Alan, Artigo 1 - LEANDRO BRUSADIN
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de hospitalidade museal:
um estudo do Museu da Inconfidência
DOI: 10.2436/20.8070.01.113
1 INTRODUÇÃO
Revista Iberoamericana de Turismo- RITUR, Penedo, Vol. 9, Número Especial, Mar. 2019, p. 6-20.
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cidade vários símbolos e imagens em torno dos quais se construíram discursos que
procuravam caracterizar e classificar o chamado acervo nacional brasileiro em uma
representação do passado digno de memória. Esse conjunto do patrimônio foi
denominado por monumentos civis e religiosos, museus, chafarizes e bens imóveis,
sobretudo esculturas e ornamentos religiosos, os quais ainda representam as encenações e
os cenários de memórias e histórias que pretendem apresentar as raízes e tradições
brasileiras por meio dos elementos barrocos. Banducci e Barretto (2001) situam que o
investimento turístico, em Ouro Preto, permitiu a ampliação de trocas em relação aos
símbolos e significados em torno de sua construção como cidade – patrimônio.
O acervo preservado, ao ser enunciado como sendo de posse coletiva da nação
pelas propagandas turísticas e pelos órgãos oficiais, assumiu o significado de posse 7
coletiva o que o remeteu a um usufruto simbólico. Sendo assim, como símbolo, esse
patrimônio permite várias leituras de seu significado: para o poder oficial, representa a
história e a memória da nação, e, para os moradores, significa uma memória construída
para ser agenciada para o turismo – eles reconhecem a prática preservacionista, porém,
muitas vezes, não se julgam alvo dela devido à forma descendente da qual foi inserido em
Ouro Preto durante o Governo de Getúlio Vargas.
Bourdieu (2002) afirma que as ideologias devem a sua estrutura devem as suas
funções pelos especialistas em concorrência pelo monopólio da competência considerada
(religiosa, artística, etc.) e, em segundo lugar, pelos não especialistas. A ideologias são,
desse modo, sempre duplamente pré-determinadas, não somente pelos interesses das
classes, mas também pelos interesses daqueles que as produzem e à lógica específica do
campo de produção. Tomamos como premissa teórica para esse trabalho o pensamento
de Le Goff (2003, p. 49) quanto salienta que “o passado não é a história, mas seu objeto,
também a memória não é a história e, simultaneamente, um nível elementar de elaboração
histórica”.
A hospitalidade deve ser inserida neste contexto ao proporcionar os elementos de
inclusão e exclusão de um dado do público no patrimônio cultural. A transversalidade das
ciências humanas em interface com as ciências sociais aplicadas proporciona aos campos
científicos a oportunidade de desenvolvimento das práticas cotidianas no que se refere ao
acolher do outro.
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outro lado, o próprio autor se questiona como distinguir um hóspede de um parasita: tal
indagação se depara, a princípio, com uma diferença estrita entre o hóspede de um
parasita, e para tanto, é preciso o direito de se submeter ao acolhimento.
Uma das precursoras a pensar a temática desta maneira, Godoy (2017, p. 263), diz
que “embora possa causar estranheza a proposta de se refletir sobre a hospitalidade em
museus, partindo do que parece ser seu contraditório – a hostilidade-, tais sentidos podem
ser tão imbrincados que se torne mesmo impraticável pensa-los em separado”. A autora
ainda comenta que a lógica imediatista da qualificação das instituições museológicas para
o turismo gera iniciativas fragmentadas que acabam por minimizar enfrentadas.
Nesse sentido, a tentativa de refletir as ações desenvolvidas no Museu da
Inconfidência (MI), situado nessa cidade, antiga Vila Rica, perpassa a sua estrutura 8
administrativa e científica para o acolhimento do público como o outro em uma casa. As
práticas do Museu partiram de uma lógica de um patrimônio cultural instituído
politicamente pelos modernistas em um passado digno para a nação e supostas tradições
de seu povo. Ressalva-se que essa Instituição Museológica não se restringiu às
instalações do antigo prédio da Casa de Câmara e Cadeia, ao Panteão e à sua exposição
permanente dos séculos XVIII e XIX.
O presente artigo objetiva, desse modo, apresentar e discutir os desdobramentos
projetos culturais para acolher o público nessa Instituição em uma análise contemporânea
fluída com o passado modernista que concebeu como patrimônio cultural brasileiro. A
metodologia utilizada baseia-se na análise documental coletada in loco nos arquivos
administrativos da Instituição e em um referencial teórico interdisciplinar condizente com
os pressupostos do trabalho apresentado no III Seminário Internacional de Memória
Social.
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Destaca-se algumas edições desse Boletim que incitam o debate de nossas ideias.
O “Isto é Inconfidência” no. 24 (2009, p. 5) teve como tema Museus e Turismo. Foi
destaque a Semana Nacional de Museus que optou por discutir a atividade turística em
Ouro Preto. Nessa edição, Ruy Mourão diz que após o esquecimento de Ouro Preto,
quando a capital foi transferida para Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek abriu as portas
ao turismo, corrigindo e asfaltando o acesso rodoviário. É nessa linha que o MI busca
acolher a contribuição “sempre enriquecedora”, porque atualizadora, das legiões de
visitantes procedentes das mais variadas partes do mundo que, numa “freqüência cada
vez mais numerosa”, se apresentam para usufruir do convívio com o Museu. “Certas
reações restritivas à nova exposição do Museu da Inconfidência são consequências de
equivocada compreensão do que seja uma cidade histórica e quais os equipamentos 12
operacionais que a complementam”. O diretor ressalta que essa mentalidade “atrasada”
pressupõe que um núcleo urbano dessa natureza deva permanecer estacionado no
passado, colocado à margem da evolução do mundo, fora do tempo e do espaço e
prescrito pela marcha civilizatória. Ainda enfatiza: “É preciso que se abandone de uma
vez por todas, nos museus, as tentativas de se recriar a atmosfera de tempos idos, com
apelo à reconstituição de ambientes e cenas, na esperança de que os olhos atuais, que os
vão visitar, coincidam em natureza com os que existiram no período histórico que a nossa
ingenuidade acredita poder retratar.”.
Apesar da importância de a atividade turística ter sido considerada, evidencia-se o
fato dessa Instituição não possuir, em seu quadro de funcionários efetivos, um
representante da área de Turismo, o qual poderia realizar a tarefa de valorização da
interpretação do patrimônio e o estudo do público. Não se pode confundir essa atividade
com as tarefas dos guias locais, caracterizados pela falta de solidez de suas informações e
pela fugacidade de seus roteiros, muita embora devam ter representatividade na utilização
deste patrimônio. A Instituição utilizou um estagiário, em 2010, estudante do Curso de
Turismo da UFOP, a fim de que realizasse visitas guiadas espontâneas em sua exposição
permanente.
Vê-se a necessidade de abranger a visão do Turismo e da Hospitalidade enquanto
disciplinas, não o situando apenas como tarefa de conduzir o público, mas sim, de estudar
o público no que tange a frequência de visitação, às suas necessidades de interpretação
em relação à exposição desse Museu no que tange as suas práticas de acolher. Diante de
diversas tarefas interdisciplinares executadas pelo Museu, salientamos a ausência de
diálogo científico com o Turismo, muito embora a Instituição considere a atividade como
prática representativa de sua atuação, posto que a arrecadação financeira dos ingressos e
as levas de turistas fornecessem legitimidade e soberania ao Inconfidência.
Mesmo considerando que na área de Turismo e Hospitalidade não exista
representantes efetivos, a profissionalização dos servidores de outras áreas foi destaque
em seus boletins: “Visando especializar técnicos das mais diversas áreas, o Museu da
Inconfidência tem enviado os profissionais a cursos de Mestrado, inclusive em outros
estados e fora do país” já noticiava o primeiro boletim “Isto é Inconfidência” em 1990 (p.
8). A prova disso é que, em 2005, o boletim (N. 16, P. 8) noticiava: “O Museu receberá
três novos técnicos: Museologia, Educação e Biblioteconomia”.
Porém já existia, em 1981, um Curso de Museu / Escola, em Ouro Preto, por
meio de um convênio entre a FUNARTE (Fundação Nacional de Artes) e a Prefeitura
Municipal de Ouro Preto com o objetivo de “trabalhar com a comunidade ouro-pretana,
ao nível escolar, num esforço a mais para a transformação do Museu da Inconfidência
num verdadeiro centro de difusão”. Isto indicava que o MI já procurava a
profissionalização de seu quadro administrativo nesse período (Unidade Orçamentária,
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campos discutidos aqui, temos que compreender esta dinâmica de visitação no Museu,
procurando verificar o diálogo com o Turismo.
Rodrigo Melo Franco de Andrade (2005), na inauguração do Museu da
Inconfidência, em Ouro Preto, enfatizou que sua criação assinalava o início de uma
orientação nova e de relevante significação, adotada pelo governo da União a respeito dos
museus nacionais. Rodrigo ainda ressaltou que os despojos dos inconfidentes,
heroicamente repatriados, repousariam para sempre no recinto do Museu, num mausoléu
simples e severo que o governo da república entregara à contemplação cívica para todos
os brasileiros desde 21 de abril de 1942, quando transcorriam 150 anos da data do
suplício de Tiradentes.
Nessa perspectiva, podemos dizer que os objetivos de Rodrigo foram atingidos e 15
ainda ganharam forte impulso com o desenvolvimento do turismo enquanto prática de
lazer e de negócios na contemporaneidade. Essa tradição inventada no Governo de
Getúlio Vargas e incorporada pelos intelectuais do patrimônio atenderia os anseios desse
público que legitimou o MI ao longo dos seus anos. No entanto, essa mesma postura
gerou a controvérsia de não incluir a população de Ouro Preto neste patrimônio cultural
por ter sido uma imposição da elite política e intelectual daquele período da história do
Brasil e que, por vezes, ainda persevera.
Factualmente compreendemos que as relações entre dádiva e hospitalidade se
estabelecem nas relações de troca humana entre anfitrião e hóspede, pois quando há uma
troca, um algo além, a pessoa com quem se travou um contato deixa sua marca de alguma
forma em parte da memória, conclui Pimentel et al (2007). Em se tratando disso, sob a
lógica da dádiva, Gotman (2009, p. 19) garante que o mais importante é ocorrer alteração
positiva tanto na lógica do anfitrião quanto na perspectiva do turista. “Em matéria de
turismo, as boas práticas podem realizar a reciprocidade da dádiva, das quais a
hospitalidade é o coração”. Baptista (2015, p. 201) assevera que a “hospitalidade
funciona como ideia reguladora de dinâmicas sociais iluminadas pelo sentido da dádiva
que advém das experiências de alteridade”.
Nesse sentido, é importante dizer que, em 1975, o Programa Integrado de
Reconstrução das Cidades Históricas, desenvolvido juntamente com numerosas
atividades que procuravam ampliar as preocupações do órgão federal para além dos
cuidados com as edificações, pretendia criar linhas de crédito especiais para o restauro de
imóveis destinados ao aproveitamento turístico, conceder incentivos tributários e formar
mão-de-obra especializada em restauro, além de outras medidas. Implementado o
Programa, obteve alguns resultados, como a adaptação de antigas residências para
hospedagem fornecendo uma releitura do processo histórico voltado para atividade
turística. No entanto, a perspectivas de tais programas se voltaram para um índice
quantitativo de visitação turística que gera, por vezes, um processo hostil em sua
recepção, pois as relações de troca não são pensadas qualitativa por meio das relações
entre um dado público e as instituições que o acolhem.
Na história modernista do Museu da Inconfidência, o tempo é eternizado e
repetitivo, assim como são as narrativas construídas pela sua própria exposição a qual não
considera aspectos locais, tais como, a história das minorias e de desfavorecidos do
processo de colonização. Tal qual ocorreu com o ideário e com a experiência de
preservação de patrimônio, também o modelo desta Instituição, concebido e
materializado na conjuntura autoritária da Era Vargas, sobreviveu a regimes políticos que
lhe sucederam nas décadas seguintes, configurando uma herança ideológica e
institucional que ainda resiste no país. Este culto também serviu para outras formas
políticas posteriores no Brasil a medida que passou a fazer parte do ideal nacional
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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aprendizagem para atingir os turistas, posto que esse público não deve ficar à margem de
uma educação cidadã inerente aos atuais trabalhos da Museologia.
Em outra direção, mas com objetivos similares, situamos o trabalho do Setor
Pedagógico do Museu da Inconfidência, o qual possui alguns projetos de educação
patrimonial para a comunidade, muito atuante e decisivo nesse processo complexo de
inserção dos ouropretanos no interior da Instituição, pois não podemos nos esquecer da
ausência de um processo participativo na inserção deste patrimônio na cidade. Como
situado anteriormente, os agentes políticos e os intelectuais do SPHAN pensaram esse
monumento a sua maneira e para servir os seus próprios interesses. Nos dias que correm,
o Museu da Inconfidência é oportuna a reformulação das práticas de visitação para a
comunidade a fim de configurar uma Instituição de caráter aberto e acolhedor, pois é 17
preciso que a mesma se identifique com a Instituição que deve se colocar no papel de
anfitriã cultural para os públicos mais diversos que compõe a população brasileira.
No caso brasileiro, Malhano (2002, p. 17) diz que o reconhecimento de uma
herança cultural e sua transmissão supõe a continuidade de uma representação da
História, tanto por monumentos quanto por ideias e acontecimentos. Composto de
monumentos e de obras de arte, o patrimônio encontra seus limites e é determinado em
função de critérios históricos e estéticos. A autora conclui que “o fim do Estado Novo
não afetou a política federal de preservação, que manteve o mesmo dirigente e a mesma
orientação até o final da década de 1960”. Maria Cecília Fonseca (1999) entende que, no
continente latino-americano, o Brasil foi pioneiro na institucionalização da proteção dos
bens culturais, vinculada ao grupo de intelectuais nos anos de 1930 e apoiada, no governo
federal, pelo ministro Gustavo Capanema. Apesar disso, essa construção não foi
constituída pelas classes tidas como não cultas da sociedade. Somente ao longo do tempo,
percebeu-se o fator imperativo da ampliação da noção de patrimônio cultural e da maior
participação da sociedade nos pedidos de tombamento e de ampliação dessa prática a um
público mais vasto condizentes aos fatores socioculturais locais. Como diz Ulpiano
Meneses (1996, p. 89). “Vê-se, pois que, antes que refinamento e sofisticação, a cultura é
uma condição de produção e reprodução da sociedade”.
Insere-se, neste retrospecto, o ensinamento do Derrida (2004) quando diz que a
hospitalidade precede a propriedade, tendo em vista que o hóspede acolhedor que se crê
proprietário dos lugares é, na verdade, um hóspede na sua própria casa, sob a égide de um
tratado incondicional e paradoxal da lei da hospitalidade. Em sua análise que denomina
como análise “fenomenológica do acolhimento”, Derrida (2004, p. 43) pressupõe que o
acolhimento determina o “receber”, a receptividade do receber como relação ética.
“Abordar o Outro no discurso é acolher sua expressão em que ele ultrapassa a todo
instante a ideia de que se poderia ter dele. É então receber do Outro para além da
capacidade do eu (...)”.
Godoy (2017, p. 278) assevera que os museus devem se tornar espaços de
hospitalidade, já que são constituídos pelo público e sem ele perderia suas funções letais.
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FONTES
REFERÊNCIAS
BAPTISTA, Isabel. Lugares de Hospitalidade. In: DIAS, Celia Maria de Moraes (org.).
Hospitalidade: reflexões e perspectivas: São Paulo: Manole, 2002.
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The symbolic power of cultural heritage to the lack of a museal hospitality policy: a
study about the Inconfidencia's Museum
Abstract: The attempt to reflect the actions and projects for the accommodation of the
public at the Museum of the Inconfidência, situated in Ouro Preto (MG), pervades your
administrative structure and the logic of this scientific patrimony established politically
by modernists for invention of given national traditions. The article aims to present and
discuss the developments of the activities of the Inconfidencia Museum of
interdisciplinary way, in a contemporary analysis streamed with the past that the
conceived as Brazilian cultural heritage. The methodology used is based on the analysis 20
of documents collected in administrative files of the institution and a theoretical
framework consistent with the assumptions of this interdisciplinary work. Controversial
actions have been identified in this museum about the comunication of the collection and
dissemination of heritage to the public. It is concluded that, in this case, the challenges
are legitimate inclusion of the community of Ouro Preto and in productive fruition of
tourists as guests-interpreters. This task could be carried out by means of a museal
hospitality policy linked to practices and representations of the cultural heritage in
historical and social sense
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