Administrador, 4-Contribuià à Es Das Produã à Es
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2020v37n2p428
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Giselle Watanabe
Universidade Federal do ABC
Santo André – SP
Maria Regina Dubeux Kawamura1
Universidade de São Paulo
São Paulo – SP
Resumo
+
Contributions of complexity productions: subsidies to scholar scientific education
* Recebido: maio de 2019.
Aceito: junho de 2020.
1 E-mails: [email protected]; [email protected]
Abstract
I. Introdução
Novas demandas educacionais apontam para uma formação mais ampla, que
considere um sujeito conectado e articulado com os problemas do mundo em que vive. Essa
proposição vem pautada por diversos discursos que sinalizam a necessidade de que, para além
dos conhecimentos disciplinares, a escola deva tratar também de questões de natureza social,
econômica, ambiental, política, dentre outras. Implica, ainda, no que diz respeito a questões
socioambientais, em reconhecer que as sociedades estão pautadas pela lógica do crescimento
econômico e do hiperconsumo, desconsiderando as limitações e taxas de renovação dos
recursos naturais. Esses elementos levam a uma lógica de crescimento pelo próprio
crescimento.
Discursos com esta tônica, decorrentes de alguns países europeus e mais atualmente
dos governos brasileiro e estadunidense, vem sendo usados nos debates que nutrem a ideia
acerca da necessidade de descomplexificar. A abordagem assumida, especialmente pela
bancada política da extrema direita, leva a uma perspectiva reducionista e extremista,
apontando para a manutenção de um sistema educativo que falha ao formar sujeitos capazes
de construir uma sociedade mais digna e justa. Em especial, alegam que a descomplexificação
é necessária para tratar o crescimento ou, em outras palavras, sugerem descomplexificar para
avançar (FERNÁNDEZ; GONZÁLEZ, 2014; CASAL, 2016; PRATS; HERRERO;
TORREGO, 2016; TAIBO; 2016). Em trabalho recente, García e Watanabe (2019), ao
contrário, mostraram que a complexificação é fundamental para se pensar uma sociedade em
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Salienta-se que os autores brasileiros mais próximos da complexidade nessa linha não foram incorporados aqui
visto que fazem parte da autoria deste artigo.
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<https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeri
odicos.jsf>.
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Classificadas no quadriênio 2013-2016.
T3 –
Incorpora reflexões acerca de uma mudança na forma de pensar a educação,
apontando que a crise que vivemos e colocando em evidência a complexidade. Tal crise
aparece em três vertentes, simultaneamente: uma crise socioambiental, uma de valores e outra
de conhecimento. Aponta que um modelo educativo deve ser aberto, dinâmico, que capacite
os sujeitos a atuar, que seja capaz de estabelecer diálogos. O caráter epistêmico vai aparecer
explicitamente ao tratar da forma de se entender o mundo, que demanda a complexidade.
Nesse sentido, os princípios para aproximar-se dos fenômenos incluem o caráter sistêmico, a
abordagem dialógica, em que diferentes perspectivas não se excluem, mas se explicam de
forma recíproca e dinâmica, e o hologramático, que diz respeito à relação entre o todo e as
partes. Tais aspectos evidenciam características da DEp. Ao salientar que seria “interessante
elaborar propostas considerando que o objeto de estudo é um ponto de confluência da
diversidade de interesses, que cada uma das propostas de aula são uma entre muitas e que
estas podem entrar em contradição com os interesses de outros coletivos” T3, p. 209, 2010)
ganham espaço também aspectos da DEA. Ao tratar da educação ambiental como um espaço
para buscar modelos de pensamento que estimula a criatividade, imaginação, emoção,
sentimento, intuição, desordem e liberdade etc. ganham espaço aspectos da DE. Assim,
destaca a importância de “construir livremente estratégias, reconhecendo limites, utilizando as
T11 – Los huertos escolares ecológicos, un camino decrecentista hacia un mundo más
justo (2017)
Discute as hortas escolares como uma forma de tratar os conceitos pautados também
na ideia de decrescimento. Esses aspectos pressupõem a identificação de fatores limitantes,
associados aos nutrientes do solo, à água, à luz e temperatura, dentro de um quadro mais geral
dos limites biofísicos em um contexto de esgotamento de recursos e mudança climática.
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11
DE X * X X * X * X * * *
DEA * X * X X * X * X * X
DEp * * X * * * * X * X *
Agradecimentos
Essa pesquisa refere-se ao processo nº 2018/19136-3, da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a qual agradecemos o financiamento.
Referências
BECK, U. A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In: BECK,
U; GIDDENS, A. E LASH, S. (Org). Modernização reflexiva. São Paulo: Editora da Unesp,
1997. p.11-72.
GARCÍA, J. E. Hacia una teoría alternativa sobre los contenidos escolares. Espanha:
Díada Editora S. L., 1998.
MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise Textual Discursiva. Ijuí: Editora Unijuí, 2007.
PRIGOGINE, I.; STENGERS, I. Entre o tempo e a eternidade. São Paulo: Companhia das
letras, 1992.
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