Vol 2
Vol 2
Vol 2
Guia de
MEDIAÇÃO E
CONCILIAÇÃO
CORREGEDORIA NACIONAL
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
GUIA DE
MEDIAÇÃO E
CONCILIAÇÃO
CDU 347.918
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guias de Atuação Resolutiva (v. II)
Guia de Mediação e Conciliação
Coordenação Superior:
Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto
Corregedor Nacional do Ministério Público
Redação:
Ricardo Schinestsck Rodrigues
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
Ivana Kist Huppes Ferrazzo
Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
Fernanda Broll Carvalho de Almeida
Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
Élcio Resmini Meneses
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
Revisão:
Gregório Assagra de Almeida
Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais
Marcelo José de Guimarães e Moraes
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Amapá
Vinícius Menandro Evangelista de Souza
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre
Jacqueline Orofino da Silva Zago de Oliveira
Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Tocantins
Marco Antonio Santos Amorim
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Maranhão
Silvio Roberto Oliveira de Amorim Junior
Coordenador-Geral da Corregedoria Nacional do Ministério Público
Composição de Imagens
Paulo Valério Dal Pai Moraes
Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado Rio Grande do Sul
Coordenação de suporte editorial e ponto focal
Suporte editorial
Gabriela Zeni
Assessor Especial do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
Liziane Pozzobon
Analista do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul – Administração
PREFÁCIO
Prezados leitores,
7
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
Ressalta-se, por necessário, que este guia não possui qualquer pre-
tensão impositiva nem se propõe a esgotar todas as possíveis formas de atua-
ção para o alcance dos resultados constitucionais perseguidos pelo MP. Antes,
consubstancia-se em ferramenta valiosa para auxiliar os membros do Minis-
tério Público a desenvolverem suas potencialidades e talentos, enveredando
pelo campo das emoções e sentimentos na arte da resolução de problemas,
orientando-os a uma atuação responsiva e direcionada à transformação da re-
alidade social.
8
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 13
1.1. CONTEXTO DE SUSTENTABILIDADE MUNDIAL 13
1.2. CORREGEDORIAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO E ATUAÇÃO SUSTENTÁVEL 15
1.3. OBJETIVOS DO GUIA DE MEDIAÇÃO E DE CONCILIAÇÃO 17
1.4. METODOLOGIA UTILIZADA NO GUIA DE MEDIAÇÃO E DE CONCILIAÇÃO 18
2. CONCEITOS PRÁTICOS DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO 21
3. ATUAÇÃO INTERVENTIVA DO TERCEIRO IMPARCIAL, EMOÇÕES E
SENTIMENTOS 27
4. ALICERCES PRÁTICOS ESTRUTURANTES DA MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO 31
5. TÉCNICAS EFICIENTES DE MEDIAÇÃO AVALIATIVA/CONCILIAÇÃO –
PROPOSTA METODOLÓGICA PRÁTICA. FASES DA MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO 39
6. FASE DA PREPARAÇÃO DA MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO 41
6.1 PRÉ-MEDIAÇÃO, CAUCUS E ANAMNESE 41
6.2. PLANEJAMENTO SUBJETIVO, DEFINIÇÃO DE PAPÉIS E O MINISTÉRIO
PÚBLICO MEDIADOR/CONCILIADOR 45
6.2.1. Definição de papéis 45
6.2.2. Profissionais do MP trabalhando em conjunto como M/Cs e como
negociadores 47
6.2.3. Membros do Ministério Público podem ser mediadores/conciliadores? 48
6.2.4. Cuidados na organização e planejamento da parte subjetiva da
autocomposição 50
6.3. PREPARAÇÃO E PLANEJAMENTO OBJETIVOS 51
6.3.1. Criação de grupos de WhatsApp e característica continuada da
interlocução 52
6.3.2. Preparação do local ou sessão on-line 54
6.3.2.1. Sessões on-line – vantagens – interlocutores nos seus próprios
ambientes 55
6.3.2.2. Melhor avaliação das linguagens não verbais on-line 56
6.3.2.3. Sessões e reuniões presenciais 57
7. FASE DO INÍCIO DA SESSÃO CONJUNTA E APRESENTAÇÃO DAS REGRAS DA
MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO – DECLARAÇÕES DE ABERTURA 59
9
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
10
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
11
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
12
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
1. INTRODUÇÃO
13
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
14
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
15
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
16
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
17
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
3 “Nosso cérebro forma dicotomias do tipo ‘Nós versus Eles’[...] com uma velocidade
estonteante [...] o cérebro agrupa rostos por gênero ou status social em uma velocidade
equivalente[...]. As fissuras do cérebro que dividem Nós e Eles são esmiuçadas na discussão
do capítulo 4 sobre a ocitocina. Lembre-se de que esse hormônio estimula a confiança, a
generosidade e a cooperação com relação a Nós, mas um comportamento muito mais mesquinho
com relação a Eles – maior agressividade antecipatória em jogos econômicos e maior disposição
em sacrificar o outro grupo (e não o nosso) pelo bem comum.”. (SAPOLKY, Robert M. Comporte-se:
a biologia humana em nosso melhor e pior. São Paulo: Companhia das Letras, 2021. p. 381-383).
18
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
19
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
20
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
2. CONCEITOS PRÁTICOS DE
MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
A Lei nº 13.140/2015 (Lei de Mediação) dispõe, no seu artigo
1º, parágrafo único, sobre o que seja mediação:
Parágrafo único. Considera-se mediação a atividade técnica
exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que,
escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a
identificar ou desenvolver soluções consensuais para a
controvérsia.
Já o Código de Processo Civil traz conceito diverso de media-
ção, além de distingui-la da conciliação. Transcrevemos:
Art. 165 Os tribunais criarão centros judiciários de solução
consensual de conflitos, responsáveis pela realização de
sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo
desenvolvimento de programas destinados a auxiliar,
orientar e estimular a autocomposição.
§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos
em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá
sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que
as partes conciliem.
§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos
em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos
interessados a compreender as questões e os interesses em
conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento
da comunicação, identificar, por si próprios, soluções
consensuais que gerem benefícios mútuos.
Por sua vez, o Manual de Mediação do Conselho Nacional de
Justiça assim conceitua mediação:
A mediação pode ser definida como uma negociação
facilitada ou catalisada por um terceiro. Alguns autores
preferem definições mais completas sugerindo que a
mediação é um processo autocompositivo segundo o qual
as partes em disputa são auxiliadas por uma terceira parte
neutra ao conflito ou por um painel de pessoas sem interesse
na causa, para se chegar a uma composição. Trata‑se de um
método de resolução de disputas no qual se desenvolve um
processo composto por vários atos procedimentais pelos
quais o(s) terceiro(s) imparcial(is) facilita(m) a negociação
entre as pessoas em conflito, habilitando‑as a melhor
compreender suas posições e a encontrar soluções que se
21
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
22
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
23
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
24
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
25
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
26
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
3. ATUAÇÃO INTERVENTIVA DO
TERCEIRO IMPARCIAL, EMOÇÕES E
SENTIMENTOS
A experiência dos profissionais do Ministério Público à frente
de mediações e conciliações tem demonstrado ser absolutamente co-
mum que as partes envolvidas no problema estejam nervosas, muitas
vezes com medos, arrogâncias, agressividades.
O oposto também pode acontecer, ou seja, interlocutores ex-
cessivamente permissivos, exageradamente humildes, ausência de de-
fesa e de reação a ataques infundados do outro negociador etc.
Esses estados de
ânimo geram hormônios de es-
tresse, entre eles a adrenalina e o
cortisol, os quais, quando despe-
jados no organismo em excesso,
prejudicam imensamente a me-
mória de longo prazo, o apren-
dizado, a memória de trabalho e,
consequentemente, o raciocínio
e a boa tomada de decisão.
Nesse sentido, a pos-
tura passiva do terceiro imparcial,
não interventiva, não propositiva
de alternativas, que venha a atri-
buir integral e exclusivamente às partes nervosas a definição no tocante
às opções de solução dos problemas, não é adequada à luz da neuroci-
ência e da própria razão de ser dos métodos autocompositivos. Ao que
tudo indica, é imensamente mais profícuo possibilitar que conciliadores e
mediadores (neste caso mediador avaliativo) treinados façam suas inter-
venções e propostas, as quais serão avaliadas pelas partes, a fim de que
ofereçam a última palavra relativamente aos consensos ou não.
27
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
28
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
29
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
30
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
4. ALICERCES PRÁTICOS
ESTRUTURANTES DA MEDIAÇÃO/
CONCILIAÇÃO
31
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
32
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
33
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
34
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
8 Sobre o tema, vide: FERRY, Luc. A revolução transumanista. Tradução: Éric R. R. Heneauld.
Prefácio: entrevista de Luc Ferry a Jorge Forbes. São Paulo: Manole, 2018.
9 FERRY, Luc. A revolução transumanista. Tradução: Éric R. R. Heneauld. Prefácio:
entrevista de Luc Ferry a Jorge Forbes. São Paulo: Manole, 2018. p. 87.
10 “[...] A primeira internet é a mais conhecida, a de todos os dias, isto é, a internet da
comunicação. É amplamente dominada pelo quase monopólio dos Gafa [Google, Apple, Facebook,
Amazon], aos quais é preciso acrescentar inúmeras redes sociais, como Twitter ou Linkedin, e
também todos os aplicativos que tornam viva a economia colaborativa no modelo Uber, Airbnb,
BlablaCar, Trocmaison.com, Vente-privee.com, Leboncoin.fr, Drivy.com, ParuVendu.Fr. Wikipédia
[...] Hoje, eles agregam e `pilotam´, com fins mais ou menos mercantis, centenas de milhões de
indivíduos reunidos em comunidades em rede. Essa internet oferece utilizações evidentemente
pagas [...] embora algumas pareçam gratuitas, o que não passa de uma ilusão: à primeira vista
utilizam-se gratuitamente os serviços do Google, Facebook ou do Twitter. A navegação na tela
parece gratuita para o usuário: fazemos uma pesquisa na web ou postamos mensagens diversas
sem gastar um único centavo. [...] por meio de estratagemas altamente eficientes essa aparente
gratuidade permite, de fato, gerar lucros astronômicos, já que essas prósperas empresas,
falsamente desinteressadas, coletam o tempo todo uma infinidade de dados diversos sobre nosso
modo de vida, nossas aspirações, nossa saúde, nossas peculiaridades, nossas preocupações e
nossos hábitos de consumo (é primeiramente o que se chama de big data), os quais revendem
a preços exorbitantes a outras empresas – permitindo que estas afinem suas estratégias de
comunicação, de inovação e de venda, direcionem e personalizem a publicidade enviada aos seus
clientes, ao mesmo tempo que contextualizam cada vez mais as respostas dadas às perguntas
dos diferentes internautas.” (FERRY, Luc. A revolução transumanista. Tradução: Éric R. R. Heneauld.
Prefácio: entrevista de Luc Ferry a Jorge Forbes. São Paulo: Manole, 2018. p. 87).
35
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
36
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
37
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
38
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
5. TÉCNICAS EFICIENTES
DE MEDIAÇÃO AVALIATIVA/
CONCILIAÇÃO – PROPOSTA
METODOLÓGICA PRÁTICA.
FASES DA MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO
Desenvolveremos a seguir proposta de fases de mediação/
conciliação estruturada para problemas complexos, que poderá ser uti-
lizada em qualquer tipo de assunto que mereça a atuação de terceiro
imparcial, cabendo ao profissional do Ministério Público realizar as adap-
tações eventualmente necessárias para o atendimento das peculiarida-
des do caso concreto.
Fases da mediação/conciliação:
a) preparação da mediação/conciliação;
b) apresentação e definição das regras da mediação/conci-
liação;
c) narração dos fatos e identificação dos problemas;
d) detecção dos interesses e necessidades;
e) recontextualização ou reenquadramento;
f) geração e seleção de alternativas, opções e propostas;
g) acordos e formalização dos pactos;
h) avaliação, monitoramento e implementação das soluções
consensuadas.
Salientamos que os métodos autocompositivos não primam
pela rigidez formal, cabendo o alerta para que os colegas do MP possam,
à luz das suas realidades de problemas a resolver, melhor planejar seus
cenários de mediação/conciliação.
Por exemplo, falaremos de pré-mediações, de reuniões pri-
vadas (caucus) e tantas outras técnicas, mas essa última, por exemplo,
poderá, eventualmente, ser realizada em qualquer fase da mediação, não
39
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
40
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
6. FASE DA PREPARAÇÃO DA
MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO
41
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
42
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
43
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
44
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
45
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
46
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
47
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
48
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
49
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
res do MP, situação essa não abrangida (negociação) pela restrição legal
ora apontada.
O artigo 9º da Lei de Mediação ainda prescreve, para os me-
diadores extrajudiciais, nessa condição estando os profissionais do Mi-
nistério Público, a exigência de que apenas sejam pessoas capazes, que
tenham a confiança das partes e que sejam capacitados para fazer a
mediação.
50
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
51
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
52
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
53
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
54
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
14 “[...] a internet e as mídias sociais chegam em qualquer lugar, sejam regiões urbanas ou rurais,
e novos estudos estão demonstrando que humores, emoções e comportamento on-line se
mostram tão contagiosos quanto os comportamentos off-line da `vida real´ (em pessoa) – talvez
até mais. A imitação como um espelho inconsciente do que outras pessoas fazem não se desliga
só porque o comportamento que estamos percebendo é em formato digital e não físico. De fato,
graças ao fato de a mídia social nos conectar uns aos outros de maneira muito mais ampla do
que jamais experimentamos, hoje há muito mais oportunidades para efeitos de contágio do que
costumava haver. [...] Pesquisadores no Facebook mediram quão positivos ou negativos eram os
posts no feed de notícias de determinado usuário [...] Eles constataram que as pessoas realmente
enviavam elas mesmas posts mais positivos se tivessem recebido posts mais positivos de outros,
e posts mais negativos se estivessem no grupo que recebera feeds mais negativos. No todo, essa
pesquisa demonstrou que todos os tipos de comportamento, incluindo comer em excesso, ser
cooperativo, rude, bem-educado, jogar ou não lixo no chão, são tão contagiantes nas redes sociais
quanto são presencialmente. A imitação inconsciente não exige proximidade física.” (BARGH, John.
O cérebro intuitivo: os processos inconscientes que nos levam a fazer o que fazemos. Tradução:
Paulo Geiger. Rio de Janeiro: Objetiva, 2020. p. 233-236.).
Ressaltamos que este último estudo trata de posts em mídias sociais, devendo ser transferidos os
ensinamentos para a realidade de sessões ou reuniões on-line, onde podem ser vistas as pessoas
nos seus “quadradinhos”, situação essa na qual são potencializados os contágios (principalmente
feitos pelos neurônios-espelho) emocionais vivenciados.
55
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
56
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
57
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
58
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
7. FASE DO INÍCIO
DA SESSÃO CONJUNTA E
APRESENTAÇÃO DAS REGRAS DA
MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO –
DECLARAÇÕES DE ABERTURA
59
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
60
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
61
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
62
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
63
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
64
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
65
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
66
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
67
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
68
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
69
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
70
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
71
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
72
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
73
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
74
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
75
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
76
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
5. Realização Pessoal
sc
im
en
4. Estima
to
so
3. Sociais
br
ev
ivê
2. Segurança
n
cia
1. Fisiológica
77
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
78
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
23 A respeito, pedimos licença para remeter a atenção dos colegas ao Guia de Negociação
da Corregedoria Nacional do Ministério Público, onde foram desenvolvidas as questões atinentes
à apreciação, afiliação, status, papel, autonomia.
24 VALIDAR. In: DICIO: dicionário on-line de português. Disponível em: <https://www.dicio.
com.br/validar/>. Acesso em: 6 fev. 2023.
79
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
80
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
81
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
82
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
mente para retirar eventuais estigmas que possam existir no âmbito dos
profissionais do Direito, no sentido de que um semblante sisudo e sério
é imperioso de ser adotado na resolução de problemas. Transcrevemos:
[...] tanto a confiança quanto a atração aumentam quando
uma abordagem descontraída é usada durante interações
face a face. O uso criterioso do humor pode reduzir a
ansiedade e estabelecer um clima relaxado que ajuda a
relação a se desenvolver mais rapidamente... O benefício
colateral do humor é que a risada libera endorfinas, fazendo
a pessoa se sentir bem e, de acordo com a Regra de Ouro da
Amizade, se você fizer as pessoas se sentirem bem, elas
gostarão de você. (grifo nosso)27
Portanto, a utilização de técnicas apropriadas que promovam
um bom humor com profissionalismo e expertise é um excelente pro-
cedimento do bom M/C.
83
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
84
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
85
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
Tradução: “*habilidades de escuta ativa (no círculo verde) – faça perguntas abertas (primeira
habilidade) – solicite esclarecimento (segunda habilidade) – esteja atento (terceira habilidade) –
faça resumos, sumários (terceira habilidade) – parafraseie (quarta habilidade) – reflita sentimentos
(quinta habilidade) – esteja sintonizado com os sentimentos (sexta habilidade) – faça perguntas
investigativas”
86
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
87
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
88
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
31 CUDDY, Amy. O poder da presença: como a linguagem corporal pode ajudar você a
aumentar sua autoconfiança. Tradução: Ivo Korytowski. Rio de Janeiro: Sextante, 2016. p. 71.
89
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
90
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
91
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
92
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
93
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
94
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
33 DIAMOND, Stuart. Consiga o que você quer: as 12 estratégias que vão fazer de você um
negociador competente em qualquer situação. Tradução: Ivo Korytowski. Rio de Janeiro: Sextante,
2012. p. 94.
95
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
34 LEWICKI, Roy L.; SAUNDERS, David M.; MINTON, John W. Fundamentos da negociação.
2. ed. Tradução: Raquel Macagnan Silva. Porto Alegre: Bookman, 2002. p. 39 e 41.
96
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
35 LEWICKI, Roy L.; SAUNDERS, David M.; MINTON, John W. Fundamentos da negociação.
2. ed. Tradução: Raquel Macagnan Silva. Porto Alegre: Bookman, 2002. p. 45.
97
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
98
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
99
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
Sintetizando, na for-
ma do que conclui Tania Almeida,
substituem-se culpabilizações
por responsabilidade de ambos
na produção de diálogos constru-
tivos, agregando à pauta objetiva
da mediação/conciliação ques-
tões subjetivas que, após resolvi-
das com novo enquadramento e
contextualização (descortina-se o contexto subjetivo que não estava sen-
do trabalhado), destrava a autocomposição e permite que as partes evolu-
am no sentido do consenso.37
Ademais, eliminam-se falsas verdades, cria-se lucidez, expe-
riências subjetivas que promovem alterações neuroquímicas favoráveis
ao entendimento (ocitocina, serotonina e dopamina), agregando-se sig-
nificados reais e úteis para o contato relacional.
100
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
101
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
102
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
103
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
104
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
105
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
43 “El método de los avances paulatinos hacia el acuerdo exige que los litigantes dividan
una cuestión en subcuestiones o partes componentes. Fisher (1964) lo denomina fraccionamento.”
(MOORE, Christopher. El proceso de mediación: métodos prácticos para la resolución de conflictos.
Tradução: Aníbal Leal. Buenos Aires: Granica, 2010. p. 326-327.).
106
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
44 “Isso é o que os experimentos de Berridge o levaram a entender sobre os seus ratos: gostar
(isto é, o prazer) e querer/desejar (isto é, motivação) são produzidos por dois subsistemas distintos,
mas interconectados no nosso sistema de recompensa. Berridge especulou que a mesma coisa
se aplicava aos humanos [...] O sistema de querer funciona à base de dopamina, mas o sistema de
gostar não, raciocinou Berridge [...] a dopamina não seria a `molécula do prazer´, mas a `molécula
do desejo. [...] Ele descobriu que o subsistema de gostar utiliza opioides e endocanabinoides –
as versões naturais do cérebro de heroína e maconha – como neurotransmissores. É por isso
que usar essas drogas amplifica o prazer sensorial [...]. E, quando Berridge bloqueou esses
neurotransmissores, os ratos se comportaram como ele teorizou: pareciam não mais gostar de
suas refeições de água e açúcar, porém como seus circuitos baseados em dopamina estavam
intactos, eles ainda queriam.” (MLODINOW, Leonard. Emocional: a nova neurociência dos afetos.
Tradução: Claudio Carina. Rio de Janeiro: Zahar, 2022. p. 183-184.).
107
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
108
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
de intenções.45
Os planos de intenções são estratégias para a implementa-
ção de táticas de organização e de planejamento para a resolução dos
problemas, que buscam na criação de acontecimentos externos o gati-
lho para que façamos ou deixemos de fazer algo.
No exemplo da escola, poderíamos eleger como gatilho de
início dos procedimentos de reforma dos prédios a conclusão, em 20
dias, dos projetos do sistema elétrico e de saneamento por parte da se-
cretaria de obras. Feito o trabalho, ele é entregue à secretaria da edu-
109
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
110
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
111
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
“Tradução: significado da estratégia (dentro do círculos verde) – melhor imagem corporativa (na
parte superior do círculo verde) – obtenção de vantagem competitiva (no sentido horário, após
better corporate) – maior satisfação do cliente (no sentido horário, logo abaixo da expressão
achievement of competitive advantage) – maior satisfação das pessoas interessadas (sentido
horário, após a expressão higher customer satisfation).
112
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
113
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
Além dessas técnicas, o M/C terá que estar atento aos in-
teresses, necessidades e enquadramentos manifestados pelas partes,
estimulando-os a terem coerência com tais definições já obtidas na au-
tocomposição.
Em longas e complexas tratativas de consenso, é fácil as par-
tes perderem o rumo, esquecendo-se do que já definiram antes, ou seja,
esquecendo-se dos aspectos resolvidos, os quais integram os alicerces
de uma mediação/conciliação que esteja em momento avançado da re-
solução do problema estrutural.
Por isso, é essencial a função do M/C no sentido de escutar,
anotar tudo e fixar os consensos que irão se formando, os quais deverão
ser organizados como um mapa da autocomposição, que vai, paulatina-
mente, sendo bem estruturado. Cabe ao M/C, sempre que necessário,
concitar as partes a visualizarem o procedimento como um todo dividido
em várias parciais resoluções, postura
de construção de conciliações que esti-
mula as partes a chegarem à conclusão
total do problema estrutural, que so-
mente acontece com a implementação.
Portanto, a técnica das sín-
teses, dos resumos, igualmente pode
ser utilizada no momento da geração e
seleção de opções.
114
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
115
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
116
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
117
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
118
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
119
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
50 Lei de Mediação nº 13.140/2015, art. 3º – Pode ser objeto de mediação o conflito que
verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação. § 1º A
mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele. § 2º O consenso das partes envolvendo
direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério
Público.
51 Lei de Mediação nº 13.140/2015, art. 30. Toda e qualquer informação relativa ao
procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser revelada
sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as partes expressamente decidirem de forma
diversa ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo
obtido pela mediação.§ 1º O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, às partes, a seus
prepostos, advogados, assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança que tenham,
direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediação, alcançando: I - declaração,
opinião, sugestão, promessa ou proposta formulada por uma parte à outra na busca de
entendimento para o conflito; II - reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso do
procedimento de mediação; III - manifestação de aceitação de proposta de acordo apresentada
pelo mediador; IV - documento preparado unicamente para os fins do procedimento de mediação.
§ 2º A prova apresentada em desacordo com o disposto neste artigo não será admitida em
processo arbitral ou judicial. § 3º Não está abrigada pela regra de confidencialidade a informação
relativa à ocorrência de crime de ação pública. § 4º A regra da confidencialidade não afasta o
dever de as pessoas discriminadas no caput prestarem informações à administração tributária
após o termo final da mediação, aplicando-se aos seus servidores a obrigação de manterem
sigilo das informações compartilhadas nos termos do art. 198 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro
de 1966 - Código Tributário Nacional. Art. 31. Será confidencial a informação prestada por uma
parte em sessão privada, não podendo o mediador revelá-la às demais, exceto se expressamente
autorizado.
120
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
52 Código de Processo Civil, art. 932. Incumbe ao relator: I - dirigir e ordenar o processo
no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar
autocomposição das partes;
53 BRASIL. Supremo Tribunal Federal (2. Turma). Recurso extraordinário 985.392/RS.
985.392/RS 2.
Repercussão Geral. Reconhecimento. Reafirmação da jurisprudência dominante. 3. Constitucional.
Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Legitimidade para postular perante
o STF e o STJ. 4. Preliminares. Argumentos do Ministério Público Estadual não considerados pelo
STJ, e embargos de declaração não conhecidos. A falta de prequestionamento e a intempestividade
do recurso extraordinário decorreriam da recusa do Tribunal em conhecer das razões do MPE.
A legitimidade do MPE depende da interpretação das regras constitucionais sobre o Ministério
Público art. 127, § 1º, e art. 128, art. 129, CF. Questão que prescinde da apreciação de matéria de fato.
Preliminares rejeitadas. 5. Repercussão geral. A avaliação da legitimidade dos Ministérios Públicos
dos Estados para pleitear perante o STF e o STJ é relevante dos pontos de vista político, jurídico e
social. Repercussão geral reconhecida. 6. Legitimidade de MPE para postular no STF e no STJ. Os
Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios podem postular diretamente
no STF e no STJ, em recursos e meios de impugnação oriundos de processos nos quais o ramo
Estadual tem atribuição para atuar. Precedentes. 7. Jurisprudência consolidada do STF no sentido
da legitimidade do MPE. Reafirmação de jurisprudência. Precedentes: Rcl 7.358, Rel. Min. Ellen
Gracie, Tribunal Pleno, j. 24.2.2011; MS 28.827, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, j. 28.8.2012; RE-
QO 593.727, Rel. Min. Cezar Peluso, Redator para acórdão Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno j.
21.6.2012; ARE-ED-segundos 859.251, de minha relatoria, Tribunal Pleno, j. 22.10.2015. 8. Fixação
de tese: Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal têm legitimidade para propor
e atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em trâmite no STF e no STJ,
oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo da atuação do Ministério Público Federal. 9.
Caso concreto. Legitimidade do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul para oferecer
razões e embargos de declaração em habeas corpus afastada pelo STJ. Cassação da decisão.
10. Recurso extraordinário a que se dá provimento. Determinação de retorno dos autos ao
STJ, para que prossiga no julgamento do habeas corpus, considerando as razões do MPRS. No
mesmo sentido: RE 810482 Órgão julgador: Segunda Turma. Relator(a): Min. EDSON FACHIN.
Julgamento: 21/08/2018. Publicação: 21/03/2019 No mesmo sentido ACO 2351 AgR / RN - RIO
GRANDE DO NORTE. AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. Relator(a): Min. LUIZ FUX. Julgamento:
10/02/2015. Publicação: 05/03/2015. Órgão julgador: Primeira Turma. RE 985392 RG / RS -
RIO GRANDE DO SUL. REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Relator(a): Min.
GILMAR MENDES. Julgamento: 25/05/2017. Publicação: 10/11/2017. Órgão julgador: Tribunal Pleno.
Disponível em: <https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14018096>.
Acesso em: 24 maio 2023.
121
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
122
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
Tradução: “*pré-mediação > mediação >pós-mediação (dentro de cada um dos círculos) – avaliação
do conflito e desenho do processo de mediação (abaixo do círculo verde) – acordo sobre as regras
básicas, esclarecimentos de questões e interesses, geração do acordo (abaixo do círculo rosa) –
implementação do acordo, monitoramento e avaliação (abaixo do círculo azul).
123
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
54 HIGHTON, Elena I.; ÁLVAREZ, Gladys S. Mediación para resolver conflictos. 2. ed. Buenos
Aires: Ad-Hoc, 2008. p. 357.
124
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
125
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
126
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
127
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
128
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
129
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
130
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
131
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
132
CORREGEDORIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Guia de Mediação e Conciliação
133
SÉRIE:
GUIAS DE ATUAÇÃO RESOLUTIVA