Aula 06 - Fund Enf I - Sinais Vitais

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SINAIS VITAIS

Profº Esp Tálison Vieira


CONSIDERAÇÕES GERAIS
• São denominados Sinais Vitais devido à importância como indicadores do
estado fisiológico e da resposta a estressores físicos, ambientais e psicológicos.

• Obtenção de parâmetros vitais do paciente/cliente: observação, tato e


aparelhos, que irão registrar valores normais ou anormais.

• São parâmetros serem regulados por órgãos vitais, revelando o estado de


funcionamento deles.

• Permanecem mais ou menos constantes;

• Variações nos valores pode indicar problemas relacionados com insuficiência


ou excesso no consumo de Oxigênio, depleção sanguínea, desequilíbrio
eletrolítico, invasão bacteriana, etc.
DIRETRIZES PARA MEDIÇÃO DOS SINAIS
VITAIS
• As necessidades e a condição do cliente determinam quando,
onde, como e por quem os sinais vitais serão verificados;

• O (a) profissional de enfermagem é responsável pela mensuração


dos sinais vitais e pode delegar essa mensuração;

• Após mensuração é preciso analisar os valores, interpretar seu


significado e tomar decisões sobre as intervenções;

• Certificar-se de que os equipamentos estejam funcionando e sejam


adequados ao tamanho e idade do cliente;
DIRETRIZES PARA MEDIÇÃO DOS SINAIS
VITAIS
• Aprender a história de saúde e doença, terapias e medicamentos
prescritas;

• Controlar o ambiente que afetam os sinais vitais;

• Decidir com que frequência os sinais vitais devem ser verificados (O


enfermeiro é responsável por esse julgamento);

• Comunicar alterações e documentar os sinais vitais.


QUANDO AFERIR OS SSVV

• Na admissão do cliente;
• Na prestação de cuidados rotineiros;
• Durante uma consulta;
• Antes ou depois de procedimentos invasivos;
• Nos períodos pré, intra e pós-operatório;
• Antes e depois da administração de medicamentos
cardiovasculares e/ou respiratórios e de produtos
hemoterápicos;
• Sempre que o enfermeiro julgar necessário.
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Relógio com ponteiros de segundos;


• Bandeja contendo: Termômetro, Esfigmomanômetro e
estetoscópio .
• Almotolia com álcool a 70%;
• Recipiente com bolas de algodão;
• Saco plástico ou cuba-rim para desprezar resíduos;
• Caneta e bloco de anotações
PRESSÃO ARTERIAL
PRESSÃO ARTERIAL

• Força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo


sangue que pulsa sob pressão a partir do coração.
• Pressão arterial sistólica = pico de pressão máxima
quando acontece a ejeção.
• Pressão arterial diastólica = quando os ventrículos se
relaxam, o sangue que permanece nas artérias exerce
uma pressão mínima contra as paredes arteriais em
todos os momentos.
FATORES QUE INTERFEREM NA PA

• DÉBITO CARDÍACO: quando o coração bombeia mais sangue para os vasos


sanguíneos, a pressão nas suas paredes aumenta.

• RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA: quando os vasos sanguíneos sofrem


constrição, a pressão para impulsionar os conteúdos torna-se maior.

• VOLUME DE SANGUE CIRCULANTE: o aumento o conteúdo nos vasos


sanguíneos = aumenta a pressão.
• VISCOSIDADE: a “espessura” do sangue é determinada por seus
elementos figurados: as células sanguíneas. Quando o conteúdo é mais
espesso, a pressão aumenta.

• ELASTICIDADE DAS PAREDES DOS VASOS : quando as paredes dos


vasos sanguíneos estão rígidas e duras, aumenta a pressão necessária para
movimentar o conteúdo.
VALORES DE REFERÊNCIA DE
NORMALIDADE EM REPOUSO

Até 03 anos 80/50 mmHg

De 08 a 11 100/60 mmHg
anos

De 12 a 15 110/70 mmHg
anos

Adulto jovem 120/80 mmHg


FATORES QUE INTERFEREM NOS
VALORES DE PA

• IDADE: + bx nos recém-nascidos, + alta em idosos


• SEXO: após a puberdade, as mulheres costumam ter a PA inferior à dos
homens
• RITMO DIURNO: num ciclo diário, a PA aumenta no final da tarde e início
da noite, em seguida, cai até o início da madrugada
• PESO:+ elevada em pessoas obesas
• EXERCÍCIOS FÍSICOS: aumento da atividade gera aumento proporcional da
PA
• EMOÇÕES: a PA tende a elevar-se frente a sentimentos como raiva, medo e
dor.
• ESTRESSE: tensão contínua por estilo de vida, estresse ocupacional ou
problemas existenciais.
TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA PA
PULSO
PULSO

• O pulso é a delimitação palpável da circulação sanguínea


percebida em vários pontos do corpo;

• O pulso é um indicador do estado circulatório;

• O número de pulsos que ocorre em 1 minuto é a frequência de


pulso;

• Ondulação exercida pela expansão das artérias seguindo a


contração do coração. O Nº de sensações de pulsação
acontecendo por minuto = Frequência Cardíaca (FC);
PULSO

• Podemos verificar o pulso: radial,


braquial, femoral, carotídeo,
pedioso, tibial posterior e poplíteo.

• A verificação da artéria radial ou


carótida são mais usadas pois elas
permitem uma palpação mais fácil;

• Quando a condição do cliente


piora subitamente, o local da
carótida é recomendado para
encontrar um pulso mais
rapidamente;
• Se o pulso radial inacessível
acesse o pulso apical;

• A pulsação apical oferece


uma avaliação mais acurada
da função cardíaca;

• O pulso braquial e apical é o


melhor local para avaliar a
pulsação de um bebê uma
vez que os demais sítios
periféricos são profundos ou
difíceis de palpar
corretamente.
FATORES QUE INFLUENCIAM

•Atividade física
•Febre e dor
•Alteração postural
•Hemorragias
•Calor
CARACTERÍSTICAS DO PULSO

• Frequência:

• Mensurar as medidas basais de frequência de pulsação com o cliente


deitado, sentado e em pé;

• Se detectar frequência anormal enquanto palpa pulso periférico, acessar


pulso apica (5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular)l;

• Anormalidades:
➢ Taquicardia – FC acima de 100 bpm;
➢ Bradicardia – FC abaixo de 60 bpm.
PULSO
• Variações aceitáveis da Frequência cardíaca:

❖ Lactante: 120-160
❖ Infante: 90-140
❖ Pré-escolar: 80-110
❖ Criança em idade escolar: 75-100
❖ Adolescente: 60-90
❖ Adulto: 60-100
Características do pulso a serem observadas são (BARROS, 2016):

✓ Intensidade (cheio ou filiforme);

✓ Ritmicidade (regular ou irregular);

✓ Simetria (iguais em ambos os membros).


PULSO: TÉCNICA
• Determine a necessidade de acesso do pulso radial ou apical;
• Faça uma avaliação sobre a existência de fatores que interferem
na FC e o ritmo de pulsação;
• Explique o procedimento ao paciente;
• Lave as mãos;
• Ajude o cliente a ficar deitado ou sentado;
• Posicione o antebraço do paciente ao lado do corpo;
• Coloque as pontas dos dois primeiros dedos de sua mão no sulco
ao longo do lado radial;
• Determine a força do pulso;
• Conte a frequência, se o pulso está regular tome a frequência
durante 1 minuto ou 30 segundos e multiplique por dois;
• Lave as mãos e anote no prontuário.
TÉCNICA: OBSERVAÇÕES

• Usar a polpa do dedo indicador e médio.

• Não usar o polegar para verificar o pulso.

• Aquecer as mãos para verificar o pulso.

• Em caso de dúvida, repetir a contagem.

• Não fazer pressão forte sobre a artéria.


RESPIRAÇÃO
RESPIRAÇÃO

• A pessoa que esta sendo avaliada


não pode ter consciência que essa
observação esta sendo realizada,
para que o padrão respiratório não
seja alterado.

• O parâmetro de normalidade da
frequência respiratória varia,
conforme alguns autores, em um
intervalo de 12 a 20 incursões
respiratórias por minuto, em pessoas
adultas.
MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO

• Órgãos abdominais
• Diafragma
• Pressão negativa
• Processo ativo =
inspiração
• Processo passivo =
expiração
FATORES QUE INTERFEREM NA
RESPIRAÇÃO
• Atividade física: aumenta a frequência e a
profundidade;

• Febre: devido à necessidade de perda de calor


corpóreo;

• Dor: altera a frequência e o ritmo;

• Ansiedade: estimulação simpática = aumenta a


frequência e profundidade
FATORES QUE INTERFEREM NA
RESPIRAÇÃO
• Hemorragias:
• Postura:
• Tabagismo:
• Medicamentos: analgésicos, narcóticos,
anestésicos gerais e hipnóticos sedativos
diminuem a frequência e a profundidade
• Lesão neurológica: tronco cerebral
• Função da Hemoglobina: altitude elevada, função
anormal do eritrócito
• DPOC:
RESPIRAÇÃO

• As mensurações objetivas do estado respiratório incluem a


frequência e a profundidade da respiração e o ritmo dos
movimentos de ventilação:

• Frequência: Observe o movimento completo de inspiração e


expiração;
• Profundidade: Avalie a profundidade das respirações observando
o grau de desvio ou movimento da parede torácica. Descreva os
movimentos como profundos ou normais.
• Ritmo: Defina como irregular ou regular.
RESPIRAÇÃO: TÉCNICA

• Determine a necessidade de avaliar a respiração do paciente;


• Lave as mãos;
• Certifique-se que o cliente esteja em posições confortável;
• Posicione a mão sobre o abdome do cliente para checar a
respiração;
• Se o ritmo estiver regular conte o numero de respirações em 30
segundos e multiplique por dois, se o ritmo for irregular conte 1
minuto;
• Observe a profundidade da respiração;
• Reponha os lençóis do cliente;
• Lave as mãos;
• Registre no prontuário.
VALORES DE REFERÊNCIA

IDADE FREQUÊNCIA
Neonato 30 a 60 mpm
Lactente (06 30 a 50 mpm
meses)
Pré-escolar (02 25 a 32 mpm
anos)
Criança 20 a 30 mpm
Adolescente 16 a 19 mpm
Adulto 12 a 20 mpm
ALTERAÇÕES NO PADRÃO
RESPIRATÓRIO
Alteração Característica
Bradipneia <12 rpm = PIC aumentada, doença neurológica e
sedação;

Taquipneia: > 20 rpm (rápida e persistente) = febre, exercício


físico, anemia ou ansiedade

Apneia: A respiração cessa por mais de 10 segundos.

Dispneia É a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma


comum de várias doenças pulmonares e
cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.

Ortopneia: É a incapacidade de respirar facilmente, exceto


na posição ereta.
ALTERAÇÕES NO PADRÃO
RESPIRATÓRIO

Alteração Característica
Ortopneia: É a incapacidade de respirar facilmente, exceto
na posição ereta.
> 20rpm, respiração rápida e profunda
Hiperpneia: (fisiológica apos exercício intenso ou por
ansiedade, acidose metabólica ou lesões
neurológicas)
Respiração rápida e profunda = Resultado de
Hiperventilação hipóxia, ansiedade, exercício físico ou acidose
metabólica
Hipoventilação Respiração superficial e lenta = PIC aumentada
Angústia Uso de musculatura acessória
respiratória
ALTERAÇÕES NO PADRÃO
RESPIRATÓRIO

Alteração Característica
Respiração de Respiração profunda, que pode ser lenta, normal ou
Kussmaul rápida.

Respiração de Períodos de respiração lenta e superficial, que


Cheyne-Stokes gradualmente torna-se rápida e profunda,
(ou dispneia alternando-se com períodos de apneia ( RN
periódica) prematuros, ICC, AVC...)

A principal característica e a irregularidade causada


Respiração por depressão respiratória ou lesão cerebral em nível
de Biot bulbar
TEMPERATURA
TEMPERATURA
Calor produzido – Calor Temperatura
Perdido corpórea
• A temperatura corporal e um parâmetro fisiológico controlado rigorosamente
pelo organismo humano.

• Varia dependendo da circulação sanguínea na pele e da quantidade de


calor perdida para o meio ambiente;

• Devido a essa perda a temperatura aceitável para os seres humanos é de


35,8 à 37,3 ºC;

• A medida da temperatura deve ser a mais fidedigna possível.

• Existem diversos locais para verificação da temperatura corporal, entretanto,


a aferição timpânica e a mais próxima a temperatura central
TEMPERATURA: LOCAIS PARA AFERIÇÃO

• Locais que refletem temperatura central: Reto; Membrana timpânica;


Artéria temporal; Esôfago; Artéria pulmonar; bexiga urinária.
• Locais que refletem temperatura superficial: Pele, oral e Axilas.
LOCAIS PARA AVALIAÇÃO

• Cavidade oral: colocar o termômetro embaixo


da lingua, orientar a pessoa a fechar os lábios e
aguardar de três a cinco minutos;

• Cavidade retal: introduzir termômetro especifico


para essa região, com a devida lubrificação,
de 3 a 4 cm do anus. A pessoa deve estar em
decúbito lateral. Permanência do termômetro
por três minutos;
LOCAIS PARA AVALIAÇÃO

• Região axilar: para colocação do


termômetro, a região deve estar livre de
umidade para não interferir na medida.
Período de permanência do termômetro: de
cinco a sete minutos;

• Pavilhão auricular: recurso tecnológico


especial – mais utilizado em unidade de
terapia intensiva
TIPOS DE TERMÔMETROS
• Termômetro de vidro ou de mercúrio; Digital, termômetro de tira
descartável, retal e timpânico
TEMPERATURA
• Fatores que afetam a temperatura:

• Idade;

• Exercício;

• Nível hormonal;

• Ritmo Circadiano;

• Estresse;

• Ambiente;
TEMPERATURA

• Fatores fisiológicos: depende do local onde é verificado/ do horário


(+ baixa pela manhã, mas alta à noite)
• BUCAL: 36,2° a 37°C
A febre é um
importante
• RETAL: 36,4° a 37,2°C
mecanismo de • AXILAR: 36° a 36,8°C
defesa;

• Fatores patológicos:
• Aumentam: processos inflamatórios, infecções, doenças
neurológicas, doenças cardíacas, etc.
• Diminuem: drogas deprimentes da SNC, choque, depressão
mental, etc.
TERMOS E VALORES UTILIZADOS

• Hipotermia: abaixo de 36ºC.

• Normotermia: entre 36ºC e 36,8ºC.

• Febrícula: entre 36,9ºC e 37,4ºC.

• Estado febril: entre 37,5º C e 38ºC.

• Febre: entre 38ºC e 39ºC.

• Pirexia ou hipertermia: entre 39,1ºC e 40ºC.

• Hiperpirexia: acima de 40ºC.


DOR
AVALIAÇÃO DA DOR

• É considerado o quinto sinal vital;

• A avaliação, a mensuração e o registro sistemático do fenômeno doloroso,


evitam sofrimento físico e mental dos pacientes e seus familiares;

• São fundamentais para propiciar a recuperação rápida de pacientes


hospitalizados;

• Possibilita examinar a natureza, as origens e os correlatos clínicos da dor,


conforme as características emocionais, motivacionais, cognitivas e de
personalidade do cliente
AVALIAÇÃO DA DOR

• A dor pode ser classificada em três tipos:

✓ Dor aguda

✓ Dor crônica

✓ Dor recorrente
TIPOS DE DOR

I – DOR AGUDA:
• Se manifesta transitoriamente durante um período relativamente
curto;

• Podem ser ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou


outras causas.

• Normalmente desaparece quando é diagnosticada corretamente e


o tratamento é seguido corretamente pelo paciente.
TIPOS DE DOR

II – DOR CRÔNICA
• Tem duração prolongada e que esta quase sempre associada a um
processo de doença crônica.

• Pode ser consequência de uma lesão já previamente tratada.


TIPOS DE DOR

III – DOR RECORRENTE


• Apresenta períodos de curta duração, que, no entanto, se repetem
com frequência;

• Pode ocorrer durante toda a vida do individuo, mesmo sem estar


associada a um processo especifico;

• Um exemplo clássico deste tipo é a enxaqueca.


AVALIAÇÃO DA DOR

• Data
de Localização Intensidade Duração
inicio

Causas que
aumentam Fatores que
Periodicidade
ou Iniciaram
diminuem a
intensidade
COLETA DE DADOS DE
ENFERMAGEM
INTENSIDADE DA DOR

• Observar a intensidade da dor utilizando


ferramentas de mensuração.

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