GEOHELMINTOS

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Profa.

Francine Coelho
Filo Classe Familía Gênero Espécies

Ascaris *A. lumbricoides

Ascarididae Toxocara *T. canis

Oxyuridae Enterobius **E. vermicularis

Strongyloididae Strongyloides *S. stercoralis

*A. duodenale

Ancylostomidae Ancylostoma *A. braziliense


Nematoda Secernentea
*A. caninum

Necator *N. americanus

Trichuridae Trichuris *T. trichiura

Wuchereria ***W. bancrofti

Onchocercidae Onchocerca ***O. volvulus

* Geohelminto, ** Domiciliar; ***Vetorial


GEOHELMINTOS
Ascaris lumbricoides
Trichuris trichiura
* Ancilostomídeos
Strongyloides stercoralis
GEOHELMINTOS
GEOHELMINTOS E AMBIENTE

Relação evolutiva entre os geohelmintos e o ambiente

Geohelmintos atingem a forma infectante depois de


passarem pelo menos 15 dias no solo com as seguintes
condições:
1. Temperatura entre 25°C e 30°C
2. Umidade mínima de 70%
3. Oxigenação
4. Sombreamento
FORMAS EVOLUTIVAS QUE PODEM
CONTAMINAR O AMBIENTE

OVOS
FORMAS EVOLUTIVAS QUE PODEM
CONTAMINAR O AMBIENTE

LARVAS
DISPOSIÇÃO DAS FORMAS NO AMBIENTE

FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO

PESSOAS PARASITADAS

FEZES NO AMBIENTE
Outras formas de veiculação dos ovos

• Vetores mecânicos

• Vento e poeira

• Contaminação da água de consumo e irrigação


Formas de veiculação das larvas

• Principalmente através da penetração pela pele e mucosa


Doença: Ascaridíase ou Ascaridiose;
Popularmente conhecido lombriga;
Ocorrência mundial – atingindo 30% da população;

Fêmea

Macho

Mede entre 20 e
Mede entre 30
30cm e possui
e 40cm e possui
extremidade
extremidade
posterior
posterior
recurvada
retilínea.
Habitat: Intestino delgado
humano ( jejuno e íleo);

Podem prender-se a
mucosa intestinal com
auxílio de seus fortes
lábios ou migrarem pela
luz intestinal;
Cada fêmea é capaz de ovipor 200 mil ovos/dia;

GEOHELMINTO
Ovos: são castanhos, ovais e grandes, medindo 50µm de
diâmetro podem ser férteis (com e sem membrana
albuminosa) e inférteis .
Monoxênico

Período: 60-90 dias


Ingestão de ovos contendo larvas filarióides ou L3

CONTAMINAÇÃO DO AMBIENTE

Falta de saneamento básico;


Disseminação pelo vento;
Disseminação por vetores mecânicos
Consumo de água e alimentos contaminados
Em crianças geofagia e mãos sujas
Estudo patogênico acompanha o ciclo biológico. A
intensidade da infecção está relacionada ao número
de formas parasitárias que o hospedeiro alberga.
Tosse com muco
Larvas: e catarro
sanguinolento -
com larvas.
Infecções leves: não há alteração;
Infecções maciças: lesões hepáticas e pulmonares

Focos hemorrágicos
Focos hemorrágicos
Necrose
Quadro pneumônico: febre, bronquite e
pneumonia (Síndrome de Loefler).
Adultos:

Infecções leves: 03-04 vermes não há alteração;


Infecções médias: 30-40 exemplares
Infecções Maciças: +100

1- Ação Espoliativa: consumo de proteínas, carboidratos,


lipídios e vit. A e C subnutrição e depauperamento
físico e mental;
2- Ação Tóxica: reação Ag-Ac edema, urticária,
convulsões e epilepsias.
3- Ação Mecânica: irritação e obstrução intestinal.
4- Localizações ectópicas: o helminto se desloca de seu
habitat normal podendo causar:

“ASCARIS ERRÁTICO”

• Apendicite aguda
• Pancreatite aguda
• Eliminação vermes pela
boca e narinas
Eliminação de vermes
pela boca e narinas

Obstrução intestinal
Clinico: não é eficaz;
Laboratorial: encontro de ovos nas fezes

Técnicas
Sedimentação espontânea e por centrifugação
Quantificação de ovos por Kato Katz

Saneamento básico;
Tratamento parasitados
Educação em saúde;
Mebendazole: 100mg/ 2x
dia – 3 dias (98% cura)

Albendazole: dose única


400mg (98% cura)

Ivermectina: dose única


200mg (100% cura)
TRICURÍASE
MORFOLOGIA

FÊMEA
MACHO
BIOLOGIA

1. HABITAT
• Vivem no intestino grosso;
• Cargas leves ou moderadas: ceco e o cólon ascendente;
• Cargas intensas: cólon distal, reto e porção distal do
íleo.

2. TRANSMISSÃO
• Ingestão de ovos embrionados com larva rabditóide ou
L1
Monoxênico
PATOGENIA

• A maioria dos indivíduos são assintomáticos.


• A gravidade depende da carga parasitária e fatores como idade
do hospedeiro, estado nutricional e a distribuição dos vermes
adultos no intestino.

 Infecção Leve: menor de 1.000 ovos/g de fezes


 Infecção Moderada: entre 1.000 e 9.999 ovos/g fezes
 Infecção grave: superior a 10.000 ovos/g fezes. (OMS)
• Infecções leves: assintomática ou sintomatologia intestinal
discreta.

• Infecções moderadas: dor de cabeça, dor epigástrica e no


baixo abdômen, diarréia, náusea e vômito.

• Infecções intensas (maciças): síndrome disentérica crônica –


(diarréia intermitente com abundancia de muco e,
ocasionalmente sangue), dor abdominal, tenesmo, anemia,
desnutrição grave (peso e altura abaixo do nível aceitável para
a idade). Pode ocorrer o prolapso retal
PROLAPSO RETAL
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Demonstração de ovos nas fezes: métodos


sedimentação espontânea, centrífugo
sedimentação e para método quantitativo Kato-
Katz

TRATAMENTO

Albendazol
Mebendazol
Ancylostoma duodenale
e
Necator americanus

Ancilostomíase Humana
Morfologia

Dois pares de dentes na


margem da boca

N. americanus: placas
cortantes na margem da boca
Morfologia
Macho
8 – 11mm (Ad)
5 – 9 mm (Na)

Fêmea

10 – 18mm (Ad)
9 – 11 mm (Na)

Bolsa copuladora
ou
Bursa copuladora
Morfologia – Ovo e Larva
Biologia e Ciclo Evolutivo

 Habitat: duodeno (intestino delgado);

 Ciclo biológico do tipo monoxênico;

Duas Fases

Vida livre: no ambiente;

Vida parasitária: no hospedeiro definitivo.


Ciclo Evolutivo
Vias de Transmissão

A. duodenale: penetram de larvas por via oral ou


transcutânea (IP/ IA);

 N. americanus: penetração de larvas por via transcutânea


(IA).
Patologia - Larvas

Pele: as dermatites quando não apresentam maiores


complicações, tendem a cessar dez dias após penetração;

Pulmão: pode ocorrer alterações pulmonares resultantes da


passagem das larvas, com tosse de longa ou curta duração e
febrícula.
Patologia - Adultos

Intestino: dor epigástrica, diminuição de apetite, indigestão,


cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulência, às vezes,
podendo ocorrer diarréia sanguinolenta.

A patogenia é diretamente proporcional ao número de parasitos


presentes no intestino delgado
 O principal sinal da ancilostomíase é a anemia causada pelo
hematofagismo exercido pelos vermes adultos;
A. duodenale : 0,05 a 0,3 ml/sangue/dia
N. americanus: 0,01 a 0,04 ml/sangue/dia
A anemia, leucocitose, eosinofilia e baixa taxa de hemoglobina,
várias mudanças fisiológicas e bioquímicas agravam o estado
orgânico do paciente.

A diminuição do apetite tem sido observada, e o apetite


depravado (síndrome de pica), principalmente por geofagia , é
um fenômeno freqüente.
Diagnóstico laboratorial

Exame de Fezes

 Método de sedimentação espontânea

 Método de centrífugo sedimentação

 Método de flutuação (Willis)

 Método Harada-Mori (coprocultura).


Profilaxia

 Saneamento básico (destino seguro as fezes humanas);

 Educação sanitária (lavar bem as mãos e alimentos,


consumir água filtrada ou fervida, uso de calçados e luvas);

 Suplementação alimentar (Fe) e proteínas;

 Tratamento dos parasitados;


Tratamento

Pamoato de pirantel;

Mebendazol;

Albendazol.

Em certos casos o paciente deve receber uma alimentação


suplementar, diária, rica em proteínas e, especialmente em Ferro.
O tratamento com sulfato ferroso pode ser também indicado,
dependendo do grau de anemia.
Strongyloides stercoralis

Estrongiloidíase
MORFOLOGIA

0,8 a 1,2mm 0,2 a 0,3 mm


1,7 a 2,5 mm 0,35 a 0,50 mm
0,7mm
Ciclo Evolutivo
Transmissão

 Hetero ou Primoinfecção: larvas filarióides PENETRAM


através da pele ou mucosa;

Auto-infecção Externa: larvas rabditóides presentes na


região perianal evoluem para filarióides e PENETRAM no
indivíduo (crianças e idosos que usam fraldas ou por falta de
higiene)

Auto-infecção Interna: ainda na luz intestinal as larvas


rabditóides evoluem para filarióides que PENETRAM na
mucosa intestinal (constipação intestinal e baixa imunidade)
Patogenia e Patologia

 Infecções leves: assintomáticos ou oligossintomáticos, mas


isso não significa ausência de ação patogênica e de lesões.

 Infecções maciças: formas graves, às vezes fatais -


relacionam-se com fatores intrínsecos.

Fatores intrínsecos: subalimentação com carência de


proteínas, ocorrência de diarréia e vômitos, alcoolismo
crônico, infecções parasitárias e bacterianas
associadas, comprometimento da resposta imunitária
natural e adquirida, intervenções cirúrgicas.
Patogenia e Patologia

As principais alterações na estrongiloidíase são


devidas à ação mecânica, traumática, irritativa , tóxica
e antigênica decorrente não só das fêmeas
partenogenéticas, mas também, das larvas e dos ovos.

Tais ações podem ser estudadas de acordo com a


localização no hospedeiro, sendo classificadas:
1. Cutâneas;
2. Pulmonares;
3. Intestinais;
4. Disseminada;
SINTOMATOLOGIA
 Dor epigástrica antes das refeições, que melhora com a
alimentação e piora com excesso;

 Diarréia em surtos;

 Náuseas e vômitos;

 Síndromes disentéricas com esteatorréia, seguidas de


desidratação, que podem levar a choque hipovolêmico, se
associados a vômitos;

 Emagrecimento e acentuado comprometimento do estado geral


do doente, muitas vezes fatal.
Diagnóstico

 Métodos parasitológicos diretos que exploram o

comportamento biológico da larvas, podem ser usados os

métodos de Baermann-Moraes e/ou de Rugai;

Pesquisa de larvas em secreções e outros líquidos orgânicos.


Profilaxia

 Evitar a presença de fezes humanas contaminadas no


solo;

 Melhoria das condições sanitárias ;

 Cuidado com hábitos higiênicos ;

 Higienização dos alimentos e filtragem da água;

 Uso de calçados e luvas quando em contato com solo.


Tratamento

 Tiabendazol

 Cambendazol

 Albendazol

 Ivermectina

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