Resumo de Cirurgia - (N1)

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Resumo- N1

Cirurgia Bucal

Avaliação Clínica

“Uma avaliação clínica e laboratorial adequada é feita mediante procedimentos


clínicos básicos como anamnese e o exame físico aliados a exames
complementares.”

Uma ficha padrão possui dados bibliográficos, queixa principal e sua história,
história média (familiar e social), revisão dos sistemas, exames físicos e
laboratoriais, e radiografias.

Dados básicos

A história de saúde envolve aspectos como:


✓ Hospitalizações, cirurgias, traumatismos e doenças sérias
✓ Doenças recentes e sintomas
✓ Medicações em uso e alergias
✓ Descrição de hábitos e vícios
✓ Data e resultado do último exame realizado
Obs.: Caso o paciente não saiba informar o nome das medicações que faz uso, ele poderá
levar a caixa na próxima consulta.

O profissional deve realizar questionamentos acerca de comorbidades que o


paciente possa ter, já que afetará na forma de tratamento, tipo de medicação, pós-
operatório e nos riscos.

• Distúrbios cardíacos: angina, infarto cardíaco, sopro cardíaco, doença


cardíaca reumática e hipertensão
• Distúrbios hematológicos: desordens sanguíneas e uso de anticoagulantes
• Desordens respiratórias: asma, doença pulmonar e tuberculose
• Infecções: hepatite e DSTs

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Resumo- N1

Revisões de Rotina

Constitucionais Febre, suores, perda de peso, fadiga, mal estar e perda de


apetite
Cabeça Cefaleia, vertigem, desmaio e insônia
Ouvidos Diminuição da audição, tunido e dor
Olhos Embaçamento, visão dupla, lacrimejamento em excesso, secura
e dor
Nariz e seios Rinorreia, epistaxe, dificuldade de respirar, dor e alteração de
olfato
Área da ATM Dor, barulho e limitação de movimento
Sensibilidade ou dor dentária, úlceras, problemas de fala, mal
Oral hálito, restaurações ausentes, infecção de garganta e ronco alto
Pescoço Dificuldade de deglutir, alteração na voz, dor e áreas
endurecidas

Exame Físico

Inspeção

Cabeça e Face Ouvidos


Formato geral, simetria e distribuição Reação normal aos sons
de pelos
Olhos Nariz
Simetria, tamanho, reatividade das
pupilas, cor da esclera e conjuntiva, Septo, mucosa e permeabilidade
movimentação e teste de visão

Palpação

ATM Oral
Crepitação e sensibilidade Glândulas salivares, soalho de boca,
lábios e músculos da mastigação
Pescoço

Tamanho da tireoide e linfonodos

Percussão
Oral------→ Dentes

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Resumo- N1

Auscultação

ATM Pescoço
Cliques e crepitação Sopro carotídeo

Sinais Vitais

Antes de realizar procedimentos é necessários ter conhecimento dos sinais vitais


do paciente para manter a segurança do indivíduo durante a realização do
tratamento.

Sinais Vitais Pulso, pressão sanguínea, frequência respiratória e temperatura.


Pulso
• Avaliação da frequência cardíaca em repouso
• Atenção a harmonia e regularidade dos batimentos
• 72 batimentos/min (60-100 batimentos/min)
• Verificação radial e carotídea
Obs.: A ansiedade pré-procedimento pode desencadear um pulso mais acelerado, É
importante verificar o pulso do paciente antes e no dia do procedimento.

Pressão sanguínea
• Baseia-se nas vibrações produzidas pelo sangue na passagem pelas artérias
• Primeiro ruído audível Pressão sistólica
• Último ruído audível Pressão diastólica
Normal 120/80 mmHg
Controlada Até 140/até 90
Hipertensão leve 140-160/90-105
Hipertensão moderada 160-170/105-115
Hipertensão grave 170-190/115-125
Hipertensão maligna 190+/125+

Frequência respiratória
• Contagem da subida e descida do tórax por 1 minuto
• Observar chiados e dificuldade respiratória
• 16 a 18 respirações

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Temperatura
• Pacientes com suspeita de infecções
• Nos EUA o termômetro é colocado na boca
• Normal quando está 37°C
• 37,7°C ou mais é considerado significativo

Obs.: Aproximadamente 90% das emergências podem ser evitadas com a realização do
exame físico.

Alterações Sistêmicas

Problemas cardiovasculares Desordens hepáticas


Hipertensão Arterial Desordens endócrinas
Problemas Respiratórios Distúrbios de sangramento ou
coagulação
Alterações renais Desordens neurológicas
Gestação

Problemas cardiovasculares

Angina Pecturis

• Sintoma
• Doença isquêmica: que apresenta um fluxo sanguíneo e de oxigênio
inadequado em certa região
• Dor na região subesternal: irradia para o ombro e braço esquerdo e região
mandibular
• Náuseas, sudorese e bradicardia Atividade vagal
• Usar protocolo de redução de ansiedade
• Os sinais vitais devem ser monitorados
• Evitar administrar mais de 4ml de Anestésico com Adrenalina 1:100,000

O controle da ansiedade é extremamente importante durante o processo.

“Quanto maior for o risco clínico de um paciente, mais importante se torna o


controle eficaz da ansiedade e da dor”

- Princípio de Bennett

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Resumo- N1

Para identificar um paciente com ansiedade basta estar atento e observar sinais,
como:
• Inquietude
• Dilatação das pupilas
• Palidez
• Sudorese
• Aumento da frequência respiratória
• Palpitação cardíaca
• Sensação de formigamento

A causa dessa ansiedade pode ser dada por diversos fatores, como experiencias
negativas, visão da paramentação do profissional, visão do instrumental em
bancada, ato de anestesia, vibração, sons, movimentos bruscos do profissional, e
a sensação inesperada de dor.

Formas de Controle Controle verbal, métodos de distração e medicamentos.

Benzodiazepínicos

Esses medicamentos são hipnóticos e ansiolíticos, que apresentam ainda atividade


anticonvulsivante, relaxante muscular e amnésica.

✓ Facilitam a ação do Gama-aminobutírico


✓ Abertura dos canais de CL dos neurônios
✓ Agem como se fossem ansiolítico natural
✓ Potencializam os efeitos inibitórios do GABA Seguro
Obs.: Além da sua proposta ansiolítica, eles promovem redução do fluxo salivar, do
reflexo do vômito, o relaxamento da musculatura, a manutenção da pressão arterial e
controla distúrbios convulsivos.

Após o uso, deve-se estar atento aos efeitos colaterais, inclusive para a liberação
do paciente.

▪ Sonolência
▪ Efeitos paradoxais Crianças e idosos
▪ Amnésia anterógrada
▪ Leve redução no volume do ar e volume da respiração
▪ Alucinações ou fantasias sexuais
▪ Uso prolongado pode gerar dependência química

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Cuidado no uso em alguns casos


Pacientes tratados com outros fármacos depressores do sistema nervoso
Portadores de doença respiratória de grau leve
Portadores de doença hepática ou renal
Portadores de insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
Gestantes (2º trimestre)
Durante a lactação

Dosagem
Nome genérico Dosagem para Dosagem para Dosagem para
adultos crianças Idosos
Diazepam 5-10 mg 5 mg 0,2-0,5 mg/kg
Lorazepam 1-2 mg 1 mg Não recomendado
Alprazolam 0,5-0,75 mg 0,25-0,5 mg Não recomendado
Midazolam 7,5-15 mg 7,5 mg 0,25-0,5 mg/kg
Triazolam 0,125-0,25 mg 0,06-0,125 mg Não recomendado

Fitoterápicos outra alternativa para o controle da ansiedade

➔ Valeriana Officinalis----------- 100 mg 1h antes em 70-75%


➔ Passiflora Incarnata----------- 260 mg/90min

Infarto do miocárdio
• A isquemia resulta na morte celular
• Área necrótica tecido fibroso
• Deve-se adiar os procedimentos cirúrgicos por um período de 6 meses
depois que o paciente sofreu o infarto existe a chance de durante esse
tempo ele sofrer um novo infarto se submetido a uma situação de estresse
• Atenção ao uso de drogas anticoagulantes depois do infarto consultar o
médico para saber se mantem a mesma dosagem
• Realizar aspiração durante utilização de AL

Obs.: A principal diferença é que a angina é um estreitamento do vaso sanguíneo de


coração, enquanto o infarto é a obstrução total de um vaso por um coágulo, causando a
morte das células de uma região do musculo.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Arritmia
• Histórico de doença cardíaca isquêmica
• Limitar dose total de adrenalina (vasoconstritor) Usar no máximo 2 tubetes
de anestésico local com vasoconstritor
• Verificar a presença ou não de marcapasso
• Principais sintomas: dor torácica, desmaio, palpitações, vertigem, tontura,
palidez, falta de ar e sudorese.

Enxerto vascular na artéria coronariana (By pass)


• Tratamento similar ao IM
• Geralmente tem história de angina e IM
• Utilizar protocolo de redução de ansiedade

Angioplastia coronariana
• Utilização de balões nas artérias coronárias
• Realizar teste de esforço
• Não há necessidade de se aguardar 06 meses para procedimentos
cirúrgicos.

Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)


• Incapacidade do miocárdio por causa de uma alteração patológica que gera
sobrecarga
• Aumento do volume do coração com edema
• Bombeamento menos eficiente Retorno venoso para leitos vasculares
pulmonar, hepático e mesentérico
• Gera edema pulmonar, disfunção hepática e comprometimento da absorção
de nutrientes
• Sintomas: Ortopneia (falta de ar), dispneia noturna paroxística e edema de
tornozelos
• Tratamento odontológico normal
• Verificação do uso de medicamentos crônicos
• Evitar deitar muito a cadeira em pacientes com ortopneia
• Pacientes não compensados deve-se postergar o tratamento cirúrgico.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Profilaxia Antibiótica para EC


Há alguns problemas cardíacos que são propensos a ter um tipo de infecção,
que é a Endocardite Bacteriana. Por isso, deve ser realizado uma profilaxia
antibiótica.
✓ Válvula cardíaca protética
✓ Malformações congênitas
✓ Doença valvular reumática
✓ Doença valvular degenerativa
✓ Estenose subaórtica hipertrófica idiopática
✓ Prolapso da válvula mitral com insuficiência cardíaca
✓ Episódios prévios de endocardite bacteriana

Indicações Fármaco de dosagem Administração


Esquema padrão Amoxicilina 2 g 1h antes por via oral
Pacientes alérgicos Clindamicina 600 mg 1h antes por via oral
Amoxicilina 50 mg/kg 1h antes (nunca
Esquema pediátrico Clindamicina 20 mg/kg exceder a dose do
altuto)

Hipertensão Arterial

Leve a moderada
• Sistólica > 140 Diastólica > 90
• Recomendar tratamento médico da hipertensão
• Monitorar a pressão sanguínea do paciente Evitar mais de 0,04 mg de
adrenalina
• Usar protocolo de redução de ansiedade
• Evitar alterações posturas bruscas nos pacientes (levantar-se rápido)
• Evitar a administração intravenosa de soluções que contenham sódio

Grave
• Sistólica > 200 Diastólica > 120
• Adiar o tratamento odontológico eletivo até que a hipertensão esteja
controlada
• Considerar encaminhamento do paciente para um cirurgião oral e
maxilofacial a fim de solucionar os problemas de emergência.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Problemas pulmonares
Asma
• É o estreitamento das vias aéreas menores causando sibilos e dispneia
• Pode ser estimulado por fatores químicos, infecciosos, imunológicos,
emocionais ou uma combinação
• Deve-se questionar sobre fatores desencadeantes, frequência, gravidade e
medicamentos em uso
• Alergias induzidas por AINES
• Casos graves uso de broncodilatadores e corticoides
• Deve-se adiar a cirurgia em casos de infecções do trato respiratório e sibilos
• É seguro administrar óxido nitroso
• Durante o ato cirúrgico deve ter adrenalina para situações de emergência e
a bomba de inalação
• Profilaxia para insuficiência adrenal

Doença pulmonar obstrutiva crônica


• Adiar o tratamento até controlar a doença
• Auscultar o tórax bilateralmente
• Utilizar protocolo de redução da ansiedade Cuidado na dosagem para
evitar o uso de depressores respiratórios
• Suplementação de oxigênio
• Verificar o uso crônico de corticoides verificar se o paciente tem
insuficiência adrenal pelo uso desse medicamento
• Manter o inalador contendo broncodilatador
• Monitorar as taxas respiratórias e cardíacas (oxímetro)
• Marcar cirurgia durante o turno da tarde para permitir a eliminação de
secreções

Problemas renais

Diálise Renal
• Presença de fistula arteriovenosa Administração de heparina
• Realizar a cirurgia no dia seguinte a dialise para haver a metabolização=
da heparina e melhorar o estado fisiológico
• Evitar drogas nefrotóxicas AINES
• Observa-se aparência alterada do osso Hiperparatireoidismo

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Desordens Hepáticas
Diminuição da função hepática
• Pode ser causada por doença infecciosa, abuso de álcool, congestão
vascular ou biliar
• Principal sinal Icterícia
• Evitar uso de drogas que requeiram metabolismo ou excreção hepática
• Doença hepática grave podem ter desordens de sangramento, pedindo
exames de sangue para verificação

Desordens Endócrinas
Diabetes mellitus
Grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia em resultado da
deficiência na secreção de insulina, na sua ação, ou em ambos.
• Insulinos-dependentes
✓ Crianças ou adolescentes
✓ Produção deficiente de insulina incapacidade de utilização da
glicose
✓ Glicosúria, poliúria e polidipsia
✓ Produção de corpos cetônicos quebra de gordura
• Não Insulinos-dependentes
✓ Adultos
✓ Produzem insulina, mas em quantidade insuficiente
✓ Exacerbada pela obesidade
• Adiar a cirurgia até o controle da doença
• Agendar as consultas para o início da manhã
• Evitar consultas longas
• Utilizar o protocolo de redução da ansiedade evitar técnicas de sedação
profunda
• Monitorar pulso, respiração e pressão sanguínea antes, durante e após a
cirurgia
• Manter contato verbal com o paciente durante a cirurgia
• Consultar o médico caso haja questão sobre ajuste de dosagem da insulina
• Estar atento aos sinais de hipoglicemia hipotensão, fome, sonolência,
náusea, taquicardia, alteração de humor
• Tratar infecções agressivamente

Obs.: Pacientes diabéticos controlados não são mais suscetíveis a infecção do que os
pacientes normais.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Hipertireoidismo
• Excesso de Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4)
• Sinais e sintomas: cabelos finos e quebradiços, hiperpigmentação da pele,
sudorese excessiva, taquicardia, perda de peso, instabilidade emocional e
exoftalmia
• Atendimento normal em pacientes com a doença controlada
• Limitar a quantidade de adrenalina utilizada

Hipotireoidismo
• Sintomas: fadiga, constipação, ganho de peso, rouquidão, cefaleia,
artralgias, distúrbio menstrual, edema, pele ressecada e cabelo e unhas
quebradiças.

Desordens Hematológicas
Coagulopatias hereditárias
• Geralmente são relatadas pelo paciente
• Necessário realização de exames laboratoriais TP, TTP, INR
• Suspeita de Coagulopatias devem ser encaminhadas ao médico
• Plaquetopenia
✓ Quantitativo ou qualitativo
✓ Pacientes com baixa contagem de plaquetas crônicas Transfusão
de plaquetas (< 20,000)
• Anestesia local tem que ser mais infiltrativas bloqueio tem maior chance
de atingir vasos e haver sangramento

Desordens Neurológicas
Convulsão
• Investigação da história frequência, tipo, duração e sequelas
• Etiologia abstinência de álcool, febre alta, hipoglicemia, dano cerebral por
trauma e idiopáticas.
• Adiar a cirurgia até o controle total da desordem
• Usar protocolo de redução da ansiedade

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Gestação
• Adiar a cirurgia até o parto
• Consultar o obstetra da paciente se a cirurgia não puder ser adiada
• Evitar radiografias a menos que sejam necessárias para a avaliação do caso
Utilização do avental de chumbo
• Evitar o uso de drogas com efeito teratogênico
• Utilizar anestésico local quando for necessária anestesia
• Evitar a posição supina por longo período prevenindo a compressão da
veia cava
• Permitir que o paciente vá com frequência ao banheiro

Evitar o uso de:


➔ Ácido acetilsalicílico
➔ AINES
➔ Carbamazepina
➔ Hidrato de cloral
➔ Clorodiazepóxido
➔ Corticoidesteroides
➔ Diazepam (benzodiazepínicos de modo geral)
➔ Morfina
➔ Fenobarbital
➔ Tetraciclina

Sem efeitos clínicos aparentes em bebês Efeitos clínicos potencialmente perigosos


amamentados em bebês amamentados
Acetaminofeno Ampicilina
Anti-histamínico Aspirina
Cefalexina Atropina
Codeína Barbitúricos
Eritromicina Hidrato de Cloral
Fluoreto Corticoidesteroides
Lidocaína Diazepam
Meperidina Metronidazol
Oxacilina Penicilina
Pentazocina Tetraciclina

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Biossegurança em Cirurgia Oral

Introdução

Durante o procedimento de cirurgia oral, o cirurgião-dentista, o auxiliar e o paciente


estão expostos a enfermidades que podem ser transmitidas por vários veículos de
contaminação. Por isso, a biossegurança é muito importante para evitar infecções
cruzadas durante o trabalho.

Exposição CD e pacientes
Viroses, Hepatite B, Hepatite C, AIDS, Herpes e COVID-19

Contágio
Peças de mão e Seringa tríplice

Medidas de controle de infecção


Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), Esterilização de instrumental,
Desinfecção de equipamento e do ambiente, Antissepsia da cavidade oral etc.

O que é a Biossegurança?

Ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação dos fatores de


riscos, visando a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio
ambiente e a qualidade dos resultados.

Terminologias

Antissepsia
Intraoral procedimento feito por bochecho com clorexidina 0,12% para controlar
o número de microrganismos.
Extraoral preparação do paciente ou com iodo ou com clorexidina 2%no
ambiente externo da boca.

Obs.: A antissepsia extraoral é feita para que a luva estéril não seja contaminada ao
encostar na boca do paciente, levando microrganismos ao meio interno.

Essa antissepsia é feita utilizando uma gaze estéril, contendo o iodo ou a clorexidina,
que estará presa a pinça pean, e será passada sobre a superfície externa.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Artigos
Os artigos são os instrumentos utilizados em ambiente cirúrgico que podem servir
como veículo de contaminação.
Artigos Críticos que rompem barreiras ela penetração na pele ou em
mucosas (são esterilizáveis ou de uso único)
Artigos descartáveis são os que perdem suas características originais e
devem ser descartáveis
Artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com mucosas
íntegras e exigem que sejam pelo menos desinfectados.

Assepsia
A assepsia são medidas utilizadas para promover a completa destruição dos
microrganismos presentes nos instrumentais e nos materiais.
➔ Lavagem + Esterilização

Barreiras
É o meio físico utilizado para impedir ou dificultar a contaminação de um indivíduo
para o outro.
➔ Deve-se ter atenção para a sequência de paramentação a fim manter a
cadeia asséptica.

Biofilme
O biofilme é uma camada de microrganismos aderida a uma superfície. Por essa
razão deve-se ter atenção a contaminação por essas bactérias.

Descontaminação
Processo de redução, sem eliminação completa, de microrganismos que ficam no
instrumental ou em superfícies com a presença de matéria orgânica.
➔ A descontaminação tornam essas superfícies e materiais mais seguros

Degermação
É um tipo de antissepsia que irá remover ou reduzir os microrganismos, detritos e
impurezas da pele.

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➔ Ou por limpeza mecânica com sabões, detergentes e escovagens, ou por


agentes químicos antissépticos

Desinfecção
É a destruição de alguns microrganismos patógenos na qual alguns esporos podem
não ser eliminados totalmente.
➔ Realizada em: pisos, paredes, superfície dos equipamentos, moveis e
utensílios sanitários
➔ Níveis: alto, intermediário e baixo

EPI
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), são indispensáveis durante o
atendimento odontológico em geral.

✓ Óculos ✓ Gorros
✓ Máscara ✓ Capote cirúrgico
✓ Face Shield ✓ Sapato fechado
✓ Propés

Esterilização
É a eliminação total dos microrganismos, destruindo esporos e vírus mais
resistentes.
➔ Realizada em instrumentos e aparatos cirúrgicos
➔ Pode ser feita por processos químicos ou físicos

Infecção
É o processo de invasão de microrganismos no hospedeiro, podendo ou não haver
a manifestação de doença.
➔ A sua origem pode ser endógena ou exógena

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Resumo- N1

Infecção Cruzada Infecção Direta


Agente infeccioso é passado de um Agente infecciosos transmitido do CD
paciente a outro por meio de: ou equipe para o paciente, ou o inverso.
✓ Mãos dos dentistas Acontece por meio de:
✓ Sua equipe ✓ Instrumentos contaminados
✓ Equipamento e instrumental ✓ Secreções orgânicas
contaminado

Obs.: Os EPIs também podem facilitar a infecção

Procedimentos críticos e semicríticos


Procedimentos críticos são todos os procedimentos que têm a presença de
secreções, como sangue, pus, ou matéria orgânica contaminada pela perda de
continuidade de qualquer tecido.
Procedimentos semicríticos são aqueles em que existe a presença de secreção
orgânica sem a descontinuidade dos tecidos.

Sépsis
É o colapso dos tecidos vivos pela ação dos microrganismos, portanto apenas a
presença daquele microrganismo não caracteriza um estado séptico.
➔ É uma resposta tóxica do organismo a uma infecção grave.

Virulência
A virulência é uma característica de um microrganismo, que define a sua
capacidade patogênica.

Medidas de proteção da equipe odontológica

Essas medidas consistem no controle de infecção no consultório odontológico para


a proteção do paciente e da equipe contra doenças infectocontagiosas.
Medidas: anamnese, EPIs, procedimento de lavagem de mãos, calçamento de
luvas, medidas de desinfecção e esterilização de materiais.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Resumo- N1

EPIs

Luvas Máscaras
- Uma das barreiras mais importantes - N95
- Uso obrigatório em procedimentos - Proteção das vias áreas superiores
críticos e semicríticos - Áreas restritas ou semi-restritas
- Descartáveis exigem o seu uso
- Não dispensa degermação - Deve ser descartada
Gorro Sapato fechado e propés
- Uso tanto para o CD quanto para o - Proteção contra acidentes
paciente perfurocortantes
- Prevenção de provável contaminação - Propés são de uso único e apenas na
por microrganismos e por área do atendimento
macrorganismos
Óculos e Face Shield Jaleco
- Melhor meio de proteção para os - Mangas longas
olhos - Elástico nos punhos
- Deve ser usado para o CD, auxiliar e - Joelhos cobertos
paciente - Algodão ou polipropileno
- Após o uso deve ser realizado - Durante atendimento
desinfecção nos óculos. - Transporte em saco plástico fechado
Capote cirúrgico

- Usado para a realização de procedimentos críticos


- Estéril
- Vestido sobre o SCRUB
- Uso único

Sequência de preparação

1. Scrub- gorro- máscara- óculos- faceshield


2. Degermação- capote- luvas cirúrgicas
Campos cirúrgicos de mesa
➔ Os campos cirúrgicos de mesa podem ou não serem
descartáveis
➔ Impermeáveis ou de dupla camada
➔ Deve exceder 30cm o tamanho das mesas nas laterais

Campos cirúrgicos para o paciente


➔ Campo simples
➔ Sua área de cobertura envolve cabeça e tórax

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Resumo- N1

➔ Deve exceder 30cm nas laterais da cadeira


odontológica

Campos protetor da caneta das peças de mão


➔ São utilizadas para cobrir a mangueira das peças de
mão
➔ Também utilizada na alta rotação

Procedimento de lavagem das mãos

➔ Lavagem feita antes e após o contato com o paciente, instrumental e artigos


contaminados
➔ Deve ser seguido um protocolo de lavagem
➔ As unhas devem estar devidamente cortadas
➔ A lavagem tem o objetivo de reduzir a flora bacteriana, assim como resíduos,
sujeiras, pelos e células descamadas
➔ Antes de qualquer higienização das mãos deve-se remover qualquer tipo de
adorno.

Técnica de degermação das mãos para procedimentos críticos


➔ Uso de solução degermante (polivinilpirrolidona 10% ou Clorexidina 2%)
➔ Escova plástica estéril
➔ Tempo não deve ser inferior a 5 minutos

Passos
1-Retirar todos os adornos 10-Iniciar do dedo mindinho até o
2-Posicionar-se próximo a pia polegar
3-Não tocar na pia com o corpo 11-Escovar todos os dedos nas faces
4-Abrir a torneira com o cotovelo palmares e dos lados
5-Umedecer as mãos e os antebraços 12-Todas as regiões serão escovadas
com água corrente 25x
6-Colocar quantidade suficiente de 13-O dorso da mesma mão será
degermante das mãos e espalhar pelo escovado
antebraço 14-Escovar o antebraço com
7-Iniciar a escovação pela mão movimentos de vai e vem no punho até
dominante a prega de flexão (face anterior, laterais
8-Escovar todas as unhas dessa mão e dorso)
com movimentos de vai e vem (50x) 15-Mudar a escova para a outra mão e
9-Escovar a palma da mão inteira indo repetir a mesma sequência
da ponta dos dedos até o ínicio do 16-Descartar a escova
punho 17-Enxarguar dedos, mãos e antebraço

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Resumo- N1

Como vestir o capote cirúrgico


➔ Deve-se pegar o capote pela gola com o indicador e o polegar, levantá-lo e
vesti-lo sem tocar em mais nada
➔ O auxiliar deve ajudar na vestimenta e amarração

Técnica de calçamento das luvas cirúrgicas

Passos
1. O auxiliar abre a embalagem externa pelas abas e dispensa o envelope na
mesa (coberta pelo campo estéril)
2. O CD desembala as luvas cuidadosamente sem tocar na superfície
externa
3. Pega-se uma das luvas pelo punho, com a aba dobrada no lado externo,
que é calçada pela mão oposta
4. Com a mão já calçada, pega-se a outra luva pelo punho, com a aba
dobrada para o lado interno.
5. Após as duas luvas calçadas, pode-se ajustar os dedos e cobrir o punho
do avental com a luva
6. Deve-se manter as mãos elevadas sem tocar em nada que não seja estéril

Preparo do paciente
Preparo da pele e boca pelo processo de antissepsia, profilaxia e colocação dos
EPIs e campos estéreis

Antissepsia
➔ Para procedimentos semicríticos deve ser realizado apenas o preparo da
cavidade oral
➔ Para procedimentos críticos deve ser realizado o preparo intra e extra oral

Boca
➔ Tem como objetivo a redução da carga microbiana
➔ Deve ser realizada a escovação dental ou profilaxia com substâncias
antissepticas (clorexidina 0,12%)

Extraoral
➔ Clorexidina 2%
➔ Realizada em toda a região perioral, nariz, e início da região cervical
➔ Forma sistematizada

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Resumo- N1

Passos
1-Lavagem do rosto com água e sabão 10-Movimentos circulares na região
2-Auxiliar prepara a gaze montada peribucal, sem voltar com a gaze na
3-Gazes na mão oposta devem ficar mesma região
presas entre os dedos da mão 11-Despreza-e a gaze usada e coloca-
4-Gaze embebida de solução se uma nova na pinça
degermante 12-Repete-se a manobra até cobrir
5-Delimitação do campo para a toda a área
degermação (na cirurgia oral o limite é 13-Finaliza-se com o encampamento
abaixo dos olhos até a altura da do paciente
clavícula) 14-Escovar o antebraço com
movimentos de vai e vem no punho até
a prega de flexão (face anterior, laterais
e dorso)

Métodos de redução do número de microrganismos em uma superfície


Físicos: calor, deslocamento mecânico e radiação
Químico: antissépticos. desinfetantes e gás óxido de etileno

Descontaminação
Após o atendimento deve haver a submissão os instrumentais ao processo de
descontaminação.

Descontaminação (cuidados com os métodos manuais):


➔ Fricção manual com escovas ou esponjas embebidas em substância
específica
➔ Pressão de jato de água com temperaturas elevadas
➔ Imersão completa do instrumental em solução desinfetante

Técnicas de descontaminação- Pré-lavagem dos instrumentais


➔ Facilita a remoção de partículas impregnadas na superfície do instrumental
➔ Instrumental com articulações (fórceps) devem ser mantidos abertos

Técnicas de descontaminação- Aparelho de US


➔ Constituídos por osciladores piezoelétricos
➔ Instrumental fica imerso em solução desencrostante ou enzimática
➔ Alcança pequenas e delicadas superfícies, praticamente inacessíveis a
escova

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


20
Resumo- N1

Técnicas de esterilização dos instrumentais


Essas técnicas devem ser seguras, práticas e confiáveis. Elas podem ser por calor
úmido, calor seco, radiação ou óxido etileno.
Técnica calor úmido Técnica calor seco
- Requer menor temperatura e menos - Forno controlado termostaticamente
tempo para erradicação dos esporos - Mais simples
- A água transfere melhor o calor do - Indicado para esterilizar itens de vidro
que o ar - Menos eficaz que o calor úmido
- Requer maior tempo e temperatura

Descarte de materiais
Cada material, dependendo das suas características, tem sua correta forma de
descarte.

Materiais contaminados Materiais perfurocortantes

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


21
Resumo- N1

Princípios de Técnica Cirúrgica

Para a realização de qualquer técnica cirúrgica, há dois fatores muito importantes


que são considerados necessidades cirúrgicas básicas.
Visibilidade: é necessário um acesso cirúrgico adequado, uma boa
iluminação e um campo cirúrgico livre de sangue e saliva.
Auxílio adequado: um auxiliar que esteja atento ao procedimento é
imprescindível.

As manobras cirúrgicas fundamentais são uma combinação de procedimentos


técnicos executados precisamente e com instrumentais específicos, que são
comuns a todo tipo de cirurgia.
As manobras são: diérese, exérese, hemostasia e síntese (sutura).

Diérese

É o primeiro passo após a anestesia, pois consiste na incisão para o rompimento da


integridade tecidual.
➔ É dividia em incisão e divulsão.

Incisão
Manobra para abrir, por meios mecânicos ou térmicos, os tecidos superficiais, para
ter acesso aos planos mais profundos (tecido ósseo).
A incisão é feita com o cabo de bisturi n°03 e as lâminas descartáveis (11, 12 ou
15), e para a sua montagem no cabo é necessário o uso do porta-agulhas.
Obs.: Nunca se deve montar ou remover a lâmina com as mãos.

Técnica para incisão


A empunhadura do bisturi deve ser feita a forma de uma “pena de escrever” ou de
uma “faca de mesa”.

Princípios para a incisão correta


➔ Evitar estruturas anatômicas importantes (ex.: forames)

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


22
Resumo- N1

➔ Utilizar lâmina nova e afiada


➔ Incisão fina, continua e com bordas regulares
➔ Bisturi perpendicular a superfície
➔ Planejar adequadamente as incisões: tipo, localização e extensão adequada.

Incisões intrabucais
➔ Preferencialmente na gengiva inserida
(mais espessa)
➔ Margens posicionadas sobre o osso
sadio e intacto
➔ Incisões próximas aos dentes devem ser
realizadas no sulco gengival

Duas incisões
Tipos de Incisões
relaxantes

A incisão Newman é incisão obliqua relaxante


Divulsão

É a separação dos tecidos profundos por meio de instrumentos cirúrgicos.

Instrumentos

- Tesoura de ponta romba


- Pinça hemostática
- Descoladores de periósteo (Molt n° 9 ou similar)
- Sindesmótomo
Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi
23
Resumo- N1

Tesoura ou pinça hemostática utilizadas para a divulsão em tecido mole


Obs.: em geral, na cirurgia oral é mais utilizado o Descolador Molt.

Descolamento mucoperiosteal
Essa etapa de afastamento do tecido deve ser feita cuidadosamente, levando em
conta o pós-operatório do paciente.
➔ Deve ser feito de forma cuidadosa, atraumática e
sempre apoiado no osso.
➔ Extensão suficiente
➔ Descolar freios e inserções musculares
➔ Conhecer a anatomia
➔ Respeitar o periósteo leva a um melhor pós
operatório

Sindesmotomia
É o descolamento da gengiva marginal com o auxílio de um instrumento, no caso o
Sindesmótomo.

Exérese

São manobras cirúrgicas pelas quais são retiradas partes ou todo um órgão ou
tecido.
➔ Pode ser para: excisão de lesões do tecido mole, curetagem,
osteotomia/ostectomia e exodontia.
Instrumentos
- Bisturi/tesoura (tecidos moles)
- Osteótomos, cinzéis e brocas (osso)
- Curetas (cavidades)
- Fórceps (dente)
A exérese óssea pode ser feita de diferentes formas e classificada dependendo de
alguns fatores.
Osteotomia: é o corte do tecido ósseo sem a sua eliminação
Ostectomia: é o corte e remoção parcial do tecido ósseo.
Odontosecção: seccionamento parcial ou total do elemento dentário.

Cinzéis
É um instrumental com a ponta cortante e utilizado com um martelo.
➔ Diversidade de tipos
➔ Utilizado com martelo ou pressão manual

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


24
Resumo- N1

➔ Preciso
➔ Não produz aquecimento ósseo (não gera
necrose)
➔ Traumático para o paciente
➔ Evitar em osso esclerótico e mandíbula
atrófica
➔ Complementar osteotomia e ostectomia

Pinça-goiva, osteótomo e alveolótomo


➔ Diversidade de tipos
➔ Corte frontal ou lateral
➔ Parte ativa sempre limpa
➔ Utilizar com cautela
➔ Utilizar com ação de corte e não como luxação e torção
➔ Menos traumático que rotatório e cinzel
➔ Campo de aplicação limitado

Brocas
➔ Podem ser usadas sob alta ou baixa rotação
➔ Usadas sempre com irrigação continua com soro
fisiológico (evitar necrose)
➔ Técnica mais rápida e menos incômoda para o
paciente
➔ Na alta rotação corre risco de enfisema (acúmulo de
ar), principalmente na maxila
➔ Exige maior treinamento devido ao risco de lesões de
estruturas vásculo-nervosas, tecidos moles e dentes

Motores ultrassônicos
Esses instrumentos cortam por vibração.
➔ Alto custo

Curetagem
É a manobra de remoção de formações estranhas, patológicas ou não, presentes
no campo operatório ou ainda decorrentes do ato cirúrgico.
➔ Remoção de tecido alterado do interior de cavidades
➔ Complementação do tratamento de lojas ósseas
➔ Perigo de dano as estruturas vásculo-nervosas e seio maxilar

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25
Resumo- N1

Hemostasia

São manobras cirúrgicas que visam parar o prevenir o sangramento tecidual


excessivo (hemorragia), devido as manobras de diérese e exérese.

 Tipos de hemorragia: arterial, venosa ou capilar


Obs.: pacientes que possuem plaquetopenias são mais suscetíveis a terem um quadro de
hemorragia.

A hemostasia pode ser esquematizada em três tempos ou etapas: tempo parietal


tempo plasmático e tempo trombodinâmico.

Tempo Parietal
➔ Dura aproximadamente 30s
➔ Vasoconstrição reflexa
➔ Adesão e agregação plaquetária
➔ Obstrução e recobrimento da porção lesada do vaso sanguíneo
Obs.: Nem sempre a manobra de hemostasia será necessária

Tempo Plasmático
➔ É o tempo de formação do coágulo
➔ Compreende a formação de tromboplastina, trombina e fibrina.

Tempo Trombodinâmico
É constituído de três fases: construtiva, estabilizadora e destrutiva.
• Essas 3 fases contabilizam cerca de 72 horas após o procedimento

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


26
Resumo- N1

Doenças hemorrágicas
Deve-se ter atenção ao histórico do paciente, antes da realização do procedimento.
Púrpuras
• Vasculares: devido a defeito na parede vascular ou aumento da fragilidade
capilar
• Plaquetárias: devido a redução ou eliminação das plaquetas

Coagulopatias
• Deficiência dos fatores de formação da tromboplastina
• Deficiência de fatores da trombina
• Deficiência de fibrinogênio

Exames Complementares
 Tempo de sangramento (TS)  Contagem de plaquetas
 Prova do laço  Tempo de Tromboplastina Parcial
 Tempo de coagulação (TC) (TTP)
 Tempo de Protombina (TP)

Hemorragias
Externas Internas Intersticiais
Quando o sangue Quando a hemorragia Quando a hemorragia
exterioriza na superfície ocorre em uma cavidade ocorre no tecido
da área em que se natural do organismo subcutâneo e
intervém subconjuntivo
Primárias Secundárias Recorrentes
Ocorrem no Ocorrem no pós- São as que se repetem,
transoperatório operatório comumente causadas
por técnica de
hemostasia inadequada

O tratamento das hemorragias podem ser: profiláticos, preventivos ou curativos.


Profiláticos: é realizado previamente ao procedimento cirúrgico quando são
detectadas alterações sanguíneas
Preventivos: realizado imediatamente após o procedimento cirúrgico
Curativos: é realizado após a instalação da hemorragia durante ou após o
ato cirúrgico.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


27
Resumo- N1

Técnicas e instrumentos
➔ Compressão com gaze estéril de 5 a 10 minutos
➔ Pinçamento e/ou ligadura de vasos (pinças hemostáticas e fios de sutura)
➔ Termocoagulação (bisturi eletrônico)
➔ Agentes hemostáticos (esponja de gelatina absorvível, esponja de fibrina,
celulose oxidada regenerada, vitamina K, cera para osso)
Obs.: no tecido ósseo pode ser feito o esmagamento para obter hemostasia.

Síntese

A síntese ou sutura consiste nas manobras cirúrgicas feitas para a aproximação das
bordas da ferida cirúrgica.
Objetivos:
✓ Reposicionar adequadamente os tecidos
✓ Auxiliar na hemostasia
✓ Impedir a formação de “espaço morto” para evitar hematomas e infecção

Instrumentos

- Porta-agulhas Mayo-Hegar
- Pinça cirúrgica (dissecção ou dente de rato)
- Tesoura cirúrgica
- Fio de sutura

Um fio de sutura ideal deve ter características como grande resistência a tração e
torsão, mole, flexível, pouco elástico, ausência de reação tecidual e baixo custo.

Tipos de fios de sutura


Absorvíveis
Utilizados para realizar sutura de mucosas e planos profundos.
➔ Maior reação tecidual
➔ Naturais: categute (mais barato e geram muita reação tecidual)
➔ Sintéticos: poliglactina 910 e ácido poliglicólico (mais caros e geram menos
reação tecidual)

Inabsorvíveis
Utilizados para realizar sutura de mucosa e pele.
➔ Menor reação tecidual
➔ Naturais: seda, linho e algodão (multifilamentados)
➔ Sintéticos: náilon, poliéster e polipropileno (monofilamentados)

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


28
Resumo- N1

Obs.: Suturas com fios de seda são de mais difícil limpeza, pois acumulam mais placa
bacteriana, diferente do náilon.

A espessura desses fios seguem a seguinte ordem


Maior espessura
12-0 6-0 5-0 4-0 3-0 2-0 1-0 1 2 3
Menor espessura

Tempo de absorção

- Catgut- 8 a 10 dias
- Catgut cromado- 20 dias
- Ácido poliglicólico (PGA)- 30 a 60 dias
- Poliglactina- 60 a 90 dias

Agulhas de sutura
As agulhas têm diferentes formatos.
✓ Pré-montadas
✓ Não montadas
✓ Retas
✓ Semicirculares
✓ Circulares
✓ Cilíndricas (não cortantes)
✓ Triangulares (cortantes)

Princípios básicos para a realização da sutura


➔ Apreender a agulha com o porta-agulhas na metade ou ¾ da distância da
ponta
➔ Agulha deve penetrar perpendicularmente ao tecido suturado
➔ Introduzir a agulha com movimento circular (rotação no pulso)
➔ Não forçar a agulha contra os tecidos
➔ Não apreender a agulha pela ponta ativa
➔ Realizar a sutura dos tecidos móveis em direção aos relativamente fixos
➔ Aproximar as bordas da ferida sem tensão
➔ Passar a agulha nos tecidos com o auxílio da pinça de dissecção (evitar
apreender a agulha com os dedos)
➔ Primeiro ponto no meio da incisão e segundo e terceiro nas extremidades
➔ No caso de incisões relaxantes, primeiro ponto no ângulo das incisões
➔ O nó cirúrgico devera sempre ser posicionado lateralmente ao traço da
incisão

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


29
Resumo- N1

A característica das feridas cirúrgicas


A caraterística das feridas cirúrgicas dependerão de fatores como:
✓ Agente causal
✓ Local lesado
✓ Grau de contaminação
✓ Profundidade e extensão das bordas da ferida

Tipos de sutura

Interrompida simples Interrompida em X

Contínua simples Contínua festonada

Interrompida em U Contínua em U

Remoção
➔ Depende da região: na cavidade bucal a remoção é em 7-10 dias
➔ Antes de remover deve-se fazer a antissepsia
➔ Tracionar levemente o fio com a pinça, cortando o mais próximo possível da
porção que estava dentro do tecido

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30
Resumo- N1

Técnicas de exodontia por via alveolar

Indicações para a remoção do dente

Cárie
É a causa mais comum de exodontias.
➔ Não restaurável
➔ Decisão a ser tomada entre o paciente e o profissional

Necrose pulpar
➔ Necrose pulpar ou pulpite irreversível
➔ Paciente que se recusa a realizar o retratamento do canal
➔ Falha no tratamento endodôntico

Doenças periodontais
➔ Extensa e severa
➔ Perda óssea e mobilidade severa
➔ Exposição de furca

Razões ortodônticas
➔ Apinhamento dental com comprimento de arco insuficiente
➔ Deve-se ter cuidado para confirmar se a extração é realmente necessária
➔ É necessário um documento que certifique a razão pelo qual o dente será
extraído

Dentes mal posicionados


➔ Paciente com dentes fora da arcada dentária
➔ Caso traumatizem o tecido mole
➔ Mais comuns: terceiros molares superiores vestibularizados

Dentes fraturados
➔ Coroa ou raízes fraturadas
➔ A vezes são dentes que já passaram por tratamentos endodônticos

Doenças impactados
➔ Dente sem espaço para irromper
➔ Interferência de dentes adjacentes
➔ Dentes supranumerários

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31
Resumo- N1

Dentes associados a lesão patológica

Lesão provavelmente
associada ao elemento

Radioterapia
➔ Recebendo irradiação- câncer oral ou de cabeça e pescoço
➔ Caso precise ser feito uma extração, é melhor que a extração seja feito antes
da radioterapia, pois tem a chance de ter uma osteoradionecrose caso seja
realizado depois
➔ Podem ser mantidos

Dentes em fraturas
➔ Paciente que sofreu acidente
➔ Dente infectado
➔ Severamente luxado
➔ Interfere na redução da fratura

Contraindicações para a remoção do dente

Sistêmicas Locais
✓ Leucemia e linfomas não ✓ História de radiação
controlados (osteoradionecrose)
✓ Doenças cardiovasculares severas ✓ Dentes localizados em áreas de
não controladas tumores malignos
✓ Discrasias sanguíneas (hemofilia e ✓ Discrasias sanguíneas (hemofilia e
problemas nas plaquetas) problemas nas plaquetas)
✓ Medicações (imunossupressores, ✓ Infecção aguda (trismo e dificuldade
bisfosfonatos e agentes de anestesiar)
quimioterápicos)

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


32
Resumo- N1

Avaliação clínica

Mobilidade dental Condição da coroa

Relação com estruturas anatômicas Configurações das raízes

Obs.: Necessário fazer radiografia periapical para a análise dos ápices.

Posição do operador

A posição do operador irá mudar no momento da cirurgia de extração a depender


na localização do dente em questão.

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33
Resumo- N1

Princípios mecânicos
Alavanca Cunha

Roda e eixo

Uso das alavancas e fórceps


Alavancas: ajudam no processo de luxação
Fórceps: continuam com o processo de expansão óssea e rompimento dos
ligamentos periodontais

Fórceps
Durante a utilização do fórceps realiza-se 5 movimentos.

1- Direção Apical 2- Força Vestibular

3- Pressão lingual 4- Pressão rotacional

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


34
Resumo- N1

5- Força de tração

Obs.: Caso não sinta que o dente luxou, criou expansão óssea e provavelmente rompeu o
ligamento periodontal, então deve-se continuar realizando os outros movimentos

Técnica aberta VS Técnica fechada


➔ A técnica fechada é a mais usada e é uma técnica
de rotina
 Não haverá incisão e retalho, apenas o
descolamento da gengiva do dente que se
quer extrair

➔ A técnica aberta é a menos usada no dia a dia


 É a técnica com confecção de retalho

Técnica Fechada

Extratores
Com o uso dos extratores é possível realizar os movimentos de alavanca, cunha, e
roda e eixo.
➔ Toda vez o trabalho será pela vestibular do dente.

Fórceps- Dentes Maxilares


Fórceps 150
Utilizados para extração de pré a pré (incisivos, caninos e pré-molares superiores)

Obs.: Evitar movimentos rotacionais no primeiro pré-molar

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


35
Resumo- N1

Fórceps 18R e 18L


Utilizados para extração de primeiro molar
➔ 18R= Lado direito
➔ 18L= Lado esquerdo

Fórceps 210
Utilizados para extração de terceiro molar

Obs.: Preferência por extração com alavanca

Fórceps- Dentes Mandibulares


Fórceps 151
Utilizados para extração de pré a pré (incisivos, caninos e pré-molares inferiores)

Obs.: Evitar movimentos rotacionais nos pré-molares

Fórceps 17 e 16
Utilizados para extração de molares
➔ Fórceps 16 (cifre de boi) utilizado para coroa parcialmente destruída
➔ Fórceps 17 utilizado para coroa integra

Cuidados pós-operatórios com o alvéolo

➔ O alvéolo deve ser debridado só se necessário


➔ Remoção de espículas ósseas
➔ Lavar copiosamente com soro fisiológico
➔ Pressão digital nas corticais
➔ Sutura
➔ Colocação de gaze úmida

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


36
Resumo- N1

Instrumental

Tipos de seringa

As seringas (carpules) são seringas não descartáveis, por isso devem ser
esterilizadas, e que possuem uma diversidade de características de acordo com seu
modelo.

Seringa de pressão para injeção


do LP

Obs.: Atualmente, há, também, sistemas de aplicação de anestésico local controlados


por computador. Mas possuem um alto custo, e pacientes também podem relatar dor.
Agulhas

As agulhas são de aço inoxidável, pré-esterilizadas e descartáveis.


➔ Calibre: é o diâmetro da agulha (25, 27, 30), e quanto menor o seu calibre
mais grossa ela é, e mais resistente
➔ Comprimento: agulha curta (20 mm) e agulha longa (32 mm)

Tubete
O tubete anestésico pode ter a sua embalagem de vidro ou de plástico, porém o de
vidro é mais seguro.
➔ Componentes: tubo de vidro cilíndrico, tampão, tampa de alumínio e
diafragma.
➔ Conteúdo: droga vasopressora, antioxidante (bissulfito de sódio), cloreto de
sódio, água destilada e metilparabeno.
Explicando...

Droga vasopressora-→ Aumenta a segurança e duração do sal anestésico


Antioxidante-→ Impede a oxidação do vasopressor pelo oxigênio, que pode ficar
preso
Cloreto de sódio-→ Torna a solução isotônica em relação aos tecidos do corpo
Água destilada-→ Usada como diluente para proporcionar volume
Metilparabeno-→ Conservante

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


37
Resumo- N1

Técnicas de anestesia na maxila

Relembrando...

Tipos de injeção de anestesia local


➔ Infiltração local
➔ Bloqueio de campo
➔ Bloqueio nervoso

Injeção supraperiosteal

➔ Indicação: Anestesia pulpar dos dentes superiores limitados a 1 ou 2 dentes


➔ Nervos anestesiados: grandes ramos terminais do plexo dentário
➔ Áreas anestesiadas: polpa e raiz do dente, periósteo vestibular, tecido
conjuntivo, mucosa.
➔ Agulha curta de calibre 25 ou 27.
➔ Pontos de referência:
- Prega mucovestibular
- Coroa do dente
- Contorno da raiz do dente
➔ Aplicação de 0,6 ml (1/3 do tubete)
➔ Aplicação lenta por 20 s

Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Posterior

➔ Indicação: tratamento de dois ou mais molares superiores


➔ Nervos anestesiados: alveolar superior posterior e seus ramos
➔ Áreas anestesiadas: polpas do terceiro, segundo e primeiro molares
superiores, exceto raiz MV do 1M superior (28% dos casos), tecido
periodontal vestibular e osso sobrejacente
➔ Agulha curta de calibre 25 ou 27
➔ Pontos de referência:
- Prega mucovestibular
- Tuberosidade da maxila
- Processo zigomático da maxila
➔ Aplicação de 0,9 ml a 1,8 ml
➔ Aplicação lenta por 30 a 60 s
Obs.: A raiz MV do 1M pode ser inervada pelo alveolar superior médio, então caso seja
feito o bloqueio do alveolar superior posterior o paciente pode sentir algum desconforto.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


38
Resumo- N1

Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio

➔ Indicação: quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produzir anestesia


pulpar distal ao canino superior, e em procedimentos dentários envolvendo
apenas os pré-molares superiores.
➔ Nervos anestesiados: alveolar superior médio e seus ramos terminais.
➔ Áreas anestesiadas: polpas do primeiro e
segundo pré-molares superiores, raiz
mesiovestibular do primeiro molar superior, e
tecidos periodontais vestibulares e osso
sobre estes mesmos dentes.
➔ Agulha curta de calibre 25 ou 27
➔ Ponto de referência:
- Paralelo ao longo eixo do dente
- Ápice do segundo pré-molar

Bloqueio do Nervo Alveolar Superoanterior (Infraorbitário)

➔ Indicação: procedimentos envolvendo mais de dois dentes e os tecidos


vestibulares sobrejacentes
➔ Nervos anestesiados: alveolar Superoanterior, alveolar superior médio e
nervo infraorbitário
➔ Áreas anestesiadas: polpas do incisivo central superior até o canino superior
do lado da injeção, polpas dos pré-molares e a raiz MV do primeiro molar,
periodonto vestibular e osso desses mesmos dentes e a pálpebra inferior,
aspecto lateral do nariz e lábio superior.
➔ Agulha longa de calibre 25 ou 27
➔ Pontos de referência:
- Prega mucovestibular
- Incisura infraorbitária
- Forame infraorbitário
➔ Aplicação de 0,9 a 1,2 ml (de metade a
dois terços do tubete)
➔ Aplicação lenta de 30 a 40 s.

Obs.: é preciso usar uma agulha longa para que ela consiga
alcançar a região o forame infraorbitário.

A agulha não necessariamente deve entrar no forame, mas


tem que estar próximo a região para que seja realizada a
anestesia.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


39
Resumo- N1

Bloqueio o Nervo Palatino Maior

➔ Indicação: anestesia dos tecidos moles do palato para o tratamento


restaurador em mais de dois dentes, e procedimentos periodontais ou
cirúrgicos em tecidos moles e duros.
➔ Nervos anestesiados: nervo palatino maior
➔ Áreas anestesiadas: parte posterior do palato duro, tecidos moles
sobrejacentes, anteriormente até o primeiro pré-molar, e medialmente até a
linha média.
➔ Agulha longa de calibre 27
➔ Pontos de referência:
- Forame palatino maior
- Junção do processo alveolar maxilar e osso
palatino
➔ Aplicação de um terço de um tubete (0,45 a 0,6 ml)
➔ Aplicação lenta de 30 a 40 s.
Obs.: É uma região muito aderida ao osso e fica isquêmica, então ao anestesiar esse local
ele fica esbranquiçado rapidamente, e deve-se ter cuidado com necrose
Quantidade de anestésico injetada

Bloqueio do Nervo Nasopalatino


➔ Indicação: procedimentos periodontais ou cirúrgicos envolvendo os tecidos
moles e duros do palato.
➔ Nervos anestesiados: nervos nasopalatinos bilateralmente
➔ Áreas anestesiadas: porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros),
e face mesial do primeiro pré-molar direito à face mesial do primeiro pré-
molar esquerdo.
➔ Agulha curta de calibre 27
➔ Pontos de referência:
- Incisivos centrais e papila incisiva
➔ Aplicação de 0,45 ml
➔ Aplicação lenta de 30 s.
Obs.: Nessa área a musculatura do palato está ainda
mais aderida, então a difusão do anestésico vai ser
mais difícil

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


40
Resumo- N1

Bloqueio do Nervo Maxilar

➔ Indicação: procedimentos cirúrgicos extensos, periodontais ou


restauradores que requeiram anestesia de toda a divisão maxilar.
➔ Nervos anestesiados: divisão maxilar do nervo trigêmeo
➔ Áreas anestesiadas: polpa dos dentes superiores do lado do bloqueio,
periodonto vestibular e osso sobrejacente a esses dentes, tecidos moles e
osso do palato duro e parte do palato mole (medialmente até a linha média),
pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha e lábio superior.
➔ Agulha longa de calibre 25
➔ Pontos de referência:
- Prega mucovestibular na face distal do segundo molar superior
- Tuberosidade da maxila
- Processo zigomático da maxila
➔ Aplicação de um tubete (1,8 ml)
➔ Aplicação lenta de 60 s.

Atenção!

Nervo Alveolar Superior


Posterior
Nervo Alveolar Superior Médio
Nervo Alveolar Superior
Anterior
Bloqueio Nasopalatino
Bloqueio Palatino Maior
Bloqueio Palatino Menor
Ramos Alveolares (A, M e P)

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41
Resumo- N1

Queiloplastia e Palatoplastia

A Queiloplastia é chamada a cirurgia para corrigir o lábio, enquanto a Palatoplastia


é a cirurgia para corrigir um defeito no palato, fenda palatina.
 As fissuras lábio palatinas são as anomalias craniofaciais mais comuns.
 A hereditariedade é o principal fator
 Mais comuns em homens
 Nas 16 semanas de gestação é possível identificar as fissuras por ultrassom.

Além da hereditariedade, outros fatores também podem estar ligados a essas


anomalias:
➔ Exposições químicas
➔ Radiação
➔ Hipóxia materna
➔ Drogas teratogênicas→ muitos
medicamentos são receitados sem
atenção a possibilidade de uma
gravidez
➔ Deficiências nutricionais

A Queiloplastia pode ser realizada com 10 semanas, após 1 ano pode ser feita a
palatoplastia.
Obs.: Muitas vezes os pacientes irão possuir as duas fendas, tanto labial como palatina.

O tratamento constitui-se de forma multidisciplinar, envolvendo a medicina,


psicologia, fonoaudiologia e a odontologia.

Queiloplastia: A primeira cirurgia documentada de Queiloplastia foi na China em 390


D.C.
• O tratamento constitui na confecção de retalhos para que seja possível uni-
los e realizar uma sutura, devolvendo a anatomia do lábio e do nariz.
• Estudos observaram que não houve diferença estatística entre as técnicas

03 desenhos de retalhos:
➔ Retos
➔ Geométricos
➔ Avanços

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Resumo- N1

Palatoplastia: As fissuras de palato podem ser tanto no palato duro como no palato
mole também.
➔ Assim como na Queiloplastia, a técnica cirúrgica tem o objetivo a confecção
de incisões para conseguir unir e devolver o aspecto do palato.

Queiloplastia
A fenda labial pode gerar vários problemas para a
formação do individuo:
➔ Descontinuidade e má inserção do musculo
orbicular
➔ Deformidade nasal causada por má inserção da
msuculatura
➔ Deslocamento do septo nasal
➔ Perda de suporte ósseo.

De acordo com sua classificação, as fissuras terão características e condutas


cirurgicas diferentes para conseguir devolver a anatomia do nariz, lábio e alveolo.
Obs.: Para que os dentes consigam erupcionar a criança deve ter suporte ósseo suficiente
Objetivos
➔ Harmonizar a forma do lábio nas dimensões vertical e horizontal
➔ Dar simetria
➔ Dar suporte para os tecidos- osso alveolar

Palatoplastia

Nesses casos, podem ser uma abertura completa


(palato mole + palato duro), ou apenas em um dos
dois.
➔ Fendas palatinas causam defeitos no alveolo
devido a falta de osso na região alveolar.
➔ Cirurgia de dificil visualização das estruturas
anatomicas
➔ Dificil pós-operatório

Complicação→ Fístula
A fístula ocorre devido a locais de tensão na sutura
devido ao tamanho da fissura.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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Resumo- N1

Enxerto Alveolar
Enxerto precoce→ Em 1914 foi relatado o uso de enxerto de tíbia. E em 1962
um grupo de cirurgiões acreditavam na formação de uma ponte óssea entre
os lados.
Enxerto secundário→ Foi comprovado que o uso de enxertos primários
causam distúrbios no crescimento.

Para que serve o enxerto?


➔ Permitir a erupção do dente através do osso enxertado
➔ Estabilizar arco maxilar, melhorando a condição para tratamento
protético.
➔ Fornecer suporte ósseo para fechamento ortodôntico de dentes na
região da fissura
➔ Melhora dos problemas de fala causados pelo escape de ar
➔ Aumento da base alar para obter simetria com o lado não fissurado

O enxerto esponjoso permitem a melhor erupção do dente, podem ser totalmente


substituídos por osso novo, e proporcionam maior resistência mecânica.

Por: Maria Clara Pires de Carvalho Costa- 5º período- Odontologia Uninovafapi


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