Controle Interno 2019 - Tcesp
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Orientação está na página do TCESP Controle Interno
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2019
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2019
TRIBUNAL DE CONTAS
DO ESTADO DE SÃO PAULO
2019
CONSELHEIROS
ANTONIO ROQUE CITADINI (PRESIDENTE)
EDGARD CAMARGO RODRIGUES (VICE-PRESIDENTE)
CRISTIANA DE CASTRO MORAES (CORREGEDORA)
RENATO MARTINS COSTA
ROBSON MARINHO
DIMAS EDUARDO RAMALHO
SIDNEY ESTANISLAU BERALDO
Coordenação
Antonio Bento de Melo
Diretor Técnico de Departamento – DSF-I
Alexandre Teixeira Carsola
Diretor Técnico de Departamento – DSF–II
Elaboração
Flavio Corrêa de Toledo Jr
Atualização
Paulo Massaru Uesugi Sugiura
Colaboração
Revista do TCESP
Coordenadoria de Comunicação Social
Apresentação
• 73% não planejam suas atividades por meio de planos de ações anuais;
• Na média, a avaliação dos aspectos contábeis, normativos e operacionais são
equitativos, distribuídos uniformemente;
• 88% formalizam relatórios em decorrência dos acompanhamentos
realizados;
• 26% encaminharam, nos últimos 2 anos, relatórios de acompanhamentos ao
Tribunal de Contas;
• 74% não utilizam critérios de riscos para desenvolver as suas ações de con-
trole interno;
• 15% emitiram alertas ao gestor em relação ao contingenciamento de despe-
sas de que trata o art. 9º da LRF;
• 5% regulamentaram a Lei Federal nº 12.846/13 (responsabilização adminis-
trativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração
pública).
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo 13
1 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.
14 Controle Interno
No juízo das contas anuais, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo vem
indicando muitas falhas de gestão financeira, que poderiam ser impedidas tivesse o
dirigente municipal normatizado e implantado, de forma efetiva, o sistema de con-
trole interno.
Por item de atividade, resume este manual algumas das irregularidades aponta-
das pelos Relatores dos balanços anuais, que poderiam ser obstadas por uma efi-
ciente estrutura de controle interno:
• Dívida Ativa
• Aplicação na Educação
• Aplicação na Saúde
• Precatórios Judiciais
• Outras Despesas
• Execução Orçamentária
• Licitações
• Pessoal
O Projeto de Emenda Constitucional – PEC nº 45/09, por sua vez, tem o objetivo
de organizar as atividades do sistema de controle interno, estabelecendo ainda o
desempenho das ações por órgãos de natureza permanente e por servidores con-
cursados organizados em carreiras específicas, aplicável à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios.
Na mesma esteira da PLS nº 229/09, reitera as quatro macro funções do sistema
de controle interno: auditoria, ouvidoria, controladoria e correição.
Esse cenário normativo em transformação reafirma a importância do sistema
de controle interno como instituto de gestão na Administração Pública e de função
essencial de Estado.
7. O controlador interno
No organograma da entidade municipal, a estrutura de controle interno deve
estar diretamente vinculada ao dirigente máximo; na Prefeitura, o Prefeito; na
Câmara dos Vereadores, o Presidente da Mesa Diretora; nas administrações indi-
retas, os titulares dessas entidades, sejam Presidentes, Diretores-Presidentes ou
Superintendentes.
Sendo assim, os periódicos relatórios do controle interno servirão, num primeiro
momento, de orientação e oportunidade de correção às unidades administrativas
controladas e, na ausência de consenso, submetidas àquelas autoridades para as
providências cabíveis.
Para conferir efetividade ao sistema de controle interno, é recomendável que
este seja instituído por lei, nela previstas as incumbências desse órgão, o perfil e o
processo de escolha dos controladores internos, bem como os deveres e, sobretudo,
as fundamentais garantias funcionais desses servidores, os quais não poderão ser
transferidos ou ter seu trabalho impedido por qualquer agente político.
34 Controle Interno
Sob tal cenário, a normatização daquele controle pode dispor que seus compo-
nentes devam ter certo tempo de serviço, de preferência, que já tenham passado
pelo estágio probatório, comprovando honestidade, ética, bom relacionamento
com os demais colegas, e interesse em aprender o conjunto dos encargos operacio-
nais e financeiros do respectivo órgão ou entidade.
Ainda nesse aspecto, a normatização deverá dispor sobre a qualificação do Con-
trolador em grandes cidades, que será graduado com ensino superior em áreas cor-
relatas a Administração, Ciências Contábeis, Direito, Gestão de Políticas Públicas,
Economia ou outras áreas de conhecimentos que envolvam em sua grade curricular
a área da Administração Pública, podendo ser cumulado com experiência mínima
de tempo de atividade na atividade correlata.
Indispensável o treinamento dos controladores internos, podendo valer-se a
entidade dos seminários ofertados por esta Casa e de seus comunicados, cartilhas
e manuais.
Segundo pesquisa desenvolvida por duas técnicas do Tribunal de Contas de
Minas Gerais6, “conclui-se que os recursos humanos qualificados e capacitados tec-
nicamente, com experiência em administração pública, atualizados, comprometidos
com a Instituição, independentes em sua atuação profissional, que tenham um bom
relacionamento com os demais servidores e que tenham, acima de tudo, uma postura
ética e moral são os principais responsáveis pelo sucesso de um Sistema de Controle
Interno”.
Ainda, dizem aquelas autoras, “constatamos também que o êxito das atividades
exercidas por responsáveis pelos setores de Controle Interno na área pública, em espe-
cial nos Municípios, está diretamente relacionado ao grau de conhecimento da legis-
lação e das normas que disciplinam suas atividades”.
ċċ Tais planos foram elaborados segundo o querer das leis de regência (obs.:
em 3 de agosto de 2012 venceu o prazo para elaboração dos planos muni-
cipais de gestão de resíduos sólidos e de saneamento básico. Já, municípios
com mais de 20 mil habitantes deverão elaborar o Plano de Mobilidade
Urbana, integrado e compatível com o Plano Diretor e as diretrizes estipu-
ladas no respectivo plano nacional (PNMU); isso, no prazo máximo de 3
anos (até 2015), sob pena de ficarem impedidos de receber recursos federais
destinados a tal fim?
• Enfoque Operacional
ċċ O Tribunal de Contas fez alerta notificando que o Município pode, até fim
do ano, não atingir os mínimos constitucionais e legais do setor?
ċċ As receitas da Educação estão sendo empregadas em alimentação infan-
til, uniformes escolares, precatórios judiciais, insumos e equipamentos
da merenda escolar, pagamento da merendeira terceirizada, constru-
ção e operação de bibliotecas e museus, bem como em outras despesas
estranhas à manutenção e desenvolvimento do ensino, exemplificadas no
manual “Aplicação no Ensino” (www.tce.sp.gov.br)?
ċċ O recebimento de bens e serviços é atestado por servidor especialmente
designado pelo responsável do órgão municipal da Educação (Secretário,
Diretor ou Coordenador)?
ċċ A documentação da despesa educacional está separada dos outros gastos
da Prefeitura?
ċċ Sob determinação do Tribunal de Contas, está sendo utilizada a parcela
faltante do FUNDEB de anos anteriores?
ċċ Há ainda residual saldo financeiro do extinto Fundo do Ensino Fun-
damental, o FUNDEF? Por que não foi ainda utilizado nesse nível de
aprendizado?
ċċ Houve melhora na nota obtida no Índice de Desenvolvimento da Educa-
ção Básica – IDEB?
ċċ Houve melhora no agregado Educação do Índice Paulista de Responsabi-
lidade Social – IPRS?
ċċ Houve melhora na nota obtda no tema I-Educ do Índice de Efetividade da
Gestão Municipal – IEGM do TCESP?
ċċ No Portal do Cidadão do Tribunal de Contas, o gasto per capita com
merenda e transporte escolar aproxima-se da média estadual?
ċċ As recomendações do Tribunal de Contas e do Conselho Municipal de
Educação estão sendo acolhidas?
ċċ Os pagamentos são autorizados pelo responsável local da Educação
(Secretário, Diretor ou Coordenador)?
ċċ A disponibilidade de caixa dos recursos da Educação são identificados e
escriturados de forma individualizada (art. 50, I da LRF)?
ċċ A documentação da despesa do FUNDEB vem sendo disponibilizada ao
respectivo Conselho Social?
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo 43
Os que estão mais próximos do governo local e deste são usuários diretos de
seus serviços, tais agentes do controle social podem indicar ao Controle Interno
rumos mais certeiros, sobretudo agora, quando a Lei nº. 11.494, de 2007, melhor
qualifica o Conselho do Fundo da Educação Básica (FUNDEB), assegurando-lhe
atribuições objetivas e, mediante o afastamento da influência política do Poder
Executivo, garante-lhe considerável autonomia operacional.
De fato, tal diploma confere estabilidade de emprego aos servidores que inte-
gram o Conselho, facultando-lhes isenção no dever de testemunhar sobre informa-
ções obtidas no exercício desse controle.
À vista de tal contexto, pode o controlador interno verificar os seguintes quesitos:
8 https://painel.tce.sp.gov.br/arquivos/questionario/consolidados/consolidados/apresenta-
cao_esculapio_4.pdf
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo 45
• Despesas Gerais
• Encargos Sociais
• Execução Orçamentária
• Licitações e Contratos
• Pessoal
• Tesouraria
• Almoxarifado
• Transparência
• Balanços Contábeis
Desde o início do exercício, ocorreram quantas admissões, exo- Número por tipo
nerações e aposentadorias? de evento
11. Bibliografia
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo, São Paulo, Saraiva, 2006.
MACHADO JR., J. Teixeira e REIS, Heraldo da Costa. A Lei 4.320 Comentada, Rio de
Janeiro, IBAM, 2001.
NUNES, Moacyr de Araújo. Manual de Orçamento e Contabilidade Pública, São
Paulo, CEPAM.
SANTANA, Jair Eduardo. Subsídios de Agentes Políticos Municipais, Belo Horizonte,
Editora Fórum, 2004.
SOUZA, Jorge Bento de. Controle Interno Municipal. Ed. Evangraf, 2006, Porto
Alegre.
TOLEDO JR., Flavio C. e ROSSI, Sérgio Ciquera. Lei de Responsabilidade Fiscal
Comentada Artigo por Artigo, Editora NDJ, São Paulo, 3ª. edição, 2005.
TOLEDO JR., Flavio C., Artigo “O Prefeito e as Cautelas Financeiras de Início de
Mandato”; 2012.
TOLEDO JR. Flavio C., Artigo “A Necessidade de Dar Eficácia ao Controle Interno”;
2013.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. “O Tribunal e a Gestão
Financeira dos Prefeitos”, 2016. in: www.tce.sp.gov.br.
formato 16 x 23 cm
tipologia Myriad Pro, Lucida Sans e Utopia
papel miolo Offset 90 g/m2
capa Cartão Triplex 250 g/m2
número de páginas 64
editoração, impressão e acabamento Imprensa Oficial do Estado S/A - IMESP
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