E-book-João Medina-Pensar e Sentir A História
E-book-João Medina-Pensar e Sentir A História
E-book-João Medina-Pensar e Sentir A História
Pensar E Sentir
A História
Título
JOÃO MEDINA
Pensar e Sentir a História
Capa
Composição da capa feita por Clássica - Artes Gráficas
a partir da gravura Place des Quatre Dauphins, Aix-en-
-Provence, ilustração de Christine Le Boeuf (1981). Foi
nesta cidade, na Faculdade de Letras (Universidade da
Provença) que João Medina iniciou a sua carreira de
Professor Universitário (1970-1974).
Comissão Organizadora
António Ventura; Sérgio Campos Matos;
Ernesto Castro Leal; José Brissos
Coordenação editorial
José Varandas
Fotografia
Víctor S. Gonçalves (João Medina - Estoril, 2007)
Editor
Centro de História da Universidade de Lisboa
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Alameda da Universidade
1600-214 LISBOA
PORTUGAL
e-mail: [email protected]
http://www.fl.ul.pt/unidades/centros/c_historia/
Copyright
Centro de História da Universidade de Lisboa
Data
Junho de 2009
Execução Gráfica/Impressão
Clássica - Artes Gráficas · Porto
Depósito Legal
000 000/09
ISBN
978-989-8068-04-0
Financiamento
Programa Operacional Ciência e Inovação do Quadro
Comunitário de Apoio III
Câmara Municipal de Cascais
JOÃO MEDINA,
II – PERCURSOS
III – TESTEMUNHOS
41 Na peugada de Teseu
Norberto Ferreira da Cunha
IV – AUTOBIOGRAFIA
51 O Labirinto do Exílio
João Medina
63 Nota prévia
José Brissos
7
I – Apresentação
Cinquenta Anos depois…
11
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
permitia ler com gosto e não por obrigação ou penitência. Lera diversos
artigos seus publicados tanto na Seara Nova como na revista Vértice e o
Eça Político. Tinha que conhecer pessoalmente esse professor e, mais do
que isso, ser seu aluno. Decidi ir falar com ele no início do ano lectivo e
expor-lhe a minha situação, isto é, manifestar o interesse de frequentar
as suas aulas, mas com as reservas do tempo e da distância que só me
permitiriam comparecer uma vez por semana. Recebeu-me cordialmente
– até referiu um livrinho que eu tinha publicado há anos – e consentiu
que frequentasse a turma com as limitações anunciadas.
Foi assim que conheci João Medina. Essas aulas despertaram a minha
atenção para novos campos que nunca me tinham interessado, em especial
o da História da Cultura e das Mentalidades, e para a necessidade de olhar
para a História, não como uma espécie de território ilhado, mas na sua
relação com outros campos do saber – Literatura, Filosofia, Arte… – numa
incessante dialéctica que derruba fronteiras e enriquece, pela integração
e pela contaminação positiva. Depois da licenciatura fui seu aluno de
mestrado – o primeiro mestrado em História Contemporânea da Faculdade
de Letras –, que concluí quando já tinha entrado para o Departamento de
História da Faculdade, seguindo-se o doutoramento, sempre com orientação
sua. E naquele Departamento fiz toda a carreira, desde assistente estagiário
até professor catedrático, num convívio de muitos anos, com numerosos
projectos comuns dentro e fora da Universidade. Segui, por isso, toda a
produção de João Medina, fundamental, na renovação da historiografia
portuguesa contemporânea, com tudo o que trouxe de inovador e de polé-
mico. De entre as várias qualidades que a sua obra apresenta destaco uma
que é rara entre os nossos historiadores: não deixa ninguém indiferente,
suscita polémica, agita. Dessa actividade falam, neste volume, outros
colegas, com maior propriedade.
12
I – Apresentação
António Ventura
(Director do Centro de História da Universidade de Lisboa)
13
II – PERCURSOS
Marcas de uma biografia académica e
intelectual
17
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
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II – Percursos
19
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
Poucos anos depois, João Medina viria a dirigir a História de Portugal desde
os tempos pré-históricos aos nossos dias (15 vols., Lisboa, 1993; reeditada em
1998 e em 2004), com colaboradores de diversas universidades, portuguesas
e estrangeiras. Para além das temáticas já referidas, aí deu atenção a outros
temas que há muito despertavam o seu interesse como o sebastianismo, Vol-
taire e Portugal, o III Império português, o Panteão, a crise colonial do final
de Oitocentos em Portugal e Espanha e as campanhas militares em África
nessa mesma época. Ou a figuras de políticos, intelectuais e artistas que, de
um modo ou doutro, divergiram das situações políticas em que viveram, em
atitudes diversas de vanguardismo crítico: Alexandre Herculano, Antero de
Quental, Eça de Queiroz e outros intelectuais da Geração de 70, Machado
Santos, João Chagas, Fernando Pessoa, António Sérgio, Humberto Delgado,
Jorge Botelho Moniz, José Rodrigues Miguéis ou João Abel Manta. Por outro
lado, regressava de um modo recorrente a temas da sua predilecção, alargando
e desenvolvendo interpretações anteriores: Eça de Queiroz e a Geração de 70
(As Conferências do Casino e o socialismo em Portugal, Lisboa, 1984; A Geração
de 70, geração europeísta e revolucionária, Cascais, 1999; Reler Eça de Queiroz,
Lisboa, 2002), Sidónio Pais e o sidonismo (Morte e transfiguração de Sidónio
Pais, Lisboa, 1994; O «Presidente-Rei» Sidónio Pais, Lisboa, 2007). E, sempre,
Salazar e o fascismo, indagando a especificidade da ideologia e mentalidade
salazaristas, a propósito da trilogia «Deus, Pátria, Família», que funcionou
como divisa política e educativa do regime autoritário, inscrita no programa
do catolicismo conservador neotomista, antiliberal e anti-socialista, muito
devedor das encíclicas papais, a partir do Papa Leão XIII. O ideal rústico, a
sociedade orgânica, a família nuclear, o Estado forte, uma contida moderni-
zação e um império a conservar eram tópicos dessa especificidade, vertida no
«viver habitualmente», que afastava nalguns aspectos essenciais o salazarismo
do fascismo italiano, aproximando-os noutras dimensões. João Medina deu
contributos relevantes para esse debate, que ainda hoje continua.
20
II – Percursos
21
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
22
II – Percursos
23
III – TESTEMUNHOS
João Medina.
Discurso na praia dos náufragos
1
Conheci João Medina, ainda aluno da Faculdade de Letras de Lisboa, sendo eu já docente,
nessa mesma Escola. A sua presença não podia ficar despercebida, porque, já nessa fase do
seu percurso académico, era notada a sua activa e inconfundível participação nas aulas, um
modo de ser e de actuar que o futuro confirmaria e desenvolveria, tendo nas esparsas leituras
autobiográficas de Medina uma referência significativa. Acompanhei, mais tarde, a sua acção,
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JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
Falar do escritor, todavia, seja ele qual for, não é tarefa fácil, menos ainda
na leitura da obra escrita de João Medina que, in actu exercito e em asserções
explicitamente assumidas, nos conduz ao estrato profundo da linguagem, do
qual esta é expressão – a cultura. É desta que as Humanidades se alimentam,
devendo a estatura do escritor ser aferida pela sua cultura, que não se cifra na
riqueza da erudição, embora se possa pacificamente adiantar que, no caso de
João Medina, deparamos com um fenómeno ímpar de cultura e de erudição.
Retomando a articulação escritor/professor, acrescente-se que ela, em João
Medina, reveste uma específica configuração: nem é um puro escritor, se
apreciarmos este apenas por critérios estéticos, nem é o professor típico, se
bem se reconheça, desde já, a sua fundamental contribuição, sempre à margem
do programa, diga-se, à escola, mais concretamente à área da história – ele que
não se considera historiador, não obstante ter dirigido uma enorme edição
de História de Portugal –, precisamente porque levou à história académica
o que ela não costuma desenvolver, o raizame cultural e, neste, o reino da
complexidade, onde o próprio drama humano, não apenas o registo dos
extermínios bélicos, tem lugar. Pouco moldável à instituição escolar e ousado
contestador dela, o que João Medina recusa é o papel de docente repetidor
ou de mero transmissor de conhecimentos, função que, paradoxalmente, a
escola-ciência do Ocidente continua, hoje, a alimentar.
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III – Testemunhos
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JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
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III – Testemunhos
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JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
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III – Testemunhos
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JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
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III – Testemunhos
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JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
João Medina, também patriota excessivo, que felicita Portugal por haver
voltado à Europa, depois dos repetidos naufrágios, através dos mares da sua
história, não consegue ver Portugal, que tanto europeizou, a europeizar-se
minimamente. Esta incapacidade lusa, porém, dá ensejo ao escritor para
construir um quadro paradigmático, substituindo o mapa agreste e violento
da existência por um conforto ameno e tranquilo, senão mesmo de recortes
epicuristas. João Medina, ao contrário do que exigiu aos portugueses, não se
volta para a terra firme e rica da Europa, mas para o mar, que contempla, desde
um lugar estratégico, situado no 9.º andar de um prédio do Monte Estoril. É
significativo que se quede – cansado? – na costa marítima portuguesa, numa
estância agradável e famosa, e que esse mar seja o horizonte, talvez derradeiro,
do seu olhar, do olhar humano. Nada é maior do que o mar; nada é mais
antigo do que o mar; nada é mais enigmático do que o mar; nada mais, além
do mar, merece ser contemplado.
36
João Medina – entre um braço gravado
e o mar aberto
37
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
Com razões para isso, adiante-se, tão grande foi a manipulação ideológica
e histórica que acompanhou os grandes e pequenos conflitos. Mas com perigos
evidentes para a manutenção da História como «ciência» possível, sobretudo
quando ultrapasse a mera seriação quantitativa e, sem a descuidar, pretenda
ser «humana».
João Medina manifesta, por obra escrita e ânimo evidente, uma sensi-
bilidade essencialista, na (des)medida do que pretende. Nada menos do que
a humanidade realmente vivida e geralmente sofrida de pessoas ou povos
inteiros. Nada menos do que a dimensão trágica – ou dramática e por vezes
«melodramática» – da humanidade que compartilhamos em devir.
38
III – Testemunhos
Acontece porém – e ainda bem que acontece! – que a História assim retomada
abre o seu cultor além dela. Por isso reencontraremos João Medina onde uma
das suas personagens o conduziu: «Tito sonhava há anos com uma casa donde
visse o mar, de modo que a aquisição de um andar bem alto, o último de um
prédio a meio de uma colina, virado para o Atlântico e possibilitando ainda a
39
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
Agosto de 2008
Manuel Clemente
(Bispo do Porto. Professor da Universidade Católica Portuguesa)
40
Na peugada de Teseu
41
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
42
João Medina e
os Náufragos do Mar da Palha
Foi nas capas dos livros que primeiro encontrei João Medina. Depois li-o
e prolonguei o conhecimento seguindo-lhe as polémicas, como uma famosa
sobre Portugal, Portugalinho, que na altura deu brado. Mas essa colou-lhe o
labéu de «difícil», agressivo no verbo, no mais virulento jeito da escaramuça
verbal portuguesa. Um dia, porém, a FLAD entregou-mo de bandeja. O próprio.
Tratava-se de o trazer por um ano para a Brown como Professor Visitante num
programa de cooperação, entre aquela Fundação e a universidade onde lecciono,
destinado a alargar a oferta de cursos sobre Portugal Contemporâneo. Tinha
eu tido já uma dúzia de anos antes a experiência de receber em Providence
um outro polemista igualmente com fama de duro e difícil, o meu patrício
açoriano José Martins Garcia, até então também meu conhecido apenas de
obra. Dessa vez fora a Gulbenkian – ou melhor, José Blanco – a fazer-me a
oferta. Afinal, Martins Garcia acabou por ganhar aqui entre as secretárias do
então Centro de Estudos Portugueses e Brasileiros o cognome de – imagine‑se!
– S. Tomás de Aquino, tal era para elas a postura de ser humano colada a
uma imagem física não muito distante da do medievo filósofo. O ambiente
sereno do campus da Brown revelara uma personalidade desconhecida pelos
colegas em Portugal. Com base nessa experiência, apostei de olhos fechados na
vinda de João Medina e o feito repetiu-se. Dias calmos em Rhode Island, uma
estupenda peça literária relatando os seus dias de Providence, confirmou que
mais um espírito polémico e temperamental apenas invectivava no ambiente
intenso e provocador da pátria, particularmente na sua vertente lisboeta.
Fora de muros, João Medina era afinal um bem-humorado conversador,
cordato e imparável, capaz até de ares de bonomia, e os serões em minha
43
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
Esse João Medina voltou a ressurgiu-me anos mais tarde, quando aqui
regressou para mais uma temporada, dessa vez mais curta, de apenas um
semestre. O buraco negro de Lisboa atraía-o e não o deixava longe por muito
mais tempo. Acabou mesmo por sorvê-lo até à aposentação, altura em que
todos esperamos que o Estoril consiga replicar à sua volta os dias calmos que
gozou em Rhode Island.
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III – Testemunhos
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JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
Digamos que João Medina nos ofereceu uma hiperbólica viagem ao fundo
do país, mas também do mundo contemporâneo e de nós mesmos. Ou que
exibe para nós um terramoto de 1755 alargado à pátria inteira e quase ao
mundo todo, em livro que se pode ler com o gozo de uma experiência virtual
porque ao fim e ao cabo não mata a sério, embora de modo algum nos deixe
incólumes.
46
IV – AUTOBIOGRAFIA
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
48
IV – AUTOBIOGRAFIA
49
O Labirinto do Exílio
Do alto do meu 9.º andar do prédio onde habito no Monte Estoril, olho o
mar diante de mim e, ligeiramente à direita, a serra de Sintra, e tento resumir
numa fórmula estes mais de 60 anos de errâncias pelo mundo, de Lourenço
Marques à Nova Inglaterra, de Joanesburgo da minha meninice à Provença, onde
dei aulas, pela primeira vez, numa universidade, passando por tantos outros
lugares, ora mágicos, ora dolorosos e cheios de amargura do «pobre lusíada
coitado» que sou, círculos dum labirinto sem fim onde ando perdido desde que
a minha mãe Elisa me deitou ao mundo, terras como a Estrasburgo onde penei
três anos, debaixo da neve, do gelo e da atmosfera glacial da própria Alsácia,
para, graças a uma providencial bolsa gulbenkiana, me doutorar em Sociologia,
ou a Lisboa onde, em 1949, os meus pais vieram deixar-me enclausurado por
cinco anos no cativeiro dum colégio em Carnide, e acabo por hesitar entre
escolher labirinto do exílio, ou passadas de erradio em busca duma Pasárgada
que, às vezes, aqui e ali, julguei habitar, como quando, acabado o tormento
do internato militar, regressei à cidade das acácias e dos jacarandás onde
nascera, e ali gozei dum biénio maravilhoso para terminar o liceu, dispondo,
na Pensão Martins, dum quarto cheio de livros, duma motoreta alemã, duma
mesada confortável, e ainda aquela inebriante sensação de que fora libertado
duma Sibéria lisboeta... Mas não deveria eu começar com os quatro anos de
expatriação inicial em Joanesburgo, onde frequentei um colégio inglês, na Koch
Street, e, sem o saber, fui contaminado por um estrangeirismo que acabaria
por se tornar numa segunda natureza íntima e indelével, numa característica
cultural e genética (social) essencial?
51
Notícia do Diário de Lisboa (11/7/1970), texto de José Carlos Vasconcelos,
então redactor do DL.
João Medina, Guida Miriam e os filhos, Gisela,
Sibila e Daniel, em Aix-en-Provence (1971).
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
54
IV – AUTOBIOGRAFIA
Depois, por outras duas vezes (1993-4 e 1998) tive a ventura de conhecer,
leccionando nela, uma das mais atraentes universidades dessa grande Amé-
rica que eu sempre imaginara, desde Moçambique, como a alma impetuosa,
dinâmica, e esperançada e generosa dos poemas de Whitman, a Brown
University, na providencial Providence, no «Ocean-State» que é a Ilha de
Rodes, o mais pequeno estado de todos os Estados Unidos, uma espécie de
Aix re-inventada do lado de lá do mar oceano, nessa Nova Inglaterra à qual
dediquei tantas crónicas entusiásticas no JL (e que ando agora a reunir para
um livro de amor fiel que se há-de chamar A minha América). Aqui, sim, talvez
pela primeira vez da minha vida de scholar andarilho, me senti plenamente
feliz com os alunos, os colegas e o meio ambiente, numa cidadezinha-jardim
que unia a distante Grécia dos filósofos aos intelectuais europeus que, desde
a Idade Média, iam erguendo o sonho duma comunidade de saber em diálogo.
A Brown, com os seus relvados verdes e os seus departamentos distribuídos
por pequenas vivendas espalhadas pelo campus – agora, sim, eu entendia onde
iam as universidades americanas buscar esse termo idílico ao latim, para
exprimirem esse ideal de como deve viver e convive a comunidade urbana
do meio académico –, fazia-me sentir como um verdadeiro profissional da
cultura, rodeado de opulentas bibliotecas abertas até altas horas da noite,
numa escola que promovia encontros e debates e colóquios a todo o momento
e sob todos os pretextos, e tratando de omni re scibili, mesmo que fosse difícil
esquecer que tal prodígio académico da ivy league tivesse nascido, no séc.
XVIII e antes mesmo da Independência americana, graças a um mecenas
enriquecido em sórdidos negócios do esclavagismo.
Ali, sim, em 1993 e cinco anos mais tarde, pisei o macio e acolhedor yellow
brick road que todo o humanista europeu, de Erasmo a Max Weber, sonharia
ter podido conhecer… A consabida expressão «Novo Mundo» ganhava, neste
âmbito universitário, todo o sentido de uma descoberta paradisíaca, que
agradava ao mais íntimo da minha alma de professor errante, em demanda
da sua Pasárgada onde reinasse, além da hospitalidade dos anfitriões da terra,
a camaradagem simpática de alunos interessados e de colegas amáveis, e, por
fim, o apoio de bibliotecas que eram verdadeiras cavernas de Ali Bábá, abertas
noite e dia, com o Saber Universal disposto em labirintos de estantes sem fim,
à disposição do visitante mais pantagruélico ou bulímico de festins livrescos.
55
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
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IV – AUTOBIOGRAFIA
pela cólera de Poseidon, deus das ondas e dos terramotos, se Ulisses o cretense,
pai de Telémaco, viajou sozinho, deixando em casa, dez anos à sua espera,
a paciente Penélope, não será possível conceber que, em certos casos mais
felizes, o prófugo errabundo calcorreia a terra à procura duma Ítaca que nunca
lhe permitiram que fosse sua, mas, desta feita, acompanhado pela mesma
Penélope? Foi o que me sucedeu, uma vez que, no final do meu curso de Letras
e antes de tomar a decisão radical de me expatriar para poder doutorar-me
na França, graças ao generoso tio Calouste Gulbenkian, e fazer uma carreira
universitária que me era vedada no Portugal da Ditadura, como participante
da greve estudantil de 62 (que exprimia, sobretudo, a nossa feroz recusa dum
regime que começava a mandar-nos guerrear e morrer em África) e colaborador
da herética Seara Nova desde esse mesmo ano crucial, me casei, no último ano
do curso, com a Guida Miriam, uma colega de Faculdade, e partimos juntos
para a nossa aventura do exílio, para a nossa particular versão duma odisseia
feita a dois, decididos a só voltarmos à pátria quando houvesse eleições livres
na nossa terra, o que fez de nós uma família com três filhos a vaguear pela
França, primeiro na glacial Alsácia, depois na tão amena Provença, esperando
que D. Sebastião despertasse do seu sono de quase meio século e, empolgado
pelo mote de Zeca Afonso – «Grândola, vila morena, terra da fraternidade.../
Dentro de ti, ó cidade /O povo é quem mais ordena /Terra da fraternidade...» –,
derrubasse a Ditadura, o que aconteceu. Nesta anabasis em demanda do porto
inicial, ou definitivo, a saída de Aix e o regresso ao Portugal democratizado
depois da revolução de Abril de 1974, foi um momento crucial, semelhante
ao clímax da retirada dos Dez Mil, quando os homens de Xenofonte viram
esse mar pelo qual tanto ansiavam, bradando o jubiloso «Talassa! Talassa!».
O nosso regresso de Aix à pátria teve, então, para a Guida Miriam e para
mim, algo de heróico. Metemos os muitos livros da nossa biblioteca e alguns
escassos haveres numa camioneta alugada, mandámos antecipadamente os
filhos para Portugal, em companhia dos avós, e lá regressámos, os corações a
tumultuarem de esperança e angústia, à Pátria Perdida, agora Achada graças ao
25 de Abril. Entrámos noite tardia, pela deserta fronteira alentejana, avançámos
para a nossa casa em Galamares, através dum país adormecido e sem gente
nem sinais muito visíveis de ali ter havido uma revolução recentíssima, a não
ser nos programas radiofónicos e num noutro graffitti nas paredes brancas dos
57
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
Tínhamos regressado a Ítaca, e eu, por meu lado, ia ingressar pela primeira
vez na docência da universidade portuguesa, onde depressa perceberia quanto
é áspero o caminho dos espíritos independentes como eu, assim como são
angustiadas, objecto de desconfianças e antipatias todas as almas que não
se filiam em conventículos políticos ou religiosos, dando-se antes ao luxo de
dispensarem as boleias comprometedoras das carripanas dessas associações
de interesses e fins exteriores ao saber e à sua missão essencial. Pagaria
bem caro andar pelo meu pé e dispensar as ajudas desses lobbies, sobretudo
num país tão maniqueu e culturalmente pobre como o nosso, tão propenso
a acatar catecismos intolerantes e a seguir sátrapas de gabarito mesquinho.
Na Faculdade de Letras de Lisboa, para a qual transitaria, por concurso, em
1979 – depois de dois anos a aprender como funcionava a máquina do Estado
no palácio Foz (o Ministério da Comunicação Social) como Director-Geral
das edições oficiais, às quais agreguei a colecção Terra Livre, designação de
descarada inspiração anarquista –, depressa me vi hostilizado por Montéquios
do antigamente e por Capuletos de Abril. Sobrevivi a esta Cilae e a esta
Caríbdis, seguindo o meu caminho, de acordo com os versos de Paul Anka
na famosa canção de Frank Sinatra:
1
Uma versão detalhada deste meu regresso nocturno ao Portugal pós-Abril 1974 vem
no volume no vol. XIV da nossa História de Portugal desde os Tempos pré-históricos aos nossos Dias,
Amadora, Ediclube, s.d. (1993, reed. 1998), pp. 164-174 (“O meu 25 de Abril”).
58
IV – AUTOBIOGRAFIA
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V – BIBLIOGRAFIA
DO PROFESSOR JOÃO MEDINA
(Recolha e organização de José Brissos)
Nota prévia
José Brissos
63
a) Monografias e
publicações periódicas
1958
1 – “As moscas venenosas”, Diário de Lisboa, Ano 38.º, n.º 12756, Lisboa,
13/6/1958, pp. 13 [colns. 3-4] e 17 [colns. 4-5].
1962
65
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1963
1964
66
V - BIBLIOGRAFIA
1965
1966
67
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
19 – “ Ensaios sobre o Iluminismo. Voltaire – I”, ibidem, vol. XXVI, n.º 274-
275, Coimbra, Julho-Agosto 1966, pp. 457-472.
21 – “ Tonterias filosóficas”, Seara Nova, Ano XLV, n.º 1444, Lisboa, Fevereiro
de 1966, pp. 52-53 e 55.
22 – “ Diálogo sobre Paço d’Arcos”, ibidem, Ano XLV, n.º 1446, Lisboa, Abril
1966, p. 116.
68
V - BIBLIOGRAFIA
1967
69
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1968
34 – “As palavras e as coisas”, Diário de Lisboa, Ano 48.º, n.º 16296, Lisboa,
2/5/1968, p. 17 [colns. 3-4].
70
V - BIBLIOGRAFIA
39 – “ Profecia & Política”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16351, Lisboa, 27/6/1968,
p. 15 [colns. 3-4].
42 – “ A origem dos discos voadores”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16380, Lisboa,
26/7/1968, p. 15 [colns. 3-4].
43 – “ Uma história persa: O jardineiro e a morte”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16386,
Lisboa, 1/8/1968, p. 13 [colns. 3-4].
44 – “O regresso de Ulisses”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16393, Lisboa, 8/8/1968,
p. 11 [colns. 3-4].
45 – “Confissão dum poeta”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16400, Lisboa, 15/8/1968,
p. 11 [colns. 3-4].
48 – “O congresso dos Magos”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16421, Lisboa, 5/9/1968,
p. 13 [colns. 3-4].
49 – “ Uma história europeia: Garrafas no Reno”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16428,
Lisboa, 12/9/1968, p. 11 [colns. 3-4].
71
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
57 – “Carta aberta aos primeiros homens na lua”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16483,
Lisboa, 7/11/1968, p. 13 [colns. 3-5].
58 – “O turismo é uma mercadoria?”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16490, Lisboa,
14/11/1968, p. 15 [colns. 3-5].
72
V - BIBLIOGRAFIA
63 – “O lamento dum negro”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16524, Lisboa, 19/12/1968,
p. 17 [colns. 3-5].
73
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1969
73 – “ Uma doença salutar”, Diário de Lisboa, Ano 48.º, n.º 16536, Lisboa,
2/1/1969, p. 15 [colns. 3-5].
75 – “A nova guerra civil ou os shadoks”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16571, Lisboa,
6/2/1969, p. 15 [colns. 3-5].
78 – “À maneira de Polanski: O gordo e o magro”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16591,
Lisboa, 27/2/1969, p. 13 [colns. 3-5].
79 – “ Uma história suíça: O paradoxo”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16598, Lisboa,
6/3/1969, p. 13 [colns. 3-5].
74
V - BIBLIOGRAFIA
81 – “A lebre e a tartaruga”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16612, Lisboa, 20/3/1969,
p. 13 [colns. 3-5].
83 – “Os bons sentimentos”, ibidem, Ano 48.º, n.º 16626, Lisboa, 3/4/1969,
p. 13 [colns. 3-5].
85 – “As ilhas encantadas”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16640, Lisboa, 17/4/1969,
p. 15 [colns. 3-5].
86 – “Quem era afinal D. Quixote?”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16647, Lisboa,
24/4/1969, p. 15 [colns. 3-5].
87 – “«Never grow old»”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16660, Lisboa, 8/5/1969, p. 15
[colns. 3-5].
75
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
93 – “«L’Apocalypse est pour demain»”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16708, Lisboa,
26/6/1969, p. 15 [colns. 3-5].
94 – “O jornal e o pássaro de Minerva”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16715, Lisboa,
3/7/1969, p. 15 [colns. 3-5].
95 – “Guilherme Tell, soldado”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16722, Lisboa, 10/7/1969,
p. 15 [colns. 3-5].
97 – “Grandezas e misérias dos prémios literários”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16874,
Lisboa, 11/12/1969, p. 15 [colns. 3-5].
99 – “ Todos os homens são das direitas”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16779, Lisboa,
5/9/1969, supl. Mesa Redonda, pp. 1 [colns. 2-4] e 9 [colns. 1-2].
100 – “A política dos apolíticos”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16882, Lisboa, 19/12/1969,
supl. Mesa Redonda, pp. 1 [colns. 3-5] e 4 [colns. 1-3].
101 – “A Revolução de Maio perante a opinião pública francesa”, Vértice. Revista
de cultura e arte, vol. XXIX, n.º 307, Coimbra, Abril 1969, pp. 319-323.
102 – “Alfred Weber, sociólogo da cultura”, ibidem, vol. XXIX, n.º 310, Coimbra,
Julho 1969, pp. 553-560.
76
V - BIBLIOGRAFIA
1970
104 – “A França será francesa?”, Diário de Lisboa, Ano 49.º, n.º 16895, Lisboa,
3/1/1970, p. 11 [colns. 3-5].
105 – “A invasão erótica”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16909, Lisboa, 17/1/1970,
p. 13 [colns. 3-5].
106 – “As diabruras de um sábio atómico”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16926, Lisboa,
3/2/1970, p. 13 [colns. 3-5].
108 – “ Um gato é um gato (conto oriental)”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16959, Lisboa,
9/3/1970, p. 9 [colns. 3-5].
109 – “ Uma vez por ano”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16978, Lisboa, 28/3/1970, p. 9
[colns. 3-5].
110 – “ Um putsch falhado (História Verídica)”, ibidem, Ano 49.º, n.º 16987,
Lisboa, 6/4/1970, p. 9 [colns. 3-5].
111 – “ Louvor e simplificação dos Peanuts”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17014, Lisboa,
4/5/1970, p. 9 [colns. 3-5].
77
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
112 – “«L’ Angleterre toute nue»”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17062, Lisboa, 22/6/1970,
p. 9 [colns. 3-5].
113 – “ Porque não quero a lua”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17076, Lisboa, 6/7/1970,
p. 9 [colns. 3-5].
115 – “O «Sud-Express», esse desconhecido”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17111,
Lisboa, 10/8/1970, p. 9 [colns. 3-5].
116 – “O «Sud-Express», esse desconhecido [2.ª parte]”, ibidem, Ano 50.º,
n.º 17119, Lisboa, 18/8/1970, p. 9 [colns. 3-5].
117 – “As serpentes marinhas”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17125, Lisboa, 24/8/1970,
p. 8 [colns. 1-3].
118 – “As serpentes marinhas-2”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17132, Lisboa, 31/8/1970,
pp. 10 [coln. 5]-11 [colns. 1-3].
119 – “As serpentes marinhas-3. Nessie morreu”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17141,
Lisboa, 9/9/1970, p. 10 [colns. 1-3].
120 – “As naturezas perversas (Fábula de Orson Welles)”, ibidem, Ano 50.º,
n.º 17149, Lisboa, 17/9/1970, p. 12 [colns. 1-3].
121 – “As origens ocultas da Torre Eiffel”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17154, Lisboa,
22/9/1970, p. 10 [colns. 1-3].
122 – “O Inferno é necessário?”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17162, Lisboa, 30/9/1970,
p. 14 [colns. 1-2].
123 – “O Inferno é necessário?-2”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17168, Lisboa,
7/10/1970, p. 10 [colns. 1-2].
78
V - BIBLIOGRAFIA
124 – “O inferno é necessário?-3”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17176, Lisboa,
15/10/1970, pp. 12 [colns. 4-5]-13 [coln. 1].
125 – “ Um francês em Lisboa”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17181, Lisboa, 20/10/1970,
pp. 13 [colns. 2-3]-14 [colns. 4-5].
126 – “ Entrevista com Dante Alighieri”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17187, Lisboa,
26/10/1970, p. 10 [colns. 1-2].
131 – “ Poluição Humana”, ibidem, Ano 50.º, n.º 17235, Lisboa, 14/12/1970,
pp. 12 [colns. 4-5]-13 [colns. 1-2].
133 – “ Kafka, o Sequestrado”, Diário de Lisboa, Ano 50.º, n.º 17004, Lisboa,
23/4/1970, Suplemento Literário, pp. 1 [colns. 1-6] e 6 [colns. 1-6], ilustr.
79
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
135 – “A ilha está cheia de vozes (Fragmento de uma novela)”, Vértice. Revista
de cultura e arte, vol. XXX, n.º 315-6, Coimbra, Abril-Maio 1970,
pp. 284-307.
136 – “O século XVIII, nosso contemporâneo”, ibidem, vol. XXX, n.º 321,
Coimbra, Outubro 1970, pp. 706-726, ilustr.
1971
138 – A ilha está cheia de vozes. Novela. Três histórias plausíveis. Contos, Coimbra,
Atlântida, 1971, 108 pp.
139 – “O duque de Otranto, um homem para todos os regimes (2.ª parte)”,
Diário de Lisboa, Ano 50.º, n.º 17283, Lisboa, 2/2/1971, pp. 10 [colns.
2-5]-11 [coln. 1].
80
V - BIBLIOGRAFIA
141 – “ Entrevistas imaginárias-7 [i.e. 8]. Salvador Dali”, ibidem, Ano 50.º,
n.º 17298, Lisboa, 17/2/1971, p. 11 [colns. 2-5].
142 – “O duque de Otranto, um homem para todos os regimes (3.ª parte)”,
ibidem, Ano 50.º, n.º 17309, Lisboa, 1/3/1971, pp. 10 [colns. 5-6]-11
[colns. 1-2].
143 – “ Gazeta Provençal. Folha não periódica. Entrevista com M.me Réjane”,
Diário de Lisboa, Ano 50.º, n.º 17262, Lisboa, 12/1/1971, supl. Exclusivo,
p. 12 [colns. 1-4], ilustr.
147 – “ Breve resenha cronológica da vida e obra de Eça de Queiroz. 2.ª parte:
Os anos de viagem (1872-1888)”, ibidem, vol. XXXI, n.º 326, Coimbra,
Março 1971, pp. 195-213, ilustr.
148 – “ Breve resenha cronológica da vida e obra de Eça de Queiroz. 2.ª parte:
Os anos de viagem (1872-1888) [conclusão]”, ibidem, vol. XXXI, n.º 327-
28, Coimbra, Abril-Maio 1971, pp. 334-357, ilustr.
81
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
149 – “ Breve resenha cronológica da vida e obra de Eça de Queiroz. 3.ª parte:
Os anos de glória (1889-1900 e os anos póstumos 1901-…)”, ibidem, vol.
XXXI, n.º 329, Coimbra, Junho 1971, pp. 422-437.
150 – “ Breve resenha cronológica da vida e obra de Eça de Queiroz. 3.ª parte: Os
anos de glória (1889-1900 e os anos póstumos 1901-…) [continuação]”,
ibidem, vol. XXXI, n.º 330, Coimbra, Julho 1971, pp. 534-548, ilustr.
151 – “ Breve resenha cronológica da vida e obra de Eça de Queiroz. 3.ª parte:
Os anos de glória (1889-1900 e os anos póstumos 1901-…) [continua-
ção]”, ibidem, vol. XXXI, n.º 331-32, Coimbra, Agosto-Setembro 1971,
pp. 614-633.
152 – “ Breve resenha cronológica da vida e obra de Eça de Queiroz. 3.ª parte:
Os anos de glória (1889-1900 e os anos póstumos 1901-…) [conclusão]”,
ibidem, vol. XXXI, n.º 333, Coimbra, Outubro 1971, pp. 755-773, ilustr.
153 – “ Ega e Eça. Duas atitudes perante a «choldra»”, Seara Nova, Ano L,
n.º 1506, Lisboa, Abril 1971, pp. 27-30, ilustr.
154 – “O pessimismo nacional de Eça de Queirós (Estudo sobre «Os Maias»)”,
ibidem, n.º 1514, Lisboa, Dezembro 1971, pp. 21-30, ilustr.
1972
155 – Eça de Queiroz e o seu tempo, Lisboa, Livros Horizonte, imp. 1972, 365
pp., ilustr.
82
V - BIBLIOGRAFIA
161 – “ Jacinto em Ítaca. Ensaio sobre A Cidade e as Serras”, ibidem, n.º 1523,
Lisboa, Setembro 1972, pp. 24-31, ilustr.
163 – “ Vitorino Nemésio, Eduardo Lourenço Faria, Jean Girodon, Albert Silbert,
Regards sur la génération portugaise de 1870 (Conférences), Série Histórica
83
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
164 – “ Eça de Queiroz, Les Maia. Tradução, prefácio e notas de Paul Teyssier,
col. «Poètes et prosateurs du Portugal» / Fondation Calouste Gulbenkian
(Centre Culturel Portugais)-P.U.F., Paris / 2 vols., 1971 [Recensão
crítica]”, ibidem, n.º 7, Lisboa, Maio de 1972, pp. 86-88.
165 – “À margem dum ensaio de Eça de Queirós. Nótulas sobre «O France-
sismo», sua cronologia e fontes”, ibidem, n.º 10, Lisboa, Novembro de
1972, pp. 34-45.
1973
84
V - BIBLIOGRAFIA
171 – “De fora para dentro. Organização, notas e tradução de Aníbal Fernandes,
Edições Afrodite, Lisboa/1973 [Recensão crítica]”, ibidem, n.º 16, Lisboa,
Novembro de 1973, pp. 85-86.
172 – “«O povo pede autorização para aprender a nadar». Lenda oriental
(Adaptação de […])”, Seara Nova, n.º 1528, Lisboa, Fevereiro 1973, p. 11.
1974
174 – Novas aventuras de Gulliver. Ilustradas por Lami [i.e. Lima de Freitas],
[Lisboa], Seara Nova, 1974, 105, [6] pp., ilustr.
175 – “A França tal qual se fala”, Diário de Notícias, Ano 110.º, n.º 38907,
Lisboa, 11/7/1974, pp. 17 [colns. 5-7]-18 [colns. 2-4].
177 – “Autocrítica dum exilado voluntário”, ibidem, Ano 110.º, n.º 38934,
Lisboa, 12/8/1974, pp. 7 [colns. 1-5]-8 [colns. 1-2].
85
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
178 – “ Sines ou os muros que falam”, ibidem, Ano 110.º, n.º 38942, Lisboa,
21/8/1974, p. 7 [colns. 1-5], ilustr.
179 – “O chinês cadente. Um conto por […]”, ibidem, Ano 110.º, n.º 38960,
Lisboa, 12/9/1974, pp. 17 [colns. 1-3]-18 [colns. 1-2].
181 – “O «Alves & Cia», de Eça adaptado à Televisão”, ibidem, Ano 110.º,
n.º 38978, Lisboa, 3/10/1974, p. 6 [colns. 3-5].
184 – “O elogio da franqueza política”, ibidem, Ano 110.º, n.º 39005, Lisboa,
2/11/1974, pp. 7 [colns. 5-8]-8 [colns. 1-2], ilustr.
185 – “O Bovarismo (da Emma Bovary de Flaubert a Luísa de Eça)”, ibidem,
Ano 110.º, n.º 39009, Lisboa, 7/11/1974, pp. 17 [colns. 5-8]-18 [colns.
6-8], ilustr.
186 – “ Notas sobre a Geração de 70. Rafael Bordalo Pinheiro repórter das Con-
ferências do Casino”, ibidem, Ano 110.º, n.º 39021, Lisboa, 21/11/1974,
pp. 17 [colns. 4-8]-18 [colns. 3-6], ilustr.
86
V - BIBLIOGRAFIA
195 – “«A velha morreu!»”, ibidem, n.º 1545, Lisboa, Julho 1974, pp. 22-25.
87
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
197 – “ Uma peça contra a geração de 70: «Os Sabichões» de Ernesto Biester”,
ibidem, n.º 21, Lisboa, Setembro de 1974, pp. 48-64.
1975
198 – Portugal Reencontrado, Lisboa, Terra Livre, 1975, [23 pp.], ilustr.
200 – “Ainda «Os Maias» de Eça. Ascensão e queda de Carlos da Maia”, Diário
de Notícias, Ano 111.º, n.º 39054, Lisboa, 3/1/1975, pp. 17 [colns. 4-8]-18
[colns. 3-5], ilustr.
201 – “ Notas sobre a Geração de 70. Herculano julgado pelos homens de 70”,
ibidem, Ano 111.º, n.º 39065, Lisboa, 16/1/1975, pp. 17 [colns. 4-8]-18
[colns. 5-8], ilustr. por João Abel Manta.
202 – “ Notas sobre a Geração de 70. Herculano contestado”, ibidem, Ano 111.º,
n.º 39071, Lisboa, 23/1/1975, pp. 17 [colns. 1-5]-18 [colns. 1-5], ilustr.
por João Abel Manta.
203 – “O «busílis»”, ibidem, Ano 111.º, n.º 39079, Lisboa, 1/2/1975, p. 7 [colns.
4-8].
Polémica: José Vieira da Cruz, “Onde está o «busílis»”, ibidem, Ano 111.º,
n.º 39083, Lisboa, 6/2/1975, p. 7 [colns. 5-8].
88
V - BIBLIOGRAFIA
204 – “ Herculano vilipendiado por Teófilo Braga”, ibidem, Ano 111.º, n.º 39083,
Lisboa, 6/2/1975, pp. 17 [colns. 4-8]-18 [colns. 3-6].
205 – “Onde está o «busílis»?”, ibidem, Ano 111.º, n.º 39090, Lisboa, 15/2/1975,
pp. 7 [colns. 1-5]-8 [colns. 1-2].
206 – “ Notas sobre a Geração de 70. Ramalho critica Herculano”, ibidem, Ano
111.º, n.º 39100, Lisboa, 27/2/1975, pp. 17 [colns. 4-8]-18 [colns. 1-4],
ilustr.
207 – “ Para a História do anarquismo em Portugal”, ibidem, Ano 111.º, n.º 39117,
Lisboa, 19/3/1975, pp. 7 [colns. 1-5]-8 [colns. 1-2], ilustr.
208 – “O fontismo visto por Ramalho e Fialho de Ameida”, ibidem, Ano 111.º,
n.º 39124, Lisboa, 27/3/1975, pp. 17 [colns. 4-8]-18 [colns. 5-8], ilustr.
209 – “ Notas sobre a Geração de 70. O Fontismo [visto por Fialho de Almeida]”,
ibidem, Ano 111.º, n.º 39136, Lisboa, 10/4/1975, pp. 17 [colns. 4-8]-18
[colns. 5-8], ilustr.
210 – “O 25 de Abril peninsular”, ibidem, Ano 111.º, n.º 39136, Lisboa,
10/4/1975, p. 7 [colns. 1-6].
211 – “ Dois falsos médicos sociais: Fontes e Salazar”, ibidem, Ano 111.º,
n.º 39143, Lisboa, 18/4/1975, pp. 7 [colns. 1-5]-8 [coln. 1], ilustr.
212 – “A segunda guerra fria”, O Jornal, Ano I, n.º 1, Lisboa, 2/5/1975, p. 25
[colns. 3-6].
89
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
217 – “ Salazar visto por três franceses”, ibidem, Ano I, n.º 5, Lisboa, 30/5 a
5/6/1975, p. 17 [colns. 3-6].
218 – “ Panorama das ditaduras europeias entre as duas guerras”, ibidem, Ano
I, n.º 5, Lisboa, 30/5 a 5/6/1975, pp. 14 [colns.1-6]-16 [colns. 1-2].
219 – “A utopia é uma ilha”, ibidem, Ano I, n.º 6, Lisboa, 6 a 12/6/1975, p. 26
[colns. 3-6], ilustr.
220 – “O humor (negro) do Dr. Salazar”, ibidem, Ano I, n.º 7, Lisboa, 13 a
20/6/1975, p. 26 [colns. 3-6].
222 – “ Thélème, uma utopia sibarita”, ibidem, Ano I, n.º 10, Lisboa, 4 a
10/7/1975, p. 28 [colns. 4-6], ilustr.
90
V - BIBLIOGRAFIA
227 – “A Geração de 70: uma síntese provisória”, ibidem, n.º 28, Lisboa,
Novembro de 1975, pp. 25-33.
1976
91
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
234 – “A polémica entre Salazar e Afonso Costa”, ibidem, Ano I, n.º 51, Lisboa,
14 a 22/4/1976, p. 30 [colns. 1-6], ilustr.
235 – “Que fazer das baionetas?”, ibidem, Ano II, n.º 56, Lisboa, 21 a 26/5/1976,
p. 22 [colns. 1-6], ilustr.
236 – “ Reflexões (salazaristas) sobre a violência”, ibidem, Ano II, n.º 57, Lisboa,
28/5 a 3/6/1976, pp. 16 [colns. 1-6]-17 [colns. 1-6], ilustr.
238 – “ Shakespeare, futebol e Tin-Tin”, ibidem, Ano II, n.º 67, Lisboa, 6 a
12/8/1976, p. 12 [colns. 1-6].
239 – “ Nietzsche, Nietzsche, Nietzsche”, ibidem, Ano II, n.º 69, Lisboa, 20 a
26/8/1976, p. 12 [colns. 1-3], ilustr.
92
V - BIBLIOGRAFIA
240 – “ Portugal, Portugalinho”, Diário de Notícias, Ano 112.º, n.º 39537, Lisboa,
22/9/1976, p. 3 [colns. 1-3].
241 – “ Isabel e o anti-Cristo”, Diário Popular, Ano XXXV, n.º 12054, Lisboa,
7/10/1976, supl. Gazeta Literária, p. I [colns. 1-2], ilustr.
242 – “ Dante, Lenine e as estrelas”, ibidem, Ano XXXV, n.º 12066, Lisboa,
21/10/1976, supl. Letras e Artes, p. VII [colns. 1-2], ilustr. pelo autor.
244 – “ Pensar com a cabeça alheia”, ibidem, Ano XXXV, n.º 12077, Lisboa,
4/11/1976, supl. Letras e Artes, p. V [colns. 1-4], ilustr. pelo autor.
245 – “A decadência dos profetas”, ibidem, Ano XXXV, n.º 12083, Lisboa,
11/11/1976, supl. Letras e Artes, p. III [colns. 1-4], ilustr. pelo autor.
246 – “ Hamlet, nosso príncipe”, ibidem, Ano XXXV, n.º 12089, Lisboa,
18/11/1976, supl. Letras e Artes, pp. I [colns. 1-3] e XI [coln. 4], ilustr.
pelo autor.
93
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
247 – “ Ítaca de Cavafy”, ibidem, Ano XXXV, n.º 12100, Lisboa, 2/12/1976,
supl. Letras e Artes, p. I [colns. 2-3], ilustr. pelo autor.
248 – “O Portugalão do Quadrinhos”, ibidem, Ano XXXV, n.º 12105, Lisboa,
9/12/1976, supl. Letras e Artes, pp. VI [colns. 1-3] e XI [colns. 1-3].
250 – “ D. Quixote no deserto dos Tártaros”, ibidem, Ano XXXV, n.º 12121,
Lisboa, 30/12/1976, supl. Letras e Artes, pp. IV [colns. 1-3] e VII
[coln. 1].
251 – “A orelha de Van Gogh. Cena dramática”, Colóquio/Letras, n.º 32, Lisboa,
Julho de 1976, pp. 40-47, ilustr.
1977
252 – Herculano e a geração de 70, Lisboa, Edições Terra Livre, 1977, 196, [4]
pp., ilustr.
253 – 25 de Novembro. Breve panorama gráfico e noticioso duma crise. [Organização
de …], Lisboa, Terra Livre, 1976, 177, [2] pp., ilustr.
254 – Salazar em França, Lisboa, Ática, 1977, 147, [1] pp., ilustr.
94
V - BIBLIOGRAFIA
256 – Da Resistência à Libertação. Breve História Poética Ilustrada acerca da passagem
do Salazarismo à Liberdade. Edição da Direcção-Geral da Divulgação por
ocasião da Exposição «25 de Abril de 1974 – Da Resistência à Libertação»
promovida pela Secretaria de Estado da Comunicação Social e patente
no Mercado do Povo (Belém). Abril. Maio de 1977, [Lisboa], Secretaria
de Estado da Comunicação Social; Direcção-Geral da Divulgação, imp.
1977, 81 pp., ilustr.
Obra publicada sem menção do autor, o qual teve a seu cargo a respectiva
escrita e organização, nomeadamente a escolha das ilustrações.
257 – “ Para uma leitura política d’Os Maias: o Conde de Gouvarinho, Ministro
do Ultramar”, O Instituto. Revista científica e literária, vol. CXXXVIII, 1.ª
Parte, Coimbra, 1977, pp. 45-58
261 – “«O povo pede autorização para aprender a nadar»”, Portugal. Informação
[Secretaria de Estado da Comunicação Social; Direcção-Geral da Divulgação],
2.ª Série, n.º 13/14, Lisboa, Jan. e Fev. 1977, pp. 16-18, ilustr. com
desenhos de Luís Duran.
95
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
262 – “ D. Quixote morreu louco?”, Diário Popular, Ano XXXV, n.º 12132,
Lisboa, 13/1/1977, supl. Letras e Artes, p. I [colns. 1-3], ilustr. pelo autor.
263 – “O lapso salazarista dum jornalista francês: Hubert Beuve-Méry elogia
a M.P.”, ibidem, Ano XXXV, n.º 12144, Lisboa, 27/1/1977, supl. Letras e
Artes, pp. I [colns. 1-4]-II [colns. 1-2].
264 – “ Robinson e o couraçado «Potemkine»”, )”, ibidem, Ano XXXV, n.º 12167,
Lisboa, 24/2/1977, supl. Letras e Artes, p. III [colns. 1-5], ilustr. pelo
autor.
265 – “O pássaro sem penas: Homenagem a Brancusi”, ibidem, Ano XXXV,
n.º 12185, Lisboa, 17/3/1977, supl. Letras e Artes, p. III [colns. 1-3], ilustr.
pelo autor.
96
V - BIBLIOGRAFIA
270 – “ Memórias de Robinson Crusoé (1). Uma carta do Gabão”, ibidem, Ano
XXXV, n.º 12288, Lisboa, 21/7/1977, supl. Letras e Artes, pp. I [colns.
2-3] e III [coln. 3].
273 – “ Páginas francesas (2). Sade, o provençal”, ibidem, Ano XXXVI, n.º 12352,
Lisboa, 6/10/1977, supl. Letras e Artes, p. IV [colns. 1-4], ilustr. pelo
autor.
97
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
277 – “ Salazar e Rolão Preto”, ibidem, Ano XXXVI, n.º 12415, Lisboa,
22/12/1977, supl. Letras e Artes, pp. VI [colns. 2-4]-VII [coln. 1].
278 – “ Jean Giraudoux em Portugal”, O Jornal, Ano III, n.º 111, Lisboa, 8 a
15/6/1977, p. 29 [colns. 1-3].
279 – “ Sobre o fascismo: a política do ódio”, ibidem, Ano III, n.º 137, Lisboa,
9 a 15/12/1977, p. 20 [colns. 1-6].
1978
98
V - BIBLIOGRAFIA
284 – A ilha está cheia de vozes ou Robinson na ilha dos autómatos. Romance. Seguido
de Sete histórias plausíveis. Contos, [2.ª ed.], Lisboa, Arcádia, 1978, 163,
[1] pp.
285 – “ Não há utopias portuguesas”, Revista de História das Ideias, vol. II,
Coimbra, 1978-1979, pp. 163-170. Com separata.
288 – “O Eng.º Álvaro de Campos contra o Dr. Afonso Costa”, O Jornal, Ano
III, n.º 147, Lisboa, 17 a 23/2/1978, p. 24 [colns. 1-6], ilustr.
289 – “ Ter 18 anos em 1958… Humberto Delgado, vinte anos depois…”, ibidem,
Ano IV, n.º 166, Lisboa, 30/6 a 6/7/1978, p. 11 [colns. 1-6], ilustr.
290 – “O estranho destino de Machado Santos”, Diário de Notícias, Ano 114.º,
n.º 40167, Lisboa, 5/10/1978, pp. 7 [colns. 4-6]-8 [colns 4-8]-9 [colns.
1-5].
292 – “Afonso Lopes Vieira anarquista”, ibidem, Ano XXXVI, n.º 12570,
Lisboa, 29/6/1978, supl. Letras e Artes, pp. I [colns. 1-3] e XII [colns.
2-3], ilustr.
99
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
293 – “7 de Setembro de 1968: faz dez anos que Salazar «morreu». A cadeira
de Salazar e o nariz de Cleópatra”, ibidem, Ano XXXVI, n.º 12629,
Lisboa, 7/9/1978, supl. Letras e Artes, pp. I [colns. 1-6]-IV [colns. 1-6]-V
[colns. 1-2], ilustr.
297 – “Até que a morte o levou. Conto”, Colóquio/Letras, n.º 42, Lisboa, Março
de 1978, pp. 60-64, ilustr. pelo autor.
1979
100
V - BIBLIOGRAFIA
302 – “O homem que matou Sidónio Pais”, História, n.º 10, Lisboa, Agosto
1979, pp. 41-56, ilustr.
304 – “A imagem da República”, ibidem, Ano 115.º, n.º 40474, Lisboa,
16/10/1979, pp. 15 [colns. 1-4]-16 [colns. 1-2].
305 – “O Nuno Gonçalves da democracia”, ibidem, Ano 115.º, n.º 40486,
Lisboa, 30/10/1979, pp. 15 [colns. 1-4]-16 [colns. 1-2], ilustr.
306 – “ Imagem da República mãe”, ibidem, Ano 115.º, n.º 40509, Lisboa,
27/11/1979, pp. 17 [colns. 1-4]-18 [colns. 6-7].
308 – “«Os Maias» empalhados”, O Jornal, Ano V, n.º 213, Lisboa, 25 a 31/5/1979,
p. 36 [colns. 5-6].
101
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1980
311 – Eça de Queiroz e a geração de setenta, Lisboa, Moraes Editores, 1980, 219,
[7] pp.
313 – “ Prefácio”, in Eça de Queiroz, A tragédia da rua das Flores. Fixação do texto
e notas de João Medina e A. Campos Matos, Lisboa, Moraes Editores,
1980, pp. 7-38.
102
V - BIBLIOGRAFIA
316 – “Afonso Lopes Vieira anarquista”, Afonso Lopes Vieira, anarquista. Intro-
dução e notas de […], Lisboa, Edições António Ramos, 1980, pp. 13-40.
317 – “Aparece o bichano e diz das suas”, Diário de Lisboa, Ano 58.º [i.e. 59.º],
n.º 20154, Lisboa, 14/1/1980, p. 2 [colns. 1-3], ilustr.
318 – “Onde se conta uma história dum gato que vive empoleirado num
jacarandá do jardim da Estrela e garante ter aprendido o catecismo por
ordem da prima Palmira”, ibidem, Ano 58.º [i.e. 59.º], n.º 20166, Lisboa,
28/1/1980, p. 2 [colns. 3-4], ilustr.
319 – “Onde se fala de ruas que ninguém conhece”, ibidem, Ano 58.º [i.e. 59.º],
n.º 20178, Lisboa, 11/2/1980, p. 2 [colns. 1-2], ilustr.
320 – “Onde se descobre que Napoleão III se chama afinal sr. Belarmino”,
ibidem, Ano 58.º [i.e. 59.º], n.º 20189, Lisboa, 25/2/1980, p. 2 [colns.
2-3], ilustr.
322 – “A prima Palmira promete mas não cumpre”, ibidem, Ano 58.º [i.e. 59.º],
n.º 20213, Lisboa, 24/3/1980, p. 2 [colns. 3-4], ilustr.
323 – “Onde se conta a inacreditável mas verídica história do mapa que voa”,
ibidem, Ano 60.º, n.º 20224, Lisboa, 7/4/1980, p. 2 [colns. 1-2], ilustr.
324 – “ Ratos e homens (uma fábula portuguesa)”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20236,
Lisboa, 21/4/1980, p. 2 [colns. 1-2], ilustr.
103
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
326 – “A longa noite alsaciana”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20265, Lisboa, 26/5/1980,
p. 2 [colns. 1-4], ilustr.
327 – “ Náufragos na Alsácia”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20276, Lisboa, 9/6/1980,
p. 2 [colns. 1-2], ilustr.
328 – “ D. Sebastião telefona para a Provença”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20286,
Lisboa, 23/6/1980, p. 2 [colns. 1-2], ilustr.
329 – “ Porque não gosto da França”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20298, Lisboa,
7/7/1980, p. 2 [colns. 1-2], ilustr.
330 – “ Poesia, Poesia, Poesia”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20310, Lisboa, 21/7/1980,
p. 2 [colns. 2-3], ilustr.
332 – “O Zé Maria vai para Pasárgada”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20345, Lisboa,
1/9/1980, p. 2 [colns. 3-4], ilustr.
333 – “O «gute alte zeit» do largo do Leão”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20351, Lisboa,
8/9/1980, p. 2 [colns. 2-3].
334 – “A tia Clementina escreve a Salazar”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20357, Lisboa,
15/9/1980, p. 2 [colns. 3-4].
335 – “O padre Reis ajuda um prisioneiro a fugir”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20363,
Lisboa, 22/9/1980, p. 2 [colns. 3-4].
336 – “A «vie de château» no meio das acácias”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20369,
Lisboa, 29/9/1980, p. 2 [colns. 3-4], ilustr.
337 – “A política do Nitrato de Prata”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20383, Lisboa,
13/10/1980, p. 2 [colns. 3-4], ilustr.
104
V - BIBLIOGRAFIA
338 – “O Zé Maria desaparece sem deixar rasto”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20393,
Lisboa, 27/10/1980, p. 2 [colns. 3-4], ilustr.
105
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1981
352 – “O ingresso de Sidónio Pais na Maçonaria”, Diário de Lisboa, Ano 60.º,
n.º 20463, Lisboa, 28/1/1981, pp. 3 [colns. 2-5]-4 [colns. 1-6], ilustr.
106
V - BIBLIOGRAFIA
353 – “ João Chagas entre dois ditadores”, ibidem, Ano 60.º, n.º 20498, Lisboa,
10/3/1981, pp. 3 [colns. 3-6]-4 [colns. 4-5], ilustr.
1982
107
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1983
362 – “ Wajda entre Danton e Robespierre”, ibidem, Ano 63.º, n.º 21169, Lisboa,
1/6/1983, pp. 3 [colns. 1-4] e 6 [colns. 1-6].
1984
364 – “Sidónio Pais, chefe carismático”, Revista da Faculdade de Letras, 5.ª Série,
n.º 2, Lisboa, Dezembro de 1984, pp. 78-89.
108
V - BIBLIOGRAFIA
365 – “ Dix ans après”, Europe. Revue littéraire mensuelle, 62e Année, n.º 660,
Paris, Avril 1984, pp. 6-7.
1985
370 – “ Vítor Hugo e a hugolatria portuguesa”, JL. Jornal de letras, artes e ideias,
Ano V, n.º 152, Lisboa, 4 a 10/6/1985, pp. 3 [colns. 1-4]-5 [colns. 1-2].
109
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1986
– “Humberto Delgado, vinte anos depois”, ibidem, tomo II, pp. 95-97.
110
V - BIBLIOGRAFIA
de Letras, 5.ª Série, n.º 6, Lisboa, Dezembro de 1986, pp. 65-84. Com
separata.
1987
111
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
384 – “Ana Maria Almeida Martins, O Essencial sobre Antero de Quental, col.
Essencial, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda / 1985; Antero
de Quental. Fotobiografia, col. Presenças da Imagem, Lisboa, Imprensa
Nacional-Casa da Moeda / 1986 [Recensão crítica]”, ibidem, n.º 96,
Lisboa, Março-Abril de 1987, pp. 124-126.
387 – “ Moacyr Scliar, O Centauro no Jardim. Edição portuguesa, col. Uma Terra
sem Amos, Lisboa, Ed. Caminho / 1986 [Recensão crítica]”, ibidem,
n.º 98, Lisboa, Julho-Agosto de 1987, pp. 131-132.
112
V - BIBLIOGRAFIA
1988
113
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1989
1990
114
V - BIBLIOGRAFIA
401 – Mystique: la Relique d’Eça de Queiroz, [Paris, s.n., 1990], Sep. de Miroirs
de l’Altérité et Voyages au Proche Orient, Paris, 1990, pp. 261-267.
Sobre o filme Dead Poets Society = Clube dos Poetas Mortos de Peter Weir.
115
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1991
1992
415 – “A crise colonial dos anos noventa em Portugal e Espanha e as suas
consequências para os dois países ibéricos (1890-1898). Estudo de
116
V - BIBLIOGRAFIA
417 – “ John Bull and Zé Povinho. The clash between two national stereotypes.
A centennial remembrance of the 1890 British Ultimatum to Portugal”,
Islenha. Temas Culturais das Sociedades Insulares Atlânticas, n.º 10, Funchal,
Jan.-Jun. 1992, pp. 19-34, ilustr. Com separata.
117
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
422 – “ João Abel Manta”, João Abel Manta. Obra Gráfica [Catálogo da Exposição],
Lisboa, Museus Municipais de Lisboa, 1992, pp. 35-44.
1993
423 – História de Portugal. Dos tempos pré-históricos aos nossos dias. Dirigida por
[…], 15 vols., ilustr., Amadora, Ediclube, [1993].
Reedições: 1995, 1997 (Amadora, Clube Internacional do Livro) e 2004
(20 vols. de pequeno formato, Amadora, Ediclube).
Para além da coordenação geral da obra, o autor escreveu os seguintes
textos:
118
V - BIBLIOGRAFIA
– “A Revolução republicana: o «Dies Irae» que não passou dum «idílio»”,
vol. X, pp. 29-53.
– “Machado Santos, o Republicano Recalcitrante”, vol. X, pp. 54-63.
– “A adesivagem ou a República frustrada ao nascer”, vol. X, pp. 79-142.
– “A bandeira republicana: de pendão insurrecto a bandeira nacional”,
vol. X, pp.143-178.
– “João Chagas entre dois ditadores”, vol. X, pp. 233-241.
– “Fernando Pessoa: política e messianismo”, vol. XI, pp. 11-30.
– “O Sidonismo ou a República fracturada”, vol. XI, pp. 33-76.
– “A I República – o que foi?”, vol. XI, pp. 345-352.
– “ Deus, Pátria, Família: ideologia e mentalidade do Salazarismo”, vol.
XII, pp. 11-142.
– “O integralismo republicano”, vol. XII, pp. 143-148.
– “ Salazar e a ruptura de relações diplomáticas com a República Espa-
nhola”, vol. XII, pp. 321-342.
– “ Um «barão» do salazarismo: o major Jorge Botelho Moniz”, vol. XIII,
pp. 137-142.
– “Humberto Delgado – Vinte anos depois”, vol. XIII, pp. 230-234.
– “António Sérgio, afinador de pianos”, vol. XIII, pp. 257-260.
– “Peter Weiss e o papão lusitano”, vol. XIII, pp. 357-362.
– “João Abel Manta, o cartonista de Abril”, vol. XIV, pp. 120-127.
– “ Portugal reencontrado. Reflexões sobre Portugal após o 25 de Abril”,
vol. XIV, pp. 151-174.
– “O Zé Povinho, estereótipo nacional: a autocaricatura do «homo
lusitanus»”, vol. XV, pp. 49-176.
119
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1994
430 – Morte e transfiguração de Sidónio Pais, Lisboa, Cosmos, 1994, 254 pp.,
ilustr.
431 – “A crise colonial dos anos noventa em Portugal e Espanha e as suas
consequências para os dois países ibéricos, 1890-1898. Estudo de
História Comparada”, Iberische Welten. Festschrift zum 65. Geburtstag
120
V - BIBLIOGRAFIA
436 – “ Seria Saint-Exupéry um ET?”, ibidem, Ano XIV, n.º 623, Lisboa, 31/8
a 13/9/1994, pp. 18 [colns. 1-4]-19 [colns. 1-2], ilustr.
437 – “Garry Larson, o maior”, ibidem, Ano XIV, n.º 627, Lisboa, 26/10 a
8/11/1994, pp. 44 [colns. 2-4]-45 [colns. 1-3], ilustr.
438 – “O cronista-mor da L(USA)lândia”, ibidem, Ano XIV, n.º 629, Lisboa,
23/11 a 6/12/1994, pp. 24 [colns. 3-5]-25 [colns. 1-2], ilustr.
121
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
1995
441 – “O «Riso que Peleja»: As Farpas de Eça de Queiroz (1871-1872)”, Revista
da Faculdade de Letras, 5.ª Série, n.º 19/20, Lisboa, 1995-1996, pp. 9-73,
ilustr. Com separata.
446 – “Apresentação”, Revista da Faculdade de Letras, 5.ª Série, n.º 19/20, Lisboa,
1995-1996, pp. 5-6.
122
V - BIBLIOGRAFIA
451 – “ Joana d’Arc é alemã?”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XIV, n.º 635,
Lisboa, 15 a 28/2/1995, pp. 44 [colns. 2-4]-45 [colns. 1-3], ilustr.
452 – “«Portugal existirá?» (perguntam os espanhóis)”, ibidem, Ano XV, n.º 637,
Lisboa, 15 a 28/3/1995, pp. 44 [colns. 2-4]-45 [colns. 1-3], ilustr.
454 – “O sr. Goethe e eu em Estrasburgo”, ibidem, Ano XV, n.º 646, Lisboa,
19/7 a 1/8/1995, pp. 40 [colns. 2-4]-41 [colns. 1-3], ilustr.
455 – “Cidade pacífica, cidade turbulenta”, ibidem, Ano XV, n.º 652, Lisboa,
11 a 24/10/1995, p. 43 [colns. 1-3], ilustr.
123
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
456 – “ Três dias em Pasárgada”, ibidem, Ano XV, n.º 654, Lisboa, 8 a 21/11/1995,
pp. 40 [colns. 2-4]-41 [colns. 1-3], ilustr.
457 – “A condessa de Edla e o sr. Voltaire”, ibidem, Ano XV, n.º 657, Lisboa,
20/12/1995 a 2/1/1996, pp. 40 [colns. 2-4]-41 [colns. 1-3], ilustr.
1996
458 – “ Salazar e Franco: Dois Ditadores, Duas Ditaduras”, Actas dos 2.ºs Cursos
Internacionais de Verão de Cascais. Museu Condes de Castro Guimarães. 24 a
29 de Julho de 1995, vol. 2 – Movimentos Sociais e Poder, Cascais, Câmara
Municipal de Cascais, 1996, pp. 169-192. Com separata.
124
V - BIBLIOGRAFIA
464 – “ Salazar e Franco: dois ditadores, duas ditaduras”, História, Ano XVIII,
Nova Série, n.º 20, Lisboa, Maio 1996, pp. 4-15.
465 – “«Le Monde»: razões de um vício”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano
XV, n.º 660, Lisboa, 31/1 a 13/2/1996, pp. 40 [colns. 2-4]-41 [colns.
1-3], ilustr.
466 – “Com Ezra Pound em Pisa”, ibidem, Ano XVI, n.º 663, Lisboa, 13 a
26/3/1996, pp. 40 [colns. 2-4]-41 [colns. 1-3], ilustr.
467 – “ Thurber, o Esopo ianque”, ibidem, Ano XVI, n.º 666, Lisboa, 24/4 a
7/5/1996, p. 41 [colns. 1-3], ilustr.
468 – “Gatos, poetas e músicos”, ibidem, Ano XVI, n.º 669, Lisboa, 5 a
18/6/1996, p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
469 – “ Ver Veneza e morrer”, ibidem, Ano XVI, n.º 671, Lisboa, 3 a 16/7/1996,
pp. 40 [colns. 2-4]-41 [colns. 1-3], ilustr.
470 – “ Uma aguarela da Sereníssima”, ibidem, Ano XVI, n.º 674, Lisboa, 14
a 27/8/1996, p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
125
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
471 – “«Shazan!», disse ele”, ibidem Ano XVI, n.º 676, Lisboa, 11 a 24/9/1996,
p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
472 – “ Francis, o terrível”, ibidem, Ano XVI, n.º 681, Lisboa, 20/11 a 3/12/1996,
p. 42 [colns. 1-2], ilustr.
473 – “O Vert Galant”, ibidem, Ano XVI, n.º 682, Lisboa, 4 a 17/12/1996,
p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
1997
126
V - BIBLIOGRAFIA
482 – “ L. M. Mencken «en su tinta»”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XVI,
n.º 686, Lisboa, 29/1 a 11/2/1997, p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
483 – “ Lusitana melancolia”, ibidem, Ano XVII, n.º 689, Lisboa, 12 a 25/3/1997,
p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
127
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
484 – “O museu do Holocausto”, ibidem, Ano XVII, n.º 692, Lisboa, 23/4 a
6/5/1997, p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
485 – “Quando havia aldeias em Lisboa”, ibidem, Ano XVII, n.º 694, Lisboa,
21/5 a /6/1997, p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
486 – “O principezinho de Lagos”, ibidem, Ano XVII, n.º 696, Lisboa, 18/6 a
1/7/1997, p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
487 – “ Jeová desconhecido”, ibidem, Ano XVII, n.º 702, Lisboa, 10 a 23/9/1997,
p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
488 – “A Provença revisitada”, ibidem, Ano XVII, n.º 706, Lisboa, 5 a 18/11/1997,
p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
489 – “A cidade do muro”, ibidem, Ano XVII, n.º 709, Lisboa, 17 a 30/12/1997,
p. 41 [colns. 1-3], ilustr.
490 – “O pai do Zé-Povinho”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XVI, n.º 684,
Lisboa, 2 a 14/12/1997, pp. 9 [colns. 3-4] e 11 [colns. 1-4], ilustr.
491 – “Onésimo no meio do mar”, ibidem, Ano XVII, n.º 700, Lisboa, 13 a
26/8/1997, p. 16 [colns. 2-4], ilustr.
1998
128
V - BIBLIOGRAFIA
496 – “ Um sabor a Índia”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XVII, n.º 712,
Lisboa, 28/1 a 10/2/1998, p. 44 [colns. 2-4], ilustr.
497 – “«Senti-me só, fui para casa»”, ibidem, Ano XVII, n.º 715, Lisboa, 11 a
23/3/1998, p. 41 [colns. 1-3], ilustr.
499 – “A verdade sobre Humpty Dumpty”, ibidem, Ano XVIII, n.º 720, Lisboa,
20/5 a 2/6/1998, pp. 40 [colns. 2-4]-41 [colns. 1-3], ilustr.
500 – “ Ulisses, o europeu”, ibidem, Ano XVIII, n.º 723, Lisboa, 1 a 14/7/1998,
pp. 40 [colns. 2-4]-41 [coln. 1], ilustr.
501 – “A Provença de Van Gogh”, ibidem, Ano XVIII, n.º 727, Lisboa, 26/8 a
8/9/1998, p. 41 [colns. 1-4], ilustr.
502 – “ Yuste ou a solidão”, ibidem, Ano XVIII, n.º 733, Lisboa, 4 a 17/11/1998,
pp. 42 [colns. 2-4]-43 [colns. 1-3], ilustr.
129
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
503 – “ Relendo Pasternak”, ibidem, Ano XVIII, n.º 735, Lisboa, 2 a 15/12/1998,
p. 41 [colns. 1-3], ilustr.
1999
505 – “ The Old Lie: Some Portuguese Contemporary Novels on the Colonial
Wars in Africa (1961-74)”, Portuguese Studies, vol. 15, London, 1999,
pp. 149-161. Com separata.
507 – “Que fazer do chamado «Hino nacional»? Estudo crítico sobre a letra de
Henrique Lopes de Mendonça para o Hino Nacional Português”, Clio.
Revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, Nova Série, vol.
4, Lisboa, 1999, pp. 117-141. Com separata.
130
V - BIBLIOGRAFIA
510 – “Gaudeamus Igitur”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XIX, n.º 742,
Lisboa, 10 a 23/3/1999, pp. 40 [colns. 2-4]-41 [colns. 1-3].
511 – “ Relendo Pasternak”, ibidem, Ano XIX, n.º 743, Lisboa, 24/3 a 6/4/1999,
p. 43 [coln. 1].
512 – “O meu jesuíta”, ibidem, Ano XIX, n.º 743, Lisboa, 24/3 a 6 /4/1999,
p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
513 – “Cioran, o nihilista”, ibidem, Ano XIX, n.º 746, Lisboa, 5 a 18/5/1999,
p. 41 [colns. 1-3], ilustr.
514 – “ Nemo, Acab e a baleia branca”, ibidem, Ano XIX, n.º 749, Lisboa, 16
a 29/6/1999, p. 41 [colns. 1-3], ilustr.
516 – “ Sol, Sara, Sal”, ibidem, Ano XIX, n.º 755, Lisboa, 8 a 21/9/1999, p. 36
[colns. 2-4], ilustr.
517 – “ Dom Hélder, o profeta”, ibidem, Ano XIX, n.º 756, Lisboa, 22/9 a
5/10/1999, p. 43 [coln. 1], ilustr.
131
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
2000
520 – U lisses, o Europeu, Lisboa, Livros Horizonte, 2000, 142 pp., ilustr.
521 – Reler Eça de Queiroz. Das Farpas aos Maias, Lisboa, Livros Horizonte,
2000, 143 pp.
523 – Salazar, Hitler e Franco. Estudos sobre Salazar e a Ditadura, Lisboa, Livros
Horizonte, 2000, 308 pp. ilustr.
132
V - BIBLIOGRAFIA
531 – “ Eros contra Cristo. Estudo sobre A Relíquia de Eça de Queiroz”, Islenha.
Temas Culturais das Sociedades Insulares Atlânticas, n.º 27, Funchal, Jul.-
-Dez. 2000, pp. 5-15, ilustr.
532 – “ Hemingway cubano”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XX, n.º 769,
Lisboa, 22/3 a 4/4/2000, p. 45 [colns. 1-3], ilustr.
533 – “Che for ever”, ibidem, Ano XX, n.º 777, Lisboa, 12 a 25/7/2000, p. 37
[colns. 1-3], ilustr.
534 – “ Regresso a Pasárgada”, ibidem, Ano XX, n.º 783, Lisboa, 4 a 17/10/2000,
pp. 42 [coln. 3]-43 [coln. 1], ilustr.
535 – “ Eros contra Cristo”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XX, n.º 779,
Lisboa, 9 a 22/8/2000, pp. 13 [colns. 1-3]-14 [colns. 1-3], ilustr.
133
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
2001
537 – Eça, Antero e Victor Hugo. Estudos sobre a cultura portuguesa do século XIX,
Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2001, 114, [2]
pp.
538 – “ Eros contra Cristo: de Lisboa a Jerusalém e volta. Estudo sobre A Relíquia
de Eça de Queiroz”, VII Cursos Internacionais de Verão de Cascais. Serões
Queirozianos. Museu Condes de Castro Guimarães. 3 a 8 de Julho de 2000.
Coordenação: João Medina e A. Campos de Matos, Cascais, Câmara
Municipal de Cascais, 2001, pp. 13-47, ilustr. Com separata.
134
V - BIBLIOGRAFIA
546 – “O papagaio de Flaubert”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XXI,
n.º 796, Lisboa, 4 a 17/4/2001, p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
547 – “O Zé sem utopia”, ibidem, Ano XXI, n.º 802, Lisboa, 27/6 a 10/7/2001,
p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
548 – “O Studenbaker roubado”, ibidem, Ano XXI, n.º 805, Lisboa, 8 a
21/8/2001, p. 41 [colns. 1-2], ilustr.
549 – “ Hotel Paraíso”, ibidem, Ano XXI, n.º 809, Lisboa, 3 a 16/10/2001, p. 40
[colns. 2-4], ilustr.
2002
550 – Memórias do gato que ri. Seguidas de Uma certa arte de perder ou Memórias
póstumas de Humpty Dumpty, Lisboa, Livros Horizonte, 2002, 94 pp.
135
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
554 – “O exílio americano de Thomas Mann”, História, Ano XXIV, III Série,
n.º 47, Lisboa, Julho/Agosto 2002, pp. 46-54, ilustr.
558 – “O «Novo Robinson Político». Os 300 dias de Napoleão na ilha de Elba (4
de Maio de 1814 – 26 de Fevereiro de 1815)”, Islenha. Temas Culturais das
136
V - BIBLIOGRAFIA
Sociedades Insulares Atlânticas, n.º 31, Funchal, Jul.-Dez. 2002, pp. 5-29,
ilustr.
2003
560 – Dois exilados alemães. Klaus Mann e Thomas Mann no exílio antinazi, Lisboa,
Livros Horizonte, 2003, 134 pp., ilustr.
137
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
568 – “Com Graham Greene, de Mafra ao Alvor”, JL. Jornal de letras, artes e
ideias, Ano XXII, n.º 847, Lisboa, 19/3 a 1/4/2003, p. 40 [colns. 2-3],
ilustr.
138
V - BIBLIOGRAFIA
570 – “ Brecht nos EUA”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XXIII, n.º 859,
Lisboa, 3 a 16/9/2003, pp. 22 [colns. 1-4]-23 [colns. 1-2], ilustr.
2004
571– Zé Povinho sem Utopia (Ensaios sobre o estereótipo nacional português),
Cascais, Câmara Municipal de Cascais; Instituto de Cultura e Estudos
Sociais, 2004, 200 pp., ilustr.
139
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
579 – “O Grande Ditador (1940) de Charlie Chaplin”, Cinema & História. 6 a 10
de Outubro de 2003. Organização e apresentação de Miguel Monteiro,
Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004, pp. 13-33,
ilustr.
140
V - BIBLIOGRAFIA
583 – “ Elogio do vício”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XXIV, n.º 883,
Lisboa, 4 a 17/8/2004, p. 37 [colns. 1-3], ilustr.
584 – “ Brel forever”, ibidem, Ano XXIV, n.º 886, Lisboa, 15 a 28/9/2004, p. 36
[colns. 2-4], ilustr.
585 – “50 anos de férias”, ibidem, Ano XXIV, n.º 889, Lisboa, 27/10 a 9/11/2004,
p. 41 [colns. 1-3], ilustr.
586 – “ Duduche, o anarca francês”, ibidem, Ano XXIV, n.º 893, Lisboa,
22/12/2004 a 4/1/2005, p. 41 [colns. 1-3], ilustr.
2005
589 – “O velho sonho americano, o novo sonho europeu”, Clio. Revista do
Centro de História da Universidade de Lisboa, Nova Série, vol. 12, Lisboa,
1.º Semestre de 2005, pp. 153-178, ilustr.
141
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
596 – “Os meus mares”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XXV, n.º 900,
Lisboa, 30/3 a 12/4/2005, p. 40 [colns. 2-4], ilustr.
597 – “Cigarras da Provença”, Ibidem, Ano XXV, n.º 913, Lisboa, 28/9 a
11/10/2005, p. 44 [colns. 2-4], ilustr.
142
V - BIBLIOGRAFIA
2006
143
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
604 – “ Um sonho errante de casco amarelo”, JL. Jornal de letras, artes e ideias,
Ano XXV, n.º 922, Lisboa, 1 a 14/2/2006, p. 41 [colns. 1-3], ilustr.
605 – “O meu amigo Don Camillo”, ibidem, Ano XXVI, n.º 927, Lisboa, 12 a
25/4/2006, p. 42 [colns. 2-4], ilustr.
606 – “ Três «se» no século XX”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XXVI,
n.º 936, Lisboa, 16 a 29/8/2006, p. 35 [colns. 2-3], ilustr.
607 – “O labirinto do exílio”, ibidem, Ano XXVI, n.º 941, Lisboa, 25/10 a
7/11/2006, p. 44 [colns. 1-4], ilustr.
2007
608 – O “Presidente-Rei” Sidónio Pais. Estudos sobre Sidónio Pais e o seu consulado,
Lisboa, Livros Horizonte, 2007, 110 pp., ilustr.
609 – Os Náufragos do Mar da Palha. Romance, Lisboa, Livros Horizonte, 2007,
317 pp.
611 – “«Ser judeu, ser alemão»: o diálogo epistolar entre Hannah Arendt e
Karl Jaspers (1926-1969)”, Hannah Arendt: luz e sombra. Seminário Inter-
nacional. Coordenação: Maria Luísa Ribeiro Ferreira, Cristina Beckert
144
V - BIBLIOGRAFIA
613 – “ Eça e Rafael. Rafael Bordalo Pinheiro, modelo do pintor Camilo Serrão,
personagem de Eça d’A Tragédia da Rua das Flores»?”, Artis. Revista do
Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, n.º 6, Lisboa,
2007, pp. 309-324, ilustr. Com separata.
615 – “ Brevíssima História dos massacres, desde a tomada de Tróia aos nossos
dias, passando por Guernica (1937) e pela Shoah”, Problematizar a
História. Estudos de História Moderna em Homenagem a Maria do Rosário
Themudo Barata. Coordenação [de] Ana Leal de Faria [e] Isabel Drumond
Braga, Lisboa [etc.], Centro de História da Universidade de Lisboa;
Caleidoscópio, 2007, pp. 443-476.
616 – “A cultura durante a Guerra Fria (roteiro temático e bibliográfico)”, Clio.
Revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, Nova Série, vol.
16/17, Lisboa, 2007, pp. 437-505, ilustr. Com separata.
617 – “Carson McCullers”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XXVI, n.º 948,
Lisboa, 31/1 a 13/2/2007, p. 42 [colns. 2-4].
145
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
618 – “Aos Republicanos”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XXVII, n.º 955,
Lisboa, 9 a 22/5/2007, p. 2 [coln. 1].
2008
621 – “ Fabrice del Dongo na Batalha de Waterloo”, Napoleão. Mito & História.
Coordenação de António Ventura, Lisboa, Caleidoscópio; Centro de
História da Universidade de Lisboa, 2008, pp. 55-63.
622 – “ Brevíssima História dos massacres, desde a tomada de Tróia aos nossos
dias, passando por Magdeburgo (1631), Guernica (1937) e pela Shoah
(1941-1945)”, A Guerra na Antiguidade II. Coordenação [de] António
Ramos dos Santos e José Varandas, Lisboa [etc.], Centro de História
da Universidade de Lisboa; Caleidoscópio, 2008, pp. 13-35.
623 – “A revolução impossível”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XXVIII,
n.º 981, Lisboa, 7 a 20/5/2008, pp. 9 [colns. 1-3]-10 [colns. 1-3], ilustr.
146
V - BIBLIOGRAFIA
624 – “O Terceiro homem, 60 anos depois”, ibidem, Ano XXVIII, n.º 991,
Lisboa, 24/9 a 7/10/2008, p. 43 [colns. 1-3], ilustr.
625 – “ Emblemas & mitos americanos. Os Simpsons”, JL. Jornal de letras, artes
e ideias, Ano XXVIII, n.º 995, Lisboa, 19/11 a 2/12/2008, p. 40 [colns.
3-4], ilustr.
626 – “O Feiticeiro de Oz”, ibidem, Ano XXVIII, n.º 998, Lisboa, 31/12/2008
a 13/1/2009, p. 35 [colns. 1-3], ilustr.
2009
627 – “As leituras do novo presidente”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano
XXVIII, n.º 999, Lisboa, 14 a 27/1/2009, p. 38 [colns. 1-4], ilustr.
628 – “O Gótico Americano”, JL. Jornal de letras, artes e ideias, Ano XXVIII,
n.º 1002, Lisboa, 25/2 a 10/3/2009, p. 43 [colns. 1-3], ilustr.
629 – “Abrãao Lincoln, um herói para todos”, ibidem, Ano XXVIII, n.º 1005,
Lisboa, 8 a 21/4/2009, p. 43 [colns. 1-2], ilustr.
147
b) – Entrevistas e depoimentos
149
JOÃO MEDINA – Pensar e Sentir a História
635 – “O Estatuto das Ciências Humanas (Mesa Redonda)”, Revista da Faculdade
de Letras, 5.ª Série, n.º 4, Lisboa, Dezembro 1985, pp. 119-141.
150
V - BIBLIOGRAFIA
643 – “«Salazar era mau português» [Entrevista conduzida por Dulce Garcia]”,
Sábado, n.º 142, Lisboa, 18 a 24/1/2007, pp. 30-32, ilustr.
644 – “ João Medina. Como quem viu tudo [Entrevista conduzida por Clara
Pinto Correia]”, 24 horas, n.º 3228, Lisboa, 24/3/2007, Suplemento, [pp.
18-21], ilustr.
151
c) – Traduções
645 – “ Jornalismo e Literatura” [Tradução de T.S. Elliot], Diário de Lisboa, Ano
38.º, n.º 12701, Lisboa, 17/4/1958, p. 17 [coln. 2].
646 – “O perigo da leitura. Por Voltaire” [Tradução], Diário de Lisboa, Ano
38.º, n.º 12853, Lisboa, 18/9/1958, p. 16 [colns. 1-2].
153
João Medina
PENSAR E SENTIR A HISTÓRIA
João Medina manifesta, por obra escrita e ânimo evi-
dente, uma sensibilidade essencialista, na (des)medida
do que pretende. Nada menos do que a humanidade
realmente vivida e geralmente sofrida de pessoas
ou povos inteiros. Nada menos do que a dimensão
trágica – ou dramática e por vezes “melodramática”
– da humanidade que compartilhamos em devir. [...]
Indo a um tema descomunal, como o Holocausto.
Dedica-lhe uma atenção reiterada, longe do mutismo
de uns e da grandiloquência de outros. Os questio-
namentos podem rondar a própria teologia negativa.
Desenho de João Medina (2001)
Mas a essencialidade que o objecto necessariamente
Se, no espaço das Humanidades, transporta prefere verificá-la no sujeito concreto, na
em que João Medina se movimenta, humanidade com nome e figura.
realçar a acção deste, como professor, Manuel Clemente
redundaria numa empobrecedora
simplificação, a perspectiva ade- Impetuoso? Sem dúvida. Combativo? Também. Cáus-
quada e justa, para não perder o seu tico? Por vezes. Mas quem não se deixa fascinar pelo
veio mais significativo, não se nos seu verbo, que ora crepita, como o murmúrio de um
oferece, todavia, espontânea e ime- regato, ora se incendeia, como a girândola de um
diatamente. João Medina é, por um vulcão? O João sempre me pareceu uma admirável
lado, um escritor, cuja complexidade força da natureza, diante da qual nada receia, devido
a obra não esgota, mas, por um outro, à sua indómita vontade e talento. A sua vontade de
ele é o autor-escritor produzido pela “mudar o mundo” é, simultaneamente, acompanhada
própria obra, sendo este, o autor que por um cepticismo devastador, que ora se refugia,
a obra plasmou, o que menos nos magoadamente, numa escatologia laica ora numa
pode trair, na tentativa de desenhar escatologia religiosa. Surpreende-me – e sempre
o perfil do autor dessa mesma obra, me surpreendeu – as suas convicções. [...] Por isso a
cuja acção não fica restrita a esta. sua historiografia é uma historiografia apaixonada
Estamos perante uma complexidade e crítica, de dissensos mais do que de consensos,
que não pode ser orientada apenas controversa e não unanimista.
pelo consabido trocadilho o autor é Norberto F. Cunha
a obra ou a obra é o autor.
J. Cerqueira Gonçalves O título Os Náufragos do Mar da Palha (Livros Hori-
zonte, 2006) oferece eximiamente a chave da sua
versão da história lusa. Estamos na verdade em pre-
sença de um “tour de force”, uma reflexão patética
(no sentido original de pathos) de um natural de
Moçambique [...] que depois de deambulações diversas
pelo mundo (África do Sul, Moçambique, ex-União
Soviética, Espanha, Israel, França, Estados Unidos)
enriqueceu (e toldou?) a sua paleta cultural e estilística
com catadupas de vivências e leituras. Portugal, a sua
história e os seus mitos são a obsessão recorrente desta
incursão pelos labirintos da alma e história nacionais
[...] Estamos perante um livro-síntese de tudo o que
escreveu o historiador e ensaísta, de quanto pensou
e disse [...], mas nunca antes condensara numa só
obra, sobre a história de Portugal e sobre a sua visão
do mundo na idade madura que atingiu.
Onésimo T. de Almeida