Questionário I - Direito Processual Civil
Questionário I - Direito Processual Civil
Questionário I - Direito Processual Civil
2) O que autocomposio?
As partes abririam mo de seu interesse ou de parte dele, de forma que, por meio de
concesses recprocas, seria possvel chegar soluo dos conflitos, ou seja, as
prprias partes resolvem o litgio e o extinguem no plano do direito material.
3) O que Jurisdio?
6) O que Ao?
O direito de ao um direito subjetivo (de cada um) pblico, que se exerce contra o
Estado, do qual se exige uma deciso sobre uma pretenso.
A pretenso o bem jurdico que o autor deseja obter por meio da atuao
jurisdicional. tambm chamada pretenso de direito material, porque o resultado
pretendido dever projetar-se nessa rea. A pretenso, sim, dirigida contra o ru,
pois contra ele que o autor deseja a produo dos efeitos da deciso, a fim de obter
o que no est conseguindo sem a interveno jurisdicional.
8) Qual a diferena entre Direito Processual e Direito Material?
9) O que processo?
O processo o meio pelo qual se faz atuar a lei, ele o instrumento da composio da
lide.
Podemos dizer que o processo representa uma dupla garantia: ativa e passiva.
O processo garantia ativa porque diante de alguma ilegalidade, pode a parte dele
utilizar-se para a reparao dessa ilegalidade. Como por exemplo, a garantia do habeas
corpus, contra a violao do direito de locomoo sem justa causa.
O processo diz-se uma garantia passiva porque impede a justia pelas prprias mos,
dando ao acusado a possibilidade de ampla defesa contra a pretenso punitiva do
Estado, o qual no pode impor restries da liberdade sem o competente e devido
processo legal.
Os pressupostos processuais podem ser subjetivos, quando dizem respeito aos sujeitos
principais da relao processual: juiz e partes; ou objetivos, quando tratam da
subordinao do procedimento s normas legais e da inexistncia de fatos impeditivos.
Ocorre quando est ausente qualquer das condies da ao. Isso quer dizer que o juiz
declarou que falta legitimidade para agir, ativa (do autor) ou passiva (do ru), falta de
interesse processual, ou falta de possibilidade jurdica, sem, contudo, decidir sobre o
mrito, isto , se a pretenso do autor era de se acolhida, ou no.
O juiz pode decretar a carncia da ao em trs momentos:
1) Ao despachar a inicial, quando for evidente, desde logo, a ilegitimidade de parte, a
falta de interesse processual ou a impossibilidade jurdica do pedido (art. 295, II e III, e
pargrafo nico, III); neste caso o Juiz dever rejeitar, de plano, a petio inicial;
2) Na fase de saneamento, isto , aps a resposta do ru, momento em que compete
ao juiz examinar os pressupostos processuais, sobre os quais adiante se discorrer, e
as condies da ao, sendo que, na ausncia de quaisquer destas ltimas, dever ele
extinguir o processo, conforme preceitua o art. 329 combinado com o art. 267, VI;
3) No momento de proferir a sentena final, se a ausncia de condio da ao
somente se revelar nesse instante, aps a colheita das provas.
diferente carncia da ao de improcedncia da ao: na carncia de ao, h
declarao de falta de condio da ao, sem apreciao do mrito; na improcedncia
da ao, h pronunciamento sobre o mrito.
Portanto, o juiz decide de acordo com o que ele acha correto, mas sem se desvincular
das provas que esto nos autos.
O Poder Judicirio garante acesso a todos aqueles que tiverem seu direito violado ou
ameaado, no sendo possvel o Estado-Juiz eximir-se de prover a tutela jurisdicional
queles que o procurem para pedir uma soluo baseada em uma pretenso
amparada pelo direito. Se a lei no pode impedir que o Judicirio aprecie qualquer
leso ou ameaa a direito, muito menos poder o Juiz abster-se de apreci-la, quando
invocado.
19) Substituio. O Judicirio se substitui em relao s partes? Explique.
Sim, uma das funes do Estado, onde ele substitui os particulares para decidir
imparcialmente o conflito de interesses, mediante a atuao do direito objetivo, numa
lide.
H casos em que o texto expresso de lei autoriza algum que no seja o sujeito da
relao jurdica de direito material a demandar, diz-se que a legitimao
extraordinria, ou seja, tem qualidade para litigar, em nome prprio, sobre direito
alheio.
A legitimao extraordinria pode ser exclusiva ou concorrente. exclusiva quando a
lei, atribuindo legitimidade a um terceiro, elimina a do sujeito da relao jurdica que
seria o legitimado ordinrio; concorrente quando a lei admite a ao proposta pelo
terceiro e tambm pelo legitimado ordinrio alternativamente.
Quando a lei for omissa, o juiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princpios gerais do direito, conforme dispe o art. 4 da Lei de Introduo ao
Cdigo Civil.
As aes de execuo tem por pressuposto um ttulo executivo (CPC, art. 583) e com
fundamento nele o credor requer os atos judiciais necessrios contra o devedor que
no pagou.
No, apenas soluciona a questo neste segmento, sem prejuzo de sanes penais, ou
contestao judicial.
o fato do qual surge o direito que o autor pretende fazer valer ou a relao jurdica
da qual aquele direito deriva, com todas as circunstncias e indicaes que sejam
necessrias para individuar exatamente a ao que est sendo proposta e que variam
segundo as diversas categorias de direitos e de aes.
O princpio do devido processo legal uma espcie de princpio que engloba todos os
demais, de modo que a infrao a qualquer deles acarreta, necessariamente, a
infrao ao princpio do devido processo legal. Ele est presente desde a formao do
processo at o seu ltimo ato, j na fase de execuo. Como por exemplo: o fato de a
lei exigir que a petio inicial preencha os requisitos essenciais; que a citao seja
aperfeioada de forma vlida; que ao ru seja conferido o direito de defesa; que as
partes tenham a oportunidade de produzir provas; que o magistrado prolate sentena
fundamentada ao trmino da instruo, etc.
O art. 286 dispe que o pedido deve ser certo ou determinado. O pedido certo
refere-se ao bem da vida pretendido (indenizao por perdas e danos, por exemplo) e
interveno jurisdicional que se espera seja manifestada pelo magistrado (sentena
condenatria, por exemplo).
Ensina-nos a doutrina que o autor deve explicitar o que pretende e em que
quantidade. Ao ingressar com uma ao de indenizao por perdas e danos, admiti-se
a formulao de pedido condenatrio por danos morais (de forma genrica), sem
indicao do valor correspondente, que ser apurado durante a instruo do processo
(por meio de percia, por exemplo) ou na liquidao da sentena. Contudo, embora
no quantificada a pretenso, deve ser certa, externando o autor em que consiste a
parcela (despesas mdico-hospitalares, tratamento fisioterpico etc).
No. Fundamentao legal a que comprova que o objeto tem amparo em leis e
artigos especficos.
Fundamentao jurdica o fato, isto , o motivo pelo qual a ao est sendo
proposta, baseado nas leis e nos princpios jurdicos.
45) O advogado pode ser apontado como hiptese de legitimao extraordinria,
considerando o artigo 133 da Constituio Federal? Explique.
Sim. Advogado no parte e sim mandatrio que representa a parte. Ele no pleiteia
direito alheio em nome prprio, entretanto para que os legitimados possam pleitear
legitimao extraordinria ou quaisquer direitos necessrio advogado. O que se
afirma no artigo que sem advogado no se faz justia, logo ele uma das hipteses
necessrias para a ao.
47) O processo pode ser extinto com ou sem julgamento do mrito? Explique.
Ocorre coisa julgada quando se tem uma ao idntica totalmente definida, ou seja,
sem que haja nenhuma possibilidade de reverter deciso, pois no cabe mais
nenhum recurso. Dessa forma, no se pode permitir que o autor tente buscar uma
diferente deciso a respeito de um tema sobre o qual j tenha tido um
pronunciamento judicial definitivo
Diz-se que h coisa julgada formal quanto imutabilidade dos efeitos da sentena
dentro do processo, por inexistncia de outros meios processuais de reviso; diz-se
que h coisa julgada material em virtude de a imutabilidade projetar-se tambm fora
do processo, impedindo a repetio da demanda e o reexame da matria mesmo em
processo autnomo.
50) O que Perempo?
Quando o autor deixa de promover atos e diligncias que deveria ter exercido,
abandonando a causa por mais de trinta dias, gera a extino do processo sem
julgamento do mrito em virtude da inrcia do autor, conforme previsto no art. 267, III
do CPC. Mas isso no impede que o autor ajuze, novamente, ao idntica anterior.
Mas se esse comportamento do autor se repetir por trs vezes, deixando que a ao se
extinga por sua inrcia, ocorre a chamada perempo.