RAA Fábrica de CimentoCola
RAA Fábrica de CimentoCola
RAA Fábrica de CimentoCola
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO...........................................................................13
4 INFRAESTRUTURAS DE APOIO...................................................................................18
iv
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
7 CONCLUSÕES...............................................................................................................47
8 REFERÊNCIAS...............................................................................................................48
ANEXOS.................................................................................................................................49
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
v
R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
FICHA TÉCNICA
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
Equipa Técnica
Para a realização do presente relatório Auditoria Ambiental a Madiva- Soluções Ambientais Lda.,
empresa de direito angolano, tem uma equipa técnica multidisciplinar vocacionada para elaboração
do RAA.
Formação
Nome Académica Função na Auditoria Assinatura
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
1 INTRODUÇÃO
A Saint – Gobain Weber, Lda., foi constituída em 19 Fevereiro de 2019, e tem como
objecto social, o estabelecimento e a gestão de uma fábrica de produtos de construção em
Angola, assim como a venda e distribuição, importação e exportação de produtos de
construção e actividades conexas ou auxiliares. No presente projecto, a empresa tem como
objecto uma unidade de produção e comercialização de argamassa.
O Complexo da Toptech tem uma área de 25.572 m2, sendo que a unidade de produção
possui uma área aproximada de 10.804,95 m2. Dentro do complexo existem outrossim cinco
(5) empresas nomeadamente: Toptech, Toptech Services, Alfa Laval, AngoCajú e
Consulang. O complexo também contempla alojamentos para alguns trabalhadores.
1
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1.2 Metodologia
PLANEAR
Politicas de gestão
Objectivos metas e
impactes ambientais.
AGIR FAZER
Melhoria Continua Executar as tarefas
Acções Correctivas e documentadas
preventivas Capacitar as pessoas
VERIFICAR
Medir
Monitorar
Analisar os resultados
Esta metodologia indica o que se deve planear e o que precisa ser melhorado na empresa,
sendo necessário estabelecer os objectivos necessários para atingir os resultados em
concordância com a política ambiental da empresa. De seguida, os planeamentos devem
ser implementados. Os processos e planos precisam ser monitorados e medidos
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
Para a realização da auditoria ambiental também foi elaborada uma lista de verificação para
analisar os aspectos de conformidade, com o objectivo de auxiliar e verificar as informações
obtidas nas observações directas e entrevistas com a participação, além da equipa de
coordenação da organização consultada, a presença de técnicos ambientais 8especialistas
que formam uma equipa multidisciplinar para análise e avaliação das questões ambientais.
Assim sendo, destacam-se as seguintes acções:
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Latitude:
Longitude:
4
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Zanacho
A área onde se insere a unidade de produção de argamassa possui uma rede viária
infraestruturada, o principal acesso à área é a Estrada Zango-Calumbo, que liga a Estrada
de Catete a Estrada do Zango. No mapa ilustrado na figura 4 vê-se as vias de acesso da
unidade, onde podemos verificar além da Estrada s/n, as ruas com estradas terraplanadas
que passam junto à área de localização do projecto.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
Este órgão foi reestruturado ao abrigo da nova estrutura orgânica do Governo aprovado em
Conselho de Ministros, através do Decreto-Presidencial n.º 85/14 de 24 de Abril. O
Ministério do Ambiente abreviadamente designado por MINAMB é o Departamento
Ministerial do Executivo angolano que tem por missão propor a formulação, conduzir,
executar e controlar a política relativa ao ambiente numa perspectiva de protecção,
preservação e conservação da qualidade ambiental, controlo da poluição, áreas de
conservação e valorização do património natural, bem como a preservação e uso racional
dos recursos naturais.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
A Lei de Bases do Ambiente estipula nos seus objectivos, que são necessárias medidas
para, entre outras, garantir um reduzido impacte ambiental como resultado das acções
necessárias ao desenvolvimento do País, promover a aplicação de normas de qualidade
ambiental em todos os sectores produtivos, assim como estabelecer normas para a defesa
do património natural, cultural e social do país (artigo 5.º /c, g e j). Esta Lei indica que o
Governo deve assegurar o património ambiental, incluindo o natural, o histórico e o cultural.
Estabelece ainda alguns princípios de protecção ambiental dos quais se destaca, para este
projecto, o princípio da responsabilização, que "confere responsabilidades a todos os
agentes que como resultado das suas acções provoquem prejuízos ao ambiente,
degradação, destruição, ou delapidação de recursos naturais, atribuindo-lhes a
obrigatoriedade da recuperação e/ou indemnização dos danos causados" (artigo 4.º/g).
A Lei de Bases do Ambiente prevê ainda no artigo 17.º que os projectos que «pela sua
natureza, localização ou dimensão sejam susceptíveis de provocar impacte ambiental e
social significativo» estão sujeitos ao licenciamento, sendo a concessão da licença
ambiental baseada na AIA. A licença ambiental de operação refere-se ao início de
actividades das instalações «após verificação do cumprimento de todos os requisitos
constantes do estudo de impacte ambiental (cit.dec., artigo 1.º/d). A licença é válida por um
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
período não inferior a três anos e não superior a oito anos, renováveis após auditoria
ambiental (Decreto n.º 59/07, artigos 14.º/g e 16.º).
O Decreto Executivo Conjunto dos Ministérios das Finanças e do Ambiente sobre Taxas de
Licenciamento Ambiental (Decreto Executivo Conjunto n.º 96/09 de 6 de Outubro) define os
valores das taxas a cobrar para a emissão e renovação das licenças ambientais de
instalação e operação, registo de consultores e custos de avaliação de impacte ambiental
incluindo o processo de consulta pública. O mesmo decreto apresenta tabelas de valores
que são calculados com base numa percentagem sobre o valor de investimento do projecto.
A tabela deste Decreto Executivo Conjunto foi alterada por uma outra constante do Decreto
Executivo Conjunto n.º 130/09 de 26 de Novembro, que define os valores das taxas a cobrar
em Unidades de Correcção Fiscal (UCF).
As auditorias ambientais podem ser realizadas por entidades singulares ou colectivas desde
que se encontrem registadas no Ministério do Ambiente. Cabe ao auditado, pessoa ou
organização a ser auditada, o dever de colaborar, facilitar o acesso às instalações e fornecer
toda a documentação solicitada.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
De acordo com o Decreto, todos aqueles que, com dolo ou mera culpa, tenham causado
danos ao ambiente constituem-se na obrigação de reparar os prejuízos e/ou indemnizar o
Estado e os particulares pelas perdas e danos a que deram causa, na forma de medidas de
compensação indemnizatória e recuperação ambiental.
De acordo com o art. 11.º, sempre que ocorram danos ambientais, o operador deve informar
imediatamente a Autoridade Competente de todos os aspectos relevantes da situação e
adoptar as seguintes medidas:
O Decreto determina que os padrões de qualidade em vigor são os referidos pelas normas
ISO, que devem ser utilizadas como referência para determinar os níveis de poluição. O art.
18.º dispõe que todas as pessoas singulares ou colectivas afectadas, ou que possam vir a
ser afectadas por danos ambientais, têm o direito de solicitar, a intervenção das autoridades
competentes. O art. 21.º, por seu turno, estabelece que todas as pessoas singulares e
colectivas que exerçam actividades que envolvam riscos de degradação do ambiente devem
ser detentoras de seguro de responsabilidade civil.
O Decreto Presidencial n.º 261/11 serve como complemento da Lei das Águas n.º 6/02,
lidando especificamente com a qualidade da água. Define os papéis, no âmbito da
administração governamental de Angola, na monitorização das questões relativas à
qualidade das águas e aborda as normas de qualidade da água para consumo humano e
das águas residuais. O Decreto também lista o papel da monitorização da qualidade da
água, em conjunto com os parâmetros padrão, quer para a água de consumo humano, quer
para as águas de superfície, bem como os limites de emissões para as descargas de águas
residuais (no Anexo VI).
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
De acordo com o n.º 3, do art. 1.º, esta lei também regula os padrões de controlo das
descargas de águas residuais em massas de água e no solo, de forma a preservar a
qualidade do ambiente aquático e assegurar a protecção da saúde pública.
O art.º 13.º, do Capítulo III (Protecção das Águas Contra a Poluição das Descargas de
Águas Residuais) define que as descargas de águas residuais de uma estação de
tratamento para a água e solo requerem uma licença do Ministério do Ambiente, onde são
definidos os padrões para mitigação e prevenção dos danos daí advenientes.
O ponto 1 do artigo 7.º estabelece que as entidades públicas ou privadas que produzem
resíduos deverão elaborar um Plano de Gestão de Resíduos. Este plano é válido por um
período de quatro (4) anos e deverá ser actualizado e submetido ao MinAmb até 90 dias
antes da data do termo de validade, e sempre que ocorram alterações substantivas no plano
submetido.
O número 3 do artigo 18.º refere que os resíduos perigosos deverão ser empacotados ou
acondicionados de acordo com as normas técnicas a estabelecer por instruções específicas
sobre acondicionamento de resíduos perigosos e serem identificados de acordo com a
simbologia apresentada no Anexo V.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
Os artigos 19.º e 21.º definem que a recolha dos resíduos perigosos é da responsabilidade
das entidades produtoras e que a movimentação dos mesmos na via pública é efectuado
com as necessárias adaptações, obedecendo às disposições constantes do Código de
Estrada, no Regulamento Sanitário Nacional e legislação complementar. O ponto 2 do
mesmo artigo diz ainda que os resíduos só podem ser movimentados para fora das
instalações das entidades produtoras por operadores de transporte previamente
credenciados para o efeito pelo MinAmb.
O Decreto n.º 31/94, estabelece os princípios que visam a promoção da segurança, higiene
e saúde no trabalho.
O n.º 1 do artigo 4.º (Objectivos do Sistema) afirma que "a Segurança e Saúde no trabalho
implementa o direito à segurança e protecção da saúde no local de trabalho, a fim de
organizar e desenvolver as suas actividades de acordo com os métodos e padrões
estabelecidos pela legislação para os empregadores e os trabalhadores, bem como os
órgãos competentes do Estado envolvido nesta questão, em conformidade com as
atribuições estabelecidas neste decreto". O n.º 2 do mesmo artigo, indica que a aplicação
das medidas estabelecidas irá assegurar as condições mínimas de segurança, com vista a
minimizar o risco de acidentes e doenças ocupacionais.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
De acordo com o n.º 1 do artigo 7.º, os sinais devem ser instalados em local bem iluminado,
em posição e altura apropriada, tendo em conta os impedimentos à sua visibilidade a partir
da distância julgada conveniente.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO
A Saint - Gobain Weber, Lda., tem como objecto de auditoria a sua unidade de produção
de argamassa. A empresa foi constituída em 19 Fevereiro de 2019, e tem como principal
actividade a produção e comercialização de produtos de construção. Procurando
apresentar-se no mercado angolano com uma imagem sólida, moderna, transmitindo
fiabilidade aos seus clientes, aliando os fortes conhecimentos e a uma equipa com uma
larga experiência na actividade, e consequentemente garantindo qualidade nos serviços
prestados.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
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Figura 6 - Escritório
b) Área de Armazenamento;
Esta área está dividida em duas secções: Armazém de produtos finalizados (a direita) e de
matéria-prima (a esquerda), como ilustra a figura 7.
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c) Área de Comercialização
A área de comercialização é destinada para dos seus produtos. Nela existe uma área de
exposição dos produtos e o balcão de vendas, como ilustra a figura 8.
d) Copa
O Complexo Industrial possui um Refeitório onde são servidas as refeições aos funcionários,
todavia na unidade de produção possui uma copa (ver figura 9) para o acondicionamento e
provimento de pequenas refeições.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
Figura 9 - Copa
e) Área de Produção
Corresponde à área onde ocorre todo o processo produtivo da argamassa. Está composta
por outras áreas auxiliares que constituem o processo produtivo descrito anteriormente,
como se pode ver nas imagens que se seguem.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
f) Balneários
Foram construídas dentro da unidade 2 balneários e 4 WCs internos, como se pode ver na
figura 11.
Figura 10 – Balneários
4 INFRAESTRUTURAS DE APOIO
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As operações no local que incluem a utilização de água são; uso pessoal (incluindo as
casas de banho), refeitório, área de produção, etc.
As águas residuais são encaminhadas para fossas sépticas. O complexo possui 4 fossas
sépticas totalizando 63 m3 de capacidade. A limpeza das fossas é feita periodicamente
através da empresa LSU, certificada pela Agência Nacional dos Resíduos. As águas pluviais
são encaminhadas para canalizações específicas e posteriormente passam por caixas, para
logo ser encaminhadas a valas de drenagem. Não existe sistema de saneamento público na
área (como se pode ver na figura 13).
Os resíduos no Complexo são recolhidos pela empresa LSU que está certificada pela
Agência Nacional de Resíduos para tal. A Toptech possui um Plano de Gestão de Resíduos
exigido pelo Decreto Presidencial n.º 190/12.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
As emissões e ruídos na instalação são criados por alguns processos mecânicos, como o
funcionamento dos geradores, compressores e outros equipamentos da área de produção,
porém estes ruídos não são significativos.
Assim, no local são emitidos gases de escape e matéria particulada proveniente da fonte
mencionada anteriormente. Os gases mais comuns provenientes destas actividades incluem
o monóxido (CO) e dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogénio (NOx) e dióxido de
enxofre (SO2). As emissões de poeira na unidade são significantes, provenientes da área de
produção, na movimentação e mistura das matérias-primas.
Durante a visita ao local, não foram mencionadas quaisquer queixas relativamente ao ruído
produzido.
Ao longo da sua existência no local, a empresa nunca teve algum acidente de trabalho e
pelo facto de ainda não estar em operação a 100%.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
O horário de trabalho é de Segunda à Sexta-feira de manhã 7h30 – 17h00, com meia hora
para o descanso e almoço, isto é, das 12h00 – 12h30.
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5.1.1 Clima
No sistema de Köppen, a constituição das diferentes classes é realizada com base no ciclo
anual das temperaturas médias mensais, excepto no caso da classe A. A definição das sub-
regiões recorre, por sua vez, ao ciclo anual da precipitação e da temperatura mensal.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
Neste contexto, a província de Luanda de acordo com Köppen apresenta um clima tropical
seco e húmido. O clima da área da unidade de produção, a nível regional classifica-se como
Tropical Seco (Figura 17) por existir um deficit durante a maior parte do ano nesta região.
2.2. Temperatura
A área da unidade de produção apresenta uma temperatura média anual de 24°C – 25°C, a
nível regional (Figura 18), e mensalmente a temperatura mínima pode chegar a 18,8°C e a
máxima a 30°C. Mas em média o mês mais quente do ano é Março com uma temperatura
média de 26,6 °C, e o mês mais frio do ano é Julho com uma temperatura média de 20.6 °C
(Figura 20).
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
Fig
ura 18 - Mapa de temperatura da área da unidade de produção
5.1.2 Precipitação
Na área da unidade de produção, a precipitação média anual varia de 400 mm á 600 mm, a
nível regional, como apresentado na figura 23. Quanto a precipitação mensal, o mês do ano
com maior precipitação mensal é o mês de Abril, com uma média de 170 mm e os meses
secos são Junho, Julho e Agosto com 0 mm. A variação entre a maior e menor precipitação
ao longo do ano é de 170 mm.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
5.1.3 Geologia
Com base a carta geológica da Bacia do Kwanza, a área em que se encontra a unidade de
produção de argamassa, geologicamente localiza-se numa área de elevação composta
essencialmente de areias, argilas e laterites da formação Quelo. A tectónica da zona de
Viana é moderada.
5.1.4 Geomorfologia
Geomorfologicamente Angola está dividida por seis faixas: Faixa litoral (0 á 200 m), Zona de
transição (200 á 1000 m), cadeia marginal de montanhas (1500 á 2000 m), baixa de
cassanje (500 á 1250 m), maciço do Alto Zambeze (1250 á 1500 m) e Zona Planáltica (1000
á 1500 m).
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
5.1.5 Solos
Solos cromopsâmicos são os solos minerais de textura grosseira e cores vivas em grande
parte do perfil abaixo de 20-50cm de profundidade, sem carbonato de cálcio, e constituídos
fundamentalmente por sedimentos não consolidados quartzosos. Em geral, apresentam teor
em argila que aumenta com a profundidade, mas raramente ultrapassando os 10% (de
carácter sialítico). Na área em referência encontra-se o agrupamento dos solos
Cromopsâmicos de formações sedimentares recentes. Em termos de perfil, esta unidade de
solo apresenta um horizonte superficial de 5-15 cm de espessura, de cor que varia entre o
vermelho, o cinzento e o alaranjado, em geral arenoso, sem estrutura e de compacidade
muito fraca. Segue-se uma faixa de transição de 15-35 cm, que dá lugar a um horizonte B
de cor vermelho-alaranjada ou amarelada, em geral arenoso franco, com pouco saibro
quartzoso, sem estrutura e mantendo uma compacidade pequena.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
Na zona onde se insere a unidade de produção não existe nenhum curso de água ou rio
principal, como se pode ver na figura 28.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
espécies, tais como a Mangueira, Bananeira, Mamoeiro, bem como algumas plantas
ornamentais, como se pode ver na tabela abaixo.
Plantas ornamentais
Nesta auditoria optou-se por uma metodologia simplificada de análise qualitativa dos
aspectos avaliados, para cada um dos descritores ambientais considerados. Está
metodologia facilita a avaliação dos mesmos e garante a consistência de critérios entre as
diferentes componentes. E estão divididas em quatro (4) categorias com seu respectivo
código de cores, como ilustra na tabela 1.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
Esta secção faz uma abordagem das questões ambientais e de higiene, saúde e segurança
no trabalho retratadas na auditoria ambiental clarificando as diversas componentes em
análise, nomeadamente:
Qualidade do ar;
Ambiente sonoro;
Resíduos sólidos;
Efluentes líquidos;
5.2.1 Qualidade do Ar
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Para a análise dos efluentes residuais produzidos foi considerado a descarga das águas
residuais oriundas dos WC, balneários e águas pluviais. Relativamente à gestão de outros
efluentes, estes são encaminhados para as fossas sépticas pertencentes ao Complexo da
Toptech, onde todos os efluentes sanitários e domésticos são canalizados. A gestão destes
efluentes e limpeza das fossas sépticas é da responsabilidade da empresa de saneamento
urbano LSU.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
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Durante a visita à unidade, Em termos gerais, Insuficientem Não existe Manter o grupo gerador em Contínuo (sempre
foram constatadas todas as partículas ente legislação bom estado de funcionamento que se justificar).
inconformidades que (poerias) e os gases Conforme específica no país. realizando revisões periódicas,
comprometem de forma poluentes são de acordo às recomendações
moderada ou significativa a prejudiciais à saúde dos fabricantes (limpeza de
(Observar às
qualidade do ar. Os pública e ao ambiente, peças, troca de óleo, filtros,
Normas de Boas
geradores da unidade sem principalmente quando etc.).
Práticas
os filtros adequados existentes em Sempre que possível, evitar o
Internacionais
dispersão poluentes para concentrações fora dos uso desnecessário do grupo
sempre que
a atmosfera. padrões normais ou gerador.
possível e caso se
não admissíveis. Realizar manutenções
Verificou-se que o gerador
justificar)
preventivas e regulares,
de apoio à área r encontra-
mantendo os geradores e
se sobre uma área
Na fábrica a dispersão
instalações de apoio em bom
pavimentada, porém,
de poluentes
estado de funcionamento.
carece de uma bacia de
atmosféricos é
Os resíduos provenientes da
retenção e contenção de
realizada em local
manutenção (após a limpeza)
derrames.
aberto e com maior
devem ser imediatamente
A área onde está instalado grau de dissipação de
armazenados em contentores
o gerador que apoia a poluentes.
apropriados, para
fábrica carece também de
Convém salientar que posteriormente serem
uma bacia de retenção e de
as dispersões de poeira recolhidos.
limpeza.
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
A não colocação de
bacias de contenção de
derrames induz á uma
possivel poluição do
solo resultante do
derrame acidental de
óleos sobre este.
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De um modo geral, a Não se constatou Em Decreto Deverão cumprir com o Plano Em curso
fábrica usa procedimentos acumulação de progresso Presidencial n.º de Gestão de Resíduos (PGR)
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recursos naturais.
Fomentar políticas internas de
minimização de efluentes
residuais produzidos sem
comprometer funcionalidade
da fábrica.
Pavimentar as áreas de De acordo as
armazenamento da matéria- recomendações do
prima e dos resíduos de fabricante
produção.
Pavimentar as zonas que
encontram-se entre as áreas
de manutenção e as valas de
drenagem pluviais de modos a
não ocorrer lixiviação, e para
que não haja contaminação
dos solos.
O derrame de Conforme – Decreto Acondicionar os resíduos de Contínuo
óleo/combustível terá Insuficiente Presidencial sobre óleos e os combustíveis em
As áreas de
influência directa na Responsabilidade áreas cobertas, pavimentadas
armazenamento de
contaminação do solo por Danos e com bacias de contenção de
combustíveis, de
da área envolvente. Ambientais derrames.
manutenção, e a área do
Uma vez que o derrame (Decreto n.º 194/11
grupo gerador não
poderá ocorre sobre o de 7 de Julho) Manter sempre a área de
possuem kits de derrame.
solo pavimentado a armazenamento de
inexistencia de bacia de combustíveis em bom estado
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
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R.A.A – UNIDADE DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA
supracitadas e demais
infraestruturas da fábrica.
As instalações da fábrica A presença de Conforme Garantir que todos os Contínuo
estão dotadas de sinalização de trabalhadores e visitantes
Decreto n.º 31/94
equipamentos de segurança apropriada cumpram com a
de 5 de Agosto
prevenção, extinção e pode reduzir a obrigatoriedade de uso de EPI
combate à incêndio, mas possibilidade de quando exigido, e respeitem
encontram-se fora do prazo ocorrência de acidentes Decreto Executivo igualmente a proibição de
salve esta em curso a de trabalho na fábrica, n.º 128/04 de 23 de entrada em locais restritos para
execução extintores se todos os Novembro os quais não têm autorização.
dentre outras emergências. funcionários O Departamento de Segurança
respeitarem as deverá elaborar folheto de
inscrições de alerta de Decreto Executivo segurança para divulgação aos
Em zonas estratégicas n.º 21/98 de 30 de
cada sinal colocado. trabalhadores das normas de
foram colocadas extintores Abril segurança no trabalho
portáteis e hidrantes bem
adoptados para a infra-
como placas sinalizadoras Em caso de incêndios,
estrutura da fábrica para o seu
a indicar o uso obrigatório existem equipamentos Decreto n.º 31/94
bom funcionamento.
dos EPIs. adequados para o de 5 de Agosto
Sempre que possível, à
combate à incêndio, e
empresa auditada deverá
outras sinistralidades.
Decreto n.º 53/05 solicitar o Parecer Técnico dos
À empresa auditada possui
de 15 de Agosto Serviços de Protecção Civil e
kits de primeiros socorros
Bombeiros da cidade do
para garantir a assistência
Luanda sobre medidas
médica aos funcionários
preventivas adicionais de forma
em caso de acidente de
a garantir o seu bom
trabalho.
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funcionamento.
Realizar periodicamente
A fábrica está dotada de
simulação de evacuação de
um sistema de ventilação
emergência de forma a permitir
que vai garantir as
a todos os colaboradores
condições de conforto
familiarizarem-se com os
térmico aos utentes ao
procedimentos de emergência
longo de todo o ano.
e evacuação da empresa.
Na área de produção da Todos os trabalhadores Conforme Acidentes de A empresa deverá realizar Contínuo
fábrica, especificamente, da empresa estarão Trabalho e formação de segurança com
existe a sinalização de uso instados a utilizarem Doenças todos os colaboradores de
obrigatório dos EPIs. Equipamentos de Profissionais forma constante com o
protecção individual (Decreto n.º 53/05 objectivo de garantir que toda
Até ao momento da
(EPIs) apropriados e de de 15 de Agosto). actividade a ser desenvolvida
presente Auditoria, a
acordo o tipo de função em nome da empresa seja
empresa nunca teve
a desempenhar. executado com a observância
acidentes de trabalho.
das normas de saúde e
segurança ocupacional em
Em caso de acidente de
A empresa possuirá um vigor e demais procedimentos
Regulamento Geral
trabalho, existe sempre
técnico responsável para a aplicáveis.
dos Serviços de
a probabilidade de
Higiene, Segurança e O possivel responsável pela
Segurança,
danos à saúde da
Saúde no Trabalho. Saúde e Segurança no
Higiene no
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7 CONCLUSÕES
A equipa de auditoria verificou que de uma forma geral, a empresa xxxxxxxxxxxx não cumpre
com alguns pressupostos expostos no Decreto 1/10 sobre Auditorias Ambientais.
Face aos impactos ambientais e sociais identificados na Auditoria Ambiental e com base na
exequibilidade das medidas correctivas não foram identificados quaisquer impedimentos de
ordem ambiental e legal para a solicitação da licença ambiental de operação das
infraestruturas analisadas no presente documento. Por outro é de extrema importância que a
Shivom Indústria Lda., implemente as medidas correctivas propostas, assim como o
cumprimento da legislação ambiental em vigor no país e as boas práticas ambientais.
13%
Conforme
13% 38% Conforme Insuficente
Não Conforme
Em Progresso
38%
48
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8 REFERÊNCIAS
Sites Consultados:
https://pt.climate-data.org/africa/angola/luanda/viana-479168/
Google Earth
50
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ANEXOS
Alvará Comercial;
Plantas da Unidade;
Croquis de Localização;
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