TAula 6 Aenia SP We Shistossoma Mansoni

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Taenia sp/

Schistosoma
mansoni

Prof Me: Janderson Guimarães


Taenia sp
Características
❑ Cestodas: engloba vermes de habito
parasitário do filo Platelminto.

❑ A maior parte dos organismos


agrupados por esta classe possuem o
corpo achatado e longo, similar a
uma fita, composto por centenas de
subunidades (proglotes) que tem
função reprodutora.
Histórico

❑ O primeiro registro histórico conhecido


do estudo de tênias remonta aos antigos
gregos. Hipócrates, o pai da medicina
moderna, mencionou tênias em seus
escritos, descrevendo sintomas e
tratamentos para infecções por esses
parasitas.
Etimologia
❑ A palavra "teníase" deriva do grego antigo "ταινία" ("tainía"), que significa "fita" ou
"faixa". Esse nome se deve à forma longa e achatada do parasita que causa a
doença, a tênia.

❑ Evolução do termo:

❑ Grego antigo: ταινία (tainía)


❑ Latim: taenia
❑ Português: tênia
❑ Outras denominações:

❑ Solitária: refere-se ao fato de geralmente haver apenas um verme adulto no


hospedeiro.
❑ Doença do verme chato: descrição literal da forma do parasita.
Epidemiologia
❑ Regiões com maior prevalência:

❑ África: grande parte da população não tem acesso a saneamento básico e


a carne suína é frequentemente consumida mal cozida.

❑ América Latina: prevalência significativa em países como México, Peru,


Guatemala e Haiti.

❑ Ásia: alta prevalência em países como China, Índia e sudeste asiático.

❑ Europa Oriental: prevalência em países como Romênia, Bulgária e


Ucrânia.
❑ O estudo moderno das tênias e
outros parasitas começou a se
desenvolver a partir do século XIX,
com os avanços na microscopia e na
anatomia patológica. Nesse período,
os cientistas começaram a entender
melhor a morfologia e o ciclo de vida
das tênias, bem como suas relações
com os hospedeiros.
Classificação taxonômica
❑Reino: Animalia
❑Filo: Platyhelminthes
❑Classe: Cestoda
❑Ordem: Cyclophyllidea
❑Família: Taeniidae
❑Gênero: Taenia
Cisticercos

❑ LARVA (cisticerco) apresenta parede, um


protoescólex invaginado com presença de
ventosas e coroa dupla de ganchos em
forma de foice. Apresenta dobramentos
formado pelo tegumento enrugado do
colo. coroa de acúleos dupla com ganchos
em forma do foice sobre um rostelo e
vesícula.
Morfologia Parasitária
Ciclo biológico
Transmissão

Cisticercos
Patologia

❑ A teníase, também conhecida como


solitária, é uma verminose intestinal
que se caracteriza pela presença da
forma adulta dos parasitas Taenia
solium ou Taenia saginata no nosso
corpo.
Sintomatologia
Diagnóstico
❑ Exame de Fezes: A detecção de ovos de Taenia nas fezes é um método comum de
diagnóstico.

❑ Identificação de Proglotes: Em alguns casos, proglotes (segmentos do verme) podem


ser visíveis nas fezes ou nas roupas íntimas do paciente.

❑ Exames de Imagem: Em casos de infecção grave ou quando há complicações, como


cistos ou cisticercose, exames de imagem como ultrassonografia, tomografia
computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) podem ser úteis para detectar
a presença de cistos ou larvas nos tecidos.

❑ Exames Sorológicos: Testes sorológicos para detectar anticorpos específicos contra


Taenia podem ser úteis em alguns casos, mas nem sempre são confiáveis para o
diagnóstico definitivo da teníase.

❑ Endoscopia: Em casos raros, a endoscopia pode ser realizada para visualizar


diretamente os vermes no intestino delgado. Isso é mais comum quando há suspeita
de infecção por Taenia solium (a espécie de Taenia que causa a cisticercose).
❑ Como é feito o tratamento

❑ O tratamento para teníase geralmente é iniciado com o uso de remédios


antiparasitários, administrados sob a forma de comprimidos, que podem ser
feitos em casa, mas que devem ser prescritos por um clínico geral ou
gastroenterologista.

❑ Estes remédios podem ser tomados em dose única ou divididos em 3 dias, e


normalmente incluem um dos seguintes:

❑ Niclosamida, podendo ser indicado 2 g por via oral para adultos e 50 mg/ kg
para crianças, em dose única;
❑ Praziquantel, sendo normalmente recomendado 5 a 10 mg/ kg por via oral
para adultos e crianças por via oral, em dose única;
❑ Albendazol, podendo ser recomendada a dose de 400 mg por dia por 3 dias.
❑ O praziquantel é administrado por via oral,
geralmente em uma única dose, e é
altamente eficaz na eliminação das tênias
do intestino. Após a administração do
medicamento, as tênias mortas são
expelidas do corpo através das fezes.
Prevenção

❑ Cozinhar carne completamente: Certifique-se de cozinhar toda a carne,


especialmente a carne de porco e bovina, completamente antes de
consumi-la. Isso mata os ovos e larvas dos parasitas, evitando a infecção.

❑ Lavar as mãos: Lave as mãos com água e sabão após manusear carne
crua ou antes de comer. Isso ajuda a prevenir a contaminação cruzada.

❑ Higiene alimentar: Mantenha uma boa higiene alimentar, incluindo o


armazenamento adequado de alimentos e a limpeza de utensílios de
cozinha.

❑ Evitar carne crua ou malcozida: Evite consumir carne crua ou malcozida,


especialmente em áreas onde a teníase é comum.
Prevenção
• Controle de vermes em animais: Se você possui animais de estimação, consulte
um veterinário para garantir que eles sejam tratados regularmente contra vermes.

• Evitar o contato com fezes humanas ou animais: Evite o contato direto com fezes
humanas ou animais, pois estas podem conter ovos de Tênia.

• Higiene pessoal: Mantenha uma boa higiene pessoal, incluindo lavar as mãos após
usar o banheiro e antes de comer.
Cisticercose

Cisticercose
ocular
Neourocisticercose
❑ "A cisticercose é uma doença
desencadeada pela ingestão de ovos da
tênia. A tênia, tanto a de suínos quanto
a de bovinos, apresenta dois hospedeiros
durante seu ciclo de vida: um definitivo
e um intermediário. Os seres humanos
são os hospedeiros definitivos das tênias,
sendo o nosso intestino o local em que o
adulto desenvolve-se e reproduz-se.

❑ A cisticercose ocorre quando nos tornamos


hospedeiros intermediários e passamos a
abrigar a fase larval do parasita.
Schistosoma
mansoni: Uma visão
geral
Características
❑ Platelminto trematódeo (verme chato).
❑ Dimorfismo sexual:
❑ Macho: 1 cm de comprimento, corpo
esbranquiçado, canal ginecóforo para
abrigar a fêmea.
❑ Fêmea: 1,5 cm de comprimento, corpo
filiforme, cor castanho escuro, duas
ventosas e corpo escavado com poucos
espinhos.
❑ Ovos: ovalados, com casca espessa,
espículo lateral e miracídio em
desenvolvimento.
Classificação taxonômica
Histórico
❑ 1851: Theodor Bilharz, médico alemão, identifica
pela primeira vez o Schistosoma haematobium no
Cairo, Egito.

❑ 1852: Bilharz descreve os ovos do Schistosoma


mansoni nas fezes de um paciente.

❑ 1856: Patrick Manson, médico inglês, propõe que a


forma adulta do Schistosoma mansoni reside nas
veias mesentéricas do hospedeiro humano.

❑ 1908: Pirajá da Silva, médico brasileiro, identifica


pela primeira vez o Schistosoma mansoni no Brasil,
em Minas Gerais.
Morfologia
❑ O Schistosoma mansoni possui um
corpo alongado e fino, com cerca de 1
cm de comprimento.

❑ Sua morfologia é caracterizada por


uma forma espiculada, com um
espinho na extremidade anterior e um
canal ginecóforo na extremidade
posterior.

❑ Além disso, apresenta um sistema


reprodutivo complexo, com órgãos
sexuais diferenciados nos indivíduos
machos e fêmeas
Etimologia

❑ Schistosoma: Vem do grego "skhistos" (fenda) e "soma"


(corpo), significando "corpo fendido". Isso se refere à forma do
corpo desses parasitas, que é achatada e alongada.

❑ Mansoni: O nome é uma homenagem ao médico brasileiro Dr.


Samuel A. Mansoni, que foi um dos primeiros a descrever essa
espécie de parasita. A doença que ele descobriu foi chamada
de "esquistossomose mansônica" em sua homenagem.
Epidemiologia • Distribuição Geográfica: A esquistossomose é
encontrada em várias partes do mundo,
principalmente em regiões tropicais e
subtropicais da África, América do Sul, Caribe,
Oriente Médio e Ásia.
Hospedeiro intemediário

❑ Schistosoma mansoni, parasita que


tem no homem seu hospedeiro
definitivo, mas que necessita de
caramujos de água doce como
hospedeiros intermediários para
desenvolver seu ciclo evolutivo.

Caramujo espécie Biomphalaria spp.


Ciclo Biológico
Patologia-Esquistossomose ou barriga
d´água.

❑ É uma infecção transmitida pela


água contaminada por cercárias,
uma das fases do ciclo evolutivo
do Schistosoma mansoni.

❑ A doença caracteriza-se por uma fase


aguda e outra crônica quando os
vermes adultos, machos e fêmeas,
vivem nas veias mesentéricas ou
vesiculares do hospedeiro humano
durante seu ciclo de vida que dura
vários anos.
Ovos de Schistosoma
mansoni.
Sintomatologia
Dermatite por cercária: Em muitos casos, a
infecção inicial ocorre quando as larvas
cercárias penetram na pele humana durante o
contato com água contaminada. Isso pode
causar uma erupção cutânea pruriginosa
conhecida como dermatite cercariana.

Febre e Mal-estar: Nos estágios iniciais da


infecção, os pacientes podem apresentar
sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo
febre, calafrios, dores musculares e fadiga.

Sintomas Gastrointestinais: Com o tempo, os


vermes adultos podem se alojar no sistema
digestivo, causando sintomas como dor
abdominal, diarreia, náuseas, vômitos e perda
de apetite.
Hepatoesplenomegalia: A infecção crônica por
Schistosoma mansoni pode levar ao aumento do
fígado (hepatomegalia) e do baço (esplenomegalia),.

Hemorragia: A esquistossomose pode causar danos


aos vasos sanguíneos no sistema digestivo, resultando
em hemorragias gastrointestinais. Isso pode levar à
presença de sangue nas fezes.

Hipertensão Portal: Em casos graves de


esquistossomose, a hipertensão portal pode se
desenvolver devido à obstrução do fluxo sanguíneo
pelo fígado. Isso pode levar ao desenvolvimento de
varizes esofágicas, ascite e outras complicações.

Anemia: A infecção crônica por Schistosoma mansoni


pode causar anemia devido à perda de sangue crônica,
má absorção de nutrientes e destruição dos glóbulos
vermelhos.
Diagnóstico
❑ Exame de Fezes: O exame de fezes é frequentemente utilizado para detectar ovos de
Schistosoma mansoni.

❑ Exame de Urina: Em casos de infecção grave ou avançada, ovos de Schistosoma


mansoni podem ser encontrados na urina. O exame de urina pode ser realizado
utilizando técnicas de sedimentação para concentrar os ovos.

❑ Biópsia: Em casos de esquistossomose hepatoesplênica, em que há envolvimento do


fígado e do baço, a biópsia hepática pode ser realizada para detectar ovos de
Schistosoma mansoni nos tecidos.

❑ Exames Sorológicos: Testes sorológicos para detectar anticorpos específicos contra


Schistosoma mansoni podem ser úteis, especialmente em casos de infecção aguda ou
crônica. No entanto, esses testes podem não ser confiáveis para o diagnóstico
definitivo, pois os anticorpos podem persistir por um longo período após a infecção.

❑ Ultrassonografia: A ultrassonografia abdominal pode ser realizada para avaliar a


presença de complicações da esquistossomose, como fibrose hepática, esplenomegalia
e calcificações nos tecidos.
Tratamento

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