Animais Selvagens No Brasil, Vol 5 - Carlos Terrana

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ANIMAIS SELVAGENS NO BRASIL

Uma coleção de fotos com informações


sobre a vida selvagem de animais
(alguns em extinção)
do Brasil.

Volume 5

CARLOS TERRANA
fotógrafo de natureza
Copyright ©2013 Carlos Terrana

Terrana Produções Visuais ltda ME


Editora e Estúdio de fotografia

Todos os direitos reservados


Sumário
Introdução - Cerrado, um bioma em Extinção?
PICA-PAU-VERDE-BARRADO Colaptes melanochlonos.
PIOLHO-DE-COBRA Spirostreptida.
PORCO-DO-MATO Tayassu pecari.
QUATI Nasua nasua.
QUERO-QUERO Vanellus chilensis.
SABIÁ-BRANCO Turdus leucomelas.
SAGUI-DE-TUFO-PRETO Callithrix penicillata.
SAÍRA-AZUL-TURQUESA Dacnis cayana.
SAPO-CURURU Rhinella schneideri.
SEBINHO Coereba flaveola.
SERIEMA Cariama cristata.
SUBIDEIRA-VERDE Sittasomus griseicapillus.
TAMANDUÁ-DE-COLETE Tamandua tetradactyla.
TATU-GALINHA-PEQUENO Dasypus septemcinctus.
TESOURA Tyrannus savana.
TUCANO-BOI Ramphastos toco.
URUTAU Nyctibius griseus.
VEADO-CATINGUEIRO Mazama gouazoubira.
VEADO-CAMPEIRO Ozotocerus bezoarticus.
VIUVINHA Colonia colonus.
Agradecimentos especiais.
Bibliografia-
Introdução - Cerrado, um bioma em Extinção?

Quando resolvi iniciar esse projeto há quinze anos, a fotografia ainda era
analógica, a internet estava engatinhando, livro eletrônico nem pensar e o
nosso Cerrado (segundo maior bioma brasileiro), ainda era muito mais
preservado e desconhecido do que hoje. Naquela época, o destino me fez
testemunha ocular de um processo de destruição e transformação cabal, pela
qual o centro-oeste viria a passar e que persiste até os dias de hoje. A
eliminação quase que total da cobertura vegetal nativa dos campos cerrados,
a savana tropical brasileira, pelas imensas monoculturas, principalmente de
soja. Presenciar esse processo ao vivo e a cores, me transformou como
pessoa e como cidadão. Dizem que é com o sofrimento que nos
transformamos...
É incrível como a manipulação de políticos e articuladores inescrupulosos,
pode devastar um bioma quase que completamente em 20 anos, sob o manto
do progresso civilizatório.
A realidade atual do centro-oeste, sua vegetação nativa datada de milhões de
anos e a sua fauna é triste e lamentável. Muitas espécies já estão
aprisionadas em pequenas manchas de cerrado que ainda existem, nas
poucas áreas protegidas, mas que não chegam a 6% da área total do bioma.
Numa projeção para os próximos anos, mal dá para prever o futuro genético
dessas espécies. Muitas só ficarão nos registros e nos anais, como animais
que ali existiram.
Fotografar e disponibilizar uma relação organizada de uma pequena parte
desses animais, para que os jovens de hoje possam se conscientizar da
riqueza que esse país possui foi a principal intenção desse projeto. Espero ter
contribuído um pouco com meu trabalho e fico feliz de ter conseguido
realizá-lo sem patrocínio algum, pois assim me sinto na liberdade de tecer as
críticas que aqui faço. Espero sinceramente que as previsões dos biólogos,
geógrafos, cientistas e ambientalistas não se concretizem: aquela de que o
bioma Cerrado possa desaparecer nos próximos 20 anos. Mas para isso
muita coisa tem que mudar e por isso essa coleção é dedicada às crianças e
jovens de hoje, pois vocês serão os políticos de amanhã. Os de hoje só
querem ferrar o bioma e plantar mais e mais soja à qualquer custo. Crianças
e jovens de hoje, vocês irão herdar o cerrado que está nas mãos sujas dos
políticos atuais.
Conheçam mais sobre os nossos animais, sobre o nosso país. O bioma
Cerrado não foi protegido pela Constituição Brasileira de propósito, para
poder ser palco do agronegócio. Uma proposta de emenda à Constituição, a
PEC 115 tenta resgatar essa proteção para o bioma há 17 anos, mas não
consegue. Enquanto isso o bioma vai morrendo à cada dia.
Hoje a fotografia não é mais analógica e sim digital. Você já pode ler esse
livro num dispositivo eletrônico e baixar a coleção completa pela internet. A
realidade do mundo mudou, em alguns casos para melhor. Infelizmente a
realidade ambiental no bioma Cerrado mudou para pior. Salvar esse bioma é
uma tarefa quase impossível, mas nada é impossível nesse mundo...
Carlos Terrana -fotógrafo de natureza
PICA-PAU-VERDE-BARRADO Colaptes melanochlonos.

Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae
Espécie: Colaptes melanochlonos (Gmelin, 1788).
Sinonímia: Chrysoptillus melanochlonos.

Outros nomes: Pica-pau-carijó.


Essa é uma espécie de tamanho relativamente grande, chegando a atingir
26cm. Com o corpo esverdeado, os lados da cabeça brancos e com vermelho
na nuca. Os machos apresentam vermelho também nas “bochechas”. Vivem
nas beiras das matas, cerradão e matas de galeria. É típico do cerrado e da
caatinga. Procuram o alto das palmeiras, onde gostam de ficar cantando por
um bom tempo. Alimenta-se principalmente de insetos, podendo às vezes
descer para o chão em busca de formigas. Faz o ninho num galho ou tronco
escavado, algumas vezes bem visível. Tanto os machos como as fêmeas
cuidam dos ovos e dos filhotes, alimentando-os com insetos e frutas
regurgitados.
Etimologia: " Colaptes" do grego "kolaptes" talhadeira;
"melanochlonos" do grego "melas" preto "khloros" verde ou
amarelo.
PIOLHO-DE-COBRA Spirostreptida.
Superclasse: Myriapoda
Classe: Diplópoda
Ordem: Spirostreptida

Outros nomes: Embuá, Gongolô.


Possuem corpo alongado, cilíndrico ou levemente achatado que é dividido
em vários segmentos. Em cada segmento encontram-se dois pares de pernas
locomotoras, de onde deriva o nome da classe (diplópoda). São terrestres,
gostam de ficar em lugares úmidos, embaixo de folhas, em musgos, embaixo
de pedras ou pedaços de madeira no solo, sempre se abrigados da luz.
Enrolam-se quando em repouso ou quando são perturbados e se sentem
ameaçados. Algumas espécies chegam a soltar um líquido com cheiro forte
através de aberturas ao longo das laterais do corpo como forma de defesa.
Muitos diplópodes são saprófagos e se alimentam de plantas em
decomposição, mas outros atacam plantas vivas e sementes no solo.
Algumas espécies ingerem partículas de solo do qual a matéria orgânica é
digerida.
Etimologia: Diplópoda "Diplo" dois "poda" pés.
PORCO-DO-MATO Tayassu pecari.
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Tayassuidae
Espécie: Tayassu pecari (Link, 1795).

Outros nomes: Queixada, Porco-queixada, Pecari.


É relativamente grande, pesando entre 25 e 38 quilos. A pelagem nos adulto
varia de marrom escuro a negro. Há uma mancha clara ao longo de toda a
mandíbula, o que lhe confere o nome popular de queixada. São ativos em
qualquer hora do dia ou da noite, andam em bandos de número variável. São
onívoros e alimentam-se de uma ampla variedade de itens como raízes,
tubérculos, sementes, invertebrados, pequenos vertebrados, mas com
preferência para a dieta frugívora. Possuem uma glândula dorsal próxima da
garupa, que solta uma substância oleosa com um cheiro azedo muito forte,
que pode ser sentido há vários metros de distância. As populações de
queixada estão cada vez menores, pois este animal não suporta viver em
áreas muito alteradas ou fragmentadas. Esta é uma das razões de seu rápido
desaparecimento em grandes extensões do Brasil.
Estas fotos foram feitas meio no "susto". Eu estava descansando, à beira de
um córrego, quando ouvi um barulho no mato. Mal tirei a máquina
fotográfica da mochila eles apareceram e atravessaram a estrada ao meu
lado, sem perceberem a minha presença. Foi tudo muito rápido, e
praticamente nem deu tempo de regular a máquina direito.
Etimologia: "Tayassu", de origem Tupi “t-ãia-assum” “dente
grande”.
QUATI Nasua nasua.
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Procyonidae
Espécie: Nasua nasua (Linnaeus, 1766).

Outros nomes: Coati, Quati-de-bando.


É uma espécie comum em parques e zoológicos. Na natureza, vive em áreas
florestadas, onde passam muito tempo sobre as árvores. Podem viver em
grupos com mais de 30 indivíduos. Sua dieta é composta de invertebrados,
frutos, bromélias e pequenos vertebrados. A fêmea gera de 2 a 7 filhotes, que
podem ser deixados em “berçários”, aos cuidados dos indivíduos mais
velhos.
Fotografei este quati numa fazenda em Minas Gerais, numa região de
transição entre o cerrado e a Mata Atlântica. Duas características bem
marcantes desse animal é a cauda muito vistosa e listrada e o fato de
entortarem o focinho como se procurassem o cheiro pelos lados. Se parecem
muito com pequenos ursinhos de pelúcia, são muito simpáticos, mas na
natureza não toleram muito a presença do homem, sempre fugindo quando
percebem a nossa presença.
QUERO-QUERO Vanellus chilensis.
Classe: Aves
Ordem: Charadriiformes
Família: Charadriidae
Espécie: Vanellus chilensis (Molina, 1782).

Outros nomes: Téu-téu, Espanta-boiada, Chiqueira, Gaivota-preta, Terém-


terém, Teréu-teréu, Tero-tero, Tetéu.
Costumam viver em banhados e pastagens. São vistos também em estradas,
campos de futebol, gramados e próximo das fazendas. Possui um esporão
ósseo pontudo no encontro das asas, que é exibido aos inimigos com um
levantar das asas, ou durante o voo rasante e muito agressivo que fazem em
nossa direção quando nos aproximamos de seus ninhos. O quero-quero se
alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama. Para
capturar esses peixinhos eles agitam a lama com as patas para provocar a
fuga dos mesmos e é aí que dão o bote. Também se alimentam de artrópodes
e moluscos terrestres. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme
com gritos estridentes quando algum intruso está se aproximando, servindo
de sentinela para muitas outras espécies de animais. É uma ave briguenta e
provoca rixa com qualquer outra espécie habitante.
Etimologia: Vanellus do latim "vanellus" ventoinha "chilensis"
referente ao país Chile.
SABIÁ-BRANCO Turdus leucomelas.
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Turdidae
Espécie: Turdus leucomelas (Vieillot, 1818).

Outros nomes: Sabiá-barranco, Capoeirão, Caraxué, Sabiá-de-cabeça-cinza.


Os sabiás são muito comuns e se adaptaram muito bem aos ambientes
modificados pelo homem, inclusive nos grandes centros urbanos.
Popularmente conhecidos pelo seu canto harmonioso, principalmente na
época da reprodução. Adoram comer frutos, insetos, larvas, aranhas e
pequenos lagartos, sapinhos e pererecas. Vivem nas beiras das matas,
parques, matas de galeria e coqueirais. Gostam de defender seus espaços e
atacam outras aves que cheguem perto de seus ninhos.
Etimologia: Turdus do latim "turdus" sabiá; leucomelas do grego
"leukus" branco "melas" preto.
SAGUI-DE-TUFO-PRETO Callithrix penicillata.
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Espécie: Callithrix penicillata (Hershkovitz, 1977).

Outros nomes: Sagui.


Os saguis são animais de pequeno porte, com peso entre 300 e 450 gramas.
Vivem sobre as árvores (arborícolas) e habitam várias fisionomias florestais.
Sua dieta inclui frutos, insetos, néctar, exsudados de plantas (goma, resinas e
látex), flores, sementes, ovos de aves e pequenos vertebrados. Gostam de
viver em grupos compostos de 2 a 13 indivíduos. As fêmeas dão à luz de 1 a
3 filhotes de cada vez. Os saguis são bastante tolerantes com a presença do
homem, podendo em alguns casos até entrar nas casas para roubar uma fruta.
Na maioria das vezes são muito dóceis e podem vir buscar comida nas
nossas mãos. Mas quando em grupos, os machos que são maiores que as
fêmeas, podem simular uma postura mais agressiva cmo forma de proteger o
grupo, caso se sintam ameaçados ou estejam com filhotes.
SAÍRA-AZUL-TURQUESA Dacnis cayana.
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Thraupidae
Espécie: Dacnis cayana (Linnaeus, 1766).

Outros nomes: Saí-azul, Saí-bicudo, Bico-fino, Saí-bicudo.


É uma espécie comum e de larga distribuição no cerrado, cerradão e matas.
O macho é de um azul brilhante muito intenso que chama a atenção de longe
e se destaca no meio da folhagem. Possuem também as costas e uma
máscara preta. Já as fêmeas são esverdeadas, com a cabeça e as partes
superiores das asas azuladas. Vivem normalmente em pares ou em pequenos
grupos, procurando insetos ativamente na folhagem ou alimentando-se de
frutos em árvores e arbustos. Seu bico fino e ligeiramente curvado auxilia
também no consumo de néctar das flores.
Etimologia: "Dacnis" do grego "daknis" um tipo de pássaro do
Egito; "cayana" de Caiene (Guiana Francesa).
SAPO-CURURU Rhinella schneideri.
Classe: Lissamphibia
Ordem: Anura
Família: Bufonidae
Espécie: Rhinella schneideri (Werner, 1894).
Sinonímia: Bufo schneideri - B. paracnemis.

Outros nomes: Sapo-boi, Sapo-jururu, Xué-guaçu, Xué-açu.


Esse sapo com cara de bravo é conhecido na maioria das regiões como sapo-
boi, talvez pelo seu tamanho avantajado. O nome sapo-cururu
provavelmente originou-se devido às suas vocalizações bastante típicas, que
ecoam em quase todas as áreas abertas do cerrado ou mesmo em áreas
alteradas pelo homem. Possuem a pele áspera e a região dorsal rugosa
devido à presença de glândulas cutâneas. Duas dessas glândulas, localizadas
logo atrás dos olhos, quando são espremidas liberam um veneno através de
grandes poros que escorre pela pele do animal. Esse veneno causa irritações
na pele, mas, se ingerido, o que acontece geralmente com os cães, pode
causar sérias complicações no sistema nervoso e circulatório. Os sapos-
cururus alimenta-se de insetos. Muitas vezes são observados embaixo de
postes de luz, capturando insetos por horas a fio. Os indivíduos adultos
podem se afastar quilômetros de distância da água atrás desses insetos.
Durante o dia, abrigam-se sob pedras e troncos de madeira, montes de
tijolos, ou mesmo no interior das calhas das casas.
Etimologia: "sapo" sapo "cururu" do Tupi-Guarani "sapo".
SEBINHO Coereba laveola.
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Coerebidae
Espécie: Coereba flaveola (Linnaeus, 1758).

Outros nomes: Cambacica, Caga-sebo, Mariquita, Chiquita, Tem-tem-


coroado, Papa-banana.
É uma espécie muito comum nos quintais e abundante em muitas regiões do
país. Vive em todos os tipos de mata secundária onde há flores pois seu
alimento principal é o néctar dessas flores. Adoram se alimentar nos
bebedouros de beija-flores.
Etimologia: "Coereba" do nome indígena Tupi "guira coereba" dado a
um pequeno pássaro azul, preto e amarelo; "flaveola" diminutivo do
latim "flavus" amarelo-ouro.
SERIEMA Cariama cristata.
Classe: Aves
Ordem: Gruiformes
Família: Cariamidae
Espécie: Cariama cristata (Linnaeus, 1766).

Outros nomes: Seriema-de pé-vermelho.


As seriemas vivem principalmente no cerrado, campos sujos e nos planaltos
descampados. Alimentam-se de gafanhotos e outros insetos, ratos, calangos
e outros animais pequenos, inclusive cobras. Andam geralmente em casais
ou em bandos, mas podem ser encontradas sozinhas. Se perseguida por um
carro, pode correr muito pela estrada, chegando a atingir entre 40 a 60 km⁄h
antes de levantar voo, o que só faz nestes casos ou quando quer alcançar um
poleiro, pois não consegue voar grandes distâncias. Já vi pessoas criando
essas aves nos quintais de fazendas e que servem como "cães de guarda",
chegando a perseguir e até dar bicadas nas pessoas. Têm uma aparência pré-
histórica, com as pernas fortes e bem vermelhas, uma crista na cabeça e um
canto bem característico que ecoa longe nas colinas e montes no centro-
oeste.
Etimologia: "Cariama" do português "cariama", baseado nos nomes
indígenas Guarani e Tupi "saria" ou "sariama" para esta ave "cristata"
do latim "cristatus" crista.
SUBIDEIRA-VERDE Sittasomus griseicapillus.
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Dendrocolaptidae
Espécie: Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818).

Outros nomes: Subideira-verde, Trepadeira, Cutia-de-pau-pequena.


É uma ave arborícola e insetívora que explora fendas na madeira e na casca
das árvores, tirando quaisquer artrópodes, desde miriápodes, aranhas e
escorpiões até moscas; além de pererecas e lagartixas. Possui os pés fortes,
com os quais se agarra aos troncos das árvores, onde sobe em espiral, uma
forma bem característica e inconfundível. Às vezes também pode fazer
descidas rápidas de marcha-ré pelo tronco das árvores, à procura de suas
presas. Faz seu ninho em ocos de árvores velhas.
Etimologia: "Sittassomus" "Sitta" subideira "soma" do grego
corpo; "griseicapillus" do latim "griseus" cinzento "capillus"
cabelo.
TAMANDUÁ-DE-COLETE Tamandua tetradactyla.

Classe: Mammalia
Ordem: Xenarthra
Família: Myrmecophagidae
Espécie: Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758).

Outros nomes: Tamanduá-mirim.


Esse animal que parece um ursinho, tem a pelagem em tons amarelos, que
variam do bem claro para um tom mais dourado. O tamanduá-mirim ou
tamanduá-de-colete possui este nome por apresentar nas costas o desenho de
um “colete” preto, que sai dos ombros e acaba na base da cauda. Eles
habitam ambientes de savanas ou florestais. Sua atividade é
predominantemente noturna, mas também podem ser vistos ativos durante o
dia. Os tamanduás não possuem dentes e por isso desenvolveram garras
possantes para defenderem-se e quebrar os cupinzeiros, onde encontram a
sua principal fonte de alimento, os cupins. Possuem uma língua bem
comprida e revestida de um muco que serve como um "grude". Assim,
quando eles projetam a língua para dentro dos cupinzeiros, os cupins ficam
todos grudados nela. Seu olfato também é muito desenvolvido. Além dos
cupins eles adoram comer, formigas, mel e abelhas. Quando se sentem
ameaçados ficam em pé, apoiados nas pernas traseiras e na cauda, deixando
assim os bracinhos e suas garras potentes livres para o combate. Os
principais fatores que ameaçam a sobrevivência desta espécie inofensiva
para o homem são: o fogo, os atropelamentos nas estradas e a caça.
TATU-GALINHA-PEQUENO Dasypus septemcinctus.

Classe: Mammalia
Ordem: Xenarthra
Família: Dasypodidae
Espécie: Dasypus septemcinctus (Linnaeus, 1758).

Outros nomes: Tatuí, Tatu-mulita.


Este pequeno tatu possui a carapaça com 6 a 7 cintas móveis. É o detalhe
que o distingue do tatu-galinha, que possui 9 cintas e é um pouco maior.
Alimentam-se de insetos. Pode viver tanto em campos, em cerrados,
florestas e em capoeiras ou vegetações alteradas pelo homem. Abrigam-se
em tocas que cavam no chão, que servem como esconderijo contra os
predadores e também como local para procriação dos filhotes. Possuem
hábitos noturnos, mas também podem ser vistos perambulando atrás de
comida de dia.
Etimologia: Do Tupi "Tatuí" tatu pequeno.
TESOURA Tyrannus savana.
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyraninnae
Espécie: Tyrannus savana (Vieillot, 1808).

Outros nomes: Tesourinha.


Possui este nome popular por ter uma cauda longa e bifurcada que pode
chegar a medir uns 29 cm. Alimentam-se de frutos e de insetos que apanham
nas árvores ou no solo. Quando não estão na época da reprodução, associam-
se em bandos que migram para longe, em voos que alcançam grandes
altitudes, principalmente fugindo do frio. Elas conseguem realizar voos
acrobáticos onde se deixam cair em forma de espiral fazendo movimentos
com a cauda.
Etimologia: "Tyrannus" do latim "tyrannus" tirano, rei (referência à
crista e ao comportamento agressivo); savana do francês "savane"
referência ao local de preferência desta ave.
TUCANO-BOI Ramphastos toco.
Classe: Aves
Odem: Piciformes
Família: Ramphastidae
Espécie: Ramphastos toco (Statius Muller, 1776).

Outros nomes: Tucano, Tucanuçu.


O tunaco-boi é o maior de todos os tucanos e inconfundível pelo tamanho e
colorido do bico alaranjado, que pode chegar a medir 20 cm. Alimentam-se
principalmente de frutos, insetos, pequenos animais e lagartos. Podem
também pegar ovos e filhotes de outros pássaros em seus ninhos. Vive sobre
as árvores de mata de galeria, cerrado e capões. Fazem seus ninhos dentro de
buracos existentes nas árvores. Sua beleza o faz alvo do tráfico de animais. É
o único de todos os tucanos encontrado em campos abertos como os do
cerrado. Quando nascem os filhotes, geralmente de dois a quatro de cada
vez, é o casal que cuida até saírem do ninho, o que pode levar cerca de 6
semanas. Já foram encontrados fósseis desses pássaros datados de 20.000
anos atrás, em Lagoa Santa, Minas Gerais. Apesar do enorme bico, dois
tucanos também podem se beijar, como provam as fotos, que tive a sorte de
fazer, num momento muito emocionante, pois nunca mais pude presenciar
uma cena rara como essa.
Etimologia: Ramphastos do grego "rhamphos" bico "astes"
possuidor, proprietário; toco do nome indígena Guarani "tucá" dado a
esta ave.
URUTAU Nyctibius griseus.
Classe: Aves
Ordem: Caprimulgiformes
Família: Nyctibiidae
Espécie: Nyctibius griseus (Gmelin, 1789).

Outros nomes: Mãe-da-lua, Urutago, Jurutau, Preguiça, Chora-lua, Manda-


lua, Ibijaú-guaçu.
Essa é uma ave de hábitos noturnos com formas e cores curiosas, próprias
para camuflagem. Ela gosta de pousar ereta e totalmente imóvel sobre galhos
e troncos, o que torna difícil a sua visualização. O seu nome é originário da
língua Tupi e significa “ave-fantasma”. Quando ela fecha os olhos nota-se,
em sua pálpebra superior, duas incisões ou fendas, pelas quais a ave é capaz
de observar os arredores, mesmo estando de "olhos fechados". Gosta de
caçar insetos em pleno voo. O seu canto é bem característico e melancólico,
parecido com um lamento ou um choro. Outra curiosidade é que não
constrói ninhos e em vez disso, põe seu ovo numa cavidade natural na ponta
de um tronco quebrado ou apoiado num galho. É uma ave muito rara de ser
observada e geralmente é mais ouvida ao longe do que vista, uma vez que
fica quase invisível no meio das folhagens e durante o dia permanece parada
como uma estátua.
Etimologia: "Nyctibius" do grego "nuktibius" vida noturna, de
"nuktus" noite "bios" meio de vida; "griseus" do latim
"griseus" cinza, cinzento.
VEADO-CATINGUEIRO Mazama gouazoubira.
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae
Espécie: Mazama gouazoubira (Fischer, 1814).

Considerado um animal de pequeno porte, pesa em torno de 20 quilos.


Somente o macho tem chifres, sem ramificações. Na fêmea, na região dos
chifres há uma pequena elevação, parecendo duas manchinhas. O filhote ao
nascer é amarronzado com pequenas manchas brancas espalhadas pelo
corpo. Gosta de ficar em áreas com matas densas e próximo da água, mas
também podem ser encontrados em áreas de vegetação mais esparsa. É mais
ativo durante o dia. De noite esconde-se por entre a vegetação mais fechada.
Gosta de andar sozinho ou em pares e alimenta-se de frutas, gramíneas e
flores caídas no chão. É um animal veloz que quando em perigo, procura
refúgio na água, pois nada muito bem.
VEADO-CAMPEIRO Ozotocerus bezoarticus.

Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae
Espécie: Ozotocerus bezoarticus

São animais que vivem solitários ou em grupos de geralmente 2 a 5


indivíduos. Alimentam-se de gramíneas, ervas, arbustos e de flores. O
período de atividade de pastoreio do veado-campeiro pode ser tanto diurno
quanto noturno, com variação individual no ritmo de atividade. Os machos
possuem galhadas. Normalmente perdem os chifres no início do inverno,
mas até a época de acasalamento (agosto a setembro) eles já estarão
crescidos. O período de gestação é de cerca de 210 dias. Em geral nasce
apenas uma cria. As populações tanto dessa espécie como do veado-
catingueiro estão diminuindo, principalmente devido a alteração do seu
habitat natural. Nos últimos 30 anos o bioma cerrado, que ocupa 20% do
território nacional e um dos seus principais habitat, foi palco de uma
transformação muito grande pela implantação das extensas monoculturas de
soja e algodão, incentivadas pelo próprio governo brasileiro. Esses pequenos
animais, devido à sua beleza e fragilidade, também são muito caçados até os
dias de hoje, tanto para alimento como por pura diversão e falta de
consciência ambiental. Não fosse a proibição da caça e captura o quadro
poderia ser ainda pior. Um exemplo dessa triste realidade pode ser
comprovada em regiões que levam o seu nome como a Chapada dos
Veadeiros, no estado de Goiás, onde é a coisa mais rara desse mundo
encontrar um animal desse solto na natureza.
VIUVINHA Colonia colonus.
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyrannidae
Espécie: Colonia colonus (Vieillot, 1818)

Outros nomes: Viuvinha, Freirinha-da-serra, Maria-viuvinha ou Viuvinha-


rabilonga.
Essa ave leva esse nome popular por ter o corpo todo negro, com o topo da
cabeça branco. As duas penas centrais da cauda são muito longas (chegam a
10 cm, nos machos) e destacam-se pelo comprimento e pelo alargamento nas
pontas. Gosta de caçar insetos, espreitando nos ramos superiores e sem
folhas das árvores mais altas. Vivem solitárias ou em casais, sempre na mata
seca, mata ciliar ou cerradão. Os ninhos são feitos em ocos de pica-paus-
anões abandonados. É uma espécie migratória.
Agradecimentos especiais.

Eu gostaria de agradecer à algumas pessoas. Todas participaram de alguma


forma e foram muito importantes para a realização deste projeto.

Danielli Kutschenko (bióloga) que me ajudou na classificação científica dos


animais.

Minha mãe Aurea de Toledo Piza, Vera Lúcia Terrana, Alfredo Kalili,
Richard Hugh Fisk, Adonai Rocha, Fernando Oliveira Fonseca, Paulo Cesar
Magalhães, Judith Cortesão, o guarda-parque Miguel, Felipe Carvalho
Terrana, Gilvan (brigada de incêndios florestais), Jeanito Gentilini, Marcos
Piza Pimentel, Alex Amorim, André Alves, Fernando Noli, Fernando
Quadrado Leite, Raquel Milano, Leila Quinhões, Marilia, Anselmo Ferreira
Junior, Bárbara de Souza, Nazaré Avelar, Josimar de Barros ( Contra-
Mestre Baiano-Caxixi), Ícaro Avelar, Gerson Procópio dos Santos e família,
Marlene Maluf e família, Valéria Quinhões de Carvalho, Bruno Melo,
Lorena Moraes, Andréa Aiko, David Pennington, Celso de Toledo Piza,
Darlan Rosa e família, Ludmila Carvalho, Chico Lada (mecânico), Rubens
Matsushita, Márcio M. Batista, Epaminondas Toledo Piza, Weverson
Paulino, Liliane Guterrez Lima, Leiza Oliveira Santos, David Ayron, Victor
Anibal, Maria Cristina F. Mota, Dulcenéa Teodoro Rezende, Julie Coimbra,
Sonia Bonzi, Jacek e Ivania(KinoFotoarquivo), Inácio da Gloria, Maria
Conceição Q. de Carvalho, Elvio Gasparotto, José Cavalcante Souza,
Fabíola Assis de Abreu, Vera Sant, Uaira Serena, Melissa Nunes, Barbara
Nunes e família, Natalia Silva Nunes, José Maria Silva Rodrigues, , Juliana
Gonzaga Naíla Contreiras, Fernanda Azevedo, Célia Bernardes, Ingrid
Barth Freitas, Roberto Piza Pimentel, Zélia de Toledo Piza, Cleber
Medeiros, Marcelo Imperial e todos os clientes da Terrana Produções
Visuais que, indiretamente, participaram deste projeto.
Bibliogra ia-
Pesquisa Danielli Kutschenko.

ANFÍBIOS E RÉPTEIS
O cerrado apresenta uma fauna de répteis e anfíbios de grande diversidade,
sendo que muitas espécies novas foram descritas recentemente. Atualmente,
são registradas para o Cerrado 10 espécies de quelônios (cágados, jabutis e
tartarugas), 5 de jacarés, 47 de lagartos, 103 de serpentes e 113 de anfíbios.
Segundo especialistas, um dos fatores determinantes na diversidade da
herpetofauna do Cerrado, é a estratificação horizontal de habitats, ou seja,
existe um mosaico de diferentes tipos de vegetação justapostas, cada uma
contendo uma composição distinta de espécies. Entretanto, essa diversidade
vem sendo ameaçada por impactos causados pela atividade humana, tais
como: desmatamentos, queimadas e urbanização.
Fonte: Colli, G. R. 2007. Herpetofauna do Cerrado e Pantanal -
diversidade e conservação. In: Cerrado e Pantanal: Áreas e ações
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ARTRÓPODES
A fauna de invertebrados do cerrado é muito rica e inclui animais
pertencentes a aproximadamente 16 filos, no Brasil central. Dentre os
invertebrados existentes cerca de 1,5 milhões de espécies são de artrópodes,
mas acredita-se que esse número traduza somente uma pequena fração do
que deve existir. Os artrópodes desenvolvem grande função ecológica no
ecossistema, pois ocupa uma grande diversidade de micro-habitats e nichos,
desta forma desempenham atividades regulatória do ecossistema. Insetos e
aranhas são provavelmente os maiores reguladores de circulação de energia
e ciclo de nutrientes em ecossistemas tropicais. Artrópodes também são
bons bioindicadores sensíveis da interferência humana na qualidade do
habitat, devido à alta diversidade de espécies e alta ligação física e
biológica com os habitats. Estima-se que exista no Cerrado cerca de 13.000
espécies de lepidópteros (borboletas e mariposas), 820 de abelhas, 139 de
vespas, 350 de formigas, 116 de cupins, 49 de aranhas e 13 de louva-deus.
Apesar disso, a região Centro-Oeste é classificada como a que reúne menor
conhecimento sobre invertebrados terrestres. Isto reflete o principal
problema para a conservação de invertebrados.
Fonte: 1-Glauber O. Rocha, Morel C. B. Netto, Luciano R. P. Lozi.
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cerrado do Brasil Central http://www.seb-
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2-Dias, I & Morais, H. C. de. 2007. Invertebrados do Cerrado e Pantanal –
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AVES
Encontram-se registradas para o cerrado 837 espécies de aves distribuídas
em 64 famílias. Destas 759 (90,7%) se reproduzem nesta região, o restante
são espécies migratórias. A composição florística de uma área é um fator
determinante da riqueza e da distribuição das aves, já que diferentes
espécies de aves exibem diferentes formas de utilização do habitat. O
cerrado por possuir uma flora diversificada, distribuída em vários tipos de
formações, apresenta também um mosaico de hábitats bastante distintos
para a avifauna. Entretanto, a fragmentação desta vegetação por atividades
humanas tem transformado e diminuído estes habitats naturais pondo a
maioria das espécies de aves em risco.
Fonte: Silva, J. M. C. 2007. Avifauna do Cerrado e Pantanal – diversidade
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MAMÍFEROS
No Cerrado os mamíferos totalizam em 195 espécies, sendo 18 endêmicas.
Os mamíferos são elementos essenciais para a manutenção do equilíbrio
dinâmico dos ecossistemas, presentes em vários níveis das cadeias tróficas,
além de contribuírem significativamente para a manutenção e reposição de
formações vegetais. A fragmentação de habitats é uma das principais
consequências da interferência de populações humanas sobre as espécies
nativas do Cerrado. As espécies mais vulneráveis aos processos de
degradação são as de topo de cadeias tróficas, como os carnívoros (onça-
pintada, por exemplo). Espécies como os veados e antas, tem sido alvo de
intensa caça, provocando assim, efeitos negativos sobre as densidades
populacionais destas espécies. Outros fatores são a conversão de áreas de
vegetação natural em lavouras e pastagens, urbanização, construção de
usinas hidrelétricas, garimpo e mineração.
Fonte: Marinho-Filho, J. 2007. Mastofauna do Cerrado e Pantanal –
diversidade e conservação. In: Cerrado e Pantanal: Áreas e ações
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Fim do Volume 5.

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