C., Castonguay, L.
G., Arnow, B., Blalock, J. A., Manber, R., Markowitz, J. C., Riso, L. P., Rothbaum,
B., McCullough, J. P., Thase, M. E., Borian, F. E., Miller, I. W., & Keller, M. B.
(2003). Therapeutic Alliance in Depression Treatment: Controlling for Prior
Change and Patient Characteristics. Journal of Consulting and Clinical
Psychology, 71(6), 997–1006. https://doi.org/10.1037/0022-006X.71.6.997
Wright, J., Brown, G. K., Thase, M. E., & Basco, M. R. (2019). Aprendendo a terapia
cognitivo-comportamental: um guia ilustrado. Porto Alegre, RS: Artmed.
Wright, J. H., & Davis, D. (1994). The therapeutic relationship in cognitive-
behavioral therapy: Patient perceptions and therapist responses. Cognitive
and Behavioral Practice, 1(1), 25–45. doi:10.1016/s1077-7229(05)80085-9
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