RAA Fábrica de CimentoCola

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R.A.

A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................1

1.1 Objectivos e Âmbito da Auditoria Ambiental..............................................................1


1.2 Metodologia................................................................................................................2
1.3 Localização do Projecto.............................................................................................4

2 ENQUADRAMENTO NORMATIVO/ INSTITUCIONAL....................................................6

2.1 Ministério do Ambiente...............................................................................................6


2.2 Lei n.º 5/98, de 19 de Junho – Lei de Bases do Ambiente........................................7
2.3 Decreto n.º 51/04, de 23 de Julho – Avaliação de Impactes Ambientais...................7
2.4 Decreto n.º 59/07 de 13 de Julho – Licenciamento Ambiental...................................7
2.5 Decreto n.º 1/10 de 13 de Janeiro – Auditorias Ambientais.......................................8
2.6 Decreto Presidencial n.º 194/11 de 07 de Junho - Responsabilidade por Danos
Ambientais.............................................................................................................................8
2.7 Decreto Presidencial n.º 261/11 de 06 de Outubro - Qualidade da Água..................9
2.8 Decreto Presidencial n.º 190/12 de 24 de Agosto - Gestão de Resíduos................10
2.9 Decreto n.º 31/94 de 05 de Setembro - Princípios que visam a Promoção da
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho..........................................................................11
2.10 Decreto Executivo n.º 128/04 de 23 de Novembro - Sinalização de Segurança e
Saúde no Trabalho..............................................................................................................12

3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO...........................................................................13

3.1 Descrição do Processo Produtivo............................................................................13


3.2 Valor de Investimento do Projecto...........................................................................14
3.3 Descrição das Instalações.......................................................................................14

4 INFRAESTRUTURAS DE APOIO...................................................................................18

4.1 Fornecimento de Energia e Tanques de Armazenamento de Combustível.............18


4.2 Abastecimento de Água...........................................................................................19
4.3 Rede de Saneamento e Tratamento das Águas......................................................19
4.3.1 Resíduos (Tratamento e Gestão).........................................................................20
4.4 Emissões e Ruídos...................................................................................................21
4.5 Historial de Acidentes...............................................................................................21
4.6 Recursos Humanos..................................................................................................21

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4.6.1 Seguros, e Segurança no Local de Trabalho.......................................................21

5 PANORAMA AMBIENTAL DO PROJECTO..................................................................23

5.1 Meio Físico e Biótico................................................................................................23


5.1.1 Clima.....................................................................................................................23
5.1.2 Precipitação..........................................................................................................25
5.1.3 Geologia................................................................................................................25
5.1.4 Geomorfologia......................................................................................................26
5.1.5 Solos.....................................................................................................................27
5.1.6 Recursos Hídricos.................................................................................................28
5.1.7 Fauna e Flora........................................................................................................29
5.2 Descritores Ambientais.............................................................................................30
5.2.1 Qualidade do Ar....................................................................................................31
5.2.2 Ambiente Sonoro..................................................................................................31
5.2.3 Integridade dos Solos...........................................................................................32
5.2.4 Resíduos Sólidos..................................................................................................32
5.2.5 Efluentes Líquidos................................................................................................32
5.2.6 Saúde Segurança no Trabalho.............................................................................33

6 PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES DURANTE A AUDITORIA RECOMENDAÇÕES E


MEDIDAS DE GESTÃO AMBIENTAL...................................................................................33

7 CONCLUSÕES...............................................................................................................47

8 REFERÊNCIAS...............................................................................................................48

ANEXOS.................................................................................................................................49

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Vegetação existente na área envolvente do projecto....................................................


Tabela 2 – Código de cores das categorias para as conformidades...............................................
Tabela 3 - Observações da auditoria ambiental...............................................................................

LISTA DE FIGURAS

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Figura 1 - Ciclo da metodologia PDCA...............................................................................................


Figura 2 - Mapa de localização da unidade de produção..................................................................
Figura 3 - Confrontações do Complexo Industrial..............................................................................
Figura 4 - Vias de acesso à unidade..................................................................................................
Figura 5 - Produto final.....................................................................................................................
Figura 6 - Escritório..........................................................................................................................
Figura 7 - Áreas de Armazenamento...............................................................................................
Figura 8 - Áreas de comercialização................................................................................................
Figura 9 - Copa.................................................................................................................................
Figura 11 – Balneários.....................................................................................................................
Figura 12 – Fontes de energia eléctrica ao Complexo.....................................................................
Figura 12 - Sistema de abastecimento de água (Fonte Top Consultores).......................................
Figura 13 – Sistema de escoamento das águas..............................................................................
Figura 14 - Área de deposição dos resíduos...................................................................................
Figura 15 – Faixas de circulação em segurança..............................................................................
Figura 16 – Pontos de concentração para emergências..................................................................
Figura 17 - Mapa de Clima da área da unidade de produção..........................................................
Figura 19 - Mapa de temperatura da área da unidade de produção................................................
Figura 20 – Temperaturas médias mensais da área da unidade de produção................................
Figura 21 – Mapa de precipitação da área da unidade de produção...............................................
Figura 22 – Mapa do esboço geomorfológico da área de intervenção............................................
Figura 23 – Perfil de elevação no sentido N-S da área de intervenção do projecto........................
Figura 24 – Perfil de elevação no sentido N-S da da área de intervenção do projecto...................
Figura 25 – Mapa de solo da área da FÁBRICA DE MONTAGEM DE FOGÃO – INDEMAX,
LDA.................................................................................................................................
Figura 26 – Mapa de hidrografia da área da unidade de produção.................................................
Figura 27- Gráfico percentual das conformidades...........................................................................

FICHA TÉCNICA

Título: AUDITORIA AMBIENTAL DA UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA –


SAINT – GOBAIN WEBER, LDA., PROVÍNCIA DE LUANDA.

Cliente: Saint - Gobain Weber, Indústria de Argamassa, Lda.


Endereço: Rua s/n, Polo Industrial de Viana (Complexo Industrial da Toptech), Município de Viana,
Luanda.
Cartão de contribuinte: 50000182974
Pessoa de Contacto: Eng.º Elísio Quintas
Telefone: 922601509; 938768288
E-mail: [email protected]

Consultores: Madiva – Soluções Ambientais, Lda.

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Rua Fernando Pessoa, 116, Vila Alice, Luanda.


Cartão de contribuinte: 5480009141
Telefone: +244 923 907 188 / +244 939 091 017
E-mail: [email protected]

Equipa Técnica
Para a realização do presente relatório Auditoria Ambiental a Madiva- Soluções Ambientais Lda.,
empresa de direito angolano, tem uma equipa técnica multidisciplinar vocacionada para elaboração
do RAA.

Dados da Equipa Técnica

Formação
Nome Académica Função na Auditoria Assinatura

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1 INTRODUÇÃO

O presente Relatório de Auditoria Ambiental da unidade de produção de argamassa,


pertencente à empresa, Saint - Gobain Weber, Indústria de Argamassa, Lda., é
decorrente da exigência do Ministério do Ambiente, que atende às disposições da Lei de
Bases do Ambiente 5/98, de 19 de Junho e do Decreto-Lei n.º 51/04, de 23 de Julho. O
mesmo deve ser parte integrante do processo de Licenciamento Ambiental.

A Saint – Gobain Weber, Lda., foi constituída em 19 Fevereiro de 2019, e tem como
objecto social, o estabelecimento e a gestão de uma fábrica de produtos de construção em
Angola, assim como a venda e distribuição, importação e exportação de produtos de
construção e actividades conexas ou auxiliares. No presente projecto, a empresa tem como
objecto uma unidade de produção e comercialização de argamassa.

As suas instalações encontram-se dentro do Complexo Industrial da empresa Toptech,


localizado no Pólo Industrial de Viana (PIV), província de Luanda, República de Angola. A
elaboração do presente relatório surge da necessidade de avaliar as conformidades legais
impostas à empresa.

O Complexo da Toptech tem uma área de 25.572 m2, sendo que a unidade de produção
possui uma área aproximada de 10.804,95 m2. Dentro do complexo existem outrossim cinco
(5) empresas nomeadamente: Toptech, Toptech Services, Alfa Laval, AngoCajú e
Consulang. O complexo também contempla alojamentos para alguns trabalhadores.

Durante a construção do Complexo Industrial da Toptech foi realizado um Estudo de


Impacte Ambiental para todo o seu complexo e o mesmo culminou na emissão de uma
Licença Ambiental de Operação (LAO n.º 6/2013) emitida aos 9 de Abril de 2013. Todavia,
esta licença não abrange a nova unidade de argamassas, pelo que este projecto deverá ser
sujeito a um licenciamento ambiental de acordo com a legislação em vigor.

1.1 Objectivos e Âmbito da Auditoria Ambiental

O Ministério do Ambiente como órgão responsável pela elaboração, coordenação, execução


e fiscalização das políticas de gestão do ambiente e dos recursos naturais, tem contribuído
numa perspectiva de protecção, preservação e conservação da qualidade ambiental,
controlo da poluição, áreas de conservação e valorização do património natural. Este órgão
foi criado através do Decreto Presidencial n.º 201/10 de 13 de Setembro com as atribuições
de assegurar a implementação de estratégias e políticas de preservação e gestão do
ambiente.

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A responsabilidade da coordenação e avaliação das auditorias ambientais recai sobre o


Ministério do Ambiente concretamente sobre a Direcção Nacional de Prevenção e Avaliação
de Impactes Ambientais (DNPAIA). A Direcção tem como competências orientar e monitorar
as auditorias ambientais e efectuar a avaliação dos impactes ambientais em projectos e
empreendimentos de entidades públicas e privadas.

1.2 Metodologia

A auditoria ambiental foi realizada na modalidade da metodologia Plan-Do-Check-Act


(PDCA) ou Planear-Implementar-Verificar-Agir (figura 1). A norma ISO 14001: 2004,
referente ao sistema de gestão ambiental (SGA), direcciona um processo de melhoria
contínua, onde o modelo de SGA tem semelhança ao Ciclo PDCA, portanto, a norma é
baseada na metodologia PDCA.

PLANEAR
Politicas de gestão
Objectivos metas e
impactes ambientais.

AGIR FAZER
Melhoria Continua Executar as tarefas
Acções Correctivas e documentadas
preventivas Capacitar as pessoas

VERIFICAR
Medir
Monitorar
Analisar os resultados

Figura 1 - Ciclo da metodologia PDCA

Esta metodologia indica o que se deve planear e o que precisa ser melhorado na empresa,
sendo necessário estabelecer os objectivos necessários para atingir os resultados em
concordância com a política ambiental da empresa. De seguida, os planeamentos devem
ser implementados. Os processos e planos precisam ser monitorados e medidos

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(verificar) e os resultados devem ser relatados, normalmente por meio de auditorias.


Sempre que possível, as acções devem ser tomadas para a melhoria dos processos e
produtos da unidade.

Este procedimento de avaliação ambiental ou levantamento da situação existente serve de


ferramenta para o planeamento e eficiência na eventual implementação de um Sistema de
Gestão Ambiental (SGA) na organização, pelo que a coordenação do projecto deverá prever
o tempo e os recursos necessários, bem como preparar e identificar as fontes de informação
externa e interna para uma correcta avaliação ambiental.

Para a realização da auditoria ambiental também foi elaborada uma lista de verificação para
analisar os aspectos de conformidade, com o objectivo de auxiliar e verificar as informações
obtidas nas observações directas e entrevistas com a participação, além da equipa de
coordenação da organização consultada, a presença de técnicos ambientais 8especialistas
que formam uma equipa multidisciplinar para análise e avaliação das questões ambientais.
Assim sendo, destacam-se as seguintes acções:

 Consulta de bibliografia relevante para a elaboração da auditoria ambiental;


 Análise da legislação em vigor no país sobre matérias relacionados com o projecto
em questão uso de normas e padrões internacionalmente reconhecidas;
 Inspecção directa a unidade de produção de argamassa, para proceder à sua
caracterização ambiental, incluindo a identificação dos impactos ambientais e
anomalias verificadas durante o processo de funcionamento da mesma, usando a
lista de verificação e entrevistas com funcionários da empresa.
 Entrevistas com representantes da empresa preponente do projecto.
 Consulta de documentação relativa a diferentes aspectos de funcionamento da
Empresa;
 Avaliação e realização da auditoria ambiental de conformidade legal.

A presente auditoria pretende identificar e justificar as medidas apropriadas para reduzir e


prevenir os impactes e limitar os acidentes ambientais plausíveis de acontecer.

Em termos de estrutura da auditoria, definiram-se os principais objectivos a analisar, dos


quais se destacam:

 Identificar as fontes de poluição e medidas de controlo e prevenção;


 Caracterizar o processo de abastecimento e distribuição de energia e água;
 Descrever o sistema de recolha de resíduos;
 Descrever os planos, acidentes e medidas de mitigação;
 Descrever os planos de monitorização.

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1.3 Localização do Projecto

A unidade de produção de argamassa está localizada dentro do Complexo Industrial da


empresa Toptech localizada no Pólo Industrial de Viana, província de Luanda, República de
Angola. O complexo tem uma área de 25.572 m 2 sendo que a unidade de produção tem
uma área aproximada de 10.804,95 m2. A área em análise possui as seguintes coordenadas
geográficas:

 Latitude:
 Longitude:

A figura 2 ilustra o mapa de localização da unidade.

Figura 2 - Mapa de localização da unidade de produção

A unidade de produção está dentro do Complexo da Toptech. Este complexo está


construído numa área de desenvolvimento industrial (Pólo de Industrial de Viana – PIV),
logo todas as propriedades ao redor do complexo são de carácter industrial. A unidade tem
como confrontações:

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 Norte: A norte do complexo podem ser observadas propriedades privadas e terrenos


baldios;
 Sul: O complexo está limitado por uma Estrada terraplanada a Sul. Logo a seguir a
estrada, existe uma propriedade privada;
 Este: O complexo está limitado por uma estrada a Este. Logo a seguir a estrada,
está instalada a empresa Central de Serviços Rodoviários – CSR.
 Oeste: O complexo está limitado por duas propriedades, A primeira é da empresa
Zanancho (produz sistemas hidráulicos). A segunda propriedade embora tenha
estruturas metálicas erguidas, não está operacional.
A figura 3 ilustra as propriedades que fazem confrontação com o complexo onde se
localizaa unidade de produção.

Zanacho

Figura 3 - Confrontações do Complexo Industrial

A área onde se insere a unidade de produção de argamassa possui uma rede viária
infraestruturada, o principal acesso à área é a Estrada Zango-Calumbo, que liga a Estrada
de Catete a Estrada do Zango. No mapa ilustrado na figura 4 vê-se as vias de acesso da
unidade, onde podemos verificar além da Estrada s/n, as ruas com estradas terraplanadas
que passam junto à área de localização do projecto.

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Figura 4 - Vias de acesso à unidade

2 ENQUADRAMENTO NORMATIVO/ INSTITUCIONAL

2.1 Ministério do Ambiente

Este órgão foi reestruturado ao abrigo da nova estrutura orgânica do Governo aprovado em
Conselho de Ministros, através do Decreto-Presidencial n.º 85/14 de 24 de Abril. O
Ministério do Ambiente abreviadamente designado por MINAMB é o Departamento
Ministerial do Executivo angolano que tem por missão propor a formulação, conduzir,
executar e controlar a política relativa ao ambiente numa perspectiva de protecção,
preservação e conservação da qualidade ambiental, controlo da poluição, áreas de
conservação e valorização do património natural, bem como a preservação e uso racional
dos recursos naturais.

A responsabilidade da avaliação das auditorias ambientais recai a nível do Ministério do


Ambiente sobre a Direcção Nacional de Prevenção e Avaliação de Impactes Ambientais
(DNPAIA). Esta Direcção tem como competências orientar e monitorar as auditorias
ambientais e efectuar a avaliação dos impactes ambientais em projectos e
empreendimentos de entidades públicas e privadas. A Direcção Nacional do Ambiente é

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igualmente a estrutura no Ministério do Ambiente que é responsável pela implementação da


legislação sobre gestão de resíduos sólidos.

2.2 Lei n.º 5/98, de 19 de Junho – Lei de Bases do Ambiente

A Lei de Bases do Ambiente estipula nos seus objectivos, que são necessárias medidas
para, entre outras, garantir um reduzido impacte ambiental como resultado das acções
necessárias ao desenvolvimento do País, promover a aplicação de normas de qualidade
ambiental em todos os sectores produtivos, assim como estabelecer normas para a defesa
do património natural, cultural e social do país (artigo 5.º /c, g e j). Esta Lei indica que o
Governo deve assegurar o património ambiental, incluindo o natural, o histórico e o cultural.

Estabelece ainda alguns princípios de protecção ambiental dos quais se destaca, para este
projecto, o princípio da responsabilização, que "confere responsabilidades a todos os
agentes que como resultado das suas acções provoquem prejuízos ao ambiente,
degradação, destruição, ou delapidação de recursos naturais, atribuindo-lhes a
obrigatoriedade da recuperação e/ou indemnização dos danos causados" (artigo 4.º/g).

2.3 Decreto n.º 51/04, de 23 de Julho – Avaliação de Impactes


Ambientais

O Decreto sobre a Avaliação de Impactes Ambientais estabelece a Avaliação de Impacte


Ambiental (AIA) como um dos principais instrumentos de gestão ambiental. Este Decreto
estabelece uma série de procedimentos que devem ser seguidos no cumprimento dos
Estudos de Impacte Ambiental. De acordo com o seu artigo 3.º /b, a Avaliação de Impacte
Ambiental "é um procedimento de gestão ambiental preventiva que consiste na identificação
e análise prévia; qualitativa e quantitativa dos efeitos ambientais benéficos e perniciosos de
uma actividade proposta". Este instrumento serve para ajudar nos processos de tomada de
decisão com o objectivo de prevenir a poluição e à protecção da fauna, flora, solo, água, ar,
clima e paisagem, e do património cultural.

2.4 Decreto n.º 59/07 de 13 de Julho – Licenciamento Ambiental

A Lei de Bases do Ambiente prevê ainda no artigo 17.º que os projectos que «pela sua
natureza, localização ou dimensão sejam susceptíveis de provocar impacte ambiental e
social significativo» estão sujeitos ao licenciamento, sendo a concessão da licença
ambiental baseada na AIA. A licença ambiental de operação refere-se ao início de
actividades das instalações «após verificação do cumprimento de todos os requisitos
constantes do estudo de impacte ambiental (cit.dec., artigo 1.º/d). A licença é válida por um

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período não inferior a três anos e não superior a oito anos, renováveis após auditoria
ambiental (Decreto n.º 59/07, artigos 14.º/g e 16.º).

O Decreto Executivo Conjunto dos Ministérios das Finanças e do Ambiente sobre Taxas de
Licenciamento Ambiental (Decreto Executivo Conjunto n.º 96/09 de 6 de Outubro) define os
valores das taxas a cobrar para a emissão e renovação das licenças ambientais de
instalação e operação, registo de consultores e custos de avaliação de impacte ambiental
incluindo o processo de consulta pública. O mesmo decreto apresenta tabelas de valores
que são calculados com base numa percentagem sobre o valor de investimento do projecto.

A tabela deste Decreto Executivo Conjunto foi alterada por uma outra constante do Decreto
Executivo Conjunto n.º 130/09 de 26 de Novembro, que define os valores das taxas a cobrar
em Unidades de Correcção Fiscal (UCF).

2.5 Decreto n.º 1/10 de 13 de Janeiro – Auditorias Ambientais

O Decreto sobre Auditorias Ambientais (Decreto n.º 1/10 de 13 de Janeiro) propõe-se a


regulamentar o artigo 18.º da Lei de Bases do Ambiente sobre as actividades que até à data
da entrada em vigor desta Lei se encontravam em funcionamento. Este Decreto serve como
uma ferramenta a ser utilizada no processo de Pós-Avaliação de Impacte Ambiental, pois vai
permitir averiguar se as medidas de minimização e o Plano de Monitorização previstos
foram instalados após a implantação de um empreendimento. Se essas medidas têm
desempenho satisfatório; se e como os impactes previstos se realizaram ou ainda, se
ocorreram impactes que não estavam previstos. Elas também permitem a uma organização
saber a "situação de referência" definindo acções correctivas a introduzir e quais são as
medidas a adoptar para evitar novas inconformidades.

As auditorias ambientais podem ser realizadas por entidades singulares ou colectivas desde
que se encontrem registadas no Ministério do Ambiente. Cabe ao auditado, pessoa ou
organização a ser auditada, o dever de colaborar, facilitar o acesso às instalações e fornecer
toda a documentação solicitada.

2.6 Decreto Presidencial n.º 194/11 de 07 de Junho - Responsabilidade


por Danos Ambientais

O Decreto n.º 194/11 estabelece uma responsabilização rigorosa pela degradação do


ambiente. Com o objectivo de prevenir e reparar danos ambientais, o Decreto estabelece
que todas as actividades susceptíveis de causar danos ao ambiente (n.º 1 do art.º 3.º) são

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consideradas como responsabilidades e, portanto, sujeitas a regulação sob o princípio do


“poluidor-pagador”.

De acordo com o Decreto, todos aqueles que, com dolo ou mera culpa, tenham causado
danos ao ambiente constituem-se na obrigação de reparar os prejuízos e/ou indemnizar o
Estado e os particulares pelas perdas e danos a que deram causa, na forma de medidas de
compensação indemnizatória e recuperação ambiental.

De acordo com o art. 11.º, sempre que ocorram danos ambientais, o operador deve informar
imediatamente a Autoridade Competente de todos os aspectos relevantes da situação e
adoptar as seguintes medidas:

a) Diligências viáveis para imediatamente controlar, conter, eliminar ou, de outra


forma, gerir os elementos contaminantes pertinentes e quaisquer outros factores
danosos, a fim de limitar ou prevenir novos danos ambientais e efeitos adversos
para a saúde humana ou uma deterioração adicional dos serviços; e

b) Medidas de reparação necessárias.

O Decreto determina que os padrões de qualidade em vigor são os referidos pelas normas
ISO, que devem ser utilizadas como referência para determinar os níveis de poluição. O art.
18.º dispõe que todas as pessoas singulares ou colectivas afectadas, ou que possam vir a
ser afectadas por danos ambientais, têm o direito de solicitar, a intervenção das autoridades
competentes. O art. 21.º, por seu turno, estabelece que todas as pessoas singulares e
colectivas que exerçam actividades que envolvam riscos de degradação do ambiente devem
ser detentoras de seguro de responsabilidade civil.

2.7 Decreto Presidencial n.º 261/11 de 06 de Outubro - Qualidade da


Água

O Decreto Presidencial n.º 261/11 serve como complemento da Lei das Águas n.º 6/02,
lidando especificamente com a qualidade da água. Define os papéis, no âmbito da
administração governamental de Angola, na monitorização das questões relativas à
qualidade das águas e aborda as normas de qualidade da água para consumo humano e
das águas residuais. O Decreto também lista o papel da monitorização da qualidade da
água, em conjunto com os parâmetros padrão, quer para a água de consumo humano, quer
para as águas de superfície, bem como os limites de emissões para as descargas de águas
residuais (no Anexo VI).

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De acordo com o n.º 3, do art. 1.º, esta lei também regula os padrões de controlo das
descargas de águas residuais em massas de água e no solo, de forma a preservar a
qualidade do ambiente aquático e assegurar a protecção da saúde pública.

O art.º 13.º, do Capítulo III (Protecção das Águas Contra a Poluição das Descargas de
Águas Residuais) define que as descargas de águas residuais de uma estação de
tratamento para a água e solo requerem uma licença do Ministério do Ambiente, onde são
definidos os padrões para mitigação e prevenção dos danos daí advenientes.

2.8 Decreto Presidencial n.º 190/12 de 24 de Agosto - Gestão de


Resíduos

O Decreto Presidencial n.º 190/12 estabelece as regras relativas à produção, depósito no


solo e no subsolo, ao lançamento para água ou para a atmosfera, ao tratamento, recolha,
armazenamento e transporte de quaisquer resíduos, excepto os de natureza radioactiva ou
sujeito a regulamentação específica, de modo a prevenir ou minimizar os seus impactes
negativos sobre a saúde das pessoas e sobre o ambiente, sem prejuízo do estabelecimento
de regras que visem a redução, reutilização, reciclagem, valorização e eliminação de
resíduos. De acordo com o artigo 2º, este regulamento aplica-se à todos os que
desenvolvam actividades susceptíveis de produzir resíduos ou envolvidas na gestão de
resíduos. O artigo 5.º remete, no seu ponto 1, para o Anexo IV a definição das categorias de
resíduos perigosos e como se subdividem. No ponto 2 são identificadas as categorias para
os resíduos não-perigosos.

O ponto 1 do artigo 7.º estabelece que as entidades públicas ou privadas que produzem
resíduos deverão elaborar um Plano de Gestão de Resíduos. Este plano é válido por um
período de quatro (4) anos e deverá ser actualizado e submetido ao MinAmb até 90 dias
antes da data do termo de validade, e sempre que ocorram alterações substantivas no plano
submetido.

O número 3 do artigo 18.º refere que os resíduos perigosos deverão ser empacotados ou
acondicionados de acordo com as normas técnicas a estabelecer por instruções específicas
sobre acondicionamento de resíduos perigosos e serem identificados de acordo com a
simbologia apresentada no Anexo V.

O artigo 9.º obriga as entidades produtoras ou manuseadoras de resíduos o seguinte:

a) Minimizar a produção e a perigosidade de resíduos de qualquer categoria,


b) Garantir o tratamento dos resíduos antes da sua deposição;

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c) Assegurar a protecção de todos os trabalhadores que manuseiam directamente os


resíduos, contra acidentes e doenças resultantes da sua exposição;
d) Garantir que todos os resíduos a transportar comportem um risco mínimo de
contaminação, para os trabalhadores, bem como o público em geral e o ambiente;
e) Capacitar os seus trabalhadores em matéria de saúde, segurança e ambiente;
f) Garantir que a eliminação dos resíduos dentro e fora do local de produção não
tenha impacto negativo sobre o ambiente ou sobre a saúde pública;
g) Efectuar um registo minucioso com carácter anual das proveniências, quantidades
e tipos de resíduos manuseados, transportados, tratados, valorizados ou
eliminados e conservá-los durante cinco (5) anos subsequentes ao respectivo
registo.

Os artigos 19.º e 21.º definem que a recolha dos resíduos perigosos é da responsabilidade
das entidades produtoras e que a movimentação dos mesmos na via pública é efectuado
com as necessárias adaptações, obedecendo às disposições constantes do Código de
Estrada, no Regulamento Sanitário Nacional e legislação complementar. O ponto 2 do
mesmo artigo diz ainda que os resíduos só podem ser movimentados para fora das
instalações das entidades produtoras por operadores de transporte previamente
credenciados para o efeito pelo MinAmb.

O produtor de resíduos perigosos deverá preencher um manifesto (quadruplicado) no acto


de recolha, mencionando as quantidades, a qualidade e o destino dos resíduos recolhidos,
devendo remeter uma das cópias ao MinAmb.

2.9 Decreto n.º 31/94 de 05 de Setembro - Princípios que visam a


Promoção da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

O Decreto n.º 31/94, estabelece os princípios que visam a promoção da segurança, higiene
e saúde no trabalho.

O n.º 1 do artigo 4.º (Objectivos do Sistema) afirma que "a Segurança e Saúde no trabalho
implementa o direito à segurança e protecção da saúde no local de trabalho, a fim de
organizar e desenvolver as suas actividades de acordo com os métodos e padrões
estabelecidos pela legislação para os empregadores e os trabalhadores, bem como os
órgãos competentes do Estado envolvido nesta questão, em conformidade com as
atribuições estabelecidas neste decreto". O n.º 2 do mesmo artigo, indica que a aplicação
das medidas estabelecidas irá assegurar as condições mínimas de segurança, com vista a
minimizar o risco de acidentes e doenças ocupacionais.

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De acordo com o artigo 9.º, os empregadores são obrigados a tomar as medidas


necessárias para que o trabalho seja realizado num ambiente que permita o
desenvolvimento físico, mental e social normal de trabalhadores que os protege contra
acidentes de trabalho e doenças profissionais em potencial.

2.10 Decreto Executivo n.º 128/04 de 23 de Novembro - Sinalização de


Segurança e Saúde no Trabalho

De acordo com o artigo 1.º deste Decreto, o presente regulamento estabelece as


prescrições mínimas de colocação e utilização da sinalização de segurança e saúde no
trabalho. Este regulamento aplica-se às empresas públicas, mistas, privadas e cooperativas,
de acordo com o artigo 2.º. O n.º 1 do artigo 3.º afirma que a sinalização de segurança e
saúde no trabalho, desde que seja garantida o mesmo grau de eficiência, pode optar-se
entre:

a) Sinais luminosos, acústicos e comunicação verbal;


b) Sinais gestuais e comunicação verbal; e
c) Cor de segurança e placa, quando se trata de assinalar riscos de tropeçamento
ou queda de altura.

De acordo com o n.º 1 do artigo 7.º, os sinais devem ser instalados em local bem iluminado,
em posição e altura apropriada, tendo em conta os impedimentos à sua visibilidade a partir
da distância julgada conveniente.

Lei n.º 5/04 - Lei das Actividades Industriais

A presente lei estabelece os princípios e as normas gerais aplicáveis as actividades


industriais de qualquer natureza, realizadas em território nacional e a prevenção dos riscos e
inconvenientes resultantes da laboração dos estabelecimentos industriais, a salvaguarda da
saúde pública e dos trabalhadores, a segurança de pessoas e bens, higiene e segurança
dos locais de trabalho, o ambiente e a qualidade dos bens industriais nacionais.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO

A Saint - Gobain Weber, Lda., tem como objecto de auditoria a sua unidade de produção
de argamassa. A empresa foi constituída em 19 Fevereiro de 2019, e tem como principal
actividade a produção e comercialização de produtos de construção. Procurando
apresentar-se no mercado angolano com uma imagem sólida, moderna, transmitindo
fiabilidade aos seus clientes, aliando os fortes conhecimentos e a uma equipa com uma
larga experiência na actividade, e consequentemente garantindo qualidade nos serviços
prestados.

3.1 Descrição do Processo Produtivo

O processo produtivo é bastante simplificado da argamassa é simplificado. As matérias-


primas utilizadas são: areia, metilcelulose, pigmentos, cimento, estearato de zinco, calcita e
água. As diferentes combinações destes ingredientes resultam no produto final; a
argamassa. A areia, base para todos os tipos de argamassas, chega à empresa com a
carência de ser ainda limpa e que a sua umidade seja reduzida. Para tanto, a areia passa
para o processo de secagem e depois peneirada para a eliminação de resíduos indesejados
(como folhas, gravetos, pedras, etc.). As demais matérias-primas são compradas, em geral,
já prontas para uso e simplesmente são estocadas.

Na produção de argamassas os materiais são misturados em betoneiras e ensacados nas


embalagens previstas para cada produto. Conta-se com uma ensacadeira para agilizar o
processo.

A figura 5 ilustra o produto final do processo supramencionado, pronto para a


comercialização.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Figura 5 - Produto final

Está a ser montado na unidade um Laboratório especializado, onde todas as matérias-


primas e o produto final passarão por um rigoroso sistema de controlo de qualidade.

As principais máquinas usadas no processo produtivo são as descritas na tabela abaixo.

Secador de areia Crivo de areia Misturadora

Ensacadeira Balança Trator

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

3.2 Valor de Investimento do Projecto

O valor total do investimento para a implementação da unidade de produção de argamassa


está orçado em 1.125.000,00 USD (um milhão, cento e vinte e cinco mil dólares) o
equivalente em Kwanzas, conforme o seu Certificado de Registo de Investimento Privado
apresentado em anexo.

3.3 Descrição das Instalações

As instalações da unidade de produção possuem as seguintes áreas:

a) Escritório e Sala de Reuniões

No escritório é onde irá funcionar a secção de suporte e administração da unidade.


Encontra-se em óptimas condições de funcionamento e bem equipada, não obstante a falta
de sinalética a identificar esta área (como se pode ver na figura 6). Junto ao escritório existe
a sala de reuniões da unidade.

Figura 6 - Escritório

b) Área de Armazenamento;

Esta área está dividida em duas secções: Armazém de produtos finalizados (a direita) e de
matéria-prima (a esquerda), como ilustra a figura 7.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Figura 7 - Áreas de Armazenamento

c) Área de Comercialização

A área de comercialização é destinada para dos seus produtos. Nela existe uma área de
exposição dos produtos e o balcão de vendas, como ilustra a figura 8.

Figura 8 - Áreas de comercialização

d) Copa

O Complexo Industrial possui um Refeitório onde são servidas as refeições aos funcionários,
todavia na unidade de produção possui uma copa (ver figura 9) para o acondicionamento e
provimento de pequenas refeições.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Figura 9 - Copa

e) Área de Produção

Corresponde à área onde ocorre todo o processo produtivo da argamassa. Está composta
por outras áreas auxiliares que constituem o processo produtivo descrito anteriormente,
como se pode ver nas imagens que se seguem.

Linha de produção Ensacadeira

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Misturadora Secador de areia

f) Balneários

Foram construídas dentro da unidade 2 balneários e 4 WCs internos, como se pode ver na
figura 11.

Figura 10 – Balneários

4 INFRAESTRUTURAS DE APOIO

4.1 Fornecimento de Energia e Tanques de Armazenamento de


Combustível

A unidade de produção beneficia da energia eléctrica abastecida pelo Complexo da


Toptech. O Complexo da Toptech possui um PT. O complexo possui dois geradores de 250
e 350 Kva como fonte alternativa (ver figura 12). Os geradores, assim como o depósito de
combustível encontram-se sobre um piso pavimentado, possuem bacias para contenção de
possíveis derrames e materiais para extinguir possíveis incêndios.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Figura 11 – Fontes de energia eléctrica ao Complexo

O grupo de geradores funciona a gasóleo. O gasóleo encontra-se armazenado em 2


tanques de 30.000 litros cada, nunca foram registados derramem de combustível na área
envolvente.

4.2 Abastecimento de Água

O abastecimento de água no Complexo é feito pela rede pública de abastecimento de água


da EPAL. Possui ainda 3 reservatórios (tanques subterrâneos) com 30.000 litros de
capacidade cada, que podem ser abastecidos por camiões cisternas quando necessário. E
funcionam com um sistema de bombagem, como se pode ver na figura 12.

Figura 12 - Sistema de abastecimento de água (Fonte Top Consultores)

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

As operações no local que incluem a utilização de água são; uso pessoal (incluindo as
casas de banho), refeitório, área de produção, etc.

4.3 Rede de Saneamento e Tratamento das Águas

As águas residuais são encaminhadas para fossas sépticas. O complexo possui 4 fossas
sépticas totalizando 63 m3 de capacidade. A limpeza das fossas é feita periodicamente
através da empresa LSU, certificada pela Agência Nacional dos Resíduos. As águas pluviais
são encaminhadas para canalizações específicas e posteriormente passam por caixas, para
logo ser encaminhadas a valas de drenagem. Não existe sistema de saneamento público na
área (como se pode ver na figura 13).

Figura 13 – Sistema de escoamento das águas

4.3.1 Resíduos (Tratamento e Gestão)

Os resíduos no Complexo são recolhidos pela empresa LSU que está certificada pela
Agência Nacional de Resíduos para tal. A Toptech possui um Plano de Gestão de Resíduos
exigido pelo Decreto Presidencial n.º 190/12.

Dada a actividade do projecto, que corresponde a produção de argamassa, os resíduos na


sua maioria são restos de embalagens de plásticos, caixas de papelão e resíduos de
escritório, depositados e armazenados em contentores no Complexo (ver figura 14),
posteriormente recolhidos pela empresa contratada para o efeito.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Figura 14 - Área de deposição dos resíduos

Os resíduos da produção são na sua maioria reaproveitados na produção. Os resíduos


perigosos como óleos usados provenientes dos geradores são armazenados em recipientes.

4.4 Emissões e Ruídos

As emissões e ruídos na instalação são criados por alguns processos mecânicos, como o
funcionamento dos geradores, compressores e outros equipamentos da área de produção,
porém estes ruídos não são significativos.

Assim, no local são emitidos gases de escape e matéria particulada proveniente da fonte
mencionada anteriormente. Os gases mais comuns provenientes destas actividades incluem
o monóxido (CO) e dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogénio (NOx) e dióxido de
enxofre (SO2). As emissões de poeira na unidade são significantes, provenientes da área de
produção, na movimentação e mistura das matérias-primas.

Durante a visita ao local, não foram mencionadas quaisquer queixas relativamente ao ruído
produzido.

4.5 Historial de Acidentes

Ao longo da sua existência no local, a empresa nunca teve algum acidente de trabalho e
pelo facto de ainda não estar em operação a 100%.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

4.6 Recursos Humanos

A unidade de produção conta com um total de 14 funcionários, todos nacionais.

O horário de trabalho é de Segunda à Sexta-feira de manhã 7h30 – 17h00, com meia hora
para o descanso e almoço, isto é, das 12h00 – 12h30.

4.6.1 Seguros, e Segurança no Local de Trabalho

Na unidade de produção estão a ser instalados as infraestruturas para o combate a


incêndios nas várias áreas que a constituem. Foi feita uma vistoria pelo serviço dos
Bombeiras recentemente para a certificação contra incêndios. Serão instalados kits de
primeiros socorros para acudir eventuais acidentes de trabalho.

Estão a ser instaladas, outrossim, as faixas de circulação em segurança dentro da unidade


(ver figura 15). A unidade estará dotada de um sistema de ventilação que vai garantir as
condições de conforto térmico aos utentes ao longo de todo o ano.

Figura 15 – Faixas de circulação em segurança

Em caso de emergências, as instalações da unidade possuem saídas de emergências e


dois pontos para a concentração localizados no Complexo, como se pode ver na figura
abaixo.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Figura 16 – Pontos de concentração para emergências

5 PANORAMA AMBIENTAL DO PROJECTO

5.1 Meio Físico e Biótico

A elaboração da caracterização ambiental, deu-se a partir da análise de diferentes


descritores. Foram consultadas bibliografias e realizadas visitas in loco com o objectivo de
se obterem dados sobre questões ambientais da área de estudo. Para o aprimoramento da
informação recolhida, efectuou-se um trabalho de investigação no local, possibilitando assim
uma análise da estrutura do meio físico e meio biótico.

5.1.1 Clima

Para análise climática da área de implantação usou-se a classificação climática de acordo


com Köppen. A classificação de Köppen relaciona directamente as classes climáticas com a
cobertura vegetal natural, o que permite fazer um mapeamento climatológico global,
incluindo as regiões em que não existem observações meteorológicas. O sistema de
Köppen define 5 regiões climáticas principais, e diversas sub-regiões.

No sistema de Köppen, a constituição das diferentes classes é realizada com base no ciclo
anual das temperaturas médias mensais, excepto no caso da classe A. A definição das sub-
regiões recorre, por sua vez, ao ciclo anual da precipitação e da temperatura mensal.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Neste contexto, a província de Luanda de acordo com Köppen apresenta um clima tropical
seco e húmido. O clima da área da unidade de produção, a nível regional classifica-se como
Tropical Seco (Figura 17) por existir um deficit durante a maior parte do ano nesta região.

Figura 17 - Mapa de Clima da área da unidade de produção

2.2. Temperatura

A área da unidade de produção apresenta uma temperatura média anual de 24°C – 25°C, a
nível regional (Figura 18), e mensalmente a temperatura mínima pode chegar a 18,8°C e a
máxima a 30°C. Mas em média o mês mais quente do ano é Março com uma temperatura
média de 26,6 °C, e o mês mais frio do ano é Julho com uma temperatura média de 20.6 °C
(Figura 20).

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Fig
ura 18 - Mapa de temperatura da área da unidade de produção

Figura 19 – Temperaturas médias mensais da área da unidade de produção

5.1.2 Precipitação

Na área da unidade de produção, a precipitação média anual varia de 400 mm á 600 mm, a
nível regional, como apresentado na figura 23. Quanto a precipitação mensal, o mês do ano
com maior precipitação mensal é o mês de Abril, com uma média de 170 mm e os meses
secos são Junho, Julho e Agosto com 0 mm. A variação entre a maior e menor precipitação
ao longo do ano é de 170 mm.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Figura 20 – Mapa de precipitação da área da unidade de produção

5.1.3 Geologia

Do ponto de vista da geologia regional, o município de Viana é parte integrante do litoral de


Angola e localiza-se na parte ocidental da Bacia do Kwanza. A orla sedimentar do Kwanza,
estende-se para Norte e Sul do Rio Kwanza, apresentando uma largura máxima no Dondo,
estreitando-se tanto para Norte (Região do N´zeto) como para Sul (região de Benguela-
Ponta das Limagens).

Com base a carta geológica da Bacia do Kwanza, a área em que se encontra a unidade de
produção de argamassa, geologicamente localiza-se numa área de elevação composta
essencialmente de areias, argilas e laterites da formação Quelo. A tectónica da zona de
Viana é moderada.

5.1.4 Geomorfologia

Geomorfologicamente Angola está dividida por seis faixas: Faixa litoral (0 á 200 m), Zona de
transição (200 á 1000 m), cadeia marginal de montanhas (1500 á 2000 m), baixa de
cassanje (500 á 1250 m), maciço do Alto Zambeze (1250 á 1500 m) e Zona Planáltica (1000
á 1500 m).

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

A área da unidade de produção geomorfologicamente localiza-se na faixa litoral numa


zona em que a cota varia de 131,7 m à 128,4 m no sentido Norte – Sul e 131,1 m à 129,4 m
no sentido Este – Oeste, como se pode ver na figura 24.

Figura 21 – Mapa do esboço geomorfológico da área de intervenção

As figuras 25 e 26 representam o perfil morfológico da área de intervenção do projecto.

Figura 22 – Perfil de elevação no sentido N-S da área de intervenção do projecto

Figura 23 – Perfil de elevação no sentido N-S da da área de intervenção do projecto

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

5.1.5 Solos

Na região da unidade de produção os solos predominantes são os cromopsâmicos como se


pode ver na figura 25.

Figura 24 – Mapa de solo da área da FÁBRICA DE MONTAGEM DE FOGÃO – INDEMAX, LDA

Solos cromopsâmicos são os solos minerais de textura grosseira e cores vivas em grande
parte do perfil abaixo de 20-50cm de profundidade, sem carbonato de cálcio, e constituídos
fundamentalmente por sedimentos não consolidados quartzosos. Em geral, apresentam teor
em argila que aumenta com a profundidade, mas raramente ultrapassando os 10% (de
carácter sialítico). Na área em referência encontra-se o agrupamento dos solos
Cromopsâmicos de formações sedimentares recentes. Em termos de perfil, esta unidade de
solo apresenta um horizonte superficial de 5-15 cm de espessura, de cor que varia entre o
vermelho, o cinzento e o alaranjado, em geral arenoso, sem estrutura e de compacidade
muito fraca. Segue-se uma faixa de transição de 15-35 cm, que dá lugar a um horizonte B
de cor vermelho-alaranjada ou amarelada, em geral arenoso franco, com pouco saibro
quartzoso, sem estrutura e mantendo uma compacidade pequena.

Geralmente os solos Cromopsâmicos estão agrupados por sedimentos não consolidados,


com holomorfismo inexistente, drenagem superficial rápida, permeabilidade alta, com fraca
aptidão agrícola e nunca ficam alagadas com água.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

5.1.6 Recursos Hídricos

Na zona onde se insere a unidade de produção não existe nenhum curso de água ou rio
principal, como se pode ver na figura 28.

Figura 25 – Mapa de hidrografia da área da unidade de produção

5.1.7 Fauna e Flora

A vegetação acompanha as modalidades do clima e da natureza do solo. Esta vegetação


pode ser repartida atendendo à influência de todos os factores ou apenas de um grupo ou
mesmo de um só factor climático. Na zona agrícola que estamos a considerar(Luanda)
ocorrem distintos grupos de vegetais onde estacam-se: As estepes graminosas com
bosquedos de arbustos e árvores, formação de mato, formação arbóreo-arbustivos de
Sterculia, Euforbia e Adansonia.

A área que compreende a unidade de produção dispõe de alguma vegetação dispersa, em


virtude desta se encontrar numa zona industrial, porém é notável a presença de algumas

29
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

espécies, tais como a Mangueira, Bananeira, Mamoeiro, bem como algumas plantas
ornamentais, como se pode ver na tabela abaixo.

Tabela 1 – Vegetação existente na área envolvente do projecto

Plantas com valor económico

Bananeira Mangueira Planta-do-Neen

Plantas ornamentais

Dypsis lutescens Beijo-da-mulata Coleus Solenostemon


scutellarioides

5.2 Descritores Ambientais

Nesta auditoria optou-se por uma metodologia simplificada de análise qualitativa dos
aspectos avaliados, para cada um dos descritores ambientais considerados. Está
metodologia facilita a avaliação dos mesmos e garante a consistência de critérios entre as
diferentes componentes. E estão divididas em quatro (4) categorias com seu respectivo
código de cores, como ilustra na tabela 1.

Tabela 2 – Código de cores das categorias para as conformidades

30
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Está relacionado ao aspecto avaliado. As recomendações


Conforme feitas servem como forma de melhoria e potencialização da
conformidade.

Corresponde parte do aspecto avaliado, sendo as


Insuficientemente
recomendações necessárias para atingir completamente o
Conforme
objectivo inicialmente proposto.

Não corresponde ao aspecto avaliado, sendo as


Não Conforme recomendações necessárias para atingir completamente o
objectivo inicialmente proposto.

Não corresponde ao aspecto avaliado, porém, observa-se a


Em Progresso implementação do aspecto de forma que num curto prazo o
aspecto estará em conformidade.

Esta secção faz uma abordagem das questões ambientais e de higiene, saúde e segurança
no trabalho retratadas na auditoria ambiental clarificando as diversas componentes em
análise, nomeadamente:

 Qualidade do ar;

 Ambiente sonoro;

 Integridade dos solos e recursos hídricos;

 Resíduos sólidos;

 Efluentes líquidos;

 Procedimentos de higiene, saúde e segurança no trabalho;

 Políticas de gestão ambiental da empresa auditada, incluindo a análise dos


seguintes planos: Plano de Gestão Ambiental; Plano de Gestão de Resíduos;
Plano de Gestão de Efluentes Residuais; e o Plano de Higiene, Saúde e
Segurança no Trabalho.

5.2.1 Qualidade do Ar

Os aspectos relacionados com a poluição ou degradação da qualidade do ar envolvem


todas acções susceptíveis de produzir poluição atmosférica durante o funcionamento da

31
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

unidade e das infraestruturas de apoio, nomeadamente: área de armazenamento de


resíduos perigosos, funcionamento de geradores, maquinaria, veículos motorizados entre
outras actividades.

Durante a visita à unidade, não foram constatadas inconformidades que comprometem de


forma moderada ou significativa a qualidade do ar. Os geradores da unidade encontram- se
numa numa zona com bacia de retenção, as chaminés que dispersam poluentes para a
atmosfera não são usados com muita frequência.

O nível da poluição do ar é medido pela quantificação das principais substâncias poluentes


presentes neste ar, os chamados Indicadores da Qualidade do Ar. Considera-se poluente
qualquer substância presente no ar e que, pela sua concentração, possa torna-lo impróprio,
nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à
fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às actividades
normais da comunidade. A emissão de monóxido de carbono e dióxido de carbono está
relacionada directamente com o processo de combustão tanto em fontes móveis, motores à
gasolina, diesel ou álcool, quanto de fontes fixas industriais. Esse gás é classificado como
um asfixiante sistémico, pois é uma substância que prejudica a oxigenação dos tecidos. A
exposição a estes gases pode trazer graves consequências como confusão mental, prejuízo
dos reflexos, inconsciência, parada das funções cerebrais e em casos extremos, morte aos
seres humanos.

5.2.2 Ambiente Sonoro

Os aspectos relacionados com o ambiente sonoro incluem todas acções susceptíveis de


produzir ruído durante o funcionamento da unidade e das suas estruturas de apoio e que
venham a afectar o normal funcionamento da mesma e a saúde ou bem-estar dos seus
trabalhadores e população envolvente. Neste descritor são normalmente incluídos o
funcionamento de equipamentos, máquinas e viaturas que produzam ruído, para tal,
recomenda-se o uso dos Equipamentos de Protecção Individual (EPI) e Colectiva (EPC).

5.2.3 Integridade dos Solos

A integridade dos solos é mantida evitando ou minimizando infiltração de produtos químicos


ou deposição de resíduos perigosos de várias naturezas para o solo. Para análise deste
descritor foram verificados alguns aspectos como resíduos, manchas de combustível e
lubrificantes expostos ao solo. Verificou-se que o projecto não causará impactes

32
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

significativos ao solo, em virtude de todos os espaços que compreendem a unidade


encontram-se pavimentados.

5.2.4 Resíduos Sólidos

A gestão de resíduos inclui os resíduos provenientes da área de escritório, produção e área


de armazenamento. A análise incluiu todos os locais de armazenamento temporário de
resíduos sólidos provenientes das distintas áreas de actividade da unidade, seu tratamento,
valorização e transporte para o destino final ambientalmente adequado. A unidade tem
como medida de tratamento e redução dos resíduos a reutilização dos mesmos no processo
produtivo. Está em curso a elaboração do Plano de Gestão dos seus resíduos.

5.2.5 Efluentes Líquidos

Para a análise dos efluentes residuais produzidos foi considerado a descarga das águas
residuais oriundas dos WC, balneários e águas pluviais. Relativamente à gestão de outros
efluentes, estes são encaminhados para as fossas sépticas pertencentes ao Complexo da
Toptech, onde todos os efluentes sanitários e domésticos são canalizados. A gestão destes
efluentes e limpeza das fossas sépticas é da responsabilidade da empresa de saneamento
urbano LSU.

Os tanques de armazenamento de combustível, e a zona de funcionamento do grupo


gerador possuem bacias de retenção de hidrocarbonetos, para retenção de óleos e outros
fluídos hidráulicos, e a sua área envolvente encontra-se pavimentada.

5.2.6 Saúde Segurança no Trabalho

Os aspectos em análise nesta componente estão relacionados com as condições de saúde


e segurança dos trabalhadores da unidade, nomeadamente a existência de sinalização do
uso obrigatório de equipamentos de protecção individual, a unidade conta contará com
sinalização de prevenção de combate à incêndios e emergência, sinalização de segurança,
kits de primeiros socorros, Equipamento de Protecção Individual (EPI), assistência médica
(ou plano de seguro médico) para os funcionários envolvidos na gestão ou operação da
unidade em caso de acidentes ocupacionais.

33
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

6 PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES DURANTE A AUDITORIA


RECOMENDAÇÕES E MEDIDAS DE GESTÃO AMBIENTAL

Esta secção apresenta as principais observações do estado actual do ambiente da unidade


de produção, isto é, as conformidades e não conformidades, como se pode ver na tabela 3.

34
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Tabela 3 - Observações da auditoria ambiental


Evidências Impacto Conformidad Legislação Recomendações Prazo de
e relevante Implementação

Durante a visita à unidade, Em termos gerais, Insuficientem Não existe  Manter o grupo gerador em Contínuo (sempre
foram constatadas todas as partículas ente legislação bom estado de funcionamento que se justificar).
inconformidades que (poerias) e os gases Conforme específica no país. realizando revisões periódicas,
comprometem de forma poluentes são de acordo às recomendações
moderada ou significativa a prejudiciais à saúde dos fabricantes (limpeza de
(Observar às
qualidade do ar. Os pública e ao ambiente, peças, troca de óleo, filtros,
Normas de Boas
geradores da unidade sem principalmente quando etc.).
Práticas
os filtros adequados existentes em  Sempre que possível, evitar o
Internacionais
dispersão poluentes para concentrações fora dos uso desnecessário do grupo
sempre que
a atmosfera. padrões normais ou gerador.
possível e caso se
não admissíveis.  Realizar manutenções
Verificou-se que o gerador
justificar)
preventivas e regulares,
de apoio à área r encontra-
mantendo os geradores e
se sobre uma área
Na fábrica a dispersão
instalações de apoio em bom
pavimentada, porém,
de poluentes
estado de funcionamento.
carece de uma bacia de
atmosféricos é
 Os resíduos provenientes da
retenção e contenção de
realizada em local
manutenção (após a limpeza)
derrames.
aberto e com maior
devem ser imediatamente
A área onde está instalado grau de dissipação de
armazenados em contentores
o gerador que apoia a poluentes.
apropriados, para
fábrica carece também de
Convém salientar que posteriormente serem
uma bacia de retenção e de
as dispersões de poeira recolhidos.
limpeza.

35
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

na fábrica causado pelo  Realizar a monitorização


movimento das periódica e preventiva da
máquinas e dos dispersão de partículas
funcionários por um (poeiras) emitidas na operação
período longo (na fábrica) para minimizar a
(considerando 8 horas dissipação de partículas. Os
de trabalho) pode funcionários devem usar
causar impacto regulamente os EPIs de modos
negativo na saúde a evitar a inalação, protegendo-
humana (aparecimento se de doenças respiratórias, e
ou agravamento de a sinalização dos EPIs deve
doenças respiratórias e estar afixada obrigatoriamente.
cardíacas; dores de  Programar correctamente o
cabeças, etc.), em armazenamento do material e
virtude do complexo a circulação das máquinas nas
não se encontrar instalações da fábrica, de
totalmente formas a reduzir as dispersões
pavimentado. das partículas.

A não colocação de
bacias de contenção de
derrames induz á uma
possivel poluição do
solo resultante do
derrame acidental de
óleos sobre este.

36
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Na área de produção da O ruído durante o Conforme  Antes do início de cada Contínuo.


fábrica é notavel a funcionamento da actividade, realizar reuniões de
Acidentes de (Sempre que
presença de varias fábrica e das suas segurança com os funcionários
Trabalho e necessário, tendo
maquinarias susceptíveis a estruturas de apoio e da empresa, com particular
Doenças em consideração
ruído, bem como ruídos em que venham a afectar o realce para a área de
Profissionais as especificações
magnitude moderada. A normal funcionamento produção, informando-os da
(Decreto n.º 53/05 técnicas dos
presença de sinalização do da mesma e a saúde ou importância da utilização
de 15 de Agosto). equipamentos e as
uso dos EPIs mas com uso bem-estar dos seus obrigatória dos Equipamentos
recomendações do
insuficiente e a sinalização trabalhadores e de Protecção Individual (EPIs)
fabricante).
na unidade constatou-se. população envolvente. (fardas, luvas, óculos,
capacete, auriculares de
protecção, etc.).
Regulamento Geral  Realizar manutenções
dos Serviços de preventivas e regulares das
Segurança, máquinas, do grupo gerador e
Higiene no assegurar que o nível de ruído
Trabalho nas se mantenha em conformidade
empresas (Decreto como indicado pelo fabricante,
Executivo n.º 6/96 e demais boas práticas e
de 2 de Fevereiro). normas internacionais.
 Informar ou alertar os técnicos
da manutenção das máquinas
e do grupo gerador sobre o
tempo máximo de
funcionamento.
 Tem existir um departamento

37
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

de Segurança que deverá


fiscalizar ou sensibilizar a
correcta utilização dos EPIs
durante as manutenções
preventivas do grupo gerador e
máquinas.
Durante a visita foram Sem qualquer Insuficientem  Efectuar a pavimentação dos Imediato
observadas algumas revestimento do local ente espaços que estão
Lei das
evidências que (sem pavimentação), irá Conforme terraplanados com tuvinal para
Transgressões
comprometem a ocorrer contaminação não haver permeabilidade das
Administrativas (Lei
integridade dos solos, no solo devido a águas contaminadas.
n.º 12/11 de 16 de
nomeadamente: pavimento permeabilização das
Fevereiro)
insuficiente na área na águas contaminadas  Cumprir com o Plano de
fábrica; solo exposto com com os produtos. Gestão de Resíduos.
presença de residuos e Decreto
outros materias por Presidencial sobre
Todas as evidências
particulas químicas sobre Responsabilidade  Elaborar programas de
apontadas poderão
o solo pavimentado como; por Danos sensibilização ambiental para
contribuir em larga
manchas de óleos e Ambientais evitar que os colaboradores
escala para uma
combustíveis. (Decreto n.º 194/11 depositem resíduos orgânicos
contaminação dos
de 7 de Julho) ou fluídos hidráulicos no solo.
solos, com diferentes
classificações.

De um modo geral, a Não se constatou Em Decreto  Deverão cumprir com o Plano Em curso
fábrica usa procedimentos acumulação de progresso Presidencial n.º de Gestão de Resíduos (PGR)

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

de Gestão de Resíduos resíduos nos 190/12 (de 24 de existente, de acordo às


porque existe o certificado contentores. Agosto) sobre a especificações apresentadas
de Plano de Gestão de Gestão de no Decreto Presidencial n.º
Resíduos Resíduos 190/12 de 24 de Agosto.
 Deverão cumprir com os
procedimentos e metodologias
Durante a visita não se
de armazenamento e recolha,
constatou resíduos de
bem como a descrição da
produção exposto.
quantidade e tipologia de cada
Os resíduos domésticos resíduo recolhido, bem como o
são acondicionados em seu destino final. Este ainda
contentores plásticos, conter o manifesto dos
apesar destes não serem resíduos.
identificados por cores Decreto  O Departamento de Saúde, Contínuo
para cada tipologia. Presidencial sobre Segurança e Ambiente deverá
Responsabilidade desenvolver programas de
por Danos educação ambiental de forma a
Ambientais sensibilizar os trabalhadores e
(Decreto n.º 194/11 demais para que os resíduos
de 7 de Julho) da unidade fabril sejam
armazenados separadamente
conforme o rótulo e a cor
Decreto
apresentada nos contentores.
Presidencial nº
190/12 sobre a
 Elaborar um Manifesto de
Gestão de
Carga dos Resíduos

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Resíduos de 24 de transportados actualmente para


Agosto o aterro sanitário dos
Munlevos, de forma a garantir
que potenciais acidentes
Lei de Bases do
causados por terceiros não
Ambiente (Lei n.º
sejam posteriormente
5/98 de 19 de
imputados à empresa.
Junho)

 O conteúdo exposto no PGR,


Lei das tem de ser conhecimento de
Transgressões todos os trabalhadores afectos
Administrativas (Lei à Empresa, para que a
n.º 12/11 de 16 de implementação da mesma seja
Fevereiro). eficaz.

 Deverá ser realizado


diariamente um inventário dos
resíduos perigosos e as
quantidades geradas caso
houver, para que seja planeada
acções de diminuição efectiva
da produção dos mesmos.
 Adoptar boas práticas de
sustentabilidade, de forma a
garantir um ambiente laboral

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

sadio para todos.


Durante a visita foi Todas as evidências Não Lei das  Construir uma vala de Continuo
constatada algumas contribuem para Conforme Transgressões drenagem das águas e
manchas de oléos e contaminação do solo. Administrativas (Lei restringir a drenagem de
combustiveis e resíduos Estas contaminações nº 12/11 de 16 de qualquer efluente residual
expostos e a drenagem poderão levar Fevereiro) produzido na fábrica para o
das águas pluviométricas é alterações do lenções curso da vala de drenagem,
feita de igual modo sobre o freáticos, ou erosão excepto para as águas
Regulamento de
mesmo solo, pois a destes mesmos pluviais.
Abastecimento
unidade fabril não possui espaços.  Efectuar diariamente limpezas Diariamente
Público de Água e
uma vala para a drenagem na área de retenção de
Águas Residuais
destas águas. combustível, nem deixar
(Decreto
Caso haver
baldes com efluentes oleosos,
Na área do grupo de Presidencial n.º
precipitação e/ou
de forma que em caso de
geradores não existe 83/14 de 22 de
lavagens da área de
precipitação os efluentes
bacias de retenção. Abril)
manutenção as águas
oleosos não sejam
contaminadas vindas
“arrastados” para o espaço
desta área poderá Decreto
não pavimentado e/ou seguir
afectar os espaços não Presidencial sobre
o curso da vala de drenagem.
pavimentados através Qualidade da Água
 Promover a realização de Continuo
da lixiviação causando (nº 261/11 de 6 de
acções de formação para os
assim contaminação Outubro)
quadros envolvidos na gestão
nos lenções freáticos.
de efluentes e resíduos, e
sensibilizar os colaborares
para o princípio da utilização
sustentável da água e outros

41
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

recursos naturais.
 Fomentar políticas internas de
minimização de efluentes
residuais produzidos sem
comprometer funcionalidade
da fábrica.
 Pavimentar as áreas de De acordo as
armazenamento da matéria- recomendações do
prima e dos resíduos de fabricante
produção.
 Pavimentar as zonas que
encontram-se entre as áreas
de manutenção e as valas de
drenagem pluviais de modos a
não ocorrer lixiviação, e para
que não haja contaminação
dos solos.
O derrame de Conforme – Decreto  Acondicionar os resíduos de Contínuo
óleo/combustível terá Insuficiente Presidencial sobre óleos e os combustíveis em
As áreas de
influência directa na Responsabilidade áreas cobertas, pavimentadas
armazenamento de
contaminação do solo por Danos e com bacias de contenção de
combustíveis, de
da área envolvente. Ambientais derrames.
manutenção, e a área do
Uma vez que o derrame (Decreto n.º 194/11
grupo gerador não
poderá ocorre sobre o de 7 de Julho)  Manter sempre a área de
possuem kits de derrame.
solo pavimentado a armazenamento de
inexistencia de bacia de combustíveis em bom estado

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

retenção em caso de Decreto de conservação e higiene e


derrame poderá Presidencial n.º sinalizar a referida área.
estender-se ao solo não 190/12 sobre a
pavimentado, dá-se a Gestão de
 Adoptar medidas de segurança
possibilidade que Resíduos de 24 de
e de protecção individual mais
naquela zona exista Agosto
rígidas para os trabalhadores
lençóis freáticos e
envolvidos no transporte,
alguns populares
armazenamento e tratamento
Lei de Bases do
consumem água de
dos rsíduos de óleo e
Ambiente (Lei n.º
poços tradicionais.
combustíveis.
5/98 de 19 de
 Melhorar as condições de
Junho)
transporte e armazenamento
Por outro lado, se os
dos materiais de forma a evitar
produtos armazenados
Lei das o derrame sobre o solo e
forem derramados e
Transgressões pavimento.
não forem
Administrativas (Lei
atempadamente
nº 12/11 de 16 de  Alocar kits de derrames para as
removidos poderá
Fevereiro) área de manutenção,
interferir no bem-estar
armazenamento de
dos colaboradores
combustíveis e do grupo de
afectos à fábrica e aos
Acidentes de geradores para a contenção de
utentes da mesma.
Trabalho e prováveis derrames.
Doenças  Incentivar o respeito pelas
Profissionais medidas de higiene, saúde e
(Decreto n.º 53/05 segurança ocupacional
de 15 de Agosto) estabelecida nas áreas

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

supracitadas e demais
infraestruturas da fábrica.
As instalações da fábrica A presença de Conforme  Garantir que todos os Contínuo
estão dotadas de sinalização de trabalhadores e visitantes
Decreto n.º 31/94
equipamentos de segurança apropriada cumpram com a
de 5 de Agosto
prevenção, extinção e pode reduzir a obrigatoriedade de uso de EPI
combate à incêndio, mas possibilidade de quando exigido, e respeitem
encontram-se fora do prazo ocorrência de acidentes Decreto Executivo igualmente a proibição de
salve esta em curso a de trabalho na fábrica, n.º 128/04 de 23 de entrada em locais restritos para
execução extintores se todos os Novembro os quais não têm autorização.
dentre outras emergências. funcionários  O Departamento de Segurança
respeitarem as deverá elaborar folheto de
inscrições de alerta de Decreto Executivo segurança para divulgação aos
Em zonas estratégicas n.º 21/98 de 30 de
cada sinal colocado. trabalhadores das normas de
foram colocadas extintores Abril segurança no trabalho
portáteis e hidrantes bem
adoptados para a infra-
como placas sinalizadoras Em caso de incêndios,
estrutura da fábrica para o seu
a indicar o uso obrigatório existem equipamentos Decreto n.º 31/94
bom funcionamento.
dos EPIs. adequados para o de 5 de Agosto
 Sempre que possível, à
combate à incêndio, e
empresa auditada deverá
outras sinistralidades.
Decreto n.º 53/05 solicitar o Parecer Técnico dos
À empresa auditada possui
de 15 de Agosto Serviços de Protecção Civil e
kits de primeiros socorros
Bombeiros da cidade do
para garantir a assistência
Luanda sobre medidas
médica aos funcionários
preventivas adicionais de forma
em caso de acidente de
a garantir o seu bom
trabalho.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

funcionamento.
 Realizar periodicamente
A fábrica está dotada de
simulação de evacuação de
um sistema de ventilação
emergência de forma a permitir
que vai garantir as
a todos os colaboradores
condições de conforto
familiarizarem-se com os
térmico aos utentes ao
procedimentos de emergência
longo de todo o ano.
e evacuação da empresa.

Na área de produção da Todos os trabalhadores Conforme Acidentes de  A empresa deverá realizar Contínuo
fábrica, especificamente, da empresa estarão Trabalho e formação de segurança com
existe a sinalização de uso instados a utilizarem Doenças todos os colaboradores de
obrigatório dos EPIs. Equipamentos de Profissionais forma constante com o
protecção individual (Decreto n.º 53/05 objectivo de garantir que toda
Até ao momento da
(EPIs) apropriados e de de 15 de Agosto). actividade a ser desenvolvida
presente Auditoria, a
acordo o tipo de função em nome da empresa seja
empresa nunca teve
a desempenhar. executado com a observância
acidentes de trabalho.
das normas de saúde e
segurança ocupacional em
Em caso de acidente de
A empresa possuirá um vigor e demais procedimentos
Regulamento Geral
trabalho, existe sempre
técnico responsável para a aplicáveis.
dos Serviços de
a probabilidade de
Higiene, Segurança e  O possivel responsável pela
Segurança,
danos à saúde da
Saúde no Trabalho. Saúde e Segurança no
Higiene no

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

pessoa afectada. Trabalho nas Trabalho deverá fiscalizar e


empresas (Decreto sensibilizar os demais para a
Executivo n.º 6/96 correcta utilização dos EPIs
de 2 de Fevereiro). durante as actividades da
fábrica.
 Todos os trabalhadores
deverão efectuar testes
médicos para garantir que não
possuem problemas de saúde
capaz de afectar a sua
produtividade e capacidade de
garantir a sua segurança e dos
mais próximos.
As instalações da Shivom Os Planos, Em Decreto  Deverá ser elaborado um Plano 3 Meses
Indústria Lda., npossuem Procedimentos e as Progresso Presidencial n.º de Gestão dos Resíduos de
um Plano de Gestão de Políticas elaborados 190/12 sobre a acordo com o Decreto 190/12
Resíduos e não possuem deverão ser Gestão de de 24 de Agosto e a realidade
Plano de Emergência e constantemente Resíduos de 24 de da Província de Luanda, e
Evacuação. actualizados de forma a Agosto implementar as suas directrizes
garantir a sua ou procedimentos.
conformidade. Regulamento Geral  Os Planos, Procedimentos e as Contínuo
Durante a visita verificou-
dos Serviços de Políticas elaborados deverão
se a não existência dos
Segurança, ser constantemente
seguintes planos: A Política de segurança
Higiene no actualizados de acordo os
terá como objectivo
 Política Ambiental; Trabalho nas índices de desempenho,
mitigar potenciais
 Política de Segurança e empresas (Decreto crescimento ou

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

Saúde Ocupacional. acidentes. Executivo n.º 6/96 desenvolvimento da empresa.


de 2 de Fevereiro).
 Promover eventos de
valorização ambiental ou
ecológica, incluindo a
comemoração de datas com
significado ambiental para a
humanidade. Com objectivo de
adoptar uma consciência
ecológica aos trabalhadores da
empresa.
 Antes do início de cada
actividade realizar reuniões de
segurança com os
colaboradores da empresa
informando-os da importância
da utilização obrigatória dos
EPIs (luvas de manutenção,
óculos, farda, capacete de
segurança, auriculares de
protecção, etc.).
 Divulgar ou afixar numa vitrina
de segurança à Politica de
Segurança e Saúde
Ocupacional em vigor na
empresa.

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

7 CONCLUSÕES

A Auditoria Ambiental para a xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx., cingiu-se na avaliação do


desempenho ambiental da empresa no sentido de adquirir a Licença Ambiental. A avaliação
foi feita com base na legislação em vigor na República de Angola.

A equipa de auditoria verificou que de uma forma geral, a empresa xxxxxxxxxxxx não cumpre
com alguns pressupostos expostos no Decreto 1/10 sobre Auditorias Ambientais.

A xxxxxxxxxxxxxxx proponente do projecto compromete-se a implementar todas as


recomendações para a melhoria do desempenho ambiental que são propostas pela
Consultora Ambiental Top Consultores, Lda.

Face aos impactos ambientais e sociais identificados na Auditoria Ambiental e com base na
exequibilidade das medidas correctivas não foram identificados quaisquer impedimentos de
ordem ambiental e legal para a solicitação da licença ambiental de operação das
infraestruturas analisadas no presente documento. Por outro é de extrema importância que a
Shivom Indústria Lda., implemente as medidas correctivas propostas, assim como o
cumprimento da legislação ambiental em vigor no país e as boas práticas ambientais.

O gráfico que se segue demonstra as percentagens de conformidade empresa auditada. Dos


aspectos avaliados, 37% estão em conformidade, 37% em conformidade insuficiente, e 13%
em não conformidade, 13% estão em progresso (ver na figura 33).

Percentagem das Conformidades

13%

Conforme
13% 38% Conforme Insuficente
Não Conforme
Em Progresso

38%

Figura 26- Gráfico percentual das conformidades

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

8 REFERÊNCIAS

 Lei n.º 5/98, de 19 de Junho – Lei de Bases do Ambiente.

 Decreto nº 51/04, de 23 de Julho – Avaliação de Impactes Ambientais.

 Decreto n.º 59/07 de 13 de Julho – Licenciamento Ambiental.

 Decreto n.º 1/10 de 13 de Janeiro – Auditorias Ambientais.

 Decreto n.º 31/94 de 5 de Agosto sobre Segurança, saúde e higiene no trabalho.

 Decreto n.º 190/12 – Regulamento sobre Gestão de Resíduos.

 Decreto Executivo n.º 128/04 de 23 de Novembro, sobre o Regulamento Geral de


Sinalização de Segurança no Local de trabalho.

Sites Consultados:

 https://pt.climate-data.org/africa/angola/luanda/viana-479168/
 Google Earth

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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA

ANEXOS

 Alvará Comercial;

 Alvará de Prestação de Serviços Mercantis;

 Alvará Industrial Provisório;

 Publicação no Diário da República;

 Certificado de Registo de Investimento Privado;

 Contrato com a Empresa de Recolha de Resíduos;

 Plantas da Unidade;

 Croquis de Localização;

 Certificado da empresa de consultoria ambiental.

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