ARTIGO DE TERAPIA FAMILAR (Salvo Automaticamente)

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO


E EXTENSÃO FAVENI

MARCOS DA SILVA PAIXÃO

ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE: PROPOSTA TERAPÉUTICA NAS


RELAÇÕES INTRAFAMILIARES

SANTA IZABEL DO PARÁ


2021
2

MARCOS DA SILVA PAIXÃO

ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE: PROPOSTA TERAPÉUTICA NAS


RELAÇÕES INTRAFAMILIARES

Artigo científico apresentado a FAVENI como


requisito parcial para obtenção do título de
Especialista em terapia familiar

SANTA IZABEL DO PARÁ


2021
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ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE: PROPOSTA TERAPÉUTICA NAS


RELAÇÕES INTRAFAMILIARES

Marcos da Silva Paixão1

RESUMO

O artigo objetiva abordar a espiritualidade e religiosidade na psicoterapia nas relações


intrafamiliar. Problematizando os argumentos se é possível à conexão entre o espiritual
religioso no contexto profissional nas suas áreas de atuação, bem como psicólogo, terapeutas
e conselheiros de formação psíquica, tanto os que exercem religiosidade e os que não exercem
nenhum tipo de religiosidade. O método utilizado foi à pesquisa bibliográfica; com busca de
fontes por meio de livros, teses, bem como artigos periódicos e artigos pela internet. Os
resultados do trabalho se validaram de fatos afirmando a ligação positiva que há conexão
entre a inteligência emocional (QE) e o quociente intelectual (QI). Sendo que, os que buscam
conhecimento espiritual na fonte bíblica demostrou maior resultados positivo nas questões
pessoais na superação dos problemas. Portanto, se concluiu que a espiritualidade religiosa na
vida cristã na relação intrafamiliares na psicoterapia é de suma importância no contexto
familiar social nos dias atuais da humanidade.

Palavras-chave: Espiritualidade. Religiosidade. Família. Psicoterapia.

______________________________
1
Graduado no curso Bacharel em Teologia pela Faculdade Adventista da Amazônia, em 2019. Benevides, Belém-Pará. E-
mail: [email protected]
2
Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista, em terapia familiar
em 2021.
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1 INTRODUÇÃO

A espiritualidade religiosa na vida cristã na psicoterapia tem sido alvo de fortes


argumentos no meio cientifico acadêmico ao longo dos anos. Até que ponto os aspecto
espiritual religioso (transcendente) é significativo na psicoterapia? Que atitude deve toma o
profissional que não professa nenhuma forma de religiosidade ou espiritualidade?
A razão justificativa em realizar essa pesquisa se iniciou por resultados de pessoas
que desenvolvem aspectos espirituais religiosos por estarem buscando auxilio dos
profissionais psicólogos, terapeutas e conselheiros espirituais. E, justificando diante de fatos
comprovados o trabalho sistematizou os conteúdos possibilitando a conexão entre a
inteligência emocional (QE) e o quociente intelectual (QI) Gardner; Goleman 1995 (apud
SILVA; GROGER, 2012, p. 133).
Delimitando a pesquisa, foi proposto no objetivo geral, à espiritualidade e
religiosidade na psicoterapia nas relações intrafamiliares. Com os objetivos específicos o
artigo será divido em três partes.
A primeira parte realizou-se a ligação que há entre a espiritualidade e religiosidade
com alguns conceitos que se divergem; ressaltando a importância da democrática, foi que o
conselho federal de psicologia se reuniu com os regionais de vários lugares do Brasil para
debaterem a questão em bom senso.
Na segunda parte do trabalho foi proposto a especificar sobre a espiritualidade na
terapia familiar. Nessa perspectiva entende-se que, a espiritualização se tornou uma forma
didática de benefícios positivos no que diz respeito ao bem esta saudável da família. Nesse
contexto atual, cabe o psicólogo buscar vivenciar uma vida religiosa com objetivo de ampliar
novos horizontes na perspectiva espiritual ligado na terapia.
Na terceira e ultima parte da pesquisa, esclareceu o desenvolvimento da religião e a
espiritualidade nas relações intrafamiliares no vinculo cristão. Relatando que, as práticas
espirituais executadas no âmbito do lar, bem como orações, leitura bíblica, retiros espirituais,
são ações que interligam o transcendente nos laços familiares ao sagrado com o divino.
Descrevendo sobre as quatro abordagens da vida espiritual autêntica, analisaram-se de forma
ampla os benefícios da busca por Deus. Isso revela, que a busca do conhecimento sobre Deus
à partir da Bíblia ser torna o ponto primordial para o enriquecimento espiritual religioso no
meio cristão na cura das famílias dos que procuram ajuda aos profissionais na psicoterapia.
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O método utilizado foi à pesquisa bibliográfica. Com busca de fontes comprovando


os conteúdos por meio de livros, teses, artigos de periódicos; bem como a visualização de
artigos pela internet para referenciar a proposta do tema e os objetivos gerais específicos.
Por fim, se concluiu que há aspecto positivo dentro do contexto terapêutico onde é
relacionado à espiritualidade religiosa nos centros psicoterapêuticos que são procurados por
muitos cristãos espirituais que praticam a religiosidade na vida cristã.

2 A ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE

As palavras espiritualidade e religiosidade são palavras que proporcionar vários


conceitos nos argumentos de grandes autores, para Mendes (2011) a espiritualidade se
desenvolve por uma força superior que habita no interior de cada ser humano, e essa força por
sua vez é capaz de trazer ordem criar e recriar, como também visualizar novos horizontes e
singularidade a vida humana em formação. Em suma a espiritualidade pode ser o
“compromisso com a proteção e expansão da vida relacional” (MENDES, 2011, p. 2014).
Fazendo uma verificação ainda dentro do contexto “a espiritualidade é aquilo que produz
dentro de nós uma mudança. O ser humano é um ser de mudanças, pois nunca está pronto,
está sempre se fazendo, física, psíquica, social e culturalmente” (BOFF, 2006, p. 14).
Falando da espiritualidade e religiosidade, Melgosa afirma:

Deixamos claro que a espiritualidade não é o mesmo que religiosidade. Há pessoas


que são espirituais e não são religiosas, e vice-versa. Embora integrada à função
mental, a dimensão espiritual merece tratamento à parte. As atividades morais,
estéticas e religiosas podem ser consideradas dentro da espiritualidade. Os aspectos
espirituais humano, relativos ao julgamento sobre o bom e o mau (moral), o belo e o
feio (estética) e a relação com Deus ou com transcendência, é um componente
inegável que esteve presente em todas as civilizações (MELGOSA, 2009, p. 17).

Embora a espiritualidade esta ligada à religião, ambos os conceitos se divergem,


segundo descreve Hopkins sobre a forma da religião que, é: “[...] um sistema de crenças,
valores, regras de conduta, e rituais. É a maneira pela qual a espiritualidade de uma pessoa se
exprime” (HOPKINS, 1995, p.4). Fazendo conexão ao pensamento sistêmico e
espiritualidade, Portela afirma:
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A partir do que já foi discutido acerca do Pensamento Sistêmico, foi possível


perceber que este entende o ser humano imerso em um contexto para além de
explicações causais, e a espiritualidade é um aspecto da vida humana que transcende
a objetividade, estabilidade e a simplicidade, sendo situada no aspecto da
complexidade, da intersubjetividade e também da instabilidade (PORTELA, 2016,
p. 26).

Evidentemente aos argumentos citados revela sobre a importância da conexão do


pensamento sistêmico e a espiritualidade. Isso também demostra que todos ser humano esta
envolta do transcendente que determina o ser espiritual. A espiritualidade esta sendo alvo de
muita atenção nas pesquisas acadêmica nos últimos anos. “A autora considera um tema de
relevância na pesquisa porque entende que durante muito tempo esse aspecto não foi
lembrado ou valorizado na compreensão do desenvolvimento humano” (POR TELA, 2016, p.
26). O aspecto espiritual é uma dimensão do ser humano em posição de destaque, Breunlin;
Schwartz; Kune-karrer (2000, p. 308) afirmam: “a espiritualidade é a quarta dimensão da
experiência humana, a dimensão que indica que os anseios dos humanos têm de ser conectados
com um poder maior ou com um ser divino.”
Para Leonardo Boff “[...] a espiritualidade é aquela pela qual o ser humano se sente
ligado ao todo, percebe o fio condutor que liga e religa todas as coisas para formarem um cosmos”
(BOFF, 2000, p. 129). Levando em considerações as descrições dos autores já esta se definido
pouco apouco as diversas ideias do pensamento psicoterapêutico da espiritualidade por parte de
grandes autores do mundo acadêmico no âmbito psicológico. Vale ressaltar, que pesquisas vêm se
ampliando com objetivo de equiparar e avaliar até que ponto o transcende espiritual se conecta ao
racional. Para tanto, Jurandir Freire Costa assevera:

A espiritualidade religiosa não é contrafação epistemológica nem obtusidade


neurótica. Deus, para a experiência do homem religioso, não é um outro pleno, nem
um ponto arquimediano, onde a dúvida intelectual termina e encontra o repouso.
Com a ideia de Deus, o sujeito da religião não busca negar a falta ou castração do
sujeito da Psicanálise. O imperativo da crença no sagrado está além de qualquer
princípio do prazer ou de qualquer gozo narcísico. O encontro com Deus, para quem
crê, dá-se na revelação do mistério. O sagrado emerge quando o espírito humano
chega ao auge de sua potência, enquanto criador. A Psicanálise nada mais pode dizer
sobre o sagrado, exceto que, diante dele, a palavra cala. (COSTA, 1988, p. 94).

Diante das questões apresentadas, O conselho Federal de Psicologia juntamente com


os conselhos regionais se propôs um debate sobre religiosidade e espiritualidade. O Congresso
Nacional de Psicologia (CNP), foi o VIII, congresso realizado em Brasília em 2013, com os
psicólogos dos diversos locais do Brasil. Essa avaliação objetivavam rever conceitos por parte
de alguns psicólogos religiosos e outros que não se diz na ênfase do assunto em questão.
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Podemos dizer que esse foi uma forma “democrática e solidaria” entre os profissionais no
vinculo coletivo e individual. “Dentre tantas outras questões, surgiu como um dos indicativos
desse congresso o debate sobre o tema da laicidade no que tange ao universo do profissional
psicólogo” (CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO, 2016, p. 29).

3 A ESPIRITUALIDADE NA TERAPIA FAMILIAR


A proposta “espiritual” (transcendente) na terapia familiar é um ponto em destaque
por conta da laicidade brasileira no vinculo com o cristianismo. Nessa perspectiva entende-se
que, a espiritualização se torna uma forma didática de benefícios positivos no que diz respeito
ao bem esta saudável da família (GROISMAN, 2012). No entanto, a avaliação terapêutica
avalia proporção somatória contribuinte para ampliação das famílias em estado de
enfermidade. A questão da religiosidade ou espiritualidade na psicoterapia é um ponto de
destaque em acolhimento terapêutico (LIMA, 2013, p. 17).
Contribuindo com esse procedimento Mendes (2011, p. 203) ressalta: “É fundamental
reconhecermos o sentido religioso como norteador de questões pessoais, políticas, morais e
também como orientador do cotidiano frente ao sofrimento. É através do reconhecimento do
sofrimento que as pessoas chegam à terapia”. Avaliando os processos terapêuticos no
contexto familiar vigente, pesquisadores relataram que as conexões vinculadas aos momentos
religiosos ligada na clínica podem trazer benefícios positivos ao profissional da área
psicológica nos resultados na terapia, Erickson apud Lima (2013, p.19). Nesse contexto atual,
cabe o psicólogo buscar vivenciar uma vida religiosa com objetivo de ampliar seus conceitos
na terapia, comenta Lima:

O psicólogo também é livre para cultivar a própria religiosidade, pois ela pode lhe
oferecer valiosos recursos reflexivos para acolher a religiosidade do outro. No caso
observado, pudemos observar que o processo de acolhimento da religiosidade na
psicoterapia contribuiu para significativas conquistas terapêuticas rumo ao processo
de individuação da paciente. Entretanto, os psicólogos muitas vezes não possuem
recursos para oferecer um acolhimento autêntico para as vivências religiosas dos
seus pacientes (LIMA, 2013, p. 6).

A proposta nessa vertente, sem dúvida é de suma importância para o beneficio tanto
individual como no coletivo intrafamiliar, sendo que, “os resultados evidenciaram que a
aderência ao movimento religioso se constituiu como uma rede de apoio social e afetiva,
possibilitando mudanças nos subsistemas familiares parentais, bem como nas praticas
educativas e envolvimento parental” (BECKER; MAESTRI; BOBATO, 2014, p. 1).
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Pesquisa realizada nos Estados unidos em 2009, sobre a espiritualidade e saúde tem
revelado forte evidencia em congresso para uma definição de conceitos a serem aplicados em
relação aos aspectos espirituais na saúde do individuo. Evidentemente, as avalições dessa
aplicação precisam obter critérios consensuais na medida dos processos aplicáveis (MARY
RUTE ESPERANDIO, 2017 p. 306). Contudo, diante das pesquisas esse alto conceito está
sendo comprovado positivamente na interação social na psicoterapia, vejamos a afirmação:

A experiência da espiritualidade em tratamentos de saúde está associada a períodos


mais reduzidos de internação, bem como a melhores níveis de resiliência e
desenvolvimento de melhores estratégias de enfrentamento diante de quadros de
adoecimento, representando um componente que pode ser investigado de modo mais
detalhado na experiência clínica (SCORSOLINI-COMMIN, 2015, p. 115).

Entende-se por esse processo a forma estratégica para tratamento através da


experiência espiritual na terapia, cabe então uma avalição do suporte espiritual, ou seja, quais
desenvolvimentos são oferecidos dentro do quadro espiritual. Contudo, Mary Rute apresenta
algumas fontes dentro desse contexto espiritual que pode ser fundamental na terapia familiar:

A Teologia, principalmente na figura do capelão hospitalar, contribui com o


conhecimento sobre formas de acessar os recursos, as necessidades e os conflitos
espirituais do paciente e de suas famílias e como tais demandas de cuidado podem
ser atendidas (MARY RUTE ESPERANDIO, 2017, p. 316)

Seguindo o mesmo fundamento, Kostenberger (2011, p.159) afirma: “Não há


dúvidas de que a batalha espiritual em torno do casamento e da família é uma realidade e a
consciência desse conflito, bem como a aptidão para lutar nele, são fundamentais”. O autor
ainda relatando sobre esse assunto descrevendo que os ensinamentos bíblicos é a base
essencial no que diz respeito ao casamento e a educação familiar no âmbito religioso “sobre a
batalha espiritual de forma integrada” (KÖSTENBERGER, 2011, p. 159). Assim assevera
Chapmam, utilizando a ênfase bíblica; o casamento e a família “só voltará a ser atrativo para o
mundo secular quando começarmos a levar a sério os padrões bíblicos para o matrimônio”
(CHAPMAN 2008, p. 34). Nessa expectativa vale dizer, que a terapia na psicoterapia seja
favorável dentro da experiência religiosa como tratamento opcional de cada indivíduo ou
família. Assim argumenta Silva e Groger (2012, p. 135) “A Bíblia contém princípios que
conduzem o ser humano a buscar um conhecimento mais profundo sobre si mesmo e sobre
habilidades sociais, com a intenção de melhorar os relacionamentos”
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4 O DESENVOLVIMENTO DA RELIGIÃO E A ESPIRITUALIDADE NAS


RELAÇÕES INTRAFAMILIARES NO VINCULO CRISTÃO

De acordo com Amatuzzi (2000) a experiência religiosa entre as famílias desenvolve


forte influência positiva nos aspecto moral, social, cognitivo dando assim, ampla abordagem
no desempenho de bem está saldável no vinculo familiar. Por sua vez, as práticas espirituais
executadas no âmbito do lar, bem como orações, leitura bíblica, retiros espirituais, ou seja,
ações que interligam o transcendente nos laços familiares ao sagrado com o divino
(BECKER; MAESTRI; BOBATO, 2014, p. 6).
Seguido essa lógica das atividades consistente entre ambos os termos (religião e
espiritualidade) os autores Oliver e Willie (2018) relaciona as crenças como algo fundamental
vinculada entre os membros da família que se perpetua entre suas gerações. “Eles exercem
forte influência sobre o comportamento da pessoa e servem como regras ou diretrizes em
todas as situações” (OLIVER E WILLIE, 2018, p. 20). Embora seja importante no contexto
familiar a abordagem espiritual e assim formulando uma ética de princípios corretos, também
há contra ponto que se divergem.

Todas propõem um código moral a seus seguidores com o propósito de orientar


escolhas e comportamentos cotidianos. Claro está que as éticas criadas em contextos
religiosos ficam atreladas à visão de mundo e doutrinas da qual emanam. Conflitos
religiosos, frequentemente, provocam conflitos entre éticas. (SÉRGIO
ADEODATO, 2015, p. 31).

As quatro abordagens da vida espiritual autêntica de forma simétrica é fundamental


para compreensão contextual para quem quer experimentar essa autenticidade. Vejamos essa
citação:

1. A vida espiritual autêntica, a verdadeira vida cristã, não significa apenas que
nascemos de novo. Nem significa apenas que vamos estar no Céu. Significa isso e
muito mais do que isso. A vida cristã genuína, a vida espiritual autêntica na vida
presente, significa mais do que sermos justificados e mais do que sabermos que
estamos a caminho do Céu.
2. A vida espiritual autêntica não consiste propriamente no desejo de livrar-nos da
carga de tabus para vivermos vida mais fácil e mais frouxa. Nosso desejo deve ser
de vida mais profunda. E quando começo a pensar nisso, a Bíblia me apresenta o
conjunto global dos Dez Mandamentos e da Lei do Amor.
3. A vida espiritual autêntica, a verdadeira vida cristã, não é apenas externa, mas
interna; não é cobiçar em prejuízo de Deus e dos homens.
4. A vida espiritual autêntica é muito mais: é algo positivo. Realidade interior
positiva e realidade exterior positiva resultante daquela. A realidade interior deve ser
positiva, e não negativa; e então, fluindo da realidade interna positiva, deve surgir
sua manifestação exterior. Não é só o estarmos mortos para certas coisas, mas sim,
que devemos amar a Deus, viver para Ele e manter comunhão com Ele neste
presente momento da história. E devemos amar os nossos semelhantes, viver como
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seres humanos para os seres humanos, e manter comunicação com eles em nível
verdadeiramente pessoal, neste presente momento da história (FRANCIS A.
SCHAEFFER, 1993, p. 24-25).

Avaliando a vida espiritual autêntica, não há duvida de que não possa existir ligação
entre a psicologia e a teologia na descrição de Mark Baker (2005):

Descobri que tanto a psicologia, quanto a teologia me ajudam a aprofundar o


conhecimento uma da outra. Fico sempre admirado ao constatar como os pontos de
concordância entre os princípios espirituais e os emocionais podem favorecer a
saúde tanto emocional, quanto física (MARK BAKER 2005, p. 6)

Fica claro que muitos autores tem dado atenção ao vinculo religioso espiritual cristão
nas relações intrafamiliares. Essa visão pode ser ampliada ao longo do tempo visto que, os
estudos científicos em conjunto com os dados avaliativos vêm se comprovando pela
experiência de pessoas que encontram a cura na psicoterapia conectada com o espiritual. “O
que temos de concreto e que pode nos dar embasamento e orientação é a palavra de Deus que,
uma vez aceita pela fé, nos dá uma visão plena e compreensível da espiritualidade em toda a
sua extensão” Rabello, 2008 (apud SILVA; GROGER, 2012, p. 132).
Pesquisas realizadas sobre “A inteligência emocional e a Bíblia” comprovou-se que,
as pessoas que vivenciam inteligência emocional (QE) pelo conhecimento bíblico alcançam
de forma satisfatória seus objetivos pessoais do que pessoas que só desenvolve o quociente
intelectual (QI) Gardner; Goleman 1995 (apud SILVA; GROGER, 2012, p. 133). Dados dessa
pesquisa revelam então à importância de desenvolvermos a inteligência emocional e o
quociente intelectual; com base nessa pesquisa mais uma vez a Bíblia como fonte segura no
aspecto emocional. Comprovando sua veracidade no meio cientifico pela inteligência
emocional para a razão no contexto religioso espiritual cristão.
No artigo: Casamento cristão: O resgate do fundamento bíblico como solução para a
crise emocional, descrito por SILVA e GROGER, elas confirmam na literatura, do autor
Kostenberger, em seu livro Deus, Casamento e família, que, há ligação entre Deus e os
ensinos da Bíblia para segurança humana:

Só teremos clareza e força para nos elevar acima de nossas limitações naturais e
seguir em toda plenitude o plano de Deus para os relacionamentos humanos, quando
percebermos como os ensinamentos bíblicos acerca das relações humanas são
interligados e têm como fonte comum o criador e seus propósitos, sábios e
benéficos, para homens e mulheres, Köstenberger, 2011 (apud SILVA; GROGER,
2012, p. 132).
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O apoio de provas quanto às definições e conceitos bíblicos, o autor afirma com


veracidade da limitação humana natural, quanto às questões que envolvem o espiritual
transcendente. Por isso a busca do conhecimento sobre Deus à partir da Bíblia ser torna o
ponto primordial para o enriquecimento espiritual religioso no meio cristão na cura das
famílias que procuram ajuda aos profissionais na psicoterapia.

4 CONSIDERAÇOES FINAIS

De forma conclusiva a espiritualidade e religiosidade na terapia nas relações


intrafamiliares proposta nesse trabalho afirmou-se uma conexão positiva nas famílias cristã
que praticam as atividades espirituais e religiosas de forma sistemática. Entre ambas as
espiritualidade e religiosidade constatou-se que, a espiritualidade não é o mesmo que
religiosidade em seus conceitos. Ou seja, Há pessoas que são espirituais e não são religiosas, e
vice-versa. Contudo, analisou-se que, a espiritualidade esta sendo alvo de muita atenção nas
pesquisas acadêmica nos últimos anos, com uma desenvoltura para os que vivem essa
experiência com a finalidade comprovada na busca transcendental. Também foram verificadas
as questões envolvendo o conselho Federal de Psicologia juntamente com os conselheiros
regionais que se propuseram um debate sobre religiosidade e espiritualidade no contexto
atual. Sendo analisados vários pontos comuns entre os psicólogos religiosos e os nãos
religiosos. Entre os grupos as possibilidades das ideias são direcionadas a democracia.
Por conseguinte, a espiritualidade na terapia familiar se constatou uma possível
proposta na cura das enfermidades das famílias e individuais. Nessa perspectiva se definiu
que, a espiritualização se torna uma forma didática de benefícios positivos no que diz respeito
ao bem esta saudável da família, afirma autores. Por isso os tratamentos realizados na terapia
familiar de suporte espiritual oferece algo a mais dentro do contexto que envolve até os que
estão vivendo o declínio espiritual atuante.
O desenvolvimento da religião e a espiritualidade nas relações intrafamiliares no
vinculo cristão destacou que as quatro abordagens da vida espiritual autêntica de forma
simétrica é fundamental para compreensão contextual para quem quer experimentar essa
autenticidade. Ou seja, a experiência na prática no vinculo cristão é essencial que
aprendizagem pela palavra de Deus a Bíblia e as outras atividades que ampliem os conceitos
sejam consistente. No entanto, nesse artigo foram realizadas pesquisas com pessoas sobre “A
inteligência emocional e a Bíblia” e comprovou-se que, as pessoas que vivenciam inteligência
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emocional (QE) pelo conhecimento bíblico alcançam de forma ampla seus objetivos pessoais
do que pessoas que só desenvolve o quociente intelectual (QI).
A pesquisa se validou de dados e fatos de experiências de pessoas que vivenciam a
espiritualidade e religiosidade na vida cristã que estão buscando tratamento terapêutico na
psicoterapia. Portanto, a espiritualidade religiosa na vida cristã na relação intrafamiliares é de
suma importância no contexto familiar social nos dias atuais.
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