Análise e Produção Textual I M - Mimi
Análise e Produção Textual I M - Mimi
Análise e Produção Textual I M - Mimi
Mimi Alfredo
Nampula
Março de 2024
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Mimi Alfredo
Tutor:
Nampula
Março de 2024
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Índice
1.0.Introdução ................................................................................................................... 4
1.0.1.Objetivos: ................................................................................................................ 4
1.0.2.Metodologia ............................................................................................................. 4
1.1.Dificuldades de leitura e escrita nos alunos do ensino primário caso dos alunos ...... 5
1.2.Localização geográfica da escola ............................................................................... 5
1.3.A prática pedagógica .................................................................................................. 5
1.4.Ensino ......................................................................................................................... 5
1.5.Princípios básicos de ensino ....................................................................................... 6
1.6.Aprendizagem ............................................................................................................. 7
1.7.Leitura......................................................................................................................... 7
1.8.Escrita ......................................................................................................................... 8
1.9.A compreensão da linguagem escrita ......................................................................... 9
2.0.Recurso pedagógico .................................................................................................. 10
2.1.Métodos de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita ....................................... 10
2.3.A leitura e a sua aprendizagem ................................................................................. 11
2.4.A escrita e a sua aprendizagem................................................................................. 11
2.5.Relação entre a leitura e escrita ................................................................................ 12
3.0.Conclusão ................................................................................................................. 16
Referências bibliográficas .............................................................................................. 17
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1.0.Introdução
O presente trabalho de Técnica de expressão de Língua portuguesa tem como o tema:
Dificuldades de leitura e escrita nos alunos do ensino primário caso dos alunos da 5ª
classe da escola primária do 1º e 2º grau de Coalane – Quelimane. As dificuldades de
aprendizagem de leitura e escrita é um assunto que tem sido discutido, pois a escola não
tem dado conta de umas das suas funções primordiais que é a acesso ao conhecimento
científico. Apesar de as legislações permanência de todos na escola, o que se constata é
que, muitos alunos não foram excluídos fisicamente das escolas, todavia são excluídos
do conhecimento que a escola oferece. Dessa forma a escola não tem cumprido a tarefa
de transmitir os conteúdos historicamente produzidos e socialmente necessários aos
seus alunos. O fracasso escolar tem sido estudado sob diferentes enfoques. A família e
as condições de vida material dos alunos eram apontadas como a causa. Posteriormente,
atribuíram-se as causas do fracasso às questões biológicas (fome, desnutrição) e
culturais. Acreditava-se que o indivíduo oriundo de meio pobre, sem acesso a uma boa
alimentação e aos bens culturais fracassariam na escola.
1.0.1.Objetivos:
Geral
Específicos
1.0.2.Metodologia
Para a elaboração do trabalho usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, que é
um apontamento geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de
importância por serem capazes de fornecer dados actuais.
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1.1.Dificuldades de leitura e escrita nos alunos do ensino primário caso dos alunos
da 5ª classe da escola primária do 1º e 2º grau de Coalane – Quelimane
1.4.Ensino
O termo ensinar, do latim signare, significa “colocar dentro, gravar no espírito” (Piletti,
2008, p. 28). Com este conceito, o autor defende que o termo ensinar é gravar ideias na
cabeça do aluno o que discordamos plenamente, porque contraria a pedagogia actual
que defende que o aluno é o sujeito da sua própria aprendizagem, portanto, não é
nenhuma tábua raza como se depreende nesta definição de conceito. Adiante, Piletti
esclarece que depois do conceito etimológico surgiu o conceito tradicional do ensino
onde ensinar significa transmitir conhecimentos (2008). Neste conceito encontramos o
ensino que é exercido pelo professor e totalmente dependente dele. Porém, com o
desenvolvimento das sociedades e da filosofia educacional, actualmente, o professor é
apenas um estimulador, orientador e facilitador das aprendizagens.
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Scheffler (1973), como citado em Passmore (1980, p. 1), defende que, ensino ou acto de
ensinar “pode ser caracterizado como uma actividade que visa promover a
aprendizagem e que é praticada de modo a respeitar a integridade intelectual do aluno e
a sua capacidade para julgar de modo independente”.
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1.6.Aprendizagem
A aprendizagem, segundo Piletti (2008, p. 31), “é um processo de aquisição e
assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber,
ser, pensar e agir”. Este autor justifica o seu posicionamento pelo facto de a
aprendizagem não ser apenas um processo de aquisição, pois embora as informações
recebidas sejam importantes, mas precisam passar por um processamento muito
complexo, a fim de se tornarem muito significativas para a vida das pessoas. Deste
modo, pode-se sintetizar a aprendizagem como um processo pelo qual as competências,
habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados,
como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação.
1.7.Leitura
Leitura, de acordo com Reis e Adragão (1992), é o processo de decifrar símbolos de
linguagem escrita para lhes conferir correspondência com os sons que representam.
Portanto, a leitura apresenta-se como percepção e interpretação dos símbolos escritos
com o intuito de transmitir alguma mensagem.
Amor (1993), referindo-se à concepção do que é leitura, afirma que foi durante muito
tempo tida como uma prática de base perceptiva que integrava a apreensão elementar -
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No entanto, Reis e Adragão (1992) esclarecem que, actualmente, a leitura é vista como
um processo no qual o leitor obtém informação a partir de símbolos escritos, sendo para
tal necessário que aquele comece por ser capaz de dominar o código escrito, para depois
poder alcançar o seu significado. Assim, aprender a ler envolve ligar dois conjuntos de
regiões do cérebro que já estão presentes na infância: o sistema de reconhecimento de
objectos e o circuito da linguagem (Dehaene, 2010).
Partindo do ponto de vista do leitor, Contente (1995) defende que a leitura é, também,
um domínio privado, uma relação com o livro, mas também uma relação consigo
próprio através de livro. Portanto, a leitura aparece como uma relação do leitor consigo
mesmo usando como pretexto o livro. Como se pode depreender pelas diferentes
reflexões apresentadas pelos autores, o conceito da leitura ultrapassa o simples decifrar
de símbolos de linguagem escrita para lhes dar correspondência com os sons que
representam, mas a todo um conjunto de relações que permitem que o leitor tenha
intimidade com o livro e consigo mesmo através da leitura além do uso das capacidades
inatas presentes na pessoa humana que são o sistema de reconhecimento de objectos e o
circuito da linguagem.
1.8.Escrita
A escrita ou grafia pode ser entendida como o acto da utilização de sinais (símbolos)
para exprimir as ideias humanas. Portanto, é uma tecnologia de comunicação,
historicamente criada e desenvolvida na sociedade humana, e basicamente consiste em
registar marcas em um suporte (Bello, 2003). Segundo o autor, a escrita como meio de
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Vygotsky (1989) buscava uma solução científica para os problemas do ensino inicial da
língua escrita e, neste sentido, deixou algumas recomendações. Acreditava ser
necessário que as letras se convertessem em elementos da vida das crianças tal como o é
a linguagem, ressaltando que do mesmo modo que as crianças aprendem a falar, devem
aprender a ler e a escrever. Em suas conclusões práticas, o autor entende que para levar
o aluno a uma compreensão interna da língua escrita, é preciso organizar um plano.
Assim, ao expressar-se pelo desenho, a criança pode chegar a perceber num
determinado momento que este não lhe é suficiente.
Luria (1988, p, 84).) Afirma que a escrita da criança começa muito antes da primeira
vez que o professor coloca um lápis em sua mão, e é preciso que o professor considere
tais habilidades, pois “se formos estabelecer a pré-história da escrita, teremos adquirido
um importante instrumento para os professores: o conhecimento daquilo que a criança
era capaz de fazer antes de entrar na escola.”
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2.0.Recurso pedagógico
Recurso pedagógico é todo o recurso a que se recorre na escola com finalidade
pedagógica, ou seja, com vistas à construção do conhecimento por parte dos sujeitos
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem (Eiterer & Medeiros, 2010).
Debruçando-se sobre as palavras “recurso” e “pedagógico”, para o primeiro termo,
Eiterer e Medeiros (2010, p. 1) referem que, dentre muitas definições, o termo recurso
pode ser definido como um “meio para resolver um problema; remédio, solução;
auxílio, ajuda, socorro, proteção”. Entretanto, Houaiss (2001) em Eiterer e Medeiros
(2010, p. 1) destaca que a palavra “pedagógico”, remete ao que “possui características
ou finalidades educativas que visem assegurar a adaptação recíproca do conteúdo
informativo aos indivíduos que se deseja formar”.
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frase para a palavra e desta para a letra e o método sintético aquele que parte da letra
para a palavra e da palavra para a frase, a criança tem a oportunidade de numa vez
começar a sua aprendizagem da palavra a partir das componentes para chegar a “toda”
ela enquanto noutra ocasião começa com a palavra “toda” para chegar a suas
componentes. No nosso entender, esta pretensão representa um grande ganho para as
nossas crianças, porque, segundo a literatura, enquanto o método sintético favorece a
estratégia de decifração o método analítico favorece as estratégias visuais e de
antecipação (Gomes et al., 1991).
Rebelo (2001) considera que escrever é codificar a linguagem, utilizando “... os sinais
gráficos convencionais de que uma língua dispõe, mas também o seu sistema sintático e
semântico, em textos portadores de mensagens significativas.” (p. 44).
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O mesmo autor acima citado, refere que há vários factores ou condições que concorrem
para que ocorra a aprendizagem, os quais podem facilitar ou inibir o processo, onde por
sua vez, aponta os factores internos ou externos ao sujeito.
Factores internos
De acordo Illeris (2013) define factores internos como as características do indivíduo,
que influenciam as possibilidades que estão envolvidos no processo de aprendizagem,
onde fazem parte quer das suas características de personalidade, quer das suas
características físicas, que podem ser:
Factores Cognitivos
A percepção;
A atenção e
A memória.
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Factores Biológicos
Os neurofisiológicos e
Os genéticos.
Fatores Emocionais
Estados de espírito
Factores externos
De acordo Illeris (2013) define os factores externos como as características situadas fora
do indivíduo que influenciam as possibilidades que estão envolvidos no processo de
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Factores Socioculturais
A família;
Os grupos de pertença;
A comunidade e
A sociedade (valores, representações e estereótipos).
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Para Keller & Meuss (1984), a capacidade para diferenciar e integrar diferentes pontos
de vista sobre uma dada situação, é a tomada de perspectiva social, estrutura sócio -
cognitiva subjacente ao pensamento interpessoal e social. A tomada de perspectiva
social é, neste sentido, a grelha de análise a partir da qual construímos conhecimento e
significado sobre o mundo interpessoal e social (Coimbra, 1990). Os factores sociais
são tão amplos e exercem, de facto, tantas influências directas e indirectas na
aprendizagem, que a escola e o professor devem ter particular atenção a este factor,
procurando não transformar diferenças em desigualdades, motivação em desinteresse,
mas sim estimular um relacionamento positivo e enriquecedor.
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3.0.Conclusão
Apos ter feito o trabalho verificou-se que para que a criança tenha sucesso na
apropriação da leitura e escrita é necessário que a escola retome desenvolvimento
infantil e proponha tarefas de acordo com eles. É importante que as escolas trabalhem a
pré-leitura, pois o não desenvolvimento dessas habilidades poderá fazer com que a
criança fracasse na aprendizagem da leitura e escrita. A pesquisa nos mostra que as
crianças, apesar de terem estudado a educação infantil e dois anos do ensino
fundamental não estavam alfabetizadas e ao estarem no terceiro ano era necessário que
se trabalhasse a apropriação da leitura e escrita. Por estar em atraso nesse processo,
foram encaminhadas para a sala de recursos.
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Referências bibliográficas
Almeida, J. F. S. (2016). Dificuldades de Aprendizagem de Leitura e Escrita. In: III
Conedu Congresso Nacional de Educação.
Piletti, C. (2008). Didática geral (23ª ed.). São Paulo: Editora Ática.
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