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    Nocicepção

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    Pedro Nuno
    O documento descreve a nocicepção e os sistemas de transdução e transmissão de sinais nociceptivos. Existem dois tipos principais de nociceptores - fibras Aδ, que respondem a estímulos intensos, e fibras C, que respondem a estímulos térmicos e químicos. Estes nociceptores expressam receptores específicos como o VR1. Os sinais nociceptivos são transmitidos para a medula espinhal e ascendem ao tronco encefálico e tálamo, projetando-se

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    Nocicepção

    Depende de recetores e vias a ela dedicados de modo específico.

    Nociceptores:

     Terminações nervosas não muito especializadas que iniciam a sensação de dor;


     Originam-se de corpos celulares nos gânglios das raízes dorsais (ou no gânglio do
    trigémeo) que emitem um processo axonal para a periferia e o outro para dentro da
    medula espinhal ou tronco encefálico
     Axónios com velocidade de condução mais lenta pouco ou nada mielinizados.
     Axónios pertencem a de 2 grupos:
    o Grupo Aδ - axônios mielinizados, respondem a estímulos mecânicos de
    intensidade perigosa, ou a estímulos intensos tanto mecânicos como térmicos.
    Responsáveis pela primeira dor, aguda.
    o Grupo de fibras C - axónios não mielinizados, tendem a responder a estímulos
    térmicos, mecânicos e químicos – polimodais. Responsáveis pela segunda dor,
    mais retardada, duradoura e difusa.
     Axónios nociceptivos disparam apenas quando a intensidade do estímulo atinge altos
    níveis;

    Transdução de sinais nociceptivos

    Recetores específicos, associados a terminações aferentes nociceptivas:

     Recetor baunilhoide (VR-1 ou TRPV1) é encontrado em fibras C e Aδ e é ativado por


    calor moderado
     Recetor do tipo baunilhoide VRL-1 ou TRPV2 possui um limiar de resposta mais alto ao
    calor → fibras Aδ.

    Principais vias centrais da dor e temperatura →

     Originam-se junto a outros neurónios sensoriais nos gânglios das raízes dorsais e
    entram na medula espinhal através de raízes dorsais.
     Projetam-se de forma centralizada ao corno dorsal da medula ramificando-se em
    colaterais ascendentes e descendentes, formando o trato dorsolateral de Lissauer
     Uma vez dentro do corno dorsal, os axónios emitem ramos que fazem contacto com
    neurónios de segunda ordem localizados nas lâminas de Rexed.
     Os axónios dos neurónios de segunda ordem cruzam a linha média (decussação) e
    ascendem ao tronco encefálico e ao tálamo no quadrante anterolateral da metade
    contralateral da medula – sistema anterolateral
     Lesão de medula espinhal unilateral origina sintomas anterolaterais (déficits de dor e
    temperatura) no lado contralateral do corpo
     Fibras de segunda ordem do sistema anterolateral projetam-se para diversas
    estruturas diferentes no tronco encefálico e prosencéfalo:
    o Núcleo ventral posterior lateral (VPL) a neurónios dos córtices
    somatossensoriais primário e secundário – aspetos discriminativos sensoriais
    o Núcleos talâmicos da linha média ao córtex cingulado e insular assim como
    projeções à formação reticular, hipotálamo, amígdala – aspetos afetivo-
    motivacionais
    Via da coluna dorsal para a dor visceral

     Sinais dolorosos com origem nos órgãos viscerais da pelve, abdome e tórax entram no
    SNC através de um componente da via da coluna dorsal-lemnisco medial
     Aferentes viscerais primários pelve e das vísceras abdominais entram na medula
    espinhal e fazem sinapse com neurónios de segunda ordem no corno dorsal da medula
    espinhal lombossacral. Estes enviam os seus axónios através da coluna dorsal.
     Axónios de segunda ordem fazem então sinapse nos núcleos da coluna dorsal da
    porção caudal do bulbo, onde neurónios dão origem às fibras arqueadas que formam o
    lemnisco medial contralateral e, por fim, fazem sinapse com neurónios de projeção
    talamocorticais no tálamo posterior ventral

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