Código de Processo Civil 2015 Estudo Reverso Legislação E Jurisprudência

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CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 2015

ESTUDO REVERSO
LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO CIVIL

Decorre do princípio da legalidade previsto no art. 5º,


LIV, da Constituição Federal
Pode ser dividido em:
 Formal: diz respeito ao processo em si e às
DEVIDO PROCESSO LEGAL garantias que ele deve respeitar
 Substancial: representa uma restrição voluntária
sobre o poder do Estado, impedindo-o de criar regras que
violem o senso de racionalidade e desrespeitem os
princípios fundamentais da ordem democrática.

Decorre do art. 5º, XXXV da Constituição Federal.


ACESSO À JUSTIÇA Está relacionado com a proteção judicial do Estado para
os cidadãos.

Decorre do art. 5º, LV da Constituição Federal que afirma


que: “aos litigantes, em processo judicial ou
CONTRADITÓRIO administrativo, e aos acusados em geral são assegurados
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos
a ela inerentes”

Decorre do art. 5º, LXXVIII da Constituição Federal que


afirma que: “a todos, no âmbito judicial e administrativo,
DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO
são assegurados a razoável duração do processo e os
meios que garantem a celeridade de sua tramitação”

Promove o nivelamento das leis e dos processos legais


entre os cidadãos, assegurando que a legislação seja
ISONOMIA implementada de maneira equitativa para todos, levando
em conta suas disparidades individuais ao aplicar essas
leis.

Determina que o processo deve ser julgado por um juiz


IMPARCIALIDADE DO JUIZ/JUIZ
investido de jurisdição e imparcial. Essa disposição pode
NATURAL
ser encontrada no art. 5º, LIII e XXXVII da CF.

Não é há previsão expressa.


DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO Estabelece a existência de instâncias superiores.
Está ligado ao interesse recursal.
Estabelece a publicidade dos atos processuais.
PUBLICIDADE DOS ATOS
Previsto nos arts. 37 da CF e 189 do CPC

Estabelece que as decisões judiciais devem ser


DECISÃO MOTIVADA motivadas, sob pena de nulidade, conforme art. 93, IX da
CF.

PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO PROCESSO


CIVIL

Não é há previsão expressa.


DISPOSITIVO Estabelece que compete às partes apresentarem alegações
e provas, tendo em vista que o juiz é sujeito imparcial

Estabelece que o juiz tem o dever de colher as provas


IMEDIAÇÃO
direta e pessoalmente (art. 456, CPC)

Estabelece que o réu deve trazer todas as alegações em


CONCENTRAÇÃO momento certo e único a fim de prezar pela celeridade
processual (art. 365, CPC)

Art. 1.009, §1º, do CPC. Em regra, contra as decisões


IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES
interlocutórias, o recurso cabível – o agravo – não
INTERLOCUTÓRIAS
suspenderá o processo.

Art. 371 do CPC. Cabe ao juiz apreciar livremente as


provas, devendo indicar, na sentença, os motivos de sua
PERSUASÃO NACIONAL
decisão, que devem estar amparados nos elementos
constantes dos autos

Determina que os sujeitos devem se comportar de acordo


BOA-FÉ
com as normas legais.
Art. 6º do CPC. Exige que as partes cooperem para que o
COOPERAÇÃO
processo alcance bom resultado, em tempo razoável.

PARTE GERAL

LIVRO I – DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS

TÍTULO ÚNICO

DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS


PROCESSUAIS

CAPÍTULO I – DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO


CIVIL

ARTIGO 1º

Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e


interpretado conforme os valores e as normas
fundamentais estabelecidos na Constituição da
República Federativa do Brasil observando-se as
disposições deste Código.

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Pergunta Resposta
compreensão

Pergunta: Qual é o princípio fundamental relacionado à ordenação e disciplina do


processo civil no Brasil, e como ele se relaciona com a Constituição e o Código de
Processo Civil?
Resposta: O princípio fundamental relacionado à ordenação, disciplina e
interpretação do processo civil no Brasil é a observância dos valores e das normas
fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil. Isso
significa que todo o sistema processual deve ser moldado de acordo com os princípios e
direitos fundamentais previstos na Constituição, garantindo a proteção dos direitos e a
justiça para todos os envolvidos no processo.
Exemplo prático: Imagine um caso em que uma pessoa entra com uma ação
judicial buscando indenização por danos morais devido a um acidente de trânsito causado
por outra pessoa. O juiz encarregado de conduzir o processo deve garantir que o
procedimento seja conduzido de acordo com as normas e princípios estabelecidos na
Constituição. Isso inclui garantir o direito ao contraditório e à ampla defesa, bem como
respeitar o princípio da dignidade da pessoa humana

Aspectos Aspectos Aspectos


doutrinários normativos jurisprudenciais

 Aspectos doutrinários:

FPPC 369: O rol de normas fundamentais previsto no Capítulo I do Título Único


do Livro I da Parte Geral do CPC não é exaustivo.
FPPC 370: Norma processual fundamental pode ser regra ou princípio.

 Aspectos normativos:

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições
específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme
as disposições deste Código.

ARTIGO 2º

Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se


desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas
em lei.

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Pergunta Resposta
compreensão

Pergunta: Qual é o princípio que rege o início e o desenvolvimento do processo


civil no Brasil, e quais são as exceções previstas em relação a esse princípio?
Resposta: O princípio que rege o início e o desenvolvimento do processo civil no
Brasil é o princípio da inércia. Isso significa que o processo começa por iniciativa das
partes envolvidas, ou seja, aqueles que têm um interesse ou uma pretensão a serem
protegidos pelo judiciário. No entanto, uma vez que o processo é iniciado, ele passa a ser
conduzido por impulso oficial, ou seja, o juiz tem o dever de conduzir o processo de forma
ativa e garantir que as partes tenham acesso à justiça de maneira efetiva.

Exemplo prático: Suponha que João deseja receber uma indenização por danos
materiais causados ao seu carro em um acidente de trânsito. Ele decide ingressar com
uma ação judicial contra o motorista que causou o acidente, buscando a reparação pelos
prejuízos sofridos. Nesse caso, João é a parte que deu início ao processo, pois foi ele
quem tomou a iniciativa de buscar a proteção do judiciário para resolver sua disputa. No
decorrer do processo, o juiz desempenhará um papel ativo, assegurando que as partes
tenham direito a um julgamento justo. O juiz pode determinar prazos para a apresentação
de documentos e provas, analisar as alegações das partes e tomar decisões que garantam
a celeridade e a eficiência do processo.

Aspectos Aspectos Aspectos


doutrinários normativos jurisprudenciais

 Aspectos doutrinários:

Princípio do impulso oficial/oficiosidade: determina que o juiz impulsione os atos


processuais depois de iniciado. Importante mencionar que o princípio do impulso oficial
é diferente do princípio da inércia, em que determina que o processo só terá início se for
impulsionado pelas partes.

Parte provoca a jurisdição Juiz impulsiona o processo

 Aspectos normativos:
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - velar pela duração razoável do processo;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente
protelatórias;
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias
para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação
pecuniária;
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e
mediadores judiciais;
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança
interna dos fóruns e tribunais;
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos
da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso;
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a
Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5º da Lei nº
7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 , para, se for o
caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva.
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de
encerrado o prazo regular.

Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de
questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente
protelatórias.

Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte
em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.

Art. 720. O procedimento terá início por provocação do interessado, do Ministério Público ou da
Defensoria Pública, cabendo-lhes formular o pedido devidamente instruído com os documentos
necessários e com a indicação da providência judicial.

ARTIGO 3º

Art. 3º. Não se excluirá da apreciação jurisdicional


ameaça ou lesão a direito.
§1º. É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§2º. O Estado promoverá, sempre que possível, a
solução consensual dos conflitos.
§3º. A conciliação, a mediação e outros métodos de
solução consensual de conflitos deverão ser estimulados
por juízes, advogados, defensores públicos e membros do
Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
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Pergunta Resposta
compreensão

Pergunta: Qual é a abordagem da legislação brasileira em relação à apreciação


jurisdicional de ameaça ou lesão a direito, e como ela incentiva a solução consensual de
conflitos?
Resposta: A legislação brasileira adota uma abordagem que garante a apreciação
jurisdicional de qualquer ameaça ou lesão a direito, o que significa que o Poder Judiciário
não pode se eximir de analisar situações em que direitos estejam em risco. Além disso, a
legislação estabelece o incentivo à solução consensual de conflitos, por meio de métodos
como arbitragem, conciliação e mediação.

Exemplo prático: Suponha que Ana e João sejam vizinhos e estejam em conflito
devido a um problema de limite de propriedade. Ana alega que João construiu uma cerca
que invadiu sua propriedade, causando uma ameaça ao seu direito de posse e propriedade.
Ana decide ingressar com uma ação judicial para buscar uma solução. De acordo com a
Constituição Brasileira, Ana tem o direito de buscar a apreciação jurisdicional desse
conflito, pois sua ação se baseia na alegação de ameaça a seu direito de propriedade. O
Poder Judiciário não pode se recusar a analisar essa situação, pois a Constituição
estabelece que não se excluirá da apreciação jurisdicional qualquer ameaça ou lesão a
direito.

Aspectos Aspectos Aspectos


doutrinários normativos jurisprudenciais

 Aspectos doutrinários:
FPPC 371: Os métodos de solução consensual de conflitos devem ser estimulados
também nas instâncias recursais.
FPPC 485: É cabível conciliação ou mediação no processo de execução, no
cumprimento de sentença e na liquidação de sentença, em que será admissível a
apresentação de plano de cumprimento da prestação.
FPPC 573: Fazendas Públicas devem dar publicidade às hipóteses em que seus
órgãos de Advocacia Pública estão autorizados a aceitar autocomposição.
FPPC 618: A conciliação e a mediação são compatíveis com o processo de
recuperação judicial.
ESPÉCIES DE AUTOCOMPOSIÇÃO
Renúncia bilateral. As partes entram em um
TRANSAÇÃO acordo.
RENÚNCIA O autor renuncia a pretensão
SUBMISSÃO O réu reconhece o direito do autor

CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO ARBITRAGEM


Um terceiro ajuda as partes a O mediador facilita a O árbitro é quem decidirá
encontrar solução para o conflito comunicação para as partes
encontrarem uma solução
Não há vínculo prévio entre as Há vínculo prévio entre as partes Depende de convenção das
partes partes

Princípio da inafastabilidade da jurisdição: é um dos pilares fundamentais do


sistema jurídico de um Estado de Direito. Ele estabelece que nenhuma lesão ou ameaça a
direito pode ficar sem apreciação pelo Poder Judiciário. Em outras palavras, todas as
pessoas têm o direito de buscar a proteção do sistema judicial quando seus direitos
estiverem em perigo.

 Aspectos normativos:
CONSTITUIÇÃO
LEI Nº 13.140/15 LEI Nº 9.307/96
FEDERAL
Art. 2º. A mediação será
orientada pelos seguintes
princípios:
I - imparcialidade do mediador;
Art. 1º. As pessoas capazes de
Art. 5º, XXXV - a lei não II - isonomia entre as partes;
contratar poderão valer-se da
excluirá da apreciação do Poder III - oralidade;
arbitragem para dirimir litígios
Judiciário lesão ou ameaça a IV - informalidade;
relativos a direitos patrimoniais
direito; V - autonomia da vontade das
disponíveis.
partes;
VI - busca do consenso;
VII - confidencialidade;
VIII - boa-fé.

 Aspectos jurisprudenciais:

Súmula 485 do STJ: A Lei de Arbitragem aplica-se aos contratos que contenham
cláusula arbitral, ainda que celebrados antes da sua edição

A parte tem o direito de se fazer representar na audiência de conciliação por


advogado com poderes para negociar e transigir. STJ. 4ª Turma. AgInt no RMS
56422-MS, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 08/06/2021 (Info 700).
ARTIGO 4º

Art. 4º. As partes têm o direito de obter em prazo


razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade
satisfativa.

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Pergunta Resposta
compreensão

Pergunta: Qual é o direito das partes em relação à obtenção de uma solução


completa e em prazo razoável para a questão discutida no processo, incluindo medidas de
satisfação?
Resposta: As partes têm o direito de obter, em prazo razoável, a solução completa
do mérito de suas demandas judiciais, incluindo a realização de medidas satisfativas. Isso
significa que o processo deve ser conduzido de maneira eficiente, assegurando que a
análise das questões em disputa seja realizada em um tempo adequado, incluindo a
possibilidade de obtenção de medidas que garantam a efetividade da decisão.

Exemplo prático: Imagine que Carla tenha emprestado uma quantia significativa
de dinheiro a seu amigo Paulo e que eles tenham firmado um contrato por escrito que
estabelece os termos do empréstimo. Paulo, no entanto, não cumpriu com sua obrigação
de devolver o dinheiro no prazo acordado e não responde mais às mensagens e ligações
de Carla. Carla decide entrar com uma ação judicial contra Paulo para reaver o dinheiro
emprestado. De acordo com o princípio do direito de obtenção de solução integral do
mérito em prazo razoável, o processo deve ser conduzido de maneira eficaz para garantir
que a disputa seja resolvida dentro de um tempo adequado. Isso envolve não apenas a
análise das alegações de Carla e Paulo, mas também a possibilidade de o juiz tomar
medidas satisfativas para garantir que a decisão final seja efetivamente cumprida.

Aspectos Aspectos Aspectos


doutrinários normativos jurisprudenciais

 Aspectos doutrinários:
Princípio da duração razoável do processo: determina que os processos tenham
prazo de duração razoável, prezando sempre pela celeridade da resolução do litígio, seja
na esfera judicial ou administrativa.
FPPC 372: O art. 4º tem aplicação em todas as fases e em todos os tipos de
procedimento, inclusive em incidentes processuais e na instância recursal, impondo ao
órgão jurisdicional viabilizar o saneamento de vícios para examinar o mérito, sempre que
seja possível a sua correção.
FPPC 373:As partes devem cooperar entre si; devem atuar com ética e lealdade,
agindo de modo a evitar a ocorrência de vícios que extingam o processo sem resolução
do mérito e cumprindo com deveres mútuos de esclarecimento e transparência.
FPPC 574: A identificação de vício processual após a entrada em vigor do CPC de
2015 gera para o juiz o dever de oportunizar a regularização do vício, ainda que ele seja
anterior.
FPPC 666: O processo coletivo não deve ser extinto por falta de legitimidade
quando um legitimado adequado assumir o polo ativo ou passivo da demanda.
 Aspectos normativos:
CONSTITUIÇÃO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no


mesmo processo, em conjunto, ativa ou
passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de
obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido
ou pela causa de pedir;
Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e
III - ocorrer afinidade de questões por ponto
administrativo, são assegurados a razoável
comum de fato ou de direito.
duração do processo e os meios que garantam a
§1º. O juiz poderá limitar o litisconsórcio
celeridade de sua tramitação
facultativo quanto ao número de litigantes na fase
de conhecimento, na liquidação de sentença ou na
execução.

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as


disposições deste Código, incumbindo-lhe:
II - velar pela duração razoável do processo;

ARTIGO 5º

Art. 5º. Aquele que de qualquer forma participa do


processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
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Pergunta Resposta
compreensão

Pergunta: Qual é a expectativa em relação ao comportamento das partes e demais


participantes em um processo judicial, em termos de boa-fé?
Resposta: No contexto de um processo judicial, é esperado que todas as partes
envolvidas, bem como quaisquer outros participantes, se comportem de acordo com o
princípio da boa-fé. Isso significa que todas as ações, alegações e comportamentos devem
ser pautados pela honestidade, sinceridade, cooperação e transparência, visando à
promoção da justiça e da efetividade do processo.

Exemplo prático: Suponha que Maria esteja envolvida em uma disputa de


propriedade com João sobre um terreno. Ambos entraram com ações judiciais para
reivindicar a propriedade do terreno e apresentaram documentos e evidências para
sustentar suas alegações. Durante o processo, Maria descobre que possui um documento
adicional que fortaleceria sua posição, mas ela decide não apresentá-lo ao tribunal. A
atitude de Maria em ocultar o documento relevante não está de acordo com o princípio da
boa-fé. Espera-se que todas as partes atuem com honestidade e transparência no processo,
apresentando todas as informações pertinentes para que o juiz possa tomar uma decisão
justa e informada. Ao não agir de acordo com a boa-fé, Maria pode prejudicar a
integridade do processo e a confiança no sistema judicial.

Aspectos Aspectos Aspectos


doutrinários normativos jurisprudenciais

 Aspectos doutrinários
FPPC 374: O art. 5º prevê a boa-fé objetiva.
FPPC 375: O órgão jurisdicional também deve comportar-se de acordo com a boa-
fé objetiva.
FPPC 376: A vedação do comportamento contraditório aplica-se ao órgão
jurisdicional.
FPPC 377: A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem motivar a
alteração, decisões diferentes sobre uma mesma questão de direito aplicável às situações
de fato análogas, ainda que em processos distintos.
FPPC 378: A boa fé processual orienta a interpretação da postulação e da sentença,
permite a reprimenda do abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os
sujeitos processuais e veda seus comportamentos contraditórios.
JDPC 1: A verificação da violação à boa-fé objetiva dispensa a comprovação do
animus do sujeito processual.
JDPC 2: As disposições do Código de Processo Civil aplicam-se supletiva e
subsidiariamente às Leis 9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009, desde que não sejam
incompatíveis com as regras e princípios dessas Leis

Princípio da boa-fé objetiva: determina que os sujeitos devem se comportar de


acordo com as normas legais. Este princípio possui três funções:

INTERPRETATIVA LIMITADORA
INTEGRATIVA
Art. 322, §2º, CPC: A
Art. 311, I, CPC: A tutela da
interpretação do pedido
evidência será concedida,
considerará o conjunto da
independentemente
postulação e observará o
da demonstração de perigo de
Art. 5º, CPC: Aquele que de princípio da boa-fé.
dano ou de risco ao resultado
qualquer forma participa do
útil do
processo deve comportar-se de Art. 489, §2º, CPC: A decisão
processo, quando:
acordo com a boa-fé. judicial deve ser interpretada a
I - ficar caracterizado o abuso
partir da
do direito de defesa ou o
conjugação de todos os seus
manifesto
elementos e em conformidade
propósito protelatório da parte;
com o princípio da boa-fé.

 Aspectos normativos
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou
interveniente.
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que
deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a
parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as
despesas que efetuou.
§1º. Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção
de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte
contrária.
§2º. Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10
(dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§3º. O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado
por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;
III - praticar o ato que lhe for determinado.
Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa:
I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento;
II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.
Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da imposição de
multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias.
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando
destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram
produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição
inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses
atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e
incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º.

 Aspectos jurisprudenciais
Boa-fé objetiva e a nulidade de algibeira. A 'nulidade de algibeira' ocorre quando a
parte se vale da 'estratégia' de não alegar a nulidade logo depois de ela ter ocorrido,
mas apenas em um momento posterior, se as suas outras teses não conseguirem ter
êxito. Dessa forma, a parte fica com um trunfo, com uma “carta na manga”,
escondida, para ser utilizada mais a frente, como um último artifício. STJ. 3ª Turma.
REsp 1372802-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 11/3/2014 (Info
539).

Juiz deve respeitar o princípio da boa-fé objetiva. STJ. 2ª Turma. REsp 1306463-RS,
Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 4/9/2012 (Info 503).

ARTIGO 6º
Art. 6º. Todos os sujeitos do processo devem cooperar
entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de
mérito justa e efetiva.

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Pergunta Resposta
compreensão

Pergunta: Qual é a importância da cooperação entre todos os sujeitos do processo


para alcançar uma decisão de mérito justa e efetiva em um tempo razoável?
Resposta: A cooperação entre todos os sujeitos envolvidos no processo é
fundamental para garantir um procedimento judicial eficiente e uma decisão de mérito
justa e efetiva dentro de um prazo razoável. Essa colaboração ajuda a reduzir a
litigiosidade excessiva, aprimorar a administração da justiça e assegurar que as partes
tenham suas reivindicações avaliadas de maneira completa e justa.

Exemplo prático: Nesse cenário, a cooperação entre os sujeitos do processo é


essencial para resolver o litígio de forma eficiente e justa. As partes podem cooperar
fornecendo as evidências relevantes, compartilhando informações precisas e respondendo
prontamente às intimações judiciais. Isso inclui a apresentação de documentos,
testemunhas e outros elementos de prova que possam esclarecer os fatos em disputa.

Aspectos Aspectos Aspectos


doutrinários normativos jurisprudenciais

 Aspectos doutrinários

FPPC 6: O negócio jurídico processual não pode afastar os deveres inerentes à boa-
fé e à cooperação.
FPPC 619: O processo coletivo deverá respeitar as técnicas de ampliação do
contraditório, como a realização de audiências públicas, a participação de amicus curiae
e outros meios de participação.
FPPC 667: Admite-se a migração de polos nas ações coletivas, desde que
compatível com o procedimento.
Princípio da duração razoável do processo: determina que os processos tenham
prazo de duração razoável, prezando sempre pela celeridade da resolução do litígio, seja
na esfera judicial ou administrativa.
Princípio da eficiência: exige que o magistrado conduza o procedimento de
maneira eficaz, ligando-se à administração do caso. Para garantir eficiência, deve-se
minimizar os custos ao máximo e alcançar o resultado mais favorável. Isso reflete uma
abordagem inovadora: o juiz atuando como um administrador do processo (gestão
processual).
Princípio da cooperação: O processo emerge como resultado de uma interação
colaborativa triangular, envolvendo o juiz e as partes, requerendo a postura ativa, sincera
e imparcial de todos os participantes do processo. Especificamente em relação ao juiz, é
esperada uma participação como um agente cooperativo no processo, em vez de ser
meramente um guardião de regras. Isso tem como objetivo alcançar a justiça legal de
forma ágil e adequada.

Juiz

Autor Réu
DEVERES DE COOPERAÇÃO DO JUIZ

PREVENÇÃO Dever de corrigir as partes e advertir sobre eventuais consequências

ESCLARECIMENTO Dever de questionar as partes e de prestar esclarecimentos


CONSULTA Dever de debate entre as partes
AUXÍLIO Dever de prestar auxílio para as partes e eliminar eventuais obstáculos

 Aspectos normativos
CONSTITUIÇÃO
Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação

 Aspectos jurisprudenciais:
Boa-fé objetiva e a nulidade de algibeira. A 'nulidade de algibeira' ocorre quando a
parte se vale da 'estratégia' de não alegar a nulidade logo depois de ela ter ocorrido,
mas apenas em um momento posterior, se as suas outras teses não conseguirem ter
êxito. Dessa forma, a parte fica com um trunfo, com uma “carta na manga”,
escondida, para ser utilizada mais a frente, como um último artifício. STJ. 3ª Turma.
REsp 1372802-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 11/3/2014 (Info
539).
Juiz deve respeitar o princípio da boa-fé objetiva. STJ. 2ª Turma. REsp 1306463-RS,
Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 4/9/2012 (Info 503).

Raciocínio do Informação
Estudo reverso
examinador qualificada

ESTUDO REVERSO (QUESTÃO ADAPTADA)

De acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar que:

A - o processo civil rege-se pelo princípio dispositivo e o processo começa e se


desenvolve apenas por iniciativa da parte;

B - sob pena de malferir o princípio da imparcialidade, o juiz não deve apontar às partes
eventuais deficiências formais do processo para permitir as devidas correções;

C - embora as partes tenham o direito de obter em prazo razoável a solução integral do


processo (CPC, Art. 4°), nosso direito processual civil não admite o contraditório
diferido;

D - a proibição de decisão surpresa, conforme previsto no Art. 10 do Código de Processo


Civil, não se aplica quando a matéria sobre a qual o juiz deva decidir seja de ordem
pública ou possa ser conhecida de ofício;

E - ao alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu, em sintonia com os princípios da primazia


da decisão de mérito, da cooperação e da boa-fé processual, indicar, sempre que tiver
conhecimento, o sujeito passivo da relação jurídica discutida.

GABARITO: E

Fundamentos: de acordo com o art. 339 do CPC, “quando alegar sua ilegitimidade,
incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver
conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos
prejuízos decorrentes da falta de indicação.”

Raciocínio do examinador:
Narrativa: a questão versa sobre princípios e normas fundamentais do Direito Processual
Civil. O objetivo do examinador foi verificar os conhecimentos do candidato sobre as
normas que regem o processo.
Instituto jurídico: o instituto jurídico presente na questão versa sobre as normas e os
princípios fundamentais do processo civil.

Informação qualificada:

A alternativa A está incorreta, pois o processo começa por iniciativa da parte, mas se
desenvolve por impulso oficial.

A alternativa B está incorreta, pois sempre que for constatado algum vício processual, o
juiz tem o dever de indicar às partes.

A alternativa C está incorreta, pois o contraditório diferido é admitido em algumas


situações, conforme art. 9º, CPC: Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que
ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I. à tutela
provisória de urgência; II. às hipóteses de tutela de evidência previstas no art. 311, incisos
II e III; III. à decisão prevista no art. 701.

A alternativa D está incorreta, pois, de acordo com o art. 10 do CPC “o juiz não pode
decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre
a qual deva decidir de ofício.”

ARTIGO 7º

Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento


em relação ao exercício de direitos e faculdades
processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à
aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar
pelo efetivo contraditório.
Prévia
Pergunta Resposta
compreensão

Pergunta: Qual é o princípio relacionado à igualdade de tratamento das partes no


processo judicial, incluindo o papel do juiz nesse contexto?
Resposta: O princípio que garante às partes paridade de tratamento em relação ao
exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres
e à aplicação de sanções processuais é conhecido como o princípio da igualdade ou
paridade de armas. Este princípio busca assegurar que todas as partes envolvidas em um
processo judicial sejam tratadas de forma equitativa, tendo acesso às mesmas
oportunidades e recursos para apresentar suas posições e argumentos.

Exemplo prático: Suponha um caso de disputa de propriedade entre um locador e


um locatário. O locador alega que o locatário não pagou o aluguel por vários meses e
exige a desocupação do imóvel. O locatário, por sua vez, afirma que há problemas
estruturais no imóvel que não foram reparados, justificando a falta de pagamento do
aluguel.
Nesse cenário, o princípio da igualdade de tratamento garante que tanto o locador
quanto o locatário tenham o mesmo direito de apresentar suas evidências, testemunhas e
argumentos perante o tribunal. O juiz deve garantir que ambas as partes tenham
oportunidades iguais de se expressar, que seus argumentos sejam considerados de forma
imparcial e que nenhuma parte seja prejudicada devido a desigualdades de recursos ou
posição.

Aspectos Aspectos Aspectos


doutrinários normativos jurisprudenciais

 Aspectos doutrinários
FPPC 107: O juiz pode, de ofício, dilatar o prazo para a parte se manifestar sobre
a prova documental produzida.
FPPC 235: Aplicam-se ao procedimento do mandado de segurança os arts. 7º, 9º e
10 do CPC.
FPPC 379: O exercício dos poderes de direção do processo pelo juiz deve observar
a paridade de armas das partes.
AMPLA DEFESA CONTRADITÓRIO
Garante que todas as partes envolvidas em um Assegura que todas as partes envolvidas em um
processo tenham o direito de apresentar processo judicial tenham o direito de serem ouvidas
argumentos, provas e contrapontos em sua defesa e de contestarem as alegações e provas
de maneira completa e efetiva. apresentadas pela parte adversa.

 Aspectos normativos
CONSTITUIÇÃO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
algum de jurisdição, com base em fundamento a
seguintes:
respeito do qual não se tenha dado às partes
LIV - ninguém será privado da liberdade ou
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate
de seus bens sem o devido processo legal;
de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
LV - aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes;

 Aspectos jurisprudenciais
Em respeito ao princípio da não surpresa, é vedado ao julgador decidir com base
em fundamentos jurídicos não submetidos ao contraditório no decorrer do processo.
STJ. 2ª Turma. REsp 2.049.725-PE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 25/4/2023
(Info 772).

ARTIGO 8º

Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz


atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum,
resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana
e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a
legalidade, a publicidade e a eficiência.

Prévia
Pergunta Resposta
compreensão

Pergunta: O que significa a obrigação do juiz de considerar os fins sociais e as


demandas do bem comum ao aplicar o ordenamento jurídico? Quais são os princípios e
critérios a serem observados nesse processo?

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