Este documento descreve os principais neurotransmissores do sistema nervoso central, incluindo glutamato, GABA, noradrenalina, serotonina, acetilcolina e dopamina. Detalha seus processos de síntese, liberação, recaptação e degradação, bem como suas principais funções e implicações para certos transtornos.
Este documento descreve os principais neurotransmissores do sistema nervoso central, incluindo glutamato, GABA, noradrenalina, serotonina, acetilcolina e dopamina. Detalha seus processos de síntese, liberação, recaptação e degradação, bem como suas principais funções e implicações para certos transtornos.
Este documento descreve os principais neurotransmissores do sistema nervoso central, incluindo glutamato, GABA, noradrenalina, serotonina, acetilcolina e dopamina. Detalha seus processos de síntese, liberação, recaptação e degradação, bem como suas principais funções e implicações para certos transtornos.
Este documento descreve os principais neurotransmissores do sistema nervoso central, incluindo glutamato, GABA, noradrenalina, serotonina, acetilcolina e dopamina. Detalha seus processos de síntese, liberação, recaptação e degradação, bem como suas principais funções e implicações para certos transtornos.
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Princípios da
Psicofarmacologia Sistema Nervoso
Prof. Gizele Martins
Capítulo 1.7 – Principais Neurotransmissores do SNC Informações importantes: • A sintetização da maioria dos neurotransmissores ocorre no próprio neurônio que converte substâncias diversas (ex: glicose, triptofano) em neurotransmissores (ex: serotonina, dopamina etc..). • As dificuldades relacionadas aquele neurotransmissor no cérebro podem ocorrer em qualquer fase do processo: na sintetização (produção), na liberação, na recaptação ou na degradação. • Os neurotransmissores comunicam suas atividades entre si através de potencial de ação e estimulação de núcleos (como o tálamo). • A ativação do neurônio significa que ele iniciará sua ação e a inibição do neurônio significa que ele irá parar sua ação. • Os fármacos atuam alterando de alguma maneira esses mesmos processos. GLUTAMATO (Excitatório) •É o neurotransmissor mais abundante do sistema nervoso central (SNC), atuando como principal NT excitatório. Atua como a chave geral do SN. Pode ativar qualquer neurônio do cérebro. •É sintetizado no tecido nervoso a partir de glutamina, vira glutamato e é liberado na fenda. Em seguida, é recaptado e armazenado em vesículas ou transformado em glutamina novamente. O glutamato nunca é degrado. •O glutamato se liga ao receptor da célula num canal especifico (AMPA ou NMDA) e ATIVA o receptor, fazendo assim com que a célula INICIE seu processo de neurotransmissão.
Glutamato está principalmente associado a:
• Aprendizado (consolidação das memórias) • Memória • Epilepsia GABA (Inibitório) • O ácido gama-aminobutírico (GABA) está presente em altas concentrações em várias regiões do cérebro e na medula espinal, no entanto existe em baixa quantidade, ou é inexistente, em tecidos nervosos periféricos e em outros órgãos periféricos (fígado, coração e baço). • O GABA é o principal neurotransmissor INIBITÓRIO do cérebro e exerce, geralmente, um papel importante na regulação da redução da atividade de diversos neurônios, incluindo os das amígdalas e das vias talâmicas e do sistema límbico, com a finalidade de aliviar a ansiedade, relaxamento, sedação. • O GABA é um neurotransmissor inerente relacionado à ansiedade e à ação ansiolítica de muitas drogas usadas para tratar o espectro dos transtornos ansiosos. GABA • Vale ressaltar que os receptores GABA- A tem abertura para o álcool e benzodiazepínicos . • Os receptores de Gaba são: Gaba A, Gaba B e Gaba C. • O Gaba é sintetizado pela enzima GAD a partir da glutamina (assim como o glutamato) e armazenada nas vesículas.
• O GABA se liga ao receptor da célula num canal
especifico (AMPA ou NMDA) e INIBE o receptor, fazendo assim com que a célula PARE seu processo de neurotransmissão. Recaptação e Degradação do GABA A ação do GABA pode terminar por múltiplos mecanismos, o GABA pode ser transportado da fenda sináptica para dentro do neurônio pré-sináptico, por meio do transportador de GABA, podendo ser reenvasado pelas vesículas intracelulares, novamente, para uso em nova neurotransmissão GABAérgica.
Outra possibilidade é quando o GABA é
reinserido no neurônio pré-sináptico e pode ser destruído pela enzima intracelular GABA transaminase. Noradrenalina (NA) • Também conhecida como Norepinefrina. • O neurônio que transmite noradrenalina é chamado neurônio noradrenérgico e os receptores são chamados adrenérgicos (alfa e beta). • Produção de NA = A tirosina chega no neurônio através de um transportador de tirosina, as enzimas agem transformando a tirosina em Noradrenalina. Após a conversão a noradrenalina é armazenada em vesículas. Degradação e recaptação da Noradrenalina Recaptação = Quando a quantidade de NA começa aumentar na fenda sináptica o receptor Alfa2 sinaliza para a célula “parar de liberar NA”, interrompendo a descarga do neurônio. O transportador de NA coloca a NA para dentro da célula e elas são encapsuladas em vesículas.
• Degradação = A noradrenalina é degrada (destruída) por
2 enzimas. No lado de dentro da célula a degradação ocorre pela enzima monoamina oxidase (MAO) A ou B e do lado de fora pela enzima catecol-O-metiltransferase (COMT). Noradrenalina (NA) • A noradrenalina (NA) é produzida por neurônios que se localizam em diversos núcleos do tronco encefálico e medula espinal no entanto grande parte da produção da NA ocorre no locus coeruleus, um núcleo localizado na ponte rostral e que contém mais da metade dos neurônios noradrenérgicos existentes no SNC. • Os neurônios noradrenérgicos são regulados por múltiplos receptores de NA e podem ser divididos em duas classes principais, os receptores adrenérgicos do tipo α e β, com múltiplos subtipos, são: α1A, α1B, α1D, α2A, α2B, α2C, β1 , β2 e β3 Sintomas Psiquiátricos associados a Noradrenalina • MEDIADORA DA LOGÍSTICA DE ALOCAÇÃO DE ENERGIA, INTERAGINDO COM OUTROS NEUROTRANSMISSORES QUANDO NECESSÁRIO. • Quando a noradrenalina é liberada nós ficamos em alerta, atenção e com energia psicológica para iniciar uma tarefa. Depois que a NA é liberada precisamos receber alguma recompensa pelo “esforço”, caso contrário a NA começa a desregular outros sistemas. A desregulação de noradrenalina está associada a: • Fadiga. • Problemas de concentração e foco (Ela regula a energia do cérebro entre atenção e desatenção). • Regulação do sistema de luta ou fuga. (aumenta atividade da amigdala, aumenta atividade respiratória, dilata pupila etc...) Serotonina • Conhecida como 5HT (5-hidroxitriptamina) • Seus receptores recebem nomes derivados do 5HT (5HT1A, 5HT1B/D, 5HT2B... 5HT7) • É sintetizada a partir do Triptofano que é convertido em serotonina e armazenado em vesículas. Recaptação e degradação da serotonina Quando o autoreceptor 5HT1a capta excesso de serotonina ele envia uma mensagem para desativação do potencial de ação e interrupção da liberação de serotonina na fenda sináptica.
O transportador de serotonina (SERT) inicia
então a recaptação de serotonina para o interior da célula e é armazenada nas vesículas. A enzima MAO-B só entra em ação para degradar a serotonina quando a concentração dentro da célula está muito alta. Principais vias serotoninérgicas Vale destacar a forte presença da rede serotoninérgica em áreas associadas a ansiedade. (tálamo, amigdala, hipocampo, estriado etc...)
Isso explica também, muitas funções
associadas a transmissão de serotonina como: - Humor e emoções - Apetite - Ansiedade, pânico - Medo, preocupação - Depressão
- A distribuição típica de serotonina no
cérebro traz a sensação de tranquilidade e senso de capacidade para o individuo. Acetilcolina • Os neurônios que transportam acetilcolina são chamados neurônios colinérgicos. • A Acetilcolina é produzida através da molécula de colina (presente na alimentação) e da acetilcoenzima (AcCoA, presente na glicose da mitocôndria no neurônio). • Essas duas substâncias interagem com a enzima acetiltransferase (ChAT) e produzem a Acetilcolina. Degradação e recaptação da acetilcolina A acetilcolina não utilizada na fenda sináptica é transformada em colina pela enzima AChE. Outra parte da acetilcolina é degredada pela enzima BuChE que está dentro das células da glia.
A colina recaptada pode ser armazenada
novamente nas vesículas ou serem degradas pela enzima AChE dentro da célula.
• A acetilcolina pode bloquear ou promover a liberação de outros neurotransmissores.
• Funções da acetilcolina são associadas principalmente com memória e cognição geral (hipocampo e córtex pré frontal). E sabe-se que a morte desses neurônios estão associados com Alzheimer. • A acetilcolina também está associada com a regulação de dopamina. Podendo ter papel nos sintomas de esquizofrenia. (Pode parar ou acelerar a produção de dopamina) • A nicotina é uma substância exógena similar a acetilcolina. Ela se liga a receptores colinérgico na região do núcleo acumbens. Esses neurônios quando recebem a nicotina estimulam os neurônios dopaminérgicos nessa região. Aumentando a sensação de motivação e prazer. DOPAMINA • Os receptores de dopamina se classificam em : D1, D2, D3 e D4. • A substância “tirosina” é transportada para dentro da célula e as enzimas (TOH e DDC) transformam a tirosina em dopamina. • A dopamina está associada a funções motoras, atencionais, de humor entre outras. Degradação da dopamina • O neurotransmissor DA pode ser transportado da fenda sináptica para dentro do neurônio pré-sináptico. Outra possibilidade é a degradação ou destruição do neurotransmissor: • Enzima catecol-O-metiltransferase (COMT) • Monoamino oxidase A (MAO-A) • Monoamino oxidase B (MAO-B) VIAS DOPAMINÉRGICAS: Via túberoinfundibular Via nigroestriatal (Parkinson) Via mesolimbica (esquizofrenia) Via mesocortical (TDAH)
Existe uma quinta via (e) recém
descoberta que inerva o tálamo. Suas funções ainda não estão bem estabelecidas.