Processo Penal
Processo Penal
Processo Penal
1. Estrutura do CPP
A ideia do Portal do CPP Comentado é trazer uma referência de consulta aos
advogados sobre o Código de Processo Penal. Muito se fala sobre o Novo CPC, mas o
CPP também é uma legislação bastante discutida no meio jurídico, a qual desperta
discussões diversas, bem como interpretações distintas.
Por essa razão, o portal disponibiliza uma análise comentada de todos os artigos da
legislação. E aproveita, desse modo, para fazer remissão não apenas à legislação
correlata e ao Código Penal, mas também aos projetos de novas legislações, como o
Novo Código Penal (PLS 236/2012). Assim, tem como objetivo não apenas esclarecer
a aplicação dos dispositivos processuais penais, como também assegurar os
profissionais quanto ao que virá.
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;
A conexão com o Direito Processual Penal, portanto, é automaticamente percebida.
Às partes é garantido não apenas o acesso à justiça, mas o direito que sua liberdade
e seus bens somente lhe sejam retirados após um processo em que lhes seja
concedido também o direito de ampla defesa. Assim, somente após a discussão em
juízo e a coerente análise e justificativa processual e material poderão sofrer
penalidades decretas em decisão judicial.
Ademais, com o devido processo legal, quer-se ter respeitada a regularidade das
normas processuais, como as dispostas no Código de Processo Penal.
Ao juiz, enfim, é facultado pedir provas no decorrer do processo, ainda que as partes
tenham o dever de impulsioná-lo. Dessa forma, o art. 156 do CPP prevê que:
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao
juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de
diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
Art. 28 do CPP
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia,
requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação,
o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do
inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia,
designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de
arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
É um artigo essencial do Código de Processo Penal, porquanto dispõe acerca
da possibilidade de oferecimento de denúncia pelo juízo, muito embora seja
atribuição, normalmente, do Ministério Público.
Art. 41 do CPP
O art. 41 do CPP, do mesmo modo que o art. 28 do CPP, trata da denúncia no
processo penal. E como se observa da sua redação, então, ele traz os requisitos da
denúncia penal:
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as
suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se
possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas.
Por fim, houve em 2019 atualização na redação do art. 157 do CPP, com a inclusão
de um parágrafo 5º. Assim, caso a prova conhecida pelo juízo seja declarada
inadmissível, o juiz que a conheceu não poderá proferir sentença ou acórdão.
1. intimação;
2. audiência ou sessão em que se profere a decisão, se a ela estiver presente
a parte;
3. dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou
despacho.