Instituto Tecnico Proficional Da Zambezia

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C ENTRO DE SAUDE DE L UG EL A

ESMI 01

• Albertina João Baptista


• Auria Eugenio
• Atila Rachide
• Alzira Albino
Definição de Malária:

A malária é uma doença infecciosa causada por um


parasita unicelular (protozoário) do género Plasmodium
(P). A doença é transmitida de uma pessoa para outra
através da picada de mosquitos do género Anopheles
(An.). Existem quatro espécies de Plasmodium que
transmitem malária em humanos: P. falciparum, P. vivax,
P. ovale e P. malariae. As duas primeiras espécies
causam a maior parte dos casos de malária humana. O P.
falciparum é responsável pela maior parte de casos
graves e mortalidade por malária.
CAUSAS
A doença é causada pelos seguintes fenómenos:
• Efeitos directos da invasão e da destruição dos eritrócitos
pelos parasitas assexuados,
• A liberação do material do parasita e dos eritrócitos para
a corrente sanguínea e
• A reacção do hospedeiro perante estes eventos.
• Na infecção pelas espécies do P. vivax, e P. ovale os
episódios febris ocorrem a cada 48 horas (ou seja, de
dois em dois dias). Antigamente a febre causada por
estas espécies era chamada febre terçã ou malária terçã.
• No Plasmódio malariae os picos febris ocorrem a cada
72 horas (de três em três dias), e a febre resultante deste
tipo de infecção era conhecida como febre quartã ou
malária quartã. (Misau, 2011).,
• O Plasmódio falciparum também tem um ciclo de
replicação a cada 48 horas mas a febre e calafrios
acontecem sem uma periodicidade concreta,
possivelmente porque estes ciclos não correspondem só
com a destruição dos eritrócitos (hemólise).
Classificação da malária:
A malária pode ser classificada utilizando diferentes
critérios. Para o efeito destas normas, a malária é
classificada em termos clínicos em malária não
complicada e malária complicada.

malária não complicada


Malária sintomática sem sinais de gravidade ou
evidência (clínica ou laboratorial) de disfunção de órgão
vital. Os sinais e sintomas de uma malária não
complicada são inespecíficos.
 C efaleias, cansaço, dores articulares, mialgias,
desconforto abdominal, mal-estar geral, febre
(temperatura axilar ≥ 37.5˚C ) ou história de febre,
arrepios de frio, sudorese, anorexia, vómitos e/ou
diarreia e agravamento do mal-estar.
 Em crianças é frequente observar-se anemia (palidez
na palma das mãos) com Hgb<8 g/dl e tosse.
 O tratamento da malária tem como objectivo atingir o
parasita em pontos-chave do seu ciclo evolutivo, ou
seja, (I) interromper a esquizogonia sanguínea,
responsável pelas manifestações clínicas da infeção;
(II) destruir as formas latentes do parasita no ciclo
tecidual das espécies Plasmodiumvivaxe Plasmodium
ovale, evitando as recaídas tardias e; (III) interromper a
transmissão do parasita através do impedimento do
desenvolvimento das formas sexuadas (G omes, 2010).
Arteméter - L umefantrina (AL ): tratamento de eleição
para o tratamento da malaria não complicada;
Apresentação: Comprimidos contendo 20 mg de
Arteméter e 120 mg de Lumefantrina
Posologia: O tratamento com A rteméter-Lumefantrina
tem a duração de 3 dias e deve ser administrado de
acordo com o peso ou idade do doente. O tratamento
deve ser administrado de 12 em 12 horas (duas vezes
por dia) durante 3 dias seguidos. É importante que o
doente complete os 3 dias (6 tomas) de tratamento.
 Num doente com parasitémia (formas
assexuadas) por P falciparum e sem outra
causa óbvia para os sintomas, a presença
de um ou mais dos seguintes achados
clínicos ou laboratoriais, classifica o
doente como sofrendo da malária
complicada/grave.
 Nas crianças o quadro clínico pode ser
enganador, apresentando-se com tosse,
polipneia, febre, cefaleias, vómitos, diarreia,
prostração e convulsões. As espécies de
Plasmodium consideradas quase sempre como
“benignas” podem, nalguns casos, ser causa de
anemia na gravidez, resultando recém-nascido
de baixo peso.me
Tratamento da Malária G rave / C omplicada

Artesunato injectável (EV, IM): tratamento de


eleição

O objectivo principal do tratamento da Malária


G rave é de impedir a morte do doente. O
tratamento da Malária G rave deve, em segundo
lugar, orientar-se para prevenir as sequelas e a
recrudescência.
 TDR (Teste de Diagnostico Rápido de Malaria)

 HTZ (hematozoário)

 Hemograma: usado pra o diagnostico de possível


complicações por anemia

 Bioquímica: (Ureia, C reatinina, G licose)


Deve-se procurar fazer o diagnóstico diferencial da malária
como:
 G ripe

 Otite média

 Amigdalite

 Infecções respiratórias altas

 Sarampo

 Pneumonia

 Meningite

 encefalite infecção urinária


PREVENÇ ÃO
Mudança de comportamento quanto a higiene e
saneamento de meio ambiente.
Uso da rede mosquiteira tratada com insecticida.
Pulverização das casas, incluindo o quintal, por
forma de eliminar os mosquitos transmissores da
doença.
A eliminação das águas estagnadas, é onde se
desenvolve o mosquito, elimina as larvas do
mosquito e impede o seu desenvolvimento.
 Dr. Baltazar Candrinho (PNCM/MISAU), Prof. Dr. Armindo Tiago
(Fac. Medicina/UEM), Samuel Mabunda (Fac. Medicina),
Francisco Saúte (CISM) e Paula Caupers(HCM), Rosália
Mutemba (MCSP), Normas de Tratamento da Malária em
Moçambique 3a Edição, 2017
 Arroz, J. 2016. Aumento de Casos de Malária em
Moçambique 2014: Epidemia ou novo padrão de
endemicidade. Revista de Saúde Pública. 50 (5).
 FARIAS, Hélvio. Malária. Doenças Infecciosas e parasitárias.
Livraria e Editora Revinter Ltda, Rio de Janeiro. 2002. págs 321
– 328.
 FERREIRA, Marcelo Simão. Malária. In: FOCACCIA, Roberto.
Tratado de Infectólogia. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. p.
1589-1632.
 MISAU. Malária. Actualização para Docentes das Instituições
de Formação. ITECH Moçambique, 2011.
Obrigado pela atenção dispensada.

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