Neuromodulacao
Neuromodulacao
Neuromodulacao
Recife, 2013
Ramon Távora Viana
Orientadora:
Glória Elizabeth Carneiro Laurentino, Ph.D.
Co-Orientadoras:
Katia Karina Monte-Silva, Ph.D.
Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela, Ph.D.
Recife, 2013
“EFICÁCIA DA TERAPIA POR REALIDADE VIRTUAL (WII®) ASSOCIADA À
ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA NO
MEMBRO SUPERIOR PARÉTICO DE INDIVÍDUOS PÓS-ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO DUPLO
CEGO”.
COMISSÃO EXAMINADORA:
_______________________________________________
Coordenador(a) do PPGFISIOTERAPIA/DEFISIO/UFPE
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço aos pacientes envolvidos na pesquisa, sem
vocês nada teria sido conquistado. A relação terapeuta paciente é capaz de
desenvolver laços que vão além do simples dever de prestar e receber um
atendimento especializado. Devido à confiança recebida dos incríveis pacientes
que participaram deste projeto, eu serei eternamente grato por suas
contribuições.
À minha mãe Rita, pelo apoio por me incentivar a seguir a carreira que
ela sempre soube que eu seguiria. Pelos sacrifícios que ela se submeteu pelos
três filhos nada convencionais e nem sempre fáceis. Ao meu pai Matteus, pelo
incentivo em estudar e crescer. Espero continuar a ser merecedor do seu
orgulho.
In general, the recovery of the upper limb function after stroke is slower and
less efficient than that of the lower limb. In this scenario, the search for new
approaches, which demonstrate better results of the rehabilitation of the upper
limb has been encouraged. For this purpose, the virtual reality therapy (VRT)
has been gaining attention in recent years. In parallel and also recently, the
transcranial direct current stimulation (tDCS) has been used in an attempt to
maximize the effects of subsequent therapeutic techniques and thus obtain
quicker results and satisfactory rehabilitation of the upper limb in patients with
stroke. The study objectives were to evaluate the impact of tDCS over the
effects of VRT (WIITM) on motor function recovery of the paretic upper limb with
chronic stroke subjects and the impact on quality of life. A prospective,
randomized, controlled, double-blind clinical trial was carried out with 20 chronic
stroke patients, who were randomly allocated into two groups: tDCS/VRT,
submitted to an hour of TRV of the paretic UL plus excitatory tDCS (2mA, 13
minutes) on the injured hemisphere, and sham tDCS/VRT, submitted to virtual
reality therapy plus sham tDCS. Outcome measures were assessed before and
immediately after 15 therapy sessions and included the Fugl-Meyer Scale
(FMA) score, the Wolf Motor Function Test (WMFT), the modified Ashworth
scale (MAS) for the wrist flexor muscles, handgrip strength (HG), and stroke
specific quality of life (SSQOL-Brazil). Multifactorial repeated measure ANOVAs
(2X2) were used to investigate the main and interaction effects between the
groups before and after the interventions for the following outcomes: FMA,
WMFT, HG, and SSQOL. Wilcoxon and Student t-tests were employed to
investigate the differences between the groups regarding the MAS, FMA and
the SSQOL upper limb domain, respectively. In addition, the minimal clinically
importance differences (MCID) were calculated for all outcomes. The results
have showed no differences between-group, observed at baseline for any of the
oucome measures. Both groups demonstrated gains in all evaluated measures,
except for the SSQOL-UL domain. No between-group differences were
observed. Except for the SSQOL, the number of participants of the
experimental group who achieved MCID was greater than 50%. These findings
provide novel evidence supporting that the tDCS could be promising in
enhancing clinical outcomes in patients with neurological conditions.
Keywords: Stroke. Electric Stimulation. Brain. Virtual Reality ExposureTherapy.
Rehabilitation.
Lista de abreviaturas e siglas
12
busca por novas abordagens que apresentem um melhor resultado na
reabilitação do membro superior tem sido incentivada.
13
transcraniana e a ressonância magnética funcional (SCHLAUG; RENGA,
2008).
14
2 CAPÍTULO I
2.1 REVISÃO DA LITERATURA
15
quase imperceptíveis para o indivíduo. Este fator reflete diretamente na
recuperação após o AVC (COUPAR et al., 2012).
A recuperação pós-AVC depende da reabilitação, assim como da
prevenção de recorrência do episódio. Estas são as condutas seguidas em
todos os pacientes pós-AVC. O tratamento tem melhor efeito quando é
fornecido por uma equipe multidisciplinar (FJAERTOFT et al., 2004;
LANGHORNE et al., 2011). A recuperação da função do membro superior é
crítica para o retorno à funcionalidade de indivíduos acometidos pelo AVC. Em
boa parte dos casos, o paciente recupera a deambulação, mas não desenvolve
uma função aceitável do MS.
16
por feedback, o treino robótico específico para a função manual e o Bobath,
tornam seus efeitos incertos. (LANGHORNE et al., 2011).
17
Com o intenso avanço tecnológico das últimas décadas, novas
interfaces de realidade virtual são desenvolvidas a cada ano. Este crescimento
tem ligação direta com a indústria de entretenimento, principalmente com a de
jogos virtuais, mercado que superou a indústria de cinema e continua a
crescer. Uma tendência desse mercado está ligada a saúde pela iniciativa
intitulada “Games For Health” (http://gamesforhealth.org/). Ela tem como
objetivo promover saúde e melhorar a qualidade de vida através do uso desta
tecnologia (RUPPERT, 2011).
O uso de sensores de movimento associado aos jogos virtuais é
considerado o fator desencadeador da adoção de jogos para a saúde.
Classificados como Exergames, estes jogos de entretenimento incentivam o
uso de movimentos corporais para interação com o ambiente virtual. Com o
desenvolvimento de sensores de captação de movimentos de baixo custo, esta
tecnologia começou a ser adaptada no contexto da reabilitação e passou a ser
utilizada na prática de terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.
18
que também favorecem o uso da RV e podem ser benéficas para o tratamento
incluem: a representação visual, auditiva, e cinestésica, que torna a atividade
mais empolgante; o feedback preciso e instantâneo, através da representação
no ambiente da velocidade, amplitude de movimento e taxa de sucessos; a
graduação da complexidade da atividade, a qual pode ser aumentada e
reduzida de acordo com a capacidade funcional do indivíduo; a interatividade e
caráter lúdico da prática; além do estímulo das funções cognitivas, como
atenção, concentração, planejamento e precisão (CORRÊA, 2011; DEUTSCH
et al., 2011; MONTEIRO, 2011; RIZZO et al., 2011).
Dispositivos específicos foram desenvolvidos para o tratamento das
sequelas motoras do AVC e embora apresentem resultados favoráveis na
reabilitação do membro superior, inferior, e equilíbrio (YANG et al., 2011;
CAMEIRÃO et al., 2012), sua disseminação é dificultada pelo alto custo e
dificuldade de produção. Como alternativa os dispositivos comerciais
desenhados para o público geral são adaptados e utilizados com sucesso na
reabilitação. Entre os sistemas comerciais, alguns são citados na literatura:
plataformas de equilíbrio, para o treino de membros inferiores (GONZÁLEZ-
FERNÁNDEZ et al., 2010), e para os membros superiores, os consoles como o
Playstation EyeToy® e o Nintendo® Wii (YONG JOO et al., 2010; NEIL et al.,
2012). Em uma recente revisão sistemática Cochrane sobre a realidade virtual
na reabilitação pós-AVC, o efeito da RV foi comparável ao da terapia
convencional para os membros inferiores, equilíbrio, marcha e atividades
diárias, como tomar banho ou vestir-se. Sobre a função do membro superior
parético, a RV foi superior quando comparada à terapia convencional. A
ausência de mais estudos impede a comparação entre os dispositivos
comerciais adaptados e os desenvolvidos especificamente para a reabilitação
(LAVER et al., 2011).
19
de dores de cabeça e musculares (HEIDLAND et al., 2013). Somente no século
XIX foram iniciados os estudos sobre a aplicação de correntes contínuas de
baixa intensidade sobre o córtex cerebral. Hitzig e Fritsch (1870) estudaram os
efeitos da corrente galvânica sobre diferentes áreas do córtex cerebral de um
cachorro, para determinar se as respostas motoras encontradas eram de
origem central. Em meados 1960, Bindman foi o responsável pela descoberta
de que o gradiente de potenciais elétricos produzidos por correntes de baixa
intensidade era capaz de alterar a excitabilidade neural de ratos e que estes
efeitos duravam por horas após o fim da estimulação (BINDMAN et al., 1964).
A partir de então vários estudos foram realizados na tentativa de verificar o
potencial terapêutico da polarização cerebral, porém seu interesse perdeu força
devido às limitações tecnológicas da época. Nas últimas décadas formas de
verificar a excitabilidade e áreas de ativação do córtex, como a estimulação
magnética transcraniana e a ressonância magnética funcional, permitiram um
estudo mais aprofundado dos efeitos da corrente contínua e o potencial
terapêutico da ETCC (SCHLAUG; RENGA, 2008).
20
posicionado sobre a área a qual se deseja modular, a técnica é denominada de
ETCC anódica e o efeito excitatório é esperado. Denomina-se de ETCC
catódica quando o cátodo é posicionado sobre a área cuja modulação inibitória
é desejada.
Sabe-se que parte da corrente aplicada diretamente no crânio é
dissipada no escalpo e apenas cerca de 50% atinge a região do córtex a ser
estimulada. Mesmo assim o aumento da excitabilidade cortical ocasionado pela
ETCC anódica pode chegar a 150% dos níveis basais e perdurar até por 90
minutos quando aplicada durante 10 a 20 minutos (SCHLAUG; RENGA, 2008;
ADEYEMO et al., 2012). De modo geral a ETCC é aplicada de 10 a 30 minutos,
tempo suficiente para manter a alteração da excitabilidade cortical por 90
minutos ou mais (STAGG; NITSCHE, 2011; ADEYEMO et al., 2012).
A estimulação cerebral por corrente direta é uma terapia considerada
segura para aplicação em humanos devido aos poucos relatos na literatura de
efeitos adversos. Para aplicações terapêuticas a densidade de corrente é um
importante parâmetro de segurança a ser considerado. Em estudos em
animais, densidades inferiores a 25 mA/cm² não foram capazes de ocasionar
lesão no tecido nervoso, mesmo quando aplicados por horas (McCreery et al.,
1990). Nos protocolos usados em humanos a densidade não supera 0,05
mA/cm², ficando, portanto, muito abaixo dos valores considerados de risco
(BASTANI; JABERZADEH, 2012). Poucos são os relatos de desconfortos
durante a aplicação da ETCC, e quando presentes são leves e se resumem a
sensação de formigamento ou coceira. Efeitos adversos, como dores de
cabeça, náuseas e insônia, são raros e pouco relatados (POREISZ et al.,
2007).
Alguns estudos tentaram compreender os mecanismos subjacentes aos
efeitos produzidos pela ETCC. Sabe-se que o receptor NMDA da célula
nervosa e disponibilidade dos receptores AMPA na membrana celular estão
diretamente relacionados com a manutenção dos níveis de excitabilidade
cortical (STAGG; NITSCHE, 2011). Logo o efeito neuromodulatório da ETCC
sobre estes receptores na membrana é supostamente o principal responsável
pela reorganização cortical (neuroplasticidade) causada pela estimulação
(NITSCHE, et al., 2007). A neuroplasticidade é definida como a habilidade do
sistema nervoso central em adaptar-se em resposta a mudanças no ambiente
21
ou a lesões. Em nível celular representa mudanças na anatomia axonal e
dendrítica, e nas sinapses (plasticidade sináptica), responsável pelas
modificações na excitabilidade da membrana (SHARMA et al., 2013).
22
desequilíbrio inibitório entre os hemisférios afetado e não afetado após AVC é
um alvo lógico para a modulação terapêutica (NOWAK et al., 2009). Assim, na
ETCC catódica, o córtex hiperativado tem sua excitabilidade reduzida,
permitindo um reequilíbrio inter-hemisférico temporário. Enquanto a anódica,
estimula diretamente o córtex acometido, fornecendo condições para sua
adaptação (BOLOGNINI et al., 2009).
23
2.2 HIPÓTESES
2.3 OBJETIVOS
24
3 CAPÍTULO II
25
indivíduos selecionados conseguiriam entender e interagir com a terapia.
Adotou-se como outro critério de inclusão a capacidade do indivíduo de segurar
o controle da TRV, através do teste da força de preensão manual utilizando o
dinamômetro manual (Saehan®) (REIS; ARANTES, 2011). Caso o mesmo
apresentasse qualquer valor acima de zero, ele era considerado apto a segurar
o controle. Foram excluídos do estudo pacientes com déficits visuais, auditivos
ou de fala, que impedissem a realização da terapia ou que estavam em
tratamento fisioterapêutico, que reportassem história de convulsões ou
epilepsia, além da presença de aneurisma cerebral ou implantes metálicos.
Estes critérios de elegibilidade foram definidos através dos critérios do
EVREST(SAPOSNIK et al., 2010), estudo base para a utilização da TRV (WII®)
e dos aspectos de segurança da aplicação da ETCC (POREISZ et al., 2007). .
Para captação da amostra foi realizada uma busca nas fichas de triagem
da clínica escola da Faculdade Integrada do Recife – Estácio/FIR e do Hospital
das Clínicas (HC) da UFPE, além da divulgação de anúncio na rádio
universitária e listas de espera de outros projetos com AVC do departamento
de Fisioterapia da UFPE.
A primeira triagem foi feita através de telefone, na qual os seguintes
critérios foram questionados aos indivíduos: ter mais de seis meses de lesão e
severidade do comprometimento do membro superior parético, o qual deveria
apresentar movimentação ativa e algum uso durante as atividades diárias.
Quando o indivíduo relatava atender a esses critérios, uma segunda triagem foi
marcada para ser realizada de forma presencial no Laboratório de Cinesiologia
e Avaliação Funcional ou no Laboratório de Neurociência Aplicada. Na triagem
presencial, caso o participante atendesse a todos os critérios de elegibilidade
adotados no estudo, este era considerado elegível.
3.1.5 Avaliação
Antes de iniciar os procedimentos experimentais, os pacientes que
atenderam os critérios de elegibilidade forneceram autorização por escrito
através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice I).
Neste momento, dados pessoais, antropométricos, demográficos e clínicos
foram coletados a partir de uma ficha de avaliação padronizada (Apêndice II).
Em seguida, os indivíduos foram avaliados por um examinador mascarado,
26
devidamente treinado e experiente que conduziu todas as medidas de
desfechos clínicos pré-estabelecidos. As avaliações foram realizadas em dois
momentos: antes do início da terapia (pré-tratamento) e logo após o término
das cinco semanas de intervenção (pós-tratamento). Os desfechos clínicos
utilizados estão posteriormente detalhados no texto.
27
3.1.7.1 Versão Brasileira da Escala de Avaliação de Fugl-Meyer para
a função motora do membro superior
A EFM (ANEXO III) é o instrumento mais conhecido e utilizado para
avaliar a recuperação motora, sendo considerada o padrão ouro para este
desfecho (GLADSTONE et al., 2002). A escala completa avalia amplitude de
movimento, dor, sensibilidade, função motora da extremidade superior, inferior
e equilíbrio, além da coordenação e velocidade na realização do movimento,
atribuindo escore de 0 a 2 em ordem crescente da melhora funcional,
totalizando 226 pontos. A avaliação apenas da função motora totaliza em 100
pontos, 66 destes são somente para a função do membro superior distribuída
nos seguintes domínios: sinergia flexora, sinergia extensora, movimentos sem
sinergia, movimentos do punho, mão, e o domínio de coordenação e
velocidade. Esta escala apresenta uma excelente confiabilidade
interobservador (ICC=0,99) e intraobservador (ICC=0,98) (MAKI et al., 2006;
MICHAELSEN et al., 2011).
28
3.1.7.3 Escala modificada de Ashworth
Embora não exista uma medida clínica para avaliação da espasticidade
aceita universalmente, a escala modificada de Ashworth é amplamente
utilizada, e a melhor aceita em pesquisas e no meio clínico. A MAS avalia a
resistência à movimentação passiva em articulações cuja musculatura
apresenta sinais de espasticidade. A escala é dividida em cinco pontos, com
valores de 0 a 4 incluindo o valor 1+.(ANSARI et al., 2012).
Para realização do teste, o paciente foi posicionado sentado, em
repouso, com o ombro em posição neutra, cotovelo flexionado a 90° e punho
em posição de flexão. O indivíduo foi instruído a relaxar o membro superior. O
movimento de extensão de punho foi realizado passivamente de forma rápida
em três repetições (NAGHDI et al., 2008), permitindo o examinador mensurar o
grau de resistência oferecido pela musculatura flexora do punho. O valor
encontrado era indicado como o grau de espasticidade do paciente. Pontuado
de 0 a 4 em ordem crescente de comprometimento, classificado: 0, tônus
normal; 1, aumento do tônus no início ou no final do arco de movimento; 1+,
aumento do tônus em menos da metade do arco de movimento, manifestado
por tensão abrupta seguida de um relaxamento máximo; 2, aumento do tônus
por mais da metade do arco de movimento; 3, partes posicionadas em flexão
ou extensão e movidas com dificuldade; 4, partes rígidas em flexão ou
extensão sem mobilidade. Apresenta uma boa confiabilidade intraobservador
(ICC 0.86) (BOHANNON; SMITH, 1987).
29
adotado foi medido em quilograma força (kgf). A dinamometria de preensão
manual é uma ferramenta válida e confiável para avaliar a força de preensão,
além de estimar a força global do membro superior, sendo utilizada para
monitorar a mão e o membro durante intervenções (NASCIMENTO et al.,
2012). Além disso, é acessível e fácil de aplicar e pode ser usada em
protocolos de avaliação como preditora da recuperação motora (SOARES et
al., 2011).
30
Os indivíduos alocados nos dois grupos foram submetidos durante 15
dias ao tratamento, com duração de uma hora, três vezes por semana,
totalizando cinco semanas de atendimento (LAVER et al., 2011).
Anteriormente a primeira sessão experimental realizou-se uma
familiarização do participante com a TRV e a ETCC, garantindo o entendimento
da terapia e adequação ao protocolo. O tratamento foi realizado no laboratório
de Cinesiologia e Avaliação Funcional, onde, antes e após o tratamento eram
verificados a pressão arterial e a frequência cardíaca, assim como sinais de
fadiga ou de desconforto relacionado à terapia.
31
Figura 1: ETCC (Striat); Posicionamento dos eletrodos para estimulação
32
Figura 2: paciente realizando a terapia por realidade virtual (Wii®) para
os movimentos do ombro, cotovelo, punho e dedos.
33
A DCMI é definida como a menor diferença no escore de um domínio de
interesse que os pacientes percebem e consideram que houve uma mudança
em seu estado de saúde (JAESCHKE et al., 1989). No presente estudo, a
análise da DCMI foi realizada para todos os desfechos estudados, exceto para
SSQOL total, para o qual nenhum valor estimado do DCIM foi encontrado na
literatura. Para os outros desfechos, os valores do DCMI foram: 4.25 para a
EFM (PAGE et al., 2012); 4.36 segundos para a WMFT-tempo e 0.37 para
WMFT-habilidade funcional (LIN et al., 2009); 5 e 6.2Kgf para a mão não
dominante e a dominante, respectivamente na DM (LANG, C. E. et al., 2008); 1
ponto na MAS e 6% para a função do membro superior no SSQOL (LIN et al.,
2011).
34
4 CAPÍTULO III
35
Title: Effects of the addition of transcranial direct current stimulation to virtual
reality therapy after stroke: A pilot randomized controlled trial
Authors: Viana RT¹, Laurentino GEC¹, Souza RJP¹, Fonseca JB¹, Silva Filho EM¹,
Dias SN¹, Teixeira-Salmela LF2, Monte-Silva KK¹
Affiliations
¹Department of Physical Therapy, Universidade Federal de Pernambuco, Recife,
Pernambuco, Brazil
²Department of Physical Therapy, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brazil
36
1. ABSTRACT
deficits after stroke. Previous studies suggested that transcranial direct current
determine if the tDCS combined with Wii virtual reality therapy (VRT) would be
superior to Wii therapy in improving upper limb function and quality of life with chronic
stroke individuals.
that received VRT plus tDCS, or a control group that received VRT plus sham tDCS.
The therapy was delivered in 15 sessions with 13 minutes of active or sham anodal
tDCS and one hour of virtual reality therapy. The outcomes included were the Fugl-
Meyer scale and the Wolf motor function test, the modified Ashworth scale(MAS),
grip strength and stroke specific quality of life scale(SSQOL). Minimal clinically
RESULTS: Both groups demonstrated gains in all evaluated measures, except for
the SSQOL-UL domain. Between-group differences were observed only for wrist
spasticity levels in the experimental group, where more than 50% of participants
CONCLUSIONS: These findings support that tDCS combined with VRT effects
37
2. INTRODUCTION
Upper limb (UL) impairments are the most common disabling deficits after
recover as well as the lower limb and it is estimated that up to 70% of the individuals
are not able to use their paretic UL(Sunderland et al., 1994). To reduce UL
therapy, robotic arm training, and virtual reality therapy (VRT), have been
2011). Amongst these approaches, the VRT has experienced a burst over the last
four years (Saposnik, Mamdani, et al., 2010), probably due to the popularization of
Man, Tam, & Weiss, 2006). With a strong potential to activate the motor cortex,
which is one of the indicators of successful brain plasticity (Kang et al., 2012), the
efficacy of the VRT has been investigated in several clinical trials in combination with
conventional therapies for motor rehabilitation with subjects with cerebral palsy,
Carvalho, & Battaglia, 2013; Pompeu et al., 2012; Ramstrand & Lygnegård, 2012;
review showed limited evidence of the benefits of VRT in improving motor function,
Crotty, 2011).
modulating the neuron synapses and generate new neuronal associations, leading to
38
neuroplasticity (Schabrun & Chipchase, 2012) are gaining interest for its potential to
Pascual-Leone, & Fregni, 2009) pointed out that the combination of NIBS with
physical therapy interventions could optimize the plastic effects induced by motor
practices and lead to more remarkable and outlasting clinical gains in stroke
rehabilitation. To our knowledge, the effects of combining NIBS with VRT on motor
recovery were not evaluated. Thus, to investigate the effects of the addition of NIBS
to VRT on UL motor function and quality of life (QoL) in chronic stroke subjects, the
WiiTM gaming technology and the transcranial direct current stimulation (tDCS) were
employed.
The WiiTM gaming technology is a new style of virtual reality, that by using a
the player interacts with the virtual environment. Although it has been designed for
sometimes lengthy (Deutsch et al., 2011). The tDCS is a type of non-invasive brain
stimulation that is able to modulate the cortical excitability by the application of weak
direct current stimuli through the surface of the scalp. The tDCS effects are polarity
dependent, i.e., the cathodal tDCS reduces, whereas the anodal tDCS enhances
cortical excitability for about an hour after stimulation(Nitsche & Paulus, 2001;
Paulus, 2003).
It has been speculated that VRT and tDCS share synergistic impacts on
synaptic and network plasticity. It was hypothesized that the association of these
aim of this pilot randomized trial was to determine if the addition tDCS to Wii virtual
39
reality therapy would be superior than virtual therapy alone in improving UL function
3. METHODS
3.1 Participants
following criteria: had sustained a unilateral stroke at least six months, were older
than 21 years, had residual weakness and/or spasticity of the paretic UL, were able
to hold the Wii controller with their paretic hand, and had no cognitive deficits, as
determined by the cut-off scores on the Mini-mental state exam (Lourenço & Veras,
2006). They also should be able to follow instructions and interact with the games.
surgeries involving metallic implants, were excluded. These exclusion criteria were
the tDCS (Poreisz, Boros, Antal, & Paulus, 2007). Eligible participants provided
written consent before the screening tests, based upon approval by the University
40
3.2 Design
As shown in Figure 1, 161 subjects with stroke were screened for eligibility by
telephone and 63 were eligible and physically screened. Of the 63, 35 agreed to
participate. However, 15 were excluded because they were not able to hold the Wii
controller with their paretic hands and 20 were assigned to the experimental (n=10)
or the control (n=10) groups. There were no dropouts from the trial.
tDCS would maximize the VRT-induced effects on UL motor function and QoL of
probability and were balanced into similar blocks. The randomization procedures
were generated by an independent researcher, who was not involved in the study.
The participants, the researchers involved in the VRT interventions and evaluations
were blinded to group allocations for the full duration of the trial.
3.3 Procedures
Physical assessments and interviews were carried out with all participants for
the collection of clinical and demographic data, which included age, gender, hand
dominance, type of stroke, number of stroke events, time since the onset of the
stroke, paretic side, and use of medications. Outcome measures were obtained at
baseline and immediately after the interventions for both groups by trained research
41
3.4 Primary outcome measures
assessment (FMA) scale and the Wolf motor function test (WMFT).
designed to assess motor functioning, balance, sensation, and joint functioning and
is considered the gold standard for the evaluation of sensorimotor recovery following
research contexts to determine the disease severity, describe motor recovery, and
plan and assess interventions. In the present study, the 33-item of the UL section
was employed. The items are rated on 3-point ordinal scale, as follows: 0= unable to
perform; 1= partial ability to perform; and 2= near normal ability to perform. The UL
subscale evaluates motor function recovery in six domains: flexor and extensor
and speed (Michaelsen, Rocha, Knabben, Rodrigues, & Fernandes, 2011). Adequate
inter-rater. reliability was reported for the UL subscale total scores (ICCs=0.98).
combining time and quality of movement measures during both isolated movements
and functional tasks. The WMFT consists of 17 tasks, however only 15 items were
42
included in the present study. Of the 17 WMFT tasks, 15 are timed and the maximum
time allowed for the completion of each task is 120 seconds. The WMFT also
quantifies the quality of the movement by means of the functional ability scores
(FAS), which are rated on a 6-point functional ability scale with maximum scores of
(ICCs0.75) reliabilities were previously reported by Pereira et al. (2011) for the
The tonus of the wrist flexor muscles was assessed with the modified
point ordinal scale(Ansari et al., 2012). The MAS has shown appropriate
model SH5001 (Saehan Corporation, Masan, Korea). High reliability levels were
2012). To perform the test, the participants sat on a chair with their UL positioned at
zero degrees of shoulder adduction at the side, 90 degrees of elbow flexion, and the
wrist between zero and 30 degrees of extension. They were instructed to squeeze as
43
hard as they could for three seconds and, then, relax for 20 seconds. The means of
the three trials, whose values were similar, were recorded for analyses(Reis &
Arantes, 2011).
Quality of life was assessed by the Brazilian version of the Stroke Specific
energy, family roles, language, mobility, mood, personality, self-care, social roles,
Magalhães, & Gomes-Neto, 2008). There are three sets of answers, each with a
scale ranging between one to five, with five being the best score, and the total of 245
is the highest possible score(Williams, Weinberger, Harris, Clark, & Biller, 1999). The
total score and the upper extremity function scores (maximum of 25) were
and which would mandate, in the absence of troublesome side effects and excessive
costs, a change in the patient’s management” (Jaeschke, Singer, & Guyatt, 1989).
The MCID was determined for all of the investigated outcomes, except for the
SSQOL total scores, since no previous estimations were found in the literature.
44
The MICD values for grip strength were 6.2kg and 5.0 for the paretic
Dromerick, 2008). MCID values for the FMA-UL, WMFT-TIME, and WMFT-FAS were
4.25, 4.36, and 0.37, respectively(Lin et al., 2009; Page, Fulk, & Oyne, 2012). MCID
values of 1.0 and 6% were adopted for the MAS and the SSQOL-UL subscale,
3.7 Interventions
The experimental group received VRT plus tDCS, whereas the control group
The VRT was delivered using the Nintendo Wii TM gaming system. The Wii
system is a video game created by the Nintendo, which uses a movement detection
players’ motions on the TV screen(Deutsch et al., 2011). For the VRT, the
participants, seated with back support, were instructed to use only their paretic UL.
The VRT was composed of the three games: “Wii Sports resort TM”, “Wii Play
MotionTM”, and “Let´s TapTM”, which provided various types of exercises for the UL,
including movements of the shoulder, elbow, wrist, hand, and fingers. The levels of
the participants' impairments were taken into consideration, when choosing the game
protocol and each game was played for 15 minutes, totaling one hour. When
necessary, two to five minute rest intervals were allowed. The VRT was applied three
days a week during five weeks, totaling 15 hours. Before the beginning of the first
45
session, all participants underwent a one-hour training session for familiarization with
the VRT and the game objectives. To avoid risks of injuries, passive stretching was
For priming the cortical neural networks to receive the VRT(Bolognini et al.,
2009),the anodal tDCS (2mA) was applied for 13 minutes. Continuous direct currents
cm2) and delivered by a clinical current stimulator (Striat, IBRAMED, Brazil), with a
maximal output of 20 mA. The anodal electrode was positioned over the primary
motor cortex (M1) (C3 or C4, international 10-20 system) of the affected hemisphere
and the cathodal electrode above the contra lateral orbit. For the Sham-tDCS, the
doses and compliances were carried out by the treating physical therapists.
Descriptive statistics were carried out for all outcome variables. Chi-square
and Student t-tests were employed to evaluate differences between the groups
(2X2), followed by pre-planned contrast, were employed to determine the main and
46
interaction effects between the groups (experimental and control) and the time
(baseline and post-interventions) for all outcomes. Chi-square was used to compare
the between-group differences for the proportions of the subjects, who reached the
4.RESULTS
experimental and 10 in the control group) and all concluded the tests and the
regarding their demographic and clinical characteristics (Table 1). No adverse events
Table 2 provides the descriptive data for all of the outcome measures at
p=0.05), indicating that both groups demonstrated similar behaviors over time for all
47
Figure 2 shows the percentages of participants in each group who reached the
MICD for all the evaluated outcomes. Except for the grip strength and WMFT-TIME,
the number of participants who showed clinically relevant changes was greater than
50% in the experimental group. However, only for the MAS the between-group
5. DISCUSSION
To the best of our knowledge, this was the first study that investigated the
effects of the addition of tDCS to VRT on UL motor function recovery and QOL with
chronic stroke subjects. Corroborating previous data (Saposnik, Teasell, et al., 2010;
Yong Joo et al., 2010), strong effects of the VRT alone were observed. Fifteen hours
of VRT led to significant improvements in all investigated outcomes, except for the
SSQOL-UL scores. Similar findings were shown previously by Saposnik et al. (2010),
who investigated the feasibility of using the WIITM VRT in reducing UL impairments.
Their results demonstrated that the VRT provided hope for enhancing UL motor
function and improving QoL of stroke survivors during the acute and sub-acute
phases. In agreement, a recent Cochrane review (Laver et al., 2011) reported that
the best effects of VRT were on the UL function and that 15 sessions had moderate
effects on motor function recovery and large effects on activities of daily living.
(Murphy & Corbett, 2009). Strategies to promote plasticity seem to be the future for
stroke rehabilitation and research. Therefore, the use of VRT may be of advantage to
and repetitive task-specific practice (Laver et al., 2011), which are two important
48
conditions to induce neuroplastic changes (Hubbard, Parsons, Neilson, & Carey,
2009; Risedal et al., 2002). Like the VRT, the tDCS can also promote plastic changes
in the human cortex. A study with functional magnetic resonance imaging (fMRI)
revealed that 20 hours of VRT could promote cortical plastic reorganization of the
results were reported by a study that applied tDCS(Lang et al., 2005). These studies
showed that the brain activation changes in the motor cortex might contribute to the
restitution of motor function in stroke patients. Then, one possible conjecture that the
combination of VRT and tDCS would maximize their positive individual effects on
WMFT scores with a power of 100%. However, in contrast to what was expected, no
differences between the groups were observed. Opposed with previous studies
which showed that tDCS maximized the effects of traditional therapies(Kim et al.,
2010; Nair, Renga, Lindenberg, Zhu, & Schlaug, 2011), the findings of the present
study suggested that tDCS appeared not to be able to augment the positive effects of
The lack of differences between the groups could be due the ceiling effect
over motor function outcomes, a critical review of the measurement properties from
Fugl-Meyer motor function scale relate a ceiling effect over responsiveness over mild
chronic stroke patients in the motor domain (Gladstone et al., 2002). The VRT could
have contributed with this effect, this has been observed in other studies involving
NIBS and motor therapy with stroke patients (Malcolm et al., 2007) and related by a
review of NIBS effects over trained induced plasticity (Bolognini et al., 2009).
49
Due to large variability in recovery of stroke patients, physiological measures
like Motor Evoked Potential (MEP) and others biomarkers shows long-term effects of
the tDCS without showing motor function effects. Based on this affirmative,
Schjetnan et al. recommend that biomarkers like cortical synchrony could be used as
In addition, the small sample size could influence the absence of group
differences, since the sample size is related to the power analysis. In the present
study, the time and group interaction effects showed weak power, which could have
led to the type II errors, when the null hypothesis is erroneously accepted due to the
Another evidence of the present findings appears to point out for type II errors
regarding the impact of the tDCS over the VRT effects on UL motor function
recovery. For the FMA-UL and the WFMT-FAS, the number of patients who reached
the MCID was 30% higher in the experimental, compared to the control group. In
addition, the paticipants on the experimental group demonstrated MCID above 50%
decreased tonus of the wrist flexor muscles. It is possible that the anodal tDCS
increased neural activity in the injured hemisphere and, consequently, reduced the
spasticity levels. The role of the motor cortex on the development of spasticity has
descending inhibitory inputs through the corticospinal tracts and result in increased
50
excitability of the motoneurons, leading to the spasticity (Vandermeeren, Lefebvre,
Desfontaines, & Laloux, 2012). The tDCS application has been associated with
improvements in the MAS scores (Adeyemo, Simis, Macea, & Fregni, 2012). For
instance, the cathodal tDCS on the non-injured hemisphere and the anodal tDCS on
the injured one have been reported to have positive effects on the elbow and wrist
muscular tone (Wu et al., 2012). Since synergy and spasticity are considered
important limiting factors for the functional recovery of the UL in stroke patients(Ohn
et al., 2012), the findings of this study suggested some positive effects of the tDCS,
when associated with VRT. Indeed, clinically, the motor recovery of stroke subjects
has been historically associated with declines in spasticity and better control of the
important contributor to the QoL of these individuals, since the UL movements are
living(Likhi, Jidesh, Kanagaraj, & George, 2013). In this study, both groups showed
improvements in their overall QoL scores. However, the experimental group has a
stronger improvement. The MCID values were higher for the experimental group.
Given the lack of significant changes of the SSQOL-UL scores for both groups,
probably other domains could have contributed to the improvements in the overall
These factors were reported to have strong contributions for the QoL of individuals
in our study, we can report a tDCS effect over flexor wrist spasticity, and yet non
51
significant, over minimal clinically important differences in Wolf motor function ability
scale, spasticity and Quality of life on upper limb motor function domain Future
studies with larger samples of subjects with various levels of motor impairments, less
time since the stroke and with physiological brain biomarkers are necessary to further
elucidate the present results. Within a broader perspective, these findings provide
novel evidence supporting that the neuromodulatory techniques that prime the brain
with neurological conditions. It is possible that further research may support the
employment of tDCS and VRT as part of the treatment arsenal for physical
therapists.
6. DECLARATION OF INTEREST
7. ACKNOWLEDGEMENTS
8. REFERENCES
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60
Table 1: Characteristics of the participants
Time since the stroke (months), mean (SD) 31.9±18.2 35±20.3 0.67
mean (SD)
WMFT= Wolf motor function test; SSQOL= Stroke specific quality of life. independent samples T test
61
Table 2: Means (SD) of groups, mean (SD) differences within groups, and mean (95% CI) differences between groups.
62
9. FIGURE CAPTIONS
variables
63
Individuals with stroke
screened by telephone
(n=161)
Excluded (n=98)
Ineligibility (n=58)
Recent stroke (n=10)
Cognitive deficits (n=12)
Physically screened Other reasons (n=18)
(n=63)
Excluded (n=43)
Declined to participate
(n=28)
Not able to hold the Wii
Baseline Assessment
controller (n=15)
Upper limb function and
dexterity, spasticity, grip
strength, and quality of life
Randomization
(n =20)
Completed Completed
trial trial
(n=10) (n=10)
Pos-Training Assessment
64
80
70
60
% of subjects
50
40
30
20
10
0
FMA-UL WMFT-TIME WMFT-FAZ MAS Grip strength SSQOL-UL
65
5 CAPÍTULO IV
66
ser apontada como o principal motivo da ausência de diferença entre os grupos
nos dois desfechos primários (EFM e WMFT).
Pode-se afirmar que 15 horas de TRV através do Wii® teve um
importante efeito benéfico sobre a função motora e habilidade funcional. Estes
efeitos superaram nossas perspectivas. Os indivíduos apresentaram uma
melhora nas atividades funcionais propostas pelo WMFT, realizando-as de
forma mais rápida e natural. Além disso, muitos relataram, de maneira informal,
que estavam utilizando o membro superior parético para atividades que antes
não realizavam. Este efeito pode ter atingido o potencial máximo de
recuperação dos indivíduos no tempo determinado, o que também poderia
explicar a ausência de diferenças entre os grupos nos desfechos primários.
Em resumo, de acordo com os nossos resultados que apresentam uma
tendência em favorecer o grupo ETCC/TRV, podemos sugerir que a ETCC
poderia ser combinada com a TRV para maximizar os efeitos sobre a função
motora. Ensaios clínicos futuros com amostras maiores e com diferentes níveis
de comprometimento motor poderão confirmar estes achados. Em um cenário
mais amplo, observa-se que estes achados fornecem novas evidências
reforçando que técnicas neuromodulatórias que preparam o cérebro para
outras terapias são consideradas promissoras em melhorar os desfechos
clínicos de pacientes com condições neurológicas.
67
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77
APÊNDICES
APÊNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.
(de acordo com a Resolução 196/96 - CNS)
78
mostrando eficácia semelhante à das demais modalidades de tratamento, com a vantagem de
ter inicio de ação mais rápido e com boa aceitação dos pacientes por ser praticamente isenta
de efeitos colaterais. Caso a pesquisa demonstre resultado positivo em relação a terapia por
por realidade virtual e, você faça parte do grupo controle, tendo se submetido a estimulação
fictícia, terá a oportunidade de receber a terapia experimental, caso o deseje.
CUSTOS/REEMBOLSO: Esse estudo não requer nenhum tipo de ônus para você, sendo todos
os custos de total responsabilidade dos pesquisadores. Sua participação também será
voluntária, ou seja, você não receberá nenhuma retribuição financeira.
NATUREZA VOLUNTÁRIA DO ESTUDO/ LIBERDADE PARA SE RETIRAR
A sua participação é voluntária e você tem o direito de se retirar por qualquer razão e a
qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo ou restrição.
CARÁTER CONFIDENCIAL DA PESQUISA: Todos os dados da pesquisa serão armazenados
no Laboratório de Cinesiologia e Avaliação Funcional do Departamento de Fisioterapia da
UFPE sob a responsabilidade dos pesquisadores e quaisquer dados que venham a ser
publicados não constará seu nome, ou seja, sua identidade não será revelada.
DECLARAÇÃO E ASSINATURA
Eu,___________________________________________________________, RG
______________ li e entendi toda a informação repassada sobre o estudo, sendo os objetivos,
procedimentos e linguagem técnica satisfatoriamente explicados e recebi uma cópia deste
formulário de consentimento. Tive tempo, suficiente, para considerar as informações acima e,
tive a oportunidade de tirar todas as minhas dúvidas. Estou assinando este termo
voluntariamente e, tenho direito, de agora ou mais tarde, discutir qualquer dúvida que venha a
ter com relação à pesquisa com:
Profª Glória Elizabeth Carneiro Laurentino: (0XX81) 21268811; 96730642.
Tel.: (081) 30711540; (081) 96730642
Profª. Kátia Karina Monte Silva – Professora adjunto/Departamento de
Fisioterapia/88631322
Ramon Távora Viana – Mestrando em Fisioterapia/Departamento de Fisioterapia/97779335
Marsílio Brasil de Sá Leitão – Mestrando em Fisioterapia/Departamento de
Fisioterapia/94989945
_______________
Local e Data
79
_________________________________ _________________________________
Voluntário(a) Testemunha 1
__________________________________ _________________________________
Pesquisador Testemunha 2
80
APÊNDICE II - Ficha de avaliação padronizada
1. DADOS DEMOGRÁFICOS
Nome:_____________________________________________Sexo:______Telefone:______
Endereço: __________________________________________________________________
Nome acompanhante: ____________________________________Telefone: ____________
Data de Nascimento: _______________ Idade (anos): ______ Naturalidade:_____________
Estado civil: _____________________ Mora com: _________________________________
Escolaridade:_______________________________Formação: _______________________
Ocupação atual: _____________________________ Nível sócio-econômico:_____________
QP:_______________________________________________________________________
2. DADOS CLÍNICOS DO AVE
MAIS DE UMA HISTÓRIA DE AVE: ______
( ) UMA HISTÓRIA DE AVE DATA DA ULTIMA: ___________________
DATA: ___________________________ Tempo de evolução (meses):______________
Tempo de evolução (meses):__________ ( ) ISQUÊMICO ( ) HEMORRÁGICO
( ) ISQUÊMICO ( ) HEMORRÁGICO ( ) HP ESQ ( ) HP DIR
( ) HP ESQ ( ) HP DIR Tempo de estadia hospitalar: _____________
Tempo de estadia hospitalar: _________
Reabilitação:
Fisio: _______________ TO __________ Fono: _______ Outros: ______________
- Em geral,o senhor diria que a sua saúde é: ( )Excelente ( )Muito boa ( )Boa ( )Razoável(
)Ruim
4. EXAME FÍSICO
Massa:________ Altura: ________
PA: __________ FC: __________
81
APÊNDICE III
82
APÊNDICE IV
4. Trápezio superior.
Paciente sentado, realiza uma látero-flexão da cervical para o lado
contrário com discreta rotação da cabeça para o mesmo lado. Apoia o
ombro do sentido caudal.
83
ANEXOS
ANEXO I
84
ANEXO II
MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL
Pontos Escore
Orientação temporal
Que dia é hoje? 1
Em que mês estamos? 1
Em que ano estamos? 1
Em que dia da semana estamos? 1
Qual a hora aproximada? Considere a variação de ± 1 hora. 1
Orientação espacial
Em que local estamos? Consultório, dormitório, sala –
1
apontando para o chão.
Que local é este aqui? Apontando ao redor num sentido mais
1
amplo: hospital, própria casa, casa de repouso.
Em que bairro nós estamos ou qual o nome de uma rua
1
próxima?
Em que cidade nós estamos? 1
Em que estado nós estamos 1
Memória imediata
Eu vou dizer três palavras e você irá repeti-las a seguir: carro,
vaso, tijolo.
3
01 ponto para cada palavra certa, embora possa repeti-la até 3X
para o aprendizado, se houver erros.
Cálculo
Subtração de setes seriadamente: 100 - 7, 93 - 7, 86 - 7, 79 - 7,
72 - 7.
01 ponto para cada resultado correto. Se houver erro, corrija-o e 5
prossiga. Considere correto se a pessoa espontaneamente se auto
corrigir (OBS**).
Evocação de palavras
Quais as palavras que você acabou de repetir? 01 ponto para
3
cada.
Nomeação
Que objeto é este? Peça para nomear os objetos mostrados
2
(relógio, caneta). 01 ponto para cada.
Repetição
Preste atenção: vou lhe dizer uma frase e quero que você
repita: “nem aqui, nem ali, nem lá” Considere somente se a repetição for 1
perfeita (01 ponto).
85
Comando
Pegue este papel com sua mão direita (01 ponto), dobre-o ao
3
meio (01 ponto) e coloque-o no chão (01 ponto).
Leitura
Mostre a frase escrita: “feche os olhos” e peça para o indivíduo
fazer o que está sendo mandado. Não auxilie se pedir ajuda ou se só ler 1
a frase sem realizar o comando.
Frase
Peça para escrever uma frase. Se não compreender o
significado, ajude com: alguma frase que tenha começo, meio e fim,
1
alguma coisa que aconteceu hoje, alguma coisa que queira dizer. Não
considere erros gramaticais ou ortográficos.
Cópia do desenho
Mostre o modelo e peça para fazer uma cópia o melhor
possível. Considere apenas se houver 2 pentágonos interseccionados
1
(10 ângulos) formando uma figura de 4 lados ou com dois ângulos (01
ponto).
TOTAL 30
** Soletrar a palavra MUNDO de trás para frente (01 ponto para cada letra na posição
correta)
86
ANEXO III - Escala de Avaliação Fugl-meyer em português
87
ANEXO IV - Wolf motor function test – versão brasileira
88
ANEXO V - Stroke specific quality of life scale – versão brasileira
89
90