Aula 02
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em instantes!
Constitucional
PONTO 1
Histórico do constitucionalismo
Constitucionalismo moderno
Constitucionalismo pós-moderno, Neoconstitucionalismo ou Pós-positivismo:
- marco histórico: pós 2ª guerra mundial.
- marco filosófico: pós-positivismo (reaproximação do Direito aos postulados da Ética e
da Moral - virada Kantiana).
- marco teórico: força normativa da Constituição, a expansão da jurisdição
constitucional e o desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação
constitucional.
PONTO 2
Quanto ao Conteúdo
- MATERIAIS: são as normas constitucionais escritas ou costumeiras, inseridas ou não num documento escrito, que
regulam a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos e os direitos fundamentais;
- FORMAIS: documento escrito, estabelecido de modo solene pelo Poder Constituinte Originário e somente modificável
por processos e formalidades especiais nela própria estabelecidos. As normas constitucionais, independentemente de
seu conteúdo, possuem supremacia em relação à lei ordinária;
Quanto à forma
- ESCRITAS: formalizada em um texto único, codificado.
- NÃO-ESCRITAS, COSTUMEIRAS, CONSUETUDINÁRIAS: se baseia nos costumes e na jurisprudência, também pode ter texto
escrito, mas estão esparsos – não compilados em documento único.
Quanto à extensão
- CONCISAS, BREVES, CURTAS ou SINTÉTICAS: estabelecem somente princípios e normas gerais. São típicas do estado
liberal (EUA);
- LONGA, ANALÍTICA, PROLIXA ou EXPANSIVA: a extensão é bastante ampla. Suas normas são tratadas de forma
detalhada e estabelecem regras a serem seguidas. São típicas do estado de bem-estar social (Brasil).
PONTO 2
Quanto à origem
- DEMOCRÁTICAS, POPULARES ou PROMULGADAS: são as elaboradas por representantes do povo. São fruto de uma
Assembleia Constituinte criada para esse fim.
No Brasil, são: 1891, 1934, 1946 e 1988 (#PRANAOESQUECER: a primeira do Brasil República e as outras PARES)
- OUTORGADAS ou IMPOSTAS: impostas pela força, sem participação popular.
No Brasil, são: 1824, 1937, 1967 e 1969 (#PRANAOESQUECER: a primeira do Brasil e as outras ÍMPARES).
- PACTUADAS: quando o Poder Constituinte NÃO está na mão do seu titular, o povo. Quando houver essa divisão entre os
dois (povo e Poder Constituinte), a Constituição será pactuada;
- CESARISTAS ou PLEBISCITÁRIAS: consulta popular realizada depois que o texto esteja escrito, na verdade é um referendo
e não um plebiscito (anterior à tomada de decisão e à elaboração do texto).
Quanto à estabilidade
- RÍGIDAS: nessas constituições, os processos de elaboração das emendas são diferentes dos processos de elaboração
da lei (Pilares do direito constitucional: SUPREMACIA CONSTITUCIONAL, RIGIDEZ, CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE,
somente se pode falar em controle se há supremacia e rigidez).
- FLEXÍVEIS: a lei ordinária tem a mesma natureza jurídica de emenda constitucional, não há divergência entre os
procedimentos de uma e outra;
- SEMI-RÍGIDAS: parte é rígida e parte é flexível. Uma parte exige procedimento mais dificultoso e outra parte pode ser
alterada pelo mesmo processo legislativo das leis ordinárias.
PONTO 2
Quanto à finalidade
- NEGATIVAS ou GARANTIA: equivalem às concisas, visam garantir os direitos de liberdade, limita a atuação
estatal, protege direitos de 1ª geração;
- DIRIGENTES ou PROGRAMÁTICAS: estabelecem programas, traça diretrizes e definem os limites e a extensão
de seus direitos, equivalem às constituições longas;
- CONSTITUIÇÕES BALANÇO: conotação socialista, representa um estágio no desenvolvimento das forças
produtivas, porque são essas forças econômicas que moldam o arcabouço jurídico.
PONTO 3
Constituição de 1824
- Outorgada
- Semirrígida
- Forma de Estado: unitário
- Forma de governo: monarquia
- Quatro Poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário, Moderador
Constituição de 1891
- Promulgada
- Forma de Estado: Federação
- Forma de Governo: República
- Sistema de Governo: presidencialismo
- Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário
- Controle difuso de constitucionalidade das leis
Constituição de 1988
- Promulgada
- Transição do regime autoritário à democracia
- Ampliou o rol dos direitos e garantias individuais e sociais
PONTO 4
Destaque:
Poder Constituinte Derivado de Reforma ou Reformador
(emendas constitucionais)
§ 1º A CONSTITUIÇÃO NÃO PODERÁ SER EMENDADA na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou
de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: (CLÁUSULAS PÉTREAS)
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto
de nova proposta na mesma sessão legislativa. (PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE)
PONTO 5
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
No Brasil o sistema é misto. A Constituição de 1891, por influência do modelo americano, previu o
controle difuso. O controle concentrado somente foi previsto pela Emenda 16/1965 (Constituição de
1946). A Constituição de 1988 manteve a combinação dos modelos difuso-incidental e
concentrado-principal e adota-se a teoria da nulidade do sistema americano – ato
inconstitucional é nulo.
- STF (art. 102, I, “a”, CRFB), por via principal, por meio de ação própria – ADI, ADO, ADC, ADPF e ADI
Interventiva (#PRANAOESQUECER: Concentrado no STF)
PONTO 5
- Legitimados específicos (rol taxativo, art. 103, CRFB – atenção aos legitimados universais e especiais, os quais precisam comprovar
pertinência temática).
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (LEGITIMADO ESPECIAL)
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (LEGITIMADO ESPECIAL)
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. (LEGITIMADO ESPECIAL)
1ª Dimensão
Liberdades públicas, demandam prestações negativas do Estado: direitos liberais, tais como vida, propriedade e
liberdade.
2ª Dimensão
Igualdade (material), demandam prestações positivas do Estado para a realização da justiça social, do bem-estar
social e das liberdades sociais.
3ª Dimensão
Fraternidade, proteção do homem em coletividade social. Direitos de solidariedade, de natureza metaindividual.
4ª Dimensão
Direitos de globalização e universalização: direito à democracia direta, direito ao pluralismo, direito à informação e os
direitos relacionados à biotecnologia.
5ª Dimensão
Direito à paz.
PONTO 6
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, OU, DURANTE O DIA, POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL;
O que deve ser entendido por dia ou noite? Concordamos com Alexandre de Moraes que o melhor critério seria conjugar a definição de
parte da doutrina (das 6 às 18h) com a posição de Celso de Mello, que utiliza um critério físico-astronômico: a aurora e o crepúsculo.83 E o
que devemos entender por casa? Segundo a doutrina e a jurisprudência, “casa” abrange não só o domicílio, mas também o escritório,
oficinas, garagens etc. (RT 467/385), ou, até, os quartos de hotéis.
PEDRO LENZA. Direito Constitucional Esquematizado® (Portuguese Edition) (p. 1931). Saraiva Jur. Edição do Kindle.
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas,
SALVO, NO ÚLTIMO CASO, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal
ou instrução processual penal;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional
e o Estado Democrático;
PONTO 6
LXVIII - conceder-se-á HABEAS CORPUS sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á MANDADO DE SEGURANÇA para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data ,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa
dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á HABEAS DATA:
a) para assegurar o conhecimento de informações RELATIVAS À PESSOA DO IMPETRANTE, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor AÇÃO POPULAR que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXVI - SÃO GRATUITOS PARA OS RECONHECIDAMENTE POBRES, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
*LEI 9.265/96 e LEI 9.534/97
PONTO 7
NACIONALIDADE
II - NATURALIZADOS:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas RESIDÊNCIA
POR UM ANO ININTERRUPTO E IDONEIDADE MORAL;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, RESIDENTES na República Federativa do Brasil há MAIS DE QUINZE ANOS ININTERRUPTOS E SEM
CONDENAÇÃO PENAL, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
PONTO 7
NACIONALIDADE
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo
os casos previstos nesta Constituição.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
*Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento
em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
* Conselho da República (composição) – seis cidadãos brasileiros natos. Art. 89, VII.
* Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos,
ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei
complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS (SENSÍVEIS):
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Poder Legislativo
Poder Judiciário
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de
idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, ORIGINARIAMENTE:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de LEI OU ATO NORMATIVO FEDERAL OU ESTADUAL e a ação declaratória de constitucionalidade de LEI OU ATO
NORMATIVO FEDERAL;
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
Geral da República;
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da
lei.
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão EFICÁCIA CONTRA TODOS E EFEITO VINCULANTE, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
PONTO 9
Poder Judiciário
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas
decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à
sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre
órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que
podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo
Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja
proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
PONTO 9
Poder Judiciário
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução,
sendo:
§ 4º Compete ao CNJ o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes,
cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
[...]
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e
órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência
disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar
outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
PONTO 10
Artigo 90 - São partes legítimas para propor ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estaduais ou municipais, contestados em face
desta Constituição ou por omissão de medida necessária para tornar efetiva norma ou princípio desta Constituição, no âmbito de seu interesse:
I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembleia Legislativa;
II - o Prefeito e a Mesa da Câmara Municipal;
III - o Procurador-Geral de Justiça;
IV - o Conselho da Seção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil;
V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação estadual ou municipal, demonstrando seu interesse jurídico no caso;
VI - os partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa, ou, em se tratando de lei ou ato normativo municipais, na respectiva
Câmara.
§1° - O Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de inconstitucionalidade.
§2° - Quando o Tribunal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Procurador-Geral do
Estado, a quem caberá defender, no que couber, o ato ou o texto impugnado.
§3° - Execução suspensa pelo Senado Federal, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal.
§4° - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma desta Constituição, a decisão será comunicada ao
Poder competente para a adoção das providências necessárias à prática do ato que lhe compete ou início do processo legislativo, e, em se
tratando de órgão administrativo, para a sua ação em trinta dias, sob pena de responsabilidade.
§5° - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial poderá o Tribunal de Justiça declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, como objeto de ação direta.
NSCGJSP - Cap. XIV
PONTO 1
DA FUNÇÃO CORRECIONAL
A FUNÇÃO CORRECIONAL consiste na fiscalização dos serviços notariais e de registro, sendo exercida, em todo o Estado,
pelo Corregedor Geral da Justiça, e, nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de Direito.
A fiscalização será exercida de ofício ou mediante representação de qualquer interessado para a observância da
continuidade, celeridade, qualidade, eficiência, regularidade e urbanidade na prestação dos serviços notariais e de
registro, bem como do acesso direto ao notário ou registrador pelo usuário e do atendimento específico das pessoas
consideradas por lei vulneráveis ou hipossuficientes.
O exercício da função correcional será permanente, por meio de correições ordinárias ou extraordinárias, gerais ou
parciais, ou, ainda, por visitas.
A CORREIÇÃO ORDINÁRIA consiste na fiscalização prevista e efetivada segundo estas normas e leis de organização
judiciária.
A CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA consiste na fiscalização excepcional, realizável a qualquer momento, podendo ser GERAL
ou PARCIAL, conforme abranja todos os serviços notariais e de registro da comarca, ou apenas alguns.
A VISITA CORRECIONAL consiste na fiscalização direcionada à verificação da regularidade de funcionamento da
unidade, à verificação de saneamento de irregularidades constatadas em correições ou ao exame de algum aspecto
da regularidade ou da continuidade dos serviços e atos praticados.
PONTO 2
O Juiz Corregedor Permanente deverá, uma vez por ano, efetuar correição ordinária em todos os serviços notariais e de
registro sujeitos a sua fiscalização correcional, lavrando-se o correspondente termo no livro próprio, o qual poderá, a
qualquer momento, ser solicitado pela Corregedoria Geral da Justiça.
O Juiz Corregedor Permanente seguirá o termo padrão de correição disponibilizado pela Corregedoria Geral da Justiça
e, dentro do prazo determinado em Comunicado a ser publicado anualmente, encaminhará Ata, via ‘Sistema de envio
de Atas de Correição’, à Corregedoria Geral da Justiça.
Na Comarca da Capital, o termo padrão de correição previsto no subitem 4.1 deverá ser adotado em no mínimo duas
correições, facultado o uso, nas demais unidades, de termo especial elaborado e aprovado pela Corregedoria Geral da
Justiça.
A visita correcional independerá de edital ou de qualquer outra providência, dela lançando-se sucinto termo no livro de
Visitas e Correições, no qual também constarão as determinações do Juiz Corregedor Permanente, se houver.
Cópia desse termo será encaminhada à Corregedoria Geral da Justiça, no prazo de 30 dias da visita correcional,
observado o modelo disponibilizado, quando houver.
Salvo na Comarca da Capital, o magistrado, ao assumir a Vara de que seja titular, fará, em 30 dias, visita correcional em
todas as serventias notariais e de registro sob sua corregedoria permanente, verificando a regularidade de seu
funcionamento.
PONTO 3
Haverá em cada unidade do serviço notarial e de registro um livro de visitas e correições no qual serão lavrados os
respectivos termos.
Os livros, fichas, documentos, papéis, microfilmes e sistemas de computação deverão, salvo quando solicitados pelo
Corregedor Permanente ou pela Corregedoria Geral da Justiça, permanecer sempre sob a guarda e responsabilidade
do titular de serviço notarial ou de registro, que zelará por sua ordem, segurança e conservação.
Se houver necessidade de serem periciados, o exame deverá ocorrer na própria sede do serviço, em dia e hora adrede
designados, com ciência do titular e autorização do juízo competente.
O Corregedor Geral da Justiça, com aprovação DO Conselho Superior da Magistratura, poderá alterar a escala de
Corregedores Permanentes nas comarcas com mais de uma Vara.
Salvo no caso de interesse público, as designações modificativas serão feitas no mês de dezembro, prevalecendo as do
ano imediatamente anterior quando não efetuadas.
O Corregedor Geral da Justiça poderá, de ofício ou mediante provocação, rever as decisões proferidas no âmbito das
Corregedorias Permanentes.
PONTO 4
Nos tabelionatos e ofícios de registro os prazos em geral contar-se-ão segundo os critérios estabelecidos pela
legislação processual civil, salvo expressa exceção legal ou regulamentar.
Serão contados em dias e horas úteis os prazos estabelecidos para a vigência da prenotação, para os pagamentos de
emolumentos e para a prática de atos pelos oficiais dos registros de imóveis, de títulos e documentos e civil de pessoas
jurídicas, incluída a emissão de certidões, exceto nos casos previstos em lei e naqueles contados em meses e anos.
Consideram-se dias úteis aqueles em que houver expediente, e horas úteis aquelas regulamentares do expediente.
Fica a critério do tabelião a utilização do verso dos papéis de escrituração, inclusive para o início dos atos notariais. Na
página não utilizada será apostada expressão “em branco”.
Os papéis referidos neste item terão fundo inteiramente branco, salvo disposição expressa legal ou normativa em
contrário ou quando adotados padrões de segurança.
PONTO 5
As certidões, quando fornecidas em papel, serão expedidas mediante escrita que permita a sua reprodução por fotocópia ou outro
processo equivalente.
As certidões fornecidas em meio digital deverão atender aos padrões de segurança, conforme disciplina específica, e permitir a
verificação de sua autoria, data e integridade.
É VEDADO o uso de borracha, detergente ou raspagem por qualquer meio, mecânico ou químico.
Não se permitirá que as partes assinem livros em branco, total ou parcialmente, ou em confiança.
Se alguém não puder ou não souber assinar, uma pessoa capaz e a seu rogo o fará, devendo os notários e registradores declarar
essa ocorrência no ato.
As impressões digitais serão colhidas mediante emprego de coletores de impressões digitais, VEDADA a utilização de carimbo.
Se o notário ou o registrador verificar que a pessoa assina mal, demonstrando não saber ler ou escrever, recomendará a utilização
da impressão datiloscópica.
Os livros de registro e as fichas que os substituam somente sairão do respectivo cartório mediante autorização judicial.
Em caso de perícia sobre os livros, fichas, documentos, papéis, microfilmes e sistemas de computação sobre a guarda e
responsabilidade dos notários e registradores, o exame ocorrerá na própria serventia, em dia e hora previamente
designados, mediante previa autorização do Juiz Corregedor Permanente e ciência do notário ou registrador.
A escrituração dos registros públicos será feita em livros encadernados ou em folhas soltas, mecanicamente,
obedecidos os modelos aprovados pela Corregedoria Geral da Justiça ou Juiz Corregedor Permanente.
O Juiz poderá autorizar a diminuição do número de páginas dos livros respectivos, até a terça parte do consignado na
lei de Registros Públicos, caso o justifique a quantidade dos registros.
Os notários e registradores cujos serviços admitam o depósito prévio de emolumentos possuirão, ainda, o Livro de Controle de
Depósito Prévio, especialmente aberto para o controle das importâncias recebidas a esse título, livro em que deverão indicar o
número do protocolo, a data do depósito e o valor depositado, além da data de sua conversão em emolumentos resultante da
prática do ato solicitado, ou, conforme o caso, da data da devolução do valor depositado, quando o ato não for praticado.
Considerando a natureza dinâmica do Livro de Controle de Depósito Prévio, poderá este ser escriturado apenas
eletronicamente, com encerramento diário e assinatura digital, a critério do delegatário, livro esse que será impresso sempre
que a autoridade judiciária competente assim o determinar, sem prejuízo da manutenção de cópia atualizada em sistema de
backup ou outro método hábil para sua preservação.
A devolução do valor do depósito prévio que exceder os emolumentos devidos na data da prática do ato, ou que não forem
devidos porque o ato não tenha sido praticado, deverá ser feita no prazo máximo de 60 dias, competindo ao oficial ou tabelião
adotar as medidas cabíveis para a consignação em favor do credor que não for localizado para o recebimento.
Os oficiais deverão assegurar às partes a ordem de precedência na apresentação dos títulos, com número de ordem,
podendo para tanto adotar livros auxiliares de protocolo.
O Livro de Visitas e Correições será escriturado pelas competentes autoridades judiciárias fiscalizadoras e se organizará na
forma prevista no item 55.1 desse Capítulo, respondendo o delegatário pela guarda e integridade do conjunto de atos nele
praticados.
PONTO 8
O desaparecimento ou a danificação de qualquer livro deverá ser imediatamente comunicada ao Juiz Corregedor
Permanente e à Corregedoria Geral da Justiça.
Autorizada pelo Juiz Corregedor Permanente, far-se-á, desde logo, a restauração do livro desaparecido ou danificado, à vista
dos elementos constantes dos índices, arquivos das unidades do serviço notarial e de registro e dos traslados e certidões
exibidos pelos interessados.
À vista do art. 25 da Lei de Registros Públicos, os oficiais poderão utilizar-se do sistema de processamento de dados, mediante
a autorização do Juiz Corregedor Permanente.
Com exceção do Livro de Visitas e Correições, a responsabilidade pela escrituração dos demais é direta do delegatário, ainda
quando escriturado por um seu preposto.
O Livro Registro Diário da Receita e da Despesa observará o modelo usual para a forma contábil e terá suas folhas divididas
em colunas para anotação da data, da discriminação da receita e da despesa, além do valor respectivo, devendo, quando
impresso em folhas soltas, encadernar-se tão logo encerrado.
A receita será lançada no Livro Registro Diário da Receita e da Despesa separadamente, por especialidade, de forma
individualizada, no dia da prática do ato, ainda que o delegatário não tenha recebido os emolumentos, devendo discriminar-
se sucintamente, de modo a possibilitar-lhe identificação com a indicação, quando existente, do número do ato, ou do livro e
da folha em que praticado.
PONTO 9
Todos os comprovantes das despesas efetuadas, aí incluídos os de retenção do imposto de renda, serão arquivados em pasta
própria pelo prazo mínimo de cinco anos, salvo quando houver expressa previsão de prazo maior.
Será fundamentada a decisão do Juiz Corregedor que determinar a exclusão de lançamentos de despesas contidas no Livro
Diário da Receita e da Despesa.
O responsável pela Serventia pode, em 15 dias, recorrer ao Corregedor Geral da Justiça da decisão que determinar a exclusão
de lançamentos de despesas contidas no Livro Diário da Receita e da Despesa.
PONTO 10
Até o primeiro dia útil seguinte ao da publicação de qualquer tabela que lhes diga respeito, os notários e registradores a afixarão na sede da
unidade, em lugar bem visível, de fácil leitura e franqueado ao público, além dos dispositivos fixados pela legislação específica e por atos normativos
da Corregedoria Geral da Justiça.
Em qualquer dos casos, a atualização com base no índice de variação da Ufesp deverá estar disponível na serventia até o quinto dia útil do mês de
fevereiro de cada ano.
Sempre que forem alteradas ou divulgadas novas tabelas, estas não se aplicarão aos atos notariais e de registro já solicitados, tenha havido ou não
depósito total ou parcial dos emolumentos, salvo nas hipóteses previstas nas respectivas notas explicativas das tabelas.
A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, e as respectivas autarquias, são isentos do pagamento das parcelas dos emolumentos
destinadas ao Estado, à Carteira de Previdência das Serventias não Oficializadas da Justiça do Estado, ao custeio dos atos gratuitos de registro civil e
ao Fundo Especial de Despesa do Tribunal de Justiça e ao Fundo Especial de Despesa do Ministério Público do Estado de São Paulo.
O Estado de São Paulo e suas respectivas autarquias são isentos do pagamento de emolumentos.
A União é isenta do pagamento de emolumentos aos Oficiais de Registro de Imóveis, com relação aos registros, averbações e fornecimento de
certidões relativas à qualquer imóveis de sua propriedade ou de seu interesse, ou que por ela venham a ser adquiridos; de emolumentos aos Oficiais
de Registro de Títulos e Documentos quanto aos registros, averbações e fornecimento de certidões; de emolumentos aos Tabeliães de Notas pelo
fornecimento de certidões.
São gratuitos os atos previstos em lei e os praticados em cumprimento de mandados e demais títulos judiciais expedidos em favor da parte
beneficiária da justiça gratuita, sempre que assim for expressamente determinado pelo Juízo.
PONTO 12
Das Consultas, Reclamações e Recursos sobre Emolumentos e Despesas das Unidades do Serviço Notarial e de
Registro
Em caso de dúvida sobre a aplicação da lei e das tabelas de emolumentos, o notário e o registrador poderão formular consulta escrita ao respectivo
Juiz Corregedor Permanente, que, em 5 dias, proferirá decisão.
Da decisão do Juiz Corregedor Permanente caberá recurso, no prazo de 05 dias, ao Corregedor Geral da Justiça.
A parte interessada poderá oferecer reclamação escrita ao Juiz Corregedor Permanente contra a indevida cobrança de emolumentos e despesas.
Ouvido o reclamado, em 48 horas, o Juiz Corregedor Permanente, em igual prazo, proferirá a decisão.
A multa prevista na Lei Estadual nº 11.331/2002 constituirá renda do Estado, devendo seu recolhimento e a restituição devida ao interessado serem
efetuados no prazo de 05 dias úteis, a contar da decisão definitiva, pelo notário ou registrador.
PONTO 13
DA CONCILIAÇÃO E DA MEDIAÇÃO
Podem participar da conciliação e da mediação como requerente ou requerido a pessoa natural absolutamente capaz, a pessoa jurídica e os entes
despersonalizados a que a lei confere capacidade postulatória.
A pessoa natural poderá ser representada por procurador devidamente constituído mediante instrumento público, ou particular com poderes para
transigir e com firma reconhecida. Será exigido instrumento público para as conciliações e mediações em que for previsto como requisito de
validade em relação a parte do conflito, ainda que para o restante se admita a representação por mandatário constituído por instrumento particular.
A pessoa jurídica e o empresário individual poderão ser representados por preposto, munido de carta de preposição com poderes para transigir e
com firma reconhecida, sem necessidade da existência de vínculo empregatício.
Os direitos disponíveis e os indisponíveis que admitam transação poderão ser objeto de conciliação e de mediação, o qual poderá versar sobre todo
o conflito ou parte dele.
No ato do requerimento, o requerente pagará emolumentos referentes a uma sessão de mediação de até 60 (sessenta) minutos.
PONTO 14
DA CONCILIAÇÃO E DA MEDIAÇÃO
O pedido será arquivado, independentemente de anuência da parte contrária, se o requerente solicitar, a qualquer tempo e por escrito, a desistência
do pedido.
Solicitada a desistência, o requerimento será arquivado em pasta própria, não subsistindo a obrigatoriedade de sua conservação quando for
microfilmado ou gravado por processo eletrônico de imagens.
Presumir-se-á a desistência do requerimento se o requerente, após notificado, não se manifestar no prazo de 30 (trinta) dias.
Em caso de não obtenção do acordo ou de desistência do requerimento antes da sessão de conciliação ou de mediação, o procedimento será
arquivado pelo serviço notarial ou de registro, que anotará essa circunstância no livro de conciliação e de mediação.
Dos Livros
Os serviços notariais e de registro optantes pela prestação do serviço manterão livro de protocolo exclusivo para recebimento de requerimentos de
conciliação e de mediação.
O livro de protocolo, com trezentas folhas, será aberto, numerado sequencialmente, rubricado em todas suas folhas, autenticado e encerrado pelo
responsável pelo serviço notarial ou de registro. A rubrica das folhas poderá ser substituída por chancela.
Os responsáveis pelas delegações dos serviços extrajudiciais de notas e de registro, na qualidade de titulares, interventores ou interinos, são controladores e
responsáveis pelas decisões referentes ao tratamento dos dados pessoais.
O tratamento de dados pessoais destinado à prática dos atos inerentes ao exercício dos respectivos ofícios será promovido de forma a atender à finalidade da
prestação do serviço, na persecução do interesse público, e com os objetivos de executar as competências legais e desempenhar atribuições legais e normativas dos
serviços público delegados.
O tratamento de dados pessoais destinados à prática dos atos inerentes ao exercício dos ofícios notariais e registrais, no cumprimento de obrigação legal ou normativa,
independe de autorização específica da pessoa natural que deles for titular.
O tratamento de dados pessoais decorrente do exercício do gerenciamento administrativo e financeiro promovido pelos responsáveis pelas delegações será realizado
em conformidade com os objetivos, fundamentos e princípios decorrentes do exercício da delegação mediante outorga a particulares.
Os prepostos e os prestadores terceirizados de serviços técnicos deverão ser orientados sobre os deveres, requisitos e responsabilidades decorrentes da Lei n. 13.709, de
14 de agosto de 2018, e manifestar a sua ciência, por escrito, mediante cláusula contratual ou termo autônomo a ser arquivado em classificador próprio.
Compete aos responsáveis pelas delegações dos serviços extrajudiciais de nota e de registro verificar o cumprimento, pelos operadores prepostos ou terceirizados, do
tratamento de dados pessoais conforme as instruções que fornecer e as demais normas sobre a matéria.
O plano de resposta a incidentes de segurança com dados pessoais deverá prever a comunicação ao Juiz Corregedor Permanente e à Corregedoria Geral da Justiça, no
prazo máximo de 24 horas, com esclarecimento da natureza do incidente e das medidas adotadas para a apuração das suas causas e a mitigação de novos riscos e
dos impactos causados aos titulares dos dados.
Os incidentes de segurança com dados pessoais serão imediatamente comunicados pelos operadores ao controlador.
Serão negadas, por meio de nota fundamentada, as solicitações de certidões e informações formuladas em bloco, relativas a registros e atos notariais relativos ao
mesmo titular de dados pessoais ou a titulares distintos, quando as circunstâncias da solicitação indicarem a finalidade de tratamento de dados pessoais, pelo
solicitante ou outrem, de forma contrária aos objetivos, fundamentos e princípios da Lei n. 13.709, de 14 de agosto de 2018.
PONTO 16
DO ATENDIMENTO AO PÚBLICO
O atendimento ao público será, no mínimo, de seis horas diárias, em dias e horários estabelecidos pelo Juiz Corregedor Permanente, observadas as peculiaridades
locais, sem prejuízo do poder normativo da Corregedoria Geral da Justiça.
O atendimento ao público nas unidades de registro de imóveis do Estado obedecerá ao horário ininterrupto das 9 às 16h, sem prejuízo da jornada de trabalho estipulada
pelo Oficial. Quando a Serventia de Imóveis acumular a atribuição de protesto de letras e títulos, o horário de atendimento ao público desta especialidade será o mesmo
fixado para o Tabelião de Notas da mesma Comarca.
As portarias editadas fixando a jornada de trabalho dos serviços notariais e de registro serão encaminhadas à Corregedoria Geral da Justiça.
A jornada de trabalho para atendimento ao público deverá ser de horário ininterrupto nas unidades dos serviços de notas e de registro que contem com, no mínimo, 03
escreventes.
O Juízo Corregedor Permanente respectivo, “ad referendum” da Corregedoria Geral da Justiça e por meio de decisão fundamentada, poderádispensar determinada
unidade extrajudicial de cumprir o horário ininterrupto tratado no subitem anterior.
As decisões do Juízo Corregedor Permanente que dispensarem o horário ininterrupto, só entrarão em vigor depois de referendadas pela Corregedoria Geral da Justiça.
Os serviços notariais e de registro serão prestados, de modo eficiente e adequado, em dias e horários estabelecidos pelo juízo competente, atendidas as peculiaridades
locais, em local de fácil acesso ao público e que ofereça segurança para o arquivamento de livros e documentos.
As unidades dos serviços notariais e de registro de todas as Comarcas do Estado de São Paulo não funcionarão nos feriados nacionais, estaduais e municipais.
Cartórios
Preparação
2ª fase 13sp
Acreditamos na sua aprovação e já
te convidarmos para um encontro
no dia 09/07, às 19h.
participar do grupo