Estrategia Relacoes Institucionais TCU
Estrategia Relacoes Institucionais TCU
Estrategia Relacoes Institucionais TCU
Relações Institucionais
do Tribunal de Contas da União
2 Relações Institucionais do Tribunal de Contas da União
MINISTROS
José Mucio Monteiro, Presidente
MINISTROS-SUBSTITUTOS
Augusto Sherman Cavalcanti
Marcos Bemquerer Costa
André Luís de Carvalho
Weder de Oliveira
Relações Institucionais
do Tribunal de Contas da União
SUMÁRIO
7 1. APRESENTAÇÃO
9 2. INTRODUÇÃO
2.1 CONCEITO E IMPORTÂNCIA
2.2 PRINCÍPIOS E VALORES
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
2.4 RESULTADOS ESPERADOS
2.5 ATORES
2.5.1 Atores internos
2.5.2 Atores externos
15 3. ESTRATÉGIA
3.1 OBJETIVO 1 – AMPLIAR O DIÁLOGO E APRIMORAR O RELACIONAMENTO
COM OS PÚBLICOS INTERNO E EXTERNO
3.1.1 Representação institucional
3.1.2 Integração das unidades do TCU
3.1.3 Atualização do corpo técnico
3.2 OBJETIVO 2 – ALINHAR A ATUAÇÃO DO TCU COM A
AGENDA NACIONAL
3.2.1 Elaboração de agenda de interação: Executivo, Legislativo Judiciário
3.2.2 Definição de focos de atuação
3.2.3 Prospecção de cenários e tendências
3.3 OBJETIVO 3 – SISTEMATIZAR A ATIVIDADE DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS NO TCU
19 3.3.1 Mapeamento de temas
3.3.2 Mapeamento e gerenciamento de stakeholders
3.3.3 Identificação de mensagens-chave
3.3.4 Estabelecimento de agenda de atuação
3.3.5 Monitoramento e avaliação
3.4 OBJETIVO 4 – DESENVOLVER SISTEMAS INFORMATIZ ADOS
3.4.1 Sistema Relaciona e Mapa de Percepções e Conexões
27 4. OPERACIONALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA
35 6. CONCLUSÃO
36 7. REFERÊNCIAS
6 Relações Institucionais do Tribunal de Contas da União
7
1. APRESENTAÇÃO
É com grande satisfação que apresento a estratégia O presente documento consolida as principais dire-
de Relações Institucionais (RI) do Tribunal de Con- trizes para a atuação do Tribunal, com vistas ao for-
tas da União (TCU). Para que o órgão possa melhor talecimento do diálogo. A partir dele, deverão ser
exercer suas atribuições, é essencial o diálogo com desenvolvidas diversas ações voltadas ao alcance dos
instituições representativas da sociedade. Apenas a objetivos específicos estabelecidos. Traz, ainda, os
abertura de canais de comunicação eficazes permiti- processos de trabalho recomendados para uma boa
rá compreender as necessidades dos cidadãos e agir gestão das ações de relacionamento.
com mais efetividade. A necessidade de dialogar é
corolário da missão institucional de aprimorar a Ad- Espera-se que, a partir deste referencial, sejam con-
ministração Pública, por meio do controle, em benefí- solidados, cada vez mais, os processos de trabalho
cio da sociedade. Este documento apresenta a estra- relacionados ao tema e fortalecidos os laços do TCU
tégia desenvolvida na busca pelo pleno diálogo com com as instituições públicas e privadas da sociedade.
as instituições, sempre pautado pela objetividade e
transparência no relacionamento.
2. INTRODUÇÃO
juntas, do intercâmbio de informações e da reali- desenvolvimento e sua realização. Para isso, conta
zação de ações de capacitação; com a atuação integrada da Assessoria de Relações
• fortalecimento da imagem do TCU – aumen- Institucionais e Cerimonial (Aceri), da Secretaria de
to da percepção, por parte de gestores públicos, Comunicação (Secom), da Assessoria Parlamentar
atores da sociedade civil e instituições governa- (Aspar), do Instituto Serzedello Corrêa (ISC), da Ou-
mentais, de que o tribunal contribui com a Admi- vidoria, da Secretaria de Relações Internacionais
nistração Pública e o desenvolvimento nacional; e (Serint) e da Secretaria de Soluções de Tecnologia da
• mitigação dos riscos institucionais e identi- Informação (STI).
ficação de oportunidades – diminuição ou neu-
tralização das ameaças à instituição, por meio da Conforme a Resolução 305/2018-TCU, a Aceri tem por
adequada sensibilização dos atores envolvidos. finalidade propor, implementar e acompanhar políticas
e diretrizes relativas às RI desta Corte. Também deve
2.5 ATORES gerenciar e assegurar a atualização de bases de infor-
Para efeitos de identificação e definição de estratégia mação necessárias ao desempenho de sua competên-
de RI, é necessário conceituar, identificar e priorizar cia, especialmente quanto aos dados e às informações
os atores internos e externos ao TCU. relevantes de autoridades e dirigentes do Tribunal e
instituições relacionadas à atuação do TCU, bem como
2.5.1 ATORES INTERNOS orientar e assistir as unidades da Secretaria do Tribunal
Por atores internos entendem-se unidades, respecti- em atividades de representação institucional.
vos dirigentes e servidores que interagem entre si e
com partes interessadas externas aos TCU. A Secom, por sua vez, é responsável pela comunica-
ção institucional do Tribunal e pelo relacionamento
Nesse sentido, a Secretaria-Geral da Presidência do com a imprensa; a Aspar, pelo relacionamento do Tri-
Tribunal (Segepres) atua diretamente na implemen- bunal com o CN; o ISC, pela educação corporativa e
tação da estratégia de RI e trabalha para que sejam gestão do conhecimento organizacional; a Ouvidoria,
fornecidas as ferramentas necessárias para seu pela interlocução com o cidadão; a Serint, pela atua-
12 Relações Institucionais do Tribunal de Contas da União
ção internacional do TCU; e a STI, pelo fornecimento mente, Freeman (informar o ano e a página) a definiu
de ferramentas de TI necessárias ao desenvolvimento mais amplamente como “qualquer grupo ou indiví-
das atividades da Casa. duo que afeta ou é afetado pelo alcance dos objetivos
da organização”. Vem, assim, substituindo os termos
No tocante à Secretaria-Geral de Controle Externo “partes interessadas”, “partes intervenientes” e “ato-
(Segecex), suas unidades são responsáveis por pro- res relevantes” na produção acadêmica pós 1980.
mover a integração do Tribunal com órgãos e entida-
des relacionados ao controle da gestão pública e ob- A expressão stakeholder é de uso recorrente, também,
ter, sistematizar e gerir informações estratégicas para em orientações normativas do TCU, como na Portaria
as ações que digam respeito a sua área de atuação. 5, de 18 de fevereiro de 2002, que aprova a técnica de
O intercâmbio de informações e experiências, bem auditoria Análise Stakeholder, e no Referencial Básico
como o desenvolvimento de parcerias e eventuais de Gestão de Riscos do TCU. Neste, o termo é definido
ações conjuntas, visa a propiciar o aperfeiçoamento como sinônimo de parte interessada, com base nas
dos trabalhos dos órgãos envolvidos. Nesse sentido, regras do International Organization for Standardi-
a interação com outros órgãos e outras instituições zation (Organização Internacional para Padronização
é fator primordial para o sucesso de suas atividades. – ISO 30100, 2009) e na publicação das normas de
aperfeiçoamento de controle interno do Comittee
2.5.2 ATORES EXTERNOS of Sonponsoring Organizations of the Treadway Co-
No que diz respeito a atores externos, para efeito me- mission (Comitê das Organizações Patrocinadoras da
todológico de elaboração desta estratégia institucio- Comissão Treadway – COSO), com a colaboração da
nal, serão doravante denominados stakeholders. PricewaterhouseCoopers (atual PwC).
Segundo Seligman (informar o ano e a página), a ex- Cabe citar, ainda, o roteiro intitulado O TCU e o Con-
pressão stakeholder surgiu em 1963, na Universidade trole Social (2018), que apresentou a definição de
de Stanford, com o significado de “grupos sem cujo parte interessada (stakeholder) como “pessoa ou
apoio a organização deixaria de existir”. Posterior- organização que pode afetar, ser afetada ou se per-
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ceber afetada por uma decisão ou atividade” (ABNT, de influência e contexto. A delimitação dos atores
2010), citando, como exemplos de partes interes- internos e externos será feita em item específico
sadas externas (PIEs) ao Tribunal, as organizações deste documento.
da Administração Pública auditadas (Executivo); os
gestores públicos; o CN; outros órgãos de controle; a
academia; a mídia; os cidadãos; e as Organizações da
Sociedade Civil (OSCs).
3. ESTRATÉGIA
O Plano Estratégico TCU 2019-2025 conceitua estra- tempestivo e a compreensão por parte dos públi-
tégia como o caminho a ser seguido para garantir a cos-alvo (Objetivo 68).
sobrevivência e reforçar a legitimidade de uma or-
ganização ao longo do tempo. Caracteriza-se como Para cumprimento de tais objetivos, foi desenhada a
sendo o conjunto de objetivos e ações necessários ao estratégia de RI do TCU. Sua elaboração fundamen-
cumprimento da missão institucional e alcance da tou-se em diretrizes da Presidência, entrevistas com
visão de futuro. o corpo diretivo da Casa e realização de diversas reu-
niões de trabalho para produção do conteúdo.
O Plano estabelece para o Tribunal a missão de apri-
morar a Administração Pública em benefício da so- Assim, para aprimoramento das ações de relacionamen-
ciedade, por meio do controle externo, e, para isso, to no âmbito do Tribunal, em cumprimento aos objetivos
define objetivos estratégicos corporativos e de con- estratégicos preestabelecidos, a estratégia de RI se ma-
trole externo. terializa nos objetivos e nas ações a seguir relacionados.
Como já mencionado, para a atividade de RI, os obje- 3.1 OBJETIVO 1 – AMPLIAR O DIÁLOGO E
tivos estratégicos corporativos definidos para o perí- APRIMORAR O RELACIONAMENTO COM OS
odo de 2019-2025 são: PÚBLICOS INTERNO E EXTERNO
O TCU já se relaciona com diversos atores, em inten-
• aprimorar o relacionamento com atores e ins- sidades diferentes e a depender do perfil pessoal
tituições relevantes, em especial com o CN, para de cada auditor ou dirigente. Pretende-se, contudo,
maximizar os resultados do TCU (Objetivo 67); e elaborar uma estratégia de relacionamento institu-
• comunicar as contribuições do TCU para a Ad- cional que apresente uma sistemática de interação e
ministração Pública e o desenvolvimento nacio- articulação que, aliada à tecnologia da informação e
nal, por meio de canais que favoreçam o alcance em consonância com o planejamento e as diretrizes
16 Relações Institucionais do Tribunal de Contas da União
estratégicas da Corte, possa trazer mais eficiência, Com vistas a otimizar as ações de representação ins-
transparência e ética para os relacionamentos e con- titucional, dirigentes e servidores devem:
tribuir para os resultados da Corte. Para tanto, sugeri-
mos as seguintes ações de relacionamento: • mapear os acontecimentos relacionados a
sua esfera de atuação e participar de eventos, se-
• manter canal aberto e frequente de comuni- minários, fóruns de debate sobre assuntos de in-
cação e estabelecer rotina de interação; teresse do Tribunal, pois são excelentes oportuni-
• trabalhar com os atores relevantes de ma- dades de diálogo. Dada a importância do tema ou
neira ininterrupta e constante. Ter em mente a presença de stakeholders prioritários, também
manutenção da reputação, o aprofundamento da devem verificar a possibilidade de ter assento e
interlocução, o controle dos riscos e a mitigação voz no evento;
das crises; e • pesquisar o público a que se destina o evento
• trabalhar pela manutenção e melhoria da e alinhar a abordagem, de acordo com as mensa-
reputação do TCU. Estar sempre atento a críticas gens-chave relativas ao tema e aos entendimen-
e sugestões de melhorias que possam agregar à tos já firmados pelo Tribunal ou orientados pelo
atuação institucional, construção de parcerias e ministro relator;
prospecção de oportunidades. • conhecer o histórico dos interlocutores e das
instituições antes de qualquer encontro. Pro-
3.1.1 REPRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL curar entender quem são os atores presentes e
Todos aqueles que interagem com atores externos no quais são suas interações e seus posicionamen-
exercício de suas atribuições no TCU devem se pautar tos quanto ao TCU e/ou tema em questão. Para
pela proatividade. Nas interações com jurisdiciona- facilitar esse processo, está sendo desenvolvido o
dos e demais stakeholders, é necessário estar atento Sistema de Relacionamento Institucional; e
ao contexto em que se está inserido, comunicar com • registrar as informações e interações na pla-
foco, construir alianças e promover o engajamento taforma de TI indicada, para que sirvam de subsí-
nos temas de interesse. dio ao desenvolvimento das estratégias de diálo-
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Todos os temas mapeados deverão estar contidos no • quais são as possibilidades de parcerias com
Sistema Relaciona, que será integrado com os demais outras entidades;
sistemas corporativos que dão suporte ao controle • quais são os estudos sobre o tema.
externo, como os sistemas Conhecer e Planejar.
3.3.2 MAPEAMENTO E GERENCIAMENTO
Quando a unidade se deparar com temas de grande DE STAKEHOLDERS
importância e impacto, deve identificar: Mapa de atores externos
O mapa de atores externos, que contém os stakehol-
• qual o título e a descrição do tema e em qual ders já mapeados pela instituição, foi desenvolvido
contexto estão inseridos; em parceria com a Secretaria de Planejamento (Se-
• qual a mensagem-chave relacionada ao tema; plan) e vem sendo aprimorado com a evolução das
• quais os interlocutores internos, externos e ações de RI e por meio de entrevistas com as unida-
eventos relacionados; des técnicas (Apêndice B).
• quais os acórdãos e trabalhos do TCU referen-
tes ao tema; Dele constam órgãos, entidades e atores relevantes,
• quais os órgãos e as esferas de governo envol- tanto do setor público quanto do privado. Sua cons-
vidos no processo; trução se deu a partir de brainstorming, análise de
• quem são os tomadores de decisão e quais histórico de ações de relacionamento e consulta à
são seus posicionamentos; Portaria Segecex 6/2019, que define a clientela das
• quais são as regras do jogo e como é o proces- Secretarias de Controle Externo.
so decisório;
• como o Tribunal é afetado; Para permitir a categorização dos atores por insti-
• quem são os formadores de opinião sobre tuição, foram estabelecidos níveis de stakeholders e
o tema; feita a classificação por cargo ou função, conforme os
• quais são os grupos de interesse e o que de- termos a seguir.
fendem;
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cionado. Porém, não se trata de uma lista exaustiva. Tal instrumento engloba as categorias seguintes de
Quando as unidades do TCU se depararem com a neces- ator, importantes para a elaboração da estratégia
sidade de mapear outros atores, recomenda-se adotar os de atuação.
seguintes passos: realizar brainstorming, para identificar
possíveis stakeholders; identificar papel, interesses, po- Ator principal – é aquele cujo exercício da atividade
der de influência e impacto; e estabelecer prioridades. principal exige interação constante com os principais
atores externos ao TCU; responde pela instituição.
Ademais, para cada ator relevante, devem-se obter
informações como: dados gerais; perfis; cargos e ins- Ator direto – é aquele cujo exercício da atividade
tituições; acórdãos e trabalhos do TCU relacionados; principal exige interação constante com grupos es-
posicionamentos sobre o tema: contrários ou favo- pecíficos de atores externos.
ráveis e por que; canais de comunicação e melhores
formas de interação; influências que sofrem; modo Ator indireto – é aquele que, no exercício de suas
como se organizam e relacionam; níveis de interes- competências, eventualmente tem contato com ato-
se. Por fim, deve-se verificar se possuem informações res externos ao Tribunal.
críticas nas mídias pessoais e profissionais. Todas as
informações mapeadas devem ser registradas no Sis- 3.3.3 IDENTIFICAÇÃO DE MENSAGENS-CHAVE
tema Relaciona. A unidade responsável por identificar ou elaborar
mensagens-chave no Tribunal é a Secom, que pode
Mapa de atores internos fazê-lo por iniciativa própria ou demanda das unida-
O mapa de atores internos, também construído em des da Casa.
parceria com a Seplan, é capaz de apresentar um di-
recionamento dos principais responsáveis internos e “As mensagens-chave constituem um guia geral de
stakeholders associados a eles. Ou seja, define respon- comunicação da organização, consolidando as ideias
sabilidades na gestão de stakeholders (Apêndice A). principais que devem ser comunicadas aos colabo-
radores, aos clientes, aos parceiros, à imprensa, ao
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governo e aos demais stakeholders. Elas expressam a realizada no biênio 2017/2018, com vistas a identifi-
personalidade da organização e verbalizam sua iden- car os principais entraves causados pelo excesso de
tidade, visando à coerência com a prática” (Stephan burocracia governamental que afetam o ambiente de
Duallibi Younes). negócios e a competitividade de organizações produti-
vas, prejudicando o desenvolvimento nacional.
Devem-se observar os seguintes requisitos para cria-
ção de mensagem-chave: 3.3.4 ESTABELECIMENTO DE AGENDA
DE ATUAÇÃO
• estar baseada em fatos comprovados por dados Uma vez identificada a necessidade de interação
e análises atuais que demonstrem sua veracidade; pessoal e definidas as prioridades de ação, os temas
• estar em consonância com os julgados da Corte; relacionados, os stakeholders e as mensagens-chave
• ser elaborada em articulação com a unidade relacionadas, pode-se partir para o estabelecimento
do TCU responsável pelo tema; de uma agenda de atuação.
• permitir a identificação do público-alvo e da
forma como será feita a divulgação; As interações podem acontecer de diversas manei-
• passar por revisão periódica, o que inclui a re- ras. A identificação de eventos com temas de interes-
visão de seus fundamentos. se institucional e participação de atores relevantes
é uma excelente oportunidade de relacionamento,
Exemplo de mensagem-chave bem como a realização de reuniões de trabalho.
Tema – Desburocratização
Antes da interação, deve-se:
Mensagem-chave – O TCU atua fortemente no com- • elaborar o perfil detalhado do interlocutor;
bate à burocracia. • identificar quais os acórdãos e trabalhos do
TCU relacionados e, se for o caso, conversar com
Justificativa – O Acórdão 1.263/2019-TCU-Plenário a unidade técnica responsável pelo tema ou pela
julgou a fiscalização de orientação centralizada (FOC), instituição e o ministro relator do tema ou pro-
24 Relações Institucionais do Tribunal de Contas da União
cesso, para definir a estratégia a ser adotada; 3.4.1 SISTEMA RELACIONA E MAPA DE
• planejar onde se quer chegar com a interação PERCEPÇÕES E CONEXÕES
e o que se quer evitar; A tecnologia da informação é a grande aliada da es-
• identificar ou preparar as mensagens-chave tratégia de RI do TCU. O Sistema Relaciona – sistema
(acione a Secom). A comunicação é uma grande de inteligência em gestão de relacionamentos, atores
aliada. Se necessário, montar um kit, contendo e interações, disponível no catálogo de serviços de TI,
trabalhos realizados, folders, sumários etc.; e foi desenvolvido para que todo o corpo técnico regis-
• inserir os dados no Sistema Relaciona. tre as interações com stakeholders, tais como reu-
niões e eventos, trazendo ainda mais transparência
3.3.5 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO para a atuação da Corte.
Deve-se estabelecer, a cada início de ano, os princi-
pais temas a serem trabalhados no período e fixar, Os registros são fundamentais para que a instituição
para cada um deles, as linhas de ação, fundamen- defina ações estratégicas de relacionamento insti-
tadas em fatos e dados advindos das atividades de tucional e prospecte cenários futuros que possam
fiscalização e informações estratégicas de análise de impactar em sua atuação. Devem ser informadas
cenários, a fim de identificar quem são os principais as reuniões e os eventos em que haja a participação
interlocutores e definir iniciativas que permitam a de atores relevantes – por influência, conhecimento,
aproximação entre eles. legitimidade, poder – ou em que sejam debatidos
temas estratégicos para o TCU. Importante destacar
3.4 OBJETIVO 4 – DESENVOLVER SISTEMAS que o registro de interações permite a guarda de in-
INFORMATIZADOS formações importantes para a instituição e dá mais
O fluxo de informações deve ser adequado e eficiente, transparência ao diálogo com os interessados.
para permitir o registro e acompanhamento das intera- Com a implantação do Sistema Relaciona, várias in-
ções realizadas por todas as unidades do Tribunal. Será formações podem ser trazidas automaticamente, a
feito por meio dos sistemas de tecnologia da informação. partir do cruzamento de bases de dados públicas e
internas. Ou seja, parte da informação constante do
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sistema será alimentada automaticamente e parte ali registrados, o sistema contempla regra de acesso e
será resultado do empenho de preenchimento por cadastro, com preservação de informações sensíveis
todos do Tribunal. A intenção é que, quando estiver ou sigilosas.
em pleno funcionamento e sendo alimentado por
todos, o sistema forneça informações robustas sobre
temas, instituições e stakeholders diversos.
4. OPERACIONALIZAÇÃO
DA ESTRATÉGIA
Stakeholders Grau de interesse – indica o grau de apoio ou oposi-
Por fim, a partir dos objetivos e das ações delimi- ção à atuação do TCU. Registrado numa escala de cin-
tados nesta estratégia, deve-se elaborar o plano de co níveis: altamente a favor (++), levemente a favor
ação, anualmente ou a cada período avaliativo, com (+), indiferente (0), levemente contra (-), altamente
base na análise e prospecção de cenários e tendên- contra (--).
cias e no mapeamento de stakeholders. Cabe à Aceri
a elaboração da proposta do plano, sob a coordena- Impacto – indica o nível de poder e de influência do
ção da Segepres. stakeholder, que determina sua capacidade de afetar
direta ou indiretamente a atuação do TCU. Registra-
A priorização dos stakeholders e o estabelecimento do em escala de três níveis: alta influência (++), influ-
das agendas de atuação serão definidos de forma co- ência moderada (+), baixa influência (0).
laborativa, com participação das unidades de negó-
cio (clientela), de acordo com a classificação a seguir. Prioridade – indica a relevância e urgência de o Tri-
bunal atuar com o stakeholder para mitigar riscos ou
Papel do stakeholder – descreve o interesse do Tri- aproveitar oportunidades.
bunal no stakeholder frente a suas atribuições e
sua atuação. Com base na análise e no posicionamento dos
atores, conforme os critérios acima, deve-se es-
Interesse no TCU – descreve o interesse do stakehol- tabelecer agenda de priorização, com apoio das
der na atuação do TCU. Pode ser em temas ou proces- informações provenientes dos sistemas Relaciona
sos específicos. Identifica o que o stakeholder quer ou e Mapa, para subsidiar a atualização da estratégia
espera do Tribunal. de RI do TCU.
28 Relações Institucionais do Tribunal de Contas da União
5. GERENCIAMENTO DE
RISCOS ASSOCIADOS A RI
Dentre os benefícios decorrentes da adequada A gestão de riscos, quando corretamente imple-
sistematização das ações de relacionamento, mentada e aplicada de forma sistemática, estru-
tem-se a contribuição para a adequada gestão de turada e oportuna, fornece informações que dão
riscos institucionais. suporte às decisões de alocação e uso apropriado
dos recursos e contribuem para a otimização do de-
De acordo com diversas fontes de consulta consagra- sempenho organizacional. Como consequência, au-
das, que incluem as melhores práticas internacionais, mentam a eficiência e eficácia na geração, proteção
é possível chegar ao entendimento de que gestão de e entrega de valor público, na forma de benefícios
riscos é um processo de trabalho de natureza perma- que impactam diretamente cidadãos e outras par-
nente, estabelecido, direcionado e monitorado pela tes interessadas.
alta administração, aplicável em qualquer área da
organização e que contempla as atividades: identifi- No tocante à gestão de possíveis riscos associados à ati-
car riscos, analisar riscos, avaliar riscos, decidir sobre vidade de RI, recomendam-se as ações indicadas a seguir.
estratégias de resposta a riscos, planejar e executar
ações para modificar o risco, bem como monitorar e 5.1 CONSTRUÇÃO DE AGENDA PERIÓDICA
comunicar, com vistas ao efetivo alcance dos objeti- BASEADA EM GESTÃO DE RISCOS
vos da instituição. Antecipação de riscos e atuação proativa, baseada
em planejamento periódico (semestral/anual), em
Nesse contexto, o gerenciamento de riscos contribui conjunto com a Seplan e as demais unidades da Se-
para reduzir as incertezas que envolvem a definição gepres e Segecex, para construir a estratégia de for-
da estratégia e dos objetivos das organizações públi- ma conjunta com a gestão de riscos, buscando iden-
cas e, por conseguinte, o alcance de resultados em tificar movimentos que representem risco à atuação
benefício da sociedade. do TCU e se antecipar a eles.
32 Relações Institucionais do Tribunal de Contas da União
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS
Ouvidoria do TCU
0800 644 1500
[email protected]
42 Relações Institucionais do Tribunal de Contas da União
MISSÃO
Aprimorar a Administração Pública
em benefício da sociedade por meio
do controle externo.
VISÃO
Ser referência na promoção de uma
Administração Pública efetiva, ética,
ágil e responsável.