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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Breve Contextualização Histórica da Filosofia

Ussene Augusto
Código: 708223265

Tutor: Lurcy Nguenha


Cadeira: Introdução a Filosofia
Ano de frequência: 2º ano

NAMPULA, ABRIL DE 2023


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Aspectos
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Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Conteúdo Contextualização (indicação 1.0
Introdução clara do Problema)
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objectivo do trabalho
Articulação e domínio do 2.0
Analise discurso académico
discussão (expressão escrita cuidada,
coerência/coesão textual)
Revisão bibliográfica 2.0
nacional e internacionais
relevantes na área de estudo
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho 1.0
gerais de letras, parágrafos
espaçamento entre letras.
Referencias Normas APA Rigor e coerência das 4.0
Bibliográficas 6a edição em citações/referências
citações e bibliográficas
bibliográfica
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 5

1.1. Objectivo Geral:............................................................................................................... 5

1.2. Objectivos Específicos: ................................................................................................... 5

1.3. Metodologias do Trabalho ............................................................................................... 5

2. Breve contextualização histórica da Filosofia ........................................................................ 6

2.1. As Epopeias ..................................................................................................................... 6

2.2. A Teogonia ...................................................................................................................... 7

3. Etapas da Filosofia Grega Clássica ........................................................................................ 8

4. Conclusão ............................................................................................................................. 10

5. Bibliografias ......................................................................................................................... 11
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1. Introdução
O presente trabalho aborda acerca da breve contextualização histórica da Filosofia, na qual vai
se abordar de uma forma detalhada sobre a passagem da Filosofia da fase mítica para fase
racional, as condições que levaram o surgimento da Filosofia e finalmente falaremos da Fase
ou etapas da Filosofia Clássica. Entretanto, os primeiros filósofos da humanidade foram os
gregos. Isso significa que, embora tenhamos referências de grandes homens na China
(Confúcio, Lao Tsé), na Índia (Buda), na Pérsia (Zaratustra), suas teorias ainda estão por
demais vinculadas à religião para que se possa falar propriamente em reflexão filosófica.
Porem, o processo pelo qual se tornou possível a passagem da consciência mítica para a
consciência filosófica na civilização grega, constituída por diversas regiões politicamente
autónomas. O presente trabalho de pesquisa apresenta os seguintes objectivos:

1.1. Objectivo Geral:


 Conhecer a contextualização histórica da Filosofia.

1.2. Objectivos Específicos:


 Compreender a passagem da Filosofia da fase mítica para a fase racional;
 Caracterizar as condições que levaram o surgimento da Filosofia;
 Descrever as fases ou etapas da Filosofia Clássica.

1.3. Metodologias do Trabalho


No que concerne aos procedimentos metodológicos, na elaboração deste trabalho aplicou-se
dois principais métodos, dentre eles, métodos de revisão da literatura e consulta a partir da
internet.

Contudo, o mesmo apresenta uma organização que obedece a seguinte estrutura: elementos
pretextais, de seguida a presente introdução que traz duma forma clara a menção dos aspectos
a serem destacados ao longo do trabalho, de seguida desenvolvimento, pois isto apresenta-se a
conclusão que traz duma forma sumaria os aspectos abordados ao longo do trabalho e
finalmente apresenta-se a referência bibliográfica que mostra as fontes consultas através da
qual foi possível compilar o trabalho.
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2. Breve contextualização histórica da Filosofia


De acordo com Rosa (2012) no período arcaíco surgiram os primeiros filósofos gregos, por
volta de fins do século VII a. C e durante o século VI a.C. alguns autores costumam chamar
de “milagre grego” a passagem do pensamento mítico para o pensamento crítico racional e
filosófico (p.36).

Segundo ALVES, et al (1997, p.67) o surgimento da racionalidade crítica foi o resultado de


um processo lento, preparado pelo passado mítico, cuja características não desapareceram na
nova abordagem filosófica do mundo, ou seja, o surgimento da filosofia na Grécia não é o
resultado de um salto, um “milagre”, realizado por um povo privilegiado, mas a culminação
de um processo que se fez através dos tempos e tem sua dívida com o passado mítico.

Algumas novidades surgidas no período arcaíco ajudaram a transformar a visão que o homem
mítico tinha do mundo e de si mesmo. São elas: a invenção da escrita, o surgimento da moeda,
a lei escrita, o nascimento da polis (cidade-estado), todas elas contribuiram para o surgimento
da filosofia (ALVES, et al 1997, p.67).

2.1. As Epopeias
Para MONDIN (1980) Os mitos gregos eram recolhidos pela tradição e transmitidos
oralmente pelos aedos e rapsodos. Era difícil conhecer os autores de tais trabalhos de
formalização, porque num mundo em que predomina a consciência mítica não existe a
preocupação com a autoria da obra, já que o anonimato é a consequência do colectivismo, fase
em que ainda não se destaca a individualidade. Além disso, não havia escrita para fixar o autor
e a obra (p.18).

Por esse motivo há controvérsia à respeito da época em que teria


vivido Homero, um desses poetas, e até se ele realmente teria existido.
É costume atribuir-lhe a autoria de dois poemas: Ilíada, que trata da
guerra de Tróia, e Odisséia, que relata o retorno de Ulisses a Ítaca,
após a guerra de Tróia (MONDIN 1980, p.18).

As epopéias tiveram uma função didáctica muito importante na vida dos gregos porque
descrevem o periodo da civilização micênica e transmitem os valores da cultura por meio das
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histórias dos deuses e antepassados, expressando uma determinada concepção de vida. Por
isso desde cedo as crianças decoravam passagens dos poemas de Homero.

De acordo ARANHA et al. (1993) com As acções heróicas relatadas nas epopéias mostram a
constante intervenção dos deuses, ora para auxiliar um protegido seu, ora para perseguir um
inimigo. O homem homérico é presa do Destino (Moira), que é fixo, imutável e não pode ser
alterado. O herói vive na dependência dos deuses e do destino, faltando a ele a nossa noção de
vontade pessoal, de livre-arbítrio. Mas isso não o diminui diante dos homens comuns. Ao
contrário, ter sido escolhido pelos deuses é sinal de valor e em nada tal ajuda desmerece a sua
virtude (p.23).

A virtude do herói se manifesta pela coragem e pela força, sobretudo no campo de batalha, na
assembléia, no discurso e no poder de persuassão. Assim, a noção de virtude não deve ser
confundida com o conceito moral de virtude, mas como excelência, superioridade, alvo
supremo do herói. Trata-se de virtude do guerreiro belo e bom.

2.2. A Teogonia
Segundo MONDIN (1980) Hesíodo, outro poeta que teria vivido no final do século VIII e
principio do século VII a. C., produz uma obra com características que apontam para a época
que se vai iniciar a seguir, com particularidades que tendem a superar a poesia impessoal e
colectiva das epopeias (p.19).

De acordo com LOPES (1977, p.35) a palavra Teogonia vem do grego: teo, que significa
Deus; gonia, que significa: origem; a teogonia reflecte sobre a preocupação com a crença dos
mitos. Nela Hesíodo relata as origens do mundo e dos deuses, e as forças que surgem não são
a pura natureza, mas sim as próprias divindades: Gaia é a Terra, Urano é o Céu, Cronos é o
Tempo, surgindo ora por segregação, ora pela intervenção de Eros, princípio que aproxima os
opostos.
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3. Etapas da Filosofia Grega Clássica


De acordo com Vicente (1998, p.50) no decorrer dos séculos, a Filosofia teve um conjunto de
preocupações, perguntas e interesses que lhe vieram de nascimento na Grécia. Para isso,
devemos primeiro conhecer os principais períodos da Filosofia grega que definiram os
campos de investigação filosófica na Antiguidade. A história da Grécia costuma ser dividida
pelos historiadores em quatro fases ou épocas:

 Época da Grécia Homérica - correspondente aos 400 anos narrados pelo poeta
Homero, em seus dois grandes poemas, Ilíada e Odisséia;
 Época da Grécia arcaica ou dos sete sábios - do século VII ao século V a. C, quando
os gregos criam cidades como Atenas, Esparta, Tebas, Mégara, Samos, etc., e
predomina a economia urbana, baseada no artesanato e no comércio;
 Época da Grécia clássica - nos séculos V e IV a. C, quando a democracia se
desenvolve, a vida intelectual e artística no apogeu e Atenas domina a Grécia com seu
império comercial e militar;
 Época helenística - a partir do final do século IV a. C., quando a Grécia passa para o
poderio do império de Alexandre da Macedônia e, depois, para as mãos do Império
Romano, terminando a história de existência independente.

De acordo com REALLE & ANTISERI (1990) Os períodos da filosofia não correspondem
exactamente a essas épocas, já que ela não existe na Grécia Homérica, e só aparece nos
meados da Grécia arcaica (p.26). O apogeu da Filosofia acontece durante o apogeu da cultura
e da sociedade gregas; portanto, durante a Grécia clássica. Os quatro grandes perodos da
Filosofia grega, nos quais seu conteúdo muda e se enriquece são:

a) Período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final do século V a.


C., quando a Filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as
causas das transformações na Natureza.
b) Período socrático ou antropológico, do final do século V e todo o século IV a. C.,
quando a Filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as
técnicas ( em grego, antropos quer dizer homem; por isso o período recebeu o nome
de antropológico).
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c) Período sistemático, do final do século IV ao final do século III . C., quando a


Filosofia busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a
antropologia, interessando-se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objecto de
conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações
estejam firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e da Ciência.
d) Período helenístico ou greco-romano, do final do século III a. C. até o século VI
depois de Cristo. Nesse longo período, que já alcança Roma e o pensamento dos
Padres da Igreja, a Filosofia se ocupa sobretudo com as questões da ética, do
conhecimento humano e das relações entre o homem e a Natureza e de ambos com
Deus (REALLE & ANTISERI, 1990).
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4. Conclusão
Depois de ter-se feito o presente trabalho de pesquisa conclui-se que o surgimento da
racionalidade crítica foi o resultado de um processo lento, preparado pelo passado mítico, cuja
características não desapareceram na nova abordagem filosófica do mundo, ou seja, o
surgimento da filosofia na Grécia não é o resultado de um salto, um “milagre”, realizado por
um povo privilegiado, mas a culminação de um processo que se fez através dos tempos e tem
sua dívida com o passado mítico.

Conclui também que a história da Grécia costuma ser dividida pelos historiadores em quatro
fases ou épocas que são: época da Grécia Homérica, época da Grécia arcaica ou dos sete
sábios, época , da Grécia clássica e época helenística.
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5. Bibliografias
ALVES, Fátima et al. A Chave do Agir - Introdução à Filosofia 10º Ano, Texto editora,
Lisboa, 1997

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda et al. Filosofando. Introdução à Filosofia; 2ª edição, S.


Paulo, 1993

LOPES, João. Introdução à Filosofia 2, Didáctica editora; Lisboa, 1977

MONDIN, B. Introdução à Filosofia; Problemas, Sistemas, Obras; 7ª edição, edições


Paulinas, S. Paulo, 1980

REALLE, Giovanni; ANTISERI, Dário. História da Filosofia, Vol I; editora Paulus, S.Paulo,
1990
ROSA, António Luís; Introdução à Filosofia, Universidade Católica de Moçambique
(UCM) -Centro de Ensino à Distância (CED), Beira 2012.

VICENTE, J. Neves. Razão e Diálogo, Introdução à Filosofia 10º Ano, Porto editora, Porto, 1998.

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