Etica Social

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 12

Fórum 1

Em termos éticos, devemos sempre assumir a responsabilidade dos nossos actos.

a)Justifique esta afirmação tendo em conta a consciência moral individual no


cometimento dos nossos actos.

O tema nos mostra como refletir o objetivo sobre um conjunto de questões éticas,
tecendo algumas considerações, que nos permitem perceber como a ética e os princípios
a ela associados se envolvem na prática das ações e dos comportamentos humanos nas
organizações.

A afirmação "Em termos éticos, devemos sempre assumir a responsabilidade dos nossos
atos" pode ser justificada de várias maneiras, principalmente quando consideramos a
consciência moral individual no cometimento de nossas ações. Aqui estão algumas
justificativas:

Autonomia Moral: Na ética, a ideia de autonomia moral é fundamental. Assumir a


responsabilidade por nossas ações significa reconhecer que somos agentes morais
autônomos, capazes de fazer escolhas e agir de acordo com nossos próprios princípios e
valores. Isso implica assumir a responsabilidade pelas consequências de nossas
escolhas.

Respeito pelos Outros: Assumir a responsabilidade por nossos atos é uma forma de
respeitar os outros indivíduos e reconhecer o impacto que nossas ações podem ter sobre
eles. Ao negligenciar nossa responsabilidade, podemos causar danos a outras pessoas, e
isso é incompatível com a ética, que muitas vezes enfatiza a importância do respeito e
da consideração pelos outros.

Consequencialismo Ético: Mesmo que não concordemos com todas as teorias éticas,
muitas delas enfatizam a importância das consequências de nossas ações. Assumir a
responsabilidade por nossos atos implica reconhecer que somos responsáveis não
apenas pelas nossas intenções, mas também pelas consequências previsíveis de nossas
ações.

Desenvolvimento Moral: Assumir a responsabilidade por nossos atos também é crucial


para nosso próprio desenvolvimento moral. Ao reconhecer nossos erros e aprender com
eles, podemos crescer como pessoas e nos tornar mais éticos em nossas ações futuras.
Negar a responsabilidade por nossas ações pode levar à estagnação moral e impedir
nosso crescimento pessoal.

Integridade e Credibilidade: Pessoas que assumem a responsabilidade por seus atos


geralmente são vistas como mais íntegras e confiáveis. Isso é importante tanto em nível
individual quanto social. A integridade pessoal e a credibilidade são fundamentais para
a construção de relacionamentos interpessoais saudáveis e para o funcionamento eficaz
da sociedade como um todo.

Em resumo, assumir a responsabilidade por nossos atos é essencial não apenas do ponto
de vista ético, mas também para o nosso próprio desenvolvimento moral, o respeito
pelos outros e a integridade pessoal. Negligenciar essa responsabilidade pode ter
consequências negativas não apenas para nós mesmos, mas também para as pessoas ao
nosso redor e para a sociedade como um todo.

Os comportamentos éticos, mas também antiéticos, aparecem em discursos orientados


para as relações entre os seus participantes e as consequências para o sucesso ou
insucesso das pessoas e das organizações. Cada vez mais se fala de ética, de moral, de
cidadania e de valores em todas as organizações sejam elas empresariais,
governamentais, de solidariedade social ou outras mas todas com o objetivo da justiça e
dos direitos das pessoas. Os fundamentos da ética estão nas pessoas, nos aspetos
essenciais da natureza do ser humano, na sua consciência e na dignidade.

De acordo com Ferreira & Dias, (2005) “ética” é a ideia de educação, formação
humana, caracter das pessoas, desempenho e postura na organização em termos de
relacionamento.

Se a ética é indissociável da moral, confundindo-se muitas vezes com ela, também


outros conceitos estão igualmente ligados, como por exemplo: os valores, os
regulamentos, as normas, as leis que regem os comportamentos das pessoas na
sociedade e, neste caso, as condutas das pessoas nas organizações. Se a moral significa
agir de acordo com os bons costumes, ou a capacidade de distinguirmos entre o bem e o
mal, também sabemos que ela é dentro de uma determinada sociedade transmissível no
tempo (Banks & Nohr, 2008).
Neste entendimento, a prioridade deve ser colocada no SER e não no TER (Banks
Nohr2008,p.20).

Justificando a afirmação, tendo em conta a consciência moral individual no


cometimento dos nossos actos, primeiro temos que saber o que é a MORAL.

A moral é uma espécie de conjunto de habitos e costumes de uma sociedade.

Amoral, de maneira lógica, faz-se de acordo com a cultura de um local em um


determinado espaço de tempo. Normalmente, alguns elementos da sociedade
influenciam- na, como a religião, o modo de vida da sociedade, a moral é exposta sobre
preceitos e, muitas vezes, expressa como normas de proibição e permissão.

É comum ouvirmos a frase ´´fulano atentou contra a moral e os bons costumes ´´ isso
porque a moral é uma espécie de norma de conduta social que indica algo que é certo ou
errado naquela sociedade.

Porém, a Moral é,por sua vez o costume ou hábito de um povo de uma sociedade, ou
seja de determinados povos em tempos determinados. A moral muda constantemente,
pois os hábitos sociais são renovados poriodicamete e de acordo com o local em que são
observados

E a ética é por sua vez o carácter a forma de agir de uma pessoa. Significa que
consciência é o acto através do qual o homem reconhece pessoalmente o que deve fazer
na ordem moral e como procedeu anteriormente nesta mesma ordem ( Hortelano
1970:44)

No sentido ético, considera-se consciência como a capacidade de julgar sobre os valores


do acto humano em termo de Bem e Mal.

De finace, apresenta também a sua definição. Para ele a consciência é a reflexão que o
homem faz sobre a responsabilidade, isso significa que o

homem tem capacidade de julgar que alguns actos são feitos e devem ser

feitos. São errados, podem ser feitos como também não devem ser e outras ainda devem
ser considerados como neutros.
A natureza da consciência é o intelecto, adiciona-se também a componentes de ordem
afectiva. Em relação ao intelecto, a pessoa humana tem necessidade de certos objectivos
na vida e esses podem ser exterior a si, o homem é consciente em relação a si mesmo ou
dá-se conta de, para realizar certas coisas. A consciência amadurece com a experiência
vivida.

Quer dizer, o acto de conhecer maduro ou simplesmente a consciência madura sempre


formula perguntas para identificar a causa de agir quer antes, quer depois, esse acto
refere-se a razão, a inteligência e pelo espírito humano de querer conhecer o algo .

Como é que a consciência guia a conduta Humana? A moralidade orienta a conduta do


homem, se considerarmos que ela como capacidade, ou valor do acto livre do homem
sem incluir as acções livres.

Também a moralidade pode ser entendida como a certeza ou erro, dos costumes e
hábitos manifestas nos actos humanos.

A moralidade pode ser;

 Subjectiva, quando olhamos a pessoa-autor no aspecto subjectivo, naquilo que


faz ou diz, a respeito dele próprio, como faz e como age perante algo.
 Objectivo, que é aquele que é avaliado antes e depois da acção que a pessoa
realiza.

Os Racionalista apresenta a sua visão, admitem que a natureza do juízo da consciência é


a razão ou intelecto, e que as leis morais e éticas são criação da razão humana. Existe
uma obrigatoriedade do juízo da consciência humana que faz distinção entre razão
teórica e prática. Neste caso a razão teórica entende-se como capacidade natural de
distinguir a verdade e o erro enquanto a razão prática é o movimento originário e
espontâneo da razão essencial ou principal.

Referências Bibliográficas

Almeida, F. N. (1996). Sucesso pessoal a quanto obrigas? Separata da Revista Dirigir


(45), Lisboa: IEFP, 51-53.

Amblard, H. (1996). Les nouvelles approaches sociologique des organizations. Paris:


Seuil.
Argandoña, A. R. (1994). La ética en la empresa, Madrid: Instituto de Estudos
Económicos.

Kant, I. (2013). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Editora Vozes.

Fórum 2

Disserte sobre a Responsabilidade social no acto Humano.

Responsabilidade - é a propriedade recíproca no sujeito moral através da qual se deve


sentir a causa ou autor do acto moral. Deve-se sentir ainda as consequências e o
individuo deve responder diante da sua consciência e dos demais indivíduos.

De acordo com o tema em debate Cabral (2003) diz que a noção de responsabilidade
social é demasiado complexa o que não quer dizer que não deva ser equacionada. Para
Gilbert Hottois, esta deve prevalecer em forma de responsabilização. A sociedade e o
estado têm o dever de responsabilizar o individuo.
No acto responsável o individuo tem que responder a causa e as consequências e, a
resposta deve estar sobre a sua consciência.

De acordo com José Carlos Libâneo, a responsabilidade é um dos princípios éticos


fundamentais da educação e da ação humana. Em sua obra "Didática", o autor define a
responsabilidade como a "disposição para assumir as consequências de suas ações, para
responder pelos compromissos assumidos e para decidir sobre a própria vida"
(LIBÂNEO, 1994, p. 42).

O sentido da responsabilidade

Segundo Hortelano (1970) o sentido da responsabilidade é uma atitude do homem total


que o impele a colocar-se em situação de radical disponibilidade quanto aos imperativos
morais. É característica do homem adulto e consciente. É como toda a atitude
verdadeiramente existencial, é um fenómeno complexo. Inclui os seguintes aspectos:

1. Zelo pela verdade – O homem responsável não se deixa levar de preconceitos


ou verbais. Procura descobrir as autênticas exigências morais sejam quais forem
, mesmo que não estejam de acordo com os nossos gostos ou desejos. Cumpre-
nos ser radicalmente sincero para aceitar os verdadeiros valores que
encontramos no nosso caminho;
2. Atenção positiva aos sinais do tempo; -O homem responsável deve ser
extraordinariamente sensível à determinadas situações em que vive, já que por
meio das circunstâncias se manifesta de modo concreto os planos da vida;
3. Consciência dos próprios limites; - A autêntica responsabilidade não deve ser
orgulhosa. Há-de ter consciência de próprios limites e aceitar com humildade a
responsabilidade em grupo, dentro da qual se há-de sentir verdadeiramente
activa;
4. Superação da anquilose moral; - O homem responsável tem que evitar a todo o
custo a anquilose da consciência, como faculdade estável, devida ao desprezo
habitual das suas exigências morais. Esta anquilose pode produzir negligências,
precipitações ou má fé.

A responsabilidade social no ato humano

A responsabilidade social no ato humano é um tema muito importante e presente na


sociedade atual. Anabela Fernandes Guedes e Paula Alexandre Marques dos Santos
(2014) afirmam que a responsabilidade social é a capacidade de tomar decisões e agir de
forma ética e transparente, levando em consideração não apenas os interesses
individuais, mas também os interesses da sociedade como um todo.

Fraedrich e Ferrel (2013) ressaltam que a responsabilidade social é um conceito que


envolve não apenas as empresas, mas também os indivíduos em suas ações cotidianas.
Eles afirmam que é necessário considerar o impacto das nossas escolhas e
comportamentos na sociedade e no meio ambiente.

Tânia Alves de Jesus (2016) destaca que a responsabilidade social no ato humano está
relacionada à consciência que cada indivíduo tem sobre o seu papel na sociedade. Ela
afirma que é preciso agir de forma ética e responsável, considerando as consequências
das nossas ações para o bem-estar coletivo.

Seguindo essa linha de pensamento de Tânia Alves, Duarte e Dias (2017) afirmam que a
responsabilidade social é uma questão de cidadania e de compromisso com a sociedade.
Eles destacam que cada indivíduo tem o dever de agir de forma responsável e ética,
contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Os princípios do duplo efeito da responsabilidade

Na responsabilidade moral assim como social evidencia-se geralmente a analise do acto


ético e respectivas consequência a advir dos seguintes princípios:

 O acto Bom deve ser Bom ou pelo menos indiferente;


 O bom entendimento não deve ser adquirido por meio dum efeito mau;
 O efeito Mau nunca deve ser entendido por si só;
 Uma razão grave proporcionada deve existir no efeito Mau e o mal deve ser
menor.

Constituintes da responsabilidade

1. A responsabilidade como auto-responsabilidade: O sujeito deve ser percebido como a


causa, a origem da acção moral e social e, este, deve ser considerado consciente e livre
nas suas acções, até que se prove contrário.

2. A responsabilidade como Diologicidade: esta diologicidade pode ser vertical ou


Horizontal.
 É dialogocidade vertical, quando se sublinha um contrato com o transcendental,
e o homem tem essa capacidade. Os Teólogos afirmam que o ser Divino é quem
inicia o Dialogo e o homem deve dar resposta, comprometendo-se e agindo sob
responsabilidade das orientações Divinas para a sociedade.
 É dialogocidade Horizontal, quando o homem abre-se com o outro homem na
procura de realização e assumindo a responsabilidade dos seus actos em relação
ao outro dentro do grupo, da comunidade e da sociedade.

3. Responsabilidade como dever: Trata-se da função de assumir missão a realizar, é


uma função que temos que responder quer seja na realização do seu “Eu” quer seja em
relação da preservação do meios onde se encontra inserido. ( Família, comunidade,
sociedade, etc.)

Análise da responsabilidade social

Podemos dizer que o homem é o sujeito da responsabilidade social, pois é ele que detém
a liberdade, vontade, efectua a escolha da vontade, avaliando aquilo que se efectua
dentro da sociedade em relação ao Bem e ao Mal, através do seu conhecimento. Neste
caso, a pessoa humana é que tem capacidade de distinção e responsabilidade de
responder pelas coisas e formas de agir da sociedade.

O homem, além das suas funções racionais (Inteligência, conhecimento e


responsabilidade), é um ser completo devido as suas composições e capacidade de
analise em prol da sociedade. Desenvolve as suas capacidade, orienta-se para
moldar a sua personalidade aos valores éticos e morais, de modo que, a vida deste esteja
orientada o bem traduzido para a realização própria assim como para a satisfação dos
demais da comunidade que pertence. Isto é a sociedade.

Em todas as dimensões a responsabilidade social é vista como uma nova estratégia para
aumentar e potencializar o progresso e desenvolvimento. Nas organização, nos
grupos sociais a responsabilidade social é um movimento que passou a fazer parte
de uma cobrança da sociedade e de parte do mercado global que diferencia e valoriza as
costumes e hábitos em virtude de seu comprometimento social.

Quer dizer, o comportamento ético e a transparência integram o conceito de


responsabilidade social. Certas pesquisas realizadas em quase muitos países do
mundo, concluíram que o progresso e desenvolvimento das sociedade actuais é
influenciado pela responsabilidade social e transparência e, que entre estes dois
elementos deve existir uma relação sinergética. Se por um lado a sociedade como um
todo, exige a postura ética e a transparência, por outro, procura levar as organizações e
grupos sociais a se comprometer com as causas sociais.

Sustenta-se pelo simples facto de que um pacto de responsabilidade social e


transparência recíproca que às vezes parte de um individuo com as organizações ou
grupos sociais não pedem favorecer apenas a este individuo ou a seu grupo, mas
que se volte a uma participação activa do individuo com o fim de representar valores
éticos dentro de toda sua sociedade.

Portanto, a responsabilidade social em ética é algo que procura incutir os costumes,


hábitos duma sociedade a partir de assimilação dos valores das coisas de modo que cada
elemento da sociedade tenha a capacidade de acreditar livremente e voluntariamente.
Cabe dizer que é algo aceite por todos, assumida pela sociedade e está em consonância
com todas as dimensões sociais.

Referencias Bibliográficas

CABRAL, R. (2003) Temas de ética. Braga: Faculdade de Filosofia da Universidade


Católica Portuguesa

Carroll, A. B., & Buchholtz, A. K. (2014). Business and society: Ethics, sustainability,
and stakeholder management. Cengage Learning.

DUARTE, J. C., & Dias, D. (2017). A responsabilidade social no ato humano. Revista
Brasileira de Ciências Sociais, 32(94), 1-16.

FRAEDRICH, J., & Ferrell, O. C. (2013). Responsabilidade social empresarial: ações


na empresa e na comunidade. Atlas.
JESUS, T. A. (2016). Responsabilidade social no ato humano: um estudo exploratório
sobre a percepção dos consumidores. Revista de Administração e Inovação.

JONAS, H. (2006). O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a


civilização tecnológica. Contraponto.

Karnani, A. (2010). The case against corporate social responsibility. Wall Street
Journal.
Schwartz, M. S., & Carroll, A. B. (2008). Integrating and unifying competing and
complementary frameworks: The search for a common core in the business and society
field. Business & Society, 47(2), 148-186.

Fórum 3

Explique o conhecimento como um valor ético e social

O conhecimento como um valor ético e social

O conhecimento é um valor ético e social, pois é através dele que as pessoas podem
tomar decisões mais informadas e conscientes, agir de forma mais responsável e
contribuir para o bem-estar da sociedade como um todo. Além disso, o conhecimento
também pode ajudar a promover a igualdade e a justiça social, ao permitir que todas as
pessoas tenham acesso às mesmas oportunidades e informações.

Segundo o filósofo alemão Immanuel Kant, o conhecimento é um valor ético porque


permite que as pessoas ajam com base na razão e na compreensão, em vez de
simplesmente seguir cegamente as tradições ou a autoridade. Já o sociólogo francês
Pierre Bourdieu argumenta que o conhecimento é um valor social, pois é uma forma de
poder que pode ser usado para alcançar objectivos pessoais e colectivos.

O conhecimento é a transmissão da verdade e, só pode ocorrer ou acontecer se existir


algo. Em ética, este algo transmitido, procura moldar a conduta humana na realidade de
agir, cuidar e moldar do homem em todas a suas dimensões usando o intelecto,
procurando conhecimento ou virtude para atingir a perfeição como um fim em si.

Neste caso, o conhecimento é virtude que passa a ser o fim do estudo da Ética Social.
Admite-se que, se ao Homem agir perante o conhecimento das coisas, este terá actos
éticos Bons, logo é virtuoso e feliz. Portanto, isso leva ao paralelismo seguinte:

Conhecimento Virtude Liberdade Felicidade


]
gnorância Vicios Escravidão_ Infelicidade
O esquema demonstra que, a Felicidade do Homem não é obra do acaso, é fruto de
conhecimento virtuoso ou dos valores éticos Bons que não dependem de exterior do
individuo, para criar um esforço próprio do agir humano na procura de conhecer as
coisas. Mas da capacidade de avaliar a relação dos factos que lhe ocorrem em sua volta.
A raiz da Felicidade é o conhecimento e no homem virtuoso não pode acontecer
nenhum Mal pois, age com conhecimento das coisas e com auto-domínio.

Auto-Domínio

O auto domínio ou autocontrolo segundo (Hortelano, 1970) é o controlo das emoções


e acções que dão segurança para se tomar decisões combatendo a ansiedade e
impulsividade. As suas características principais são;

 A aquisição de máxima independência do controlo externo do que conhece;


 Serve para optimizar as condutas em função de um objecto concreto;
 Potencia a reflexão e decisão racional ou cognitiva.

Outro autor que aborda o valor ético e social do conhecimento é o educador brasileiro
Paulo Freire. Para ele, o conhecimento é fundamental para a libertação das pessoas da
opressão e da desigualdade, e deve ser compartilhado de forma democrática e
participativa, para que todos possam contribuir e se beneficiar do processo de
aprendizagem.

A cognição social segundo (MORIN,1989) é um valor ético que provém de


conhecimento do individuo, esta, pode ser influenciada por costumes, hábitos, etc. E,
cada individuo dentro da sociedade tem o seu modo de agir dependendo das suas
capacidade cognitivas adquiridas. Fala-se de;

 Dissonância cognitiva, como o conhecimento de algo por um individuo que


pode influenciar o comportamento do outrem ;
 •Dissonância cognitiva, como estado interno desagradável que as pessoas têm
perante o conhecimento de certo valor ético (costume, hábito) que este tende a
reduzir sempre que possível através do conhecimento do acto (Mau), para
conseguir equilibrar enfim, consonância é o equilíbrio do conhecimento.

Estratégia de Autodomínio:
1. Se o individuo conhece e pretende atingir a Felicidade, a conduta assertiva deve ser a
sua virtude, pois cria uma defesa adequada dos próprios direitos e actos éticos. Da
mesma forma, distingue a partir do conhecimento os valores éticos Maus, decidindo a
sua tomada de acção ou acto ético perante o seu autodomínio sem prejudicar a outrem;

2. Conduta agressiva; é uma defesa inadequada do próprio individuo sobretudo


quando conhece ou não o direito, o valor ético do facto. Pode o individuo agir também
com ignorância. Quer com conhecimento, quer com ignorância as duas posições sempre
tendem a conduta Má dentro do contexto social.

3.Conduta não agressiva é quando reconhecemos que há violação dos direitos e


valores éticos das pessoas, por não ser expressos ou orientados.

O conhecimento é um valor ético social pois, o agir humano, embora livre e voluntário,
deve ser virtuoso, cheio de conhecimento para poder discernir valores Bons e Maus,
desenvolver e divulgar os actos Bons garantindo a sua continuidade e evolução,
seleccionar Bons valores, etc. com certa segurança e sustentabilidade como valores ou
actos Bons e Maus mediante o contexto real duma determinada sociedade.

Referências bibliográficas:

BOURDIEU, Pierre, (2010), Distinction: A Social Critique of the Judgment of Taste.


Routledge.

FREIRE, Paulo (2007), Pedagogy of the Oppressed. Continuum.

Hortelano, A. (1970). Moral responsável. Edição Paulista. Lisboa.

KANT, Immanuel, (1998), Critique of Pure Reason. Cambridge University Press.

MORIN, Edgar. (1989). Introdução ao Pensamento ético. Edição Paulista. Lisboa.

Você também pode gostar