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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA).

O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central, e sistema nervoso periférico; o SNC
tem fibras sensórias que são aferentes, e o periférico é formado por fibras motoras que são
eferentes ou aferentes. As fibras motoras podem ser voluntárias ou involuntárias.
Sistema Nervoso Autônomo: é responsável pelas ações involuntárias do organismo, atua de
modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema
nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático; ambos têm ações contrarias.
SNA simpático= sua função é em atividades físicas, luta e fuga, e atuante nos estresses.
SNA parassimpático= função de homeostasia, ou seja, regular o SNAS; atuante no repouso e
digestão.
Tipos de receptores.
Colinérgicos (AchR) = é um receptor que gera uma resposta a partir de uma molécula de
acetilcolina. Sendo dividido em receptores muscarínicos e nicotínicos.
Os nicotínicos são encontrados nas membranas pós-sinápticas todos os Gânglios
Autonômicos.
Os muscarínicos são receptores acoplados à proteína G e ativam os canais iônicos por meio
de uma cascata de reações químicas, mediadas por um segundo mensageiro.
Encontramos os receptores muscarínicos em todas as células alvos do sistema nervoso
parassimpático. Já os nicotínicos são encontrados nas sinapses entre os neurônios pré e pós
ganglionares.
Adrenérgicos= pertencem à classe de receptores ligados à proteína G e que são alvos das
catecolaminas, ou seja, são ativados pela adrenalina (epinefrina) e noradrenalina
(norepinefrina). Duas famílias de receptores, designadas Alfa (α) e Beta (β).
Diferencias quanto as fibras e neurotransmissores.
SNA simpático= neurônios pré-ganglionares simpáticos encontram-se na região toracolombar.
Possuem fibras pré-ganglionares curtas e as fibras pós-ganglionares são longas e distantes do
tecido alvo.
Na sinapse do pré e pós-ganglionar o neurotransmissor é acetilcolina (ACh). Já na sinapse
entre o neurônio pós-ganglionar e o órgão, é liberado neurotransmissores noradrenalina (Nor).
Como o neurônio pré-ganglionar é curto, ele vai se ramificar em vários pós-ganglionares; em
media 1 pré, se ramifica em 20 pós-ganglionares (1:20). Por isso a ativação do SNA simpático é
difusa, pois quando ativado um pré-ganglionar ativara vários pós-ganglionares.
SNA parassipatico= neurônios pré-ganglionares parassimpáticos encontram-se na região
crânio-sacral.
Possuem fibras pré-ganglionares longas e as fibras pós-ganglionares são curtas e próxima ao
tecido alvo.
Na sinapse do pré e pós-ganglionar o neurotransmissor é acetilcolina (ACh). Na sinapse entre
o neurônio pós-ganglionar e o órgão, é liberado neurotransmissor acetilcolina (ACh).
Os pré-ganglionares são longos e vai se ramificar em media 1 pós-ganglionar (1:1); então
quando o SNA parassimpático for ativado a resposta vai ser precisa, tendo um potencial de
ação localizado.
Revisão proteína G.
Gi= inibe a atividade da enzima Adenilato Ciclase pela diminuição de AMPc, como
consequência vai ter diminuição de Ca++.
Gs= ativa a AC, pode ativar ou inibir o canal de cálcio; portanto, depende do receptor acoplado
a proteína G, pode haver aumento ou diminuição de Ca++.
Gq= ativação da fosfolipase C ; resultando em um aumento de Ca++.
Medular de adrenal: a ativação das células cromafins, localizada na medula da suprarrenal, é
pela ligação direta do neurônio pré-ganglionar simpático, ou seja, não há o pós-ganglionar. A
ativação vai liberar os hormônios adrenérgicos, 80% adrenalina e 20% noradrenalina, essa
liberação têm ação sistêmica que potencializa a ativação simpática dos órgãos, pela corrente
sanguínea.
Nervo vago: O nervo vago, também conhecido por nervo pneumogástrico, é um nervo que
percorre do cérebro até o abdômen, dá origem a vários ramos que inervam diversos órgãos,
sendo importante para a manutenção de funções vitais como regulação da frequência cardíaca
e arterial. É também chamado de X par, e é considerado o mais longo dos nervos cranianos.
Descarga vagal.
A função primordial dos barorreceptores é manter a pressão arterial estável, dentro de uma
faixa estreita de variação. Exercem uma importante regulação reflexa da frequência cardíaca,
débito cardíaco, contratilidade miocárdica, resistência vascular periférica e,
consequentemente, distribuição regional do fluxo sanguíneo.
Elevações súbitas da pressão arterial aumentam a atividade dos barorreceptores, os quais
reflexamente inibem a atividade tônica simpática para os vasos e coração.
-À redução da atividade simpática associa-se um aumento da atividade vagal, ocorrendo
descarga vagal a qual produz bradicardia, contribuindo, assim, para o retorno da pressão
arterial aos níveis normais.
-Quando ocorrem quedas súbitas da pressão arterial, os barorreceptores são os principais
responsáveis pela regulação rápida da pressão arterial. Esse controle se dá por uma complexa
interação neuronal que se inicia no sistema nervoso central, especialmente o núcleo dorsal
motor do vago e o núcleo ambíguo.
Catecolaminas - SNAS.
A biossíntese da noradrenalina ocorre em várias etapas catalisadas por enzimas específicas, a
partir do aminoácido tirosina.
Tirosina -> enzima Tirosina Hidroxilase -> DOPA -> DOPA Descarboxilase -> Dopamina ->
Dopamina β-hidroxilase -> NOR -> Feniletanolamina N-metiltransferase (PNMT) -> ADR.
Ações:
1-Noradrenalina se ligar no neurônio pós;
2-Noradrenalina ser retida pela bomba de recaptura;
-a Nor vai retornar para o neurônio pré em uma vesícula.
3-Sofrer destruição pela MAO-A (monoaminoxidase).
5-Controle de nor pelo receptor pré-sinaptico alfa2; a nor se liga do receptor que esta
acoplado a proteína Gi que diminui Ca++, resultando no fechamento de canais de cálcio e na
diminuição de liberação da Nor.
MAO.
A monoamino oxidase (MAO) é uma enzima que degrada uma série de aminas, entre elas a
serotonina, a adrenalina, a noradrenalina e a dopamina. A MAO (a qual existem duas
isoformas distintas, MAO-A e MAO-B) ocorre no interior das células, ligada à membrana
externa das mitocôndrias, presente nas células pré- e pós- sinápticas. Ela é abundante
nas terminações nervosas noradrenérgicas, mas também é encontrada em muitos outros
locais, tais como fígado e epitélio intestinal. No interior dos neurônios simpáticos, a
MAO controla o conteúdo de dopamina e noradrenalina, e o estoque liberável de
noradrenalina aumenta caso a enzima seja inibida.
COMT.
Essa enzima está ausente nos neurônios noradrenérgicos, mas é encontrada na medula da
suprarrenal e em muitas outras células e tecidos. O produto final formado pela ação
sequencial da MAO e COMT são convertidas em ácido vanilmandélico (VMA) e eliminado na
urina nessa forma.
A Adr\nor tem tempo de meia vida bem curta pois a comt presente no fígado metaboliza o
neurotransmissor.
Acetilcolina- SNAP.
Na sinapse pré- ganglionares e pós-ganglionares é liberado ach; na terminação pré-ganglionar
na medula da suprarrenal também é ach, e na terminação pós- ganglionares e células alvo tem
liberação de ach (parassimpático).
A formação da acetilcolina é causada pela ação enzima acetiltransferase, que transfere o
acetil da acetilCoa para a colina.
A acetilcolinesterase (AchE)é responsável pela degradação da acetilcolina na fenda sináptica,
se encontra nos neurônios pós-sináptico; ela inativa a ação do neurotransmissor acetilcolina
hidrolisando-o em ácido acético e colina, a colina pode ser reaproveitada e o acético vai para o
fígado.
A Ache degrada cerca de 90% da ach liberada no neurônio pré sináptico, ou seja, 90% não se
liga nos receptores colinérgicos.
EX: o chumbinho inibe a acetilcolinesterase, portanto, o animal intoxicado terá sintomas do
SNA Parassimpático; pois tanto o pré como o pós neurônios são liberado acetilcolina na fenda
sináptica, e se não houver sua degradação, terá ativação. Já no simpático o pré ganglionar
libera ach ativando o pós ganglionar; mas na celula alvo terá liberação de noradrenalina,
portanto, a recaptura ou degradação dela não vai estar inibida, será pela MAO.
Fármacos Adrenérgicos.
As drogas adrenérgicas atuam sobre receptores que são estimulados pela adrenalina e
noradrenalina (catecolaminas). São classificados em:
-Simpatomiméticos ou agonistas adrenérgicos: ativa o sistema simpático, podendo ser de:
 Ação Direta: ligam-se aos receptores adrenérgicos e mimetizam os
efeitos das catecolaminas (noradrenalina e adrenalina). Podendo ser agonista adrenérgicos
não seletivos; agonista alfa (adrenérgicos seletivos) e agonista beta (adrenérgico seletivo).
 Ação Indireta: aumentam a concentração de catecolaminas na fenda sináptica, agindo
indiretamente, como os inibidores da MAO. Podem atuar bloqueando a recaptação das
catecolaminas; e facilitam a liberação das catecolaminas.
 Ação Mista: tem ação direta e indireta; tanto aumenta catecolaminas na fenda
sináptica, como se liga nos receptores adrenérgicos.
-Simpatolíticos ou antagonista adrenérgico: é um tipo de medicamento que inibe o
funcionamento do sistema nervoso simpático. Podendo ser antagonistas dos receptores
adrenérgicos ou interferir na produção das catecolaminas.
Fármacos Colinérgicos.
São drogas colinérgicas que atuam nos receptores colinérgicos, que são estimulado pela
acetilcolina; podendo ser:
- Colinomimeticos ou Parassimpatomimeticos: são agonista colinérgicos, que resultam em
aumento da atividade colinérgica.
-Colinolíticos ou parassimpatolíticos: são antagonista colinérgicos, atuando na diminuição da
atividade colinérgica.
SIMPATICOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA.
-Catecolaminas naturais: adrenalina, noradrenalina e dopamina.
-Catecolaminas sintéticas: Dobutamina e Isoproterenol.
Catecolaminas Naturais.
-Artérias Coronárias: constrição+; dilatação ++.
-Arteríolas de pele e mucosa: constrição +++.
-Arteríolas de musculo esquelético: constrição+; dilatação ++.
-Arteríolas cerebrais: Constrição leve.
Adrenalina.
-São agonistas não seletivos.
-Uso clinico: choque hipovolêmico, choque anafilático, choque séptico, hipotensão e
associado a anestesia.
-Junto ao anestésico, como a lidocaína, diminui o fluxo sanguíneo, causando diminuição
hemorrágica; potencializa o anestésico, dando mais tempo de anestesia; e diminui a ação
toxica do anestésico, pois diminui a dosagem da lidocaína.
-A adrenalina aumenta a frequência cardíaca, aumenta a pressão arterial. Em consequência,
aumenta o fluxo de sangue em outros órgãos vitais do organismo como o coração, o cérebro e
os músculos. Por isso usado em choque hipovolêmico, mas o animal necessita de reposição
volêmica.
-No choque anafilático é usado adrenalina, pois ela é antagonista fisiológica da histamina,
aliviando os sintomas induzido pela histamina, ou seja, causa um potente broncodilatação.
Noradrenalina.
-É um agonista inespecífico.
-Uso clinico: choque hipovolêmico, choque anafilático e choque séptico.
-É pouco utilizada, pois causa necrose. A necrose ocorre, pois a Nor tem mais afinidade á
receptores alfa, e no vaso sanguíneo o alfa faz vasoconstrição, então a Nor se liga no receptor
alfa e permanece por tempo suficiente para causar hipóxia por vasoconstrição, e
consequentemente necrose.
Efeitos agudos de diferentes drogas adrenérgicas sobre o P.A.
α: Nor > Adr.
β: Adr > Nor.
-A adrenalina tem mais finalidade para receptores β, mas ela se liga em α.
-A noradrenalina tem mais finalidade em receptores α, mas ela se liga em β.
-Então quando é administrado Adr há uma elevação na PA, pois ela se liga em alfa que faz
vasoconstrição, e como tem mais afinidade nos betas, ela sai do receptor alfa mais rápido que
nos betas, então no fim vai ter uma diminuição da pressão arterial.
Quando administra Adr e o receptor alfa estiver bloqueado, a PA vai diminuir; e quando
estiver bloqueado o beta, vai aumentar pressão arterial, mas não vai haver a diminuição no
final.
-Quando administra Nor vai haver um aumento na PA, pois ele tem afinidade por receptores
alfa. Quando o alfa estiver bloqueado, a nor não terá efeito. Quando administrar Nor com
receptores beta bloqueado, a ação da Nor vai ser igual, pois ela tem predileção por alfa.
-O isoproterenol é um agonista dos receptores β1 e β2; portanto normalmente ele causara
diminuição da PA, pois se liga em beta 2, que faz vasodilatação. Quando haver bloqueio de
alfa, sua ação não vai mudar, mas quando tiver bloqueio de beta não causara diferença na PA.
-A mao vai degradar a Nor e a Adr.
-O isoproterenol sofre metabolismo de primeira passagem, pela Comt, ela terá seu efeito
reduzido, mas ainda fará a PA diminuir.
Dopamina.
-Tem ação dependente de concentração, ou seja, dependendo da concentração terá uma
resposta diferente.
Doses baixas (≤ 5 ug/kg/min)-> predileção por receptores dopaminérgicos ;
Efeito: vasodilatação nos rins, mesentério, cérebro e coronária.
Doses intermediarias (5-15ug/kg/min) -> predileção por receptores betas;
Efeito: inotrópico positivo.
Doses altas (≥ 15ug/kg/min) -> predileção por receptores alfas.
Efeito: vasoconstrição.
-Desvantagem: tem ação muito oscilante, se administrado tem de manter a concentração.
-Usos clínicos: insuficiência renal oligúrica aguda (usa doses baixas);
Choque cardiovascular ou de outras naturezas refratárias á produção hídrica
(relacionado a anestésicos, sepse);
Durante esforços de ressuscitação.
Catecolaminas Sintéticas.
Utilizadas no tratamento de broncoespasmo (ex. asma felina) e choque cardiogênico por
embolia;
Há taquifilaxia = fenômeno de rápida diminuição do efeito de um fármaco em doses
consecutivas.
Possui efeitos inibitórios na liberação de histamina
Dobutamina.
-São agonista seletivo de B1 adrenérgico.
Causando aumento na frequência cardíaca e contração; e liberação de renina.
-Propicia efeitos inotrópicos positivos, mas não possui efeito vasodilatador, ou seja não causa
maiores alterações na PA.
-Usos clínicos: Pode ser usado para tratar cães com insuficiência miocárdica aguda resultante
de superdosagem anestésica.
Depressão miocárdica seguida de parada cardíaca (choque).
-Taquifilaxia de no máx. 72hrs de infusão continua.
Isoproterenol.
É um agente agonista B1 e B2, ou seja, é inespecífico.
-Causa: B2-> vasoconstrição; broncodilatação e aumenta contração muscular
B1 -> aumento na FC e na contração.
Efeitos Colaterais.
-Crises hipertensivas (taquicardia e vasoconstrição direta e ativação do eixo R-A-A (renina-
angiotensina-aldosterona);
-Fibrilação ventricular.
-Administração local resulta em necrose (vasoconstrição);
-Arritmias;
-Hiperglicemia;
-Aumento do consumo de O2 (coração).
SIMPATOCOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA - NÃO CATECOLAMINÉRGICOS.
São os agonistas α- adrenérgicos e os agonistas β- adrenérgicos.
Alfa1 = vasoconstrição na pele, mucosa, baço, coronária e renal;
Alfa2 (SNC)= autoregulatório;
Beta1= aumento FC e da contratilidade cardíaca;
Beta2= vasodilatação nos músculos esquelético e pele;
Agonistas α- adrenérgicos.
Fenilefrina.
É agonista alfa1, ou seja, é seletivo.
Mesma ação de Nafazolina.
-Usos clínicos: descongestionante nasal (rinite em felinos);
Agente midriático (exame de retina)
Adjuvante de anestésicos locais. Ex: lidocaína + fenilefrina (novocol)
Utilizado também para diminuir Ptose que é um termo médico para referir a queda da
pálpebra superior. Pode ser uni ou bilateral. Ocorre em lesão da inervação simpática
(síndrome de Horner).
A fenilefrina por ser agonista alfa1 causa vasoconstrição, e, portanto, aumento da pressão
arterial, resultando em bradicardiaca reflexa.
-Associação: cetamina\lidocaina + fenilefrina\Tiopental.
Xilazina\ Romifidina\ Detomidina\ Dexmedetomidina (DEX)
É agonista alfa, tem mais finalidade no alfa2, mas também liga no alfa1.
-Alfa1 -> pós-sinaptico ->causa vasoconstrição e aumenta PA (agudo).
-Alfa2 -> pré-sinaptico (SNC) -> diminui concentração de Nor -> diminui PA (prolongado).
Diminui concentração de DOP -> Ataxia (nigro-estriado)
Estimula seletivamente os receptores cerebrais pré-sinaptico produzindo redução da
excitabilidade neuronal e sedação, analgesia, relaxamento muscular e bradicardia.
- Produz uma breve elevação da pressão arterial, seguida de hipotensão mais prolongada
devido ação periférica.
-Ocorre bradicardia reflexa.
-Efeitos centrais: sedação, analgesia (20 a 30 min), ataxia, bradicardia e hipotensão.
Vomito pela ativação da zona quimiodeflagradora do vomito (ZQD), sendo o
cão mais resistente a esse efeito que o gato.
Hipotermia (hipotálamo).
Por seu efeito analgésico passar rápido, deve-se administrar a xilazina como sedativo, e
associar um anestésico, se o procedimento for mais longo que 20 a 30 min.
Aumento no tônus vagal induzido pela xilazina, como o tônus vagal nerva em vários órgãos,
terá diversas respostas.
-Efeitos Periféricos: relaxamento muscular;
Hipertensão quando administrado muito rápido;
Aumento da diurese (diminuição de renina e ADH);
Hiperglicemia (diminuição de insulina);
Midríase;
Redução de motilidade intestinal, no cavalo se for administrado
consecutivamente causa cólica.
-Primeiro causa hipertensão (SNP), ocorre bradicardia reflexa (nervo vagal); e a bradicardia e
hipotensão se mantem pelo efeito no SNC.
-Uso clinico: medicação pré-anestésica (MPA), sedativo, analgésico, relaxante muscular e
utilizado como agente emético em felinos.
-Xilazina induz vomito na fase inicial de sedação (50% cães e 90%gatos).
locus coeruleus.
O LC é um núcleo da formação reticular do tronco cerebral e é o principal núcleo
noradrenérgico do sistema nervoso central.
Alfa2 é um receptor localizado no LC.
A liberação de NOR fecha o canal de sódio e inibe a dor, a xilazina tem mesmo efeito, pois é
agonista alfa2.
A cetamina bloquei a o receptor do glutamato, o NMDAR, potencializando a xilazina, pois
inibindo esse receptor o glutamato não se liga, e não tem continuidade do PA. Então o
potencial de ação para na medula.
Associar a xilazina junto com a cetamina, diminui a dose de cetamina e por tanto a sua
toxidade diminui.
A detomidina é uma mistura racêmica da dexmedetomidina, portando se administrar
dexmedetomidina a dose cai pela metade, pois ela é a substancia ativa.
Diferenças.
Clonidina é administrado em humanos- 220x alfa2 que alfa1;
A xilazina ativa alfa2 160x mais que alfa1.
A detomidina é 260x mais alfa2 que alfa1.
A romifidina 200x alfa2 que alfa1.
A dexmedetomina ativa 1620x alfa2 mais que alfa 1, ou seja, é extremamente seletiva.
Amitraz.
São comumente usados para o combate de ectoparasitas, é um inseticida do grupo das
formamidinas.
Causa hipersensibilidade nos ectoparasitas.
É contraindicado para felinos.
O seu mecanismo de ação consiste na inibição da enzima monoaminoxidase (MAO) e,
principalmente, como um agonista em α2 adreneceptores.
A hiperglicemia é um achado marcante na intoxicação por amitraz.
-Farmacodinâmica.
Nos artrópodes em geral, as formamidinas agem como agonistas da octopamina, sendo este
um neurotransmissor excitatório presente no sistema nervoso periférico dos insetos.
-Toxicocinética.
A absorção é rápida quando oral e parenteral, cutânea (mesmo em pele integra);
A distribuição é rápida, concentrando-se em pulmões, fígado, rins, pele, baço, cérebro, olhos e
gônadas.
O metabolismo é hepático por oxidação.
A eliminação é pelas fezes (secreção biliar) e urinaria (53-85% em 3 dias).
Intoxicação por Amitraz- sintomas.
-Os efeitos centrais: sedação, ataxia, bradicardia, hipotensão e hipotermia; vomito.
-Efeitos periféricos: relaxamento muscular (fraqueza muscular); aumento da diurese
(diminuição de renina e ADH); hiperglicemia (diminui insulina); midríase e redução da
motilidade intestinal.
Tratamento de suporte ou manutenção.
Em caso de suspeita com contaminação dermal, o animal tem que ser banhado com agua fria
ou morna e sabão.
Induzir diarreia, para evitar timpanismo.
Fluidoterapia sem soluções glicosada, pois já vai ocorre hiperglicemia;
Não administrar atropina pois ela causa hiperglicemia.
A glicose já vai agir como diurético.
α- metilnoradrenalina.
Anti-hipertensivo usado especialmente para hipertensão gestacional.
Agonista alfa-adrenérgico seletivo para alfa2.
Inibidor da biossíntese de noradrenalina.
É um intermediário que pode entrar na rota metabólica da síntese de catecolaminas.
Enzima Tirosina Hidroxilase -> α-Metildopa -> DOPA Descarboxilase -> α-Metildopamina ->
Dopamina β-hidroxilase -> α-Metilnoradrenalina.
Agonista β- adrenérgico.
-Albutamol\ Salbutamol\ Terbutalina (cães);
-Clembuterol (único para cavalos, é agonista especifico beta2).
Aplicação clinica: principalmente na clinica de equinos (DPOC).
Podem causar hipopotassemia;
Tem efeito anti-inflamatorio (mastócito) que desaparece em 2 semana (taquifilaxia);
Tem efeito broncodilatador, ocorre down regulation (tolerância);
Os glicocorticoides aumentam a expressão de receptores adrenérgicos (up-regulation).
Efeito tocolitico: usados para inibir as contrações uterinas em trabalho de parto prematuro.
Efeitos colaterais: tremores, taquicardia, fraqueza.
O clembuterol é detectado no doping.
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA.
As primeiras escolhas para tratamento de cães agressivos, são os antidepressivos tricíclicos e
os inibidores seletivos da serotonina (ISRS).
Eles aumentam a inibição de Nor de forma indireta;
Causa efeitos inibitórios nas bombas de recaptação, na maior parte de recaptação de
dopamina e noradrenalina.
Gera o aumento da atividade do sistema nervoso autônomo simpático.
Com ação parecido com a lidocaína, causa efeito anestésico local;
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO MISTA.
Anfetaminas.
Exemplo a Ritalina.
Vai aumentar liberação de dopamina, noradrenalina e serotonina (5HT);
Inibe a recaptação.
Efedrina.
Mecanismo: agonista misto alfa e beta adrenérgico.
Uso clinico: hipotensão transitória associada a hipovolemia e anestésicos.
Inibe recaptura e ativa os receptores alfa e betas.
A Pseudoefedrina é um fármaco com ação agonista adrenérgico, é análogo da efedrina; e é
muito toxico para felinos, levando a choque cardiogênico.
SIMPATOLÍTICOS.
Antagonistas α- adrenérgicos.
Bloqueia os receptores alfa;
O bloqueio resulta no relaxamento da musculatura lisa facilitando a micção;
A afeções neurológicas em cães e gatos, causa hiperreflexia do musculo detrusor e leva a
retenção urinaria.
A passagem de sonda também pode causar constrição reflexa e retenção urinaria.
Ioimbina\ Tolazolina.
É um potente antagonista alfa2- adrenérgico.
Uso clinico: reversão dos efeitos farmacológicos, e toxicológicos dos agonistas alfa2-
adrenérgicos (xilazina, romifidina, detomidina, dexmedetomidina e amitraz).
Usado em diversas espécies, como: cães, gatos, equinos, bovinos, animais de laboratório e
animais selvagens.
Efeitos adversos: hipotensão, excitação, tremores musculares, midríase.
Prazosina\ Indoramina\ Doxazosina.
É antagonista alfa-1;
Indicações: tratar obstrução do fluxo urinário associado a hiperplasia prostática benigna e anti-
hipertensivo. Também utilizado na ICC.
A hiperplasia é reversível.
Ocorre taquifilaxia.
É utilizado como antídoto da toxina do escorpião.
Efeitos colaterais.
Taquicardia reflexa; congestão nasal; hipotensão ortostática.
Antagonista β- adrenérgico.
Propranolol (protótipo).
São betabloqueadores inespecíficos (beta 1 e beta 2);
Diminui força e frequência cardíaca; e diminui PA.
Uso clinico: hipertensão arterial; angina do peito; infarto do miocárdio; arritmias cardíacas;
miocardiopatia hipertrófica, aneurisma da aorta.
A angina de peito ou angina pectoris é uma dor torácica devida ao baixo abastecimento de
oxigênio e nutrientes (isquemia) ao músculo cardíaco (miocárdio).
-Efeitos Farmacológicos.
Diminuição da frequência cardíaca; diminuição da força de contração; diminuição da demanda
de oxigênio pelo miocárdio; retardo na condução nos átrios e no nodo atrioventricular (NAV).;
aumento do período refratário funcional do aumento da resistência das vias aéreas.
-Efeitos Adversos.
Recuperação da hipoglicemia pode ser dificultada;
A taquicardia típica do estado hipoglicemico pode ser mascarada por essa droga;
A suspensão após o tratamento prolongado deve ser gradual, já que a sensibilidade dos
receptores beta adrenérgicos mostra-se aumentada após a retirada súbita da droga;
Asma, pois os asmáticos são sensíveis a todos os betabloqueadores.
Timolol.
Betabloqueadores inespecíficos.
Ação sistêmica semelhante ao propranolol.
Reduz a produção do humor aquoso, pois reduz a pressão I.O (intraocular).
Não se sabe o mecanismo.
E é utilizado em colírios; tendo efeito mais longo que o propranolol.
Antagonistas β- adrenérgicos seletivos.
Atenolol\ Metoprolol.
É uma droga que pertence ao grupo dos betabloqueadores, uma classe de drogas usadas
principalmente em doenças cardiovasculares. O atenolol foi desenvolvido como um substituto
para o propranolol no tratamento da hipertensão; eles são mais específicos para beta1, não
bloqueando beta2 de vasos sanguíneos e pulmões.
Vantagem: em pacientes hipertensos com asma, diabetes.
Ainda deve ser administrado com cautela, pois asmáticos são sensíveis a todos
betabloqueadores.
Antagonista α1 e β- adrenérgicos.
Carvedilol\ Labetalol.
Bloqueia receptor alfa1 e produz vasodilatação;
Se bloqueiar receptor beta previne a taquicardia reflexa, usualmente associada com a
vasodilatação;
Também reduz secreção de renina;
Melhor que propranolol causa bradicardia e vasodilatação.
-Efeitos Colaterais.
Contração da musculatura uterina (parto prematuro);
Síndrome da abstinência: nervosismo, taquicardia, angina, e aumento da PA.
Diabetes: mascaram sintomas de hipoglicemia;
Broncoespasmo em asmáticos.
PARASSIMPATOLÍTICOS\ COLINOLÍTICOS.
Protótipo: Atropina.
Mecanismo de ação: é um antagonista competitivo das ações da acetilcolina (ACh);
competindo com esse agonista por um local de ligação comum no receptor.
Bloqueia competitivamente os receptores muscarínicos.
Os parassimpatoliticos tratam intoxicação por parassimpatomimeticos.
E os parassimpatomimeticos tratam intoxicação por parassimpatoliticos.
Classificação.
1)Alcalóides Naturais;
2)Aminas Quartenárias;
3)Aminas Terciárias.
Alcaloides naturais.
Atropina (hiosciamina) – planta atropa belladonna;
Escopolamina (hioscina)- planta hyoscyamus niger.
Indicações clinicas- Atropina.
-Agente pré anestésico= atropina bloqueia o M2 e causa taquicardia; isso previne a parada
cardiorrespiratória em anestesia gerais. O fato de manipular as vísceras produz descarga vagal,
e a atropina previne esse efeito.
A morfina tem + risco de ocorrer depressão cardiorrespiratória.
Antidoto para agentes colinérgicos;
TGI como antiespasmódico, se a cólica for por impactação vai diminuir a motilidade e agravar o
quadro.
A dipirona atua em cólicas espasmódicas, nas atividades fisiológicas (peristaltismo) ela não
causa efeito.
Trato geniturinário;
Sistema respiratório;
Olhos.
Contra indicações – Atropina.
Taquicardia e arritmias pré-existentes, como ocorre na febre e na tirotoxicosa.
Glaucoma, pois induz midríase, e fecha canal de Schlemm.
-Cuidados nas diferentes espécies.
Na motilidade intestinal de equinos e ruminantes, pois pode causar cólicas.
Nos ruminantes as secreções salivares não diminuem ficam mais espessas.
Descarga vagal.
Ocorre a descarga vagal, a Ach liga-se nos receptores M2 e M3, presente no nodo SA e AV.
Se ligando mais nos M2 que nos M3.
Causando diminuição da força, frequência e velocidade de condução.
A atropina compete com a Ach e bloqueia os receptores M2.
Causa aumento da força, frequência e velocidade de condução.
Aumento do tônus parassimpático.
Analgésicos simpatomiméticos.
Organofosforados e carbamatos;
Colinomimeticos direto ou indiretos;
Fármacos vagotônicos.
efeito parassimpático.
Os receptores M2 e M3, quando ativados causam broncoconstrição e aumento de secreção;
Os bloqueadores dos receptores resultam em broncodilatação e redução da secreção.
Bloqueio do movimento ciliar.
Ações Atropina – secreções.
O estimulo colinérgico ACh liga-se aos receptores M3 presentes nas glândulas saliares,
lacrimais e da mucosa nasal e causa secreção.
O bloqueio completo dos receptores M3 pela atropina resulta em diminuição de secreções.
SNC- Atropina.
Há receptores M1, M4 e M5 no SNC;
Tem discreta função excitatória (bulbo) -> frequência e amplitude respiratória depressora.
Sonolência;
Consolidação da memória;
Fadiga;
Em doses usuais há poucos efeitos centrais.
Intoxicação por Atropina.
Causa a redução do tônus parassimpático.
-Sintomas Periféricos.
Boca seca; midríase; nariz seco; taquicardia; temperatura elevada; pele ressecada.
-Sintomas centrais.
Irritabilidade; desorientação; alucinações e delírios; amnesia anterógrada; inquietação.
Diagnostico: paralisia generalizada dos órgãos inervados pelos neurônios colinérgicos.
Fisioestigmina.
É o antidoto para intoxicação por atropina.
Também conhecida como Eserina, é um parassimpaticomimético de ação indireta pela ação da
inibição da acetilcolinesterase.
-Homatropina ou metronitrato de atropina são drogas desprovidas de ações centrais.
Escopolamina (Hioscina).
Indicações: para espasmos no TGI, cólicas biliares e medicação pré-anestésicas.
Mecanismo de ação: semelhante à atropina, os efeitos sobre o SNC são mais pronunciados.
O controle da dor visceral em equinos foi demostrado em diversos estudos.
Efeitos. Atropina. Escopolamina Glicopirrolato. <- características
. farmacológicas das drogas
Taquicardia +++ + ++ anticolinérgicas.
Broncodilataçã ++ + ++
o
Sedação + +++ 0 0 = sem efeito; + = efeito
Anti-sialorréia ++ +++ +++ mínimo; ++ = efeito
moderado; +++ = efeito acentuado.
Aminas Quarternárias.
Não atravessam barreira hematoencefálica e nem placentária.
Brometo de Ipratropio (Atrovent).
A atropina em equinos so utilizar se tiver dispneia grave.
O ipratrópio ou brometo de ipratrópio, vendido sob a denominação comercial Atrovent, é um
medicamento anticolinérgico derivado da atropina e administrado por via de inalação como
coadjuvante na broncodilatação para o tratamento de asma, bronquite e doença pulmonar
obstrutiva crónica (DPOC).
Indicações: tratamento de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e também empregado
na profilaxia e tratamento de asma e bronquite.
Mecanismo de ação: bloqueia receptores muscarínicos M3 e M2 no pulmão, resultando
diminuição constrição brônquica (que ocorre pela estimulação parassimpática); diminui
secreção de muco; e aumenta clearance mucociliar.
Há terapia combinada com agonista beta2 adrenérgico.
Metilbrometo de Homatropina (Novatropina).
Indicações: distúrbios do trato gastrintestinal; assim como cólicas biliares e renais.
Mecanismo de ação: semelhantes as ações periféricas da atropina.
Glicopirrolato.
Indicações: para diminuir as secreções e peristaltismo associado a administração de
anestésicos gerais (MPA).
Mecanismo de ação: semelhantes as ações periféricas da atropina, sem efeito central.
Não atravessa a BHE e placenta (gestantes).
Aminas Terciárias.
Cloreto de triexifenidil (Triexedyl).
Triexifenid é um fármaco anticolinérgico indicado como adjuvante no tratamento de todas as
formas de parkinson.
No reino animal Parkinson não existe; é induzido apenas para fins de pesquisa.
Mecanismo de ação: bloqueia interneurônios colinérgicos do estriado.
A doença de Parkinson
Também chamada de parkinsonismo, é uma doença que afeta o sistema nervoso central com
comprometimento motor. Ocorre quando os neurônios que produzem dopamina que é uma
substância química que ajuda a controlar os movimentos são destruídas lentamente em
determinadas áreas do cérebro (substância negra). Levando a alterações na função dos
núcleos da base, estruturas encefálicas que fazem o controle do movimento causando os
principais sinais e sintomas da doença.
É uma doença degenerativa, crônica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas;
Ocorre a perda de neurônios da substancia negra;
Sintomas ocorrem após 70% de perda dos neurônios, e incluem: bradicinesia, rigidez muscular,
tremor, e locomoção alterada.
Sobrevida é de 10 a 20 anos;
Há morte por complicações pulmonares.
-As ceroidolipofuscinoses neuronais (CLNs) são um conjunto de doenças clínicas e
geneticamente heterogêneas e o seu desenvolvimento inclui demência progressiva, ataques, e
falha visual progressiva. Causa desordem semelhante ao Parkinson, um a cada 400 americans
staffordshire terrier apresenta essa doença.
PARASSIMPATOMIMÉTICOS.
Nos receptores M1, M4, e M5, causa tremores, ataxia, e convulsões.
Classificação:
-Drogas de ação direta.
Atua diretamente via receptor M/N
Alcaloides naturais colinomimeticos;
Esteres da colina.
-Drogas de ação indireta.
Inibidores da AChE.
Ação direta.
Alcaloide natural.
Muscarina é um alcalóide extraído de alguns fungos, como: Amanita muscaria.
Apresenta propriedades alucinogénicas ou psicotrópicas, como delírios e alucinações.
Ésteres da colina.
Ativam todos os receptores, e os efeitos superam as indicações.
Exemplo: pilocarpina, betanecol, e carbacol;
Pilocarpina.
Efeitos parassimpáticos semelhantes da ACh.
Uso clinico: glaucoma.
Contrai o musculo circular da íris (miose), promovendo abertura do canal de shlemm
aumentando a drenagem do humor aquoso e diminuindo a pressão intraocular.
-Indicações.
Efeito modificador vagal.
Estimulo do fluxo de secreções das glândulas salivares.
Contração da musculatura lisa.
Aumento da atividade peristáltica.
Possui ação sobre cólicas por parada intestinal e timpanismo.
Antidoto da atropina.
Ação Indireta.
São inibidores da acetilcolinesterase.
Exemplo: organofosforado; carbamato; fisostigmina; neostigmina; piridostigmina; e ecotiofato.
Carbamato.
Provoca inibição reversível da AChE;
Atuam como ectoparasiticidas.
Atuam como inseticidas (aldicarb) e são muito usados na agricultura.
Ex: Malathion, Parathion, outros.
Organofosforado.
Provoca inibição irreversível de AChE.
Então a acetilcolinesterase não vai conseguir degradar a acetilcolina em ácido acético e colina.
Atuando como endo e ectoparasiticidas.
-Suinos: Triclorvet; Tecplus;
-Equinos: Bevermex, Puriequi;
-Ruminantes: Bevermex; Neguvon; Triclorvet; Trifon; Trivermex.
*Outros: Anthon; Cobot; Dyrex; Freed; Masoten.
Mecanismo de ação.
Acetilcolinesterase é inativada; não ocorre a degradação da acetilcolina; terá o acumulo de
neurotransmissores nas terminações nervosas; causando hiperestimulação nervosa; que
resulta em síndrome colinérgica aguda e morte.
Toxicidade dos Organofosforado.
Os sintomas são devido a hiperestimulação por excesso de acetilcolina, e a atuação nos
receptores muscarínicos.
Aparelho respiratório. Broncoconstrição; hipersecreção brônquica; tosse; cianose;
edema pulmonar.
Aparelho cardiovascular. Bradicardia.
Aparelho urinário. Polaquiúria; incontinência urinaria.
Aparelho digestivo. Cólicas abdominais; náuseas; vômitos; diarreia; incontinência
fecal.
Olhos. Miose; diminuição de acuidade visual.
Glândulas. Lacrimejo e salivação (sialorreia).
Atuação do sistema nervoso central: défice cognitivo, ataxia, apatia, cefaleias, ansiedade,
coma com reflexo abolidos, respiração de Cheyne-Stokes, convulsões e depressão nos centros
respiratórios e circulatórios.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO.
Atropina
Parassimpatoliticos;
Inibidor de receptores muscarínicos.
Pralidoxima.
Contrathion;
Mais efetivo se administrado em 24h após exposição ao agente anticolinesterásico.
Regenera a acetilcolinesterase.
É contraindicado em intoxicação por Carbamato, a não ser que:
-Houver um caso de intoxicação por inibição da AChE desconhecido;
-Caso haja associação entre carbamato e organofosforado.
-Houver um caso de intoxicação grave por carbamato que não responda ao tratamento
tradicional.
Mecanismo de ação da Pralidoxima.
A acetilcolinesterase é formada por um sitio esterásico e um sitio aniônico.
O organofosforado vai fosforilar o sitio esterase, tendo uma ligação covalente e estável.
A Pralidoxima se liga no sitio aniônico, tira o fosfato, pois diminui a afinidade do OF. Isso causa
regeneração da AChE; essa ação ocorre dentro de um prazo de 24h, depois ocorre o
envelhecimento da colinesterase.
O Carbamato interage e faz carbonilação com o sitio aniônico e, então se administrar a
pralidoxima piora o quadro, pois quando ele sair do sitio, ela vai se ligar e inibira novamente a
AChE.
Tratamento de suporte.
Descontaminação:
-Gastrointestinal: até 6 hrs. de ingerido pode usar, o carvão ativado e um agente catártico para
fazer lavagem gástrica, e evitar mais absorção do agente toxico.
-Cutânea: lavar com detergente neutro e agua fria ou morna; usar roupa de proteção para
lavar o animal.
-Manutenção: fluidoterapia (salina 0.9% + glicose 50%) e diurese (furosemida).
A glicose é para tratar a hipoglicemia, pois há liberação de insulina, quando ativa
parassimpático.
Diagnostico.
-Colinesterase Eritrocitária.
É a colinesterase real ‘’como a isoforma neural’’.
Adiciona o material biológico (contendo AChE), adiciona acetilcolina e um indicador de Ph.
Se a amostra ficar amarela é porque está acidificada, e, portanto, a AChE está funcionando
pois degrada acetilcolina em acetil e ácido acético.
Se a amostra ficar azul ou verde, significa alcalinidade, e que a enzima não está funcionando.
Uma inibição da atividade da enzima de até 50% é considerado intoxicação.
-Colinesterase plasmática.
É para detectar pseudocolinesterase produzidas no fígado.
-Metodo de detecção é o método de Ellman; utilizando espectrofotométrico.
Complicações Tardias.
-Convulsões prolongadas = consequentes à hipóxia, na maioria das vezes.
-Insuficiência renal = devido a rabdomiólise (rabdo =MEE), ou seja, a lise de fibras do musculo
esquelético.
A convulsão causa rabdomiólise, e quando as fibras musculares morrem, a mioglobina
(componente das proteínas celulares presentes no músculo) é liberada na corrente sanguínea.
O nível dessa proteína pode ser medido no sangue ou na urina para monitorar o grau de lesão
do músculo. Nos túbulos renais ela precipita e induz necrose tubular aguda, resultando em
insuficiência renal; tratamento é administrar fluido com bicarbonato, para alcalinizar a urina.
-Pulmonares= a intubação prolongada, ventilação mecânica e pneumonia aspirativa.
Neostigmina
A Neostigmina é um colinomimético inibindo reversivelmente a enzima Acetilcolinesterase.
Provoca carbamilação da AChE.
Utilizado em Miastenia grave; para estimular mobilidade GI; em atonia de bexiga e intoxicação
por tubocurarina.
Piridostigmina
Piridostigmina é um fármaco parassimpaticomimético inibidor de colinesterase, indicado em
casos de miastenia gravis.
Provoca a carbamilação da AChE.
*A miastenia gravis é uma doença autoimune que atinge as chamadas junções
neuromusculares.
O botulismo
É uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina
produzida pela bactéria Clostridium botulinum.
A toxina botulínica age impedindo a liberação da acetilcolina e, consequentemente, impede a
contração das células musculares.
Então se utilizar piridostigmina ou neostigmina, nao faz diferença se eles inibirem
acetilcolinesterase; porque não terá a liberação de acetilcolina na fenda sináptica quando tem
botulismo.
BLOQUEADORES DE JUNÇÃO NEUROMUSCULAR (BNM).
Curare: são vários compostos orgânicos venenosos conhecidos como venenos de flecha.
Originados da planta Strychnos toxifera.
Mecanismo de ação: compete com a acetilcolina pelos receptores da placa motora, em doses
máximas produz paralisia dos músculos respiratórios (diafragma) e morte.
-Classificados em:
BNM despolarizante.
São moléculas longas, finas e flexíveis que permitem rotação livre da ligação;
Se liga nos receptores muscarínicos e nicotínicos (mais afinidade) de modo semelhante a
acetilcolina despolarizando a membrana.
Exemplo: Succinilcolina e Decametônio (não se utiliza mais).
BNM competitivo (não- despolarizante ou Adespolarizante).
Moléculas grandes, volumosas e inflexíveis.
Bloqueia o receptor nicotínico impedindo a ação da ACh.
Exemplo: Tubocurarina, galamina, pancuronio, vecuronio, atracurio, cisatracurio e rocuronio.
Agentes Despolarizantes.
Atua como a ACh despolarizando a junção neuromuscular, mas é hidrolisada pela AChE menos
rapidamente. Duas fases:
-Fase 1: essa fase é associada com fasciculações musculares; ou seja, ela se liga e despolariza.
-Fase 2: caracterizada por flacidez muscular; é a fase do bloqueio, porque:
A acetilcolina se liga no receptor e fica 100ms ligada, já o Succinilcolina permanece ligado por
2minutos ao receptor.
-Desvantagem: desconforto, tremores, contrações dolorosas, hipertermia, aumento das
secreções salivares e bronquiolares. Não tem antidoto.
Succinilcolina (Quelicin).
Os efeitos colaterais são contrações dolorosas, aumento das secreções salivares e bronquiolar.
Hipertermia maligna em equinos e suínos;
Em equinos pode provocar hipertensão severa.
Sinergismo com halotano, causa excreção renal 2% na forma integra.
*Hipertermia maligna é uma síndrome que se manifesta durante uma anestesia geral. Entre as
principais características estão a subida elevação da temperatura corpórea, o quadro clínico é
considerado grave, pois há a possibilidade de evolução para um choque irreversível, podendo
até mesmo levar à morte.
Agentes Não- Despolarizantes.
São antagonistas competitivos dos receptores nicotínicos da placa terminal, ligando-se a uma
ou ambas unidades α do receptor.
Há o bloqueio do canal aberto e\ou fechado.
-Vantagens: relaxamento muscular mais tranquilo; possui antidoto.
Pancurônio (Pavulon).
Taquicardia sem aumento da PA.
-Metabolização: hepática 30% (hepatopatas usar com cuidado); eliminação renal sem
alterações; pela bile 10%;
Sem efeito cumulativo.
Duração da apneia: 20 a 30 min;
É contraindicado para nefropatas.
Vecurônio (Vecuron, Norcuron).
Sem efeitos no sistema cardiovascular;
Metabolização hepática (hepatopatas usar com cuidado);
Eliminação pela via biliar;
Duração da apneia: 15 a 25 min.
Rocurônio (Esmeron).
Similar ao Vecurônio, porem com um inicio de ação mais rápido.
Atracúrio (Traxur, Tracrim).
Metabolização independente da função renal ou hepática, ou seja, é seguro para hepatopatas
e nefropatas;
É eliminado e matabolizado no plasma.
Pode liberar histamina e causar hipotensão transitória;
Cuidado com pacientes com histórico de anafilaxia.
Duração da apneia: 35 a 40 min.
Cisatracúrio (Nimbium).
É um derivado, ou seja, um isômero do atracurio;
É aproximadamente 5x mais potente que o atracurio.
Provoca menos liberação de histamina;
E tem menos efeito colateral que o atracurio.
Sequência do bloqueio neuromuscular.
1o = Face, mandíbula e cauda;
É ótimo pois ajuda entubar o paciente.
20 = Pescoço e membros distais;
30 = Membros proximais;
40 = Deglutição e Fonadores;
50 = Parede abdominal;
60 = Intercostais;
70 = Diafragma.
A recuperação inicia de baixo para cima; então o diafragma é o se recuperar.
ANTAGONISTAS DE BNM.
Ocorre a reversão do bloqueio neuromuscular.
Despolarizante: não existe antagonista para Succinilcolina; portanto, a respiração artificial
deve ser mantida até a recuperação do paciente.
Se usar os antagonistas eles vao bloquear a AChE, e é quem degrada a succinilcolina; fazendo o
prolongamento dos efeitos dos despolarizantes.
Competitivo: pode ser antagonizada pelos anticolinesterasicos fisostigmina e neostigmina.
Protocolo bastante utilizado: neostigmina + atropina (na mesma seringa).
A atropina vai evitar os sintomas colinérgicos;
BNM: Utilização Clínica.
-Relaxamento muscular na indução anestésica para facilitar a intubação endotraqueal em
procedimentos cirúrgicos;
-Durante o uso de ventilação mecânica (ex: cirurgias torácicas e hérnia diafragmática);
-Cirurgias oftálmicas (catarata): facilita o posicionamento e a manipulação cirúrgica do olho,
além de prevenir o reflexo oculomotor.
-Em eutanásia em associação com outros fármacos; pois não tem efeito analgésicos,
anestésico ou hipnótico; e usando os BNM permite a redução de dose dos anestésicos.

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