2018 YankaCristhinaBezerraDaSilva TCC

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1

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB
FACULDADE DE CEILÂNDIA-FCE
CURSO DE FISIOTERAPIA

YANKA CRISTHINA BEZERRA DA SILVA

LASERTERAPIA EM PACIENTES COM ARTRITE


REUMATOIDE

BRASÍLIA
2018
2

YANKA CRISTHINA BEZERRA DA SILVA

LASERTERAPIA EM PACIENTES COM ARTRITE


REUMATOIDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade de Brasília – UnB – Faculdade de
Ceilândia como requisito parcial para obtenção do
título de bacharel em Fisioterapia.
Orientador (a): Prof. Dr. João Paulo Chieregato Matheus
Coorientador (a): Prof. Me. Renan Fangel

BRASÍLIA
2018
3
4

Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais, Wanderlei Bezerra da
Silva e Susiê Bibiana Silva, pelo incentivo e apoio em todos
os momentos, por tudo que fizeram e fazem por mim.
5

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente à Deus, pelo dom da vida, por sempre iluminar


minhas escolhas e meus caminhos, que me fizeram chegar até aqui. E pelo
Amor incondicional. À minha mãe Maria Santíssima por todo zelo, cuidado e
amor a mim concedido.
Aos meus pais, Wanderlei e Susiê, por terem me mostrado o caminho,
não só dos estudos e do conhecimento, mas do amor, da paciência, da
perseverança, do esforço e da construção do meu sonho. Obrigada por sempre
me incentivarem e rezarem por mim. Sem vocês nada disso seria possível.
À minha família, que sempre esteve ao meu lado. Aos meus irmãos,
Amanda e Gabriel, por todo o companheirismo. À minha madrinha, Susanne,
por todo apoio, incentivo e cuidado. Aos meus avós, por sempre se
preocuparem tanto com a minha rotina. E a todos aqueles (tios e primos) que
sempre se orgulharam de mim.
Ao meu namorado e melhor amigo, Tales Antônio, por toda a paciência,
companheirismo, incentivo, zelo, amor. Que Deus preserve essa união que
temos. Que seja sempre uma crescente sem fim!
Ao meu querido orientador Prof.Dr. João Paulo Chieregato Matheus, que
foi como um pai na minha vida acadêmica. Obrigada por todas as orientações,
oportunidades, ajudas e incentivos. Que Deus mantenha essa sua
representação de Cristo trazendo tranquilidade e solução aos seus alunos.
Obrigada por tudo!
Ao meu coorientador Prof Me. Renan Fangel, que foi um companheiro e
amigo durante o longo período de estudo e coleta pra este trabalho. Obrigada
por me escolher para te auxiliar, e obrigada por todos o conselhos a respeito da
nossa profissão. Não posso deixar de agradecer à sua querida esposa Prof Dr.
Letícia Fangel, por ser uma companheira e sempre estar disposta a nos ajudar.
Vocês são exemplos, como profissionais e como casal.
Colegas e Amigos de curso, principalmente ao Matheus Ferreira,
companheiro inigualável. Obrigada por tudo, tudo que aprendemos juntos e o
que me ensinou. Acima de tudo, com sua história de vida, você me ensinou a
correr atrás dos meus sonhos e nunca desistir. Você é uma pessoa incrível,
nunca se esqueça disso.
Às minhas melhores amigas, que juntas compomos o melhor grupo de
estágio, Daniela Mendonça e Hellora Fonseca. Vocês fizeram nossos estágios
os melhores que poderia viver. Vocês são parte da minha família e teremos
muitas histórias pra contar aos nossos filhos. Serão amigas que levarei por
toda minha vida.
À todos os preceptores de estágio que conheci nessa jornada, Raquel
Jácomo, Vanessa Brasil, Renato Amâncio, Allan Keyser, Evandro Faulin, Bruno
Sant'Anna, Renata Zanquet, Carolina, Danilo, Gabriella Calzolari, Riane Timo,
Roberto, Diego, Jeferson, Magali, Vinícius e Pâmella. Vocês me fizeram ver a
parte mais bela da profissão que eu escolhi, o cuidado e amor para com o
próximo.
À minha querida Banca Qualificadora, parabéns por serem referência na
área que eu escolhi pesquisar. Os trabalhos de vocês certamente me
inspiraram a dar o melhor de mim para este trabalho.
6

À todo o Colegiado de Fisioterapia, Aline do Carmo, Aline Toledo, Aline


Teixeira, Ana Clara Bonini, Clarissa Cardoso, Emerson Fachin, Felipe Mendes,
Fernanda Pasinato, Gerson Cipriano, Graziella Cipriano, João Luiz Durigan,
João Paulo Chieregato, Josevan Leal, Juliana Fracon, Leonardo Petrus, Liana
Gomide, Luisiane de Ávila, Osmair Gomes, Patrícia Garcia, Rodrigo Carregaro,
Ruth Losada, Sérgio Mateus, Sérgio Thomaz, Vera Regina e Wagner Martins.
Obrigada por todos os ensinamentos e amizades. Vocês são exemplos para
nós. Agradeço ao CNPq e a FAPDF pelo apoio financeiro concedido a mim
durante os anos de pesquisa que culminaram neste trabalho.
7

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos


anjos, se não tiver amor, sou como o bronze que soa,
ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o
dom da profecia, e conhece todos os mistérios e toda a
ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de
transportar montanhas, se não tiver o amor, não sou
nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em
sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu
corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada
valeria! O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem
inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. O
amor não é escandaloso. Não busca os seus próprios
interesses, não se irrita, não guarda rancor. O amor não
se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a
verdade. O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta. O amor jamais acabará.(Paulo de Tarso) ”
8

RESUMO

SILVA, Yanka Cristhina Bezerra. Laserterapia em pacientes com Artrite


Reumatoide. 2018. 26f. Monografia (Graduação) - Universidade de Brasília,
Graduação em Fisioterapia, Faculdade de Ceilândia. Brasília, 2018.

Objetivo: A incapacidade funcional é uma das principais repercussões da


artrite reumatoide (AR), devido ao acometimento das articulações. A
fisioterapia proporciona tratamento com Laser terapêutico de Baixa Intensidade
(LLLT) que possui efeitos anti-inflamatórios e analgésicos, podendo gerar uma
resposta positiva na incapacidade funcional do indivíduo. O objetivo do estudo
foi avaliar a eficácia da laserterapia em pacientes com artrite reumatoide.
Métodos: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego. Com 25 pacientes com AR,
em 3 grupos: grupo 1, simulação da laserterapia sem emissão de energia
(n=10); grupo 2, laserterapia com dosimetria menor (n=8); grupo 3, laserterapia
com dosimetria maior (n=7). Aplicou-se em 12 pontos ventrais e 12 dorsais, em
cada mão, durante 8 sessões. A efetividade do laser foi avaliada por meio de
dois questionários, Health Assessment Questionnaire Index (HAQ-DI) e
Disabilities of Arm, Shoulder and Hand (DASH) e o Jebsen-Taylor Hand
Function (JTT). Resultados: As médias do questionário HAQ-DI pré e pós
tratamento em cada grupo foram 1,78±0,49 e 1,59±0,55 (grupo 1), 1,81±0,66 e
1,75±1,08 (grupo 2) e 1,93±0,75 e 1,43±0,48 (grupo 3) (p=0,7741). Do
questionário DASH foram 72,10±23,26 e 60,00±24,63 (grupo 1), 73,00±28,28 e
74,00±31,54 (grupo 2) e 80,43±29,68 e 58,14±17,25 (grupo 3) (p=0,5078). No
teste JTT foram de 139,25s±53,48s e 146,87s±102,65s (grupo 1),
139,25s±53,48s e 146,87s±102,65s (grupo 2) e 194,45s±109,85s e
115,02s±22,06s (grupo 3) (p=0,2321). Conclusão: O tratamento com LLLT não
foi eficaz na melhora de pacientes com artrite reumatoide.

Palavras-chave: Artrite Reumatoide, Terapia a laser de baixa intensidade.


9

ABSTRACT

SILVA, Yanka Cristhina Bezerra. Laser therapy in patients with Rheumatoid


Arthritis. 2018. 26f. Monograph (Graduation) - University of Brasilia,
undergraduate course of Physicaltherapy, Faculty of Ceilândia. Brasília, 2018.

Objective: Functional disability is one of main repercussions in rheumatoid


arthritis (RA) due to joint involvement. Physiotherapy provides Low Level Laser
Therapy (LLLT) treatment that has anti-inflammatory and analgesic effects than
can cause a positive response to the individual's functional disability. The aim of
the study was assess the efficacy of laser therapy in patients with RA.
Methods: Randomized, double-blind clinical trial. Twenty five patients with RA
participated in 3 diferents groups: group 1, simulation of LLLT without energy
(n=10); group 2, LLLT minor dosimetry (n=8); group 3, LLLT major dosimetry
(n=7). In each hand It was applied in 12 ventral and 12 dorsal points during 8
sessions. The effectiveness of the laser was evaluated by two questionnaires,
the Health Assessment Questionnaire Index (HAQ-DI) and Disabilities of Arm,
Shoulder and Hand (DASH) and the Jebsen-Taylor Hand Function (JTT).
Results: The mean of the HAQ-DI questionnaire before and after treatment in
each group were 1.78±0.49 and 1.59±0.55 (group 1), 1.81±0.66 and 1.75±1, 08
(group 2) and 1.93±0.75 and 1.43±0.48 (group 3) (p = 0.7741). Of the DASH
questionnaire were 72.10±23.26 and 60.00±24.63 (group 1), 73.00±28.28 and
74.00±31.54 (group 2) and 80.43±29, 68 and 58.14±17.25 (group 3) (p =
0.5078). In the JTT test were 139.25s±53.48s and 146.87s±102.65s (group 1),
139.25s±53.48s and 146.87s±102.65s (group 2), 194.45s±109,85s and
115.02s±22.06s (group 3) (p = 0.2321). Conclusion: Treatment with LLLT was
not effective in improving of patients with RA.

Keywords: Rheumatoid Arthritis, Low Level Laser Therapy.


10

SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO................................................................................................12

2-OBJETIVOS....................................................................................................13

3-MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................13

3.1-DESENHO DO ESTUDO.............................................................................13

3.2-AMOSTRA...................................................................................................13

3.3-INSTRUMENTOS E MEDIDAS...................................................................14

3.4-PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO.............................................................14

3.5-ANÁLISE DOS DADOS E MÉTODOS ESTATÍSTICOS.............................15

4-RESULTADOS...............................................................................................15

5-DISCUSSÃO...................................................................................................16

6-CONCLUSÃO.................................................................................................18

7-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................18

8-ANEXOS.........................................................................................................22

ANEXO A-NORMAS DA REVISTA BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA.........22


11

LISTA DE ABREVIATURAS

AVDs: Atividades de Vida Diária.

AR: Artrite Reumatoide/ RA: Rheumatoid Arthritis.

DASH: Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand.

HAQ-DI: Health Assessment Questionnaire Disability Index.

HUB: Hospital Universitário de Brasília.

JTT: Jebsen-Taylor hand function test.

LLLT: Low Level Laser Therapy/ Laserterapia de Baixa Intensidade.


12

1-INTRODUÇÃO

A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença crônica, inflamatória, sistêmica

e progressiva, que acomete a membrana sinovial, principalmente, das

articulações periféricas. Eventualmente, pode haver manifestações extra-

articulares.1

A etiologia da AR permanece desconhecida, mas apresenta-se como

uma doença autoimune que se caracteriza pela inflamação das articulações e

que pode conduzir à destruição do tecido articular e periarticular.4

Os sinais e sintomas são dor, rigidez matinal, fadiga, perda da

mobilidade e redução da força muscular. A AR pode ocorrer em todas as

articulações sinoviais, afetando predominantemente as articulações do punho,

metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais nos membros superiores.5

Acredita-se que a cronicidade da doença gera deformidades das

estruturas ósseas que, associadas aos outros fatores extra-articulares (fadiga e

mal-estar)8, geram importantes alterações no dia-a-dia destes pacientes

comprometendo a função e a perda da capacidade ao trabalho, pois deixam de

realizar as atividades anteriormente desempenhadas e com alteração na

qualidade de vida, gerando assim dependência do sujeito.9

Considerando o potencial incapacitante da AR, o acompanhamento dos

pacientes com o ponto de vista funcional deve ocorrer desde o início da

doença, com orientação do paciente e programas terapêuticos dirigidos à

proteção articular e à manutenção do estado funcional do aparelho locomotor.13

A Fisioterapia contribui para que o paciente possa continuar a exercer as

atividades da vida diária. E dentre os recursos o Low Level Laser Therapy

(LLLT) - Laser Terapêutico de Baixa Intensidade pode ser utilizado pelo


13

fisioterapeuta, pois proporciona ao organismo uma melhor resposta à

inflamação, com consequente redução de edema que pode ocasionar a

melhora da função do indivíduo.14

2-OBJETIVOS

O objetivo do presente estudo é avaliar a eficácia do tratamento com o

Laser Terapêutico em pacientes com Artrite Reumatoide.

3-MATERIAIS E MÉTODOS

3.1-Desenho do estudo

Trata-se de um ensaio clínico randomizado, duplo cego, seguindo as

recomendações do Consort e a técnica de análise por intenção de tratar.

O estudo foi submetido e aprovado pelo comitê de ética da faculdade de

ciências da saúde da Universidade de Brasília e também foi aprovado no

Registro de Ensaios Clínicos (ReBEC).

3.2-Amostra

Participaram do estudo 25 pacientes com diagnóstico de AR do

ambulatório de reumatologia do Hospital Universitário de Brasília (HUB) da

Universidade de Brasília.

Critérios de inclusão: sexo feminino, idade entre 30 e 60 anos,

diagnóstico clinico de Artrite Reumatoide, capacidade de preencher o termo de

consentimento livre e esclarecido e ter duração de sintomas articulares em

ambas às mãos compatíveis com a doença, superior a três meses.


14

Critérios de exclusão: diagnóstico de Artrite Idiopática Juvenil, gravidez,

doenças do tecido colagenoso, doença infecciosa crônica, doença subjacente

aguda ou crônica com alta probabilidade de falecimento em futuro próximo.

3.3- Instrumentos e medidas

Ficha de dados gerais – dados pessoais, perfil socioeconômico, tempo

de doença, tempo de sintomas e dados gerais da doença. Os questionários

HAQ-DI – Health Assessment Questionnaire Disability Index – e o DASH – O

Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand, e também o JTT - Jebsen-Taylor

hand function test.

3.4-Protocolo de Intervenção

Este trabalho foi composto por três etapas: avaliação inicial, tratamento

e avaliação final. A avaliação inicial constitui-se de duas etapas. Primeiro uma

entrevista com questões referentes aos dados gerais e dados clínicos. Logo

após, foram avaliados os aspectos relacionados com a função do membro

superior, por meio de questionários (HAQ-DI e DASH) e o teste JTT,

padronizados validados para o Brasil. Todos os pacientes continuaram

medicados e sob assistência medica. O tratamento foi durante 4 semanas, 2

vezes por semana, totalizando 8 aplicações do laser. Na avaliação final foram

realizadas novamente todas as avaliações iniciais.

Os pacientes foram alocados em três grupos diferentes, de forma

randomizada, por meio de sorteio. Após a aleatorização, os pacientes foram

submetidos ao tratamento propostos em cada grupo pré-defenido:


15

GRUPO 1 – placebo: os pacientes foram submetidos à simulação de

tratamento, composto por 10 pacientes.

GRUPO 2 – LLLT, com menor dosimetria, 14J de energia aplicados por

mão, 2J por dedo e 4J por punho, composto por 8 pacientes.

GRUPO 3 – LLLT, com maior dosimetria, 28J de energia aplicados por

mão, 4J por dedo e 8J por punho, composto por 7 pacientes. .

Utilizou-se um laser de AsGaAl e foram utilizados pontos de aplicações

nas articulações interfalângicas e metacarpofalângicas, totalizando 10 pontos

ventrais e 10 dorsais e 2 pontos ventrais e 2 dorsais no punho.

3.5- Análise dos dados e Métodos estatísticos

Os dados obtidos foram agrupados e ordenados em uma planilha (Excel)

e processados, considerando as variáveis estudadas. Todos os dados foram

analisados estatisticamente.

A análise estatística foi realizada por meio do programa Prism v.6.0, da

Graphpad Software. Foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk, que

confirmou a normalidade da distribuição. Para análise simultânea dos grupos,

foi utilizado o teste ANOVA para medidas repetidas. Como não houve

diferenças entre os grupos não foram realizados testes post-hoc. O nível de

significância para todas as análises foi estabelecido em α=0,05.

4-RESULTADOS

Os participantes do grupo 1 tiveram média de idade de 61,80±7,74 anos

e os do grupo 2 56,63±11,45 anos, e do grupo 3 tiveram média de idade de

53,29±5,22 anos.
16

A média pré tratamento dos scores do questionário HAQ-DI, do grupo 1

foi de 1,78±0,49 e a pós foi de 1,59±0,55. Do Grupo 2, média pré de 1,81±0,66

e pós de 1,75±1,08. E do grupo 3 pré e pós foi de 1,93±0,75 e 1,43±0,48,

respectivamente (p=0,7741) (Figura 2).

A média pré tratamento dos scores do questionário DASH, do grupo 1

foi de 72,10±23,26 e a pós foi de 60,00±24,63. Do Grupo 2, média pré de

73,00±28,28 e pós de 74,00±31,54. E do grupo 3 pré e pós foi de 80,43±29,68

e 58,14±17,25, respectivamente (p=0,5078) (Figura 3).

A média pré tratamento dos scores do teste JTT, do grupo 1 foi de

132,80s±33,47s e a pós foi de 118,61s±28,75s. Do Grupo 2, média pré de

139,25s±53,48s e pós de 146,87s±102,65s. E do grupo 3 pré e pós foi de

194,45s±109,85s e 115,02s±22,06s, respectivamente (p=0,2321) (Figura 4).

5-DISCUSSÃO

Incialmente os dados coletados foram analisados em cada grupo

referentes ao antes e o após a terapia a laser. Com essa análise, é possível

avaliar a influência do tratamento proposto na atividade da AR, analisando se

após o tratamento houve melhora em aspectos funcionais e diminuição da

incapacidade funcional.

As características das participantes desta pesquisa são parecidos com

as de outros estudos da mesma linha. Em relação à idade, a média do nosso

estudo foi de 61,80±7,74 anos no grupo 1 e os do grupo 2 56,63±11,45 anos, e

do grupo 3 tiveram média de idade de 53,29±5,22 anos.. Em estudos

semelhantes a média de idade também foi entre os 50 a 60 anos. 15,19


17

Os participantes do grupo 3 compuseram um grupo com maior

acometimento funcional, pois em todas as avaliações os SCORES do grupo

foram mais elevados, se comparados aos grupo 1 e 2. Mas, ao fim do

tratamento, foi o grupo que mais reagiu à terapia a laser.

Analisando os dados referentes ao questionário HAQ-DI, de acordo com

a média dos SCORES, os pacientes mantiveram-se entre dificuldade moderada

a incapacidade grave (score de 1 a 2). O grupo 1 diminuiu 0,19 na média, o

grupo 2 0,06, mas já no grupo 3 houve uma diminuição de 0,5 na média dos

scores.

O questionário DASH possui um SCORE de 0 a 100, no qual 0

representa ausência de disfunção e 100 representa disfunção severa. Os

pacientes do grupo 1 diminuíram o SCORE em 12,10, já os do grupo 2

aumentaram o SCORE em 1,0, já os pacientes do grupo 3 diminuíram o

SCORE em 22,29. Importante ressaltar que o grupo 3 teve uma amostra que

chegou mais perto da disfunção severa (80,43), e foi o grupo que mais

respondeu ao tratamento ficando com um SCORE de 58,14.

O teste Jebsen-Taylor é composto vários testes e cada um recebe uma

pontuação, referente ao tempo que ele realiza a tarefa solicitada. O SCORE

total é a soma do tempo que ele realizou em cada atividade, quanto mais baixo

o tempo melhor o desempenho do paciente. Os pacientes do grupo 1

diminuíram o SCORE em 16,19 segundos, os pacientes do grupo 2 diminuíram

em 7,62 segundos, já os pacientes do grupo 3 diminuíram em 79,43 segundos,

ou seja, 1 minuto e 19,43 segundos. Podemos dizer que os pacientes do grupo

3 melhoram seu desempenho nas tarefas avaliadas pelo teste.


18

Os resultados após o tratamento com LLLT nos grupos não

apresentaram diferenças significativas, comparando os grupos no questionário

HAQ-DI (p=0,7741), DASH (p=0,5078) e no teste JTT (p=0,2321). Apesar de

não se observar diferenças significativas, os valores médios absolutos

demonstraram uma redução média em todos os scores, tanto no HAQ-DI, no

DASH e no teste JTT, no grupo tratado com o laser de 28 J (grupo 3).

É necessário mais estudos na área para se avaliar a efetividade do laser

terapêutico de baixa intensidade em pacientes com AR, principalmente em

aspectos funcionais. Visto que, essa é uma das principais queixas do paciente

com a doença.12

6-CONCLUSÃO

Pode-se concluir que o tratamento com o laser terapêutico de baixa

intensidade, AsGaAl com 808nm de comprimento de onda, com 14J ou 28J de

energia aplicados por mão, não foi eficaz na melhora de pacientes com Artrite

Reumatoide.

7- REFERÊNCIAS

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22

8- ANEXOS

Anexo A: Normas da Revista Brasileira de Reumatologia (RBR)


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