Apostila Mel Da Mata Modulo Basico
Apostila Mel Da Mata Modulo Basico
Apostila Mel Da Mata Modulo Basico
1. Introdução.............................................................................................1
2. Por que criar abelhas?..........................................................................1
3. Histórico................................................................................................2
4. Biologia da abelha................................................................................3
4.1 A Rainha..........................................................................................6
4.2 As operárias....................................................................................6
4.3 Os zangões.....................................................................................7
5. Anatomia e fisiologia............................................................................8
6. Evolução da apicultura........................................................................10
7. Materiais 11
7.1 Ferramentas e equipamentos........................................................13
7.2 Apiário............................................................................................14
7.2.1 Como conseguir meu primeiro enxame?............................15
7.2.2 Aquisição e captura............................................................15
7.2.3 Pastagem apícola...............................................................16
7.3 Manejo da colmeia........................................................................17
7.3.1 Revisão da colmeia.............................................................18
7.3.2 Controle de enxameação, divisão e união..........................18
8. Doenças das abelhas..........................................................................19
8.1 Inimigos das abelhas......................................................................20
9. Produtos da colmeia............................................................................21
9.1 Mel..................................................................................................21
9.2 Própolis..........................................................................................22
9.3 Pólen..............................................................................................24
9.4 Geleia real.....................................................................................25
9.5 Outros produtos.............................................................................25
10. Casa do mel........................................................................................26
10.1 Equipamentos e utensílios........................................................27
10.2 Embalagem e armazenamento.................................................27
10.3 Comercialização e preparação para o mercado.......................28
11. Legislação...........................................................................................28
12. Considerações finais...........................................................................29
13. Referências bibliográficas...................................................................30
1. Introdução
Existem diversas razões para se criar abelhas, sendo hoje possível até viver
somente dessa atividade. A apicultura pode ser desenvolvida em conjunto com
diversas outras atividades, mas não se deve achar que as abelhas trabalham
sozinhas, elas necessitam de muita dedicação e estudo do apicultor. Na prática a
criação de abelhas pode trazer renda na comercialização do mel, própolis, cera e
pólen, mas também é rentável explorar produção da geleia real, rainhas, enxames,
apitoxina e até mesmo o aluguel de abelhas para a polinização.
Uma colmeia, bem cuidada pode produzir mais de 50 kg de mel por ano.
Além disso, após o apicultor adquirir certa experiência, o trabalho, além de não ser
difícil, passa a ser até prazeroso. Se na produção apícola não se obtiver boa
produção, não se perde o investimento. O apicultor mesmo poderá definir a
quantidade de colmeias, que terá condições de cuidar, e se o espaço comportar
esse número. O investimento inicial é considerado baixo e o retorno é
relativamente rápido.
1
A apicultura é uma atividade que gera muitas oportunidades de trabalho,
envolvendo todos os integrantes de uma família. Além da melhoria nas condições
de vida de quem a prática, auxiliando assim na redução da evasão no campo.
3. Histórico
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corremos o risco de regredir na qualidade dos enxames, isto é, de nada adianta o
apicultor adquirir enxames de excelente qualidade, sabendo que o ciclo de vida
das abelhas é muito curto e a variabilidade genética muito dinâmica. Na natureza
os cruzamentos das abelhas, são contínuos, e muitas vezes esses cruzamentos,
não contemplam o interesse do apicultor.
O desenvolvimento da apicultura moderna, com o auxílio da tecnologia, nos
permite o melhoramento genético. A genética baseada nas leis de Mendel se
transformou em uma ferramenta muito poderosa, e na apicultura tem sido muito
estudada. Com ela podemos realizar diversas melhorias nos enxames de acordo
com nossas necessidades, podemos melhorar a produtividade do mel, da própolis,
do pólen, enfim qualquer produto que desejarmos. A agressividade também pode
ser melhorada com o melhoramento genético, além da resistência a doenças,
entre outras melhorias.
4. Biologia da abelha
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Tabela 1: A classificação zoológica da abelha (Apis mellifera).
Reino Animal
Classe Insecta
Ordem Hímenópetera
Sub-ordem Apócrita
Família Apidae
Sub-família Apinae
Super-família Apoidea
Tribo Apini
Gênero Apis
Espécie Mellifera
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Raças europeias
Apis melífera melífera Apis melífera ligustica
Apis melífera carnica Apis melífera caucasica
Raças orientais
Apis melífera indica Apis melífera florea
Apis melífera dorsata Apis melífera meda
Raças africanas
Apis melífera intermissa Apis melífera lamarckii
Apis melífera campencis Apis melífera adansoni (Scutelata)
4.1 A Rainha
A rainha se desenvolve a partir de um ovo fecundado, idêntico aos que dão
origem a novas operárias. Esse desenvolvimento se dá em células especiais,
denominadas de realeiras, construídas pelas operárias e preparadas
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especialmente para formar um indivíduo sexualmente maduro (as operárias são
inférteis). Normalmente existe uma única rainha em cada colônia, sendo esta
responsável pelo equilíbrio populacional da família, e alimentada durante toda a
vida por geleia real. O desenvolvimento se diferencia devido à alimentação
exclusiva através da geleia real, rica em proteínas e hormônios, produzida a partir
de glândulas presentes na cabeça das operárias mais jovens. Todas as larvas são
alimentadas com um pouco de geleia real, mas somente as futuras rainhas se
alimentam exclusivamente dela. A rainha nasce a partir de 16°. dia da postura
(Figura 2), apesar de possuir o ciclo de nascimento mais curto em relação aos
zangões e as operárias, ela pode viver em média 5 anos. Apesar de ser, fácil a
identificação de uma rainha na colmeia, é interessante, que se faça a marcação
com tinta, no dorso da mesma na seguinte combinação de cores/ anos:
Cor Anos terminados em
Branco 1 ou 6
Amarelo 2 ou 7
Vermelho 3 ou 8
Verde 4 ou 9
Azul 5 ou 0
Tabela 2: Relação cores/ anos.
4.2 As operárias
As abelhas operárias são responsáveis por todo o serviço de limpeza,
produção e defesa da colmeia, e encontram-se cerca de 60.000 em cada colmeia.
Suas atividades são realizadas instintivamente de acordo com sua idade. Na
espécie Apis melífera, somente as abelhas operarias possuem a corbícola,
localizada nas pernas posteriores. Essas estruturas são utilizadas também para a
realização da polinização, já que no momento em que a abelha coleta o néctar ou
mesmo o pólen, ocorre a transferência desse pólen das anteras para os estigmas,
e quando atinge o ovário da flor, ocorre a fecundação, gerando a produção de
frutos. Como a rainha, as operarias, provem de um ovo fecundado, entretanto após
o terceiro dia, este não receberá mais a geleia real, portanto a alimentação, que as
diferenciam no desenvolvimento da abelha rainha. O ciclo devida de uma operária
é de 21 dias até seu nascimento (figura 2), e vive em média 42 dias.
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4.3 Os zangões
Os machos ou zangões vivem somente para se alimentar e fecundar a
rainha, são encontrados aproximadamente 300 zangões em uma colmeia, nascem
a partir de um ovo não fecundado (partenogênese), e são maiores que as
operárias. Seu ciclo de vida é o maior entre as castas, levando 24 dias até o
nascimento (figura 2), e pode viver em média 80 dias. Quando há grandes
quantidades de mel na colmeia, os zangões são mais abundantes e quando falta
alimento, estes são expulsos da mesma. Seus alvéolos são facilmente observados
no interior da colmeia, por serem bem maiores, se comparados aos das operárias,
possuindo seus opérculos avançados, em relação aos das operárias. A
maioridade sexual do zangão é atingida aos doze dias; quando um zangão
fecunda uma rainha seus órgãos sexuais “explodem”, isso faz com que ele morra
no mesmo momento. O zangão não possui ferrão, e tem livre acesso as outras
colmeias, podendo entrar a sair quando quiser.
As Abelhas Mudam de Corpo: Durante seu ciclo vital, elas passam por
quatro etapas muito diferenciadas:
Ovo.
Larva.
Ninfa.
Adulto.
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Figura 2: Ciclo evolutivo das três castas da Apis melífera.
5. Anatomia e fisiologia
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e outros líquidos. As Glândulas hipofaringeanas, salivares e mandibulares são as
responsáveis pela transformação do mel e da geleia real.
O tórax suporta os órgãos de locomoção das abelhas e é dividido em três
partes: protórax, mesotórax e metatórax.
No abdômen estão localizados os principais órgãos de uma abelha, como:
aparelho reprodutor, sistema digestório, aparelho respiratório, glândula de veneno,
coração dentre outros.
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6. Evolução da apicultura
7. Materiais
Com o avanço da tecnologia e pesquisas na área da apicultura, esta vem se
modernizando cada vez mais. Muitos materiais foram desenvolvidos nos últimos
anos, mas nada impede de utilizarmos alguns materiais ou equipamentos mais
antigos desde que se tomem alguns cuidados adicionais. Como citado
anteriormente a caixa padrão Langstroth foi um avanço, muito discutido, aceitos
por uns, criticados por outros, mas é o padrão adotado pela maioria dos produtores
apícolas mundiais. Assim sendo todos os demais equipamentos e ferramentas
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devem atender este padrão. Conhecida também como colmeia padrão ou
universal, idealizada em 1952 por Lorenzo Loraine Langstroth, esta colmeia:
facilita o manejo; favorece alta produção de mel; possibilita a centrifugação dos
favos e seu reaproveitamento; possibilita a produção de mel de boa qualidade. A
construção da colmeia Langstroth deve seguir rigorosamente as medidas, afim de
evitar falta ou sobra de espaço, respeitando-se o espaço abelha.
A colmeia Langstroth é composta por um fundo (assoalho), ninho que
comporta dez quadros e uma tampa. A melgueira que também comporta dez
quadros, porém estes possuem menor altura relacionados aos quadros do ninho.
O fundo é avançado cerca de 10 cm da caixa, servindo de plataforma para
auxiliar as abelhas nos pousos e decolagens, sendo essa entrada da colmeia
chamado de alvado. No alvado poderão ser instalados vários dispositivos como: o
caça pólen, o alimentador Boardmann, o coletor de apitoxina, entre outros.
Muitos outros acessórios também auxiliam muito no manejo da colmeia
como a tela excluidora intermediária e de alvado, os alimentadores, tabuas
divisórias, escape abelhas, redutor de alvado.
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Além da caixa, outro item a ser escolhido em um apiário é o cavalete, pois é
um suporte indispensável que irá sustentar a caixa, muitas vezes servindo também
de proteção contra certos predadores. A escolha dos cavaletes pode variar muito
devido a diversos fatores, por isso fica a critério do apicultor, importante salientar
que este deve permanecer limpo sem utilização de produtos tóxicos para
impermeabilização, ou com intuito de expelir predadores. As caixas tipo Langstroth
devem ser confeccionadas em madeira (pinho, cedrinho, eucalipto, outras), de
preferência proveniente de reflorestamento (manejo sustentável). Enfatizamos aqui
que a apicultura deve ser desenvolvida, como uma atividade, que auxilia o meio
ambiente, assim, se deve contribuir ao máximo com a redução do impacto
ambiental.
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7.1 Ferramentas e equipamentos
Formões
Fumigador
Um pegador de quadros, que auxilia na retirada dos quadros e evita o
esmagamento de abelhas.
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7.2 Apiário
Entende-se por apiário o local onde são colocadas várias caixas, que alojam
as abelhas, pode ser instalado tanto em pequenas, médias, quanto em grandes
propriedades. A florada existente no local é de fundamental importância para o
bom desenvolvimento do apiário. Deve se evitar locais de grande movimento não
podendo ser instalados próximos a currais, pocilgas, aviários, canis, escolas, ou
seja, onde haja aglomeração de pessoas ou animais confinados.
A maioria dos apiários são construídos em locais de fácil acesso para o
apicultor, devido ao peso das caixas quando estão cheias de mel, é importante que
se possa chegar com um veículo próximo ao apiário. É perfeitamente possível
instalar um apiário em várias condições de terreno até mesmo em regiões
montanhosas, pois para a abelha o importante mesmo é que existam fontes de
água limpa, néctar e pólen próximos da colmeia.
Devido a crescente procura por produtos apícolas muitos apicultores, que
possuíam apiários fixos, optaram em praticar a chamada apicultura itinerante ou
migratória. Que consiste em realizar um estudo do potencial produtivo da região,
sendo assim criado um cronograma de acordo com a época de florada. O apiário
passa então a ser transportando, de uma região para outra conforme a
disponibilidade da florada, aumentando assim a produção.
Alguns fatores devem ser seguidos para a escolha do apiário:
Proteção contra ventos fortes;
Locais com baixa presença de formigas;
A florada de ser abundante e o mais próxima possível do apiário
(1500m de raio no máximo);
Locais afastados de rodovias (100 a 150m);
Áreas afastadas de pedestres e tratores.
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7.2.1 Como conseguir meu primeiro enxame?
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Outra opção é a captura com caixas isca adicionada de ferormônio
(substância que atrai as abelhas), possui um custo baixo e pode ser aplicado por
qualquer pessoa. Além de poder ser usada na prevenção de enxames, quando se
quer evitar, que estes habitem lugares indesejáveis. As abelhas africanas têm o
habito de migrar, esse processo de migração é um processo natural de divisão de
colmeias, porém em nosso caso um processo indesejável, quando já a
capturamos. A enxameação ocorre com mais frequência na primavera e no verão.
De posse dessas caixas devem ser logo encaminhados, para o local, onde
ficarão em definitivo, isto é, no apiário fixo. Este já deve ter sido planejado com
certa antecedência e possuir a estrutura necessária para a acomodação das
caixas. O ideal é que o apiário se encontre limpo, com os cavaletes devidamente
posicionados. Todos os cuidados, quanto a instalação do apiário, devem ser
tomados antes da chegada dos enxames, evitando assim o menor estresse
possível nas colmeias.
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uma serie de insetos. Outras plantas melíferas de nossa região são: Alecrim do
campo, assa-peixe, cambará, carqueja, citros, aroeira,
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Com o passar do tempo o apicultor aprende a conhecer a colmeia, com a
retirada da tampa, já é possível identificar algumas situações relacionadas ao
enxame.
De posse de todos os equipamentos descritos anteriormente, pode-se iniciar
a revisão das colmeias.
Basicamente uma boa revisão além de ser rápida, deve ser objetiva, após
adicionar um pouco de fumaça, o apicultor abre cuidadosamente a tampa, com o
auxílio do formão, de imediato verifica-se o volume de abelhas, a quantidade de
alimento, ovos, larvas e alvéolos operculados com cria (pulpa), se tudo estiver
correto é só fechar a caixa e partir para a próxima. Quando diagnosticado algum
problema, este deve ser solucionado o mais breve possível, levando-se em
consideração o rápido ciclo de vida das abelhas. Qualquer problema mais sério
pode acarretar em perda do enxame, seja por morte ou evasão do mesmo.
A apicultura além de uma atividade rentável, ainda auxilia na
conscientização de preservação da natureza, é típico de qualquer apicultor o
respeito ao meio ambiente.
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introduzindo uma rainha nova. Mas a divisão só deve ocorrer em enxames fortes,
do contrário o insucesso é quase certo.
União de enxames
Em épocas de inverno rigoroso escassez de alimento, a união de enxames
pode ser uma opção para minimizar as perdas dos mesmos. São várias as
técnicas utilizadas para a união de enxames: Método de pulverização com xarope,
intercalação dos quadros, folha de papel.
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- Não limpa o apiário facilitando a ação de outros inimigos;
- Não trata as abelhas contra as enfermidades;
- Instala o apiário em local úmido e sombrio no inverno;
- Deixa as colmeias jogadas no chão;
- Tira todo o mel e deixa as abelhas morrerem de fome no inverno;
- Usa fumaça tóxica nas abelhas;
- Mata famílias com álcool e inseticidas;
- Nada planta em favor das abelhas;
- Derruba as florestas desordenadamente;
9. Produtos da colmeia
9.1 Mel
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rapidamente ou lentamente dependendo da origem botânica e da temperatura
ambiente, em épocas mais frias o mel tende a cristalizar mais rapidamente.
Composição do mel
Umidade 16,0 à 20,0 %
Açúcares 75,0 à 79,0 %
Proteínas até 1,0 %
Ácidos orgânicos 3,5 à 4,5%
Minerais até 0,2 %
Vitaminas -
Enzimas -
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produto é exposto a temperaturas superiores a 35 °C por longos períodos, o que
exige cuidados específicos durante a produção e processamento do mel.
Os procedimentos de extração do mel são:
Recepção das melgueiras
Desoperculação
Centrifugação
Filtragem
Decantação
Envase
Armazenamento
9.2 Própolis
A própolis é uma substância resinosa, coletada pelas abelhas a partir de
secreções ou exuldatos de várias partes das diferentes espécies de plantas, como
folhas, fendas e cascas dos troncos de árvores. No interior da colméia é utilizada
pelas abelhas no reparo de frestas ou danos a colméia, no preparo de locais
assépticos para a postura da abelha rainha e na mumificação de insetos invasores.
A melhor época para coleta da própolis é após o inverno, pois as abelhas
propolisam todo e qualquer orifício da colméia, aumentando assim, muito a
quantidade de própolis. Essa coleta pode ser realizada por uma simples raspagem
desta própolis com o formão ou utilizando técnicas específicas para a produção e
colheita. No Brasil, a produção de própolis é estimada em torno de 100 toneladas
anuais, sendo grande parte destinada à exportação, tanto na forma bruta como em
produtos manufaturados, alcançando elevados preços no comércio exterior e
representando uma importante fonte de renda.
Devido a sua complexa composição a cada dia a própolis vem sendo cada
vez mais estudada e são inúmeras suas propriedades biológicas.
Extratos alcoólico de própolis possuem atividades cientificamente
comprovadas: antifúngicas, antiprotozoárias, bactericidas, antivirais e ainda
existem muitas pesquisas em andamento com relação a outras propriedades da
própolis.
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Composição da Própolis Bruta
Umidade máximo de 8%(m/m)
Cinzas (minerais) máximo de 5% (m/m);
Cera máximo de 25 % (m/m);
Compostos Fenólicos mínimo 5 % (m/m);
Flavonóides mínimo de 0,5 % (m/m);
9.3 Pólen
Pólen é o gameta masculino da flor, formado por microscópicos grãos de
diversas formas, cores e sabores, localizado nas anteras, extremidade dos
estames, de onde é retirado pelas abelhas, levado até a colmeia e depositado nos
alvéolos para uso no preparo do alimento normal e da geleia real.
Da mesma forma que a própolis, o pólen também possui inúmeros
benefícios comprovados cientificamente, dentre eles: extraordinário tonificante e
estimulante (vigor físico), combate a arteriosclerose, depressão física e mental,
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fraqueza ocular, evitar nervosismo e insônia, distúrbios da memória, impotência e
astenia sexual, e muitas outras indicações.
A coleta do pólen é realizada com um equipamento chamado de caça-pólen,
que é colocado no alvado, tomando toda a entrada da caixa. As abelhas que
passam pelo caça-pólen, automaticamente passam por uma tela especial com
espessura entre 4,5 a 5,0mm, onde o pólen fica retido e cai na bandeja de coleta.
Posteriormente retira-se a bandeja e segue o processamento do pólen, que nada
mais é que a desidratação e separação de partículas estranhas.
Os procedimentos para a coleta do pólen apícola são:
coleta (gavetas do caça pólen)
congelamento
secagem
higienização
envase
Todo o apicultor que desejar coletar pólen, de maneira racional e lucrativa,
precisa saber em quais épocas do ano acorre o maior pique de entrada do mesmo
nas colmeias.
Para isso, é interessante fazer um mapa da floração.
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9.5 Outros produtos
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banheiro, vestiário e depósito. Os banheiros e vestiários não podem ter
comunicação direta com as áreas de processamento de alimento.
O fluxo do mel no estabelecimento deve ter sentido único, não sendo
admitido o cruzamento entre o mel processado e as melgueiras no interior da casa
do mel. Assim os favos chegam na recepção, passam para a desoperculação, indo
em seguida para a centrifugação. Na saída da centrífuga o mel é filtrado e segue
para os tanques de decantação. Após a decantação pode ser embalado, e segue
para o depósito ou comercialização. O depósito deve possuir saída exclusiva para
a expedição do mel.
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O acondicionamento do produto embalado também é um fator muito
importante, pois suas características nutritivas, devem ser preservadas de
qualquer maneira. Para o caso de potes de vidro, plástico ou baldes de mel, é
importante armazena-los em local fresco e arejado, temperaturas elevadas
diminuem o valor nutricional do mel, e temperaturas baixas, fazem com que o mel
cristalize mais rapidamente.
A própolis bruta recém-colhida necessita de embalagem à vácuo para ser
congelada, já os extratos de própolis podem ser acondicionados em frascos de
vidro na cor âmbar esterilizados.
A geleia real deve ser colocada em potes plásticos para o congelamento.
O pólen deve ser armazenado em freezer até a desidratação, quando este
atingir a concentração de umidade adequado, pode ser acondicionado em sua
embalagem final, e também mantido em lugar fresco e arejado.
27
11. Legislação
de própolis.
Bebidas Embalados.
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12. Considerações finais
A globalização fez com que hoje, o apicultor possa se dar ao luxo, de escolher
um único segmento da apicultura, sendo este, suficiente para viver com uma boa
qualidade de vida. No Brasil já existem apicultores trabalhando somente com um
segmento da produção. Por exemplo, podemos citar a cera que vem sendo muito
utilizada como matéria prima para indústria de cosméticos, de velas artesanais, ou
até mesmo na confecção da cera alveolada, que possui uma boa clientela.
Em muitos estabelecimentos trabalham diretamente com os produtos apícolas,
o mel está deixando de ser o produto principal, embora ainda há muito caminho a
ser percorrido.
ARAUJO, N. Ganhe muito dinheiro criando abelhas. 1.ed. São Paulo: Nobel,
1983. p.212.
ALMEIDA-MURADIAN, L.B.; BERA, A. Manual de controle de qualidade do mel.
São Paulo: APACAME, 2008. p.32.
BRASIL, Instrução Normativa n.3 de 19 de janeiro de 2001. Regulamentos
[http://oc4j.agricultura.gov.br/agrolegis/do/consultaLei?op=viewTextual&codigo
[http://oc4j.agricultura.gov.br/agrolegis/do/consultaLei?op=viewTextual&codigo=
29
mel e demais produtos apícola com adições,
[http://www.agricultura.gov.br/sda/dipoa/resolucao01_190601.htm.] 19 de
outubro de 2004.
Embalados.[http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/40_01rdc.htm] 19 de outubro
de 2004.
30