Aves Da Caatinga

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Aves da Caatinga:

Caractersticas morfofisiolgicas fisiolgicas

Mary Ann Saraiva Bezerra (org.)

PETROLINA

PE

2010

Aves da

PREFCIO
Quando Euclides da Cunha (natural de Cantagalo-RJ) publicou Os Sertes, em 1902, revelou ao Brasil litorneo uma nova realidade: o serto nordestino, narrando no capitulo A Terra o solo, a flora, a fauna e o clima.
Nenhum pioneiro da cincia suportou ainda as agruras daquele rinco sertanejo, em prazo suficiente para o definir. Martius por l passou, com a mira essencial de observar o aerlito, que tombara margem do Bendeg e era j, desde 1810, conhecido nas academias europias, graas a F. Mornay e Wollaston. Rompendo, porm, a regio selvagem, desertus australis, como a batizou, mal atentou para a terra recamada de uma flora extravagante. ... De sorte que sempre evitado, aquele serto, at hoje desconhecido, ainda o ser por muito tempo. Euclides da Cunha, Os Sertes, pg 12.

Mais de um sculo depois, a ideia de serto desrtico e de pouca biodiversidade, ainda, existe na viso de alguns brasileiros comuns e at no meio acadmico. Atualmente, a Caatinga ocupa o interior dos estados do Nordeste brasileiro, alm do norte de Minas Gerais e noroeste do Esprito Santo. Registros histricos mostram que reas antes ocupadas por florestas altas no domnio da Mata Atlntica, em reas de transio ecolgica e nos vales de rios anteriormente perenes foram desertificadas nos ltimos sculos graas s atividades humanas (COIMBRA-FILHO & CMARA, 1996; RIZZINI, 1997), de forma que o semirido est atualmente em expanso. Esta coletnea de textos sobre a Biologia de algumas aves da Caatinga vislumbra partilhar conhecimento acerca da grande diversidade de nossa fauna: h 510 espcies de aves na Caatinga. Tais textos foram escritos pelos alunos do 1 Perodo do Curso de Tecnologia em Fruticultura Irrigada, a partir de pesquisa bibliogrfica, como parte das aes do projeto interdisciplinar Bioma Caatinga. Nossas aves polinizam flores, comem frutos e dispersam sementes, replantando a Caatinga; nossas aves comem insetos e colaboram no equilbrio ecolgico das reas agrcolas; nossas aves fazem a Caatinga mais colorida, mais alegre com o cantar do amanhecer e do entardecer... Nossas aves precisam ser mais conhecidas, amadas e protegidas... Prof. M. Sc. Mary Ann Saraiva Bezerra Instituto Federal do Serto Pernambucano Campus Petrolina Zona Rural
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Aves da

Acau
Thayzy Marques Bezerra Santos & Danilo Gomes Batista

Nome cientfico: Herpetotheres cachinnans Famlia: Falconidae

O acau um tipo de falco diferente, medindo aproximadamente 47 cm de

comprimento. Tem um formato nico entre os outros gavies e falces, sendo de fcil identificao quando em pouso. Apresenta

uma mscara negra estendendo-se dos olhos at a nuca e bastante cabeudo, de olhos negros, com a calda longa, possuindo 5 listras brancas estreitas. Bate as asas rapidamente. As asas comparadas com sua cabea so bastante pequenas. conhecido tambm como macau e acan e ocorre em toda a Amrica do Sul. uma ave bastante aproveitadora, usando ninhos de outros gavies. Geralmente, pem 2 ovos e seu perodo de incubao vai de 45 a 50 dias; seus filhotes emplumam em, aproximadamente, 57 dias. So bem comuns em florestas, capoeiras e em campos com rvores e cerrados e na Caatinga. uma ave solitria e passa longo tempo em rvores isoladas, oferecendo-o uma boa visibilidade para caar suas presas,
Disponvel em: http://www.criacaodepassaros.com/sobre-oacaua.html. Acesso em: 30 mai.2010

principalmente, lagartos e serpentes. Cada casal delimita o seu prprio territrio de caa. Costuma cantar ao entardecer e ao amanhecer e o seu canto bastante curioso, sendo semelhante a uma risada; o grito to alto que cobre a maioria dos cantos produzidos na mata.

Aves da

Asa Branca
Emanuel Pacheco Reis Batista & Merideise da Silva Dias Nome cientfico: Patagioenas picazuro (antes Columba picazuro) Famlia: Columbidae

Columba

picazaro

conhecido

popularmente como asa branca, considerada o smbolo da migrao, sendo encontrada nos Cerrados e Caatinga do Brasil at a Argentina. Tem colonizado ambientes urbanos (parques) em So Paulo e Braslia. De grande importncia no folclore nordestino, a sua chegada e partida de uma rea da Caatinga indica o incio e o fim da estao das chuvas, respectivamente. Foi imortalizada na cano de Lus Gonzaga sobre a seca no serto nordestino. uma ave com cerca de 48 cm de comprimento, de cor pardo- acinzentado - violcea, com pernas orladas de branco. Conhecida por ter uma grande mancha branca na asa, que s pode ser vista quando voa o que acaba sendo uma peculiaridade que d o nome comum dessa ave. A asa branca alimenta-se de sementes, folhas, arroz, vermes, larvas de insetos e pequenos crustceos. Costuma pastar em capim baixo e alagado. Seus territrios so demarcados pelo macho com voos altos e batimento especial das asas. Seus ninhos costumam ser em ocos de pau, penachos de palmeira ou no solo. Deposita um ovo. Fmea e macho alternam-se na incubao do ovo e na criao do filhote.
Luis lvaro. Disponvel em: farm5.static.flickr.com/4055/4241740731_9ec80. Acesso em: 20 mai 2010.

Aves da

Azulo
Cleones Alves Fernandes & Italo Lubarino Costa Nome cientfico: Cyanocompsa brissonii brissonii Famlia: Fringilidae
Hermes Reades. Reserva Me-da-lua, Itapaj-CE

Macho

Fbio Olmos, 2007. Parque Nacional da Serra da Capivara-PI

Fmea

A espcie Cyanocompsa brissonni encontrada na beira de pntanos, matas secundrias e plantaes. Tambm conhecida pelos nomes de azulobicudo, azulo-do-nordeste, azulo-do-sul, azulo-verdadeiro, guarundi-azul,

gurandi-azul, gurundi-azul e tiat. A subespcie Cyanocompsa brissonii brissonii endmica da Caatinga, ocorrendo no Piau, Cear e Bahia. O macho totalmente azul-escuro, com partes azuis brilhantes. A fmea e os filhotes so totalmente pardos com as partes inferiores um pouco mais claras. O bico avantajado e negro. Canto Sonoro e melodioso. Emite um canto diferente no crepsculo e pela madrugada. O azulo se reproduz entre setembro e fevereiro, constri seu ninho no muito longe do solo e cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 3 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem entre 13 e 15 dias aps a fmea botar os ovos. Esta ave territorialista, no possvel v-la em bando. Os filhotes de azulo ficam com seus pais e quando esto perto da maturidade partem para uma vida independente. Se um macho invade o territrio de outro, haver um conflito e ser violento. mais fcil de ver a fmea desta espcie do que o macho. Talvez, o macho seja mais raro porque muito perseguido para o comrcio de pssaros de gaiola, por conta do seu canto maravilhoso e da sua aparncia colorida.

Aves da

Bigodinho
Luiz Fernando de Souza e Silva & Flix Honrio Pereira Jnior Nome cientfico: Sporophila lineola Famlia: Fringilidae Tem o tamanho mdio de 11 cm. O macho apresenta a parte superior do corpo negra, no alto da cabea h uma estria branca e uma risca que corre sob cada olho parecendo um bigode, bico negro, a parte inferior do corpo cinza e claro e, sob sol forte, pode parecer branca, a garganta negra. A fmea e o jovem so pardos, a parte inferior mais clara, so mais esguios, bico relativamente pequeno e com tom amarelado, principalmente na parte inferior.

Macho

Tomaz Melo

Fmea

comum ach-los em clareiras arbustivas, plantaes, bordas de capoeira e reas com gramneas altas, principalmente, nas proximidades da gua. Mesmo no frio, eles precisam da gua para o banho. Devido ao canto, a ave apreciada e as capturas para o comrcio ilegal, acabaram por reduzir seus nmeros em boa parte do pas, especialmente no Nordeste. ` Costumam ter o habito de forma bandos mistos com outros papa-capins no

perodo de descanso. Sobe nos pendes de gramneas para comer as sementes. Sua distribuio geogrfica no Brasil varivel, migrando entre os estados. residente nos estados do Paran, So Paulo, Mato Grosso, Gois, Esprito Santo e Bahia. Durante o inverno da regio sul migra para a Amaznia e para os estados do Nordeste. No Esprito Santo e Paran aparece em dezembro para nidificar e desaparece em maro e abril, comeando a surgir no leste do Maranho e Piau a partir de maio. Encontrado tambm em outros pases da Amrica Latina.

Andr Netto

Aves da

Carcar
Ccera Milena Lima Guedes & Rita de Cssia Ferreira da Silva

Nome cientfico: Polyborus plancus brasiliensis Famlia: Falconidae

A Caatinga considerada uma das regies mais ameaadas pela explorao da flora e pelo trfico de animais.

Contudo, a Caatinga ainda tem uma grande diversidade de animais tipicos da regio, entre os quais se encontra o carcar, sendo tambm encontrado em todo o Brasil.
Disponvel em: http://encantodabocainaz.wordpress.com/2009/08/28/57/. Acesso em: 30 mai. 2010.

Esta ave facilmente reconhecvel quando pousado, pelo fato de possuir uma espcie de solidu preto sobre a cabea, assim como um bico adunco e alto, que assemelha-se lmina de um cutelo; a face vermelha. recoberto de preto na parte superior e possui o peito de uma combinao de marrom claro com riscas pretas, de tipo carij/pedrs; patas compridas e de cor amarela; em voo, assemelha-se a um urubu, mas reconhecvel por duas manchas de cor clara na extremidade das asas.

Alimenta-se de insetos, anfbios, roedores e quaisquer outras presas fceis; ataca crias de mamferos (como filhotes recm-nascidos de ovelhas) e acompanha os urubus em busca de carnia. Passa muito tempo no cho, ajudado pelas suas longas patas adaptadas marcha, mas tambm um excelente voador e planador.

O carcar possui uma distribuio geogrfica ampla, indo da Argentina at o sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, exceto a cordilheira dos Andes.

Aves da

Coruja
Milena Larissa Gonalves Santana & Rassa Carvalho de Sousa Granja

Nome cientfico: Tyto alba Famlia: Tytonidae

coruja,

tambm como

conhecida

popularmente

rasga-mortalha,

habita todos os continentes, exceto a Antrtida. Preferem climas que variam de temperados tropicais. Por serem perseguidas por caadores, comeam a
Disponvel em: 2.bp.blogspot.com/.../Tyto+Alba+assinada.JPG Acesso em: 30 mai.2010.

rarear, inclusive no Nordeste do Brasil.

uma ave de hbitos noturnos e permanece o dia escondida em cavidades de rochas e fendas de rvores. Possui voo silencioso, sendo uma adaptao caa noturna. So encontradas sozinhas ou em pares e depois de escolhido o local para nidificarem, permanecem ali por muito tempo.

Sua alimentao consiste em pequenas aves, invertebrados, roedores, pequenos lagartos e anfbios. Ela usa a sua aguada audio como principal ferramenta de caa, pois permite identificar a posio da presa na escurido. Uma curiosidade que elas nunca bebem gua, pois retiram o lquido de que necessitam da carne que consomem.

Na poca da reproduo, quando se acasalam, pelo menos uma vez ao ano, tornam-se parceiros para sempre. A coruja fmea coloca os ovos de dois ou trs dias de diferena, para que nasam em tempos diferentes. Evitam deixar a prole sozinha. Os filhotes mais velhos so alimentados primeiro e, s vezes, os mais novos ficam com fome e a maioria acaba morrendo. Da os mais velhos comem seus irmos mortos para assegurar a sua sobrevivncia.

Aves da

Curripio (sofr)
Luiz Nunes dos Passos Neto & Alexandre de Souza Costa Neto Nome cientfico: Icterus icterus jamacaii Famlia: Fringilidae

um animal de colorao fantstica, cujas cores dominantes formam um contraste esplndido entre o laranja-avermelhado vibrante e o preto. Colorido geralmente preto alternando-se com o vermelho-alaranjado na nuca, no dorso e na barriga. A asa tem espelho branco. Mede em torno de 23 cm.
Disponvel em: www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corrupiao/.... Acesso em: 30 mai. 2010.

Canto claro e sonoro e imitada o canto de outras aves. Possui bico afiado como uma lana e forte como p-de-cabra, conseguindo abrir fendas em madeira e em cascas secas de frutas. Seu hbitat o Cerrado e a Caatinga. Gosta de pousar sobre cactceas altas, como o facheiro e o mandacaru. Tem o hbito de invadir ninhos de outras espcies (bem-te-vi, joo-de-barro, entre outras), desbancar os donos e jogar para fora os seus ovos ou as suas crias. Alimenta-se de um vasto cardpio, como insetos e material vegetal - cocos maduros de buriti, seiva das flores do ip amarelo, das flores do mandacaru e dos seus grandes e vermelhos frutos, das flores de vrias espcies de bromlias, cactceas e de frutas de pomar. Assim, insetvoro, frugvoro e nectarino. Na fase de pr-acasalamento o macho canta e dana at que a fmea aceite a cpula. Esta pe 2 ou 3 ovos, chocando-os por 14 a 15 dias. Depois de nascidos os filhotes, o pai e a me se revezam nos cuidados com a prole, ameaas, destruio do habitat, caa indiscriminada, trfico de animais. Esta espcie aprende, facilmente, quando jovem, a conviver com pessoas. Este fato, aliado ao descaso do Brasil com seu tesouro biolgico uma ameaa extino desta espcie

Aves da

Gara Branca
Jaiane Alves Ferreira & Kathianne Rodrigues de Souza Nome cientfico: Ardea alba Famlia: Ardeidae A gara branca recebe esse nome pelo fato de ser completamente branca, tendo apenas o bico longo e amarelo, sendo os dedos e pernas pretas. Mede em mdia de 70 a 85 cm, e pesam entre 3 a 5. Alimentam-se basicamente de seres aquticos, como: anfbios, rpteis e invertebrados. A prpria gara vai busca de seu alimento na gua. Vivem em lagos e rios. Na poca da reproduo formam ninhais numerosos, alm de formarem penas especiais denominadas egretes no perodo reprodutivo. Em mdia, a fmea bota de 5 a 6 ovos.

A ave foi muito caada, pelo fato de suas penas especiais egretes nas poderem para ser a

comercializadas, fabricao de

indstrias para

chapus

mulheres.

Atualmente, praticamente inexistente esse tipo de atividade, e sua populao bem numerosa.
Hermann Redies. Fazenda Cana, Pentecoste-CE

Por possuir um longo pescoo facilita a sua caa, pois estica o pescoo para capturar o seu alimento. Elas so inteligentes e podem at usar pedaos de pes para atrair os peixes. migratria e realiza pequenos deslocamentos na Caatinga ou migram para reas distantes da Amrica do Sul. Costumam se recolher nas copas de rvores altas ao anoitecer. So encontradas na Amrica do Norte, em todo Brasil e na Europa.

Aves da

Galo-de-campina
Adheilton Rogers Pil de Carvalho & Mrcio Andr Souza Gonalves da Silva

Nome cientfico: Paroaria dominicana Famlia: Fringilidae

vegetao

da

Caatinga

vem

sendo

explorada h muito tempo, desde antes da colonizao, quando os prprios ndios extraiam frutos e caavam nesse bioma para sobreviver. A chegada do homem branco intensificou ainda mais essa explorao, aumentando a presso sobre os recursos naturais, principalmente, em relao a aves de plumagem mais colorida, como o galo-decampina, vermelha. Pesa 25 gramas, tem de 17 a 20 centmetros de altura e estimativa de vida de at 20 anos. Sua cabea curta e ereta. Canta, repetidamente, 12 cantos diferentes e monossilbicos, sendo uma das espcies mais valiosas do mercado ilegal de aves. Esse pssaro encontrado no Nordeste. Na rea que vai do sul do Maranho ao interior de Pernambuco e Bahia, seu hbitat natural so as reas de mata baixa, muito bem ensolarada e tambm beira de rios. Alimentam-se de algumas frutas, verduras, mistura de sementes, farinha seca com insetos e mida com ovos (todas em pequenas quantidades). Eles andam e saltitam buscando essas sementes no prprio colmo do solo; tambm se renem a beira de poos naturais na Caatinga para a realizao de suas refeies dirias. Sua reproduo ocorre no perodo de setembro a maro; a fmea est pronta para reproduzir quando comea a voar muito e fazer ninho. Nessa poca chega at a cantar parecido com o macho. O macho, que nesse perodo canta bastante e ainda mais alto, se torna agressivo, fogoso, ansioso e inquieto. A postura de 2 a 4 ovos, os filhotes saem do ninho completados os 15 dias de nascimento e alimentam-se sozinhos por volta de 45 dias.
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Disponvel em: www.antpitta.com/.../Red-cowled-Cardinal.jpg. Acesso em: 30 mai. 2010

tambm

conhecido

como

cabea

Aves da

Papagaio
Aline Oliveira da Silva & Ester da Silva Brito Nome cientfico: Amazona aestiva aestiva Famlia: Psittacidae

O papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) um Psittacidae de ampla distribuio geogrfica, sendo encontrada desde o Paraguai, Bolvia, Argentina e Nordeste, Centro, Sudeste e Sul do Brasil. encontrado em Campo sujo, Cerrado, Cerrado, Matas, Brejos, Veredas e Caatingas (SICK, 1997). A subespcie Amazona aestiva
Disponvel em: 3.bp.blogspot.com/_jLKfzXBf7SQ/SXJWqWnp3sI/AA... Acesso em: 30 mai. 2010.

aestiva encontra-se distribudo do Piau ao Rio Grande do Sul (na faixa leste do Brasil) sendo encontrado tambm no Mato Grosso.

Vivem em bandos e muitas vezes so apreciados como animais de estimao o que na maioria das vezes tem lhes custado liberdade e o risco de extino, pois, a cada 10 papagaios capturados, apenas um sobrevive. Os Papagaios do gnero Amazona (cerca de 28 espcies) esto entre os mais famosos do mundo. O peso varia em torno de 500 g e seu tamanho de 37 cm, em mdia. Podem viver mais de 50 anos. A diferena entre machos e fmeas no possvel ser visualizada externamente, sendo necessrio um exame gentico ou laparoscpico para a determinao do sexo. Atingem a maturidade sexual aps os 4 anos de idade e o perodo reprodutivo ocorre entre os meses de outubro e fevereiro. A postura de 3 a 4 ovos em mdia e o choco dura cerca de 28 dias. Nesse perodo, a fmea passa a maior parte do tempo no ninho e o macho muitas vezes leva comida at ela. Aps o nascimento, os filhotes permanecero no ninho por cerca de 9 semanas.

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Aves da

Rolinha-Caldo-de-Feijo
Naiara Rodrigues Reges & Sandra Lima Mangabeira

Nome cientfico: Columbina talpacoti Famlia: Columbidae

espcies brasileiras a se adaptar ao meio urbano,ainda a espcie nativa mais comum em boa parte das grandes cidades brasileiras. Ela se encontra em maior quantidade em locais alterados pelo homem do que em seu habitat natural, que so reas abertas, campos e plantaes.

O macho marrom-ferrugneo com a cabea cinza-azulada e a fmea inteiramente marrom-clara. O macho tem a cabea cinza, tem 17 cm e a espcie mais vista nas cidades. Vive solitria, aos pares ou em grupos de tamanhos variveis. Quando assustada , voa por distancias curtas ,executando som com as asas. Alimenta-se de sementes e pequenos frutos coletados do solo. Seu ninho compacto e mais fundo do que os dos demais columbdeos e feito com pequenos galhos em arvores ou arbustos a pouca altura do solo. Postura de 2 ovos, chocados pelo macho e fmea entre 11 e 13 dias. Os filhotes saem do ninho com, no mximo, 2 semanas de vida. Muito agressivas entre si, embora possam formar grupos, disputam alimentos e defendem territrios usando uma das asas para dar forte pancadas no oponente. Os machos so mais belicosos. Nas disputas ou quando tomam sol, deitadas de lado no cho e com a asa esticada para cima, mostram a grande rea de penas negras sob a asa.

Hermann Redies. Reserva Me-da-lua, Itapej-CE

Historicamente, uma das primeiras

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Aves da

Soldadinho do Araripe
Danilo Loureno Oliveira & Durval Dias de Oliveira Junior Nome cientfico: Antilophia bokermanni Famlia: Tyrannidae O soldadinho do Araripe foi descoberto em 1996 na chapada do Araripe, na regio nordeste do Brasil. Ele somente encontrado nos municpios de Barbalha, Crato e Misso Velha, todos no Cear. Ela a nica ave endmica do Cear, sendo considerada uma das cinco espcies da fauna cearense mais ameaada de extino global na lista oficial brasileira de 2003 (MMA/IBAMA), onde classificada como criticamente em perigo, recebendo o mesmo status pela unio internacional para a conservao da natureza em sua lista de espcie ameaada de extino.

Soldadinho-do-araripe macho

soldadinho-do-araripe fmea

soldadinho-do-araripe jovem

O pssaro tem cerca de 10 cm comprimento e 20 g de massa, apresentando um dimorfismo sexual acentuado, pois a fmea de cor verde-oliva enquanto o macho branco, com a cauda e as penas de vo das asas negras, alm de um manto carmim que se estende do meio do dorso at um imponente topete sobre o bico, um adorno praticamente ausente na fmea. Pequenos frutos a principal alimentao do pssaro. Como ocorre com os outros representantes da sua famlia, tambm ingere artrpodos e, para isso, adota uma estratgia de captura especfica para insetos em voo, sugerindo uma importncia nutricional que pode ajudar a atravessar os perodos em que a Caatinga est com pouca oferta de frutos.

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Aves da

REFERNCIAS AVES DO PANTANAL. Disponivel em: >http://www.avespantanal.com.br/paginas/85.htm. Acesso 26 mar. 2010. BIGODINHO. Federao Ormitolgica de Minas Gerais. Disponvel em: http://www.feomg.com.br/bigodinh.htm . Acesso em 30 mai. 2010 Bioma caatinga tem 932 tipos de plantas e a fauna, 148 mamferos e 510 aves. Piau Hoje.com, Piau, 2010. Disponvel em: < http://www.piauihoje.com/materia.asp?notcod=20323>. Acesso em: 30 de maio 2010. COIMBRA-FILHO, A.F. & CMARA, I.G. Os limites originais da mata atlntica na regio nordeste do Brasil. Rio de Janeiro: FBCN, 1996. CORUJA. Disponvel em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Coruja-das-torres >. Acesso em: 21 mai. 2010. CURIOSIDADES SOBRE PSSAROS. Disponvel em: http://www.labcon.com.br/curiosidades/passaros/papagaios.htm. Acesso em 20 mai. 2010. FILHO, Joo Ambrsio de Arajo Filho; CARVALHO, Fabiano Cavalcante de. Desenvolvimento Sustentado da Caatinga. Circular Tcnica, Cear, v.13, 1997. ONIKI, Y. and WILLIS, E. O.. Nesting behavior of the Picazuro Pigeon, Columba picazuro (Columbidae, aves). Rev. Bras. Biol. [online]. 2000, vol.60, n.4, pp. 663666. PAPAGAIO VERDADEIRO. Disponvel em: http//pt.wikipedia.org/wik/Papagaioverdadeiro. Acesso em: 25 mai. 2010. RIZZINI, C.T. Tratado de fitogeografia do Brasil. Rio de Janeiro: mbito Cultural Edies, 1997. SANTIAGO, R. G. Gara-branca-grande ( Ardea alba (ex Casmerodius albus) ) Guia Interativo de Aves Urbanas, 17 mar. 2007. Disponivel em: <http://www.ib.unicamp.br/lte/giau/visualizarMaterial.php?idMaterial=441>. Acesso em: 20 mai.2010. SICK, H. 1997. Ornitologia Brasileira. So Paulo: Editora Nova Fronteira. 783p SILVA, J.M.C.; SOUZA, M.A.; BIEBER, A.G.D. & CARLOS, C.J. Aves da Caatinga: status, uso do habitat e sensitividade. In: LEAL, I.R.; TABARELLI, M. & SILVA, J.M.C. (Eds.), Ecologia e conservao da Caatinga. Recife: Editora Universitria UFPE, 2003. p.237-274.

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Aves da

SILVA, J.M.C.; TABARELLI, M.; FONSECA, M.T. & LINS, L.V. (Eds). Biodiversidade da Caatinga: reas e aes prioritrias para conservao. Braslia: MMA, 2004. 56p. SOFR - Disponvel em: http://www.wikiaves.com.br/corrupiao. mai.2010. Acesso em 28

SOFR - Disponvel em: www.vivaterra.org.br .Acesso em 28.mai. 2010

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