Unicesumar - Centro Universitário de Maringá: Centro de Ciências Biológicas E Da Saúde Curso de Graduação em Odontologia
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MARINGÁ – PR
2020
MARIA EDUARDA TAMIOZZO
MARINGÁ – PR
2020
FOLHA DE APROVAÇÃO
Maria Eduarda Tamiozzo
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Dr. Fábio Vieira de Miranda - Unicesumar
__________________________________________
Prof. Dra. Elen Tolentino - UEM
__________________________________________
Prof. Me. Doutoranda Gabriela Moura Chicrala – FOB USP
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RESUMO
ABSTRACT
Low power laser therapy can be used in various areas of dentistry and for various
purposes. It works as a light that crosses the mucosa, reaching the metabolic
processes of the target cells. Parts of its energy are transmitted, reflected, diffused
and absorbed by tissues. The laser energy does not produce heat, but rather
photochemical, photophysical and/or photobiological effects, thus, inducing local
circulation and cellular proliferation. As some patients with oral lesions do not
demonstrate a good quality of life, be it in eating, speech, or in the aesthetic aspect,
laser is an treatment alternative. A literature review was carried out, through research
by searching a database of scientific articles and publications of interest, regarding
low power laser and its operation in dentistry, protocols for treatment of oral lesions
with laser therapy, and the effects on patients. As highlighted in the research, the
articles show that laser therapies present analgesic and anti-inflammatory effects,
also promoting cell proliferation and stimulating cicatrization. In cases of angular
cheilitis and traumatic ulcers accelerated cicatrization resulted, as did a reduction in
symptoms. In the case of burning mouth syndrome improvements in symptoms were
also displayed. It is concluded that laser therapy is efficient for the treatment of oral
lesions, or at a minimum in the reduction of symptoms and lesions, being a safe
treatment without demonstrating side effects.
ABREVIATURAS:
NM: Nanômetro.
He-Ne: Hélio-neon.
UNIDADE DE MEDIDA:
A: Área irradiada.
E: Energia.
P: Potência.
T: Tempo de aplicação.
J: Joule.
W: Watt.
mW: Miliwatts
ÍNDICE DE IMAGENS
FIGURA 3: Representação da luz incidente do laser, que pode ter parte dela absorvida pelos
cromóforos (tecido), parte refletida e parte dela transmitida....................................................13
ÍNDICE DE TABELAS
Sumário
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................9
2 OBJETIVOS.........................................................................................................................10
3 LASER..................................................................................................................................10
3.1 HISTÓRIA DO LASER.........................................................................................................10
3.5 CONTRAINDICAÇÕES.................................................................................................................16
4.1 MUCOSITE......................................................................................................................................16
5 RESULTADOS.....................................................................................................................19
6 DISCUSSÃO.........................................................................................................................19
7 CONCLUSÃO......................................................................................................................20
8 REFERÊNCIAS...................................................................................................................20
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1 INTRODUÇÃO
A utilização de lasers vem sendo cada vez maior nos consultórios odontológicos, é
um bom investimento para o dentista, uma vez que o laser (light amplification by stimulated
emission of radiation – amplificação da luz por emissão estimulada de radiação) tem
contribuído para as diversas áreas da odontologia, como a pediatria, a ortodontia, a
endodontia, a periodontia, nas cirurgias, na estomatologia, entre outras. Vem mostrando
resultados satisfatórios e faz parte da odontologia moderna. É bastante utilizada, a
laserterapia de baixa potência, para tratamento em casos de aftas, herpes labial, trismo,
queilite angular, hipersensibilidade dentinária, parestesias e pós-operatórios (1° Congresso
Online de Laser na Odontologia, 2020).
2 OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre o tratamento
de laser de baixa potência em lesões bucais.
3 LASER
Antes dos grandes avanços e da facilidade de uso hoje em dia, há uma história da
evolução dos lasers. O primeiro laser foi desenvolvido pelo físico americano Theodore
Harold Maiman, após isso, em maio de 1960, foi criado o primeiro laser com potencial de
corte e ainda naquela época não sabiam a evolução e abrangência que esse instrumento
poderia ter como nos dias de hoje. Foram feitos testes em animais, em 1967, para obter
mais informações se havia possibilidade de desenvolver câncer através das aplicações feitas
nas feridas, mas os resultados foram opostos, ao invés de gerar neoplasias malignas, foi
observada melhor e mais rápida cicatrização, tendo regeneração mais rápida do que o grupo
não tratado com lasers (NAKASHIMA e MENEGUZZO, 2020). Atualmente, a terapia com laser
de baixa potência é utilizada por diversos profissionais da saúde para melhores resultados,
com efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e de regeneração tecidual (Minnie Freudenthal,
2016).
11
O laser, por sua vez, faz com que o processo de inflamação ocorra de forma mais
acelerada, tendo os efeitos terapêuticos de analgésico, anti-inflamatório, antiedematoso,
bioestimulação e trofismo tecidual. Para que a aplicação do laser seja mais eficaz e para
obter bons resultados, é necessário que a ferida esteja limpa, seca, sem umidades ou sangue
e sem necrose, caso contrário a luz pode ser parcial ou totalmente refletida. A luz laser deve
ser bem absorvida para que tenha os efeitos desejados, sejam eles diretos ou indiretos. Nos
efeitos diretos estão inclusos os bioquímicos, bioelétricos e bioenergéticos, e nos efeitos
indiretos possui a microcirculação e o trofismo celular. O efeito bioquímico está relacionado
com a inibição dos processos inflamatórios; o bioelétrico está relacionado com o ajuste do
potencial de ação das células despolarizadas; o bioenergético com a transmissão de pontos
de energia para outras células, e todos agindo de forma conjugadas. A microcirculação e o
trofismo celular fazem com que ocorra melhor circulação dos tecidos (LINS, Ruthinéia
Diógenes Alves Uchôa et al. 2010).
O tecido perdido, ou destruído, pode ser substituído por novas células e essa
reparação pode ocorrer de duas formas diferentes, regeneração e a cicatrização. A
regeneração é quando há substituição das células lesadas pelos mesmos tipos de células,
dessa forma o tecido substituído é igual ao original. Na cicatrização é quando há substituição
das células lesadas por outros tipos de células, deixando o tecido substituído diferente do
original, com algumas marcas (cicatrizes). O metabolismo é aumentado através da radiação
12
do laser e com isso os fibroblastos (célula do tecido conjuntivo) são ativados, ocorrendo a
proliferação e a maturação dos mesmos, isso diminui a inflamação e aumenta o tecido de
granulação, melhorando a cicatrização (LINS, Ruthinéia Diógenes Alves Uchôa et al. 2010).
A luz laser interage com as células e permite que certas funções sejam estimuladas,
tudo isso com uma adequada dose, ativando os linfócitos, os mastócitos, o aumento da
produção de ATP mitocondrial e a proliferação de várias células, com isso os efeitos anti-
inflamatórios são ativados. Os estudos mostram que para bons resultados nos tecidos é
dependente de qual laser está sendo aplicado, da quantidade de tempo exposto à radiação,
do comprimento de onda e da potência em si. Dessa forma, quando utilizado de maneira
correta, ocorre o aumento da circulação local, síntese de colágeno e proliferação celular
(LINS, Ruthinéia Diógenes Alves Uchôa et al. 2010).
FIGURA 1:
13
Para uma terapia efetiva é necessária a entrada de energia apropriada, com uma
adequada intensidade mais o tempo adequado de aplicação e com a luz mais próxima
possível do tecido para melhor penetração dela. A luz laser possui características que são:
luz não divergente; monocromática (vibrações de mesma frequência); é coerente e
apresenta colimação, que consiste no fato de os raios permanecerem unidos e paralelos
durante seu trajeto (CUNHA, Sandra R. B., pg. 7 a 10). A luz incidente pode ter parte dela
absorvida pelos cromóforos (tecido), parte refletida e parte dela transmitida (CUNHA,
Sandra R. B., pg. 11).
FIGURA 2: FIGURA 3:
baixo custo, possibilidade de emitir luz vermelha e infravermelha, transmitindo com mais
frequência a luz infravermelha, sendo em média de 780 a 830nm, e podem ser portáteis ou
de mesa. Os lasers de He-Ne, possuem o comprimento de onda de aproximadamente
633nm, ou seja, transmitem luz vermelha, atingindo apenas estruturas mais superficiais,
apresentam boa resposta em relação ao reparo tecidual e são bastante utilizados para
cicatrização de lesões; é eficaz na diminuição da atividade inflamatória e no aumento da
síntese de colágeno (LINS, Ruthinéia Diógenes Alves Uchôa et al. 2010).
A quantidade de pontos que devem ser aplicados nas lesões pode ser influenciada
por alguns fatores que encontramos, como o tamanho da lesão, a potência utilizada, a área
do spot do laser, a modalidade dosimétrica escolhida e o aumento da dose. É necessário
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estar atento à marca e ao tipo de aparelho que é adquirido, pois muitas vezes podem
apresentar resultados diferentes, por exemplo, dois aparelhos que indicam ter um Joule
pode ser que se apresentem de maneira diferente, podendo ser pela área do feixe do
aparelho.
TABELA 1:
Quantidade de energia
depositada em determinada área:
Cálculo da energia:
3.5 CONTRAINDICAÇÕES
Os lasers de baixa potência são considerados de baixo risco, porém é necessário ter
alguns cuidados, principalmente em áreas que ainda não apresentam estudos suficientes
para trabalhar com segurança. As contraindicações incluem mulheres grávidas, pois, como já
dito, não possui estudos suficientes para indicar ou contra indicar os lasers de baixa potência
às gestantes; outra contraindicação é a aplicação em lesões ou tecidos com a suspeita de
neoplasias malignas, pois estimula o crescimento celular. Estudos mostram que a utilização
do laser na glândula tireóidea pode causar alteração da atividade metabólica, por isso deve
ser evitada a aplicação do laser nessas áreas (NAKASHIMA e MENEGUZZO, 2020).
O laser também age no fluxo sanguíneo do paciente. Há estudos que apontam que
deve ser evitada a aplicação do laser em paciente com problemas de coagulação, pois age de
forma indefinida e para não causar problemas maiores é necessário evitar (MEIXEDO, Vera
Gomes, 2019). Também são necessários alguns cuidados na utilização do aparelho laser,
existem riscos de danos permanentes à retina, então é necessário que o cirurgião dentista e
o paciente utilizem óculos de proteção (NAKASHIMA e MENEGUZZO, 2020).
4.1 MUCOSITE
uma duração de sete semanas antes das sessões de radioterapia. Dessa forma, o laser de
baixa potência age como tratamento e como prevenção das lesões de mucosite. Mesmo
associada ao tratamento de radioterapia, os resultados são benéficos: elimina a dor do
paciente, acelera o processo de cicatrização, melhora a ingestão do mesmo e,
consequentemente, a qualidade de vida. Deve ser utilizada uma potência de 632,8 nm, 60
mW e 2 J/cm² (KELNER e CASTRO, 2006).
FIGURA 7:
paciente foram feitas 4 sessões de laser vermelho, duas vezes por semana, 30 segundos
cada ponto, atingindo a área da lesão.
5 RESULTADOS
Com base nos estudos feitos os resultados mostram-se positivos para as lesões
apresentadas. No tratamento da queilite angular foram feitas quatro sessões, aplicando um
tempo de 30 segundos cada ponto e o laser foi aplicado ao redor das áreas afetadas,
mostrando seus resultados positivos. Na síndrome da ardência bucal, foram feitas dez
sessões aplicando o laser, também ao redor das áreas afetadas, com um tempo de exposição
por ponto de 60 segundos, mostrando efeitos positivos ao paciente. E o tratamento feito na
lesão de mucosite também se mostrou positiva, com um tempo de exposição de 20
segundos por ponto, aplicando diretamente na ferida.
6 DISCUSSÃO
7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Vanessa Galvão Vasconcelos de; MELO, Gabriela Maria de Sobral; LIMA,
Georgina Agnelo de. Queilite angular: sinais, sintomas e tratamento. 2007. Disponível em:
<https://unasus.ufpel.edu.br/moodle/ccufpel/bib/13>. Acesso em: 25 de setembro de 2020.
KELNER, Natalie; CASTRO, Jurema Freire Lisboa de. Laser de baixa intensidade no
tratamento da mucosite oral induzida pela radioterapia: relato de casos
clínicos. Disponível em:
<https://rbc.inca.gov.br/site/arquivos/n_53/v01/pdf/relato_caso1.pdf>. Acesso em: 19 de
agosto de 2020.
LINS, Ruthinéia Diógenes Alves Uchôa et al. Efeitos bioestimulantes do laser de baixa
potência no processo de reparo. Anais Brasileiros de Dermatologia. Disponível em:
<https://www.scielo.br/pdf/abd/v85n6/v85n6a11.pdf>. Acesso em: 19 de outubro de 2020.