Trabalho de Sociologia Da Educação

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ALUNA: NIGELLY FERNANDES DE SOUSA Matricula 2015102666

Já sabemos que educação de qualidade para todos, acelera a redução da desigualdade social.
São impactantes os resultados positivos (consequentes de uma educação de qualidade) para a
melhoria da saúde, o aumento da renda, a diminuição da violência, o fortalecimento da
democracia e até mesmo, o aumento da felicidade e da qualidade de vida.

Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o


desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país cresce.
A escola (Ensino Fundamental e Médio) ou a universidade tornaram-se locais de grande
importância para a ascensão social e muitas famílias têm investido nesse setor.

Sabemos que a estrutura educacional brasileira, apesar dos importantes avanços que vem
realizando, ainda é muito problemática; especialmente na educação pública. São diversos os
fatores que proporcionam resultados negativos. Praticamente todos os que atuam na
educação, recebem salários baixos, professores frustrados que não exercem suas funções
com profissionalismo ou também, deparam-se com as dificuldades diárias da realidade escolar.
Além dos pais que não participam do processo educacional de seus filhos, entre muitos outros
agravantes.

São muitas as medidas que poderiam causar transformações na educação brasileira. Um dos
desafios a serem enfrentados para a melhoria da educação para a sociedade, é a valorização
dos profissionais de educação; apontada há décadas como um dos pilares para a melhoria da
qualidade da educação. O aprimoramento da formação docente, da remuneração, da carreira e
de melhoria das condições trabalhistas, são fatores importantes para a erradicação da
desvalorização magistral.

Ao melhorar a formação de professores, consequentemente, a qualidade da educação


oferecida pelo país também cresce. Incorporar a formação continuada traria muitos benefícios
aos docentes e aos discentes. Trabalhando com formação continuada, seria possível resolver
os possíveis problemas da formação inicial dos docentes e com isso melhorar o desempenho e
a proficiência dos estudantes.

A falta de incentivos formais, como ajuda de custo para realização de cursos, palestras e
workshops, por exemplo, é um dos desafios encontrados pelos educadores. Assim como a
escassez de tempo por parte dos professores, que se dividem entre várias jornadas, ensinando
mais de uma centena de alunos em apenas um dia; buscando incrementar o salário,
considerado baixo para a carga horária e a importância da profissão. Além do cansaço como
resultado desse cotidiano,que compromete por fim, a qualidade das lições e o aprendizado dos
estudantes.

Lecionar em apenas um colégio contribuiria ainda, na criação de um vínculo que facilitaria o


acompanhamento dedicado ao estudante, colaborando para um melhor desempenho. Além de
permitir ao profissional, uma concentração maior nas aulas e no que é preciso fazer além
delas. Se o professor trabalha em mais de uma escola, tem uma menor capacidade de
observar o desenvolvimento dos alunos separadamente e pensar em estratégias específicas
para cada um. Prejudicando assim, o profissional e consequentemente, piorando a qualidade
do ensino.
As jornadas excessivas não prejudicam apenas o ato de lecionar. Fora da sala de aula, há
provas para corrigir, lições a preparar, reuniões a fazer, além das atividades de formação
continuada, que complementam e auxiliam a carreira docente.

Direcionamento de investimentos para as escolas e professores, aumento do piso salarial,


efetivação das metas 15, 16, 17 e 18 do Plano Nacional de Educação (PNE)**, disponibilização
de um plano para que professores e gestores progridam na carreira, viabilizariam a valorização
do magistério, refletindo de forma positiva para a melhoria da qualidade de ensino do nosso
país.

Outra questão, também muito importante, que deveria ser enfrentada pelos governantes para
oferecer uma educação de qualidade para a sociedade, é a erradicação do analfabetismo ou a
universalização da alfabetização.

O objetivo de combater o analfabetismo no país caminha a passos lentos. Um amplo conjunto


de medidas é necessário para que haja a erradicação do analfabetismo no Brasil. Como por
exemplo, incentivo aos estudos, valorização de professores, maior abrangência de programas
sociais, dentre outros.

A meta número 5 do novo PNE, prevê a alfabetização de todas as crianças até, no máximo,
oito anos de idade. Uma das estratégias apresentadas é a ampliação do ensino fundamental
para nove anos (já implementada em todo o país), na tentativa de garantir a alfabetização
plena de todas as crianças, no máximo, até o final do terceiro ano, como recomendado pela
Conferência Nacional de Educação – a CONAE.

Outra estratégia direcionada para atingir a meta número 5 do novo PNE é a aplicação de
exames para avaliação da alfabetização das crianças; cujo objetivo é avaliar a alfabetização
das crianças matriculadas nas escolas públicas.

Existe ainda, a questão da alfabetização de jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à
educação regular. De acordo com levantamento divulgado pela Unesco (Organização das
Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), o Brasil possui a oitava maior população de
adultos analfabetos. São cerca de 14 milhões de pessoas. Perdendo para o Egito em sétimo,
Etiópia em sexto, Nigéria em quinto, Bangladesh em quarto, Paquistão em terceiro, China em
segundo e Índia em primeiro lugar.

Para promover a superação do analfabetismo de jovens, adultos e idosos, é necessária uma


série de medidas a serem tomadas. Uma delas é a formalização dos programas de
alfabetização – que contam com professores voluntários e/ou temporários. Também, a criação
de mecanismos estimulantes no intuito de evitar a evasão dos alunos, levando em conta as
diversas variáveis que envolvem o interesse e a frequência aos programas de ensino a jovens,
adultos e idosos, aplicando-as de acordo com a demanda de cada local. Melhoria da estrutura
física e do acesso aos locais de estudo. Ter atenção às condições pedagógicas que estão
sendo oferecidas ao aluno: quais os motivos da não permanência desse aluno? Como a escola
está recebendo esses alunos?
A mudança na educação brasileira depende de esforços políticos. Todavia, é de suma
importância contribuirmos com atitudes no dia a dia. São elas: valorizarmos a importância da
educação; entendermos nossos direitos e deveres e de nossos filhos; incentivarmos a leitura
desde cedo; ajudarmos nossos filhos no processo de alfabetização; educarmos para os direitos
humanos; termos uma boa relação com a escola de nossos filhos; valorizarmos o professor;
escolhermos nossos candidatos de forma consciente; acompanharmos a vida escolar de
nossos filhos; etc.

Atitudes como essas, dentre outras, fazem também toda a diferença para a educação e para o
Brasil.

**METAS 15, 16, 17 E 18 DO PLANO ANCIONAL DE EDUCAÇÃO

META 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei número
9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da
educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura na área de conhecimento em que aturam.

META 16: Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da Educação Básica, até
o último ano de vigência do PNE, e garantir a todos os (as) profissionais da Educação Básica a
formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades , demandas e
contextualizações dos sistemas de ensino.

META 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas da Educação
Básica , a fim de equiparar o rendimento médio dos (as) demais profissionais com escolaridade
equivalente , até o final do sexto ano da vigência deste PNE.

META 18: Assegurar no prazo de 2 anos, a existência de planos de carreira para os (as)
profissionais da Educação Básica e Superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o
plano de Carreira dos (as) profissionais da Educação Básica pública, tomar como referência o
piso salarial nacional profissional, definido em lei federal , nos termos do inciso VIII do art. 206
da Constituição Federal.

(Fonte: observatoriodopne.org.br)

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