Planificação Regional Do Uso de Terra

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

TEMA:Zoneamento Agro-ecológico.

(IIo Trabalho)

Nome: Antónia José Luis

Código do Estudante: 708203321

Curso: Lic. Em Gestão Ambiental


Disciplina: Planificação Regional do Uso de
Terra
Ano de frequência: 4o Ano
Docente: Diasmina Chande

Quelimane, Junho de 2023 3


1.1 Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1.Introdução ........................................................................................................................... 3

1.1.Delimitação dos Objectivos .............................................................................................. 3

1.1.1.Geral: ............................................................................................................................ 3

1.1.2.Específicos: ................................................................................................................... 3

1.2.Metodologias ................................................................................................................... 3

2.1. Zoneamento .................................................................................................................... 4

2.2. Zoneamento Agrícola ...................................................................................................... 4

2.3. Categorias de Zoneamento .............................................................................................. 5

2.3.1. ZI - Zona Intangível ..................................................................................................... 5

2.3.2. ZP - Zona Primitiva ...................................................................................................... 5

2.3.3. ZUE - Zona de Uso Extensivo ...................................................................................... 6

2.3.4. ZR - Zona de Recuperação ........................................................................................... 6

2.3.5. ZE - Zona de Uso Especial ........................................................................................... 6

2.3.6. ZHC – Zona Histórico-Cultural .................................................................................... 6

2.3.7. ZA - Zona de Amortecimento ....................................................................................... 7

2.4. Zoneamento Ambiental como instrumento da política ambiental ..................................... 7

Conclusão .............................................................................................................................. 9

Bibliografia .......................................................................................................................... 10

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1.Introdução

O zoneamento agroecológico é uma forma de organização do espaço total onde é possível


determinar o que e onde plantar, as limitações de uso do solo, as atividades agropecuárias a
instalar, as possíveis causas de poluição ambiental e erosão do solo e como reduzir esses
problemas, bem como o uso de insumos agrícolas, aumentando a produtividade e a qualidade
da produção, visando também melhor rendimento da mãode-obra. O zoneamento
agroecológico surgiu como uma ferramenta para associar o desenvolvimento socioeconômico
à preservação ambiental, com o objetivo de melhorar a utilização das áreas agrícolas,
adaptando os principais cultivos às zonas edafoclimáticas compatíveis com suas necessidades
físicas e nutricionais.

1.1.Delimitação dos Objectivos

Segundo Andrade (1997), “toda pesquisa deve ter objectivos claros e definidos, pois assim
torna mais fácil conduzir a investigação”. Os objectivos podem ser gerais e específicos
(particulares). Assim, o estudo resultante deste projecto vai ser guiado pelos seguintes
objectivos:

1.1.1.Geral:

 Compreender os fundamentos basicos do Zoneamento Agro-ecológico,


1.1.2.Específicos:

 Definir Zoneamento e Zoneamento agricola,


 Descrever as Categorias de Zoneamento,
 Falar do Zoneamento Ambiental como instrumento da política ambiental,

1.2.Metodologias

Segundo Gil (1999) “metodologia é a linha de raciocínio adoptada no processo de pesquisa,


um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos para que seus objectivos sejam
atingidos” (p.26). Aqui olha-se para metodologia como sendo uma forma de pensar sobre
como desenvolver uma actividade. Assim, para a materialização deste trabalho foi
imprescindível o uso da pesquisa bibliográfica que consistiu na leituras das literaturas que
tratam desta temática e o uso da internet.

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2.1. Zoneamento

Zoneamento é um tradicional instrumento do planejamento urbano, profundamente difundido


durante o século XX, caracterizado pela aplicação de um sistema legislativo (normalmente em
nível municipal) que procura regular o uso e ocupação do solo urbano por parte dos agentes
de produção do espaço urbano, tais como as construtoras, incorporadoras, proprietários de
imóveis e o próprio Estado.

Normalmente, as leis de zoneamento restringem o tipo de estrutura a ser construída em um


dado local com base em:

 Função: as diferentes zonas limitam uma dada área da cidade para certo tipo de estrutura.
Zonas podem ser, normalmente, residenciais, comerciais, industriais ou mistas. Zonas
residenciais permitem a ocupação do solo urbano somente para uso residencial, zonas
comerciais apenas para uso comercial e zonas industriais apenas para uso industrial.
Zonas mistas permitem o uso de residencial e comercial (e eventualmente o industrial de
baixa incomodidade) do terreno.
 Taxa de ocupação e Coeficiente de aproveitamento: diferentes zonas limitam o número de
pavimentos que as estruturas a serem construídas podem vir a ter. Tal limite surge da
divisão entre o coeficiente de aproveitamento máximo estipulado para uma região e a taxa
de ocupação do lote urbano definido para ela.
 Gabarito: corresponde à limitação efetiva do tamanho das construções (expressa,
normalmente, em números absolutos).
 Número de ocupantes: as várias zonas limitam a construção de estruturas baseado no
número de habitantes ou trabalhadores a ocupar a área. Por exemplo, ruas próximas a
grandes shopping-centers e arranha-céus podem ficar congestionadas por causa do grande
número de pessoas que entram e saem da dada estrutura. Também chamado zoneamento
por densidade.

2.2. Zoneamento Agrícola

O zoneamento agrícola ou agrário é, segundo Antunes (1999), uma transposição para a área
rural e a atividade agrícola das disposições de Zoneamenoriginalmente concebidas para as
regiões urbanas. Segundo este autor, o Zoneamento agrícola tem luz própria e não está mais
submetido às influências do Zoneamenurbano.

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Para este autor a Lei 4.504, de 30 de novembro de 1964 (Estatuto da Terra) foi a primeira lei
brasileira a tratar sobre o zoneamento agrícola. No art. 43 da referida consta o
estabelecimento da competência do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária para a realização
de estudos de zoneamento homogêneo no ponto de vista sóceconômico e das características
da estrutura agrária.

Vale destacar ainda que a Lei 8.171, de 17 de janeiro de 1991 estabelece em seu artigo 19,
inciso III, que é de atribuição do Poder Público realizar Zoneamenagroecológicos que
permitam estabelecer critérios para o disciplinamento e o ordenamento da ocupação espacial
pelas diversas atividades produtivas, bem como parainstalação de novas hidrelétricas

2.3. Categorias de Zoneamento

Cada zona tem características próprias, com propostas de manejo e normas individualizadas,
legalmente estabelecidas, que levam em consideração graus específicos de proteção e
possibilidades de intervenção humana. A seguir é apresentada a descrição das zonas que
foram adotadas no zoneamento do PEI, com suas definições e objetivos. No caso específico
da Zona de Amortecimento, a setorização foi elaborada de acordo com a caracterização das
unidades ambientais – fragilidade, uso da terra e interesse à conservação. O zoneamento do
PEI inclui as seguintes categorias:

2.3.1. ZI - Zona Intangível

É aquela onde o estado de conservação da natureza permanece a mais preservada possível,


não se tolerando quaisquer alterações humanas, representando o mais alto grau de
preservação. Funciona como matriz de repovoamento de outras zonas onde já são permitidas
atividades humanas regulamentadas. Esta zona é dedicada à proteção integral de ecossistemas,
dos recursos genéticos e ao monitoramento ambiental. O objetivo básico do manejo é a
preservação, garantindo a evolução natural.

2.3.2. ZP - Zona Primitiva

É aquela onde tenha ocorrido pequena ou mínima intervenção humana, contendo espécies da
flora e da fauna ou fenômenos naturais de grande valor científico. Deve possuir características
de transição entre a Zona Intangível e a Zona de Uso Extensivo. O objetivo geral do manejo é
a preservação do ambiente natural e ao mesmo tempo facilitar as atividades de pesquisa
científica e educação ambiental permitindo-se recreação de baixo impacto.

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2.3.3. ZUE - Zona de Uso Extensivo

É aquela constituída em sua maior parte por áreas naturais, podendo apresentar algumas
alterações humanas. Caracteriza-se como uma transição entre a Zona Primitiva e a Zona de
Uso Intensivo. O objetivo do manejo é a manutenção de um ambiente natural com mínimo
impacto humano, apesar de oferecer acesso aos públicos com facilidade, para fins educativos
e recreativos. ZUI - Zona de Uso Intensivo É aquela constituída por áreas naturais ou
alteradas pelo homem. O ambiente é mantido o mais próximo possível do natural, devendo
conter: centro de visitantes, museus e serviços. O objetivo geral do manejo é o de facilitar a
recreação intensiva e educação ambiental em harmonia com o meio.

2.3.4. ZR - Zona de Recuperação

É aquela que contêm áreas consideravelmente antropizadas. Zona provisória, uma vez
restaurada, será incorporada novamente a uma das Zonas Permanentes. As espécies exóticas
introduzidas deverão ser removidas e a restauração deverá ser natural ou naturalmente
induzida. O objetivo geral de manejo é deter a degradação dos recursos ou restaurar a área.
Esta Zona permite uso público somente para a educação ambiental.

2.3.5. ZE - Zona de Uso Especial

É aquela que contêm as áreas necessárias à administração, manutenção e serviços da Unidade


de Conservação, abrangendo habitações, oficinas, estacionamentos e outros. Estas áreas serão
escolhidas e controladas de forma a não conflitarem com seu caráter natural e devem
localizar-se, sempre que possível, na periferia da Unidade de Conservação. O objetivo geral
de manejo é minimizar o impacto da implantação das estruturas ou os efeitos das obras no
ambiente natural ou cultural da Unidade.

2.3.6. ZHC – Zona Histórico-Cultural

É aquela onde são encontradas amostras do patrimônio histórico-cultural ou


arqueopaleontógico, que serão preservadas, estudadas, restauradas e interpretadas para o
público, servindo à pesquisa, educação e uso científico. O objetivo geral do manejo é o de
proteger sítios históricos ou arqueológicos, em harmonia com o meio ambiente.

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2.3.7. ZA - Zona de Amortecimento

O entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a


normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a
unidade (Lei n.° 9.985/2000 Art. 2o inciso XVIII).

2.4. Zoneamento Ambiental como instrumento da política ambiental

O zoneamento ambiental constitui uma forma de planejamento do uso e ocupação do


território. Nas lições de Machado (2009) consta que a primeira experiênde política pública
voltada ao desenvolvimento do instrumento do zoneamento ambiental se deu com o II Plano
Nacional de Desenvolvimento Econômico (PND), umvez que este salientou a necessidade de
uma política ambiental em três áreas principais: meio ambiente na área urbana, o
levantamento e a defesa do patrimônio recursos de natureza e defesa e promoção da saúde
humana.

Para este doutrinador, "nesse quadro terão particular significação as políticas de uso do solo,
urbanorural, dentro do zoneamento racional". Este referido plano (PND) define também
normas para o zoneamento ambiental industrial ao estabelecer uma política localização
industrial. No plano legal, a importância da Lei 6.938/1981 foi de uma grandeza ímpar, pois a
mesma incluiu o zoneamento como um dos instrumentos postos à disposição Administração
Pública para o cumprimento da função social da propriedade e para dar efetividade aos
princípios que norteiam a política ambiental, expostos nos incisI, II, III, V e IX do artigo 2º
deste mesmo diploma legal. No entanto, a "sacralização" deste instrumento adveio com a
previsão constitucional, feita no artigo 21, inciso IX, que atribuiu competência à União para
"elaboraexecutar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social".

Nesta esteira de considerações, Machado (2009) recorque no desenvolvimento social deve-se


inserir o meio ambiente, que faz parte do Título VIII - Da Ordem Social. Vale destacar ainda
que a Constituição Federal de 1988, em seu art. 225, inciso III, prescreve que para assegurar a
efetividade do direito ao meio ambieecologicamente equilibrado, bem de uso comum de todos
e essencial à sadia qualidade de vida, o Poder Público está obrigado a "definir, em todas as
unidades Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquutilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção".

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No que tange a relação entre zoneamento ambiental com o direito de propriedade, Banunas
(2003) cita trecho da obra Direito ambiental brasileiro, de autoria Paulo Affonso Leme
Machado em que este autor resume com precisão a importância e o destaque que o
zoneamento ambiental possui sobre o direito de proprieda".

O zoneamento ambiental é um dos aspectos do poder de polícia administrativa, que atua com
a finalidade de garantir a salubridade, a tranqüilidade, a paz, a saúo bem-estar do povo. O
zoneamento ao discriminar usos, representa uma limitação do direito dos cidadãos. A
propriedade não poderá ser utilizada da maneira desejaunicamente pelo proprietário.".
Verifica-se, de forma nítida, que o Estado brasileiro reconhece a importância do zoneamento
ambiental como mecanismo necessário e imprescindível paradesenvolvimento sustentável das
mais diversas atividades.

Ainda sobre o zoneamento ambiental, convém lembrar a lição do mestre espanhol Ramon
Martin Mateo, citado por Mukai (2002), para quem as decisões zoneamento ambiental, em
sua maioria, devem operar sobre um território muito mais extenso (do que o nível municipal),
dentro do qual hão de conjugar-secorrespondentes opções. Como mínimo será o espaço
regional, o âmbito significativo para os pronunciamentos ambientais básicos, em muitos
casos, porém, terá quelevar em conta todo o espaço nacional e, inclusive, aparecerão
implicações supranacionais.

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Conclusão

O zoneamento agroecológico define zonas com base em combinações de solos, fisiografia e


características climáticas. Os parâmetros usados na definição são centrados nas condições
climáticas e edáficas favoráveis para o desenvolvimento e produção das culturas, e nos
sistemas de manejo em que estas se desenvolvem. Cada zona tem uma combinação similar de
limitações e potencialidades para o uso das terras e serve como ponto de referência das
recomendações delineadas para melhorar a situação existente, seja incrementando a produção
ou limitando a degradação dos recursos naturais.

O objetivo principal do zoneamento agroecológico compreende o fornecimento de subsídios


técnicos para a execução de políticas públicas para fixar o homem ao campo, de forma
econômica e ecologicamente viável, buscando o desenvolvimento agrícola sustentável dos
territórios.

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Bibliografia

Andrade, N.V. (1976). Manual de Metodologias Científicas. Editora S.A. rio de Janeiro
Brasil.

Antunes, Paulo de Bessa. (1999) Direito ambiental. 3. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,

Banunas, Ioberto Tatsch. (2003) Poder de polícia ambiental e o município. Porto Alegre:
Sulina,

Gil, António Carlos (2001). O caminho Científico. São Paulo,

Lima, W.P. (1996) Impacto ambiental do eucalipto. São Paulo: EDUSP.

Metzger, J.P. (2001) O que é ecologia de paisagens? Biota Neotropica, v. 1, n.1.

Mukai, Toshio. (2002) Direito ambiental sistematizado. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária,

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