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Transtorno do Espectro

Autista (TEA)
Mailu Enokibara da Silva e Vanessa Baraçal Panariello
(UNIMED SANTOS)
Transtorno do Espectro Autista(TEA)

• O TEA é um Transtorno do Neurodesenvolvimento que acomete a sequência e a


qualidade do desenvolvimento infantil, caracterizado por déficits persistentes na
comunicação e interação social e padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades.
Transtorno do Espectro Autista(TEA)

• Envolve situações e apresentações diferentes umas das outras, numa gradação


que vai da mais leve à mais grave. Todas, em menor ou em maior grau estão
relacionadas com as dificuldades qualitativas de comunicação e relacionamento
social.
Classificação do TEA
Classificação do TEA
Diagnóstico

• É essencialmente clínico;

• Baseia-se nos sinais e sintomas, seguindo os critérios estabelecidos no DSM-V


(Manual de Diagnóstico e Estatístico da Sociedade Norte Americana de
Psiquiatria) e pelo CID-10 ( Classificação Internacional de Doenças da OMS);

• Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3anos de idade, sendo possível
fazer o diagnóstico por volta dos 18meses de idade.
Critérios Diagnóstico: DSM-V
Deve preencher os critérios 1, 2 e 3:
1.Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas
interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
a.Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação
social;
b. Falta de reciprocidade social;
c.Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados
para o estágio de desenvolvimento.
2. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades,
manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:
a. Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais
incomuns;
b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
c. Interesses restritos, fixos e intensos.
3. Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se
manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas
capacidades.
Prevalência

• MUNDIAL

Estima-se que o autismo atinge 1% da população, 70 milhões de pessoas no


mundo conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo 1 para
cada 59 crianças.
Prevalência

• NO BRASIL

Deste 70 milhões, 2 milhões estão no Brasil segundo dados do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
• 4 vezes mais comuns em meninos;

• O risco de recorrência desse transtorno na mesma família chega a


ser 200 vezes maior do que na população em geral;
• A maior incidência de risco é entre irmãos.
A Importância do Diagnóstico Precoce

• Quanto antes for iniciado o tratamento, melhores são os resultados em termos de


desenvolvimento cognitivo, linguagem e habilidades sociais (Dawson et al.,
2010; Howlin et al., 2009; Reichow,2012).
Características Comuns

• Não estabelece contato com os olhos;


• Parece surdo;
• Pode começar a desenvolver a linguagem, mas interromper o processo
repentinamente e sem retorno;
• Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros
• Usa as pessoas como ferramentas;
• É inacessivel perante a tentativa de comunicação das outras pessoas;
• Mostra-se insensível a ferimentos, podendo a ferir-se intencionalmente
• Mostra interesses incomuns.
Tratamento

• O tratamento do TEA é definido de acordo com a gravidade e o quadro


clínico do indivíduo;
• Faz-se necessário o acompanhamento multidisciplinar;
• Terapia ABA é a de maior evidência científica;
• O tratamento medicamentoso trata os sintomas (agressividade, aumento
psicomotor, auto mutilação, insônia, ansiedade, depressão);
• O TEA não tem cura.
Modelos de Intervenções no TEA
Intervenções Multidisciplinares

• Terapias (Estímulos):

- Modelo Denver;
- Modelo TEACCH;
- Ciência ABA;
- PECS;
- Musicoterapia;
- Equoterapia;
- Integração Sensorial.
Ciência ABA

• Atualmente, a única intervenção terapêutica reconhecida devido a sua evidência,


critérios científicos e eficácia é a intervenção (ciência / terapia) ABA;

• ABA refere-se ao termo em inglês Applied Behavior Analysis e pode ser


traduzido para o português como Análise do Comportamento Aplicada.
Ciência ABA

• A Análise do Comportamento em si é uma linha teórica da Psicologia que


trabalha com comportamentos que podem ser observados e modificados, ou seja,
com os eventos antecedentes e consequentes a esse comportamento na
modificação do mesmo.

• Esse tipo de intervenção é feita de maneira estruturada, focando nos


comportamentos alvo de intervenção, o que em sua maioria envolve
comportamentos ligados à linguagem, desordens sensoriais e comportamentos
inadequados. Todo trabalho é feito de forma individualizada e intensiva, o que
pode encarecer o custo da terapia.
Ciência ABA

• Equipe Multidisciplinar:

- Analista do Comportamento: supervisão;


- Psicóloga;
- Fonoaudióloga;
- Terapeuta Ocupacional;
- Pedagoga.
Ciência ABA

• Guideline Americano (BACB): 10-40horas/semanais;

• Modelo Americano: Aplicadores Terapêuticos com supervisão de


uma Analista do Comportamento;

• Brasil: Não existe uma regulamentação.


Comitê para Diretriz para Terapia ABA

• Encaminhamento médico padronizado contemplando o diagnóstico de TEA;

• Auditor: preenche um check list (DSM-V) e libera para avaliação;

• Avaliação padronizada (fonoaudióloga, psicóloga e terapeuta ocupacional): define


o número de sessões e terapias;

• Como realizar a cobrança: terapia específica;

• Implantação de pacotes terapêuticos.


Plano de Saúde

• Dificuldades:

- Profissionais especializados ABA;

- Carga horária solicitada (20h-40h);

- Liminares;

- Terapias de longo prazo.


Plano de Saúde

• Soluções:

- Serviços próprios;

- Intercâmbio;

- Serviços credenciados.
ANS

• Em relação ao que está previsto na legislação, a ANS esclarece que o Rol de


Procedimentos e Eventos em Saúde, atualmente estabelecido pela RN nº
428/2017, garante aos beneficiários de planos de saúde em tratamento para o
autismo cobertura obrigatória de consultas e sessões com terapeuta ocupacional,
psicólogo, fonoaudiólogo, sessões de psicoterapia e consultas com psiquiatra.
ANS

• O Rol atual determina um número mínimo de sessões que devem ser


obrigatoriamente cobertas pelos planos, sendo, por exemplo, de 96 sessões por
ano com fonoaudiólogo e 40 sessões por ano com psicólogo ou terapeuta
ocupacional. Em em quaisquer das modalidades acima descritas, são ilimitadas.
Cabe esclarecer que esta é a cobertura mínima obrigatória, logo, os planos de
saúde são livres para oferecer coberturas além do Rol de Procedimentos ou
ampliá-las.
FLUXO NO ATENDIMENTO MULTITEA

Terapias
NÃO TEA específicas não MultiTEA
no MultiTEA
Médico
cooperado
ou MultiTEA Psiquiatra
Médico
não
cooperado
Intervenção I Serviço Reavaliação
TEA Define número credenciado após 6
de sessões CASA DA meses, no
ESPERANÇA MultiTEA

Credenciamento
( encaminha
para um
prestador de
serviço)
Referências Bibliográficas

• Araujo,C.A Teorias Cognitivas e Afetivas.São Paulo: Editora Memnon,1995.


• BaioJ, Wiggins L, Christensen DL, et al. Prevalence of Autism Spectrum Disorder Among Children Aged 8 Years
— Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network, 11 Sites, United States, 2014. MMWR Surveill Summ
2018;67(No. SS-6):1–23. DOI: http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.ss6706a1.
• CamargoJR., Walter.Transtorno Invasivo do Desenvolvimento.São Paulo; Harbra, 2002.
• Gomes, C. G. S., & Silveira, A.D., Ensino de Habilidades Básicas para Pessoas com Autismo: Manual para
Intervenção Comportamental Intensiva.Curitiba, PR: Appris, 2016.
• Lewis,M., Tratado da Psiquiatria da Infância e da Adolescência. Porto Alegre. Artes Médicas,1995.
• Reichow, B., & Wolery, M., Comprehensive synthesis of early intensive behavioral interventions for young children
with autism based on the UCLA young autism project model. Journal of Autism and Developmental Disorders, 39(1):
23-41, 2009.
• Reichow, B., Overview of Meta-Analyses on Early Intensive Behavioral Intervention for Young Children with Autism
SpectrumDisorders. J Autism and Developmental Disorder, 42: 512–520, 2012.
• Virués-Ortega, J., Applied behavior analytic intervention for autism in early childhood: meta-analysis, meta-
regression and dose response meta-analysis of mulple outcomes. Clinical Psychology Review,30 (4): 387- 399,2010.
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