Benedita Costa
Benedita Costa
Benedita Costa
SÃO LUÍS
2017
BENEDITA MARIA COSTA NETA
SÃO LUÍS
2017
BENEDITA MARIA COSTA NETA
Data: 29/03/2017
BANCA EXAMINADORA
Key words: Light trap. Light-emitting diode. Anofelino. Attraction. Light intensity
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Características gerais da fêmea do mosquito anofelino: corpo coberto
de escamas (a), escamas tarsais (b), escamas nas asas (c). ................................... 21
Figura 2. Mapa da distribuição global das espécies vetores da malária............... 24
Figura 3. Diferentes criadouros naturais de larvas de anofelinos........................ 25
Figura 4. Ciclo de vida do plasmódio da malária................................................. 28
Figura 5. Distribuição dos casos de malária nos anos 2000 a 2012 no Brasil...... 31
Figura 6. Barraca de Shannon (a), Armadilha do tipo CDC (b), Isca humana
(c), armadilha BG- sentinel (d) ............................................................................. 34
Figura 7. Armadilha do tipo HP com fonte luminosa LED verde....................... 35
Figura 8. Localização da área de estudo, fazenda Vila Emídio no Municipio de
Chapadinha- MA ................................................................................................... 38
CAPÍTULO I: LED (LIGHT-EMITTING DIODE) MELHORA A
CAPTURA DE MOSQUITO ANOFELINO POR ARMADILHA
LUMINOSA ......................................................................................................... 50
Figura 1. Números de indivíduos capturados em armadilha luminosa do tipo
67
CDC usando diodo emissor de luz e lâmpada incandescente como controle........
1 INTRODUÇÃO
A malária é transmitida ao homem através da picada de mosquitos Culicídeos
(Diptera: Nematocera) do gênero Anopheles Meigen (1818) da subfamília Anophelinae
(REINERT, 2009). Este gênero é composto atualmente por aproximadamente 465 espécies
distribuídas nas regiões tropicais e temperadas do mundo. Destas, 70 são vetores competentes
capazes de transmitir parasitas da malária aos seres humanos, e 41 são consideradas espécies
de vetores dominantes (SINKA et al., 2012).
No Brasil, a malária é endêmica nos nove estados da região amazônica, incluindo o
Maranhão. Dentro dessa grande região, as áreas que favorecem a propagação do vetor e a
transmissão da doença incluem assentamentos rurais, áreas indígenas, garimpos, viveiros
artificiais, ocupação intensa e desorganizada nas periferias das cidades, entre outras (MS
2013; 2015).
As espécies de anofelinos mais importantes na epidemiologia da malária no Brasil
são: An. darlingi (Root, 1926), An. aquasalis (Curry, 1932) An. albitarsis s.l. (Lynch-
Arribálzaga, 1878) An. cruzii (Dyar & Knab, 1908) e An. bellator (Dyar & Knab, 1906)
(DEANE, 1986; DEANE, 1989). No Maranhão, são conhecidas 24 espécies, o que representa
aproximadamente 43,6% da fauna brasileira. Das espécies encontradas destacam-se An.
darlingi e An. aquasalis como principais vetores na região (REBÊLO et al., 2007).
Atualmente, encontram-se disponíveis diversas técnicas de captura de anofelinos, as
quais são classificadas em três categorias: biológicas, físicas e químicas. Estas podem ser
utilizadas em combinação para melhorar a eficiência. As técnicas biológicas necessariamente
envolvem isca humana ou animais, muitas vezes combinadas com as técnicas físicas: barraca
de Shannon, Ifakara Tent Trap (ITT) e armadilhas luminosas do tipo CDC (Centers for
Disease Control and Prevention) (GAMA et al., 2007; GOVELLA et al., 2011; GAMA et al.,
2013; LIMA et al., 2014).
As técnicas químicas incluem as substâncias atrativas como CO2, suor, odores de
animais entre outras e quando combinadas com Mosquito Landing Box (MLB) e Resting Box
(RB) BG sentinel, MM-X trap podem ser utilizadas como técnicas de captura para anofelinos,
contribuindo assim com o controle vetorial da malária (KWEKA et al., 2009; KWEKA et al.,
2013; GAMA et al., 2013; LIMA et al., 2014). Um dos métodos considerados mais eficazes é
a isca humana, porém expõe o coletor ao perigo de se infectar por diferentes agentes
etiológicos (GAMA et al., 2013).
17
capturas com CDCs (RUBIO-PALIS et al., 2012; SILVA et al., 2015ab; SILVA et al., 2016).
Diante disso, há uma necessidade de se conhecer o padrão de atração das diferentes espécies
de vetores em diferentes áreas geográficas para um melhor entendimento e controle destes
insetos (BISHOP et al., 2004; HOEL et al., 2007; SILVA et al., 2016).
Considerando que os anofelinos possuem hábitos crepusculares e noturnos e que
várias espécies parecem modificar a sua atividade, como adultos, diante das diferentes fases
lunares (RUBIO-PALIS, 1992; GUIMARÃES et al., 2000), destaca-se a importância do
estudo com a utilização de LEDs no monitoramento das espécies vetores da malária. Mesmo
no Brasil, onde a malária é endêmica, trabalhos dessa natureza são escassos. Em um
experimento utilizando armadilha luminosa do tipo CDC com o uso de lâmpada
incandescente e isca humana para a captura de anofelinos, a espécie A. nuneztovari apresentou
diferença significativa no número de indivíduos coletados durante a fase da lua nova em
relação à lua cheia, evidenciando a preferência do vetor por noites mais escuras (RUBIO-
PALIS, 1992). Comportamento similar foi observado por Guimarães et al. (2000) quando
realizou captura de mosquitos nas quatro fases lunares.
Nos estudos com mosquito, de um modo geral, as armadilhas são instaladas em
locais próximos de abrigos de animais domésticos, os quais invariavelmente funcionam como
fonte de atração para esses insetos hematófagos. Desta forma, esses estudos mostram que
animais domésticos desempenham grande relevância epidemiológica, pela atração e
conservação das espécies de mosquitos em ambientes antrópicos. Em uma pesquisa realizada
na China, em três áreas endêmicas de malária, foram utilizados animais domésticos como
iscas para atrair e capturar espécies de mosquitos. Nessa pesquisa, os porcos, bezerros e
cabras conseguiram atrair mais mosquitos do que outros animais, demonstrando assim a
importância desses hospedeiros para o monitoramento de espécies vetores em áreas
endêmicas (LIU et al., 2011). Em adição, estudos demonstram que dentre os estímulos que
propiciam a busca pelo hospedeiro sanguíneo, os odores dos animais são fundamentais para
atrair mosquitos (COSTANTINI et al. 1993; COSTANTINI et al., 1998).
Nesse mesmo contexto, os abrigos de animais domésticos desempenham papel
importante para atrair e manter população de dípteros nesses anexos das habitações. A captura
com utilização de armadilha luminosa tem demonstrado resultados satisfatórios nesses locais,
já que estudos dessa natureza contribuem para o monitoramento epidemiológico (HOEL et al.,
2007; SILVA et al., 2012). Um estudo recente de Silva et al. (2016), demonstrou que
20
chiqueiros são excelentes locais para a captura de flebotomíneos com emprego de armadilhas
luminosas modificadas com LEDs, por oferecer recursos alimentares para fêmeas.
A utilização de LED pode ajudar na orientação dos programas de monitoramento de
insetos vetores. É possível usar cores de forma mais eficazes para capturas de mosquito, em
especial, os vetores da malária e avaliar a atratividade dos LEDs em comparação com
lâmpada incandescente. Portanto, o LED é uma tecnologia eficiente, de baixo custo e
amplamente disponível, que pode auxiliar no controle do vetor da malária e desta forma
contribuir para estudos futuros sobre ecoepidemiologia dessa endemia que afeta vários países
e, principalmente, o Brasil e o Estado do Maranhão (COHNSTAEDT et al., 2008).
21
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Os anofelinos são insetos de grande interesse na saúde pública, pois muitas espécies
são responsáveis pela transmissão do protozoário do gênero Plasmodium causador da malária.
As principais espécies de anofelinos responsáveis pela transmissão da malária estão incluídas
nos subgêneros Nyssorhynchus e Kerteszia e é devido a essa importância que são as mais
estudas na América, além disso, as fêmeas destes mosquitos são as únicas capazes de
transmitir a malária aos seres humanos (Figura 1) (DEANE, 1986; CONSOLI &
LOURENÇO DE OLIVEIRA, 1994).
Os vetores da malária são mosquitos (Diptera: Culicidae) do gênero Anopheles
Meigen, subgêneros Anopheles, Cellia, Nyssorhynchus e Kerteszia. As principais espécies
vetoras responsáveis pela transmissão do plasmódio no Brasil são: An. darlingi, An.
aquasalis, An. albitarsis s.l., An. cruzii e An. bellator (DEANE, 1986; DEANE, 1989;
CONSOLI & LOURENÇO DE OLIVEIRA, 1994; ROSA-FREITAS et al., 1998; FERREIRA
& LUZ, 2003). No Maranhão, as duas principais espécies capazes de transmitir o plasmódio
são An. darlingi e An. aquasalis (REBÊLO et al., 2007).
A B C
Figura 1. Características gerais da fêmea do mosquito anofelino: corpo coberto de escamas (a),
escamas tarsais (b), escamas nas asas (c).
Fonte: http://anm.org.br /conteúdo view.asp?id=2429&descrição.
por três gêneros: Anopheles Meigen (472 espécies), Bironella Theobald (8 espécies),
Chagasia Cruz (5 espécies) (HARBACH & KITCHING, 2016).
O gênero Anopheles é dividido em sete subgêneros: Anopheles Meigen (185
espécies), Nyssorhynchus Blanchard (39 espécies), Cellia Theabald (224 espécies), Kerteszia
Theobald (12 espécies), Sthethomyia Theobald (5 espécies), Lophopodomyia Antunes (6
espécies), Baimaia (1 espécie ) e Christya Theobald (2 espécies). O gênero Anopheles
apresenta distribuição cosmopolita, Bironella é restrito a região da Australásia e o Chagasia
está limitado à região Neotropical (RUEDA et al., 2008; HARBACH & KITCHING, 2016).
Atualmente, o gênero Anopheles é composto por mais de 465 espécies reconhecidas,
distribuídas nas regiões tropicas e temperadas do mundo. Dessas, cerca de 70 espécies são
vetores competentes capazes de transmitir o parasita da malária aos seres humanos (SINKA et
al., 2012).
Os anofelinos possuem ampla distribuição geográfica (Figura 2). E a distribuição
dessas espécies está diretamente relacionada com as condições ambientais. Além disso, a
importância da transmissão ocorre por causa dos hábitos alimentares das fêmeas de mosquitos
anofelinos. Dentre as principais espécies vetores responsáveis pela transmissão da malária no
continente africano estão: An. gambiae (Giles,1902), An. arabiensis (Patton, 1905) e An.
funestus (Giles,1900), sendo que as duas primeiras espécies são consideradas as mais
importantes na epidemiologia dessa endemia. Quanto à distribuição a espécie An. gambiae foi
encontrada em região de clima tropical úmido e An. arabiensis em áreas secas de savanas do
continente (KISZEWSKI et al., 2004; TONNANG et al., 2010).
Nas Américas, a espécie An. darlingi é considerado o principal vetor da malária,
sendo encontrado nas regiões tropicas e subtropicais nas Américas Central e do Sul, desde o
Sul do México até o Norte da Argentina. Enquanto An. aquasalis encontrada nas zonas
costeiras da América do Sul (SINKA et al., 2012).
Os principais vetores da malária no Brasil são: o An. darlingi, que ocorre
principalmente no interior no país, apresenta preferência por áreas com grandes rios e
próximas das florestas. Enquanto o An. aquasalis apresenta distribuição no litoral brasileiro,
devido à preferência por águas com salinidade. A espécie An. albitarsis s.l. possui ampla
distribuição, An. cruzii e An. bellator ocorrem na Mata Atlântica (DEANE, 1986;
MENDOZA & LOURENÇO DE OLIVEIRA, 1996; TADEI et al., 1998).
No Maranhão foram registradas 24 espécies do gênero Anopheles (REBELO et al.,
2007). Dessas espécies, apenas cinco são vetores responsáveis pela a transmissão da malária e
23
2.1. 2 Habitat
2.2.1 A malária
27
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujo agente etiológico é parasita do
gênero Plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea de anofelino
infectada com protozoários do gênero Plasmodium. Essa infecção ocorre quando a fêmea se
alimenta do sangue infectado contendo as formas gametocísticas do hospedeiro vertebrado
(Figura 4) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).
No Brasil, três espécies de plasmódios que estão envolvidas na transmissão de
malária em seres humanos são: P. falciparum, P. vivax e P. malariae, visto que as duas
primeiras espécies são as mais importantes e predominantes no país. A espécie P. ovale
ocorre principalmente no continente africano, sendo responsáveis por grande parte dos casos
de malária nessa região (FRANÇA et al., 2008; PARISE, 2009, MINISTERIO DA SAÚDE,
2014).
Plasmodium vivax é responsável pela forma mais branda da doença, não atinge mais
que 1% do total das hemácias e raramente é mortal, porém, é mais complicada de ser tratada.
Essa forma de infecção é mais frequente no Brasil, possuindo ampla distribuição mundial, é
mais prevalente na maioria das regiões endêmica fora do continente africano (FRANÇA et al.,
2008; PARISE 2009).
A espécie de P. falciparum é a forma mais agressiva, multiplica-se mais
rapidamente, ataca de 2% a 25% das hemácias, podendo desenvolver o que se chama de
malária cerebral, responsável pela maioria dos casos letais da doença (PARISE 2009;
FRANÇA et al., 2008).
Nos últimos anos, o Brasil tem apresentado redução no número de casos de malária,
em 2014 foi registrado o menor número de casos dos últimos 35 anos. Esse resultado só foi
possível por causa da parceria dos municípios, estados e do Ministério da saúde, mesmo com
todos os avanços, ainda precisa melhorar os métodos de prevenção e controle dessa endemia
(MINISTERIO DA SAÚDE, 2014).
28
Os principais sintomas que a malária apresenta são: febre, calafrios, suor intenso, dor
de cabeça, dores musculares, náuseas, vômitos, tosse, falta de apetite, dor abdominal, diarreia,
podendo ocorrer juntamente com esses sintomas um quadro de anemia decorrente da
destruição dos glóbulos vermelhos do sangue pelos protozoários. Cabe ressaltar que a febre é
um dos sintomas característico dos pacientes positivos para malária (PARISE, 2009; TAHITA
et al., 2013; VITOR-SILVA et al., 2016).
Segundo Parise (2009) é de suma importância conhecer o histórico de pacientes
febril com a migração de pessoas em áreas endêmicas, visto que a maioria dos casos
importados de malária está relacionada com o fluxo de pessoas nessas áreas. Desta forma é
importante detectar os primeiros sinais e sintomas específicos da doença, para que os mesmos
possam ser orientados no tratamento dessa endemia.
De acordo com Tahita et al. (2013) o índice de infecção em mulheres grávidas é mais
prevalente em países endêmicos, e os principais sintomas são a febre e a dor de cabeça. Cabe
ressaltar, que independentemente dos sinais e sintomas, os casos de mulheres grávidas
assintomáticas devem ser levados em consideração para o diagnóstico da infecção. Outro
estudo evidenciou que a febre e a dor de cabeça são sintomas relevantes que devem ser
utilizados para fazer o rastreamento do diagnóstico de malária clínica, principalmente em
crianças menores de cinco anos de idade (MUTANDA et al., 2014).
2. 2. 3 Prevenção e tratamento
(BRETSCHER et al., 2014). Outro estudo evidenciou que o tratamento à base de Artesunato
+ Amodiaquina reduziu os níveis de prevalência de malária em criança (AHORLU et al.,
2012).
2. 2. 4 Aspectos epidemiológicos
A malária é uma das doenças mais preocupantes da saúde pública em âmbito global,
sendo considerada uma das principais causas de mortalidade em vários países. Segundo os
dados da organização mundial de saúde (OMS) no ano de 2013, foram registrados 198
milhões de casos e 584 mil óbitos no mundo. O continente africano é uma das regiões que
mais sofre as consequências dos altos índices dessa doença, pois cerca de 90% de todas as
mortes por malária foram em crianças menores de 5 anos de idade, sendo as maiores vítimas
dessa endemia (WHO, 2013; 2014).
De acordo com os últimos dados da organização mundial da saúde, ocorreu uma
redução dos índices de casos de malária a nível mundial, pois as medidas de intervenções dos
órgãos de saúde em prol da erradicação dos casos da doença têm contribuído bastante para os
baixos índices. No entanto, apesar de várias medidas adotadas, uma das regiões do planeta
que ainda mais sofre com essa enfermidade é a África que apresenta alta taxa de endemismo
de malária (WHO, 2014).
Os estudos demonstram que nas últimas décadas, o Brasil obteve avanço
significativo na luta contra a malária. Apesar de todos os progressos conquistados o número
de casos registrados ainda é elevado. Os maiores registros de incidência de malária no Brasil
estão restritos ao bioma amazônico, representado por 99,8% do total de casos dessa endemia
(figura 5). A região Amazônica apresenta uma série de fatores que favorecem a propagação
do vetor e desta forma dificultam a utilização de procedimento de controle do vetor
(OLIVEIRA- FERREIRA et al., 2010).
Em contrapartida, a região amazônica caracteriza-se como um hot spot da malária no
Brasil em decorrência de vários fatores como o desmatamento, a migração humana
desordenada, a resistência do parasita aos medicamentos, além das mudanças no
comportamento das espécies vetores da malária (BOUSEMA et al., 2010).
O estado do Maranhão apresenta condições ambientais que facilitam a propagação do
vetor e assim aumentando a probabilidade de ocorrer à disseminação de malária em seu
território. Os planos de controle dessa endemia levados a efeito entre 1999 e 2007 foram bem
31
Figura 5. Distribuição dos casos de malária nos anos 2000 a 2012 no Brasil.
Fonte: Sismal, sivep-malária e sivan.
vetores da malária (MAGBITY et al., 2002). A atração humana ainda é uma das técnicas
considerada eficaz para a coleta de anofelino (Figura 6) (MAGBITY et al., 2002).
Nesse contexto, outra técnica que apresentou resultados promissores foi a Ifakara
Tend Trap (ITT) em comparação a isca humana e Resting Box padronizado (RB). No entanto
para que a mesma funcione é necessária à presença de uma pessoa como atrativo, apesar de
não ficar exposto ao risco de contaminação igual à atração humana, mas por questões éticas
ainda está sujeito à modificação em virtude da utilização do atrativo humano (SIKULU et al.,
2009).
Pesquisas avaliando técnicas de atração de Anopheles constataram que a CDC,
Window exit trap (WET) e RB apresentaram rendimento baixo comparado com as armadilhas
ITT e isca humana. É importante ressaltar que a eficiência das técnicas utilizadas depende do
complemento de alguns atrativos para melhorar o desempenho da mesma, para que a mesma
possa ser comparada com a atração humana e ITT (GOVELLA et al., 2011).
Estudos mostram que Resting Box (RB) iscada com diferentes odores de animais e
sintéticos (CO2) foram mais atrativos para a coleta de mosquito. Segundo Kweka et al. (2009)
o RB iscada com urina bovina foi mais eficiente na captura de A. arabiensis quando
comparada a isca humana. Resultado diferente foi encontrado por Kweka et al. (2013) que
verificaram que o RB iscada a CO2 foi menos atrativo na captura de anofelinos em relação a
armadilha do tipo CDC, porém existem vários fatores que estão envolvidos na eficiência do
método utilizado, como fatores ambientais e comportamentais das espécies da área em estudo.
Atualmente uma das tecnologias que apresentou resultados significativos foi a
Mosquito Landing Box (MLB) uma ferramenta que associada com atraentes sintéticos,
mostrou-se eficaz na captura de mosquitos e com o aprimoramento essa técnica pode
futuramente ser indicada como uma ferramenta para o monitoramento vetorial de anofelinos
(MATOWO et al., 2013).
A utilização de atraentes sintéticos tornou-se uma alternativa para melhorar a
eficiência dos métodos utilizados na captura de anofelinos. Um estudo avaliando a eficiência
da BG-sentinel e Mosquito Magnet-X associados a atraentes sintéticos observaram que a BG-
sentinel foi superior na captura de mosquito quando comparada a MM-X (SCHMIED et al.,
2008). Os primeiros testes com a BG-sentinel no Brasil para capturar An. darlingi não foram
eficientes. Diante desse resultado, os autores fizeram modificações físicas e adaptação na BG-
sentinela, logo após os testes, observaram que protótipo BG-malária apresentou resultados
semelhante à isca humana (GAMA et al., 2013).
34
A B
C D
Figura 6. Barraca de Shannon (a), Armadilha do tipo CDC (b), Isca humana (c),
armadilha BG- sentinel (d).
Fonte: Sudia & Chamberlain 1962, Service 1963, Ministério da Saúde 2001,
www.bg-sentinel.com.
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
Avaliar a aplicação da tecnologia LED na captura dos anofelinos vetores da malária (Diptera:
Culicidae) em área rural do nordeste do estado do Maranhão.
4 MATERIAL E MÉTODOS
das seguintes cores: azul, verde, branco, violeta, vermelho e um LED emissor infravermelho,
uma armadilha com lâmpada incandescente foi utilizada como controle. A partir desse teste
foi selecionada os LEDs com as cores verde e azul que destacaram-se como fonte de luz mais
atrativos para mosquito, além da lâmpada incandescente utilizada como controle.
Figura 8. Localização da área de estudo, fazenda Vila Emídio no Municipio de Chapadinha- MA.
4. 4 Descrição da armadilha
(2015b). Três armadilhas com o LED verde (520nm) com as intensidades 20.000m CD,
15.000 mCD e 10.000 mCD, e três armadilhas com o LED azul (470 nm) com as intensidades
4.000 mCD, 12.000 mCD e 15.000 mCD.
4.5 Amostragem I
O experimento foi realizado três vezes por semana em cada fase lunar (quarto
crescente, cheia, quarto minguante e nova) de julho a setembro de 2015 e fevereiro a março
de 2016, totalizando doze coletas em cada fase e quarenta e oito noites, no total. As coletas
foram realizadas das 18:00 h às 6:00 horas com intervalos de um a dois dias a cada coleta. Os
dados das fases da lua foram obtidos do site www.timeanddate.com (22/07/2015) localizado
em São Luís capital do estado á 198 km da área de estudo.
As armadilhas foram dispostas a 1,5 metros acima do solo, três foram alocadas na
área I e três na área II com LED azul, LED verde e lâmpada incandescente, totalizando seis
armadilhas. Foram colocadas três armadilhas em cada abrigo em pontos estratégicos
denominados A, B, C, com a distância entre 8 a 10 metros de cada ponto, distribuídos em
formato triangular em cada chiqueiro. Em cada noite de coleta, houve o rodízio das fontes
luminosas em todos os pontos. Os arranjos de montagem e posicionamento das armadilhas de
luz foram os mesmos do trabalho anterior de Silva et al. (2016) que avaliaram o uso de LEDs
como uma fonte de luz alternativa para a amostragem de flebotomíneos. No total foram
realizadas 94 coletas, sendo 46 na área I e 48 na área II, e o esforço de captura foi de 3.384
horas.
4. 6 Amostragem II
As coletas foram realizadas em dias alternados na semana, das 18:00 às 6:00 horas,
no período de julho a outubro de 2016. As armadilhas foram dispostas a 1,5 metros acima do
solo, três armadilhas com LEDs de cor verde e intensidades diferentes foram alocadas na área
I e três na área II com LED de cor azul com diferentes intensidades. Foram colocadas três
armadilhas em cada abrigo em pontos estratégicos com a distância de 8 metros entre cada
ponto, distribuídos em formato triangular em cada chiqueiro. Em cada noite de coleta, houve
o rodízio das fontes luminosas em todos os pontos. Compreendendo 15 noites, num total de
1080 horas nos dois abrigos.
4. 9 Análises estatísticas II
O teste de Kolmogorov-Smirnov foi realizado para avaliar a normalidade da
distribuição dos dados. Os testes não paramétricos de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney foram
empregados para avaliar a anormalidade da distribuição de dados. Quando o critério de
normalidade não foi atendido, os dados foram transformados em Log10 antes da análise. Em
caso da distribuição normal foi utilizado o teste de análise de variância e T de Student. Foram
feitas também a correlação de Pearson para relacionar as duas variáveis (número de
indivíduos e a intensidade luminosa). A significância estatística foi encontrada quando
p<0,05. Tais análises foram realizadas através do Software Prisma (GraphPad – San Diego,
CA).
41
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CAPITULO I
ARTIGO ORIGINAL
LED (LIGHT-EMITTING DIODE) MELHORA A CAPTURA DE MOSQUITO
ANOFELINO POR ARMADILHA LUMINOSA
50
2 convencionais favorecem o uso de diodos emissores de luz como uma fonte luminosa
5 comprimentos de onda, porém dados sobre atração de mosquitos anofelinos por LED ainda
6 são limitados. Armadilhas de luz do tipo CDC (Centros de controle e prevenção de doenças)
8 por LEDs de 5 mm, verde (520 nm) e a outra de cor azul de 470 nm. Para testar a influência
10 durante as quatro fases lunares de cada mês do período de estudo. Um total de 1.845
12 (Nyssorhynchus) evansae (35.2%) foi a mais frequente, seguida por An. (Nys.) triannulatus
13 s.l. (21.9%), An. (Nys.) goeldii (12.9%) e An. (Nys.) argyritarsis (11.5%). O LED verde foi à
14 fonte de luz mais atrativa, representando 43,3% dos indivíduos, seguida da luz azul (31,8%) e
15 o controle (24,9%). As armadilhas com LED foram significativamente mais atrativas do que o
17 captura com luz, sugere-se o uso de LEDs como um atrativo para mosquitos anofelinos, o que
19 mosquitos.
20
22 armadilha luminosa
23
52
26 subfamília Anophelinae (Reinert 2009). Este gênero é composto por mais de 465 espécies
29 malária aos seres humanos e 41 são consideradas espécies vetores dominantes (Sinka et al.
30 2012).
32 estados amazônicos (MS 2013, 2015) incluindo Maranhão, onde este estudo foi realizado. As
33 espécies de Anopheles mais importantes do ponto de vista médico no Brasil são An. darlingi,
34 An. aquasalis, An. albitarsis s.l., An. cruzii e An. bellator (Deane 1986,1989).
37 compostos associados ao hospedeiro, tais como atrativo de longa distância como CO2 e os
38 voláteis oriundos das glândulas sudorípas. Estas técnicas têm sido usadas com sucesso em
39 combinação com Mosquito Landing Box (MLB), Resting Box (RB), BG sentinela e MM-X
40 armadilha para a captura de mosquitos anofelinos (Kweka et al. 2009, Govella et al. 2011,
41 Gama et al. 2013, Kweka et al. 2013, Lima et al. 2014). As técnicas biológicas incluem
42 atração humanas ou animais, muitas vezes em conjunto com técnicas físicas, tais como
43 armadilhas do tipo Shannon, Ifakara Tent Trap (ITT), CDC (Centros de Controle e Prevenção
44 de Doenças) (Gama et al. 2007, Govella et al. 2011, Gama et al. 2013, Lima et al. 2014).
45 Neste contexto, a captura com atração humana é considerado o método padrão-ouro para
47 patógenos transmitidos por mosquitos que se alimentam de sangue (Gama et al. 2013).
53
49 1962, Service 1963, Pugedo et al. 2005) foram extensivamente testadas e usadas como uma
51 Uma das principais vantagens das armadilhas luminosas é que os coletores não são expostos
52 ao risco de contrair infecções transmitidas por vetores, um problema ético comum como
54 armadilhas de luz também podem ser usadas como um estimador da taxa de picadas de
55 mosquitos (Davies et al. 1995, Costantini et al. 1998, Magbity et al. 2002).
57 ambiente, diferentes comprimentos de onda, intensidade de luz, movimento do ar, altura e cor
58 da armadilha (Barr et al. 1960, 1963, Wilton e Fay 1972, Alan et al. 1987, Nowinszky 2004,
59 Shone et al. 2006). Em vista de tais restrições, uma série de modificaçãoes foram propostas
60 para melhorar os métodos de captura com luz (por exemplo, Burkett et al. 2001, Kline 2006,
61 Barnard et al. 2011, Obenauer et al. 2013). A iluminação do ambiente é um dos fatores
62 ambientais mais importantes que afetam a eficiência da armadilha da luz. Nesse contexto, a
63 influência das fases lunares tem um efeito competitivo sobre a atratividade das armadilhas
65 Recentemente, o uso da tecnologia de diodos emissores de luz (LED) tem sido testado
66 e usado como fonte de luz para atração de insetos vetores adultos (Silva et al. 2014, Silva et
67 al. 2016, Kim et al. 2016). O uso de LEDs como fonte luminosa em substituição a lâmpadas
71 700 nm (Burkett et al. 1998, Cohnstaedt et al. 2008). Estas características favorecem o uso de
72 LEDs como uma fonte de luz alternativa e barata para a amostragem de insetos de
54
75 sua radiação é emitida em forma de calor (Cohnstaedt et al. 2008), que é invisível para a
79 alternativa como atrativo (Burket et al. 1998, Silva et al. 2014). No entanto, os dados sobre a
82 vetores, mostraram que os comprimentos de onda na faixa de azul para verde são as melhores
84 incandescentes (Silva et al. 2014, Silva et al. 2015 a, b, 2016). O presente estudo teve como
85 objetivo avaliar a resposta de algumas espécies de anofelinos aos LEDs em uma área
86 peridomiciliar no Nordeste do Brasil, em busca de uma estratégia eficaz e de baixo custo para
88 com luz.
89
90 Material e Métodos
91
92 Área de estudo. Este estudo foi realizado em uma fazenda (3°44′17′′ S, 43°20′29′′ W)
93 no noroeste do Maranhão, Brasil. A região possui um clima tropical semi-úmido, com uma
94 altitude máxima de 100 metros. A temperatura anual varia de 28 a 30ºC. A estação chuvosa
95 inicia em Janeiro e encerra em Junho, com precipitação média anual de 1.600 a 2.000mm. A
96 estação seca está entre os meses de Julho a Dezembro (Nogueira et al. 2012).
55
98 II, espaçado por 110 metros. O local I é uma área aberta com características típicas de
100 representado unicamente por um chiqueiro e uma área de floresta localizada nas
101 proximidades. As duas áreas possuíam palmeira da espécie Attalea phalerata Mart.,
102 distribuídas dentro e fora dos chiqueiros dos animais. Os chiqueiros dois locais foram
104
105 Modificação das armadilhas luminosas. Para avaliar a resposta dos anofelinos aos
106 LEDs, as armadilhas de luz do tipo CDC (Pugedo et al. 2005) foram ligeiramente modificadas
107 com a substituição da lâmpada incandescente convencional por LED de acordo com Silva et
108 al. (2015 a,b, 2016). Foram utilizadas duas lâmpadas LED de alta intensidade de 5 mm
109 (Mollesmell Technology CO, Ltd, China), uma a 520 nm (± 5 nm) (luz verde, 15 000 mCD,
110 20-30 °, 20 mA, 72 mW - MLL5G30-1416 ) e outra a 470 nm (± 5 nm) (luz azul, 470 nm,
111 6000 mCD, 20-30 °, 20 mA, 72 mW - MLL5B30-0608). Um total de seis armadilhas do tipo
112 CDC foi utilizado, quatro modificadas (duas armadilhas com luz verde de 520 nm, duas
113 armadilhas com luz azul de 470 nm) e as outras duas não modificadas (lâmpada incandescente
115 Estes dois comprimentos de onda foram escolhidos com base num estudo anterior
116 (dados não publicados) do nosso grupo, em que as luzes verde e azul eram as fontes de luz
117 mais atraentes (para mosquitos, flebotomíneos e maruins) de um total de seis LEDs (verde,
118 azul, vermelho, amarelo, ultravioleta e branco). Entre os comprimentos de onda testados, a
119 armadilha com luz vermelha capturou o menor número de espécimes e espécies no nosso
121
56
122 Coleção de Anofelinos. Mosquitos adultos foram capturados três vezes por semana, de
123 18:00 as 6:00 horas de julho a setembro de 2015 e de fevereiro a março de 2016, totalizando
124 48 noites de trabalho. Armadilhas luminosas foram colocadas a 1,5 metros acima do solo e
125 distantes entre si 8 a 10 metros em uma disposição triangular. As armadilhas eram trocadas de
126 lugar todas as noites. Para testar a influência da luminosidade da lua nas capturas com o
127 LED, os experimentos foram realizados durantes as quatro fases lunares de cada mês do
128 período de estudo. Os dados de lua (crescente, cheia, minguante e lua nova) foram obtidos do
129 site www.timeanddate.com (localizado em São Luís, 230 Km da área de estudo). Os arranjos
131 anterior de Silva et al. (2016) que avaliaram o uso de LED como uma fonte de luz alternativa
133 No final de cada noite de coleta, os mosquitos foram sacrificados com vapores de
135 acordo com Consoli e Oliveira (1994). A abreviação de gênero e subgênero segue Reinert
138
139 Análise estatistica. Foi realizado o teste não paramétrico Kruskal-Wallis H, seguido do
141 mosquitos nas armadilhas luminosas. A significância estatística foi estabelecida em P <0,05.
142 A normalidade da distribuição dos dados foi verificada com o teste de Kolmogorov-Smirnov.
143 Todos estes dados foram analisados utilizando o software Prism (GraphPad, San Diego, CA).
144 A regressão de Poisson foi usada para esclarecer melhor a correlação entre as fontes de luz
145 natural e artificial usando o software Stata 12 (StataCorp, College Station, TX, EUA).
146
57
147 Resultados
148
150 encontrado (Tabela 1). Anopheles (Nyssorhynchus) evansae (35.2%) foi a mais coletada,
151 seguida de An. (Nys.) triannulatus s.l. (21.9%), An. (Nys.) goeldii (12.9%) e An. (Nys.)
153 espécimes. Cerca de 16% dos espécimes foram danificados durante a coleta, tornando-os
155 O LED verde foi à fonte luminosa mais atrativa (43.3%, 8.5 ± 1.3/média ± SEM),
156 seguido da luz azul (31.8%, 6.4 ± 0.8/média ± SEM) e o controle (24.9%, 4.7 ± 0.7/média ±
157 SEM) (Tabela 1). O LED verde foi mais atrativo do que o controle (U = 3300, P = 0.0026), no
158 entanto não apresentou diferença em relação ao LED azul (U = 3739, P = 0.0674). Não houve
159 diferenças significativas entre o LED azul e o controle (U = 4065, P = 0.3401) (Fig. 1).
160 Todos os mosquitos anofelinos apresentavam atração ao LED (Tabela 1). A resposta
161 da atratividade ao LED foi significativa apenas para An. argyritarsis, que foi frequentemente
162 coletado na armadilha com LED verde do que o controle (U = 429,0, P = 0,0393) (Tabela 2).
163 Duas espécies, An. albitarsis s.l. e An. rangeli, foram atraídos exclusivamente pelo LED verde
166 LED, os dados foram analisados de acordo com as fases da lua. O céu estava sem presença de
167 estrelas durante todas as noites de coleta. Em geral, a análise mostrou que a eficiência atrativa
168 das armadilhas de luz foi afetada pela iluminação lunar, tendo-se observado uma redução do
169 número de mosquito durante a lua cheia. A sequência de abundância (média ± SEM) das
170 espécies combinadas e relacionada com as fases lunares foi a seguinte: lua nova (9,8 ± 1,54)
171 lua minguante (6,6 ± 0,86) lua cheia (5,3 ± 1.01) e lua crescente (4,2 ± 1,02). Diferença
58
172 significativa foi encontrada entre a lua nova e a crescente (U = 1326, P = 0,0001), entre a lua
177 controle, a armadilha de LED verde foi significativamente mais atrativa na lua cheia (U =
178 185,5, P = 0,0335) e na lua minguante (U = 156,5, P = 0,0066). Não foi observada diferença
179 estatística nas fases lunar cheia e crescente quando comparadas com as três fontes de luz
180 (Tabela 3). De acordo com a regressão de Poisson, as armadilhas com LED foram
181 significativamente mais atrativas que o controle, independentemente da fase lunar (Tabela 4).
182
183 Discussão
184
186 outras partes do estado do Maranhão, que também apresentou An. evansae, An. triannulatus
187 s.l., An. goeldii, e An. argyritarsis como espécies mais frequentes (Oliveira-Pereira e Rebêlo
188 2000, Rebêlo et al. 2007). Vale ressaltar que, com base na genitália masculina e nas manchas
189 escuras e pálidas das asas das fêmeas (Sant’Ana et al. 2015), An. goeldii foi identificado de
190 forma incorreta como An. nuneztovari em literatura anterior no Maranhão. De acordo com
191 Calado et al. (2008), que usaram marcadores moleculares para examinar o status taxonômico
192 de An. nuneztovari, os registros desta espécie a leste dos rios Amazonas e Solimões são de
193 An. goeldii, apoiando os dados do estado do Maranhão, que fica a leste do rio Amazonas.
194 O uso de LEDs foi incentivado por inúmeras vantagens sobre as fontes de luz que têm
195 sido empregadas até agora. No presente estudo, as armadilhas com luzes LED eram as fontes
196 de luz mais atrativas em comparação com as lâmpadas incandescentes convencionais. Embora
59
197 sem diferença estatística, as armadilhas com LEDs verdes e azuis atraíram o maior número de
198 mosquitos no estudo de Silva et al. (2014), semelhante ao observado no presente estudo. A luz
199 LED verde-azul também foi à fonte de luz mais atrativa para outros insetos que sugam sangue
200 (Bishop et al. 2004, 2006, Silva et al. 2015a, b, Silva et al. 2016). Os comprimentos de onda
201 azul-esverdeado mais curtos (400-600 nm) foram determinantes para atrair significativamente
202 mais mosquitos do que os comprimentos de onda mais longos (Brown & Bennett, 1981;
204 Geralmente, as capturas de insetos com armadilha luminosa são afetadas pela lua
205 (Provost, 1959, Bowden & Church, 1973, Nowinszky, 2004), havendo um declínio na captura
206 sob a influência da lua. Acredita-se que seja o resultado de um efeito competitivo da lua com
207 a luz da armadilha (Bowden, 1973). No momento da lua cheia, embora tenha sido observada
208 uma captura reduzida, a armadilha de LED verde foi estatisticamente mais atrativa do que o
209 controle. Indicando que luz com LED verde foi menos afetada pelo efeito competitivo da lua
210 do que a luz do controle. Na verdade, o número de indivíduos atraídos para a armadilha do
211 LED verde na lua cheia foi comparativamente semelhante ao número de indivíduos atraídos
213 As capturas com luzes verdes e incandescentes foram menores na lua crescente do que
214 na lua cheia. Os tempos de ascensão da lua têm uma influência importante nas capturas. No
215 início das coletas (18:00), a lua já está bem alta na fase crescente, porque neste período o
216 satélite nasce ao meio dia e se põe a meia noite. Como a lua cheia sobe ao pôr-do-sol e se
217 põe ao nascer do sol, a noite é inicialmente mais escura do que na lua crescente,
218 principalmente no terceiro dia de coleta porque o nascer da lua é atrasado em dias sucessivos
220 O contraste de cores é um fator importante na atração visual (Alan et al. 1987), em
221 geral a superioridade do LED verde sobre a luz incandescente ocorre porque o comprimento
60
222 de onda da luz verde oferece maior contraste contra ao plano de fundo do que a luz do
223 controle, principalmente na lua nova. A atratividade das armadilhas LED é afetada por
224 diferentes intensidades luminosas (dados não publicados), talvez aumentando ou diminuindo
225 o contraste com o plano de fundo, mas estudos adicionais específicos são necessários para
227 Em conclusão, a captura de mosquito anofelino foi mais eficiente quando a lâmpada
228 incandescente convencional foi substituída pelo LED verde, independentemente da fase da
229 lua, mostrando que a eficiência da armadilha luminosa é cada vez melhor devido ao uso de
230 LEDs. Como a eficiência dos LEDs melhora o aprisionamento de luz, sugere-se que o uso de
231 LEDs como atrativo para mosquitos anofelinos deve ser levado em consideração nas
232 atividades de controle de mosquitos, não apenas por causa da eficiência atrativa dos LEDs,
233 mas também por outras grandes vantagens sobre a lâmpada incandescente convencional.
234
235 Agradecimentos
236 Somos gratos ao Sr. Benedito e sua familia pela cooperação em permitir utilizar sua
238 Maranhão) pela bolsa concedida. Agradecemos Professora Alcione Miranda e Ciro dos Santos
239 pela assistência na analise dos dados. Agostinho Cardoso Pereira dos Santos pela ajuda na
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Wilton, D. P., and R. W. Fay. 1972. Responses of adult Anopheles stephens to light of
12
**
Média de indivíduos
0
verde azul controle
Fonte de Luz
CDC usando diodo emissor de luz e lâmpada incandescente como controle. (**) diferença
15
***
Média de indivíduos **
10 **
***
0
Crescente Cheia Minguante Nova
Fases Lunares
Fig. 2 Média (± SEM) do número de indivíduos capturados em armadilhas luminosas do tipo
CDC usando diodo emissor de luz e lâmpada incandescente durante as fases lunares. (**)
diferença estatística (Mann –Whitney U-test)
69
Tabela 1 Espécies anofelinos capturados com armadilha luminosa do tipo CDC usando diodos emissores de
luz e lâmpada incandescente como controle em uma área pecuária do Nordeste do Brasil
Espécies Verde Azul Controle Total (%)
An. (Nys.) evansae (Brethés, 1926) 294 204 152 650 (35.2)
An. (Nys.) triannulatus s.l. (Neiva & Pinto, 1922) 160 134 110 404 (21.9)
*espécimes danificados
70
Tabela 2 Média do número das quarto espécies de anofelinos mais frequentes (± SEM)
capturadas com armadilhas luminosas do tipo CDC modificadas em uma área pecuária do
Brasil
LEDs An. evansae An. triannulatus An. goeldii An. argyritarsis
Tabela 3 Média do número de mosquitos (± SEM) coletados em diferentes fases lunares com
armadilhas luminosa do tipo CDC em uma area pecuária do Brasil
Fonte de luz lua crescente lua cheia lua minguante lua nova
IC = intervalo de confiança
73
CAPITULO II
ARTIGO ORGINAL
EFEITO DA INTENSIDADE LUMINOSA DOS LEDS NA CAPTURA DE
ANOFELINOS (DIPTERA: CULICIDAE)
74
RESUMO
1- Laboratory of Medical Entomology, Center for Agrarian and Environmental Sciences, Federal University of
Maranhão, CEP: 65500-00, Chapadinha, MA, Brasil.
2 - Laboratório de Entomologia e Vetores, Departamento de Biologia, Universidade Federal do Maranhão, CEP:
65080-805. São Luís, MA, Brasil.
3 - Laboratório de Imunofisiologia, Departamento de Patologia, Universidade Federal do Maranhão, CEP:
65080-805. São Luís, MA, Brasil.
4 - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Maranhão, CEP: 65080-805.
São Luís, MA, Brasil.
* Corresponding author: [email protected]
75
1 INTRODUÇÃO
intensidade luminosa (BARR et al., 1960; WILTON & FAY, 1972; BURKETT et al., 1998;
BENTLEY et al., 2009; SILVA et al., 2014).
O uso de diodos emissores de luz (LEDs) tem apresentado bons resultados na
atratividade de insetos vetores (BURKETT et al., 1998; BISHOP et al., 2004; HOEL et al.,
2007; MANN et al., 2009; JENKINS & YOUNG, 2010; SILVA et al., 2014; SILVA et al.,
2015 a, b; 2016, KIM et al., 2016). A utilização dos LEDs no estudo da vigilância
entomológica tem apresentado resultados satisfatórios, visto que os LEDs possuem várias
vantagens em relação à lâmpada incandescente convencional.
A disponibilidade de LEDs de cores e intensidades variadas possibilita o emprego
destas fontes de luz em estudos entomológicos diversos. Os estudos anteriores sobre
intensidade luminosa abordavam o assunto com uma tecnologia ainda precária em relação aos
dias de hoje, mas mesmo assim os resultados foram conclusivos, ou seja, quanto maior a
intensidade luminosa maior o número de mosquitos atraídos e coletados (BARR et al., 1963).
No entanto, com a tecnologia LED ainda não foi estudada a influência de diferentes
intensidades luminosas nas capturas de insetos de interesse médico, como os vetores da
malária. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da intensidade
luminosa a partir de armadilhas contendo LEDs nas capturas de mosquitos anofelinos em uma
área peridomiciliar no Nordeste do Brasil. O conhecimento da resposta visual dos anofelinos
às diferentes intensidades luminosas é de extrema importância para a ciência, uma vez que vai
melhorar o monitoramento de espécies vetoras e os programas de controle vetorial, pois este
tipo de estudo é incipiente no Brasil.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2. 1 Área de estudo
A pesquisa foi desenvolvida no município de Chapadinha, situado a (3°44’17”S,
43°20’29”) no noroeste do Maranhão, Brasil. O clima tropical semi-úmido é característico da
região, apresentando uma estação chuvosa bem definida entre janeiro a julho, seguido pelo
um período de seca que vai de julho a dezembro. Os índices pluviométricos variam de 1.500
mm a 2000 mm e a temperatura média varia de 28ºC a 30ºC (NOGUEIRA et al., 2012).
2. 3 Amostragem
As coletas foram realizadas em dias alternados na semana, das 18:00 às 6:00 horas,
no período de julho a outubro de 2016. As armadilhas foram dispostas a 1,5 metros acima do
solo, três armadilhas com LEDs de cor verde e intensidades diferentes foram alocadas na área
I e três na área II com LED de cor azul com diferentes intensidades. Foram colocadas três
armadilhas em cada abrigo em pontos estratégicos com a distância de 8 metros entre cada
ponto, distribuídos em formato triangular em cada chiqueiro. Em cada noite de coleta, houve
o rodízio das fontes luminosas em todos os pontos. Compreendendo 15 noites, num total de
1080 horas nos dois abrigos.
2. 5 Análises estatísticas
O teste de Kolmogorov-Smirnov foi realizado para avaliar a normalidade da
distribuição dos dados. Os testes não paramétricos de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney foram
empregados para avaliar a anormalidade da distribuição de dados. Quando o critério de
normalidade não foi atendido, os dados foram transformados em Log10 antes da análise. Em
caso da distribuição normal foi utilizado o teste de análise de variância e T de Student. Foram
feitas também a correlação de Pearson para relacionar as duas variáveis (número de
indivíduos e a intensidade luminosa). A significância estatística foi encontrada quando
p<0,05. Tais análises foram realizadas através do Software Prisma (GraphPad – San Diego,
CA).
3 RESULTADOS
No presente estudo, foram avaliados LEDs azul e verde com diferentes intensidades.
No total, foram coletados 1.650 espécimes de 5 espécies do gênero Anopheles e todas
pertencentes ao subgênero Nyssorhynchus, divido em 953 indivíduos no LED azul e 697 no
verde (Tabela 1, 2).
As espécies encontradas no LED azul apresentaram as seguintes frequências: An.
argyritarsis (29,4%), An. evansae (28,4%), An. triannulatus s.l., (15,7%), An. goeldii (12,0%)
e An. darlingi (1,9%), e os exemplares danificados de Anopheles spp. totalizaram 12,6%.
Comparando as intensidades do LED azul, observa-se que o LED de maior intensidade
atrairam um número maior de anofelinos coletados, seguido pelo de 12.000 mCD, e por
último a intensidade 4.000 mCD (Tabela 1).
As espécies atraídas pelo LED verde foram An. argyritarsis (25,0%), An. evansae
(18,7%), An triannulatus s.l., (16,4%), An. goeldii (9,3%), An. darlingi (3,2%) e Anopheles
spp. (27,5%). Analisando o número de anofelinos capturados no LED verde nas três
intensidades, a que mais capturou individuos foi à de 20.000 mCD, seguida pela intensidade
de 15.000 mCD, e a que apresentou menor atratividade foi a 10.000 mCD (Tabela 2).
Em relação às intensidades 4.000 mCD, 12.000 mCD e 15.000 mCD do LED azul,
observa-se na figura 1 que as mesmas não apresentaram diferenças estatísticas. Entretanto, a
intensidade maior atraiu mais individuos em comparação com as demais.
79
Tabela 1 Números de espécimes de anofelinos capturados com armadilhas luminosas com LED
(Light- Emitting Diode/ Diodo Emissor de luz) azul em uma área rural do Nordeste do Brasil.
4000 12000 15000 TOTAL
ESPÉCIES
N N N (%)
An. (Nys.) triannulatus s.l. (Neiva & Pinto, 1922) 43 60 47 150 (15,7%)
Tabela 2 Números de espécimes anofelinos capturados com armadilhas luminosas com LED
(Light- Emitting Diode/ Diodo Emissor de luz) verde em uma área rural do Nordeste do Brasil.
10000 15000 20000 TOTAL
ESPÉCIES
N N N (%)
An. (Nys.) argyritarsis (Robineau Desvoidy, 1827) 29 59 86 174 (25,0%)
14 44 56 114 (16,4%)
An. (Nys.) triannulatus s.l. ( (Neiva & Pinto, 1922)
9 16 40 65 (9,3%)
An. (Nys.) goeldii (Rozeboom & Gabaldón, 1941)
40
Média de anofelinos
30
20
10
0
4.000 12.000 15.000
Intensidades
Figura 1 Média (± SEM) dos números de indivíduos capturados em armadilha luminosa CDC modificada com
LEDs azuis com diferentes intensidades.
40
Média de anofelinos
*
30
20
10
0
10.000 15.000 20.000
Intensidades
Figura 2 Média (± SEM) dos números de indivíduos capturados em armadilha luminosa CDC modificada com
LEDs verdes e com diferentes intensidades. (*) diferença estatística (Mann Whitney U-teste).
80 R=0,1115
Número de individuos
Indivíduos
60
40
20
0
0 5000 10000 15000 20000
Intensidade luminosa (mCD)
Figura 3 Número de indivíduos capturados com armadilha luminosa CDC modificada com LED azul com
diferentes intensidades, teste de correlação de Pearson: 0,8 a 1 fortemente positiva; 0,5 a 0,8 moderada positiva;
0,1 a 0,5 fraca positiva e 0 nula.
80 R=0,3563
Número de individuos
Indivíduos
60
40
20
0
0 5000 10000 15000 20000 25000
Intensidade luminosa (mCD)
Figura 4 Número de indivíduos capturados com armadilha luminosa CDC modificada com LED verde com
diferentes intensidades, correlação de Pearson: 0,8 a 1 fortemente positiva; 0,5 a 0,8 moderada positiva; 0,1 a 0,5
fraca positiva e 0 nula.
5 DISCUSSÃO
Cabe ressaltar que o LED verde apresentou diferença estatística entre as intensidades. Esses
resultados corroboram com o estudo de Barr et al. (1960), que observaram que a intensidade
luminosa das lâmpadas brancas com diferentes voltagens influencia diretamente na
quantidade de mosquitos coletados, pois quanto maior a intensidade, mais mosquitos foram
atraídos pelas armadilhas, além disso a cor da luz não é o único atrativo dos insetos como se
acreditava anteriormente.
Dentro desse contexto, a intensidade luminosa dos LEDs é um elemento essencial na
atração dos mosquitos, o teste de correlação demonstrou que a quantidade de indivíduos
capturados está diretamente ligada a intensidade luminosa de cada cor avaliada no trabalho.
Outros estudos demonstraram que os mosquitos foram atraídos por LED azul-esverdeado
(400-600nm) que apresentava comprimentos de ondas mais curtos em comparação aos LEDs
de comprimentos de ondas maiores, portanto explicando a maior quantidade de indivíduos
capturados por essa faixa espectral (BROWN & BENNETT, 1981; BENTLEY et al., 2009).
Entretanto, outros trabalhos verificaram que mosquitos são atraídos por comprimentos de
ondas específicos, portanto essa variação pode mudar de acordo com a espécie estudada
(WILTON & FAZ, 1972; BURKETT & BUTLER, 2005).
Em um experimento realizado em laboratório com diferentes comprimentos de ondas
de luz verificou que a espécie Lutzomyia longipalpis foi mais atraída pela luz ultravioleta (350
nm) em comparação as demais cores estudas. É importante mencionar que a luz ultravioleta
foi mais atrativa em intensidades maiores, visto que a resposta visual de cada espécie depende
do comprimento de ondas e da intensidade luminosa utilizada (MELLOR & HAMILTON,
2003).
Nesse contexto, algumas espécies de mosquitos apresentam variação na preferência
por cores de LEDs, logo o comprimento de onda e a intensidade luminosa são fundamentais
para compreender os fatores de atração dos mosquitos por fonte luminosa (BURKETT et al.,
1998). Um trabalho realizado recentemente verificou que o LED verde atraiu mais anofelinos
quando comparado com o LED azul, a explicação para esse resultado está na intensidade
luminosa de cada LED, pois o LED verde (15.000mCD) tinha intensidade diferente do LED
azul (6.000mCD). Desta forma, a intensidade luminosa foi um dos fatores importantes na
atração dos anofelinos, conforme aumenta à intensidade da luz a tendência é atrair mais
mosquitos (artigo submetido).
A intensidade luminosa dos LEDs no estudo foi essencial para aumentar a
quantidade de anofelinos capturados nas armadilhas. Portanto, o conhecimento de como se dá
a resposta visual dos mosquitos a diferentes intensidades de luz é fundamental para
83
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ANEXO
88
89