Aula Pne

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Anos 1920-30, pela primeira vez no Brasil, concebeu a

ideia de um Plano Nacional de Educação - Manifesto


do Pioneiros da Educação Nova – nec. sistema
educacional.

Foi na CF/1934 que surgiu a primeira referência ao


PNE, mas sem estar acompanhado de estudo sobre as
necessidades educacionais do país.

O PNE – 1962 (esboço) voltado à questões logísticas da


aplicação do processo educacional, não chega a
identificar qual ideário educação (metas e aplicação de
recursos)
⦁ Origem do PNE no Art. 214 da CF/88, determina que o PNE,
seja elaborado de acordo os princípios fundamentais da
educação brasileira: erradicação do analfabetismo;
universalização do atendimento escolar; melhoria da
qualidade do ensino; formação para o trabalho; promoção
humana, científica e tecnológica do país (6 ações).

⦁ PNE foi regulamentado através da LDB/1996, que em seu art.


9º deixou à cargo da União, em colaboração com Estados e
Municípios, a incumbência de organizar o PNE, com duração
decenal /plurianual (antes da EC 59/09). (Gestão
democrática/participativa- por meio de conferencias
estatuais e regionais).
Para Saviani (1998, p.3), a “principal medida de política
educacional decorrente da LDB é, sem dúvida alguma, o Plano
Nacional de Educação” (PNE), pois o mesmo estabelece metas e
estratégias para a educação dentro das prioridades destacadas pelo
governo, servindo também como um guia para as políticas públicas
educacionais.
A importância do PNE é evidenciada nas negociações que conduziram
a alterações no artigo 214 da Constituição, no qual é destacado que o
mesmo deve ser um instrumento que viabilize o regime de colaboração
entre União, Estados e Municípios. Além de prever a universalização
do ensino, o mesmo artigo traz como meta a aplicação de recursos
públicos em educação como proporção do produto interno bruto.
O regime de colaboração se constitui, então, em mecanismo essencial
para a viabilização das metas do PNE em que os entes federados
(Estados, Distrito Federal e os municípios) deverão elaborar seus
planos de educação, em consonância com as diretrizes, metas e
estratégias previstas no PNE (LIEVORE; RIMOLO; MELO, 2019).
⦁ PNE 2001-2011 - Lei n° 10.172/2001 - A
maioria das metas não foram alcançadas

⦁ PNE 2014-2024 - Lei nº 13.005/ 2014


⦁ Documento que estabelece diretrizes, metas (objetivos
quantificáveis) e estratégias (ações) que devem reger as
iniciativas na área da educação, visando garantir a
qualidade- referência os Censos Nacionais

⦁ Todos os estados e municípios (EC 59/09) devem


elaborar planejamentos específicos para fundamentar o
alcance dos objetivos previstos no Plano, considerando
necessidades locais.

⦁ Tem validade de 10 anos.

⦁ O acompanhamento do PNE deve ser feito a cada dois


anos, conf. Art. 5º L.13005/14.
⦁ I - erradicação do analfabetismo ;
⦁ II - universalização do atendimento escolar;
⦁ III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da
cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
⦁ IV - melhoria da qualidade da educação;
⦁ V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores
morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
⦁ VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
⦁ VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
⦁ VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e
equidade; (EC 59/09)
⦁ IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
⦁ X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade
e à sustentabilidade socioambiental.
⦁ O primeiro grupo: a garantia do direito à educação
básica com qualidade (1,2,3,5,6,7,9,10,11);

⦁ O segundo grupo: redução das desigualdades e à


valorização da diversidade, caminhos imprescindíveis
para a equidade (4,8);

⦁ O terceiro grupo: valorização dos profissionais da


educação (15,16,17,18);

⦁ O quarto grupo: refere-se ao ensino superior


(12,13,14).

⦁ Investimento: (19,20)
⦁ 100% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas
na pré-escola até 2016 e 50% das crianças
com até 3 anos matriculadas em creches.
Prazo: 10 anos. Meta 1

⦁ Estratégias: expansão da rede, realizar


levantamento da demanda, formação, investir
em equipamentos, PNQ, atendimento
especializado, implantar avaliação, entre
outros.
⦁ Fazer com que todas as crianças de 6 a 14
anos estejam matriculadas no ensino
fundamental de 9 anos, e garantir que, em
um prazo de 10 anos, pelo menos 95% delas
concluam o fundamental na idade
recomendada. Meta 2

⦁ Alfabetizar todas as crianças até o fim do


terceiro ano do ensino fundamental. Meta 5
⦁ Estratégias: acompanhamento individualizado do
aluno, acesso e permanência do alunado que
recebe o bolsa família; busca de crianças fora da
escola; transporte e aquisição de equipamentos
aos alunos de zonas rurais; formação
especializada, material didático e currículos para
comunidades indígenas; calendário escolar com a
realidade local, acesso à rede internet e
aumento do número de computadores/alunos
nas escolas da rede pública; Estruturação do
ensino fundamental de 9 anos organizado em
ciclo de alfabetização com duração de 3 anos;
infraestrutura material/material didático; entre
outras.
⦁ Atendimento escolar para 100% dos
adolescentes entre 15 a 17 anos até 2016 e
elevar, em até 10 anos, a taxa líquida de
matrículas dessa faixa etária no ensino médio
para 85%. Meta 3
⦁ Em até 10 anos, triplicar o número de
matrículas educação profissional técnica de
nível médio, garantindo a qualidade; no
mesmo período, aumentar em pelo menos
50% a oferta de matrículas no segmento
público de educação profissional. Meta 11
⦁ Estratégias: aquisições de equipamentos, e laboratórios, produção de
material didático, formação continuada; aulas de reforço; ENEM para o
acesso ao ensino superior; ampliar a oferta do ensino profissionalizante
por meio de parcerias, estágio para ensino profissional técnico de nível
médio, monitorar acesso e permanência por parte de beneficiários do
bolsa família; busca da população de 15 a 17 anos fora do EM,
prevenir evasão motivada por preconceito e discriminação à orientação
sexual ou à identidade de gênero; universalizar o acesso à rede de
internet.
⦁ Expansão das matrículas nos Institutos Federais; expansão da oferta de
educação profissional de nível médio nas redes públicas estaduais de
forma presencial e a distância; programas de reconhecimento de saberes
para fins de certificação profissional em nível técnico; ampliar a oferta
de matrículas gratuitas de educação profissional técnica de nível médio
pelas entidades privadas do sistema sindical (Sistema S); expandir o
financiamento estudantil de nível médio oferecido em instituições
privadas de educação superior; institucionalizar avaliação da qualidade
da educação profissional técnica de nível médio das redes pública e
privada; oferta de ensino profissional aos povos indígenas e do campo;
reduzir as desigualdades étnico- raciais e regionais no acesso e
permanência na educação profissional técnica de nível médio, inclusive
mediante a adoção de políticas afirmativas.
⦁ Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação
básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a
garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de
recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados. Meta 4

⦁ Estratégias: universalizar o atendimento de 0 a 3 anos,


implantar recursos multifuncionais, formação,
acessibilidade, garantir educação bilíngue, combater
situações de preconceitos, fomentar pesquisas,
articulações com outros órgãos, política de supervisão,
promover parcerias com outras instituições, entre outras.
⦁ Elevar a taxa bruta de matrícula da educação
superior para 50% da população entre 18 a
24 anos, assegurando a qualidade, e
expandir as matrículas no setor público em
pelo menos 40%. Meta 12
⦁ Garantir que pelo menos 75% dos professores
da educação superior sejam mestres e 35%,
doutores. Meta 13
⦁ Ampliar as matrículas na pós-graduação
stricto sensu para atingir a titulação anual de
60 mil mestres e 25 mil doutores. Meta 14
⦁ Aumentar a escolaridade média da população de
18 a 29 anos, alcançando, em até 10 anos, a
média de 12 anos de estudo para as populações
do campo e dos 25% mais pobres; igualar a
escolaridade média entre negros e não-negros.
Meta 8
⦁ Reduzir para 6,5% a taxa de analfabetismo da
população maior de 15 anos até 2015 e erradicá-
la em até dez anos; no mesmo período, reduzir a
taxa de analfabetismo funcional pela metade.
Meta 9
⦁ Garantir que pelo menos 25% das matrículas da
EJA seja integrada à educação profissional. Meta
10
⦁ Estratégias: Programas correção de fluxo ( rede
regular), acesso, acompanhamento
individualizado, recuperação e progressão
parcial, fomentar programas de EJA para quem
está fora da escola e com defasagem idade e
série; acesso gratuito a exames de certificação e
conclusão; expansão da oferta de matrículas
entidades privadas de serviço social e de
formação profissional vinculadas ao sistema
sindical, concomitante ao ensino público;
monitorar o acesso à escola, colaborar para a
solução dos problemas de frequência e evasão;
articulação com a área da saúde, atendimento
oftalmológico e fornecimento de óculos.
⦁ Estratégias: incluir a EaD; aquisição de
equipamentos; material didático, currículos e
metodologias especificas para avaliação e
formação continuada; assistência social e
financeira aos estudantes; diversificação
curricular do ensino médio para jovens e
adultos, preparando-os para o mundo do
trabalho, da tecnologia e da cultura e
cidadania, infraestrutura escolar, entre
outras.
⦁ Oferecer educação em tempo integral para pelo
menos 25% dos alunos do ensino básico em pelo
menos 50% das escolas públicas. Meta 6
⦁ Fomentar a qualidade da educação, com melhoria
do fluxo escolar e da aprendizagem, para atingir,
em 2021, o Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB) de 6,0 nos anos iniciais
do fundamental, de 5,5 nos anos finais do
fundamental e de 5,2 no ensino médio. Meta 7
⦁ Meta para 2019: 5,7; 5,2; 5,0
⦁ Criar, em até um ano, uma política nacional de formação
de professores para assegurar que todos os professores
da educação básica possuam curso de licenciatura de nível
superior na área de conhecimento em que atuam. Meta 15
⦁ Formar, em até 10 anos, 50% dos professores da educação
básica em nível de pós-graduação, e garantir que 100%
dos professores tenham curso de formação continuada.
Meta 16
⦁ Equiparar, em até 6 anos, os salários dos professores das
redes públicas de educação básica ao dos demais
profissionais com escolaridade equivalente. Meta 17
⦁ Criar, em até 2 anos, planos de carreira para os
professores do ensino básico e superior das redes
públicas, tomando como base o piso salarial nacional.
Meta 18
⦁ Estratégias: diagnóstico das necessidades de formação e da
capacidade de atendimento por parte de instituições públicas e
comunitárias; financiamento estudantil aos matriculados em
cursos de licenciatura com avaliação positiva pelo SINAES
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), na forma
da lei 10.861/04, com amortização quando na docência na rede
pública; iniciação à docência a estudantes matriculados em
cursos de licenciatura, incentivando para atuar na educação
básica pública; utilização da informática em cursos de formação
inicial e continuada de professores, divulgação e atualização dos
currículos eletrônicos dos docentes; política nacional de
formação e valorização dos profissionais da educação, reforma
curricular dos cursos de licenciatura,; valorizar o estágio nos
cursos de licenciatura visando a conexão entre formação
acadêmica e as demandas da rede pública de educação básica;
consolidar Portal Eletrônico para subsidiar o professor na
preparação de aulas, planos de carreira; licenças para
qualificação em nível de pós-graduação stricto sensu.
⦁ Estratégias: fórum permanente, para acompanhar
a atualização progressiva do valor do piso
salarial dos profissionais do magistério público
da educação básica, com base nas pesquisas do
IBGE; Estruturar os sistemas de ensino buscando
atingir em seu quadro de profissionais 90% de
servidores efetivos via concurso público;
valorização do estágio probatório como condição
para a efetivação; prova nacional de admissão de
docentes, subsidiando os concursos de
admissão; oferta de cursos técnicos para
formação de funcionários de escola; censo dos
funcionários da educação básica; priorizar o
repasse autorizado, entre outras.
⦁ Em até 2 anos, dar condições para a
efetivação da gestão democrática da
educação, com critérios de mérito e
desempenho e consulta pública à
comunidade escolar. Meta 19

⦁ Atingir, em até 10 anos, o investimento do


equivalente a 10% do Produto Interno Bruto
(PIB) na educação pública. Meta 20
⦁ Estratégias: Fortalecer Conselhos por meio de
formação, estimular grêmios, Priorizar o
repasse de transferências voluntárias na área
da educação que tenham aprovado lei
específica, prevendo a participação da
comunidade escolar preliminares à nomeação
comissionada de diretores escolares; aplicar
prova nacional específica, a fim de subsidiar a
definição de critérios objetivos para o
provimento dos cargos de diretores
escolares.
⦁ Estratégias: garantir fonte de financiamento
permanente e sustentável para todas as etapas e
modalidades da educação pública; aperfeiçoar e
ampliar os mecanismos de acompanhamento da
arrecadação da contribuição social do salário –
educação; destinar recursos do Fundo Social ao
desenvolvimento do ensino; fortalecer os
mecanismos e os instrumentos que promovam a
transparência e o controle social na utilização dos
recursos públicos aplicados em educação; definir o
custo aluno - qualidade da educação básica à luz da
ampliação do investimento público em educação;
desenvolver e acompanhar regularmente indicadores
de investimento e tipo de despesa per capita por
aluno em todas as etapas da educação pública.
Referências

BRASIL. Plano Nacional de Educação. PNE 2014-2024. Linha de Base. INEP. Ano
2015. Disponível em: . http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/ 2014/Lei/
L13005 .htm . Acesso 20 ago. 2023.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira. Relatório do 4º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano
Nacional de Educação – 2022. – Brasília, DF : Inep, 2022. 572 p.
LIEVORE, P. T. M.; RIMOLO, A. D. S; MELO, D., C., F. Deficiência visual nos
Planos de Educação: presenças e ausências. In: REUNIÃO ANUAL DA
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM
EDUCAÇÃO, 39ª reunião, Niterói: ANPED, 2019. Anais eletrônicos. Disponível
em:< http://anais. anped.org.br/sites/default/files/arquivos_44_2>. Acesso em:
04 jan. 2023.
SAVIANI, D. Da Nova LDB ao Plano Nacional de Educação: Por Uma Outra
Política Educacional. Campinas, SP: Autores Associados, 1998.
Obrigada!
Profª Mª Patrícia Teixeira Moschen Lievore
Doutoranda em Educação PPGE/UFES
[email protected]

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