Praticas Pedagogicas

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Nome
Joaquina Rui Ricardo - 708211037

Curso: Geografia
Disciplina: Praticas Pedagógicas
Ano de Frequência: 1º Ano
Docente:

Quelimane, Novembro de 2021


Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1.0.Introdução....................................................................................................................5

1.0.1.Objectivos.................................................................................................................5

1.0.2.Metodologia..............................................................................................................5

1.1.Estrutura do trabalho...................................................................................................6

1.2.Desenvolvimento.........................................................................................................6

1.3.O papel do professor como educador, instrutor no processo de ensino/.....................6

2.0.Comentários de análise sobre a formação dos professores nos centros......................8

3.0.Conclusão..................................................................................................................12

Referências bibliográficas...............................................................................................13
1.0.Introdução
O presente trabalho da cadeira de práticas pedagógicas, tem como o tema; Prática
educativa no processo de ensino e aprendizagem na sala de aula. E nele irá se abordar
sobre o papel do professor como educador, instrutor no processo de ensino/
aprendizagem, no seio da comunidade e na sala de aula, sabendo que o aluno não é uma
tábua rasa. A inquietação acerca do papel do professor e da atuação da escola frente à
formação do educando no processo de ensino/aprendizagem vem, ao longo tempo,
gerando estudos entre os pesquisadores com o objetivo de ressaltar-se a importância do
professor na prática educativa, assim como sua atuação que deve estar voltada para a
produção do conhecimento do aluno. Entretanto as pesquisas sobre formação e profissão
docente apontam para uma revisão da compreensão da prática pedagógica do professor,
que é tomado como mobilizador de saberes profissionais. A discussão sobre o tema
surge em âmbito internacional nas décadas de 1980.

1.0.1.Objectivos
Geral

 Conhecer o papel do professor como educador, instrutor no PEA, no seio da


comunidade e na sala de aula, sabendo que o aluno não é uma tábua rasa.

Específicos

 Identificar a baixa qualidade da formação de professores foi um dos motivos da


formação continuada não alcançar resultados satisfatórios para o ensino na década
de 1980;
 Descrever a formação dos professores nos centros moçambicanos.

1.0.2.Metodologia
Para a elaboração do trabalho usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, que é
um apontamento geral sobre aos principais trabalhos já realizados, revestidos de
importância por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o
tema. Portanto, este método consistiu na escolha seletiva dos autores que abordam o
tema em estudo.

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1.1.Estrutura do trabalho
O trabalho esta estruturado por: introdução, objectivos, desenvolvimento, conclusão e
referências bibliográficas.

1.2.Desenvolvimento
1.3.O papel do professor como educador, instrutor no processo de ensino/
aprendizagem, no seio da comunidade e nasala de aula, sabendo que o aluno não é
uma tábua rasa.

Durante muito tempo a prática educativa era centrada no professor. Este repassava os
conteúdos e os alunos absorviam ou memorizavam sem qualquer reflexão ou indagação.
Ao final, o conteúdo era cobrado em forma de uma avaliação. Esse tipo de informação;
repassada e memorizada, destoa completamente da proposta de um novo ensino na
busca da produção do conhecimento. Essa prática pedagógica em nada contribui para o
aspecto cognitivo do aluno.

Hoje, não se pede um professor que seja mero transmissor de informações, ou que
aprende no ambiente acadêmico o que vai ser ensinado aos alunos, mas um professor
que produza o conhecimento em sintonia com o aluno. Não é suficiente que ele saiba o
conteúdo de sua disciplina. Ele precisa não só interagir com outras disciplinas, como
também conhecer o aluno. Conhecer o aluno faz parte do papel desempenhado pelo
professor pelo fato de que ele necessita saber o que ensinar, para que e para quem, ou
seja, como o aluno vai utilizar o que aprendeu na escola em sua prática social.

Dessa forma, Libâneo (1998, p.29) afirma que o professor medeia à relação ativa do
aluno com a matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas
considerando o conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz à sala de
aula, seu potencial cognitivo, sua capacidade e interesse, seu procedimento de pensar,
seu modo de trabalhar. Nesse sentido o conhecimento de mundo ou o conhecimento
prévio do aluno tem de ser respeitado e ampliado.

Ensinar bem não significa repassar os conteúdos, mas levar o aluno a pensar, criticar.
Percebe-se que o professor tem a responsabilidade de preparar o aluno para se tornar um
cidadão ativo dentro da sociedade, apto a questionar, debater e romper paradigmas.

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Cury (2003, p.127) afirma que “a exposição interrogada gera a dúvida, a dúvida gera o
estresse positivo, e este estresse abre as janelas da inteligência. Assim formamos
pensadores, e não repetidores de informações”.

A dúvida nessa exposição é um aspecto positivo, pois gera a curiosidade, levando o


aluno a refletir e buscar respostas. O autor citado enfatiza que a exposição interrogada
transforma a informação em conhecimento e esse conhecimento, em experiência e o
melhor; o professor não mais é persuasivo, ou o que convence, mas o que provoca e
estimula a inteligência. Diante disso, ele desempenha, no processo de
ensino/aprendizagem, o papel de gerenciador e não de detentor do conhecimento.

Numa sociedade que está sempre em transformação, o professor contribui com seu
conhecimento e sua experiência, tornando o aluno crítico e criativo. Deve estar voltado
ao ensino dialógico, uma vez que os seres humanos aprendem interagindo com os
outros. É o processo aprender a aprender. O professor deve provocar o aluno passivo
para que se torne num aluno sujeito da ação.

Percebe-se que o papel do professor é mais do que transmitir informações. Numa gestão
democrática, ele deve participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino, como também estabelecer os objetivos, as metas que se quer
alcançar no tocante ao perfil do aluno que se quer formar, uma vez que é ele que tem
maior contato com o aluno e é de sua responsabilidade a construção de uma educação
cidadã.

O professor deve priorizar em relação à aprendizagem do aluno, buscando meios que


venham favorecer aqueles que apresentam dificuldades durante o processo. É
importante que o professor participe das atividades da escola em conjunto com as
famílias dos alunos e a comunidade.

Por isso, na sua prática pedagógica, o professor não pode ser omisso diante dos fatos
sócio-históricos locais e mundiais, e precisa entender não apenas de sua disciplina, mas
também como de política, ética, família, para que o processo de ensino/aprendizagem
seja efetivado na sua plenitude dentro da realidade do aluno. Reforça Cury (2003)

os educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a gentileza, a


solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas, enfim todas as áreas
da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por seres humanos.”

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Conclui-se com essa afirmação que o professor é a alma do estabelecimento de ensino.
Ele tem a tarefa importante de formar cidadãos e de desenvolver neles a capacidade
crítica da realidade, para que possam utilizar o que aprenderam na escola em diversas
situações e/ou lugares.

Para Alves (1994, p.100), “se os professores entrassem nos mundos que existem na
distração dos seus alunos, eles ensinariam melhor. Tornar-se-iam companheiros de
sonho e invenção.” Muitas vezes a distração dos alunos leva-os para outro mundo fora
da sala de aula, mas a um mundo de criações, de sonhos, de desejos de realização de
algo que permeia sua vida. É importante o professor conhecer o mundo do aluno para
dar significado à sua prática educativa. Pois a realização desta se dá quando existe o
processo de compreensão professor-aluno, aluno-professor. Essa compreensão está no
sentido de que ambos caminham juntos na produção do conhecimento.

Zagury, afirma que o professor precisa mostrar a beleza e o poder das ideias, mesmo
que use apenas os recursos de que dispõe: quadro-negro e giz. Observa-se nessa
afirmação que a aula pode ser bem positiva e agradável, sem os grandes recursos que
permeiam todas as atividades humanas e em todos os lugares: os recursos tecnológicos.

Antes de qualquer decisão acerca da educação, é preciso ouvir o professor. É ele que
acompanha o aluno, medeia o conhecimento, faz parte do processo pedagógico
efetivamente. É ele que enfrenta as dificuldades de aprendizagem do aluno, as carências
afetivas destes, e principalmente sabe como adequar os conhecimentos prévios dos
educandos aos conteúdos curriculares da escola. Nesse sentido, o professor precisa
também sentir-se motivado a caminhar frente às exigências da sociedade. Apoiá-lo nas
decisões do que é melhor para o aluno e escutá-lo por sua vez, porque é com ele que o
aluno passa o tempo em que está na escola. E o educando precisa ter consciência de sua
responsabilidade, respeitando as exigências da escola.

B) A baixa qualidade da formação de professores foi um dos motivos da formação


continuada não alcançar resultados satisfatórios para o ensino na década de 1980
(Gatti; barreto, 2009).

2.0.Comentários de análise sobre a formação dos professores nos centros


moçambicanos.

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A formação de professores vem sendo objeto de debates e de profundas reformulações
em Moçambique e no mundo. Baseados nas reflexões de Gatti e Barreto (2009), Bertotti
e Rietow (2013) afirmam que “o fato é que a grande maioria dos países ainda não
logrou atingir os padrões mínimos necessários para colocar a profissão docente à altura
de sua responsabilidade pública, para com os milhões de estudantes” (Gatti, 2009, apud
Bertotti; Rietow, 2013).

Nesse contexto, a formação de professores deve ser compreendida em sua plenitude por
meio de uma perspectiva histórica que permita entender de que forma têm ocorrido os
desdobramentos dessa formação ao longo do tempo, principalmente aqui em
Moçambique.

Ultimamente, a formação docente vem passando por transformações estruturantes, num


cenário claramente mercadológico, marcado, segundo esses autores, por permanências
neoliberais, pela competição, pelo crescimento desenfreado das licenciaturas a distância,
pela presença das novas tecnologias educacionais e pela dissociabilidade entre teoria e
prática, isto é, pela dissociabilidade entre formação específica e formação docente.
Nesse sentido, faz-se necessário repensar a formação docente no Brasil, de forma que
ela venha a atender as demandas da sociedade, pois “o magistério, longe de ser uma
ocupação secundária, constitui um setor nevrálgico nas sociedades contemporâneas,
uma das chaves para atender às suas transformações” (Tardiff; Lessard, 2005, &
Bertotti; Rietow, 2013).

Desde a sua independência, em 1975, Moçambique tem experimentado vários modelos


de formação de professores, destacando alguns: 6ª classe + um a três meses que vigorou
de 1975 a 1977, 6ª classe + seis meses, de 1977 a 1982, 6ª classe + 1 ano, 1982 e 1983,
6ª classe + 3 anos, de 1983 a 1991, 7ª classe + 3 anos, de 1991 aos nossos dias, IMAP9
(10ª classe + 2 anos), de 1997 aos nossos dias, 7ª classe + 2 anos + 1 ano, em regime
experimental, de 1999 à 2003, IMAP (10ª classe + 1 ano + 1 ano), de 1999 a 2004 e
atualmente 10ª classe + 3 anos, que está sendo implementado em alguns Institutos do
País.

Em Fevereiro de 2004, foi feita a transformação curricular para o ensino básico, com
objetivo de dar vazão a crescente demanda pela educação primária em Moçambique.
Nesta direção, o governo, instigado a responder cabalmente a constante demanda pela
educação, concebeu e pós em vigor em 2008 o modelo de formação 10ª + 1 ano. Para

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este modelo, ainda vigente, o candidato deve possuir no mínimo 10ª Classe de
escolaridade, do SNE ou o equivalente, com a média global igual ou superior a 12
(doze) valores ou possuir a 12ª Classe de escolaridade do SNE, mas sem exigência da
nota mínima de 12 (doze).

O modelo de formação 10ª + 1 ano, suscita vários debates a nível nacional, seja para os
académicos, como para a população no geral na medida em que a formação de
professores em Moçambique, sobretudo o modelo (10ª +1), delineado especificamente
para 1ª a 7ª classe, ter como período de formação 1 (um) ano, o que tem se questionado
se no ano seguinte da formação dos professores estes tem respondido com competência
técnica e pedagógica a educação dos alunos, se tomarmos em consideração que os
professores quando ingressam no Instituto de Formação de Professores (IFP) 10, trazem
lacunas em termos de conhecimentos acerca dos conteúdos leccionados na classe
prevista para o ingresso (10ªclasse) e as que a antecede.

As mudanças que ocorrem na estrutura da sociedade, principalmente no processo de


trabalho com o aparecimento de novas tecnologias, para responder cabalmente o setor
laboral, e que por sua vez torna flexível o processo, havendo uma eficiência e eficácia.
A partir deste princípio, também tem-se verificado no setor da Educação com o mesmo
princípio e propósito.

Dessa feita, Moçambique não ficou inibido com esta pura realidade Global, em busca da
qualidade de ensino na Educação para a construção da cidadania, para uma educação
sedimentada no aprender e a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender
a ser, para os novos desafios que a sociedade vai enfrentando no cotidiano e que devem
ser conhecidas, desta maneira faz com que se repense o processo de formação de
professores.

Em Moçambique tiveram espaço vários modelos de formação de professores, de acordo


com a vontade política do momento e o tipo de cooperação internacional adoptado pelo
país para a formação do corpo docente. (Funes, 2012).

Diversas experiências foram aplicadas, entretanto, pode-se distinguir duas grandes fases
da formação dos professores, todas elas com maior enfoque para a formação de
professores para os níveis primários e secundários e, é ao longo deste percurso que

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surge a UP com a missão de formar professores com competência para ministrar o
ensino em todos os níveis: primário, secundário e superior. Idem.

O processo de formação de professores em Moçambique remota no período colonial, e


tem sido analisado sob duas fases principais, antes da independência e pois
independência.

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3.0.Conclusão
 Após ter feito o trabalho destacou-se que a retrospectiva histórica realizada neste
trabalho permite perceber a importância conferida ao processo de formação de
professores ao longo da história, desde a colônia até os dias atuais. Essa ênfase
representa o papel prioritário que deve ser dado a preparar o docente adequadamente e à
sua importância para a sociedade, configurando-se como um dos pré-requisitos
fundamentais para a construção de um sistema educativo de qualidade em nosso país;
será necessária uma verdadeira revolução nas estruturas institucionais formativas e nos
currículos da formação.

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Referências bibliográficas
Gatti, Barreto, Elba Siqueira de Sá. (Coord.). Professores do Brasil: impasses e
desafios. Brasília: UNESCO, 2009.

Funes et al., (2012). Sistema Nacional de Vigilância. Monitoreo de plagas.

Libânio José Carlos. (1998). Didática. São Paulo Cortez

Bertotti, R. G; Rietow, G. (2013). Uma Breve História da Formação Docente No


Brasil.

Cury, Augusto Jorge. (2003). Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro:
Sextante.

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