CAAE - Manual Do Aluno-Em Desenvolvimento PDF
CAAE - Manual Do Aluno-Em Desenvolvimento PDF
CAAE - Manual Do Aluno-Em Desenvolvimento PDF
1ª Edição
Agosto - 2014
APRESENTAÇÃO
Todos os dias nos deparamos com situações que podem colocar em risco nossa
integridade física, nosso conforto e nossos bens. Muitas vezes, por desconhecimento de
determinados riscos, acabamos provocando ou contribuindo com acidentes que podem ser
evitados com adoção de simples medidas de prevenção.
Vivemos iludidos de que ―os acidentes só acontecem com os outros‖, até que somos
atingidos por algum evento natural adverso, acidente ou incidente que expõe toda a nossa
fragilidade e nos acorda para o mundo real, demonstrando que devemos estar sempre preparados.
Visando contribuir ainda mais com a comunidade catarinense, buscando a preparação das
pessoas e a formação de mentalidade e cultura de prevenção, de antecipação e de disseminação
de conhecimentos, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, disponibiliza a comunidade
o Curso Avançado de Atendimento de Emergência – CAAE.
O CAAE tem por finalidade a formação do agente comunitário de proteção civil nível II e
brigadista particular, curso que o capacita a atuar no auxílio da comunidade em emergências,
também o tornam apto a se candidatar ao ingresso no serviço comunitário do Corpo de
Bombeiros Militar. Inserida nesta capacitação estão o Atendimento pré-hospitalar, o Controle de
incêndios, a Prevenção e sistemas preventivos, a Brigada de incêndio e o Estágio Operacional.
Dentre outros critérios o candidato a frequentar o CAAE deverá ter sido aprovado no
Curso Básico de Atendimento a Emergências – CBAE, e ter concluído este a menos de dois
anos, ter conceito favorável da Coordenadoria do Serviço Comunitário da OBM e estar
classificado no número de vagas oferecidas pela OBM.
Deste modo, disponibilizamos este manual para você aluno (a) do Curso Avançado de
Atendimento as Emergências, visando fornecer informações necessárias para que possa
aprimorar seus conhecimentos de proteção civil, que fará a diferença quando alguém necessitar
no salvamento de vidas ou proteção do patrimônio.
IMPORTANTE
Comissão de Elaboração
Edição e Diagramação
2º Ten BM Marcos Luciano Colla
Supervisão
Tenente Coronel BM Altair Francisco Lacowicz
1ª Edição
Agosto - 2014
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................................... 3
PLANO DE ESTUDO (PROGRAMA DE MATÉRIAS) .................................................................................................... 7
1. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR ........................................................................................................ 9
1.1 NOÇÕES BÁSICA DE ANATOMIA E FISIOLOGIA ................................................................................................ 9
1.2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE BIOSSEGURANÇA (SEGURANÇA DO SOCORRISTA)................................................... 18
1.3 SINAIS VITAIS: PRÁTICA E VERIFICAÇÃO ....................................................................................................... 20
1.4 AVALIAÇÃO DO PACIENTE .............................................................................................................................. 24
1.5 PARADA RESPIRATÓRIA E OXIGENOTERAPIA ................................................................................................. 30
1.6 PARADA CARDÍACA E PRÁTICA DE RCP ......................................................................................................... 38
1.7 HEMORRAGIAS E ESTADO DE CHOQUE ........................................................................................................... 45
1.8 INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO................................................................................................................ 50
1.9 FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES E USO DE BANDAGENS E ATADURAS ....................................................... 54
1.10 TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO ....................................................................................................................... 59
1.11 TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR ................................................................................................................... 62
1.12 PARTOS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ........................................................................................................ 65
1.13 ESCALA DE TRAUMA E FICHAS DE APH ........................................................................................................ 70
1.14 FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES ............................................................................................................... 72
1.15 TÉCNICAS DE REMOÇÃO ................................................................................................................................. 76
1.16 LIMPEZA E DESINFECÇÃO ............................................................................................................................... 78
1.17 QUEIMADURAS E LESÕES AMBIENTAIS ........................................................................................................... 81
2. EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS ...................................................................................................................... 87
2.1 FUNDAMENTOS BÁSICOS DO COMBATE AOS SINISTROS ................................................................................. 87
2.2 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI ........................................................................................ 100
2.3 CLASSES DE INCÊNDIO .................................................................................................................................. 105
2.4 FUNDAMENTOS OPERACIONAIS .................................................................................................................... 114
2.5 FUNDAMENTOS TÉCNICOS ............................................................................................................................ 127
2.6 TÉCNICAS E TÁTICAS DE EXTINÇÃO ............................................................................................................. 146
2.7 OPERAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO E SALVAMENTO .............................................................................. 159
2.8 TREINAMENTO PRÁTICO ............................................................................................................................... 167
3. PREVENÇÃO E SISTEMAS PREVENTIVOS ........................................................................................ 169
3.1 SISTEMAS PREVENTIVOS ............................................................................................................................... 169
3.2 RELATÓRIOS ................................................................................................................................................. 178
3.3 INSPEÇÕES PREVENTIVAS ............................................................................................................................. 189
4. BRIGADA DE INCÊNDIO ......................................................................................................................... 191
4.1 ASPECTOS LEGAIS ........................................................................................................................................ 194
4.2 ASPECTOS TÉCNICOS .................................................................................................................................... 198
5. ESTÁGIO OPERACIONAL ...................................................................................................................... 218
5.1 DO ESTÁGIO OPERACIONAL SUPERVISIONADO ............................................................................................ 218
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................... 223
PLANO DE ESTUDO
Objetivo Geral:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Instrutor
_______________________________________________
_______________________________________________
32 h/a
CBMSC
Objetivos:
1. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Introdução
Mediastino: cavidade torácica que abriga alguns dos principais órgão do corpo humano
(coração, pulmão, grandes vasos) situa-se entre o final do pescoço e o diafragma.
Terminologia comum
Terminologia técnica
Sistema Circulatório
Sistema Respiratório
Vias aéreas superiores: cavidade oral, língua, faringe, laringe e parte da traqueia;
Vias aéreas inferiores: parte da traqueia, brônquios e bronquíolos.
Divisão do Esqueleto
Crânio
O crânio possui duas divisões principais: caixa encefálica (crânio propriamente dito):
composto por 8 ossos ________ e irregulares que se fundem formando a cobertura que protege o
encéfalo. Face: composta por 14(quatorze) _______ que se fundem para dar sua forma.
Coluna vertebral
Os músculos
São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua
contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas
denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema
nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
Sistema reprodutor
Sistema nervoso
Funções
Divisão
Meninges: O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas (ou
membranas) de tecido conjuntivo chamado em conjunto, de meninges. Estas lâminas são de fora
para dentro: dura-máter, aracnoide e pia-máter.
O Sistema Nervoso Central – SNC é dividido anatomicamente em:
__________: Porção do sistema nervoso central localizado na caixa craniana e que
compreende o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico.
_________________: É a continuação direta do encéfalo, localizada dentro do canal
vertebral. A medula espinhal tem papel fundamental na recepção de estímulos sensitivos e
retransmissão de impulsos motores. Todos os centros importantes do encéfalo são conectados
através de longos feixes nervosos, diretamente aos órgãos ou músculos que controlam. Estes
feixes se unem formando a medula espinhal, transmitindo mensagens entre o encéfalo e o
sistema nervoso periférico. Estas mensagens são passadas ao longo do nervo sob a forma de
impulsos elétricos. Da base do crânio, a medula se estende pelo tronco até o nível da primeira ou
segunda vértebra lombar. Na porção final da medula localizam-se nervos espinhais que formam
uma espécie de ―cabeleira‖ nervosa, comparada à cauda equina.
___________: Constitui a parte mais importante do encéfalo, localiza-se na caixa
craniana, é centro da consciência. As funções do cérebro normal incluem a percepção de nós
mesmos e do ambiente ao nosso redor, controla nossas reações em relação ao meio ambiente,
respostas emocionais, raciocínio, julgamento e todas as nuances que formam a consciência, as
sensações e origem dos movimentos, compreendendo o telencéfalo e o diencéfalo.
Cerebelo: Possui a função de determinar o _____________________ e sua orientação no
espaço, bem como, a regulação do tônus muscular e a coordenação das atividades motoras do
organismo.
Tronco encefálico: Parte do encéfalo que une a medula espinhal aos hemisférios
cerebrais e por onde transitam todas as grandes vias sensitivas e motoras.
Ponte: Localizada na parte mediana do tronco encefálico, é formada por agrupamentos
de fibras e células nervosas. A Ponte possui três pares de nervos responsáveis pela inervação dos
músculos que movimentam os olhos para os lados, dos músculos mímicos da face, das glândulas
salivares e lacrimais, e conduz sensações de paladar captadas na língua.
Bulbo: Porção inferior do tronco encefálico no sentido craniocaudal, sendo que o grande
forame (forame magno) constitui o limite convencional com a medula espinhal. No bulbo,
localizam-se dois centros vitais, encarregados de controlar a respiração e o funcionamento
vasomotor. Um tiro que atinja o bulbo mata instantaneamente. Com a lesão do bulbo, são
cortados os impulsos que controlam o funcionamento dos vasos sanguíneos e dos pulmões.
Sistema digestório
Funções
Fases
Posição anatômica
Posição Anatômica é a posição padronizada de descrição do
organismo, empregando-se os termos de posição e direção.
O corpo humano deverá estar em:
em posição ortostática;
com a face voltada para frente;
com o olhar dirigido para o horizonte;
com os membros superiores estendidos ao longo do tronco;
com as palmas voltadas para frente;
com os membros inferiores unidos.
__________;
__________;
__________; e
__________.
Nos membros empregam-se termos
especiais de posição
Proximal: situado mais próximo à raiz do
membro;
Médio: situado entre proximal e distal; e
Distal: situado mais distante da raiz do
membro.
Além desta divisão, para identificar as
partes do corpo humano, são definidos como
Planos Anatômicos:
_______________: direito e esquerdo;
_______________: superior e inferior;
_______________: anterior (ventral) e
posterior (dorsal).
Quadrantes abdominais
QSD QSE
Maior parte do fígado Baço
Vesícula biliar 1º 2º Maior parte do estômago
Parte do intestino delgado Parte do intestino grosso
Parte do intestino grosso Parte do intestino delgado
Parte do pâncreas Parte do pâncreas
Parte do estômago Parte do fígado
QID 3º 4º QIE
Apêndice Parte do intestino grosso
Parte do intestino delgado Parte do intestino delgado
Parte do intestino grosso Parte do ovário (mulher)
Parte do ovário (mulher)
Divide-se o abdômen em quatro para avaliar possíveis lesões internas. Podemos referir a
eles como Quadrante superior esquerdo e direito e quadrante inferior esquerdo e direito. Ou nos
referimos como 1º, 2º, 3º ou 4º quadrante, em sentido horário. Observe a figura:
O corpo humano possui 5 cavidades. As cavidades têm por objetivo alojar e proteger os
órgãos vitais. As cinco cavidades são:
1. Cavidade _____________;
2. Cavidade _____________;
3. Cavidade _____________;
4. Cavidade _____________; e
5. Cavidade _____________.
Pulsos palpáveis
Objetivos:
1) Conceituar Biossegurança.
2) Conceituar Doenças infectocontagiosas;
3) Listar os principais EPIs utilizados pelos socorristas;
4) Citar e enumerar as principais enfermidades infecciosas a qual o socorrista está sujeito e
os meios de transmissão no ambiente pré-hospitalar;
Biossegurança
Doenças infectocontagiosas
__________________;
__________________;
__________________;
__________________
Saiba mais
luvas descartáveis: Proteção contra fluidos corporais que possam entrar em contato com
ferimentos nas mãos, ou podem ser levados por ela até a boca, olhos ou mucosas.
óculos de proteção: Proteção contra fluidos corporais que possam entrar com contato com a
mucosa dos olhos durante o atendimento pré-hospitalar.
mascaras faciais: Proteção contra fluidos corporais e doenças que podem ser transmitidas
através da respiração.
colete: Acessório utilizado para guardar os materiais de uso individual e serve de proteção do
socorrista sinalizando ajudando a sinalizar o local da ocorrência por ser feito com material
refletivo.
Em ambiente pré-hospitalar
Meios de Transmissão
Objetivos:
1) Definir sinais/sintomas.
2) Listar os sinais diagnósticos.
3) Demonstrar o uso correto dos principais equipamentos utilizados para aferição dos sinais
vitais.
4) Executar de forma correta a aferição FR e FC e a qualidade de cada.
5) Definir as principais alterações pupilares.
Sinais e sintomas
A avaliação dos sinais e sintomas ajuda o socorrista a definir a suspeita das lesões ou
emergência médica que acomete a vítima.
Sinal: tudo o que é possível verificar, aferir, medir, mesurar.
Ex.: palidez, diaforese, cianose, êmese.
Sintoma: tudo o que é descrito pelo paciente, que não pode ser verificado, medido,
mensurado, aferido.
Ex.: dor, enjoo, tontura, astenia.
Temperatura corporal
A temperatura corporal é de 36,5 à 37ºC para todas as idades.
Podemos aferir também a temperatura relativa da pele, que pode se apresentar fria, normal ou
quente. Essa aferição se faz com o dorso da mão na região frontal da cabeça (testa).
ADULTO
Sinais diagnósticos são utilizados para ajudar a confirmar alguma suspeita de lesão ou
emergência médica. Os três sinais diagnósticos são:
a) pupila;
b) coloração da pele; e
c) perfusão sanguínea.
Pupilas
Isocoria: iguais;
Anisocoria: desiguais;
Midríase: dilatadas;
Miose: contraídas;
Foto reagentes: quando há atividade cerebral a pupila reage à luz, contraindo na presença
e dilatando na ausência de luz.
Coloração da pele
Perfusão sanguínea
Lanterna pupilar:
Esfigmomanômetro;
Estetoscópio;
Oxímetro de dedo.
Avaliação da lição
1. Atividade teórica
Lactente: ________________________;
Criança: ________________________;
Adulto: ________________________;
Sinais vitais:
___________________;
___________________;
___________________; e
___________________;
Sinais diagnósticos:
___________________;
___________________;
___________________;
3. Atividade prática
Formação de duplas;
Orientações do instrutor;
Avaliação dos sinais vitais e diagnósticos;
Anotação na planilha.
Pulso
Respiração
Pressão arterial
Perfusão sanguínea
Coloração da pele
Pupilas*
* Pupilas:
anisocóricas ou isocóricas
miótica, midriática ou normal;
fotorreagente ou não fotorreagente;
Avaliação do Paciente
Objetivos:
1) Avaliação da cena;
2) Avaliação inicial;
3) Avaliação dirigida;
4) Avaliação detalhada;
5) Avaliação continuada.
Avaliação da cena
Na avaliação da cena o socorrista deve ter uma visão ampla da cena para poder identificar
características da cena. Essa etapa da avaliação geral geralmente é rápida, e quando não há
gerenciamento de risco, não compromete mais que 30 segundos.
Confirmar a solicitação
Ex.: o SEM é acionado para atender um desmaio, e no local encontra uma PCR.
Gerenciar os riscos:
Colocação de EPI
Avaliação inicial
AVDI
Para avaliar o nível de consciência, usamos a técnica AVDI.
A – o paciente está alerta?
V – responde a estímulo verbal?
D – responde a estímulo doloroso?
I – determina inconsciência.
SBV
Oferecer o Suporte básico da vida, através do ABC da vida.
Abertura das vias aéreas: hiperextensão da cervical para casos clínicos e tração
mandibular para casos traumáticos. A colocação do colar cervical adequada garante
permeabilidade das VA.
Em caso traumático a colocação do colar se faz nessa fase da avaliação. Em caso clínico
o uso do colar é dispensado.
Oxigenoterapia
Escala CIPE
Avaliação dirigida
Entrevista
1) Nome e idade (se é menor, procure contatar com seus pais ou um adulto conhecido);
2) O que aconteceu? (para identificar a natureza da lesão ou doença)
3) Há quanto tempo isso aconteceu?
4) Isso já ocorreu antes? (emergência clínica)
5) Você tem algum problema de saúde?
6) Você tem tomado algum remédio?
7) Você é alérgico a alguma coisa?
Exame rápido
Ex.: Dor no braço após uma queda: se dirigir ao membro superior referido e avaliar
aspecto físico, motricidade, sensibilidade e realizar o procedimento adequado a suspeita
(imobilização em caso de fratura, curativos em caso de ferimento, etc.).
A avaliação física detalhada da cabeça aos pés deve ser realizada pelo socorrista em cerca
de 2 a 3 minutos. Tem como objetivo a identificação de problemas que não foram relatados pelo
paciente (fraturas, pequenas hemorragias, ferimentos).
O exame completo não precisa ser realizado em todos os pacientes, podendo ser realizado
de forma limitada em pacientes que sofreram pequenos acidentes ou que possuem emergências
médicas evidentes. Em casos onde o paciente é crítico ou instável o exame deve ser realizado
dentro da ambulância, ou se o percurso for pequeno e não der tempo, não há necessidade de fazê-
lo.
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos pés, o socorrista deve:
Avaliação continuada
Avaliação da lição
Objetivos:
Técnicas de SBV
Antes de iniciar o estudo das técnicas para promover o suporte básico da vida, deve-se
lembrar de que, para o serviço pré-hospitalar, teremos no mínimo três tipos de pacientes:
adultos: pessoas maiores que 8 anos;
crianças; pessoas entre 1 ano e 8 anos; e
lactentes: pessoas menores que 1 ano;
Para cada tipo de paciente existe uma técnica diferente. Podemos encontrar também pacientes
obesos e gestantes onde as técnicas sofrem algumas alterações.
Além do tipo de paciente temos outros fatores que influenciam na técnica, como o número de
socorristas e a qualificação (leigo ou treinado). Sendo assim, temos que ficar muito atentos nas
diferenças para aplicar a técnica certa para o paciente certo.
VERIFICAÇÃO DE PULSO
O sistema respiratório é composto pelas vias aéreas inferiores e superiores. Sendo estas
compostas basicamente por:
- Vias aéreas superiores: cavidade oral, língua, faringe, laringe e parte da traqueia;
- Vias aéreas inferiores: parte da traqueia, brônquios e bronquíolos.
Fisiologia da respiração
Inspiração
Troca gasosa
Com o pulmão cheio de ar oxigenado ocorre a troca gasosa. É retirado do sangue que está
nos capilares do pulmão o dióxido de carbono e é colocado o oxigênio. Por isso no momento da
inspiração o ar sai com menos oxigênio e mais dióxido de carbono.
Expiração
O oxigênio é o combustível que as células humanas utilizam para gerar energia. Sem ele
elas morreriam. Quando elas utilizam o oxigênio para gerar energia produzem como resíduo o
dióxido de carbono que é liberado na expiração.
O ar atmosférico contém cerca de 21% de oxigênio. Quando respiramos não consumimos
toda essa porcentagem. Inspiramos 21% e expiramos 16% de oxigênio mais dióxido de carbono.
O gás oxigênio é bastante tóxico, embora ele seja essencial para a manutenção da vida,
por ser utilizado pelos organismos que obtêm energia por meio da respiração aeróbica. No
entanto, a vida só é possível se a sua concentração na atmosfera não exceder os atuais 21%. O
oxigênio é altamente reativo e, nos organismos vivos, o seu excesso resulta em radicais livres
que roubam elétrons de outros elementos, causando assim a sua oxidação. Isso provoca
alterações nos componentes celulares e, consequentemente, nos tecidos que constituem esse
organismo, impossibilitando assim o seu funcionamento normal e a sua sobrevivência.
São obstruções de vias aéreas causadas por corpos estranhos. Podem ser totais,
impedindo totalmente o ar de passar, ou podem ser parciais, quando permite uma pequena
entrada e saída de ar.
Causas de obstrução
Manobra de Heimlich
Após as ventilações verifique pulso, se houver, ventile 12x verifique o pulso novamente. Ventile
até que a pessoa retorne ou evolua para uma PCR. Se o paciente entra em PCR, inicie RCP.
Pacientes conscientes
Pacientes inconscientes
Ambu;
Máscara de para ventilação;
Reanimadores manuais (Ambu);
Cânulas orofaríngeas;
Aspiradores portáteis;
Cilindros de O2;
Máscara de ventilação: cumpre a mesma função do Ambu porém a ventilação não é feita
mecanicamente, é feita através do sopro do socorrista que envia ar até os pulmões da vítima.
Cânulas orofaríngeas ou Cânulas de Guedel: equipamento destinado a garantir a
permeabilidade das vias áreas em vítimas inconscientes devido à queda da língua contra as
estruturas do palato, promovendo a passagem de ar através da orofaringe. Possui vários
tamanhos.
Aspiradores portáteis: destinado à aspiração de secreções da cavidade oral, as quais obstruem
a passagem de oxigênio sendo indispensável uma unidade portátil e uma unidade fixa na
ambulância.
Cilindros de O2: unidade portátil destinada a dar suporte de oxigênio a vítima acidentada no
local da ocorrência inicial, com capacidade de 300 litros e fluxômetro a fim de dosar a
administração de 1 à 15 litros de oxigênio por minuto.
Oxímetro: aparelho eletrônico destinado à medição da saturação periférica de oxigênio.
Protocolos
2. Se não respira realize duas ventilações, se não passa reposicione a cabeça e ventile novamente.
3. Mas o paciente continua não responsivo, verifique pulso. 3. Inicie a inicie RCP
Avaliação da lição
Avaliação prática
- Formação de duplas;
- Realização das técnicas de SBV descritas abaixo;
- clínico
Abertura de VA Técnicas VOS
- trauma
Objetivos:
Sinais e sintomas
As regiões mais escuras apresentam maior dor que as regiões claras. Repare que há zona
de dor na região epigástrica (estômago).
Sinais e sintomas
Respiração ofegante e ruidosa;
Insuficiência respiratória
Tosse;
Náuseas;
Anorexia;
Fadiga
Ansiedade e agitação;
Inquietação
Edema no tornozelo;
Edema no abdômen;
Veias do pescoço distendidas; >
Cianose;
O paciente insiste em ficar sentado ou
de pé.
Tranquilize o paciente;
Coloque-o em posição de repouso, permitindo uma respiração mais confortável,
geralmente, na posição semi-sentada;
Administre oxigênio suplementar;
Afrouxe roupas apertadas;
Mantenha a temperatura corporal;
Transporte o paciente, monitorando os sinais vitais.
Definição de PCR
A parada cardiorrespiratória é o parada súbita de batimentos cardíacos seguidos de parada
de movimentos respiratórios ou vice-versa.
Causas de PCR
Sinais de PCR
Os sinais de PCR são: inconsciência, cianose, ausência de movimentos respiratórios, de
batimentos cardíacos, algor e pupilas dilatadas. Nem sempre são encontrados todos os sintomas,
pois alguns deles se manifestam algum tempo depois da parada. Uma pessoa com parada recente
pode não apresentar, por exemplo, algor e pupilas dilatadas.
Tratamento de PCR
A parada cardiorrespiratória é tratada através do procedimento de ressuscitação
cardiopulmonar, RCP. A RCP é sequências de procedimentos pré-estabelecidos por protocolos
específicos que visam à reversão da parada.
Identificação de PCR
Em paciente não responsivo, coloca-se o mesmo em superfície rígida. Abre-se VAs,
realiza-se VOS. Se não respira, aplicam-se duas ventilações, verifica novamente. Não
respirando, verifica-se Pulso. Na ausência de pulso. Inicia-se RCP.
A RCP consiste em aplicar 2 ventilações para 30 compressões (30x2). Se o socorrista
estiver sozinho, ele efetuará as duas manobras. Se houver dois socorristas, um ventila e outro
realiza a compressão.
Adulto e Criança:
Posição da RCP
As mãos devem ser posicionadas ambas de frente para o paciente, uma sobra à outra,
cruzando os dedos. Os dedos da mão de cima puxam o dedos da mão de baixo, evidenciando a
região hipotênar. É a região hipotênar da mão de baixo que irá comprimir o ponto torácico.
Em crianças, utiliza-se somente uma mão, porém a região que deve comprimir o ponto torácico
também é a região hipotênar.
Adulto: mão unidas, dedos entrelaçados, região hipotênar da mão apoiado no ponto torácico, os
braços apoiados perpendicularmente ao corpo do paciente.
É importante ressaltar que a mão que vai fazer a maior força é a mão que estiver em baixo. A
mão de cima tem duas funções, fazer força e puxar os dedos da mão de baixo para cima, a fim de
garantir que somente a região hipotênar atuará na compressão.
Criança: com a região hipotênar de uma mão no ponto de compressão, apoiada
perpendicularmente ao corpo do paciente.
Lactente: dois dedos no ponto de compressão.
Outras orientações
Protocolos de atendimento
Procedimento
2. Abra VA
3. Realize VOS
4. Se não respira, realize duas ventilações. Se o ar não passa reposicione a cabeça e faça mais duas ventilações
Procedimento
2. Abra VA
3. Realize VOS
4. Se não respira, realize duas ventilações. Se o ar não passa reposicione a cabeça e faça mais duas ventilações
1. Confirme inconsciência
2. Verifique pulso
4. mensure o ponto torácico e inicie as compressões sem interrupções, rápidas e profundas, num ritmo de 100
compressões por minuto.
5. Faça RCP até a chegada do SEM ou a exaustão do socorrista.
Considerações finais
O estudante deve ter em mente que a mudança de paciente implica muitas vezes na
mudança da técnica, mesmo que o procedimento seja o mesmo.
Exemplos:
Quando o socorrista está de folga e se depara com uma emergência, deve lembrar-se de
acionar o socorro antes de iniciar qualquer procedimento, se houver mais pessoas perto, ele pode
solicitar a alguém enquanto inicia os procedimentos.
BASES TECNOLÓGICAS
- adulto e criança
Mensuração ponto compressão RCP
- lactente
- adulto
Posição socorrista RCP - criança
- lactente
Avaliação da lição
a) Qual a primeira atitude que se deve tomar ao se deparar com uma pessoa inconsciente? E
as outras duas seguidas?
R: Abrir vias aéreas, realizar _____ e verificar _______.
b) Explique a corrente da sobrevivência, e diga qual o objetivo de sua criação.
R: É uma sequência de passos a serem seguidos em caso de _________________, onde se
forem seguidos rapidamente aumentam a chance de sobrevida do paciente. Seu objetivo é
justamente aumentar a chance de sobrevivência das pessoas que foram acometidas por
parada cardiorrespiratória.
c) Quais são os motivos pelos quais as técnicas podem sofrer variações.
R: Pela idade dos pacientes, por serem obesos ou apresentarem gestação.
d) Qual as técnicas de abertura de VA específicas para casos clínicos e traumáticos?
R: Em casos clínicos aplicamos a técnica da ________________ da cervical, já para casos
traumáticos utilizamos a manobra de tração mandibular.
e) O que é VOS?
R: É a técnica que permite ao socorrista a observação da presença de ____________ do
paciente. Essa técnica permite também observar a frequência respiratória e a qualidade da
respiração.
f) Descreva as diferenças da varredura digital nos adultos, crianças e lactentes.
R: A varredura digital em adultos e crianças é feita com o _________________ ou médio
dependendo da necessidade e do tamanho da VA.
g) Onde é o local que mais comumente se verifica o pulso em adultos e crianças em suspeita
de PCR? E em lactentes?
R: A verificação de pulso em adultos e crianças com suspeita de PCR é no ponto carotídeo,
já no lactente é na região _________.
h) Defina OVACE e cite suas possíveis causas.
R: OVACE é obstrução das vias aéreas por corpos estranhos, pode ser causado pela epiglote,
secreções, ou pequenos objetos que ___________________________, como por
exemplo, os alimentos.
i) Quais as duas técnicas apresentadas para o tratamento de OVACE.
R: Manobra de Heimlich para adultos e crianças e tapagens e compressões torácicas para
lactentes.
j) Defina PCR e cite suas possíveis causas.
R: PCR é parada cardiorrespiratória é ocasionada por doenças cardíacas, traumas, choques
elétricos, etc.
k) Qual a técnica em nível de suporte básico apresentada parta o tratamento de PCR.
R: A técnica para tratamento de PCR em nível de suporte básico é a ______, que consiste
em aplicar compressões torácicas e insuflações no paciente.
l) Descreva a mensuração do ponto de compressão para adultos, crianças e lactentes.
R: Adulto e Crianças: contornando as costelas, ache o processo xifoide, com a outra mão
meça dois dedos acima e, logo acima coloque a região hipotênar da outra mão. Esse
ponto deverá estar em cima do osso esterno do paciente.
Lactentes: trace uma linha imaginária entre os mamilos, faça a compressão no centro do
peito um dedo abaixo dessa linha imaginária.
m) Como deve ser a aplicação das compressões em cada um dos pacientes?
R: As compressões torácicas devem ser rápidas e profundas:
Adulto - Deslocamento de 4 a 5 cm e frequência de aproximadamente ___ por minuto.
Criança - Deslocamento de 2,5 a 4 cm e frequência de no mínimo 100 por minuto.
Lactente - Deslocamento de 1,5 a 2,5cm e frequência de no mínimo 100 por minuto.
Objetivos:
Sistema Circulatório
É um sistema fechado, composto pelo sangue,
coração e por uma rede de tubos denominados artérias,
arteríolas, capilares, vênulas e veias.
Sangue
O sangue é um líquido vermelho, viscoso, composto por plasma (parte líquida), glóbulos
vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
Coração
Vasos sanguíneos
São tubos que formam a complexa rede do sistema cardiovascular, constituída por
artérias e veias que se ramificam em calibres cada vez menores, originando as arteríolas, vênulas
e capilares.
Hemorragia
Hemorragia interna
A hemorragia interna não é visível, por isso geralmente é grave. O socorrista deve estar
atento aos sintomas, pois é de difícil avaliação.
Como na hemorragia interna não se consegue realizar hemostasia, o socorrista deve tomar outros
cuidados com o paciente, como posição de transporte confortável e oxigeno terapia, tudo isso
para prevenir o choque hipovolêmico.
Agitação;
Palidez;
Sudorese intensa;
Pele fria e pegajosa;
Taquicardia;
Hipotensão;
Sede;
Fraqueza;
Saída de sangue ou fluídos pelo nariz e/ou pavilhão auditivo externo;
Vômito ou tosse com presença de sangue;
Rigidez ou espasmos dos músculos abdominais;
Sangramento pelas genitálias;
Hemorragia externa
Métodos de hemostasia
Estado de choque
Tipos de choque
CHOQUE HEMORRÁGICO: É o choque causado pela perda de sangue e/ou pela
perda de plasma.
CHOQUE CARDIOGÊNICO: É o choque cardíaco. Este choque é causado pela falha
do coração no bombeamento sanguíneo para todas as partes vitais do corpo.
CHOQUE NEUROGÊNICO: É o choque do sistema nervoso, em outras palavras, a
vítima sofre um trauma e o sistema nervoso não consegue controlar o calibre (diâmetro) dos
vasos sanguíneos. O volume de sangue disponível é insuficiente para preencher todo o espaço
dos vasos sanguíneos dilatados.
CHOQUE ANAFILÁTICO: É o choque alérgico. Desenvolve-se no caso de uma
pessoa entrar em contato com determinada substância da qual é extremamente alérgica, por
exemplo, alimentos, medicamentos, substâncias inaladas ou em contato com a pele. O choque
anafilático é o resultado de uma reação alérgica severa e que ameaça a vida.
CHOQUE SÉPTICO: É o choque da infecção. Micro-organismos lançam substâncias
prejudiciais que provocam uma dilatação dos vasos sanguíneos. O volume de sangue torna-se
insuficiente para preencher o sistema circulatório dilatado.
CHOQUE PSICOGÊNICO: Algo psicológico afeta a vítima. O sangue drena da cabeça
e se acumula no abdome causando desmaios.
CHOQUE METABÓLICO: Choque insulínico, coma diabético, vômito, diarreia ou
outras condições que causem perdas de líquidos e alteração no equilíbrio bioquímico do corpo.
Tratamento pré-hospitalar
SBV;
Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
Em caso de gestação, dificuldade respiratória, lesão torácica adotar posição semi-
sentada;
Afrouxar roupas apertadas;
Controle qualquer hemorragia externa;
Imobilização das fraturas;
Manter a vítima aquecida;
Manter a vítima imóvel;
Eleve os MMII a 20/30 cm acima do nível do coração. (exceto em TCE, AVC ou lesões
nos MMII);
Não administrar qualquer substância ou líquido via oral;
Encaminhar ao hospital.
Avaliação da lição
2) O que não se deve fazer quando há sangramento em orifícios naturais? Do que suspeitar
nesses casos?
Intoxicação e Envenenamento
Objetivos:
Vias de intoxicações
Sinais e sintomas
Queimaduras ou manchas ao redor da Formação excessiva de saliva ou
boca (caso de substâncias líquidas) espuma na boca;
Odor inusitado no ambiente, no corpo Dor abdominal;
ou nas vestes do paciente; Náuseas;
Respiração anormal; Vômito;
Pulso anormal; Diarreia;
Sudorese; Convulsões;
Alteração do diâmetro das pupilas; Alteração do estado de consciência,
incluindo a inconsciência.
Tratamento pré-hospitalar
Mantenha as VA permeáveis;
Caso tenha disponível, ofereça carvão ativado (observe protocolo local);
Induza vômito somente se o socorrista tiver certeza que a substância ingerida não é
corrosivas ou irritantes e derivados de petróleo;
Nunca induzir o vômito em pacientes inconscientes ou em convulsão;
Guarde em saco plástico toda a substância eliminada através de vômito pelo paciente;
Transporte com monitoramento constante.
Sinais e sintomas
Respirações superficiais e rápidas;
Pulso rápido ou lento;
Dificuldade visual;
Tosse;
Secreção nas VA.
A absorção da substância tóxica por inalação pode também produzir os sinais e sintomas
descritos nas intoxicações por ingestão.
Tratamento pré-hospitalar
Remova o paciente para um local seguro. Se necessário, remova as roupas do paciente;
Mantenha as VA permeáveis;
Avalie e, se necessário, realize manobras de reanimação (não faça boca a boca, utilize o
reanimador manual ou máscara de proteção);
Administre oxigênio suplementar.
Sinais e sintomas
Reações na pele, que podem variar de irritação leve até o enrijecimento e queimaduras
químicas no local;
Inflamação;
Coceiras (pruridos) e ardência na pele;
Aumento da temperatura da pele.
A absorção dos tóxicos por contato pode produzir os sinais e sintomas descritos
anteriormente na intoxicação por ingestão.
Tratamento pré-hospitalar
Para atender estes pacientes, o socorrista deve usar além dos EPI s básicos, proteção para
a sua roupa.
Remova o paciente para local seguro. Se houver condições de segurança para tal;
Remova as roupas e os calçados contaminados e lave a área de contato com muita água
corrente (mínimo de 15 minutos);
Guarde os materiais e roupas em sacos plásticos próprios;
Transporte com monitoramento constante.
Sinais e sintomas
Picadas ou mordidas visíveis na pele.
Podem apresentar dor e inflamação no local;
Ardor na pele e prurido (coceira);
Choque alérgico;
Hemorragias;
Parada respiratória e/ou cardíaca.
A absorção dos tóxicos por injeção pode também produzir os sinais e sintomas descritos
anteriormente na intoxicação por ingestão.
Tratamento pré-hospitalar
Previna o choque;
Nas picadas de inseto (com ferrão preso na pele), raspe no sentido contrário para evitar a
injeção do mesmo no corpo;
Monitore constantemente o paciente e esteja preparado para uma parada respiratória e/ou
cardíaca;
Transporte imediato para o hospital.
Acidentes ofídicos
Ocorrência bastante comum, principalmente na zona rural, tem sinais e sintomas que
variam bastante de acordo com o gênero do animal (serpente).
Sinais e Sintomas
Marca dos dentes na pele;
Dor local e inflamação;
Pulso acelerado e respiração dificultosa;
Debilidade física;
Problemas de visão;
Náuseas e vômito;
Hemorragias.
Tratamento Pré-Hospitalar
Mantenha o paciente calmo e deitado, removendo-o do local do acidente;
Lave com água e sabão o local da picada;
Retire anéis, braceletes e outros materiais que restrinjam a circulação na extremidade
afetada;
Mantenha o membro afetado elevado ou no mesmo nível do coração;
Previna o choque;
Transporte com monitoramento constante, e caso necessário, realize manobras de
reanimação.
Somente o soro cura intoxicação provocada por picada de cobra, quando aplicada de
acordo com as seguintes normas:
Soro específico;
Dentro do menor tempo possível;
Em quantidade suficiente.
O socorrista deve considerar todas as picadas como venenosas até que se prove o
contrário.
Se for treinado para tal e houver tempo e condições, conduza o espécime que provocou a
lesão para avaliação e identificação da espécie.
Restrições
Não faça curativo ou qualquer tratamento caseiro;
Não corte nem fure o local da picada;
Não ofereça bebidas alcoólicas;
Não faça torniquete.
Avaliação da lição
Objetivos:
FERIMENTO ABERTO
É aquele onde existe uma perda de continuidade da superfície
cutânea
FERIMENTO FECHADO
Ocorre quando a lesão é abaixo da pele, porém não existe perda
da continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta.
Abrasões ou escoriações
Descrição
Lesões superficiais, com sangramento discreto, muito dolorosos,
popular ―ralado‖.
Observações
-geralmente não é grave;
-contaminação é a maior preocupação.
Tratamento
-limpar com soro fisiológico e gaze;
-proteger com curativo estéril umedecido;
-bandagens e ataduras.
Ferimentos incisivos
Descrição
Bordas regulares produzidas por objetos cortantes com fio, quando
unidas as pontas se unem facilmente.
Observações
Causam sangramentos variáveis que podem ser superficiais ou
profundos
Tratamento
-hemostasia
-proteger com curativo estéril
-bandagens e ataduras
Lacerações
Penetrantes ou perfurantes
Descrição
-danificam o tecido em linha transversal
-são provocados por objetos pontiagudos e ermas de fogo
Observações
-considerar lesões em órgão internos;
-uma ferida penetrante pode ser perfurante, quando há um ponto de entrada e
outro de saída
Tratamento
-hemostasia
-proteger o ferimento com curativo estéril
-atadura e bandagens
-não retirar objetos encravados
Avulsões
lesões que envolvem rasgos ou arrancamentos de uma grande parte da pele ou músculos
Observações:
- se estiver presa deve-se recolocar no local protegendo-o com gaze
umedecida para não contaminar
Tratamento
- hemostasia
- proteger o ferimento com curativo estéril
Amputações
Descrição
-perda de um membro do corpo humano
Observações
-pode ser desde a parte um dedo até uma perna ou braço
Tratamento
-proteger o ferimento
-procurar a parte amputada envolver em gaze estéril e colocá-la em um plástico limpo e fechado
Eviscerações
Descrição
-rompimento da musculatura do abdome
expondo as vísceras
Observações Tratamento
Pode haver ou não exposição (quando sai da -não lavar
cavidade abdominal) -proteger o ferimento e as vísceras
-ferimento altamente contaminante -após protegidas colocar sobre o curativo do
abdome para manter o calor corporal
Empalamento
Descrição
-encravamento em orifícios Tratamento
naturais -não retirar
-estabilizar objeto
Contusões
Descrição Observações Tratamento
-ferimento fechado Podem romper - imobilização
ocasionado por tecidos internos - prevenir o choque
―batida‖ causando hemorragias
-apresentam edema e internas
hematoma
Outros ferimentos
Couro cabeludo
Tratamento Observações
-hemostasia (pressão direta) -suspeitar de lesão adicional no
-não aplicar pressão se existir TCE crânio e cervical
-não lavar
-realizar curativo
Ferimento de face
Tratamento
Observações
-revisar a boca procurando corpos
-se for necessário transporte o
estranhos ou sangue coagulado
paciente lateralizado para drenagem
-manter VA permeáveis
de fluídos
-empurrar objetos penetrantes na
-suspeitar de lesões adicionais na
bochecha de dentro para fora
cabeça e pescoço
-mantenha a posição neutra da cabeça
Tratamento Observações
-Permeabilidade das VA -Não fletir a cabeça para trás
-Fletir a cabeça para frente -Se houver líquido
-comprimir acima das fossas cefalorraquidiano não impedir sua
nasais (no septo) saída
Ferimento no pescoço
Observações
Tratamento -não pressionar demasiadamente
-aplicar pressão direta nas hemorragias -não comprimir ambos os lados do
-observar VA e respiração pescoço
-deixar a cabeça em posição neutra -suspeitar de lesões adicionais de
crânio e cervical
Tratamento Observações
- Gaze;
- Atadura;
- Soro fisiológico;
- Bandagem triangular;
- Tesoura.
Objetivos:
O sistema nervoso é composto pelo sistema nervoso central e sistema nervoso periférico,
veja:
Classificação
aberto ou fechado;
com fraturas ou sem fraturas.
Porém todas devem passar por uma avaliação rigorosa, pois qualquer uma delas pode
lesionar a massa encefálica. Os danos no cérebro é que vão identificar a gravidade da lesão.
As lesões podem ser classificadas como direta e indireta:
Direta: São produzidas por corpos estranhos que lesam o crânio, perfurando-o e lesando o
encéfalo.
Indireta: contusão ou concussão.
Concussão: _________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Contusão: __________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
PESQUISA
Pesquise o que seria postura de decorticação e postura de descerebração, e qual delas indica uma
situação mais grave.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
SAIBA MAIS
Por mais leve que seja o TCE o socorrista não deve se descuidar do SBV. Esse paciente deve ser
monitorado constantemente lembrando que o TCE é passível de evolução em estado de choque.
Tratamento pré-hospitalar
O principal perigo das lesões e fraturas faciais são os fragmentos ósseos, dentes, sangue,
avulsões, objetos transfixados na bochecha, pois poderão provocar obstruções nas vias aéreas.
Os cuidados são os mesmos do TCE e ferimentos em tecido mole, porém sua atenção deve estar
voltada para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas e controle de hemorragias.
Cuidados especiais
Traumatismo Raquimedular
Objetivos:
A medula espinhal percorre toda a coluna vertebral. Entre cada vértebra sai nervos da
medula espinhal destinados a alguma região do corpo específica. Essa regiões engloba
funcionamento de órgãos, sentidos como o tato, sensibilidade, motricidade, etc.
O trauma raquimedular se caracteriza pela lesão das vértebras ou da medula óssea. Nem sempre
quando há lesão na vértebra há necessariamente lesão na medula, por esse motivo é que deve-se
ter tanto cuidado ao manipular uma vítima de trauma.
Uma das causas de lesões na cervical é o “efeito chicote” ou “trauma tipo chicote”,
que acontece principalmente em colisões frontais de veículos.
Complicações
Tratamento pré-hospitalar
Avaliação da lição
Sintomas: __________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Sinais: _____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Objetivos:
Parto iminente
Apresentação pélvica
Tratamento pré-hospitalar
Criado um espaço para que o feto possa vir a respirar, deve-se mantê-lo. Permita que o
nascimento prossiga mantendo a sustentação do corpo do bebê.
O transporte deverá ser realizado imediatamente, mantendo as vias aéreas permeáveis.
Observação: se, durante o trabalho de parto, apresentar
apenas uma mão ou um pé, não é considerado parto pélvico, essa
é uma apresentação de membro, que requer os seguintes cuidados:
1. não puxe a extremidade, nem tente introduzi-la novamente na
vagina.
2. deixe-a na posição ginecológica ou coloque-a na posição
genopeitoral, o que ajudará a reduzir a pressão no feto e no cordão Posição
umbilical. Genopeitoral
3. Oriente para que respire profunda e lentamente.
4. Se necessário oferte oxigênio.
5. Transporte à parturiente.
Tratamento pré-hospitalar
Parto múltiplo
Parturiente
Hemorragia excessiva
Tratamento pré-hospitalar
Objetivos:
Relatórios
Todo atendimento prestado por uma instituição deve ser registrado através da algum
documento. No caso de atendimento pré-hospitalar prestado pelo Corpos de Bombeiros o
registro é feito através de relatórios que são preenchidos exclusivamente por quem prestou o
atendimento. Esse documento tem caráter público, portanto deve ser preenchido com clareza e
imparcialidade.
Os relatórios irão registrar o local, a natureza da ocorrência, suas características, os
envolvidos, os danos causados, bem como seus envolvidos e outras informações relevantes.
Cada instituição elabora seu modelo de relatório de acordo com os seus parâmetros de
atendimento, tipo de serviço prestado, etc. E fica a cargo dos socorristas preenchê-lo com
fieldade aos acontecimentos.
O preenchimento correto do relatório garante à vítima e ao socorrista uma fieldade à
ocorrência prevenindo transtornos futuros com a esfera judicial. Bem como alguns direitos à
vítima, como por exemplo, indenizações, licenças médicas, etc.
Algumas informações são indispensáveis em um relatórios, tais como:
Data;
hora;
local;
tipo;
nome e idade da vítima;
histórico da ocorrência;
suspeitas de lesões ou casos clínicos;
procedimentos adotados;
materiais utilizados;
sinais vitais e diagnósticos;
nomes dos socorristas;
destino do paciente;
recursos adicionais solicitados;
escala de trauma;
campo para recusa de atendimento;
especificações do trauma ou caso clínico;
entre outros.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Exercício:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Objetivos:
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: OSSOS LONGOS:
Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas
extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior
resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do
corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os
ossos longos têm suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam
grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas epífises. EXEMPLO:
Fêmur.
O esqueleto
Fraturas
Fraturas
Sinais e sintomas
Deformidade: a fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que não
possui articulação;
Sensibilidade: geralmente o local da fratura está muito sensível à dor;
Crepitação: num movimento da vítima podemos escutar um som áspero, produzido pelo
atrito das extremidades fraturadas. Não pesquisar este sinal intencionalmente, porque
aumenta a dor e pode provocar lesões;
Edema e alteração de coloração: quase sempre a fratura é acompanhada de certo inchaço
provocado pelo líquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de cor poderá
demorar várias horas para aparecer;
Impotência funcional: perda total ou parcial dos movimentos das extremidades. A vítima
geralmente protege o local fraturado, não pode mover-se ou o faz com dificuldade e sente
dor intensa;
Fragmentos expostos: numa fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se projetar
através da pele ou for vistos no fundo do ferimento.
Luxação
Sinais e sintomas
Entorse
É a torção ou distensão brusca de uma articulação, além de seu grau normal de amplitude.
Sinais e sintomas
São similares aos das fraturas e aos das luxações. Mas nas entorses os ligamentos
geralmente sofrem ruptura ou estiramento, provocados por movimento brusco.
SAIBA MAIS
Para termos práticos a diferença essencial entre uma luxação e um entorse é que na luxação a
articulação desalinha e fica desalinhada e no entorse a articulação desalinha e volta para o lugar.
Porém em ambos os casos devem ser imobilizados pois podem sofrer lesões nos ligamentos,
tendões, etc.
Tratamento pré-hospitalar
não alinhar;
não tracionar;
imobilizar na posição encontrada;
colocar tala;
fixar tala;
minimização da dor;
Prevenção de lesões adicionais de músculos, nervos e vasos sanguíneos;
Manutenção da perfusão no membro; e
Auxílio da hemostasia.
Atividade prática:
Técnica de Remoção
Objetivos:
São as técnicas das quais o socorrista irá se utilizar para retirar a vítima do local da
ocorrência até um local seguro a fim de garantir segurança para si e para a vítima e
principalmente com o propósito de minimizar as sequelas do trauma ou caso clínico ocorrido.
Imobilizações
Membros
Os membros devem ser imobilizados abrangendo a articulação anterior e posterior, e
posteriormente unidos ao corpo, próximo à posição anatômica.
MMII – tíbia e fíbula, joelho, fêmur, tornozelo, pé.
MMSS – rádio e ulna, cotovelo, úmero, mão
TTF – aparelho de tração específica para fratura de fêmur
Cinturas
As cinturas devem ser imobilizadas utilizando a própria base do corpo como sustentação.
Cintura pélvica: colo de fêmur, ílio, ísquio e púbis.
Cintura escapular: clavícula, escápula e articulação.
Coluna
A coluna deve ser imobilizada sempre em superfície rígida, realizando o mínimo de
movimentos o possível. A maior preocupação é com a coluna cervical.
Colar cervical – específico para imobilizar a coluna cervical em amplitude vertical.
Maca – superfície rígida onde são colocado pacientes traumatizados.
Base e coxins – específico para imobilizar coluna cervical em amplitude horizontal.
Luxações e entorses
As luxações e entorses são traumas específicos de articulações, onde a imobilização deve
ser feita na posição em que for encontrada.
Improvisações
As improvisações devem ser feitas sempre lembrado dos critérios básicos de
imobilizações.
Colocação em maca
Rolamento de 90º
Rolamento de 180º
Elevação a cavaleiro
KED
Fixação na maca com cinto aranha e coxins
Outras manipulações
Retirada de capacete
Rolamento 1 socorrista emergencial vítima politraumatizada
Limpeza e Desinfecção
Objetivos:
Limpeza
Definições
É a ação física e química onde se utiliza água e sabão ou detergente, em superfícies fixas
de todas as áreas do ambiente pré-hospitalares, promovendo a remoção da sujeira e do mau odor
e reduzindo a população microbiana no ambiente pré-hospitalar.
Assepsia
Antissepsia
Desinfecção
Esterilização
O serviço pré-hospitalar tão gratificante quanto perigoso. Seus riscos variam desde o
perigo de ser atropelado em um atendimento de acidente de trânsito até a exposição do socorrista
ao ambiente saturado de micro-organismos patológicos.
E é esse desse ambiente biologicamente inseguro que vamos tratar nessa unidade
didática. Tentaremos fazer desse ambiente um local com riscos aceitáveis de trabalho e de
atendimento.
O ato de lavar as mãos ainda não é um hábito corrente em nossos dias, apesar da sua
importância já ter sido demonstrada no século XIX.
1. A cada atendimento onde houver produção de lixo, ele deve ser trocado;
2. Para trocar o lixo, o socorrista deve estar usando luvas descartáveis, fechar
bem o saco de lixo e colocá-lo no expurgo;
3. O lixo hospitalar só deve ser descartado no expurgo, nunca em outro lugar;
4. Mesmo as luvas que supostamente não estão contaminadas devem ser
descartadas no lixo hospitalar;
5. O saco plástico para lixo hospitalar deve ser próprio;
Procedimentos de desinfecção
Produtos químicos
Solução de álcool iodado a 0,5 ou 1% (álcool etílico a 70%, com ou sem 2% de glicerina)
Desinfecção terminal
PROCEDIMENTOS
Desinfecção concorrente
PROCEDIMENTOS
Objetivos:
Queimaduras
Queimaduras são lesões produzidas nos tecidos de revestimento do organismo que são causadas
por agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação, etc. Elas podem lesar a
_____________________________________________________________________________.
Extensão da queimadura
Dimensionamento da queimadura
Tratamento pré-hospitalar
Queimaduras Químicas
Limpe e remova substâncias químicas da pele do paciente e das roupas antes de iniciar a
lavação;
Lave o local queimado com água limpa corrente por no mínimo 15 minutos (não se deve
submergir)
Use EPIs apropriados;
Cubra com curativo estéril toda a área de lesão;
Previna o choque e transporte a vítima;
Se possível, conduza amostra da substância em invólucro plástico;
Se a lesão for nos olhos, lave-os bem, no mínimo por 15 minutos, com água corrente e
depois cubra com curativo úmido estéril. Volte a umedecer o curativo a cada 5 minutos.
Queimaduras Elétricas
As queimaduras elétricas aparecem no local de entrada e saída da corrente. Os problemas
mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada respiratória ou cardiorrespiratória,
dano no SNC e lesões em órgãos internos.
Reconheça a cena e acione, se necessário, a companhia energética local;
Realize a avaliação inicial e , se necessário, inicia manobras de reanimação;
Identifique o local das queimaduras (no mínimo dois pontos: um de entrada e um de saída
da fonte de energia);
Aplique curativo estéril sobre as áreas queimadas; e
Previna o choque e conduza o paciente, com monitoramento constante, ao hospital.
Lesões ambientais
Sinais e Sintomas
Sinais e Sintomas
Tratamento pré-hospitalar
Insolação
Situação muito grave (também chamada de golpe de calor) que ocorre quando uma
pessoa aumenta muito a temperatura corporal por falha dos mecanismos de regulação térmica. A
pessoa nessa situação deixa de suar e sua temperatura sobe muito podendo lesar células cerebrais
e até chegar à morte.
Sinais e Sintomas
Tratamento pré-hospitalar
O corpo humano pode ser lesado pela exposição, por período prolongado, a baixas
temperaturas, ou mesmo por exposição ao frio extremo durante apenas um curto período.
A exposição pode lesar desde a superfície do organismo até um esfriamento corporal
generalizado, levando a pessoa à morte.
Dois fatores influenciam significativamente o desenvolvimento das lesões por frio:
a) A temperatura do ambiente;
b) A velocidade do vento.
Resfriamento generalizado
Também chamado de hipotermia geral. Afeta todo o corpo com uma queda da
temperatura corporal que poderá levar ao coma e a morte.
Sinais e sintomas
Tratamento Pré-hospitalar
EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
Instrutor
_______________________________________________
_______________________________________________
32 h/a
CBMSC
Objetivos:
2. EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
Introdução
Conceitos básicos
Combustível;
Calor
Calor
_____________ (comburente); Reação
Reação
_________ou energia térmica; e em
em
cadeia
cadeia
Fogo no centro de um cômodo. Fogo sobre uma parede. Fogo sobre um vértice.
O ar entra por todos os lados (100%) O ar entra por dois lados (50%) O ar entra por um lado (25%)
Os agentes oxidantes são aquelas substâncias que cedem oxigênio ou outros gases
oxidantes durante o curso de uma reação química. Os oxidantes não são _________________ em
si, mas fazem com que se produza uma combustão quando combinados com materiais
combustíveis.
Sabemos também que a atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e
1% de outros gases, por isso, em ambientes com a composição normal do ar, a queima
desenvolve-se com velocidade e de maneira completa e notam-se chamas. Contudo, a combustão
irá consumir o oxigênio do ar num processo contínuo. Quando a porcentagem do oxigênio do ar
do ambiente passar de 21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima tornar-se-á
mais lenta, surgirão brasas e não mais chamas. Quando o oxigênio contido no ar do ambiente
atingir concentrações menores de 8% é muito provável que a combustão deixe de existir.
Quando as concentrações de oxigênio ultrapassam os 21%, dizemos que a atmosfera está
enriquecida com oxigênio. Nessas condições, os materiais que arderiam nos níveis normais de
oxigênio (O2), se queimam muito mais rapidamente e podem igualmente se incendiar mais
facilmente. Os Combatentes devem ficar atentos e lembrar que muitos materiais que não
queimam nos níveis normais de oxigênio poderão queimar com rapidez em atmosferas
enriquecidas com oxigênio. Um desses materiais é o conhecido Nomex (material resistente ao
fogo que é utilizado na fabricação de roupas de aproximação e combate ao fogo para bombeiros)
que em ambientes normais não se inflama, no entanto, arde rapidamente em atmosferas com
concentrações de 31% de oxigênio. Essas situações podem ocorrer em indústrias químicas,
ambientes hospitalares e até, em domicílios particulares cujos inquilinos utilizem equipamentos
portáteis para oxigenoterapia.
Se um incêndio ocorrer em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que ele seja
logo descoberto no seu início e a situação mais facilmente resolvida. Mas se ocorrer quando a
edificação estiver deserta ou fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar grandes
proporções.
Até pouco tempo atrás, as fases do incêndio eram estudadas a partir de três etapas – a fase
inicial, a fase da queima livre e fase da queima lenta. Atualmente, a maioria das organizações de
bombeiro e programas de treinamento está sofrendo alterações e passando a estudar o processo a
partir de cinco fases distintas, a saber:
_______________;
_______________;
_____________________________________________;
_____________________________________________; e
_______________;
No entanto, convém observar que a ignição e o desenvolvimento de um incêndio interior
é algo complexo, que depende de uma série de numerosas variáveis. Por isso, pode ser que nem
todos os incêndios se desenvolvam seguindo cada uma das fases descritas a seguir, no entanto, os
incêndios poderão ser mais bem entendidos se estudarmos esse modelo de sequência em fases.
Fase da ignição
2 2
PLANO NEUTRO
Fase da diminuição
Métodos de extinção
Resfriamento
Abafamento
Os incêndios de progresso rápido (do inglês, rapid fire progress) ou IPR são
conceituados pela National Fire Protection Association (NFPA) como todo tipo de incêndio que
se desenvolve muito rapidamente, a partir de fenômenos conhecidos, tais como o flashover, o
backdraft e outros fenômenos similares.
Em português, ainda não temos nenhuma publicação científica que forneça uma tradução
padronizada para esses termos, motivo pelo qual sugerimos a adoção dos seguintes verbetes:
Ignição súbita generalizada (___________);
Ignição explosiva (___________); e
Ignição dos gases do incêndio (fire gás ignition).
Incêndio ventilado;
Percepção de calor radiante doloroso (os combatentes são forçados a permanecerem
agachadas devido às altas temperaturas);
Existência de superfícies superaquecidas;
Chamas visíveis ao nível do teto;
Aumento na velocidade da pirólise dos materiais existentes no cômodo incendiado;
Rebaixamento crescente do plano neutro e aumento de turbulência (efeito ondular dos
gases).
Contrariamente a opinião popular, o maior risco à vida devido aos incêndios, não se
constitui nem das chamas, nem do calor, senão da inalação de fumaça e gases aquecidos e
tóxicos, assim como a deficiência de oxigênio.
Os gases da combustão
As chamas
O calor irradiado
Fumaças visíveis
PRODUTOS DA COMBUSTÃO
(CALOR, LUZ E FUMAÇA)
OXIGÊNIO
VAPOR
D’ÁGUA
GASES COMBUSTÃO
COMBUSTÍVEIS COM CHAMAS
MADEIRA SECA
PIRÓLISE
(COMBUSTÍVEL)
COMBUSTÃO EM
CARBONO
SUPERFÍCIE
ENTRADA
DO CALOR
Transferência do calor
Condução
Convecção
Radiação
Os metais são excelentes condutores de calor, por outro lado, temos que materiais como a
lã, a madeira, o vidro, o papel, o isopor e o gesso, que são maus condutores de calor (isolantes
térmicos.
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores de calor. O ar, por exemplo, é um
ótimo isolante térmico. É por este motivo que quando colocamos a mão no interior de um forno
aquecido, não nos queimamos logo, entretanto, ao tocarmos numa forma de metal colocada
dentro do forno, à queimadura é praticamente imediata, pois, a forma metálica conduz o calor
mais rapidamente que o ar.
A neve é outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque os flocos de
neve são formados por cristais, que se acumulam formando camadas fofas aprisionando o ar e
dessa forma dificultando a transmissão do calor da superfície da Terra para a atmosfera.
Pontos de temperatura
Avaliação da lição
1. Usando suas próprias palavras, use o espaço abaixo para conceituar os termos ―fogo‖ e
―incêndio‖.
Resposta:
Reação
em
cadeia
3. O desenho abaixo indica uma curva típica de incêndio. Relembre as diferentes fases de um
incêndio preenchendo os espaços em branco.
Objetivos:
Equipamentos
Capacete
Roupa de proteção
NFPA 1971
Deve possuir faixas refletivas
Deve proteger pescoço, tronco e membros
Luvas
Botas
Ameaças Respiratórias
Calor
Gases tóxicos
Natureza do combustível
Taxa de aquecimento
Temperatura dos gases
Concentração de oxigênio
Monóxido de Carbono-CO
Concentrações:
0,03% Normal
5% alterações
12% Morte
Filtrantes
Filtro químico para absorção de gases
Filtro mecânico para retenção de partículas sólidas em suspensão
Filtro combinado
Filtro para CO com catalizador
Linha de ar
Circuito fechado
Máscara autônoma
Partes principais:
Suporte
_________ de demanda
Máscara
Cilindro
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 102
CURSO AVANÇADO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS - CAAE MANUAL DO INSTRUTOR
Inspeção diária
Pressão do cilindro
*Descanso = 5 a 10 LPM
*Trabalho pesado = 35 a 50 LPM
*Esforço máximo = 50 a 90 LPM
Acoplar a válvula de demanda à mangueira de alta pressão, abrir o registro, ler a pressão
indicada no manômetro
Fechar o registro do cilindro e verificar se a pressão diminui mais de 10 bar em 1 min.
Acionar o botão de descarga para despressurizar o sistema
Alarme
Métodos de colocação
Dois combatentes
Pela cabeça
Mochila
Avaliação da lição
1. Ao sinal participante deverá colocar o EPI (calça, bota, jaqueta, balaclava, capacete e luvas)
no menor tempo possível.
2. Ao sinal, cada participante deverá colocar todo o EPI e EPR, no tempo menor possível,
executando todos os itens do check list.
ALUNO: _____________________________________________________
Classes de incêndio
Objetivos:
Introdução
Quadro demonstrativo
A
Incêndio envolvendo combustíveis _____________________, tais como papel, madeira,
tecido, borracha, plásticos, etc. É caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos e
por queimar em razão do volume, isto é, a queima se dá na ___________ e em ______________.
OOL
Á LC
Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, _______ e _______ combustíveis.
É caracterizado por não deixar resíduos e por queimar apenas na _________ exposta e
não em profundidade. Os métodos mais utilizados para extinguir incêndios de classe B são o
abafamento (uso de espuma), a quebra da reação em cadeia (uso de pós químicos) ou ainda o
resfriamento com cautela.
C
Incêndio envolvendo equipamentos __________________. É caracterizado pelo risco de
vida que oferece ao combatente. A extinção deve ser realizada por agentes extintores que não
conduzam a corrente elétrica (pós químicos ou gás carbônico). É importante registrar que a
maioria dos incêndios de classe C, uma vez eliminado o perigo da eletricidade (choque elétrico),
transformam-se em incêndios de _________.
D
MAGNÉSIO SÓDIO
Essa não é verdadeiramente uma classe de incêndio, pois se confunde com a classe B, no
entanto já aparece na maioria dos textos técnicos mais recentes e tem uma finalidade mais
educativa para enfatizar os riscos especiais da classe. São os incêndios em óleo, gorduras de
cozinhas e piche derretido que não devem ser combatidos com água em jato direto. Os métodos
mais utilizados para extinguir incêndios de classe K são o abafamento (uso de espuma), a quebra
da reação em cadeia (uso de pós químicos) ou ainda o resfriamento com muita cautela.
Ataque Direto
Ataque Indireto
Ataque combinado
Quando o combatente se depara com um incêndio que está em local confinado, sem risco
de _____________ ambiental, mas com superaquecimento do ambiente, que permite a produção
de vapor para auxiliar a extinção (abafamento e resfriamento), usa-se o ataque combinado.
O ataque combinado consiste na técnica da geração de vapor combinada com ataque
direto à base dos materiais em chamas. O esguicho, regulado de 30 a 60 graus, deve ser
movimentado de forma a descrever um circulo, atingindo o teto, a parede oposta e novamente o
teto.
No ataque combinado, os combatentes devem ficar abaixados com a mangueira sobre o
ombro, o que facilitará a movimentação circular que caracteriza este ataque. Quando não houver
mais geração de vapor, utiliza-se o ataque direto para a extinção dos focos remanescentes.
Lembrar que:
Nunca se deve aplicar água na fumaça.
A aplicação de água na fumaça não extingue o incêndio, somente causa danos, distúrbios
no balanço térmico, desperdício de água e perda de tempo.
BOIL OVER: É o fenômeno caracterizado por uma violenta erupção turbilhonar, com
ejeção do líquido combustível.
SOLOP OVER: Caracterizado por uma ebulição e espumação ao nível da superfície do
líquido inflamável, com o consequente extravasamento do produto do interior do reservatório.
BLEVE: Pode se conceituar o ―BLEVE‖ como sendo uma explosão de líquido em
ebulição expandida.
Ocorre quando um recipiente contendo líquido sob pressão tem suas paredes expostas
diretamente à chama, tendo como resultado o aumento da pressão interna. A resistência das
paredes do recipiente cai bruscamente, resultando no seu rompimento.
Ao se deparar com fogo em gás inflamável e não podendo conter o fluxo do mesmo, não
deverá extinguir o incêndio, apenas controlá-lo.
Um vazamento de gás inflamável será mais grave que a situação de incêndio, por reunir
condições propícias para uma explosão.
A conduta correta será o controle do incêndio, evitando sua propagação, bem como o
aumento de suas proporções.
Informações importantes sobre o Gás Liquefeito do Petróleo(GLP):
O GLP é um gás combustível de fácil combustão, o GLP é incolor e inodoro, mas, por
motivo de segurança, uma substância do grupo MERCAPTAN é adicionada para a identificação
de vazamentos, produzindo um cheiro especifico. O GLP não é corrosivo, poluente e nem tóxico,
mas se inalado em grande quantidade produz efeito anestésico.
O GLP no estado gasoso é mais pesado que o ar (1.5 vezes) e mais leve que a água, por
isso, concentra-se nos local mais baixo (ralos, valos, canaletas, etc.) e mantém-se sobre a
superfície de um recipiente contendo água.
Materiais Energizados
Este tipo de incêndio pode ser extinto após o corte da energia elétrica, tornando-se classe
―A‖ ou ―B‖. Deve-se utilizar agentes extintores não condutores, como PQS, CO2 e Halon. Não se
deve utilizar extintores de _______ ou _________, devido ao perigo de choque elétrico.
Pode ser utilizada a _______ através de mangueiras, conforme tabela abaixo:
Porém, a água contém impurezas que a tornam condutora, sendo que se deve considerar
todos os riscos do combatente levar um choque elétrico.
O comandante da ação determinará o uso de água através de linhas de mangueira,
considerando os seguintes fatores:
Determinação da voltagem da corrente;
Distância entre o esguicho e o material energizado;
Isolamento elétrico oferecido ao BM.
Deve-se preferencialmente, utilizar jato __________, pois a água nebulizada não conduz
corrente elétrica, por ser constituída de partículas não contínuas.
A decisão do comandante do combate ao fogo não deve ser tomada sem a definição do
responsável técnico ou operador.
Características do incêndio:
Dica: Cuidado na instalação de indústrias nas cidades onde o BM atua, solicitar que a
edificação tenha o agente extintor adequado.
Características:
Segurança na Extinção
No caso de ocorrências em vias públicas, evitar empregar sinalização com fogo (latas de
óleo ou outro combustível queimando), uma vez que poderá ocasionar a ignição do
produto derramado.
Rescaldo
Avaliação da lição
Fundamentos Operacionais
Objetivos:
Introdução
Extintores são recipientes metálicos que contém em seu interior agentes extintores para
combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Os extintores podem ser portáteis ou sobre
rodas, conforme o seu tamanho e uso. Os extintores portáteis também são conhecidos
simplesmente por extintores e os extintores sobre rodas, por carretas. Os extintores classificam-
se em conformidade com a classe de incêndio a que se destinam, ou seja, ―A‖, ―B‖, ―C‖ e ―D‖.
O sucesso na operação de um extintor dependerá basicamente de:
Os extintores devem conter uma carga de agente extintor em seu interior, essa carga é
chamada de __________________ e é especificada em norma.
Água
Pó-Químico Seco
Também conhecido como dióxido de carbono, o CO² é um gás mais pesado que o ar, sem
cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso (mas asfixiante). Age
principalmente por _______________, tendo, secundariamente, ação de resfriamento. Por não
deixar resíduos nem ser corrosivo é um agente extintor apropriado para combater incêndios em
equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis (centrais telefônicas e computadores).
São compostos químicos formados por elementos halogênios, tais como o flúor, o cloro,
o bromo e o iodo. Atuam na quebra da reação em cadeia devido às suas propriedades
específicas e, de forma secundária, por abafamento. Tais extintores hoje estão fora do mercado,
uma vez que os materiais utilizados prejudicam a camada de ozônio.
Espuma
A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de formação. Mais leve
que todos os líquidos inflamáveis é utilizada para extinguir incêndios por _____________ e, por
conter água, possui uma ação secundária de resfriamento.
Capacidade 10 litros
Unidade extintora 10 litros
Aplicação Incêndio de classe ―A‖
Alcance do jato Até 10 metros
Tempo de descarga 60 segundos
Funcionamento: a pressão interna expele a água quando o gatilho é acionado.
Capacidade 10 a 20 litros
Aplicação Incêndio de classe ―A‖
Tempo de descarga e alcance Conforme o operador
Funcionamento: a pressão é produzida manualmente.
Pressurizado.
Pressão injetada
Capacidade 1, 2, 4, 6, 8 e 12 Kg
Unidade extintora 4 Kg
Aplicação Incêndios classes ―B‖ e ―C‖
Alcance médio do jato 5 metros
Tempo de descarga 15 segundos para extintor de 4 Kg
25 segundos para extintor de 12 Kg
Funcionamento: O pó sob pressão é expelido quando o gatilho é acionado.
Capacidade 4, 6, 8 e 12 Kg
Unidade extintora 4 Kg
Aplicação Incêndios classes ―B‖ e ―C‖
Alcance médio do jato 5 metros
Tempo de descarga 15 segundos para extintor de 4 Kg
25 segundos para extintor de 12 Kg
Funcionamento: Junto ao corpo do extintor há um cilindro de gás comprimido que ao ser aberto
pressuriza o extintor, expelindo o pó quando o gatilho é acionado.
Capacidade 4, 6, 8 e 12 Kg
Unidade extintora 6 Kg
Aplicação Incêndios classes ―B‖ e ―C‖
Alcance do jato 2,5 metros
Tempo de descarga 25 segundos
Funcionamento: O gás é armazenado sob pressão e liberado quando o gatilho é acionado. Segure
pelo punho do difusor, quando da operação, para evitar lesões.
Extintor de espuma
Mecânica (pressurizado).
Mecânica (pressão injetada).
Química.
de água;
de espuma mecânica;
de espuma química;
de pó químico seco;
de gás carbônico.
Manutenção e inspeção
A manutenção começa com o exame _____________ e completo dos extintores e termina com a
correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficiente. É realizada
através de inspeções, onde são verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de
identificação, lacre e selo da ABNT, peso, danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira,
peças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros.
Tipos de inspeções:
Agente Extintor
Incêndio
Água PQS CO² Halon Espuma Espuma
Química Mecânica
Classe ―A‖ Eficiente Pouco Pouco eficiente Pouco eficiente Pouco Pouco
eficiente eficiente eficiente
Classe ―B‖ Não Eficiente Eficiente Eficiente Eficiente Eficiente
Classe ―C‖ Não Eficiente* Eficiente Eficiente Não Não
Classe ―D‖ Não PQS** Não Não Não Não
Unidade 10 l 4 Kg 6 KG 2 Kg*** 10 l 9l
Extintora
Alcance 10 m 5m 2,5 m 3,5 m 7,5 m 5m
médio do jato
Tempo de 60 s 15 s 25 s 15 s 60 s 60 s
descarga
Método de Resfriamento Quebra da Abafamento e Químico e Abafamento Abafamento
extinção reação em resfriamento abafamento e resfriamento e resfriamento
cadeia e
abafamento
OBSERVAÇÕES:
* O uso de PQS não é indicado em equipamentos com componentes sensíveis.
** Para incêndio classe ―D‖ use somente PQS especial.
*** Unidade extintora especificada pelo CB.
Mangueiras de incêndio
As mangueiras podem ser de fibras naturais ou fibras sintéticas. As fibras vegetais são
oriundas de vegetais (algodão, cânhamo, linho). As sintéticas são fabricadas na indústria a partir
de substâncias químicas.
As fibras sintéticas apresentam diversas vantagens sobre as naturais, tai como: peso
reduzido, maior resistência à pressão, ausência de fungos, manutenção mais fácil, baixa absorção
da água. Pelos motivos citados são as mais utilizadas pelo Corpo de Bombeiros.
- Quanto ao diâmetro
Juntas de união: São peças metálicas, fixadas nas extremidades das mangueiras, que
servem para unir lances entre si ou ligá-los a outros equipamentos hidráulicos.
O Corpo de Bombeiros de SC, adota como padrão as juntas de união de engate rápido
tipo Storz.
Juntas
Acondicionamento de Mangueiras
Espiral
Aduchada
Ziz e Zag
Acessórios Hidráulicos
Adaptação: Peça metálica que permite a conexão do equipamento hidráulico com a junta
de rosca, com outro equipamento hidráulico com junta de união tipo engate rápido.
Coletor: Peça que se destina a conduzir para uma só linha, água proveniente de duas ou
mais linhas.
Derivante: Peça metálica destinada a dividir uma linha de mangueira em outra de
diâmetro inferior.
Redução: Peça usada para transformar uma linha ( ou expedição ) em outra de maior
diâmetro.
Tampão: Os tampões destinam-se a vedar as expedições desprovidas de registro que
estejam em uso, e a proteger as extremidades das uniões contra eventuais golpes que possam
danificá-las.
Equipamentos
Ferramentas
Guarnição completa
Nº Função Sigla
1 Chefe da Linha da Direita CLD
2 Chefe da linha da Esquerda CLE
3 Auxiliar da Linha da Direita ALD
4 Auxiliar da Linha da Esquerda ALE
5 Comandante da Guarnição CMT GU
6 Operador e condutor da Viatura OCV
Guarnição reduzida
A guarnição reduzida, nos locais onde não tiver combatentes para formar a guarnição
completa, disporá apenas de __________ combatentes:
Nº Função Sigla
1 Chefe de Linha e Comandante CLC
2 Auxiliar de Linha ALI
3 Operador e Condutor de Viatura OCV
Comando
Toda ocorrência de incêndio requer uma avaliação inicial e uma organização de tarefas
para seu sucesso. Por isso, toda guarnição terá um ___________. Caberá a este avaliar a cena da
ocorrência, gerenciar os riscos e traçar estratégias para um combate eficaz e seguro.
Como consequência disso, cabe ao comandante da guarnição distribuir as funções de cada
componente da guarnição, de acordo com sua experiência, ______________________ e
especialidade. Para definir o que cada um deverá fazer na ocorrência, o comandante, após avaliar
a situação reunirá sua guarnição e determinará suas ações.
Sugere-se, que no início do serviço, cada comandante de guarnição faça um simulado dos
procedimentos de armar estabelecimentos para condicionar cada qual em sua função. Tão logo a
guarnição chegue ao local da ocorrência, cada integrante deverá ter sua função previamente
definida e se posicionará de acordo com o especificado nos esquema 1 ou 2, dependendo do
caso. O comandante fará uma avaliação inicial da cena do incêndio e repassará as orientações e
dará o comando de como proceder, da seguinte forma:
―Atenção Guarnição:
Armar um estabelecimento com um lance de mangueira na adutora;
Com duas linhas de ataque de dois lances de mangueira cada uma;
Linha da direita ataca em tal ponto;
Linha da esquerda ataca em tal ponto;
Bomba armar.”
Linhas de mangueiras
Linha Adutora
Linha de Ataque
É o conjunto de mangueiras utilizado no combate direto ao fogo, isto é, a linha que tem
um esguicho numa das extremidades. Pela facilidade de manobra, utiliza-se, geralmente,
mangueira de 38mm. A linha de ataque pode conter vários lances de mangueiras.
Linha Direta
Linha Siamesa
Montagem de estabelecimentos
do chefe da linha da direita de forma a dar-lhe sustentação e segurança, bem como auxiliá-lo no
que for necessário.
Auxiliar da linha da esquerda : lançará a linha adutora entregando a ponta da
mangueira ao operador e condutor da viatura. Conectará a linha adutora ao derivante. Buscará no
caminhão uma mangueira de 38 mm (1½ pol), lançará a linha de ataque e entregará a ponta da
mangueira ao chefe da linha da esquerda. Conectará a linha de ataque na linha adutora e se
posicionará atrás do chefe da linha da esquerda de forma a dar-lhe sustentação e segurança, bem
como auxiliá-lo no que for necessário.
Condutor e operador de viatura: posicionará a viatura em local seguro e sinalizará o
local. Providenciará o isolamento do local da ocorrência; conectará a linha adutora ao caminhão
e pressurizará a rede de acordo com a ordem do comandante da guarnição. Operará a bomba de
forma a manter a pressão na rede, bem como informará ao comandante da quantidade de água
utilizada.
Esquema 3 – Montagem de estabelecimento com uma adutora e duas linhas de ataque com
um lance cada linha
localizado junto à calçada, na entrada da edificação (na maioria das vezes) e servirá como linha
adutora para a pressurização da rede interna da edificação.
Muitas vezes a tampa do hidrante de recalque pode estar emperrada e não possibilitar sua
abertura, nem por isso à rede deixará de ter sua utilidade. Pode-se fazer o recalque da rede
utilizando-se o hidrante de parede do primeiro pavimento. Não é aconselhável a utilização das
mangueiras dos abrigos internos, pois estas podem se encontrar danificadas pelo
acondicionamento prolongado. Recomenda-se que a guarnição leve consigo um lance de
mangueira de 38 mm e um esguicho.
A linha adutora poderá ser montada por fora da edificação e içada através de um cabo de
salvamento ou ser montada nas escadas de aceso ao interior do prédio. Neste último caso, deverá
a guarnição iniciar a montagem da linha adutora do pavimento térreo e ir subindo com os lances
de mangueira até o local do incêndio. Tal procedimento é extremamente cansativo e moroso, o
que acaba retardando as ações de combate. Para facilitar essas ações é importante que no interior
das viaturas existam lances de mangueira acondicionadas na forma zig-zag, pois facilita o
lançamento em espaço reduzido.
Convém salientar que em edificações, o combatente deverá fazer uso de todo
equipamento de proteção individual disponível (bota, calça, jaqueta, balaclava, capacete, luva),
bem como do equipamento de proteção respiratória.
Chave Inglesa: Substitui, em certos casos, as chaves de boca fixa. Ê utilizada para
apertar ou desapertar parafusos e porcas com cabeças de tamanhos diferentes, pois sua boca é
regulável.
Corta-a-Frio: Ferramenta para cortar telas, correntes, cadeados e outras peças metálicas.
Croque: É constituído de uma haste, normalmente de madeira ou plástico rígido, tendo
na sua extremidade uma peça metálica com uma ponta e uma fisga.
Cunha Hidráulica: Equipamento composto por duas sapatas expansíveis formando uma
cunha, que abre e fecha hidraulicamente. Presta-se a afastar certos obstáculos.
Eletro-corte: Aparelho destinado ao corte de chapas metálicas.
Machado: Ferramenta composta de uma cunha de ferro cortante fixada em um cabo de
madeira, podendo ter na outra extremidade formato de ferramentas diversas.
Malho: Ferramenta similar a um martelo de grande tamanho, empregado no trabalho de
arrombamento.
Martelete Hidráulico e Pneumático: Ferramenta que serve para cortar ou perfurar
metais e cortar, perfurar ou triturar alvenaria.
Martelo: Ferramenta de ferro, geralmente com um cabo de madeira, que se destina a
causar impacto onde for necessário.
Motor de Bombeamento de Óleo Hidráulico: Aparelho destinado à compressão do óleo
hidráulico, para o funcionamento das ferramentas de corte, alargamento e extensão.
Moto-Abrasivo: Aparelho com motor que, mediante fricção, produz cortes em materiais
metálicos e em alvenarias.
Oxicorte: Aparelho destinado ao corte de barras e chapas metálicas.
Picareta: Ferramenta de aço com duas pontas, sendo uma pontiaguda e a outra achatada.
É adaptada a um cabo de madeira e empregada nos serviços de escavações, demolições e na
abertura de passagem por obstáculo de alvenaria.
Punção: Ferramenta de ferro ou aço. pontiaguda, destinada a furar ou empurrar peças
metálicas, com uso de martelo.
Talhadeira: Ferramenta de ferro ou aço. com ponta achatada, destinada a cortar
alvenaria, com uso de martelo.
CUIDADOS
Alguns cuidados básicos devem ser tomados ao se efetuar uma entrada forçada:
verificar a estabilidade cia edificação ou estrutura antes de entrar;
verificar se portas e janelas encontram-se abertas, antes de forçá-las;
transportar ferramentas com segurança;
identificar atmosfera explosiva. Na dúvida, agir como se fosse;
Avaliação da lição
Fundamentos Técnicos
Objetivos:
Emprego de espuma
Atuação da espuma
Formação da espuma
A espuma pode ser formada por reação _________ ou processo _________, daí as
denominações espuma química ou espuma mecânica.
Espuma química
É formada pela reação do bicarbonato de sódio e sulfato de
alumínio. Devido às desvantagens que apresenta, vem se tornando
obsoleta, uma vez que a espuma mecânica é mais econômica, mais
eficiente e de fácil utilização na proteção e combate ao fogo.
Espuma mecânica
É formada pela mistura de água, líquido gerador de espuma (ou extrato formador de
espuma) e ar.
O líquido gerador de espuma é adicionado à água através de um aparelho
(proporcionador), formando a pré-mistura (água e LGE). Ao passar pelo esguicho, a pré-mistura
sofre batimento e o ar é, dessa forma, a ela acrescentado, formando a espuma. As características
do extrato definirão sua proporção na pré-mistura (de 1% até 6%).
A espuma mecânica é classificada, de acordo com sua taxa de expansão, em
três categorias:
Baixa expansão: quando (um) 1 litro de pré-mistura produz até 20 litros de espuma
(espuma pesada);
Média expansão: quando 1 litro de pré-mistura produz de 20 a 200 litros de espuma
(espuma média);
Alta expansão: quando 1 litro de pré-mistura produz de 200 a 1.000 litros de espuma
(espuma leve).
Proteínico comum
Flúor proteínico: Proteínico resistente a solventes polares:
LGE sintético
Equipamentos
Proporcionador “entrelinhas”
Equipamento colocado numa linha de mangueira para adicionar o L.G.E à água para o
combate a incêndio. O proporcionador ―entrelinhas‖ de espuma dispõe de dispositivo ―venturi‖,
que succiona o LGE e possui válvula dosadora, com graduação variando de 1 a 6%, para ser
usada conforme o tipo de LGE.
Jatos
Jato é o formato dado à água ou outro agente extintor, do esguicho ao ponto desejado.
Através da pressão de operação do esguicho e da sua regulagem, o agente extintor
adquire a forma desejada, que é ainda influenciada pela sua velocidade e pelo seu
volume, pela gravidade e pelo atrito com o ar.
Através da correta aplicação dos jatos, obtêm-se os seguintes resultados:
Resfriamento, pela aplicação de água sobre o material em combustão;
Redução da temperatura atmosférica no ambiente, pela absorção e/ou
Pressão
Pressão é a ação de uma força sobre uma área. Em termos práticos, a pressão é a força
que se aplica na água para esta fluir através de mangueiras, tubulações e esguichos, de uma
extremidade a outra. É importante notar que o fluxo em si não caracteriza a pressão, pois se a
outra extremidade do tubo estiver fechada por uma tampa, a água estará ―empurrando‖ a tampa,
apesar de não estar fluindo.
Perda de carga
A água ____________ tende a se distribuir em todas as direções, como quando se enche
uma bexiga de borracha com ar. Contudo, as paredes internas de mangueiras, tubulações,
esguichos, etc., impedem a expansão da água em todas as direções, conduzindo-a numa única
direção. Ao evitar a expansão da água, direcionando-a, as paredes absorvem parte da força
aplicada na água, ―roubando‖ energia. Isto explica por que a força aplicada diminui de
intensidade à medida que a água vai caminhando pelas tubulações. A isto chamamos perda de
carga. A força da gravidade é um outro fator que acarreta perda de carga.
Golpe de aríete
Quando o fluxo de água, através de uma tubulação ou mangueira, é _____________ de
súbito, surge uma força resultante que é chamada ―golpe de aríete”. A súbita interrupção do
fluxo determina a mudança de sentido da pressão (da bomba ao esguicho, para do esguicho à
bomba), sendo esta instantaneamente multiplicada. Esse excesso de pressão causa danos aos
equipamentos hidráulicos e às bombas de incêndio. Os esguichos, hidrantes, válvulas e
estranguladores de mangueira devem ser fechados lentamente, de forma a prevenir e evitar o
golpe de aríete.
Tipos de jatos
No Serviço de combate a incêndio, depara-se com situações das mais diversas, cada qual
exigindo a ferramenta adequada para se efetuar um combate apropriado. Sob este ponto de vista,
os jatos são considerados ―ferramentas‖ e, como tal, haverá um jato para cada propósito que se
queira atingir.
Os seguintes tipos de jatos são utilizados nos serviços de combate a incêndio:
__________________;
__________________;
__________________.
Jato contínuo
Como o próprio nome diz, é o jato em que a água toma uma forma contínua, não
ocorrendo sua fragmentação. É utilizado quando se deseja maior alcance e penetração.
Jato chuveiro
Neste tipo de jato, a água fragmenta-se em grandes gotas. É
usado quando se pretende pouco alcance. A fragmentação da água
permite absorver maior quantidade de calor que o jato contínuo. Nos
ataques direto e indireto, o jato chuveiro atinge uma área maior do
incêndio, possibilitando um controle eficaz.
Jato neblina
Em virtude desta fragmentação, a água se vaporiza mais rapidamente que nos jatos
contínuo e chuveiro, absorvendo o calor com maior rapidez. Na forma de neblina, a água
protegerá com eficiência os combatentes e o material não incendiado da irradiação do calor.
Esguicho
Tipos de esguicho
Para produzir o jato desejado, utilizam-se esguichos apropriados. Para isso o combatente
deve conhecer as características de cada esguicho:
Esguichos especiais
Alguns tipos de esguichos são empregados em situações especiais e, devido a isto,
recebem este nome:
Esguicho porão: esguicho próprio para extinguir incêndios em pavimentos inferiores de
difícil acesso. Produz jato chuveiro.
Esguicho pistola: esguicho próprio para aplicação de água sob alta pressão e pouca
vazão. Tem este nome devido ao formato do esguicho. Este tipo de esguicho produz jato
contínuo e jato chuveiro.
Vantagens da ventilação
Sem ventilação a
Visualização é muito difícil
Tendo melhor visualização do ambiente o combatente
penetrará com maior segurança e com mais rapidez, facilitando
ainda a localização de possíveis vítimas.
Retirada de calor
Neste tipo de ventilação podemos dizer que apenas são retiradas as obstruções que
impedem o fluxo normal dos produtos da combustão.
A ventilação pode ser feita, ainda, através da conjugação dos dois métodos (vertical e
horizontal), sendo então chamado de método ―misto‖.
Procedimento tático que consiste em ventilação forçada de setores ainda não atingidos
pelo fogo, servindo como proteção preventiva à propagação do incêndio e a circulação de
fumaça e gases aquecidos, mantendo, assim, o ambiente em condições de salubridade.
Procedimentos
1° - Abre-se o ponto mais alto para a saída dos produtos da combustão (1m²);
2° - Em seguida, abre-se lentamente, o ponto mais baixo para a entrada de ar fresco, cuidando
para que esta abertura não seja maior que a abertura para a saída dos produtos da combustão. O
ar fresco que adentrará por esse ponto inferior, por possuir menor temperatura que os produtos
da combustão, depositar-se-á nas partes mais baixas do ambiente, expulsando os produtos da
combustão que estarão concentrados nas partes mais elevadas.
3° - Após a abertura para a entrada de ar fresco, caso a ventilação natural não seja suficiente,
deverá ser utilizada a ventilação forçada de pressão positiva, direcionando o jato de ar de forma a
auxiliar na expulsão da fumaça e dos gases aquecidos;
4° - Após esses procedimentos, observa-se o ambiente até que as chamas possam ser visualizadas
ou até que o ambiente esteja mais limpo, adentrando a edificação para o combate ao incêndio.
- Outros combatentes deverão estar posicionados com mangueiras prontas para agir se
necessário, em proteção ao combatente que irá executar a abertura;
- Todos os combatentes envolvidos deverão estar equipados com EPI (equipamento de proteção
individual), sendo que o combatente que irá executar a abertura deverá portar também EPR
(equipamento de proteção respiratória).
Para a execução da ventilação natural horizontal, poderá ser usada uma porta como ponto
de entrada de ar. Contudo, não se poderá prescindir de uma abertura executada de forma lenta e
menor que a abertura para a saída dos produtos da combustão.
Procedimentos
1° - Efetuar a abertura no teto sobre o foco do fogo, permitindo
melhor e direto escoamento do fluxo dos produtos da combustão para
o ambiente externo. A abertura sobre o ponto do foco do fogo evitará
que os produtos da combustão, ao deslocarem-se para a abertura
efetuada, atinjam partes do ambiente onde o incêndio ainda não era
intenso, ocasionando maior propagação e danos consequentes. O foco
do incêndio estará sob o ponto mais quente do teto.
2° - Em seguida, abre-se lentamente, o ponto mais baixo para a entrada de ar fresco, cuidando
para que esta abertura não seja maior que a abertura para a saída dos produtos da combustão. O
ar fresco que adentrará por esse ponto inferior, por possuir menor temperatura que os produtos
da combustão, depositar-se-á nas partes mais baixas do ambiente, expulsando os produtos da
combustão que estarão concentrados nas partes mais elevadas.
3° - Após a abertura para a entrada de ar fresco, caso a ventilação natural não seja suficiente,
deverá ser utilizada a ventilação forçada de pressão positiva, direcionando o jato de ar de forma a
auxiliar na expulsão da fumaça e dos gases aquecidos;
4° - Após esses procedimentos, observa-se o ambiente até que as chamas possam ser visualizadas
ou até que o ambiente esteja mais limpo, adentrando a edificação para o combate ao incêndio.
Caso seja necessário que o combatente suba na cobertura da edificação, ou se posicione em local
de risco, observar que:
- Outros combatentes deverão estar posicionados com mangueiras prontas para agir se
necessário, em proteção ao combatente que irá executar a abertura;
- Todos os combatentes envolvidos deverão estar equipados com EPI (equipamento de proteção
individual), sendo que o combatente que irá executar a abertura deverá portar também EPR
(equipamento de proteção respiratória).
E.P.I.
Devido à exposição do combatente a situações extremas (altas temperaturas, fumaça,
gases tóxicos e outros) é obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual, tais
equipamentos minimizam os riscos enfrentados. O mínimo necessário para proteção pode ser
relacionado da seguinte maneira:
Reconhecimento da cena
Segurança da cena
A busca por vítimas pode ser dividida em 4 atividades de localização, a busca primária,
busca secundária, busca rápida e intervenção. Uma busca primária iniciada após a chegada não é
possível em todos os casos.
A busca primária
A busca secundária
A busca rápida
Fatores críticos
O estágio do incêndio;
As vítimas do incêndio – número, localização e condição;
O efeito do fogo nas vítimas;
Capacidade das guarnições para entrar no prédio, remover e
proteger as vítimas e controlar o fogo.
Proteção à vida é a razão mais urgente para o CO buscar recursos adicionais. Ele deve,
então, desenvolver uma noção realista e pessimista da operação de resgate, no sentido de prever
sempre os piores resultados, o mais cedo possível e dividir recursos para o problema de proteção
à vida.
O Estágio do Incêndio
Vítimas de incêndio
Determinar o número, a localização e a condição das vítimas não é uma tarefa fácil. Há
uma inclinação para as guarnições que chegam a perguntarem para os espectadores, ―alguém
saiu?‖ O problema na pergunta é a confiança na resposta. O local sinistrado rapidamente se
tornará confuso e caótico, particularmente durante os estágios iniciais do incêndio e isso tornará
a retirada de todas as pessoas um desafio.
Operações de Resgate
A ordem do resgate
Em todas as áreas da edificação deve ser feita a busca, visto que a fumaça pode acumular-
se em pontos distantes do foco. Conforme o tipo de edificação, essa operação será organizada de
maneiras distintas Os esforços de resgate devem der desenvolvidos para as vítimas na seguinte
ordem:
A ordem do resgate dá uma estrutura para as atividades iniciais de resgate e avaliação
dos recursos necessários, baseados nas necessidades potenciais do resgate. Contudo, muito
embora isto seja visível e prático para os combatentes, as vítimas de incêndio poderão ter uma
visão diferente da situação. Operações de resgate incluem providenciar segurança para as vítimas
e tomar outros passos para reduzir o pânico. O CO deve designar recursos humanos adequados
para administrar todas as vítimas das áreas incendiadas e expostas. Deve-se ter em mente que
certas vítimas graves devem ser removidas com prioridade na ordem do resgate. Elas podem não
estar aptas a se moverem ou permanecerem em uma área segura enquanto esperam assistência.
Técnicas de busca e resgate
1º Pessoas localizadas no andar do incêndio e bem próximas ao fogo (residências);
2º Pessoas próximas da área incendiada, no mesmo andar do fogo;
3º Pessoas localizadas no piso logo acima do andar do incêndio, especialmente aquelas
próximas da área do fogo;
4º Pessoas localizadas no andar mais alto da edificação;
5º Pessoas localizadas entre o andar o incêndio e o último piso;
6º Pessoas localizadas nos andares abaixo do piso incendiado;
Cada situação de resgate requererá uma série de ações diferentes por parte do
combatente. As ações exatas e sua sequência serão determinadas por muitos fatores e
considerações, como:
A seriedade de lesão das vítimas;
Os métodos alternativos disponíveis para o resgate;
O pessoal disponível;
A quantidade de tempo disponível
Os conhecimentos e experiências dos resgatistas.
Retirada de vítimas
Ao localizar a vítima, o combatente deve fazer uma avaliação rápida sobre o seu estado
geral de saúde e dar início à sua retirada, utilizando a técnica mais adequada.
• _______________, se a vítima conseguir andar, procure fazer com que ela se desloque o mais
abaixada possível. Se não for possível, apoie a vítima no ombro.
• _______________, para percurso curto e vítima leve;
• __________________, quando a vítima não tem condições de caminhar e o seu peso é elevado;
• ___________________, um procedimento simples e de fácil execução, as pernas da vítima são
apoiadas nos ombros do combatente que está à frente enquanto os ombros são segurados pelo
combatente que está atrás;
• Com o emprego de uma ___________________________ procedimento ideal para retirada de
vítimas gravemente feridas, pessoas idosas e obesas. O transporte é feito por dois combatentes,
diminuindo o esforço e desgaste físico, bem como o agravamento de lesões da vítima.
• Descendo vítima pela ____________________ posiciona-se a escada alinhada com a moldura
inferior da janela. Um combatente auxilia a passagem da vítima para o outro, que fará a descida
Considerações gerais
Primeiramente, a equipe de resgate deverá marcar a porta de entrada para sinalizar o local
da busca. Para isso, utilizando um pedaço de giz, um dos resgatistas faz uma reta diagonal, de
cima para baixo, da direita para a esquerda. A presença desta marcação indicará a outros
resgatistas que existe uma equipe no interior do cômodo. Depois a equipe de resgate deverá
adentrar ao local da busca para tentar localizar as vítimas. Tal busca deve ser iniciada em sentido
horário, de forma a ser mantida uma sequência lógica de ações e não se perder no interior da
edificação.
O resgatista deve procurar adentrar ao ambiente utilizando uma porta que se dê
diretamente ao exterior, sempre que possível, pois isto pode permitir que o ambiente fosse
ventilado (quando a ventilação não propague o fogo). Em seguida o resgatista deverá tatear com
as mãos ou utilizando ferramentas para determinar a presença de vítimas deitadas próximas às
portas ou janelas. As portas devem ser abertas com muito cuidado, pois podem haver vítimas
caídas atrás das mesmas. Lentamente as portas devem ser empurradas, e verificado atrás destas.
Todo o ambiente dever ser vasculhado em seu perímetro e em seu interior. Os móveis devem ser
movidos, pesquisando-se atrás e debaixo dos mesmos. Os armários devem ser abertos e
verificados em seu interior. Deve-se atentar para o interior banheiras, debaixo das camas.
A busca quando realizada com baixa visibilidade deve ser feita agachada, tateando-se
pelo chão e paredes. Deve-se terminar um cômodo antes de se passar para outro. Na saída do
cômodo deverá ser providenciada uma marcação na mesma porta na qual foi adentrado ao
ambiente, completando a marcação na forma de um “X”. O resgatista poderá ainda sinalizar que
efetuou buscas no interior de um ambiente posicionando colchões perpendiculares a cama e
deixando portas de armários abertas, mas as portas do ambiente deverão ser fechadas de forma
que o incêndio não se propague. O resgatista deverá manter a calma e em caso de perder seu
sentido de
direção, deve seguir tateando pela parede pois esta guiará até a localização da saída. Caso seja
encontrada uma mangueira, esta deve ser usada como referência para se achar a saída para o
exterior. A busca deverá, sempre que possível, ser efetuada por no mínimo dois combatentes e
estes devem estar com todos os equipamentos de proteção individual e respiratória disponíveis.
Antes de adentrar a edificação os resgatistas deve localizar possíveis saídas alternativas. Ao
adentrar, a visibilidade será pequena ou nenhuma. Se não puder ver seus pés, a busca deverá ser
feita agachado.
As portas devem ser abertas com cuidado. Verificar com as costas das mãos, sem as luvas, se
estas estão aquecidas. O resgatista não deve permanecer em frente à porta antes de abri-la. Caso
a porta seja aberta e haja fogo no ambiente, poderá ocorrer uma explosão ambiental (backdraft).
Ao finalizar a busca em todo o interior da edificação sinistrada, o mais antigo reportará a
informação ao CO com a seguinte expressão ―TUDO LIMPO”. Isso significará que a busca
primária terminou e não foram encontradas pessoas em perigo no interior da edificação pela
equipe de resgate. As vítimas localizadas deverão ser conduzidas para o exterior da edificação
com todo cuidado, utilizando as técnicas de transporte de pessoas. Recomenda-se, também, que a
equipe ao adentrar na edificação faça uso de um cabo guia, cujos sinais devem ser
convencionados pela Guarnição de serviço, antes da entrada no ambiente. É imprescindível que a
equipe disponha de ferramentas de arrombamento, rádio comunicação e seja treinada
constantemente.
Objetivos:
A água é o agente extintor mais eficaz para o resfriamento. A explicação de água será
bem-sucedida se a quantidade utilizada for suficiente para resfriar o combustível que está
queimando para temperaturas que o conduzam abaixo do ponto de combustão.
Ataque direto
O mais eficiente uso de água em incêndio em queima livre
é o ataque direto. O combatente deve estar próximo ao incêndio,
utilizando jato contínuo ou chuveiro (30º ou menos), sempre
concentrando o ataque para a base do fogo, até extingui-lo. Não
jogar mais água que o necessário para a extinção, isto é, quando
não houver mais chamas.
Em locais com pouca ou nenhuma ventilação, o combatente deve usar jatos intermitentes
e curtos até a extinção. Os jatos não devem ser empregados por muito tempo, sob pena de
perturbar o balanço térmico.
Ataque Indireto
Este método é chamado de ataque indireto porque o combatente faz a estabilização do
ambiente, usando a propriedade de vaporização da água, sem entrar no ambiente. Deve ser
executado quando o ambiente está confinado e com alta temperatura, com ou sem fogo. É
preciso cuidado porque esta pode ser uma situação propicia para o surgimento de uma explosão
ambiental (backdraft ou flashover).
No ataque indireto, o esguicho será acionado por um período de 20 a 30 segundos, no
máximo. Não poderá haver excesso de água, o que causaria distúrbios no balanço térmico.
Ataque combinado
Para isso, a seleção de linhas e jatos dependerá das necessidades da situação, tais como:
______________________ disponível e o necessário para a extinção;
______________________;
número de pessoas disponíveis para manobrar as linhas;
mobilidade exigida;
______________________.
Obviamente, seria errado escolher uma linha direta de 38 mm, ou ainda o mangotinho,
para atacar um incêndio numa grande ocupação comercial totalmente envolvida pelo fogo. O
ataque não teria o volume nem o alcance necessário. Também é incorreto atacar um dormitório
de residência familiar com uma linha de 63 mm, descarregando 940 litros por minuto, ou armar
essa mesma linha não havendo reserva d´água (hidrante público) disponível.
Boil Over:
Slop Over:
Bleve:
De fácil combustão, o GLP é incolor e inodoro, mas, por motivo de segurança, uma
substância do grupo MERCAPTAN é adicionada para a identificação de vazamentos,
produzindo um cheiro especifico.
O GLP no estado gasoso é mais pesado que o ar (1.5 vezes) e mais leve que a água, por
isso, concentra-se nos local mais baixo (ralos, valos, canaletas, etc.) e mantém-se sobre a
superfície de um recipiente contendo água.
Sua faixa de explosividade ou inflamabilidade, ou seja sua concentração no ambiente,
será fundamental para a ocorrência da combustão. Essa faixa varia de 2 a 9% aproximadamente,
de GLP em um determinado volume de ar. Em concentrações inferiores a 2% ou superiores a
9%, o mesmo em contato com uma fonte externa de ignição, o GLP não entrará em combustão.
Diante do exposto fica evidenciado a necessidade de uma eficaz e correta ventilação, a
fim de não proporcionar que um possível vazamento de GLP atinja as concentrações favoráveis á
combustão (explosão).
Este tipo de incêndio pode ser extinto após o corte da energia elétrica, tornando-se classe
―A‖ ou ―B‖. Deve-se utilizar agentes extintores não condutores, como PQS, CO2 e Halon. Não
se deve utilizar extintores de água ou espuma, devido ao perigo de choque elétrico Pode ser
utilizada a água através de mangueiras, conforme tabela abaixo:
Porém, a água contém impurezas que a tornam condutora, sendo que se deve considerar
todos os riscos do combatente levar um choque elétrico.
O comandante da ação determinará o uso de água através de linhas de mangueira,
considerando os seguintes fatores:
Determinação da voltagem da corrente;
Distância entre o esguicho e o material energizado;
Isolamento elétrico oferecido ao BM.
Deve-se preferencialmente, utilizar jato neblinado, pois a água nebulizada não conduz
corrente elétrica, por ser constituída de partículas não contínuas. Também, deve-se optar pela
utilização do esguicho canhão, quando possível.
Tipos:
Fogo em equipamentos isolados em subestação (SE);
Fogo generalizado em SE;
Incêndio nas vizinhanças da SE;
Queda de linha da alta tensão energizado da casa, automóvel ou estradas;
Pessoas vítimas de acidentes em SE e que se encontram presas no material energizado;
Incêndio em residências sob linhas de alta tensão.
A decisão do comandante do combate ao fogo não deve ser tomada sem a definição do
responsável técnico ou operador.
Características do incêndio:
Dica: Cuidado na instalação de indústrias nas cidades onde o BM atua, solicitar que a edificação
tenha o agente extintor adequado.
Incêndios e emergências em ambientes fechados
É o incêndio ou salvamento que ocorre em locais de pouca ou nenhuma ventilação.
Características:
Ocorre em subsolos, depósitos, garagens, residências, escritórios ou outras dependências;
______________________, excesso de vapores e gases tóxicos e/ou inflamáveis;
Espaço limitado para entrada e saída;
Riscos de ____________________________ e instabilidade de estoques de material;
Presença de estruturas metálicas aquecidas pelo fogo;
Presença de eletricidade
Meio de segurança:
______________________: Para cada equipe que entra na edificação deve haver uma do
lado de fora para a segurança. A comunicação deve existir entre os dois lados, sempre com
resposta. Do lado de fora da edificação deverá existir uma guarnição de segurança, composta por
dois combatentes com EPI e EPR, sob a supervisão do Cmt da operação. Obrigatoriamente deve
existir um BM responsável pela operação no interior da edificação
Os combatentes no interior da edificação não devem hesitar em sair da edificação no
primeiro sinal de um colapso da estrutura. Devem ter pleno conhecimento da quantidade de ar
para o retorno (50 BAR).
Segurança na Extinção
Durante o atendimento de ocorrências os combatentes devem sempre ter preocupação
constante com a sua segurança e a segurança dos próprios companheiros. Considerando que os
combatentes trabalham em situações de risco, deve-se sempre tratar de superá-las com atos
seguro.
Conceito: Produto perigoso é todo agente com a propriedade de provocar algum tipo
de dano as pessoas, as propriedades ou ao meio ambiente.
Os agentes que podem provocar algum tipo de dano às pessoas, as propriedades ou
ao meio ambiente são classificadas em:
Agentes biológicos;
Agentes radiológicos; e
Agentes químicos.
Agentes biológicos:
Agentes radiológicos:
Definição: Corpos que emitem radiações ionizantes que
podem provocar lesões, enfermidades ou a morte nos indivíduos a
eles expostos.
Exemplos: materiais radioativos utilizados nas indústrias
(químicas, petroquímicas, de papel, de plásticos), na medicina
(hospitais e laboratórios), etc.
Agentes químicos:
Definição: Elementos ou compostos que de acordo com suas
características (perigos tóxicos, da corrosão, perigos mecânicos provocados
por explosões, perigos térmicos da combustibilidade e outros) podem provocar
lesões, enfermidades ou a morte nos indivíduos vivos a eles expostos e, danos
a propriedades ou ao meio ambiente.
Exemplos: Ácidos e Bases
Perigos biológicos
Existem várias categorias de agentes biológicos capazes de causar infecções ou
enfermidades nos indivíduos a eles expostos. Esses agentes podem ser vírus, bactérias, fungos ou
parasitas. Estes tipos de agentes podem estar presentes em depósitos de produtos perigosos ou
em derrames de resíduos. Os agentes biológicos podem se dispersar através do meio ambiente
por meio dos ventos e da água
Perigos radiológicos
As radiações ionizantes são emitidas por materiais artificialmente ou naturalmente
radioativos, ou então, por máquinas que só emitem essas radiações quando em operações
específicas para esse objetivo (exemplo: aparelhos de raios X, reatores nucleares, etc.). A
radiação não possui propriedades de advertência (cheiros característicos, irritações). A ionização
pode alterar a função celular produzindo disfunções ou até a morte celular.
Perigos químicos
Os perigos químicos classificam-se em numerosos grupos. É fundamental que os
profissionais de primeira resposta conheçam os fundamentos de cada um deles e suas relações,
de maneira que possam atuar reduzindo riscos e trabalhando em operações seguras e efetivas.
Térmicos
Combustibilidade: Propriedade de um determinado material para atuar como combustível. Os
materiais que podem se inflamar rapidamente e manter o fogo são considerados combustíveis,
enquanto que aqueles que não possuem tal característica são chamados incombustíveis. Para se
iniciar uma ignição são necessários quatro elementos: combustível (agente redutor), temperatura,
agente oxidante e reação em cadeia sem limitações.
uma chama. É necessário possuir uma relação apropriada entre combustível e ar para que a
combustão prossiga. Essa relação é expressa em percentagem de combustível no ar.
Mecânicos
Explosivos são substâncias que sofrem uma transformação química muito rápida,
produzindo grandes quantidades de gases e calor. Os gases produzidos se expandem rapidamente
e isto origina tanto ondas de choque como intenso ruído. Os perigos mecânicos relacionados com
explosões podem produzir destruição física pelas ondas de choque, grande calor, lançamento de
fragmentos, liberação de compostos no meio ambiente circundante ao local do evento e início de
incêndios.
Tóxicos
Os tóxicos causam efeitos locais ou sistêmicos no organismo humano. Os tipos de
perigos tóxicos podem ser categorizados pelos seus efeitos fisiológicos no organismo, tais como:
asfixia, irritação alérgica, envenenamento de sistemas, mutagênese, teratogênese, etc. A
probabilidade de que o organismo sofra estes efeitos depende não somente da toxicidade inerente
ao próprio produto (medida por sua dose letal) como também pela magnitude da exposição
(aguda/crônica) e a rota da exposição.
As Vias de exposição são os caminhos ou meios através dos quais uma substância
ingressa no Corpo humano. Para este Curso, vamos considerar que existem três vias: Absorção,
Inalação e Ingestão.
Classes risco
1. EXPLOSIVOS
2. GASES
3. LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
4. SÓLIDOS INFLAMÁVEIS
5. SUBSTÂCIAS OXIDANTES
6. SUBSTÂNCIAS TÓXICAS
7. SUBSTÂNCIAS RADIOTIVOS
8. SUBSTÂNCIAS CORROSIVOS
9. SUBSTÂNCIAS PERIGOS DIVERSOS
encontram-se os produtos, sejam eles fixos ou de transporte, quer por meio da observação de
marcas, cores, características de ocupação e localização.
1 – Número da ONU
Painel de Segurança
Número de Risco
Número da ONU
2 - Número de Risco
3– Rótulo de Risco
3 = INFLAMÁVEL;
33 = MUITO INFLAMÁVEL;
333 = ALTAMENTE INFLAMÁVEL.
Observações:
Atenção
Se você não conseguir identificar nem o número da ONU, nem o nome do produto
perigoso, utilize a Guia de Emergência nº 111, que é a guia indicada para produtos perigosos em
geral. Depois procure obter informações mais detalhadas sobre o produto o mais rápido possível.
Objetivos:
Introdução
Operações ofensivas
Durante uma operação ofensiva (também chamada de ataque interno ou ataque direto) as
condições do incêndio permitem a realização de um ataque interior, rápido ou cauteloso. Em
geral, essas ações são desenvolvidas de um modo agressivo e objetivam a rápida extinção do
incêndio no interior da edificação.
1 2 3 4 5
Operações defensivas
Operações marginais
6 7 8 9 10
O Resgate
O controle do incêndio
Consiste nas ações destinadas especificamente ao controle do incêndio, sendo tais ações o
isolamento, o confinamento, a extinção, as ações de apoio e suporte (entradas forçadas,
ventilação, iluminação, gerenciamento de riscos e abertura de acessos).
Isolamento
O controle do incêndio sempre se inicia pelo isolamento da área sinistrada. A operação de
isolamento nada mais é do que uma ação de impedimento da propagação do fogo que poderá
dirigir-se para além da edificação de onde se originou. A proteção das edificações e estruturas
vizinhas ao local do sinistro deverá ser sempre considerada como principal objetivo em situações
de combate ao fogo do tipo defensivo.
Confinamento
O confinamento de um incêndio em sua área de origem é uma ação tática (operacional)
que consiste em impedir a progressão, horizontal ou vertical, do fogo e do calor para ambientes
ainda não expostos (atingidos). Podemos dizer que um incêndio está confinado quando foi
reduzido a uma área onde possa ser controlado pelos combatentes.
Extinção
São as ações necessárias para o ataque e a extinção propriamente dita do incêndio. O
êxito dessas operações depende do tipo de material combustível, da localização do incêndio, do
grau de dificuldade e da capacidade de resposta das equipes de combate ao fogo.
Entradas forçadas
São as ações realizadas pelos combatentes que se deparam com barreiras que impedem
seu acesso à área do incêndio. O grau de dificuldade dessas atividades está diretamente
relacionado com o tipo de obstáculo encontrado diante dos acessos primários, tais como portas,
janelas, sacadas, etc.
Ventilação
É a principal ação tática de proteção que visa substituir a atmosfera quente e contaminada
existente nos ambientes fechados do local sinistrado. A ventilação nada mais é do que a extração
planejada e sistemática de calor, fumaça e gases do incêndio da edificação. Esta é uma ação de
suporte que facilita o trabalho dos combatentes durante os serviços de confinamento e extinção
do fogo.
Iluminação
São as ações realizadas pelos combatentes para garantir a visibilidade no local do
incêndio, pois nessas ocorrências são comuns os colapsos no fornecimento de energia elétrica
produzidos pelo próprio sinistro, pelo horário, ou determinados pelo Cmt de Gu para garantir a
segurança durante os trabalhos de combate ao fogo.
Gerenciamento de riscos
Incluem as ações de corte da energia elétrica e fechamento dos registros de gás.
Recomenda-se o corte da energia localizado, ou seja, devemos evitar ao máximo, cortar
totalmente a energia elétrica de uma edificação vertical ou grande local de incêndio, e sim,
restringir o corte da energia apenas à área sinistrada. O fechamento do gás segue as mesmas
regras, ou seja, deve ser feito localizado (só no apartamento ou só no andar do incêndio). O corte
no registro geral (central de gás) poderá gerar problemas futuros gerando vazamentos nos
queimadores dos fogões que estavam acessos na hora do corte e que permaneceram abertos.
Abertura de acessos
São as ações instituídas para garantir um acesso que permita a
aplicação de água sobre um foco de incêndio oculto. Se os espaços
vazios não forem abertos e observados, o fogo poderá propagar-se
comprometendo partes importantes da estrutura da edificação. Esses
trabalhos implicam na derrubada de paredes, forros, tetos falsos,
abertura de pisos, tudo para permitir o ataque de um fogo oculto.
Na abertura de portas faça-o com cuidado, verifique a sua temperatura com um toque das
mãos. Não fique em pé ou defronte a uma porta, mantenha-se lateralmente a ela e abra agachado.
Se houver fogo no compartimento, o calor e os produtos da combustão passarão por cima de
você. Utilize as portas que abrem em sua direção como um ―escudo‖, pois tal ação visa
resguardar os combatentes dos fenômenos ―Backdraf e Flashover‖. Disponha sempre de uma
linha de proteção para adentrar em compartimentos em chamas.
Conservação da propriedade
Deverá iniciar-se tão cedo quanto possível para evitar danos adicionais à estrutura
sinistrada. Essas ações visam diminuir os danos causados pelo fogo, pela água e pela fumaça,
durante e depois do combate ao incêndio e, de forma geral, compreendem atividades de
escoamento de água, transporte e cobertura de objetos e ações de proteção de salvados em geral.
Revisão geral
As operações de revisão são necessárias para extinguir completamente o incêndio, deixar
a estrutura sinistrada em uma condição segura e ajudar a determinar as possíveis causas do
incêndio. É importante que ações de rescaldo não se iniciem antes de completadas as
investigações para a determinação da causa do sinistro, ou caso iniciarem, deve-se alterar o
cenário o mínimo possível.
Ataque direto
Ataque indireto
Ataque combinado
Forma de ataque ainda empregada para combater incêndios
confinados, sem risco de explosão ambiental, mas com superaquecimento do
ambiente. A técnica baseia-se no emprego simultâneo das duas técnicas
anteriores, ou seja, o uso da produção de vapor combinado com o ataque
direto.
Incêndios Florestal
A destruição das matas por incêndio além de causar danos materiais, prejudica o sistema
ecológico e o clima. Geralmente os incêndios ocorrem pela ação humana de forma inadvertida
ou dolosa, provoca à devastação da natureza, aliadas a ação do homem, as situações
meteorológicas adversas também contribuem para a ocorrência de incêndios, principalmente no
período de julho a outubro, devido à estiagem e as geadas.
Combustíveis:
São divididos em leves, pesados e verdes, também podem ser classificados conforme suas
respectivas localizações:
Combustível ________________: Húmus, raízes e solo;
Combustíveis _______ (queima rápida) – Grama seca, folhas mortas, arbustos e gravetos;
Combustíveis ___________ (queima lenta) – Troncos e galhos;
Combustíveis _________ – É a vegetação em crescimento. Ex: Vegetais como eucalipto,
pinheiro e cedro.
Incêndio aéreo: Quando a queima de combustíveis está acima do solo, como galhos,
folhas, musgos, etc. Este tipo de incêndio ocorre geralmente em dias muito vento e baixa
umidade relativa do ar, é conhecido também por incêndio de copas.
Incêndio total – Quando teremos todas as formas de incêndio.
Ataque Direto – Combater diretamente as chamas no perímetro do incêndio. Para este
combate utilizam-se ferramentas agrícolas, abafadores e bombas costais. Dependendo do acesso
e fonte de abastecimento, pode se utilizar moto-bomba e viaturas de incêndio. É usado quando o
fogo não é muito violento, permitindo que os combatentes se aproximem da linha de fogo.
Abafador – Podem ser de ramos verdes e tiras de mangueiras.
Bomba Costal – Possui normalmente reservatório de 20 litros de água e esguicho.
Ferramentas Agrícolas – (Enxada, enxadão, etc.).
Ataque aéreo – Feito por avião com tanques especiais ou com helicópteros com bolsa de
água.
Ataque indireto – Combater o fogo a uma distância do seu perímetro. Método utilizado
quando o fogo é de grande intensidade ou se move rapidamente. Neste método de combate, faz-
se o aceiro ou se utiliza de uma barreira natural, e, a partir da linha construída faz-se o fogo de
encontro. O aceiro visa extinguir o incêndio pela retirada do material e deve ser suficientemente
largo para evitar que o fogo se propague para outro lado. Aceiros mais largos que o necessário ,
porém, significam desperdício de tempo e esforços que podem ser vitais em outras frentes. O
aceiro é composto de duas áreas: raspada e tombada.
Área raspada – Consiste em remover a vegetação até que a terra viva seja exposta.
Utiliza-se ferramentas manuais como enxadas, enxadões e ancinhos ou máquinas como trator pá
ou com rastelo. A vegetação retirada da área raspada que não esteja queimada, deve ser removida
em direção à área a preservar, para mais tarde, evitar uma grande carga de incêndio pela
utilização do fogo de encontro.
Área tombada – Derrubar toda a vegetação em direção ao fogo, visando diminuir o
tamanho das chamas, evitando assim que eles ultrapassem a área raspada.
Fogo de encontro – Consiste em atear fogo na área tombada em direção ao incêndio,
visando alargar o aceiro, usa-se o fogo de encontro a partir do aceiro pois há o perigo do fogo
pular a linha.
Cuidados a serem tomados:
Nunca atear fogo em área maior do que seja possível de controlar;
Atear fogo na direção do incêndio e contra o vento;
Ficar atento aos focos de incêndio que possam surgir dentro da área protegida; Nunca
deixar o fogo de encontro se espalhar pelas extremidades do aceiro;
Ter pessoal para controlar o fogo de encontro;
Onde for possível, usar o fogo de encontro a partir de uma barreira natural;
Rescaldo – É quando se elimina todos os riscos de reignição do incêndio; Procedimentos
para o Rescaldo:
Caminhar por todo o perímetro onde se deu o incêndio e ter certeza de que foi
extinto;
Eliminar toda fonte de calor do perímetro do incêndio;
Se o rescaldo for trabalhoso permitir que o combustível queime sob controle;
Ter certeza de que o aceiro está limpo;
Cortar ou apagar com água troncos que possam soltar faíscas além do aceiro;
Extinguir focos esparsos;
Espalhar todo o material incandescente que não puder ser extinto com água para
dentro do perímetro (se for o caso enterra-lo);
Colocar todo o combustível roliço em posição que não possa rolar e ultrapassar o
aceiro
Treinamento Prático
Objetivos:
Instrutor
_______________________________________________
_______________________________________________
12 h/a
CBMSC
Sistemas Preventivos
Objetivos:
O fogo sempre motivou a curiosidade do ser humano. Antes de seu domínio, o homem
primitivo o considerava um deus. Após dominá-lo, o fogo tornou-se um grande aliado do animal
em desenvolvimento. Com seu calor aqueceu-se do frio e preparou sua comida. Com seu brilho
iluminou a caverna e afugentou os animais, tornando-se uma fonte de segurança.
Em torno das fogueiras o homem se reunia com os companheiros e iniciava sua
caminhada como ser social. Com o passar do tempo, o fogo continuou a ser utilizado pelo
homem como um grande aliado. Com sua energia pode aquecer as caldeiras e criar a revolução
industrial. Ainda hoje é fonte de energia presente em nossas vidas e lares.
Mas o mesmo fogo amigo pode tornar-se um inimigo poderoso quando fora de controle,
ceifando vidas, destruindo matas e florestas e causando dor. Ao fogo descontrolado chamamos
de incêndio.
Deste modo, para que homem não virasse vítima deste fogo, sistemas preventivos contra
incêndio foram aos poucos sendo instituídos, sempre visando à manutenção da vida.
Extintores de Incêndio
a) extintores ____________;
b) extintores ____________________ (estacionários
ou carretas).
1- Acione o Corpo de Bombeiros pelo fone 193. ___________ a energia elétrica e verifique
se no combustível atingido pode ser utilizada água para extinção.
2- Desenrole a mangueira, de forma que esta faça curvas e não crie ângulos.
4- Aproxime-se abaixado e lance uma pequena quantidade de água para o _____ de forma a
diminuir a temperatura no ambiente.
5- Ventile o local para aumentar a visibilidade, fechando a abertura caso o incêndio não seja
controlado.
6- Ataque à ________ do fogo, com cuidado na aproximação. Se o incêndio estiver
descontrolado, abandone a edificação, fechando todas as portas e janelas que encontrar.
Saídas de Emergência
São compostos pelas portas, escadas, rampas, corredores, elevadores de emergência e
plataformas de resgate aéreo. Tem o objetivo de servir de ________________ para os usuários
da edificação, por isso devem estar sinalizados, desobstruídos e iluminados. A largura dos
acessos é projetada de acordo com o número de ______________ da edificação.
Iluminação de Emergência
altura abaixo das aberturas da edificação, de forma que não sejam prejudicadas pela fumaça.
Possuem dispositivos automáticos que se ___________ com o corte da energia da edificação.
Plano de Emergência
Documento que contem os _______________ que devem ser adotados pelas pessoas
ocupantes do imóvel em caso de situação de emergência.
Segundo o Art. 5º da IN 031/DAT/CBMSC, O plano de emergência contra incêndio
deverá conter:
I - procedimentos básicos na ______________________________;
II – dos ______________________________;
III ______________________________; e
IV - programa de _______________ _______________
I -alerta: identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa que identificar tal situação
deverá alertar, através do sistema de alarme, ou outro meio identificado e conhecido de alerta
disponível no local, os demais ocupantes da edificação.
II - análise da situação: a situação de alerta deverá ser avaliada, e, verificada a existência de uma
emergência, deverão ser desencadeados os procedimentos necessários para o atendimento da
emergência;
III - apoio externo: acionamento do Corpo de Bombeiros Militar, de imediato, através do
Telefone 193, devendo informar:
a) nome do comunicante e telefone utilizado;
b) qual a emergência, sua característica, o endereço completo e os pontos de referência do local
(vias de acesso, etc);
c) se há vítimas no local, sua quantidade, os tipos de ferimentos e a gravidade.
IV - primeiros socorros: prestar primeiros-socorros às vítimas, mantendo ou estabilizando suas
funções vitais até a chegada do socorro especializado.
V -eliminar riscos: realizar o corte das fontes de energia elétrica e do fechamento das válvulas
das tubulações (GLP, GN, acetileno, produtos perigosos, etc), da área atingida ou geral, quando
possível e necessário.
VI - abandono de área: proceder abandono da área parcial ou total, quando necessário, conforme
definição preestabelecida no plano de segurança, conduzindo a população fixa e flutuante para o
ponto de encontro, ali permanecendo até a definição final do sinistro.
VII - isolamento da área: isolar fisicamente a área sinistrada de modo a garantir os trabalhos de
emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem o local.
VIII - confinamento e combate a incêndio: proceder o combate ao incêndio em fase inicial
e o seu confinamento, de modo a evitar sua propagação até a chegada do CBMSC.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 173
CURSO AVANÇADO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS - CAAE MANUAL DO INSTRUTOR
Art. 8° Após o término de cada simulado deve ser realizada uma reunião, com registro em
ata, para a avaliação e correção das falhas ocorridas, descrevendo no mínimo:
I - data e horário do evento;
II - número de pessoas que participaram do simulado;
III - tempo gasto para o abandono total da edificação;
IV - atuação dos responsáveis envolvidos;
V -registro do comportamento da população;
VI - falhas em equipamentos;
VII - falhas operacionais;
VIII - outros problemas e sugestões levantados durante o simulado.
§ 1° Os exercícios simulados deverão ser realizados uma vez com comunicação prévia para a
população do imóvel; e uma segunda vez no ano sem a comunicação prévia.
§ 2° Todos os simulados deverão ser comunicados com no mínimo 24h de antecedência ao
CBMSC.
§ 3° Os exercícios simulados poderão ter a participação do CBMSC, mediante solicitação prévia
e avaliação da Autoridade Bombeiro Militar conforme o caso.
Da planta de emergência
Art. 9° A planta de emergência visa facilitar o reconhecimento do local por parte da população
da edificação e das equipes de resgate dividindo-se em dois tipos: interna e externa, conforme
exemplos do Anexo B da IN 031/DAT/CBMSC
Art. 10. A planta interna é aquela localizada no interior de cada unidade autônoma, (por
exemplo: quarto de hotéis e similares, banheiros coletivos e ambientes de reunião de público,
salas comerciais e outros) a qual indica claramente o caminho a ser percorrido para que a
população saia do imóvel em caso de incêndio ou pânico, devendo conter:
Parágrafo único. As plantas de emergência devem ser fixadas atrás das portas dos ambientes com
altura de 1,7m, sendo que quando os ambientes tiverem portas que permaneçam abertas, a planta
deverá ser afixada na parede ao lado desta.
Art. 11. A planta externa é aquela localizada no hall de entrada principal do pavimento de
descarga do imóvel, a qual indica claramente o caminho a ser percorrido para que a população
saia do imóvel em caso de incêndio ou pânico e possa chegar até o ponto de encontro (local
seguro no térreo e fora da edificação) devendo conter:
I - indicação do local exato no imóvel onde a pessoa se encontra;
II - indicação através de linha tracejada das rotas de fuga e acesso até o ponto de encontro;
III – indicação do local exato do ponto de encontro;
IV- indicação das saídas de emergência;
V - indicação da localização dos extintores de incêndio;
VI - indicação da localização da central de alarme de incêndio;
VII - indicação da localização dos hidrantes de parede;
VIII - indicação da localização do hidrante de recalque;
IX - localização da central de GLP ou estação de redução e medição de pressão de GN;
X- localização de riscos isolados (ex: Amônia, caldeira, transformadores, outros gases
inflamáveis ou tóxicos, etc.).
Art. 12. O responsável pelo imóvel ou a brigada de incêndio deverá verificar a manutenção dos
sistemas preventivos contra incêndio, registrando em livro: os problemas identificados e a
manutenção realizada.
- Quando não for possível a fuga em chamas, mantenha a porta fechada, umedecida e
vedada com toalhas. Procure sinalizar onde você está.
- Se estiver preso numa sala enfumaçada, permaneça junto ao piso. Pela janela peça
socorro e livre-se de tudo que possa queimar facilmente.
- Se o ambiente estiver tomado pela fumaça, saia rastejando e respirando junto ao piso.
Utilize um lenço ou pano úmido como barreira para a fumaça.
Avaliação da lição
Relatórios
Objetivos:
3.2 Relatórios
A presente norma têm por finalidade fixar os requisitos _________ nas edificações e no
exercício de atividades, estabelecendo Normas e Especificações para a Segurança Contra
Incêndios e Pânico, no Estado de Santa Catarina, levando em consideração a proteção de pessoas
e seus bens.
A exigência dos sistemas preventivos apresentados IN 001 são:
- - Saídas de Emergência
- - Instalações de gás combustível (quando houver consumo de gás)
Iluminação de Emergência e Sinalização para Abandono do Local nas
- - áreas de circulação, nas saídas de emergência, nos quartos coletivos
com internação, nos locais de reunião, nos auditórios e nos elevadores
- - Materiais de acabamento e revestimento, ver IN 018/DAT/CBMSC
- - Caldeiras e vasos de pressão, atender a IN 032/DAT/CBMSC
- ≥ 750m² Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio
≥ 12m ≥ 750m² Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
≥ 12m ≥ 750m² Sistema Hidráulico Preventivo
> 20m - Dispositivo para ancoragem de cabos
> 40m - Local para resgate aéreo
> 15m - Elevador de emergência
Brigadistas de Incêndio Voluntário, quando a população fixa for superior a 20 pessoas, e
Brigadistas de Incêndio Particular, quando a população fixa for superior a 100 pessoas
Parágrafo único. Para a definição da área total construída, desconsiderar para efeito de
implantação dos sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico a área de
armazenamento dos recipientes, quando esta for descoberta.
III – serão exigidos Brigadistas de Incêndio Voluntário, quando a população fixa for
superior a 20 pessoas, e Brigadistas de Incêndio Particular, quando a população fixa for superior
a 100 pessoas.
a) com área total superior a 100m2, deverão dispor de Sistema Hidráulico Preventivo
(instalado fora do depósito e dimensionado para risco leve);
b) será exigido Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas;
c) deverão observar outros requisitos previstos em IN 030/DAT/CBMSC;
§ 1º Quando o túnel rodoviário tiver mais de 1000 metros de extensão deverá ser previsto
um túnel secundário para as saídas de emergência.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 187
CURSO AVANÇADO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS - CAAE MANUAL DO INSTRUTOR
§ 2º Poderá ser exigido outros sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico,
à critério do CBMSC.
Avaliação da lição
Inspeções
Objetivos:
Aula prática
Com base nos conhecimentos aprendidos até o momento realize uma inspeção de algum
estabelecimento, orientado pelo instrutor, tentando identificar as condições de segurança deste,
em seguida confeccione um relatório.
CAAE – Módulo IV
BRIGADA DE INCÊNDIO
Instrutor
_______________________________________________
_______________________________________________
16 h/a
CBMSC
Objetivo Geral
Objetivos:
4. BRIGADA DE INCÊNDIO
Um dos mais antigos problemas da humanidade era combater os grandes incêndios que,
quando ocorriam, se tornavam devastadores, pois não podiam ser controlados, e destruíam tudo
que encontravam pela frente. Com o avanço das civilizações, o homem começou a se organizar
para prevenir e combater esses incêndios, surgindo, assim, de forma organizada, as primeiras
equipes de combate ao fogo, que mais tarde foram denominadas ―brigadas de combate a
incêndios‖.
Para que haja, em um imóvel, ____________________________________ de forma
eficiente, deve-se observar três aspectos básicos:
1. Equipamentos instalados: de acordo com o risco do imóvel, sua utilização, área e o
número de ocupantes, serão projetados levando-se em conta quais devem ser os equipamentos de
prevenção e combate a incêndios necessários para protegê-la.
2. Manutenção adequada: de nada adianta possuirmos sistemas adequados e devidamente
projetados para uma edificação se eles não estiverem em perfeito funcionamento e prontos para o
uso imediato.
3. Pessoal treinado: os equipamentos instalados e com uma correta manutenção serão
inócuos se não possuirmos pessoal treinado para operacionalizá-los de forma rápida e eficiente.
Assim, podemos perceber quão eficiente é a existência, a formação e o treinamento das
brigadas de combate a incêndios. O Corpo de Bombeiros Militar não consegue estar presente em
todos os locais, como empresas, comércios e indústrias, por isso todas as legislações atuais
determinam a existência de grupos treinados para o controle a incêndios, abandono de local e
situações de emergência.
Objetivo geral
Terminologias
Área de Risco: espaço não edificado utilizado em eventos transitórios e que necessita de
dispositivos e/ou sistemas de segurança para a proteção das pessoas;
Emergência: situação com potencial de provocar lesões pessoais ou danos à saúde, ao meio
ambiente ou ao patrimônio;
Eventos de grande concentração de público: são aqueles com a participação estimada de mais
de 2000 pessoas em locais fechado e mais de 5000 pessoas em locais abertos;
Grupo de apoio: grupo de pessoas composto por terceiros ou não, treinados e capacitados, que
auxiliam na execução dos procedimentos básicos na emergência contra incêndio;
Instrutor de brigadista:
Profissional credenciado pelo CBMSC com formação mínima e aprovação em curso de 100
horas/aula de Combate a incêndio, 50 horas/aula em Atendimento Pré-hospitalar, 50 horas/aula
de Segurança Contra incêndio, 50 horas/aula de Brigada de incêndio, além de possuir ensino
médio completo;
Local ao ar livre: local sem cobertura e sem barreiras físicas, podendo ter estruturas
montadas (palco e/ou estruturas de apoio);
Perigo: situação com potencial de provocar lesões pessoais ou danos à saúde, ao meio ambiente
ou ao patrimônio, ou combinação destas;
Planta: local onde estão situadas uma ou mais imóveis ou área a ser utilizada para um
determinado evento ou ocupação;
População por pavimento: Número de pessoas para as quais um imóvel, ou parte dele, sendo
dimensionado de acordo com sua classificação de ocupação;
Objetivos:
Definição
Segundo a IN 028 do CBMSC que trata das Brigadas de Incêndio, estas são divididas em
duas modalidades sendo elas:
Brigada___________: é aquela formada e preparada para atuar em todo tipo de
edificação, locais de eventos e áreas de risco. Será composta por um número mínimo de
Brigadistas _____________ e poderá agregar Brigadistas _____________;
tiverem 3 (três) ou mais brigadistas particulares por turno de serviço deverão constituir o
__________________________, que é a pessoa habilitada com autoridade para comandar,
orientar e fiscalizar a atuação dos brigadistas.
Normas Gerais
Plano de Implantação:
Os critérios para a exigência ou não da brigada serão: população fixa, lotação de público,
tipo de ocupação, e risco incêndio da edificação, ou local de evento ou da área de risco.
Para o dimensionamento de brigadistas voluntários adotam-se os seguintes critérios:
I. - para os locais com ocupação de reunião de público sem concentração de público, reunião
de público com concentração de público, escolar geral e escolar diferenciada, até uma
população fixa de 10 pessoas não são necessários brigadistas voluntários, sendo que
acima de 10 o cálculo da quantidade de brigadistas será de 2% da população fixa do
imóvel;
II. - para as demais ocupações não previstas no inciso anterior, com população fixa de até 20
pessoas, está isento brigadista voluntário, sendo que acima de 20 o cálculo da quantidade
de brigadistas será de 2% da população fixa do imóvel.
Parágrafo único: Adota-se como critério de arredondamento o primeiro número inteiro
superior.
Com base nas atribuições dos Brigadistas ficam definidos os currículos mínimos dos
cursos de formação de brigadistas particulares e voluntários através do anexo C da
IN028/DAT/CBMSC.
Dos EPIs
Relatórios de Atividades
Durante o exercício da função o brigadista deve cuidar para que o incêndio não aconteça
e verificar os equipamentos de proteção e combate, mantendo as rotas de fuga, saídas de
emergência e portas corta-fogo sempre desobstruídas, para que todo o sistema de segurança
contra incêndio funcione como projetado.
Dentre os Brigadistas deverá ser escolhido um para atuar como _________ da Brigada de
Incêndio, sempre que a edificação necessitar de três ou mais brigadistas por turno de serviço,
sendo ele responsável pela coordenação e execução das ações de emergência e prevenção, bem
como, ser o agente de ligação com o Corpo de Bombeiros Militar.
Prevenção de Incêndio
Saída de emergência
a) Tipos de escadas (comum, protegida, enclausurada e enclausurada a prova de fumaça).
b) Características das escadas (paredes corta-fogo, portas corta fogo, antecâmara, etc.).
c) Verificar os componentes (portas, dutos, telas).
a) Inspeção periódica das rotas de fuga bem como nos sistemas instalado nas mesmas,
como, corrimão, pisos, luminárias, barras antipânico, portas, dutos, telas.
Iluminação de emergência
a) Tipos de sistemas (bloco autônomo e central de bateria).
b) Características de cada sistema
c) Inspeção nos sistemas
Psicologias em emergências
O incêndio é um fato indesejado e inesperado que põe em risco a vida humana e os bens.
O homem, por possuir uma bagagem de informações a respeitos desses riscos, está predisposto a
apresentar comportamentos que serão determinados a partir de alguns fatores, como por
exemplo, relacionados à sua experiência de vida.
O estudo do comportamento humano em situações de incêndio é complexo, pelo fato de
serem impraticáveis as realizações de certos experimentos que venham a demonstrar as reais
reações e comportamentos, sem que venha a se expor a riscos a integridade física dos
envolvidos.
Numa situação de incêndio, podem ocorrer diversos fenômenos tais como: a presença de
chamas; aumento das temperaturas; presença de fumaça e gases tóxicos; que podem contribuir
para provocar uma instabilidade emocional nas pessoas. Embora, na maioria das vezes, as
pessoas apresentem um comportamento dentro dos padrões normais, tais fenômenos podem
contribuir para que surjam comportamentos fora do comum.
diferente a uma mesma situação quando ela ocorre, e mesmo assim, uma destas pode agir de uma
determinada forma hoje e diferentemente daqui a algumas horas, dias ou semanas. Há certos
fatores que podem determinar como nós agiremos em determinadas situações. Como nós agimos
frente ao calor, fumaça e chamas são baseadas em diversos fatores, dentre eles: a idade;
tamanho; condições físicas; e uso de medicamentos e drogas.
__________: Os mais novos devido ao desconhecimento e as restrições de mobilidade, e
os mais velhos (por isso as faixas de maior vulnerabilidade nos incêndios é até os 5 anos e acima
dos 65 anos) além destas restrições de mobilidade, devido a outros problemas de ordem sensorial
e neurológica (agravadas ainda por mal de Parkinson, Alzheimer etc.) tem a sua capacidade de
lidar com o incêndio reduzido tornando-se um fator crítico de sobrevivência,
__________: Pessoas de maior massa muscular podem tolerar melhor altas doses de
materiais tóxicos gerados nos incêndios, entretanto no tocante ao condicionamento
cardiorrespiratório, crucial nestas condições de sobrevivência, estas pessoas em geral mal
condicionadas podem tornar-se vítimas potenciais,
Condições físicas pré-existentes: A condição geral de um indivíduo poderá ter um efeito
na sua sobrevivência em um incêndio, Nestas podemos incluir:
Estabilidade Cardíaca (determinada pela condição anatomo-fisiológica do sistema
cardiocirculatório);
Condição Aeróbica (associada ao condicionamento cardiorrespiratório) - Mobilidade
(ligada ao biotipo, peso, altura, flexibilidade articular, doenças musculoesqueléticas), neste
aspecto tem também de considerar grávidas, pessoas com restrição motora, visual e auditiva, em
especial cadeirantes;
Capacidade Respiratória - Quaisquer doenças crônicas pré-existentes como enfisema
pulmonar e asma (devido à alteração respiratória por conta da alteração e da elevação da
frequência respiratória, em decorrente da obstrução dos músculos pulmonares contraem-se,
interrompendo o ciclo respiratório e provocando vasoconstrição - diminuição do calibre das vias
aéreas pulmonares. Fatores estes associados à fumaça, stress, calor etc.), podem reduzir
consideravelmente esta capacidade. Fatores agudos como Resfriados, Gripes ou Pneumonias
podem vir a afetar esta capacidade. E no caso de fumantes as condições pulmonares, bem
reduzidas em geral, dificultam a ações de troca pulmonar a nível alveolar, em termos de absorção
de O2, e consequentemente dificultando uma boa irrigação sanguínea cerebral, indispensável
para a tomada de ações, quer quanto ao critério, quanto à velocidade das mesmas, quer quanto ao
impulso neurológico em uma situação de incêndio.
Medicação e drogas: estes elementos reduzem substancialmente a capacidade de
avaliação e da percepção dos riscos inerentes a um incêndio, alterando substancialmente a
capacidade de se tomar a decisão adequada frente a emergências. Estatísticas recentes (United
States Fire Administration – USFA , Abril, 17 , 2008) citam que pelo menos 10% das fatalidades
em incêndios residenciais tem como causa principal o uso de drogas ou álcool, em especial nas
comunidades mais pobres. Neste aspecto a faixa etária envolvida neste tipo de evento se situa
entre 20 a 64 anos, cujos índices são duas vezes maiores que as outras faixas etárias, e os homens
são os mais predominantes neste aspecto.
Resposta Fisiológica
Resiliência
Pânico
buscar uma resposta. O descobrimento sobre a gravidade do incêndio, qual a direção a seguir,
muitas vezes em ambiente com fumaça, tende a gerar muita tensão nervosa.
Portanto as situações que podem dificultar o controle emocional advêm da demora da
disponibilidade de informações sobre o que está acontecendo, qual a severidade do evento, atraso
na divulgação de um incêndio e como proceder e dispor de saídas protegidas.
As mensagens devem ter uma elaboração prévia, e algumas palavras como ―CALMA‖,
―NÃO CORRA‖, podem vir a ser problemáticas, gerando um entendimento inverso ao esperado.
O volume da mensagem, o tom de voz também tem um efeito direto na forma pela qual as
pessoas percebem a ameaça.
Quando pessoas estão tentando escapar de um edifício em chamas por uma única saída,
seu comportamento parece extremamente irracional para uma pessoa que analisa a situação
depois e constata que existiam outras saídas. Entretanto, as pessoas que estão tentando sair
desconhecem as outras saídas, tendo aquela como a única disponível prefere brigar por ela ao
invés de morrer queimado. O pânico ainda é muito confundido com comportamento de fuga.
Alguns comportamentos podem, além de dificultar a evacuação dos indivíduos que estão
tentando abandonar o edifício, dificultar a entrada daqueles que combaterão o incêndio.
Conforme relatos de pessoas envolvidas, dentro das torres, nos pavimentos dos impactos
das aeronaves e ainda, a temperatura insuportável, a fumaça densa, a pouca visibilidade e a
dificuldade de respirar tornaram penosa à busca pela única saída existente, na Torre Norte, do
World Trade Center - WTC.
As condições críticas durante um incêndio em uma edificação ocorrem quando a
temperatura excede a 75ºC, e/ou o nível de oxigênio cai abaixo de 10%, e/ou as concentrações de
monóxido de carbono ultrapassam 5.000 ppm. Tais situações adversas induzem a sentimentos de
insegurança, que podem vir a gerar o pânico e descontrole e levar pessoas a saltar pelas janelas.
Os meios de escape devem ser constituídos por rotas seguras que proporcionem às
pessoas escapar em caso de incêndio, de qualquer ponto da edificação a um lugar seguro, fora da
edificação, sem assistência exterior.
As rotas de fuga projetadas impropriamente, falhas nos sistemas de comunicação e
alarme, propagação de fumaça nos ambientes, bem como a movimentação de fumaça e gases
quentes, penetração de fogo e fumaça têm provocado perdas de vidas. Entre as soluções contra
esses fatores estão o sistema de iluminação de emergência eficiente e efetivo, sistemas de
extinção e de supressão do fogo, a limitação na distância de percurso, controle dos materiais de
acabamento, portas corta-fogo e resistentes à penetração de fumaça, ventilação natural para
auxiliar na extração de gases e rotas de fuga desobstruídas, protegidas e bem sinalizadas,
localização e capacidade adequadas para promover pronta evacuação dos ambientes pelos
ocupantes.
As edificações devem ser projetadas e construídas de modo a garantir a proteção das
vidas humanas contra os efeitos fatais oriundos do fogo. Entre esses riscos encontramos as
queimaduras (fatais ou não), asfixia, envenenamento, contusões, irritações, cortes, etc.. Os
efeitos secundários do fogo ocorrem por falta de oxigênio, fumaça, gases nocivos, agressivos ou
tóxicos, pânico, colapsos materiais ou estruturais.
No incêndio do Edifício Joelma, as pessoas na rua improvisaram faixas procurando
acalmar as pessoas dentro do prédio, informando que o fogo havia acabado e que não saltassem,
encontrando morte certa, mesmo assim, várias pularam.
A maioria dos especialistas em segurança contra incêndios não recomenda o resgate
aéreo como rota viável em um edifício alto durante um incêndio. O uso de helicópteros deve
ocorrer em último caso e sob condições muito específicas (DWYER e FLYNN, 2005).
A cobertura dos prédios está sujeita a muitas variáveis em caso de sinistros, como a
existência, ou não, de local para pouso de helicópteros e embarque de pessoas, pois muitos
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 205
CURSO AVANÇADO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS - CAAE MANUAL DO INSTRUTOR
Abandono de área
Puxa-Fila: Brigadista que vai a frente do pessoal a ser retirado, com as funções de:
Cerra-Fila: Brigadista que sai por último e posicionando-se ao final da fila do pessoal a
ser retirado, com as funções de:
Vistoriador:
Recomendações gerais
Em situações extremas:
Toda pessoa é especial, a partir do momento que necessita uma atenção diferenciada,
devido a uma característica particular que o distingue das demais pessoas, um exemplo disso são
os ocupantes da edificação que possuem dificuldades de se locomover, o que dificultaria uma
evacuação da edificação caso a mesma esteja sinistrada.
Nem sempre se enquadrando no conceito de portador de deficiência motora, como
erradamente entendido pela sociedade, uma pessoa com mobilidade reduzida pode ser um idoso,
uma mulher grávida, desde que por qualquer motivo, tenha dificuldade em se movimentar e
aceder aos espaços meios físicos que a rodeiam.
As pessoas que possuem mobilidade reduzida em casos de incêndio são:
Pessoas que nascem privadas da visão são cegos congênitos, no entanto, existe também a
cegueira adquirida que é aquela devida a uma doença ou acidente ocorrido ao longo da vida.
Quando uma pessoa cega encontra-se no ambiente sinistrado, sua capacidade de orientação pode
ser alterada e por isso é muito importante que o brigadista lhe informe explique o que houve e o
faça entender o que aconteceu antes de iniciar o atendimento.
Lembre-se dessas recomendações ao lidar com portadores de deficiência visual:
Comunique-se em tom de voz normal (não grite com o paciente);
Se ele puder caminhar, permita que ele se apoie em seu braço (advirta sobre os perigos e
não empurre, nem puxe o paciente cego, apenas conduza-o);
Deixe que a pessoa segure o seu braço, próximo ao cotovelo, isso fará com que ele sinta
os movimentos do seu corpo e tenha segurança para andar, subir e descer escadas;
Numa escada, antes de chegar à escada, coloque a mão do paciente no corrimão;
Não saia de perto da pessoa, ainda que rapidamente, sem antes comunicar tal fato, para
que ele não fique falando sozinho.
Surdo ou surdo-mudo
Pessoas que não ouvem ou ouvem muito pouco são chamadas de surdas, entretanto
existem também os surdos-mudos que são aqueles que não ouvem e também não falam. Se uma
pessoa não leva consigo um aparelho auditivo visível não há nenhuma indicação aparente de que
seja surda. Entretanto, seus procedimentos podem advertir sobre sua condição, assim, apesar de
seu aspecto atento, se a pessoa não responder as perguntas formuladas, poderemos supor que ela
sofre de uma incapacidade auditiva.
Se o paciente puder compreender o que você diz através da leitura dos movimentos dos
lábios, certifique-se de que seu rosto esteja iluminado e voltado para o paciente enquanto você
fala e comunique-se pausadamente.
Muitas pessoas surdas não estão treinadas para fazer a leitura labial, então os melhores
métodos a serem utilizados são a escrita e os gestos.
Observação: Algumas pessoas surdas podem falar claramente, outras falam com
dificuldade, prejudicando a compreensão e outras nem falam. Se o paciente surdo fala com
dificuldade, não finja entender (gesticule encolhendo os ombros e mostrando as mãos com as
palmas para cima em frente ao seu corpo, como se dissesse "Não entendi o que você disse!‖).
O maior problema em lidar com pessoas que apresentam deficiência física, seja ela
nervosa, muscular ou esquelética, está muitas vezes na locomoção, pois estes pacientes podem
ter partes do corpo comprometidas ou não funcionantes. O brigadista deverá reunir o máximo de
informações possíveis através de uma boa entrevista e auxiliar no deslocamento dessa pessoa,
solicitando ajuda de mais algum indivíduo que possa auxiliar o deslocamento do deficiente, para
que possa sair do lugar sinistrado da forma mais seguro e ágil possível.
Já alguns pacientes, por deficiência, não desenvolveram partes da função neurológica e
podem apresentar retardamento mental ou de desenvolvimento. Nessas situações, sua principal
tarefa como brigadista é estabelecer um processo de interação com o paciente, que permita
entender o que está acontecendo e como você poderá ajudá-lo.
A identificação do retardo mental ou deficiência de desenvolvimento nem sempre é uma
tarefa fácil. Mantenha a calma e, caso seja necessário, explique pausada e repetidamente cada
uma de suas ações e o que você quer que o paciente faça.
Finalmente, devemos entender que os pacientes com qualquer tipo de deficiência, assim
como a maioria das pessoas, gostam de ser independente, portanto, merece receber o mesmo
tratamento de um paciente normal.
Observação: Cuidado para não confundir estes pacientes com outros pacientes sob o
efeito abusivo de álcool ou drogas ou que em função de um incêndio apresentam-se
desorientados ou confusos.
Idoso
Infelizmente, grande parte da população tende a pensar que as capacidades de uma pessoa
se medem de acordo com sua idade cronológica, entretanto, existem pessoas que ainda não
completaram 65 anos e já apresentam sinais de senilidade, são doentes crônicos e apresentam
completa dependência. Por outro lado, existem também pessoas de 70, 80 e até 90 anos que se
mantêm ativas, capazes e em bom estado de saúde.
No desempenho de suas funções, brigadistas serão responsáveis por atender pessoas
idosas de uma ou outra categoria. Nessas oportunidades, quando o idoso se mostrar consciente,
atento e interessado, atenda-o da mesma forma como faria com outro paciente adulto.
Se, pelo contrário, o paciente pelo envelhecimento apresentar perda de memória ou
desorientação em relação ao tempo-espaço-pessoa, sem dúvida, você terá dificuldades de
interação com o mesmo. De qualquer forma, a chave do sucesso na interação com pessoas idosas
é a paciência.
Mantenha contato olho-a-olho e fale calma e diretamente ao paciente.
Seja muito paciente, pois quando envelhecemos as palavras ficam mais importantes. Não
apresse a conversa.
Se o paciente estiver acompanhado pelo cônjuge ou algum amigo mais próximo, fique
atento, pois devido à tensão causada pela situação você poderá ter de atender outro
Responsabilidades
Notificação de Emergências
Mantenha a calma
Avalie a situação
Ative o plano
Ative o sistema de notificação
Depois da Emergência
Notificação
Sirene ou alarme
Sistema interno de comunicação alto-falantes
Pessoalmente
Responsabilidades
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 213
CURSO AVANÇADO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS - CAAE MANUAL DO INSTRUTOR
Os coordenadores das equipes de trabalho serão chaves para manter uma evacuação
ordenada. Sua função mais importante é EVITAR O PÂNICO. Na eventualidade da ocorrência
de medo ou pânico, aplicarão os princípios seguintes:
Funções Adicionais
As instruções seguintes serão distribuídas para todo o pessoal e devem ser colocadas em
locais visíveis nas áreas de trabalho, quando se anuncia uma evacuação:
Importância da preservação
Geralmente as modificações no local do crime não são intencionais, mas geradas pela
falta de integração dos diversos ―escalões do aparelho oficial‖;
Policiais militares, civis, bombeiros militares e peritos criminais têm, diante do local de
crime, responsabilidades subdivididas e complementares entre si;
Nenhum local de incêndio pode ser devidamente periciado se o cenário original não for
mantido para os investigadores.
A perícia de incêndio apresenta uma grande desvantagem na preservação dos vestígios
em relação a outros tipos de perícia. Enquanto que, em exames de balística, as provas geralmente
se mantêm após o evento, os vestígios decorrentes do incêndio já foram duramente testados pela
ação direta das chamas e do calor e o que resta é, não raras vezes, insuficiente para a
determinação da causa.
Não obstante, a ação dos bombeiros durante o combate também deteriora a preservação
total das provas, seja pela ação da água durante a extinção, seja pela movimentação dos
escombros para resfriamento dos pontos de calor, durante o rescaldo.
A cena precisa ser preservada até uma investigação completa do sinistro, o que pode levar
dias, senão meses.
O perito chegará ao local e terá que ―retroagir no tempo‖, buscando identificar como se
encontrava a cena antes do incêndio (locais de objetos, se os aparelhos eletrônicos estavam
ligados, se o fogão estava aceso, etc.), após irá verificar as marcas deixas pelo fogo assim como
observar os vestígios em busca de onde iniciou o fogo e como ele iniciou.
Segundo ROSA e FIGUEIREDO (2007), pela ótica da criminalística, vestígio é ―todo e
qualquer objeto ou evidência física, instrumento, mancha, marca, rastro ou sinal que tenha sido
produzido por ocasião do cometimento ou que tenha relação com o fato supostamente delituoso‖.
Em um segundo momento o perito irá tomar os depoimentos das testemunhas, moradores
e até mesmo da guarnição que combateu o incêndio. Poderá ainda ser necessário elaborar exames
em laboratórios periciais.
Após tudo isso irá entrelaçar as informações alcançando assim o local, o que/quem e
como se iniciou o incêndio. Finalizando assim a perícia.
Fica fácil de perceber que para esta perícia seja feita com sucesso é necessário evitar que
seja modificada de qualquer forma o cenário do incidente. Para isso deve ser efetuado o
isolamento do local, utilizando fita zebrada se possível e até mesmo mantendo alguém no mesmo
para evitar invasões.
Não é permitido mover ou retirar objetos do local original, nem colocar elementos que
não estavam presentes na área do fato, como marcas de solado de sapato, terra, fios de cabelo e
manchas de fluídos biológicos. Igualmente é desaconselhável mexer no posicionamento das
―coisas‖ remanescentes de um incêndio
Rosa e Figueiredo (2007, p. 27) descrevem como sendo o procedimento padrão as ser
adotados após um incêndio ou outra ocorrência que necessite de perícia os seguintes:
CAAE – Módulo V
Instrutor
_______________________________________________
_______________________________________________
240 h/a
CBMSC
Objetivos:
5. ESTÁGIO OPERACIONAL
Somente participará desta fase o aluno que concluir a fase teórica do Curso Avançado de
Atendimento a Emergências (CAAE), sendo considerado apto.
O Estágio Operacional Supervisionado ocorrerá inicialmente na OBM onde for feito o
CAAE, ou em outros locais previamente estabelecidos.
A realização de todas as atividades e/ou estágio nas organizações de bombeiro militar
deverá ser obrigatoriamente precedida de assinatura de Termo de Responsabilidade, conforme o
constante do anexo 1 do regulamento do serviço bombeiro comunitário
O Estágio Operacional Supervisionado é o período durante o qual são apurados os
requisitos necessários à confirmação dos conhecimentos adquiridos no Curso Avançado de
Atendimento a Emergências pelos alunos ao Coordenador do Serviço Comunitário.
A condição de Estagiário perdura desde seu ingresso no Estágio Operacional
Supervisionado, onde participará até a conclusão ou desligamento das respectivas atividades.
Cabe ao aluno do Curso Avançado de Atendimento a Emergências antes de iniciar o
estágio operacional, passar por inspeção de saúde que identifique a sua condição física, devendo
realizar durante o período, exclusivamente as atividades que não comprometem a sua saúde e
integridade física.
O Estágio Operacional Supervisionado visa colocar em prática os conhecimentos
adquiridos em sala de aula, sob observação e orientação de instrutores e coordenadores
qualificando os estagiários em técnicas e táticas especiais de natureza bomberil, proporcionando
aos alunos os conhecimentos práticos para o desenvolvimento das funções e atribuições que
estão previstas no Regulamento Geral do Serviço Comunitário. A maioria são funções de apoio e
somente podem ser realizadas em apoio ou sob a supervisão de um BM.
Nessa fase, estão inseridos os últimos testes e avaliações para o candidato a estar apto
para a Instrução Geral de Bombeiro Comunitário - Legislação, Regulamentos, Requisitos e
Preparação Geral, sendo aprovado aquele que apresentar as condições necessárias, atingindo a
média mínima para aprovação.
Objetivo
Proporcionar a capacitação dos alunos do Curso Avançado de Atendimento a
Emergências na realização de trabalhos de apoio as Guarnições de Serviço Bombeiro Militar,
dentro do limite de suas competências.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 218
CURSO AVANÇADO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS - CAAE MANUAL DO INSTRUTOR
Do uniforme
O Aluno que for autorizado a realizar estágio operacional referente ao Curso Avançado
de Atendimento a Emergência, deverá utilizar durante o estágio, calça azul ou preta, cinto preto,
camiseta branca e borzeguim, podendo ainda, ser especificado outro padrão pela coordenação.
postura individual. O padrão de penteado exigido para todas as Alunas, quando uniformizadas, é
o coque, trança ou rabo de cavalo.
A maquilagem discreta é permitida, sendo vedado o uso de cosmético em quantidade
excessiva e/ou em cores vivas e contrastantes com a tonalidade da pele.
Quanto à utilização de brincos, batons, anéis, esmalte e maquiagem facial, por parte das
Alunas, é permitido somente com a devida discrição.
É vedado o uso de brinco de argolas ou pingentes ou que ultrapassem o lóbulo da orelha,
bem como piercings ou similares que fiquem expostos.
Por essa razão não pode compor Gu Sv somente com um BM. A Gu Sv Op deve ter no
mínimo 02 BM, para então ser reforçada pela ação de um ou mais estagiários. Do contrário o
BM acabará atuando como motorista e o estagiário como agente operacional. Isso ocorrendo ele
acaba por exercer substituição de BM, o que não está previsto no programa.
Sua atribuição é de reforço e apoio e não substituição.
Lembramos que o dever legal de agir é do funcionário público (BM) e não do estagiário
que ―pode agir‖ e não ―deve agir‖.
Sua capacitação lhe permite realizar um primeiro atendimento na rua, na escola, local de
trabalho ou em casa, até a chegada do CBM.
O estagiário se compromete em seguir todas as orientações e determinações das equipes
de serviço, exceto aquelas que possam colocar em risco a sua integridade física, pois sua atuação
se restringirá ao acompanhamento e eventual atuação na retaguarda, quando solicitado pela
equipe de atendimento.
Riscos e responsabilidades
O estagiário está ciente dos riscos a que estará exposto e será informado e cientificado
que estará sujeito aos seguintes eventos:
acidentes de trânsito nos deslocamentos;
acidentes e incidentes nos locais de atendimentos como quedas,
choque elétrico;
explosões;
desabamentos;
deslizamentos materiais e fumaça tóxica;
produtos químicos;
contato com sangue contaminado e outros do gênero.
O estagiário deverá estar ciente que somente prestará o estágio operacional observando e
se responsabilizando pelo cumprimento das seguintes condições:
I. Estar em perfeito gozo de saúde física e mental;
II. Estar ciente e cumprir as normas previstas no Regulamento do Serviço Comunitário no
Corpo de Bombeiros Militar;
III. Estar ciente que a atuação na qualidade de estagiário não o isenta de responsabilidade
administrativa, civil ou penal, advindas de seus atos durante a execução do serviço;
IV. Estar ciente da insalubridade, periculosidade e risco de vida que estará exposto durante o
serviço;
V. O estágio operacional será exercido conforme a escala disponibilizada pela
Coordenadoria do Serviço Comunitário;
VI. Durante o desempenho das atividades operacionais que ofereçam riscos à integridade
física, o estagiário, ainda que nas funções de apoio, deverá utilizar todos os
Equipamentos de Proteção Individual necessários;
pretensões da empresa, e estes profissionais ficam fora do contexto, causando mais frustração e
desmotivação no indivíduo.
Um dos motivos que levam ao aparecimento dos conflitos é a própria configuração das
equipes, através das quais se desenvolve o trabalho nas organizações, já que elas são formadas
por reunião de pessoas independentes entre si, mas voltadas para um objetivo comum: a missão
organizacional e o cumprimento das metas estabelecidas. Este processo laborativo, que se
estrutura tendo por bases pessoas e individualidades, é de difícil prática. Isto porque os
participantes de um grupo tendem a se associar ou escolher os indivíduos que sentem que
compartilham seus mesmos valores.
Um bom relacionamento interpessoal, trás mais confiança as pessoas. Mostra a
maturidade e o desenvolvimento de quem faz parte da equipe. Quanto menos conflito maior é o
crescimento individual, levando a coletividade a um patamar satisfatório tanto para parte
gerencial, quanto a parte do relacionamento das pessoas.
Existe um provérbio chinês que diz o seguinte: "Se você quer um ano de prosperidade,
cultive trigo. Se você quer dez anos de prosperidade cultive árvores. Se você quer cem anos de
prosperidade, cultive pessoas"
Daí a necessidade e a importância das pessoas dentro de qualquer organização. Quanto
melhor for o relacionamento interpessoal, melhor será o rendimento da equipe, e como
consequência, mais facilidade para gerenciar e prosperar em metas individuais ou coletivas.
Somente participará desta fase o aluno que concluir a fase teórica do Curso Avançado de
Atendimento a Emergências (CAAE), sendo considerado apto.
Auxiliar os bombeiros militares em execução de atividades de atendimento pré-
hospitalar.
O Aluno deverá realizar um relatório das atividades desenvolvidas durante o estágio
supervisionado.
Somente participará desta fase o aluno que concluir a fase teórica do Curso Avançado de
Atendimento a Emergências (CAAE), sendo considerado apto.
Auxiliar os bombeiros militares em execução das atividades preventivas e reativas nos
casos de incêndios.
O Aluno deverá realizar um relatório das atividades desenvolvidas durante o estágio
supervisionado.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Ten. Cel. BM Sérgio Baptista de. Comportamento humano nos incêndios. Centro de Perícia Pesquisa
e Testes do CBMRJ. RJ. 1999. Disponível em <http://www.cppt.cbmerj.rj.gov.br/modules.php?name=News&file=
article&sid=242
______. Prevenção e Combate a incêndios - CBAE - Lição 2 - Sistemas Preventivos. Florianópolis, 2012.
VALENTIN, Marcos Vargas; Ono, Rosaria. Saídas de emergência e comportamento humano: uma abordagem
histórica e o estado atual da arte no brasil. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-USP. São Paulo. SP, 2006.
Disponível em <http://www.lmc.ep.usp.br/grupos/gsi/wp-content/nutau/valentin.pdf>