Mapeamento Processos LGPD
Mapeamento Processos LGPD
Mapeamento Processos LGPD
GOVERNANÇA
DE PROCESSOS
v. 1.0
Brasília, abril de 2024
METODOLOGIA DE GOVERNANÇA DE PROCESSOS
Versão 1.0
Brasília, abril de 2024
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Diretor-Presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados
Waldemar Gonçalves Ortunho Júnior
Diretores da Autoridade Nacional de Proteção de Dados
Arthur Pereira Sabbat
Joacil Basilio Rael
Miriam Wimmer
Equipe de elaboração da Autoridade Nacional de Proteção de Dados
Núbia Augusto de Sousa Rocha - Secretária-Geral
Gabriela Mendes Freitas Galete
Karina Cinthia de Carvalho Muniz Medeiros
Michelle Catyana Mota Lira
Sumário
1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... 5
2.CONCEITOS BÁSICOS DE GERENCIAMENTO DE PROCESSOS ....................................... 6
2.1 Gerenciamento de Processos ................................................................................. 6
2.2 Ciclo de Gestão de Processos (Ciclo BPMN) ............................................................ 6
2.3 Categoria de Processos ........................................................................................... 8
2.4 Arquitetura de processos ........................................................................................ 8
2.5 Hierarquia de Processos ......................................................................................... 9
2.5.1 Cadeia de Valor ............................................................................................... 9
2.5.2 Macroprocesso ............................................................................................. 10
2.5.3 Processo ........................................................................................................ 10
2.5.4 Subprocesso .................................................................................................. 10
2.5.5 Atividade ....................................................................................................... 10
2.5.6 Tarefas........................................................................................................... 10
2.6 Repositório de Processos ...................................................................................... 11
3. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES ................................................................... 11
3.1. Conselho Diretor .................................................................................................. 12
3.2. Comitê de Governança, Riscos e Controles da ANPD ........................................... 12
3.3. Escritório de Processos ........................................................................................ 12
3.4. Gestor do processo .............................................................................................. 13
3.5. Executor do processo........................................................................................... 13
4. METODOLOGIA UTILIZADA ........................................................................................ 14
4.1 Levantamento dos macroprocessos e processos .................................................. 14
4.2 Priorização de processo para iniciativas de BPM .................................................. 14
4.3 Elaboração do Cronograma do Projeto ................................................................. 16
4.4 Realização de Diagnóstico do Processo................................................................. 18
4.4.1 Matriz de Problemas e Soluções ................................................................... 18
4.5 Modelagem do processo – As Is............................................................................ 21
4.5.1. Desenho do Processo “Situação Atual” - As Is ............................................ 21
4.6. Transformação do processo – To Be .................................................................... 21
4.6.1. Redesenho do processo “Situação Futura” - To Be .................................... 22
4.6.2. Normatização ............................................................................................... 22
4.7. Elaboração dos artefatos ..................................................................................... 23
4.8. Mapa de automação dos serviços ........................................................................ 24
4.9. Implementação e monitoramento ....................................................................... 24
5. MELHORIA CONTÍNUA .............................................................................................. 25
6. NOTAÇÕES E BOAS PRÁTICAS UTILIZADAS PELO ESCRITÓRIO DE PROCESSOS ........ 25
6.1 Notação BPMN (Business Process Model and Notation) ..................................... 25
6.2 Boas práticas em Modelagem de Processos ......................................................... 26
6.3 Software Bizagi ..................................................................................................... 27
7. DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................. 28
8. REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 29
APÊNDICE A .................................................................................................................... 31
MAPA DO PROCESSO DE PROMOVER A GOVERNANÇA DE PROCESSOS NA ANPD ........ 31
APÊNDICE B .................................................................................................................... 32
MODELO DO PORTFOLIO DE PROCESSOS ANPD ............................................................ 32
APÊNDICE C .................................................................................................................... 33
MODELO DE CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO DE PROCESSOS PARA INICIATIVA BPM ........ 33
MODELO DE LISTA DE PRIORIZAÇÃO DE PROCESSOS PARA INICIATIVA BPM ................ 34
APÊNDICE D.................................................................................................................... 35
MODELO DE CRONOGRAMA DE PROJETO ..................................................................... 35
APÊNDICE E .................................................................................................................... 36
MODELO DE ROTEIRO DE ENTREVISTA DE DIAGNÓSTICO .......................................... 36
MODELO DE DIAGNÓSTICO DO PROCESSO ................................................................. 40
APÊNDICE F .................................................................................................................... 41
MODELO DE ROTEIRO DE ENTREVISTA DE MODELAGEM DE PROCESSO .................... 41
APÊNDICE G.................................................................................................................... 42
MODELO DE MATRIZ DE PROBLEMAS E SOLUÇÕES .................................................... 42
APÊNDICE H.................................................................................................................... 43
MODELO DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP e MATRIZ DE
COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES ..................................................................... 43
APÊNDICE I ..................................................................................................................... 45
MANUAL DE NOTAÇÃO DE ELEMENTOS DE BPMN ..................................................... 45
EXEMPLOS DE USO DE BOAS PRÁTICAS EM MODELAGEM ......................................... 59
1. APRESENTAÇÃO
Toda organização é criada com objetivos e atribuições claras, definidos como missão institucional.
Para o alcance desses objetivos, são desenvolvidas diversas atividades que, em conjunto, podem
ser enquadradas como processos.
Coordenar processos de trabalho para melhorar a integração entre os diferentes níveis e esferas
do setor público, com vistas a gerar, preservar e entregar valor público é uma das diretrizes da
governança pública, estabelecida pelo Decreto nº 9.203/2017, que dispõe sobre a política de
governança da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
Diante dessa previsão legal, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados - ANPD, instituiu a
Política de Governança de Processos - PGP/ANPD por meio da Resolução CD/ANPD Nº 8, de 5 de
setembro de 2023 (publicada em 11 de setembro no Diário Oficial da União) que estabelece os
princípios, as diretrizes, os objetivos, os instrumentos, a estrutura e as responsabilidades relativos
à Governança de Processos no âmbito das suas unidades organizacionais.
Este ciclo pode ser sumarizado por meio do seguinte conjunto gradual e interativo de atividades:
A estruturação de uma arquitetura de processos tem início com a construção da Cadeia de Valor,
apresentando os macroprocessos e seus respectivos processos conforme os tipos a que
pertencem, desdobrando-os até o nível operacional.
A cadeia de valor propicia uma visão do mais alto nível das funções institucionais,
compreendendo os macroprocessos e os processos finalísticos, gerenciais e de suporte (BRASIL,
CGU, 2020). É um modelo que representa a visão sistêmica dos macroprocessos organizacionais
seguindo uma sequência lógica de execução e apresentados de forma categorizada, sendo um
direcionador de mudança institucional, ou seja, uma estrutura de análise interna utilizada como
instrumento de gestão para o seu contínuo aperfeiçoamento.
A atualização da cadeia de valor visa a atender aos anseios estratégicos do período, viabilizar a
identificação e priorização de demandas por transformações em processos críticos e organizar de
forma sistemática e padronizada os processos da organização, a partir de uma hierarquia em
níveis.
2.5.2 Macroprocesso
É o conjunto de processos executados de forma ordenada, em uma ou mais unidades, por meio
dos quais a organização cumpre a sua missão, implementa suas estratégias, gerando valor ao seu
usuário final. Corresponde às funções da organização que devem estar alinhadas aos objetivos
de suas unidades organizacionais.
2.5.3 Processo
Conceitua-se como o conjunto de ações e atividades inter-relacionadas, que são executadas para
alcançar produto, resultado ou serviço predefinido, de modo a entregar valor ao usuário e à
sociedade.
Processo também pode ser definido como um trabalho iniciado a partir de entradas (inputs) que,
consumindo recursos, lhe agregam valor para produzir um bem, informação ou serviço desejado.
2.5.4 Subprocesso
2.5.5 Atividade
Também pode ser definida como o conjunto de tarefas necessárias para entregar uma parte
específica de um produto ou serviço.
2.5.6 Tarefas
Atividade atômica que está incluída em um processo. Esta é considerada atômica porque não
possui desdobramentos de elementos. As tarefas são a decomposição das atividades, ou seja, o
nível imediatamente inferior a uma atividade. Correspondem ao “como” é feito durante o
processo.
2.6 Repositório de Processos
Instrumento definido no inciso XVII do Art. 2º da Política de Governança de Processos da ANPD
como a “localização central para armazenar informação sobre processos, responsabilidades,
aplicações de suporte, atores envolvidos, entre outros”.
O repositório de processos fornece uma referência única para assegurar uma comunicação
consistente sobre o que é o processo, como deve ser aplicado, quem é responsável por sua
execução bem-sucedida, compreensão clara das entradas ou acionadores, além dos resultados
esperados para completá-lo. Mantém informações necessárias para definir adequadamente a
medição, análise, melhoria e controle dos processos do negócio, ajuda a promover e prover
suporte à compreensão e aceitação da natureza interfuncional de negócio e facilita a colaboração
ao longo de áreas funcionais ao permitir e reforçar o foco no processo ponta a ponta.
O gerenciamento do repositório de processos inclui atividades relacionadas à infraestrutura de
armazenamento central, bem como ao gerenciamento e à alteração de conhecimento de
processos disponibilizados (objetos, relacionamentos, habilitadores, atributos, regras de negócio,
medições de desempenho e modelos).
No caso da ANPD, o repositório será a Intranet cujo gerenciamento será de responsabilidade do
Escritório de Processos.
3. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
O art. 7º da Política de Governança de Processos da ANPD lista como estão organizadas as
competências e responsabilidades para efetivar a Gestão de Processos. Para tanto, é preciso
contar com os seguintes participantes e sua respectiva forma de atuação:
4. METODOLOGIA UTILIZADA
Cada um dos critérios é subdividido conforme tabela abaixo, que contém a pontuação obtida caso
o item contenha resposta afirmativa (“Sim”). Para tal, considerou-se diferentes pesos para cada
item tendo em vista o impacto deles na Governança de Processos da ANPD.
Tabela 1 – quantidade de pontos para cada critério de priorização de processos para iniciativa BPM. Fonte:
Elaboração própria.
As tabelas dos critérios e a lista de priorização de processos para iniciativa BPM estão
demonstradas no Apêndice C.
Ao final, a sugestão de lista de processos prioritários para aplicação da metodologia da ANPD será
submetida para deliberação do Comitê de Governança, Riscos e Controles, que poderá indicar os
processos que, apesar da baixa pontuação, devem ser priorizados a partir de uma análise
estratégica para a ANPD. O inverso também poderá se aplicar, ou seja, apesar da alta pontuação,
o Comitê poderá deliberar para que o processo não seja priorizado na aplicação da metodologia
de Governança de Processos.
O Escritório de Processos tomará decisão quanto à quantidade de processos que terão a aplicação
da metodologia concomitantemente, observado o quantitativo de servidores, a complexidade
dos processos priorizados na lista, a disponibilidade de tempo dos gestores e dos executores dos
processos priorizados, e as demais demandas de trabalho da Secretaria-Geral. O Comitê de
Governança será cientificado.
Ainda, é recomendado estabelecer marcos de controle com base nas entregas. Ou seja, antes de
se avançar nas etapas do cronograma, o entregável obtido será encaminhado para validação pelo
gestor do processo alvo de aplicação da metodologia. Além disso, é momento oportuno para
compartilhamento de informações sistematizadas sobre o andamento do projeto.
1
No caso de encaminhamento de questionário de entrevista sobre o processo, deve ser destacado
prazo de resposta.
7) Implementação e monitoramento
Atividades envolvidas: implementação e monitoramento do processo.
Produtos envolvidos: processo implementado e monitorado.
Serão levantadas informações mais detalhadas sobre a execução do processo junto ao gestor e
executores. Esta etapa antecede a modelagem e tem por finalidade facilitar a estruturação das
informações, de forma padronizada e consolidada, por meio do Diagnóstico do Processo. Ele
reúne informações relevantes, tais como: nome do processo, gestor do processo, vinculação com
a Cadeia de Valor da ANPD, subprocessos e processos vinculados, fornecedores, clientes,
entregas, destaques positivos, oportunidades de melhoria e gargalos.
Neste momento serão realizadas entrevistas separadas com executores e gestores do processo.
Desse modo, espera-se que o Escritório de Processos consiga cruzar as informações e elaborar
um diagnóstico que abranja diferentes visões. As entrevistas poderão ser realizadas
pessoalmente, virtualmente, ou por meio do envio do documento Entrevista de Diagnóstico
(Apêndice E), que deverá ser remetida no prazo estabelecido.
O principal benefício de analisar e diagnosticar a situação atual (As Is) é o entendimento comum
de como o trabalho é feito e o que deverá ser melhorado por meio da representação do processo
futuro (To Be).
Com base nas informações obtidas nas entrevistas, o Escritório de Processos irá estruturar o
Diagnóstico do Processo, conforme modelo disponível no Apêndice E. Nesta tabela, serão
consolidadas as informações relativas aos destaques positivos, oportunidades de melhoria e
gargalos.
Problema
a) Problema encontrado no Diagnóstico do Processo: preencher com os problemas
levantados nas etapas da fase de Diagnóstico. Preencher uma linha para cada problema;
b) Gravidade: preencher o impacto do problema sobre o processo, sendo: 1 – Sem
Gravidade; 2- Pouco Grave; 3- Grave; 4 – Muito Grave e 5 – Extremamente grave;
c) Urgência: preencher com a relação com o tempo disponível ou necessário para resolver
o problema, sendo: 1 – Pode esperar; 2- Pouco Urgente; 3- Urgente; 4 – Muito Urgente
e 5 – Imediatamente;
d) Tendência: preencher com o potencial de crescimento do problema, sendo: 1 – Não irá
mudar; 2- Irá piorar a longo prazo; 3- Irá piorar a médio prazo; 4 – Irá piorar a curto prazo
e 5 – irá piorar rapidamente.
Proposta de Solução para o Problema
e) Proposta de Solução: preencher com os as propostas de solução para o problema.
Preencher em cada linha com uma proposta de solução, caso haja mais de uma;
f) Resultado: preencher com o resultado que a alternativa proporciona, sendo: 1 – Elimina
poucas ou nenhuma das dificuldades; 3- Elimina Parcialmente as Dificuldades; 5- Elimina
todas as dificuldades;
g) Exequibilidade: preencher com a facilidade de implementação da alternativa, sendo: 1 –
Difícil implementação; 3- Implementação de Grau Médio; 5- Fácil Implementação;
h) Investimento: preencher com o custo da implementação da alternativa, sendo: 1 – Alto
custo; 3- Médio custo; 5- Baixo custo.
A partir do preenchimento das informações acima, a tabela irá calcular o Grau de Priorização
do Problema, atribuindo um valor numérico que deverá ser considerado pela equipe do
Escritório de Processos em conjunto com o Gestor do Processo na classificação dos
problemas mais críticos do processo, ou seja, aqueles que possuem maior pontuação. Esses
problemas devem ter uma tratativa priorizada, pois impactam sobremaneira no resultado
do processo.
Assim, a planilha irá sinalizar os problemas para priorização. Essa informação deverá ser levada
em conta na tomada de decisão:
Baixo: Gravidade x Urgência x Tendência menor que 24 pontos (Considerando-se a média inferior
à pontuação 3);
Médio: Gravidade x Urgência x Tendência maior ou igual a 24 pontos (Considerando-se a média
dos critérios com a pontuação 3);
Alto: Gravidade x Urgência x Tendência maior ou igual a 79 pontos (Considerando-se a média dos
critérios com a pontuação acima de 4).
Isto posto, a planilha irá sugerir ações a serem tomadas junto ao Gestor e Executor do Processo
para a etapa subsequente, o redesenho do processo com a modelagem relacionada à Situação
Futura - To Be. A ação para cada um dos problemas identificados poderá ser:
Após a finalização, a Matriz de Problemas e Soluções passará por validação pelo gestor do
processo.
4.5 Modelagem do processo – As Is
Neste momento, os documentos serão construídos com base em como o processo é executado
hoje, considerando inclusive as suas fragilidades. A partir dele, em etapa posterior, será elaborada
proposta de processo com melhorias a serem implementadas.
Esta etapa abarca o detalhamento das atividades em tarefas e a utilização do sistema Bizagi para
elaborar o fluxo do processo ou dos subprocessos.
Além disso, é importante atentar-se para o fato de que a modelagem As Is deve representar o
modo como o processo é executado, pois o modo como deveria ser executado contemplará fase
posterior do redesenho do processo descrito no capítulo 4.6 – Transformação do processo- To
Be.
Com as informações obtidas, o Escritório de Processos elaborará minuta do fluxo das atividades
(desenho da Situação Atual - As Is) que compõem o processo e promoverá reunião com demais
atores para ajustes no documento.
O desenho é uma poderosa ferramenta de entendimento do processo, sendo usada para
descrever o fluxo de atividades e respectivas funções de trabalho, com a identificação das
entradas e saídas do processo. É uma representação gráfica que se baseia em um conjunto
simples de símbolos para operações, decisões, conexões e outros elementos do processo. A
notação utilizada pela ANPD deverá ser observada, conforme descritivo do capítulo 6. Notações
e Boas Práticas Utilizadas pelo Escritório de Processos.
Os processos serão mapeados observando a visão clara, limpa e de fácil compreensão por
qualquer colaborador da organização, inclusive os recém-admitidos.
Após a finalização, o desenho do processo da Situação Atual - As Is passará por validação pelo
gestor do processo.
A transformação de processos é uma etapa que vai além da melhoria de rotina definida, implica
em repensar, inovar paradigmas, muitas vezes exigindo uma mudança de cultura, implementação
de um novo sistema ou mesmo a alteração de funções. Nesse sentido, o novo desenho deve
resolver os problemas existentes ou aproveitar oportunidades, possibilitando que a organização
evolua.
A transformação de processos deverá considerar a exequibilidade, impacto e grau de urgência
das propostas de melhorias do processo.
Assim, a modelagem To Be gera como resultado um novo desenho do processo, isto é, o processo
passa a ser representado pela sua forma modificada a partir das análises e diretrizes apontadas
na matriz de problemas e soluções.
Neste momento os executores e gestores do processo irão refletir sobre as etapas do desenho
do processo modelado considerando a Situação Atual - As Is frente à Matriz de Problemas e
Soluções construída. Pretende-se identificar as atividades que podem ser eliminadas, as que
deverão ser mantidas e aquelas que necessitam ser melhoradas, inclusive por meio de automação
(desde que a viabilidade esteja alinhada com a área de Tecnologia da Informação). Além disso,
pode ocorrer atividades que precisam ser acrescidas. Tudo em vista da melhoria do processo.
As melhorias identificadas que demandariam médio ou longo prazo para implementação poderão
compor um Plano de Ação, que será acompanhado na etapa de monitoramento. Ou seja, não
deverão compor esta primeira versão do mapa do processo To Be, da Matriz de Competências e
Responsabilidades e da norma interna. Quando da implementação dessas melhorias de médio e
longo prazo, o gestor do processo deverá comunicar o Escritório de Processos para atualização
dos documentos inerentes ao processo.
O desenho do processo com a modelagem da Situação Futura – To Be será validado pelo gestor
do processo.
4.6.2. Normatização
Neste último caso, a aprovação do documento dar-se-á apenas pelo gestor do processo, a quem
competirá assinar a versão final autuada em processo eletrônico. Possíveis impactos em outras
unidades necessitam ser previamente alinhados junto às demais unidades organizacionais.
Esta etapa não é obrigatória e caberá à unidade gestora informar sobre a necessidade de
desenvolvimento ou melhoria desses documentos padrão. Em caso positivo, a unidade deverá
elaborar modelos de documentos, checklists, formulários padrão com base nas necessidades do
processo redesenhado. Esses documentos deverão ser aprovados pelo Gestor do Processo e
disponibilizados ao Escritório de Processos para compor o portfólio de processos da ANPD.
É uma fase em que alguns dos problemas identificados na Matriz de Problemas e Soluções
poderão ser sanados, caso tenham correlação com a padronização documental.
4.8. Mapa de automação dos serviços
A automação dos serviços se refere ao uso da tecnologia e da integração de dados e sistemas
para automatizar tarefas que antes eram desempenhadas manualmente, de forma a reduzir as
intervenções manuais e, com isso, aumentar a eficiência, a produtividade e a geração de valor.
O Mapa de automação dos serviços é o documento que define os requisitos necessários para a
automação de alguma etapa do processo identificada na Matriz de Problemas e Soluções como
viáveis de implantação, após alinhamento junto à área de Tecnologia da Informação da ANPD.
Caso aplicável ao processo, a unidade gestora do processo deverá levantar todos os requisitos
necessários para desenvolvimento ou aquisição de sistema tecnológico. Para tanto, é importante
envolver e verificar junto à área de Tecnologia da Informação (TI) sobre a disponibilização de
documento padrão para preenchimento.
Este documento, após aprovado pelo Gestor do Processo e a TI da ANPD, deverá ser enviado ao
Escritório de Processos.
Os trâmites subsequentes para a efetiva automação do processo serão adotados entre a unidade
gestora e a TI. Após implementada a automação, o Escritório de Processos deverá ser informado
para atualização dos documentos do processo, como o desenho da versão To Be, norma e
artefatos.
O processo eletrônico também será disponibilizado para ciência das unidades impactadas.
O Escritório irá recapitular o trabalho executado, celebrar o trabalho concluído pela equipe,
capitanear sugestões de melhoria quanto à atuação do Escritório e orientar o gestor e as unidades
impactadas sobre a implementação da rotina da gestão do processo e sua importância para a
conformidade e o desempenho institucional.
O Comitê de Governança, Riscos e Controles será informado sobre os processos cuja aplicação
da metodologia foram encerrados e o andamento dos demais.
5. MELHORIA CONTÍNUA
Além disso, outros fatores podem vir a gerar necessidade de melhorias, como alterações
normativas internas e externas, mudanças setoriais, nas demandas, de estratégia da ANPD e, até
mesmo de alguns processos.
Assim, essa etapa deve ser executada pelas áreas que são objeto da implantação das novas
rotinas e acompanhada pelo Escritório de Processos. Nesse sentido é essencial que os gestores e
executores dos processos sejam preparados para o controle da execução dos processos
implantados e orientados a repassar as grandes alterações que impactem consideravelmente o
processo ao Escritório de Processos para que seja iniciado um novo ciclo e transformação do
processo.
7. DISPOSIÇÕES GERAIS
Este documento busca orientar as unidades da ANPD sobre as iniciativas relativas à governança
de processos com a aplicação de procedimentos ordenados e integrados, por meio de uma
metodologia sistematizada.
Com este documento a ANPD busca a melhoria contínua dos seus processos, a fim de alcançar
com excelência dos seus objetivos estratégicos.
Esta Metodologia de Governança de Processos será utilizada pelo Escritório de Processos com
direcionadora de suas atividades e poderá ser atualizada quando demandada pelo Comitê de
Governança, Riscos e Controles da ANPD ou identificada a necessidade pelo Escritório de
Processos.
8. REFERÊNCIAS
PONTUAÇÃO
CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO RESPOSTAS (preenchimento
automático)
Grau de relacionamento com os Macroprocessos 0
Impacta diretamente os macroprocessos finalísticos 0
Impacta diretamente os macroprocessos gerenciais 0
Impacta diretamente os macroprocessos de suporte 0
Alinhamento estratégico e resultados institucionais 0
Relacionado ao Planejamento Estratégico da ANPD 0
Relacionado à Política Pública da ANPD 0
Relacionado à meta do Plano Plurianual - PPA da ANPD 0
Objeto de recomendação/determinação de órgão de controle 0
Relacionada à recomendação constante em Acórdão do TCU 0
Relacionada à recomendação exarada pela Controladoria Geral da União - CGU 0
Relacionada à recomendação exarada por Ministério Público 0
Quantidade de atores do processo 0
6 (seis) ou mais atores 0
4 (quatro) a 5 (cinco) atores 0
até 3 (três) atores 0
Impacto institucional 0
Alta demanda processual anual 0
Alta visibilidade e impacto para o cidadão/cliente 0
Fluxos processuais fragmentados, informais (baixo nível de normatização e manualização) 0
ou com baixo nível de uniformidade e padronização de atos e procedimentos
Pontuação - objeto
Pontuação - grau de Pontuação - alinhamento Pontuação - TOTAL
Unidade (dono do de recomendação ou Pontuação - Impacto
Entrada Nome do processo Gestor do Processo Macroprocesso Processo relacionamento com estratégico e resultados quantidade de atores (preenchimento
processo) determinação de institucional
os macroprocessos institucionais do processo automático)
órgão de controle
1 0
2 0
3 0
4 0
5 0
6 0
7 0
8 0
9 0
10 0
11 0
12 0
13 0
14 0
15 0
16 0
17 0
18 0
19 0
20 0
ENTREVISTA DE DIAGNÓSTICO
Macroprocesso: descrever conforme por=ólio de processo
Processo: descrever conforme por=ólio de processo
Gestor do Processo: descrever conforme por=ólio de processo
Data de atualização: descrever a data da úl@ma atualização
SIGLAS:
Descrever as siglas e nome por extenso das unidades
ENTREVISTA COM EXECUTORES DO PROCESSO
Parte 1 - Introdução
1.1. Explique resumidamente a visão geral do processo (a}vidades, informações/condições necessárias para execução).
Parte 2 - Pessoal
2.1. Quais os servidores realizam as a}vidades do processo? Como são distribuídas entre eles?
2.2. Os servidores conhecem o processo ponta a ponta? Eles se conhecem dentro do processo?
2.3. Quais áreas ou setores envolvidos no processo têm maior carência de pessoal? O número de servidores envolvidos está adequado? Caso contrário, quantos
são necessários e o que fundamenta este argumento? Há perspec}va de composição da equipe com novos servidores?
2.4. Os servidores estão capacitados? Caso contrário, quais a}vidades demandam capacitação e quais os servidores que devem par}cipar da ação?
2.5. Quando passa a par}cipar do processo, quanto tempo demora para que o servidor conheça os recursos necessários para a realização das a}vidades que lhe
são atribuídas? Alguém lhe transmite o conhecimento necessário ou a aprendizagem ocorre por autodida}smo? Existe algo registrado?
3.2. O processo tem algum indicador? Caso contrário, como é possível avaliar o desempenho do processo? Com que frequência é medido? Como os desvios são
tratados?
3.3. O que é feito com os indicadores após a medição? Algo mais deveria ser feito?
3.4. Quais são os riscos do processo (externos, ambientais, internos)? Que ações podem mi}gar os riscos?
4.2. Quais fatores estão contribuindo para o gargalo? Humanos, organizacionais ou sistemas?
4.3. Há uma es}ma}va do tempo médio para o processo ponta a ponta? Quais as a}vidades demandam maior tempo?
4.4. Com qual frequência ocorre a devolução de processos por instrução inadequada? E quais as principais razões?
Parte 5 – Sistemas
5.1. O processo tem a}vidades feitas por meio de sistema? Qual(is)? Está(ão) iden}ficado(s) no processo? Esses sistemas são sustentáveis?
5.2. Em caso de u}lização de sistema, existe algum problema relacionado? Existe alguma alterna}va quando o problema ocorre?
5.3. As pessoas conhecem o sistema? Todo o potencial do sistema é u}lizado? É necessária alguma capacitação para que isto ocorra?
5.4. Existe alguma funcionalidade que poderia melhorar o desempenho do processo? É necessária contratação de fábrica de desenvolvimento? É necessário
fortalecer o setor de TI para suprir a demanda por funcionalidades? De que forma?
Parte 1 – Introdução
1.1. Qual a sua percepção geral do processo? De que forma ele impacta a estratégia da ANPD?
Parte 2 - Pessoal
2.1. Qual sua visão sobre composição da equipe, quan}ta}vo, capacitação, visão ponta a ponta e tempo para absorção dos conhecimentos?
3.2. O que faz com os indicadores? As medidas feitas fornecem a visão necessária para o seu processo decisório?
4.2. Quais fatores estão contribuindo para o gargalo? Humanos, organizacionais ou sistemas?
5.2. Em caso de u}lização de sistema, existe algum problema relacionado? Existe alguma alterna}va quando o problema ocorre?
5.3. As pessoas conhecem o sistema? Todo o potencial do sistema é u}lizado? É necessária alguma capacitação para que isto ocorra?
5.4. Existe alguma funcionalidade que poderia melhorar o desempenho do processo? É necessária contratação de fábrica de desenvolvimento? É necessário
fortalecer o setor de TI para suprir a demanda por funcionalidades? De que forma?
Parte 6 - Encerramento
6.1. Gostaria de fazer alguma sugestão para melhorar o processo?
DIAGNÓSTICO DO PROCESSO
PROCESSO
Descrever o processo
LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÃO
>> Leitura de documentos enviados pelos executores do processo e de demais documentos corporativos:
Descrever legislação de base, normas internas, processos eletrônicos, formulários e demais documentos enviados pela unidade gestora do processo.
DIAGNÓSTICO
SINOPSE
Unidade Gestora:
Áreas intervenientes:
Atualizações
Versão:
Criado em:
Revisado por:
Aprovado por:
Documento 1 – Modelo de POP e Matriz de Competências e Responsabilidades
APÊNDICE I
Pistas
São utilizadas para conter os limites espaciais do processo:
Representação gráfica / Elemento / Descrição
Notação recurso
Piscina (pool) Representa um participante do processo.
Um participante pode ser uma
organização ou uma função de negócios,
por exemplo, titular de dados.
Piscinas podem conter processo ou não.
Por exemplo, os processos abstratos,
representados por uma piscina sem
elementos, incluem atividades realizadas
fora da organização sobre as quais não se
tem ingerência sobre a execução.
Divisão dentro de uma piscina para
evidenciar a distribuição ou o fluxo dos
trabalhos ao longo de um processo, além
Raia (lane) de organizar e categorizar as atividades. O
uso deste elemento fornece uma visão
abrangente sobre o processo.
Serve para ilustrar papeis internos,
unidades de uma organização ou um
sistema com funções no processo.
Marcos Representa uma divisão dentro de um
(milestone) processo. É um recurso do Bizagi para
indicar e destacar etapas/fases de um
processo ou subprocesso (não é um
elemento BPMN oficial). Criam partições
na sequência do processo.
Subprocessos
Representação gráfica / Elemento / Descrição
Notação recurso
Subprocesso Trata-se de uma atividade que contém
compactado outras atividades (um processo). Seus
(também componentes internos são detalhados em
chamado outro diagrama, não se consegue ver os
contraído, detalhes no desenho principal.
embebido ou
Possui fluxo próprio, não podendo ser
incorporado)
utilizado em outro processo.
Subprocesso Apresenta um conjunto de atividades
expandido realizadas dentro de um processo.
Consegue-se ver os detalhes do
subprocesso.
Objetos de conexão
Representação gráfica / Elemento / Descrição
Notação recurso
Fluxo de Objeto de ligação/conexão entre os
sequência elementos da notação.
Utilizado para mostrar a ordem em que as
atividades serão executadas. Também
demonstra o trânsito de informações e
dados do processo.
Cada fluxo tem uma só origem e um só
destino. Só pode ser usado para ligar
elementos em uma mesma piscina.
Fluxo de Utilizado para mostrar o fluxo de
mensagem mensagens entre duas organizações que
estão preparadas para enviá-las e recebê-
las. Em BPMN, duas piscinas diferentes
no diagrama podem representar as duas
organizações.
Associação Utilizada para associar informações e
artefatos com objetos de fluxo. Texto e
objetos gráficos que não fazem parte do
fluxo podem ser associados com objetos
de fluxo (eventos, atividades e desvios).
Uma associação também é utilizada para
mostrar as atividades destinadas a
compensações.
Tabela 14. Elementos BPMN- Objeto de Conexão
Artefatos
Representação gráfica / Elemento / recurso Descrição
Notação
Objeto de dados Podem fornecer informações para que as
atividades possam ser executadas ou
sobre o que elas possam produzir.
Também mostram como documentos,
dados e outros objetos são produzidos,
editados, consultados, utilizados e
atualizados durante o processo.
Representam diferentes tipos de objetos,
tanto eletrônicos quanto físicos. Podem
incluir documentos em papel,
informações abstratas ou registros
eletrônicos de dados.
Armazenamento Serve para resgatar ou atualizar
(depósito informações armazenadas que irão
/repositório) de persistir por muito tempo após o término
dados da instância do processo.
Eventos
Os eventos acontecem durante o processo de negócio e causam interferência no seu curso. São
representados por círculos vazados para permitir sinalizações que irão identificar os gatilhos ou os
resultados. Podem ser de início, intermediário e final.
Eventos de início
Representação gráfica / Elemento / Descrição
Notação recurso
Início “Nenhum” / Para este processo não existe
“Não tipificado” especificação. Essa tipificação simples
demonstra que o evento é o início
(também
padrão/comum do processo.
denominado
“vazio” ou Em termos de Fluxos de sequência, o
“simples”) evento de início começa o fluxo do
processo.
Início do Representa uma condição temporal
temporizador necessária para o início de um processo
(data, ocasião específica ou horário). Ex.:
toda Segunda-feira; diariamente às 14h,
etc.
Início de Encaminhada por uma organização e
Mensagem aciona o início do processo. Possui um
destino específico.
Eventos intermediários
Representação gráfica / Elemento / recurso Descrição
Notação
Evento “Nenhum” Indica onde acontece algo (um evento)
(não tipificado) em algum lugar entre o início e o fim de
um processo. Afeta o fluxo do processo,
mas não irá iniciá-lo (diretamente) e nem
irá finalizá-lo.
Evento de Uma data ou ciclo específicos podem ser
temporizador determinados para acionar o evento.
Se utilizado dentro do fluxo principal,
atua como um mecanismo de retraso,
responsável por interromper
temporariamente a continuidade do
processo (reinícios de trabalhos ou
interrupções de fluxos entre áreas e
organizações).
Evento de Uma mensagem chega de uma
mensagem organização e lança um evento.
Quando é utilizado para “capturar” a
mensagem, o símbolo não estará
preenchido. Já quando utilizado para
“acionar” a mensagem, é pintado com
preenchimento.
Ao utilizar este elemento, é preciso
atenção e refletir quanto à existência de
problemas relacionados a retrabalho, à
necessidade de capacitações ou a
desperdícios no processo.
Evento de sinal Utilizado para enviar ou receber sinais.
Para comunicação geral dentro e ao
longo de níveis de processos, através das
piscinas e entre diagramas de processos
de negócio. Existe uma origem do sinal,
mas não há um destino específico, como
no caso de mensagem.
Define uma condição mais geral e se
difere de um evento de erro que
interrompe atividades.
Evento do vínculo Podem ser utilizados para criar situações
cíclicas ou para evitar longas linhas de
fluxo de sequência. Pode haver múltiplos
eventos de link de origem, mas só pode
haver um evento de link de destino.
Estão limitados a um nível simples de
processo (não podem unir um processo
principal com um subprocesso, nem
processos diferentes).
Eventos intermediários em pares
também podem ser utilizados como
“conectores fora de página” para
imprimir um processo através de
múltiplas páginas.
Quando for utilizado para capturar desde
o link de origem, o marcador do evento
não será preenchido. Já quando for
utilizado para acionar em direção ao
evento destino, o marcador do evento
será preenchido.
Evento de Lida com situações excepcionais em um
compensação processo, para desfazer ou corrigir
efeitos de uma situação indesejada. É
potencialmente útil para aplicação em
processos nos quais haja Gestão de Risco.
Este evento deverá ser utilizado
primeiramente no local onde será
inserida a situação que provoca a
necessidade de corrigir o processo. Isto
se chama “lançar o evento de
compensação” e, neste caso, o sistema
preenche o símbolo automaticamente.
Em seguida, na(s) atividade(s) que
precisar(em) ser compensada(s), ou seja,
ajustada(s) para amenizar o efeito da
situação indesejada, deve ser anexado o
evento de compensação. Isto se chama
“capturar o evento” e, neste caso, o
sistema insere automaticamente, na(s)
borda(s) desta(s) atividade(s), o símbolo
sem preenchimento e a(s) associa a uma
outra, na qual deverá ser escrita a ação
necessária para a mitigação.
Exemplo: quando há falha na cobrança de
um cartão de crédito, a empresa de
viagem deve cancelar as reservas de hotel
e passagens realizadas para o cliente. O
cancelamento das reservas será a
atividade de mitigação inserida junto às
atividades anteriores de reservas de hotel
e de passagens do processo.
Evento de Um escalonamento identifica uma
escalonamento situação na qual um processo necessita
de uma reação. Pode ser acionado por
um alarme, uma mensagem ou um sinal e
reporta uma questão que precisa ser
resolvida por uma autoridade superior.
Este evento deverá ser utilizado
primeiramente no local onde será
inserida a situação que provoca a
necessidade de reação. Isto se chama
“lançar o evento de escalonamento” e,
neste caso, o sistema preenche o símbolo
automaticamente.
Em seguida, na(s) atividade(s) que
precisar(em) ser(em) inserida(s) a(s)
observação(ões) quanto à necessidade
de reação deve ser anexado o evento de
evento de escalonamento. Isto se chama
“capturar o evento” e, neste caso, o
sistema insere automaticamente, na(s)
borda(s) desta(s) atividade(s), o símbolo
sem preenchimento e a(s) associa a uma
outra, na qual deverá ser escrita a ação
necessária. No símbolo sem
preenchimento deverá haver uma
observação quanto ao fato do
escalonamento interromper ou não as
atividades.
Evento condicional Este tipo de evento é acionado quando
uma condição se torna verdadeira.
Inserir as condições requeridas para a
realização das atividades constitui uma
forma de enriquecer o diagrama (o
evento condicional é inserido antes da
atividade).
Evento múltiplo Possui vários acionadores atribuídos. A
paralelo condição para o evento múltiplo paralelo
é que todos os eventos dentro dele
ocorram, ou seja, todos os acionadores
atribuídos são necessários para que o
evento seja acionado.
Evento múltiplo Significa que há múltiplos acionadores
designados ao evento e, uma vez
acionados, iniciam o processo em pontos
diferentes. O uso deste elemento em
excesso torna o diagrama menos
compreensível, portanto, é preciso
atenção e moderação caso venha a ser
utilizado.
Tabela 17. Eventos BPMN. Eventos de Intermediários
Eventos de fim
Representação gráfica / Elemento / Descrição
Notação recurso
Fim “Nenhum” Finaliza o processo, sem gerar
(Normal) especificações, como acontece com os
demais eventos de fim.
Um evento de fim é opcional. Se este
elemento não for utilizado, não haverá
resultado para o processo.
Fim de Indica que todas as atividades no
Terminação processo devem ser imediatamente
(também chamado finalizadas. O processo será encerrado e
de “Terminativo” todos os outros fluxos que tenham ligação
ou “Término”) com o principal, também serão
finalizados, sem compensações ou
tratamento.
Fim de Mensagem Indica que uma mensagem é
encaminhada a uma organização na
conclusão do processo.
Fim de Sinal Indica que um sinal será emitido a um ou
mais eventos quando o fim houver sido
alcançado.
Pode ser enviado através de níveis de
processo ou piscinas, mas não é uma
mensagem (que possui origem ou destino
específicos).
Fim de Indica que é necessária uma
Compensação compensação quando o processo for
finalizado.
Os demais procedimentos após o evento
ser lançado são os mesmos descritos no
“evento intermediário de compensação”.
Final de Indica que um escalonamento deve ser
Escalonamento acionado: o processo ou subprocesso
aciona o evento e conclui. Representa o
fim do processo ou de um fluxo com uma
falha cuja origem é do próprio negócio
(questão interna).
Os demais procedimentos a serem
seguidos após o evento ser lançado são os
mesmos descritos no “evento
intermediário de escalonamento”.
Fim de Erro Indica que um resultado indesejado será
gerado com o término do processo, o que
caracteriza o lançamento do evento “fim
de erro”. Neste caso, o sistema destaca o
símbolo automaticamente com a borda
preenchida.
Uma ou outras atividades anteriores ao
evento de fim que tenham divergido do
esperado, devem ter anexadas em suas
bordas o símbolo do evento intermediário
de erro, o que se chama “capturar o
evento”. Neste caso, as bordas estarão
vazadas, de outra cor, conforme a
configuração automática do sistema.
Junto a estas atividades, deverão ser
anexadas outras nas quais se deve
escrever o que precisa ser feito para fins
de correção.
Fim de Este tipo de evento é utilizado dentro de
Cancelamento um subprocesso transacional, indicando
que uma transação deverá ser cancelada.
Além disso, indicará que uma mensagem
de cancelamento de protocolo será
enviada às organizações envolvidas.
Deverá ser anexado um evento de
cancelamento intermediário na borda do
símbolo do subprocesso transacional. Em
seguida, aparecerá automaticamente um
fluxo de sequência, no qual deverá ser
anexada atividade com descrição do que
deverá ser realizado em contrapartida.
Ex.: uma empresa de eventos deve
cancelar o evento programado caso não
consiga realizar as contratações
necessárias, informando as demais
organizações que estiverem envolvidas. A
impossibilidade de realização de evento é
o evento “fim de cancelamento” e o
cancelamento dos diversos tipos de
contratos constituem as atividades que
estarão anexadas aos eventos
intermediários.
Fim Múltiplo Há múltiplas consequências ou resultados
ao terminar um processo, sendo que
todas irão acontecer. Portanto, pode ser
utilizado para diferenciar os resultados
diversos do processo. Ex.: Em um
processo que envolva solicitações, pode
haver diversos resultados, tais como:
solicitação atendida ou cancelada.
Tabela 18. Eventos BPMN. Eventos de Fim
Gateways (desvios)
Representados por losangos, são utilizados para definir e direcionar quais rumos o fluxo do
processo irá seguir e controlar suas ramificações. São simplesmente uma visualização da
divergência ou da convergência do fluxo, portanto, somente o direcionam, não realizam atividades
e nem tomam decisões. São desvios em consequência de decisões tomadas na atividade/tarefa
que os precedem.
Quando as sequências de saída do fluxo se ramificam a partir deles, são divergentes. Já enquanto
ponto de união destas sequências, são convergentes.
Elementos gateways deverão ter o ponto de divergências, isto é, terá o fluxo de saída para duas
ou três atividades, contudo deverá apresentar o ponto de convergência, ou seja, a unificação das
mesmas atividades para continuar o fluxo. Em caso de exceções, poderá não ser utilizado o ponto
de convergência, mas é preciso analisar o fluxo e verificar o layout para a correta continuidade do
desenho. Na tabela abaixo serão indicados quais os gateways devem ser utilizados para sincronizar
os fluxos.
O item anterior já abarcou um número significativo de boas práticas de modelagem, portanto, esta parte
irá se ater a um número mais restrito de exemplos, porém, com enfoque no uso de recursos visuais para
ilustrar contextos que requerem uma atenção especial para serem apropriados.
Usar eventos de início e eventos de fim
O uso de eventos iniciais e finais é considerado boa prática, mas se um evento de início for inserido em
uma piscina, o evento de fim será obrigatório (e vice-versa). A ausência destes elementos corrobora para
a má interpretação do processo, dando a impressão de que está incompleto.
Nas figuras abaixo temos exemplos do emprego correto e incorreto dos eventos de início e fim no processo:
Figura 4. Exemplo de uso de eventos de início e fim
Usar os termos Mapa, Modelo e Diagrama de Processo ao invés de Fluxograma quando se usa
a Metodologia BPMN
Fluxograma é um tipo de notação utilizada para representação de fluxos de trabalho, simples e intuitiva,
porém limitada a retratar apenas processos de pouca complexidade que não abarcam situações típicas de
web services, portanto, indo de encontro a uma grande parte dos fluxos de trabalho das atividades diárias
atuais.
Nesse sentido, seguindo a notação BPMN adotada como padrão pelo Escritório, os desenhos dos processos
modelados pelo Escritório serão chamados de Diagrama, Mapa ou Modelo de Processo. Para isto, deverá
ser observado:
a. um Diagrama proporciona uma visão geral dos processos (retrata fluxo do processo e principais
atividades);
b. um Mapa de Processos possui mais detalhes (mostra fluxo do processo, principais atividades, fluxos
alternativos, distribuição de trabalho, decisões, atores, eventos, resultados);
c. um Modelo de Processos é o nível mais completo de representação (mostra fluxo do processo,
principais atividades, fluxos alternativos, distribuição de trabalho, decisões, resultados, atores,
eventos, dados mais complexos, fluxo da informação, capacidade de simulação, tempos de
atividades, custos de recursos, número de instâncias, resultados históricos, dentre outras
informações adicionais consideradas pertinentes).
Figura 11. A notação Fluxograma não reflete os produtos de modelagem dos processos da ANPD
Figura 12. Exemplos de Diagrama, Mapa e Modelo do Processo, produtos da modelagem do Escritório de Processos