O Professor em Filmes Americanos (1955-1975) : Imagem, Cultura e História
O Professor em Filmes Americanos (1955-1975) : Imagem, Cultura e História
O Professor em Filmes Americanos (1955-1975) : Imagem, Cultura e História
RESUMO
ABSTRACT
This article is the result of a review of selected American movies made in the
50’s to the mid-70’s, which depicted teachers. The focus was analyzing how
teachers were romanticized in the plot with the objective of disseminating
(or not) doctrines of the American Way of Life, in different contextual
circumstances. These observations tried demonstrate the plasticity of values
attributed to these characters often portrayed as professional archetypes, in
some instances almost transformed in myths. The Schools in which they
teachers worked could also be interpreted as smaller replicas of the American
society.
Key-words: films, teachers, culture.
Introdução
Os filmes
9 Martin Ritt foi listado pela Comissão Parnell Thomas em 1951, por filiação ante-
rior ao Partido Comunista, e passou a ter dificuldades em sua carreira de ator de teatro,
O cinema
cinema e TV. Ritt começou a lecionar no Actor’s Workshop para alunos como Paul Newman,
Rod Steiger e Lee Remick. Seu primeiro filme como diretor é de 1957: Edge of the City.
Passou então a produzir filmes críticos sobre os problemas sociais americanos como Norma
Rae (1979) e Stanley & Iris (1990), seu último filme.
de análise cultural proposto por Swidler “assume que a cultura modela a ação
por fornecer fins ou valores na direção em que a ação é dirigida, então fazen-
do dos valores o central elemento causal da cultura” (SWIDLER, 1986, p. 273).
Na abertura deste trabalho, apontamos que assistir filmes consistia
em hábito nas sociedades. Entendemos que hábitos significam também os
rituais da vida cotidiana arrolados por Swidler.10 Portanto, não incluímos
aleatoriamente os filmes na categoria das formas de arte, porém não os
excluímos do repertório cultural das pessoas. Valemo-nos das afirmações
de Escudero para reafirmar a importância desse hábito ou prática social:
do país. Esta zona em contínuo movimento, em que os pioneiros estão em contato direto
com a terra virgem e com os povos índios – os quais pertencem a uma civilização totalmente
diferente – faz surgir novas atitudes que contribuem para formar o caráter nacional (FI-
CHOU, 1990, p. 21-22).
17 Conhecemos mais duas versões a partir do mesmo roteiro: a de David Greene, de
1965, a de Daniel Petrie, de 1988, e sabemos de uma versão para televisão, de 1999.
18 Do grego Kyklos, círculo, e do celta klan, raça, tribo. Sociedade secreta dos Estados
Unidos fundada em Pulaski, no Tennessee, em 1865, com a finalidade de manter sempre puro
o sangue da raça e da religião protestante. Teve seu auge em 1924.
19 Joseph R. McCarthy fez parte do Senado Americano como representante de
Wisconsin pelo Partido Republicano em 1946 e em 1950. Ganhou proeminência com acusa-
ções de infiltração comunista no Departamento de Estado e nas Forças Armadas. Seus
ataques custaram os empregos e as carreiras de milhares de pessoas. Seus métodos de agressão,
televisionados em1954, acabaram por fazê-lo perder o apoio público e causaram sua saída do
Senado em 1954.
REFERÊNCIAS