Mershandising Ilovepdf Compressed
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EXPEDIENTE
Diretoria
Gustavo Franco de Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo
Editora-chefe
Lígia Favoretto
Editor de Arte
Junior B. Santos
Revisão
Helder Profeta e Maria Elisa Guedes
Prol Editora Gráfica LTDA.
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio
ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos,
fonográficos, videográficos. Vedada a memorização e/ou reprodução total ou parcial, bem como
a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas
proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos
direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal), com pena de prisão
e multa, conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610
de 19.02.1998. Lei dos Direitos Autorais).
ISBN 978-85-65036-12-2
2015
MERCHANDISING E LAYOUT PARA FARMÁCIAS E DROGARIAS: IMPULSIONANDO
AS VENDAS – SÃO PAULO: CONTENTO, 2015.
MERCHANDISING E LAYOUT
PARA FARMÁCIAS E DROGARIAS:
IMPULSIONANDO AS VENDAS
por
Tatiana Ferrara Barros
PREFÁCIO
11
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
AFINAL, O QUE É MERCHANDISING? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 14
CAPÍTULO 2
COMPORTAMENTO DO CLIENTE NA FARMÁCIA _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 18
O processo de decisão de compra _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 18
Tipos de cliente _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 20
Tipos de compra _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 21
Planejada _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 21
Semiplanejada _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 21
Não planejada _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 21
Compra por impulso _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 22
Perfil do shopper da drogaria _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 23
Homem _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 26
Mulher _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 27
Idoso _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 29
Criança _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 30
CAPÍTULO 3
LAYOUT DA LOJA, O QUE É? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 32
Áreas frias ou negativas _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 34
Áreas quentes ou positivas _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 34
As gôndolas _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 34
A entrada da loja _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 36
Zona de transição _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 36
O balcão de medicamentos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 38
O caixa _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 38
A fachada _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 39
A vitrine _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 39
Escolha do mobiliário _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 39
CAPÍTULO 4
GERENCIAMENTO POR CATEGORIAS_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 41
Passo a passo do Gerenciamento por Categorias _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 41
CAPÍTULO 5
COMO CRIAR UMA ATMOSFERA DE LOJA _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 45
Visão _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 46
12
Cores _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 46
Iluminação _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 47
Tamanho _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 48
Formas _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 48
Harmonia e contraste _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 48
Olfato _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 48
Audição _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 49
Tato _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 50
Temperatura _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 50
Paladar _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 50
CAPÍTULO 6
TÉCNICAS DE MERCHANDISING _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 51
Limpeza _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _51
Exposição no balcão _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 51
Exposição do MIP _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 52
Abastecimento _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 54
Reposição de mercadorias _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 54
Posicionamento dos produtos nas gôndolas _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 54
Comunicação _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 56
Precificação _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 56
Oferta de preço _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 56
Ponto natural _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 57
Ponto extra _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 58
Ponta de gôndola _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 59
Entrada _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 59
Pilhas _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 59
Crossmerchandising _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 60
Planograma _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 60
CAPÍTULO 7
DATAS COMEMORATIVAS _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 61
CAPÍTULO 8
PLANO DE AÇÃO PARA AS LOJAS _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 70
13
CAPÍTULO 1
CURIOSIDADE
14
• Tatiana Ferrara Barros •
15
• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Preço Praça
• Definição do • Propaganda
mix de produtos Produto Promoção • Publicidade
• Promoção de vendas
• Venda direta
• Marketing direto
• Product Placement
• Merchandising
16
• Tatiana Ferrara Barros •
EM RESUMO
17
CAPÍTULO 2
18
• Tatiana Ferrara Barros •
19
• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Tipos de cliente
Em algumas compras, a pessoa que a efetua não é a mesma que
consome o produto, assim, podemos classificar os clientes em dois ti-
pos: o shopper, aquele que busca e compra o produto, e o consumi-
dor, aquele que deseja e consome o produto, ou seja, quem realmen-
te fará uso do item.
Quando uma mãe vai até a farmácia e compra um pacote de fraldas,
ela é o shopper, porém, o consumidor é o bebê que utilizará o produ-
to. É interessante fazermos essa distinção, pois, no varejo e para as téc-
nicas de merchandising, temos de pensar nesses dois tipos de clientes,
mas com foco maior no shopper. Há casos em que o shopper e o con-
sumidor são as mesmas pessoas, ou seja, quando o cliente compra um
produto para seu próprio uso. No entanto, os momentos são diferen-
tes, o momento da compra é diferente do momento do uso. Em geral,
20
• Tatiana Ferrara Barros •
Tipos de compra
A compra ainda pode ser classificada em alguns tipos: as planeja-
das, as semiplanejadas, as não planejadas e as compras por impulso.
Planejada
Esse tipo de compra implica em um planejamento prévio do que o
cliente vai comprar antes de entrar na loja, ou seja, o cliente já sabe o
que quer. A compra planejada é mais comum na farmácia do que em
outros varejos, principalmente na farmácia de manipulação. Ela pode
ser planejada pelo próprio shopper ou por uma prescrição médica.
Ao entrar na farmácia, poucos shoppers têm efetivamente a prescri-
ção médica nas mãos e somente alguns já sabem com certeza o que
irão comprar.
Semiplanejada
Nesse caso, o shopper tem ideia da categoria de produto que preci-
sa comprar ou do problema que precisa resolver, mas ainda não deci-
diu o produto ou a marca, assim a decisão ocorrerá dentro da loja. Por
exemplo, preciso comprar um creme hidratante ou estou com dor de
cabeça. É interessante perceber que o caso da prescrição também pode
se encaixar em uma compra semiplanejada, principalmente quando o
nome genérico foi prescrito, neste caso, podem ser apresentados tan-
to o medicamento de referência quanto as diversas marcas de medi-
camento genérico do medicamento prescrito.
Não planejada
É aquela que o shopper não planejou antes de entrar na loja, po-
rém, uma vez lá, recebeu estímulos e decidiu, racionalmente, a favor
da compra. Acontece principalmente com produtos de consumo de
rotina, os quais o shopper decide antecipar a compra para estocar em
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
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• Tatiana Ferrara Barros •
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
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• Tatiana Ferrara Barros •
CURIOSIDADE
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Homem
O principal público da farmácia são as mulheres, porém isso não
quer dizer que os homens devem ser esquecidos. Os seres humanos
modernos ainda têm comportamento muito parecido com os huma-
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• Tatiana Ferrara Barros •
Mulher
Com a Primeira Guerra Mundial, as mulheres tiveram de ir tra-
balhar fora de casa, enquanto os homens estavam em combate. Nessa
época, houve grandes mudanças na sociedade e, entre essas mudan-
ças, a mulher demonstrou que tinha capacidade para ganhar seu pró-
prio dinheiro. Desde então, elas se sobressaem cada vez mais no mer-
cado de trabalho. Outro marco foi o lançamento dos anticoncepcionais
que permitiu que as mulheres escolham quando e quantos filhos terão.
Atualmente, as mulheres têm sua renda vinda de seu trabalho e estão
demorando cada vez mais tempo para constituir uma família. Todos
esses fatores corroboram para que a mulher tenha um poder aquisi-
tivo cada vez maior, mas, ao mesmo tempo, fique mais sobrecarrega-
27
• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
da, pois, além de cuidar da casa, também trabalha fora, fazendo com
que o tempo para as suas compras diminua, assim, elas preferem lo-
cais que ofereçam agilidade no momento da compra.
Diferentemente dos homens, as mulheres gostam de selecionar mui-
to bem os produtos e se orgulham de saber fazer compras. Elas sen-
tem prazer ao buscar produtos, enquanto o homem se preocupa em
resolver o problema de forma ágil e eficaz. Elas estão mais atentas ao
preço, gostam de avaliar os produtos lendo os rótulos, querem experi-
mentar para poder efetuar a melhor compra para sua família ou para
si, são detalhistas e multifuncionais, capazes de reparar em vários as-
pectos de uma loja, principalmente no seu ambiente.
As compras para as mulheres têm aspecto de lazer, elas se divertem
em ter de procurar e comparar produtos. Outra característica é que
elas gostam de imaginar o produto no momento do consumo e quais
os benefícios que ele traz: um xampu não vai apenas lavar os cabelos,
mas proporcionar a sensação de beleza, fazendo com que elas fiquem
ainda mais admiráveis.
Os funcionários que fazem o atendimento precisam ser treinados
de forma a entender e respeitar o comportamento de compra da mu-
lher. Muitas vezes, na ânsia de atender, não damos o tempo para que
o shopper olhe os produtos, pegue-os e leia as embalagens. O funcio-
nário, além de respeitar esse momento, deve encorajar esse comporta-
mento, convidando-o a provar os itens, mostrando a informação que
está dando verbalmente no rótulo, apresentando as várias opções dis-
poníveis dos produtos, com calma e paciência. A venda deve ser fei-
ta por pessoas que conhecem o produto, para poder ensinar e inspi-
rar confiança nas mulheres.
O layout deve ser pensado de forma que crie um ambiente no qual
as mulheres se sintam confortáveis, possam se deslocar com tranqui-
lidade, permitindo, inclusive, que consigam parar para ler os rótulos
sem ser perturbadas por outros shoppers. Ou seja, os produtos para
as mulheres devem estar localizados em corredores largos, além dis-
so, é importante que elas encontrem o preço do produto facilmente.
Criar um ambiente que simule o uso é uma ótima estratégia para o se-
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• Tatiana Ferrara Barros •
TEMPO DE PERMANÊNCIA DA
MULHER NA FARMÁCIA
Idoso
As pessoas estão vivendo mais e, assim, está crescendo a popula-
ção de idosos. E uma parcela disso é devido aos avanços proporcio-
nados pelos colegas farmacêuticos e pesquisadores, que desenvolve-
ram medicamentos mais eficazes e que combatem e melhoram a vida
da população.
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Criança
A criança vê a loja como um mundo mágico, um labirinto onde
há infinitas possibilidades de brincadeiras, para o desespero da mãe
que fica distraída tentando evitar a demolição da farmácia e para você,
que não sabe o que fazer nesse momento. Isso não é bom para a loja,
além do risco de quebrar muitas coisas. A ideia é que a mulher fique
livre para ver e comprar. Nesses casos, a equipe deve ficar atenta e se
incumbir da criança, para que a mãe olhe a loja com tranquilidade e
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• Tatiana Ferrara Barros •
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CAPÍTULO 3
Balcões de medicamentos
Caixas (checkout)
Entrada
da loja
Fonte: Construfarma
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• Tatiana Ferrara Barros •
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
As gôndolas
Ao olhar uma gôndola, o shopper a lê como um livro, confor-
me ilustrado na figura 4. Assim, o centro é o local onde ele vê
mais e as laterais onde olha menos, dessa forma, os 30 cm do co-
meço e os 30 cm finais da gôndola são considerados áreas frias
e o centro uma área quente. A área central da gôndola é consi-
derada um local nobre, pois é o ponto que o shopper mais olha.
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• Tatiana Ferrara Barros •
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
1,80 cm
1,60 cm
1,20 cm
0,50 cm
A entrada da loja
Certifique-se de que não haja obstáculos na entrada da loja,
permita que o cliente entre! Olhe a entrada e veja se ela convida
o cliente a entrar ou o mantém afastado.
Zona de transição
Quando você está andando na rua, seu passo é mais apressado
devido à quantidade de veículos. A partir do momento em que
entra em uma loja, sua cabeça ainda está trabalhando no “mó-
dulo rápido”, porém vai percebendo, aos poucos, que pode dimi-
nuir o passo e apreciar os produtos. O tempo que você leva para
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• Tatiana Ferrara Barros •
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Apesar de o cliente notar pouca coisa nessa área, isso não sig-
nifica que você pode deixar o ferro de abertura da porta na en-
trada! Deixe-o em um local escondido, pois não tem relação com
os itens da loja e não está lá para ser vendido. Então organize a
casa e nada de materiais espalhados por ali, como vassouras, ro-
dos, caixas e o ferro de abertura, ou até mesmo a própria porta.
O balcão de medicamentos
O balcão deve ser posicionado de forma que o shopper fique
tranquilo durante o atendimento, assim o espaço deve ser amplo
para que outros shoppers possam passar sem se esbarrar. Tam-
bém deve permitir espaço para que o shopper apoie suas coisas.
O balcão é considerado uma área quente, já que a maioria dos
shoppers irá se dirigir a ele. Alguns displays podem ser coloca-
dos nessa área, mas cuidado para não exagerar na quantidade de
produtos, pois isso é visualmente desagradável, diminuindo a efe-
tividade desse ponto.
O caixa
O caixa deve ficar em um local de fácil identificação e acesso
e permitir a visualização para controle do que está acontecendo.
Em algumas farmácias, o caixa e o balcão ficam muito próximos,
assim é importante convidar o shopper a dar uma olhada na loja
ou afastar o atendimento do balcão do caixa, para que o shopper
percorra mais a loja. Uma estratégia muito utilizada é um corre-
dor de compras que leve ao caixa para o aproveitamento da fila.
Isso pode ser utilizado em farmácias que pretendam ser mais po-
pulares. Os itens que ficam nessas prateleiras devem ser de com-
pra mais rápida e por impulso, como alimentos, não de produtos
que o shopper fique lendo a embalagem. Por ser uma área quen-
te, a tendência é que se coloque um monte de produtos no caixa,
porém cuidado para não torná-lo um “circo”, isso diminui o im-
pulso. Escolha alguns produtos e faça um rodízio periódico para
ter um bom aproveitamento dessa área.
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• Tatiana Ferrara Barros •
A fachada
A loja, tanto interna quanto externamente, tem de correspon-
der à imagem que quer passar aos clientes, por esse motivo deve
estar em boas condições, transmitindo limpeza e seriedade. A
imagem pode ser mais sofisticada ou mais popular, e isso deve es-
tar representado na fachada para que ela atraia e seja convidati-
va para o seu público-alvo. A iluminação ajuda a destacá-la, bem
como as cores e o letreiro, lembrando que a fachada tem sete se-
gundos para chamar a atenção do passante.
A vitrine
O objetivo da vitrine é atrair os clientes para dentro da loja,
chamando atenção para algum produto exposto. Por falta de es-
paço, na maioria das farmácias, a vitrine acaba sendo uma seção
de produtos. Tente aproveitar a vitrine para exposições diferen-
ciadas, mas, se no seu caso há problemas com espaço, tente, no
mínimo, ter uma exposição bem aproveitada. Lembre-se de que
a vitrine tem dois lados, o de fora da loja e o de dentro, exponha
os produtos de forma que fiquem visíveis dos dois lados.
Escolha do mobiliário
O mobiliário também contribui para a formação da imagem da
farmácia e a criação da atmosfera, por isso é importante que ele
esteja em boas condições, do contrário, pode dar a sensação de
desleixo. Ao escolher o mobiliário, prefira aqueles que têm prate-
leiras com sistemas móveis, que permitam acomodar bem os pro-
dutos. Além disso, os móveis devem ser leves e, de preferência,
com rodas para possibilitar algumas mudanças de layout de tem-
pos em tempos. Os tons que lembram madeira e as formas mais
arredondadas são mais aconchegantes e de maior conforto visual.
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
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CAPÍTULO 4
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
• Infantil
Categoria
• Cabelos
• Banho
Subcategoria
• Tinturas
• Sabonete
Segmento
• Marca
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• Tatiana Ferrara Barros •
Capacidade Variedade de
de atrair produtos na categoria
Papel da
clientes e Exemplo
categoria
definir a Amplitude Profundidade
imagem
Destino:
é aquela
responsável
Muito alta Muito alta Muito alta Medicamentos
por atrair o
cliente para
dentro da loja.
Rotina: a
compra é feita
com frequência, Alta Muito alta Alta Perfumaria
o processo de
decisão é rápido.
Ocasional:
a frequência
da compra é
Média Alta Média Curativos
esporádica, para
uma necessida-
de específica.
Conveniência: o
cliente só com-
pra porque está
na loja e acabou
Baixa Média Baixa Alimentos
vendo o produ-
to, geralmente
é uma compra
não planejada.
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
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CAPÍTULO 5
45
• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Visão
Os seres humanos têm, principalmente, o estímulo da visão para efe-
tuar suas escolhas, pois é o sentido que primeiro causa uma reação do cé-
rebro. Esse sentido é incitado, principalmente, por cores, formas e tama-
nhos. Por meio deles, é possível perceber harmonia, contraste ou choque.
Cores
As cores da loja podem afetar a percepção do shopper sobre a loja
e também sobre os produtos que são vendidos. Podem ser utilizadas
para atrair os clientes para dentro da farmácia e incitá-los a ver al-
gum produto, além de criar um visual prazeroso, o que também pode
influenciar as emoções das pessoas e estimular as compras. As cores
ideais para ser utilizadas no varejo farmacêutico são os tons pastel e o
branco, que remete à limpeza e higiene. O vermelho, azul e verde po-
dem ser utilizados para criar contraste e chamar a atenção do consu-
midor. A tabela 2 mostra quais as percepções e os sentimentos que as
cores podem gerar nas pessoas.
46
• Tatiana Ferrara Barros •
Iluminação
A iluminação é elemento fundamental na construção da apre-
sentação, pois é utilizada para oferecer ao consumidor a exata com-
preensão da cor dos produtos e destacá-los, valorizando o ambien-
te ao realçar as formas, o espaço, as texturas e as cores, podendo
também definir, acentuar ou impactar determinado objeto. Ela au-
xilia no clareamento do ambiente, tornando-o mais agradável e au-
mentando o tempo de permanência, além de transmitir limpeza e
atrair o cliente. O excesso é prejudicial, pois pode ofuscar o cliente
ao entrar na loja e criar um desprazer, assim como a falta de ilumi-
nação, pois desestimula o cliente a entrar na farmácia. A ilumina-
ção pode causar a percepção de elegância, sofisticação e exclusi-
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Tamanho
O tamanho do ambiente é associado a algumas características. Os
ambientes mais amplos transmitem importância, poder, sucesso, se-
gurança, estabilidade, imagem competente e resolução de problemas
com facilidade. Já ambiente menores são considerados íntimos e ami-
gáveis, mais pessoais. Explore os pontos positivos de acordo com o ta-
manho do seu ambiente.
Formas
As formas despertam emoções nos clientes, elas estão presentes no
design das prateleiras, das paredes, dos produtos, enfim, estão por toda
a parte. O sentido vertical das linhas é relacionado à rigidez, severi-
dade, força e estabilidade, direciona o movimento dos olhos de cima
para baixo e dá impressão de aumento de altura. Já as formas horizon-
tais dão sensação de progressão, proatividade e movimento. Formatos
em curvas são associados à feminilidade e fluência.
Harmonia e contraste
A harmonia é a concordância visual entre cores, formas e tamanhos
e remete a um ambiente silencioso, sofisticado e formal. O contraste e
choque relacionam-se a ambientes estimulantes, alegres e informais.
Olfato
O olfato é o segundo sentido que mais desperta emoções no ser
humano depois da visão, pois é capaz de evocar respostas biológicas,
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• Tatiana Ferrara Barros •
Audição
Os sons no ambiente da loja são, por um lado, importantes para
influenciar o humor dos shoppers, atrair sua atenção e divulgar in-
formações de interesse da empresa. Por outro lado, também podem
causar distrações e, por essa razão, precisam ser bem planejados.
Sons indesejáveis devem ser evitados ou mascarados. Os estímulos
sonoros desejáveis podem ser produzidos por meio de anúncios e
música ambiente.
Diversos varejos utilizam música ambiente para tornar a atmosfe-
ra mais agradável aos shoppers. A música também pode ser emprega-
da no varejo com o objetivo de provocar certas atitudes nos shoppers,
como a percepção sobre a loja e influenciar o seu humor. A música
ambiente é um componente extremamente importante para formação
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Tato
Os shoppers sempre querem sentir o produto, seja para tocar a em-
balagem ou, se possível, o próprio produto em si. A possibilidade de
tocar o produto gera prazer antecipado à compra, assim, é importan-
te permitir que os shoppers toquem nas embalagens e, sempre que
possível, provem e experimentem os produtos, principalmente na li-
nha de cosméticos.
Temperatura
A temperatura do ambiente da farmácia pode influenciar no tem-
po de permanência do shopper no estabelecimento. O excesso de ca-
lor ou frio incomoda o consumidor, que apressa a compra para sair do
ambiente desagradável. Assim, a temperatura deve ser regulada para
o que for melhor para a maioria dos shoppers.
Paladar
O estímulo ao paladar pode ser feito por meio da disponibilida-
de de café, chás e água para os clientes da farmácia. Além disso, os
shoppers gostam de experimentar produtos, e uma excelente estraté-
gia para vender produtos da categoria de alimentos permitidos na far-
mácia pela legislação é a degustação.
50
CAPÍTULO 6
TÉCNICAS DE MERCHANDISING
Limpeza
É muito importante que os ambientes da farmácia, as prateleiras
e os produtos estejam muito limpos. Os shoppers, muitas vezes, não
podem visualizar os produtos internamente, assim entendem que o
que está fora condiz com o que está dentro da embalagem. Principal-
mente por se tratar de uma farmácia, a limpeza é o principal atributo
esperado quando lidamos com estabelecimentos de saúde. Dá mes-
ma forma não é interessante que sejam expostos produtos com em-
balagens rasgadas e desbotadas, pois transmitem uma imagem ruim.
Exposição no balcão
Os medicamentos são a categoria destino da farmácia, como já vi-
mos anteriormente, e é por meio da visualização desses produtos que
o cliente entende que está numa drogaria. Por esse motivo, é funda-
mental uma boa exposição desses produtos atrás do balcão. Mesmo os
medicamentos de venda sob prescrição médica devem estar bem ex-
postos. Nesse caso, a lógica da exposição é o que for melhor para que
os funcionários da farmácia encontrem os produtos, já que estão atrás
do balcão e o consumidor é proibido de ter acesso a essa área. Algu-
mas formas adotadas são por ordem alfabética, por classe terapêutica,
similares, genéricos separados dos medicamentos mais frequentemen-
te prescritos (popular e incorretamente chamado de medicamento éti-
co). O importante na exposição é assegurar que os funcionários estão
encontrando os produtos de forma ágil e eficaz, para que não ocorra
falta de produto porque simplesmente o medicamento estava lá, mas
não foi possível localizá-lo.
É interessante deixar os medicamentos genéricos à vista dos
shoppers, para que tanto eles quanto o funcionário que está efetuan-
51
• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Exposição do MIP
Os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), ou também cha-
mados Over The Counter (OTC), atualmente podem ser expostos no
autosserviço ou atrás do balcão. Vale esclarecer que essa categoria não
gera impulso nos consumidores, pois todos os medicamentos têm com-
pra efetuada de forma mais racional. Porém, a exposição no autosser-
viço facilita a rotina de atendimento na farmácia.
Para expor esses produtos no autosserviço, NÃO utilize a ordem al-
fabética. Isso não é lógico para o shopper, pois ele procura esses pro-
dutos pelo problema que está sentido, como dor, febre, má digestão,
prisão de ventre, gripe e outros.
A RDC 41/2012 altera a RDC 44/2009, estabelecendo a forma que
esses produtos devem ser expostos no autosserviço:
Art. 2º – O art. 41 da Resolução da Diretoria Colegiada nº 44, de 17
de agosto de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 41 – Na
área destinada aos medicamentos, deve estar exposto cartaz, em local vi-
sível ao público, contendo a seguinte orientação, de forma legível e osten-
siva, permitindo a fácil leitura a partir da área de circulação comum: ‘ME-
DICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE
A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O FARMACÊUTICO’.
Parágrafo 1º – Os medicamentos isentos de prescrição e de mes-
mo princípio ativo ou de mesmos princípios ativos (no caso de asso-
ciações) devem permanecer organizados em um mesmo local e serem
identificados, de forma visível e ostensiva ao usuário, com a Denomi-
nação Comum Brasileira (DCB) do(s) princípio(s) ativo(s) ou, em sua
falta, da Denominação Comum Internacional (DCI), de modo a per-
mitir a fácil identificação dos produtos pelo usuário.
Parágrafo 2º – Os medicamentos isentos de prescrição devem ser
dispostos de forma separada dos demais produtos comercializados na
área de autosserviço”.
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• Tatiana Ferrara Barros •
FIGURA 7 – EXPOSIÇÃO DE
MIPS NO AUTOSSERVIÇO
Placa com
informações
Nome do ativo:
sintomas que trata
EX.: PARACETAMOL
–
DOR E FEBRE
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Abastecimento
As gôndolas não devem conter nem muito, nem poucos produtos.
Quando a prateleira está muito vazia, a imagem transmitida é a de fa-
lência. Já, quando as prateleiras estão excessivamente abarrotadas, isso
impede uma boa exposição, dificulta pegar o produto e inibe o shopper
de retirá-lo, pois ele tem medo de derrubar tudo.
A solução para quantidades pequenas na prateleira são:
• Fazer compra de produtos para abastecer a loja.
• Utilizar materiais de comunicação elaborados pela indústria, como
cubos, displays e folders para completar a prateleira.
Para quantidades grandes, podemos:
• Colocar produtos no estoque.
• Fazer um ponto extra em outro local, como uma ponta de gôndola.
Outro ponto importante para o abastecimento é verificar os pro-
dutos que estão em propagandas no rádio, na televisão e em revistas e
que têm público-alvo igual ao da sua farmácia para atrair os clientes.
Reposição de mercadorias
“Se eu não o vejo, o produto não existe”, esse é o pensamento do
shopper. Portanto, as gôndolas devem estar sempre abastecidas, por
isso faça diariamente uma verificação. Treine a equipe da farmácia para
facear os produtos, ou seja, puxar para frente aqueles que estão para
trás na prateleira, isso evita que fiquem muitos buracos.
54
• Tatiana Ferrara Barros •
lagens sejam visualizadas pelo shopper (pode parecer uma regra ób-
via, mas praticamente todas as lojas sempre têm alguns produtos que
não estão com suas frentes viradas para o shopper).
• Do menor para o maior, fazendo com que eles fiquem em ordem
crescente de tamanho.
• Colocar os produtos que você tem maior interesse em vendas do
lado esquerdo dos produtos de maior giro.
• Dar a preferência ao sentido vertical quando um produto ocupa
várias prateleiras, pois causa maior impacto visual, enquanto que o sen-
tido horizontal confunde. Blocos de produtos também podem ser uma
solução quando há pouco produto, conforme demonstrado na figura 8.
Exposição horizontal
Exposição blocada
Exposição vertical
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Comunicação
Toda a comunicação na farmácia, como placas de preço, banners,
folders e outros, deve conter textos simples, claros e objetivos. A ideia
é que eles facilitem a busca pelos produtos e anunciem as vantagens
que a empresa oferece aos clientes. Padronize os materiais gráficos
para assegurar a imagem de uma empresa séria. O tamanho dos tex-
tos e frases devem ser adequados à leitura dos shoppers. Lembre-se
de que eles estão sempre em movimento, assim, se o texto for muito
extenso, é provável que eles não consigam ler tudo, se estiver mal po-
sicionado, em locais de difícil visualização, eles não o verão. Ao defi-
nir os materiais de comunicação, tome cuidado com a utilização de
fundo vermelho, que, apesar de chamar atenção, atrapalha a leitura.
Brindes devem ser expostos e todas as vantagens que a empresa
oferece devem ser informadas ao shopper, como forma de pagamen-
to, atendimento de PBMs, atendimento pelo programa Aqui tem Far-
mácia Popular, enfim, colocar informações sobre os diferenciais para
conquistar os clientes.
Precificação
O que o shopper necessita é visualizar o preço dos produtos, do con-
trário, pensa que o produto é caro. Se ele tiver de solicitar a um fun-
cionário a informação sobre o preço, é possível que perca o impulso.
O preço pode estar no produto ou no trilho da prateleira, o impor-
tante é que o cliente localize-o com facilidade. No trilho, o excesso de
placas prejudica a visualização por causa da poluição visual, porém fa-
cilita a precificação pelos funcionários. Já o preço no produto facilita
para o consumidor, contudo, a etiqueta não deve cobrir informações
do produto e, segundo o Código de Defesa do Consumidor, deve ser
estar na frente do produto.
Oferta de preço
A oferta de preço é uma forma de promoção de vendas, conheci-
da simples e erroneamente como promoção ou desconto, que deve ser
utilizada com parcimônia. O desconto é viciante tanto para o cliente
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• Tatiana Ferrara Barros •
ADVERTÊNCIA
Ponto natural
É o ponto permanente do produto junto com os demais itens da sua
categoria, o local onde, naturalmente, o shopper irá buscar o produto.
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Ponto extra
Além do ponto natural, alguns produtos também podem estar em
pontos extras, que são locais temporários, de maior visualização e si-
tuados em áreas de maior fluxo. Esses pontos são nobres porque têm
o objetivo de destacar os produtos, então você não deve desperdiçá-
-los. São considerados pontos extras:
• Pontas de gôndolas.
• Entrada da loja.
• Em cima do balcão.
• Checkout.
• Pilhas.
• Cestão de produtos.
Para utilizar adequadamente esses espaços, eles devem se alterar
em até 30 dias. Após duas semanas, as vendas dos pontos extras caem,
pois deixam de ser novidade para o cliente. Cuidado para não exage-
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• Tatiana Ferrara Barros •
Ponta de gôndola
As pontas de gôndola têm três lados: o da frente e os dois lados
para o corredor. Exponha os produtos de forma que o shopper os vi-
sualize nesses três ângulos. Não é necessário que, na ponta de gôndo-
la, sejam colocados produtos que têm relação com a seção próxima a
ela, pois trata-se de um ponto extra. Mas devemos tentar colocar pro-
dutos iguais ou que tenham relação entre si, não exagerando na varie-
dade de produtos numa mesma ponta de gôndola.
Entrada
Quando há uma gôndola promocional na entrada da loja, ali de-
vem ser expostos os produtos impulsores, aqueles que causam interes-
se nos consumidores e têm alto giro. O objetivo é puxar fluxo de pes-
soas para dentro da loja, puxando, assim, a venda de outros produtos.
Outros produtos que podem ser colocados nesse local são as novida-
des, lançamentos e produtos que estão na mídia e que também são fo-
cados no público-alvo da loja, para criar interesse no cliente.
Pilhas
As pilhas de produtos não são comuns nas farmácias e não são in-
dicadas para as que têm tamanho menor. Se sua drogaria tem um am-
biente maior, então é possível utilizar as pilhas, principalmente para
produtos médios e grandes. Ao fazer a pilha, tenha em mente que é ne-
cessário dar segurança ao shopper para pegar os produtos sem derru-
bar tudo. Deixe sensação de “pega”, ou seja, não arrumar muito, para
que os shoppers vejam que outros clientes estão pegando produtos
da pilha. Deixar também um local fácil como “ponto de pega” para o
shopper, indicando que é ali que ele deve pegar o produto.
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Crossmerchandising
O crossmerchandising é uma forma de associação de mercadorias
pelo uso, ou seja, produtos que têm relação, mas que não estão muito
próximos no seu ponto natural ou no extra. Com auxílio de um clip-
-strip ou hang tab (espécies de ganchos e suportes que facilitam a ex-
posição), é possível pendurar produtos para que fiquem mais próxi-
mos uns dos outros. É importante lembrar que o produto que está no
crossmerchandising também está no seu ponto natural, e é interessante
manter o abastecimento desses produtos e expor em quantidades sufi-
cientes em ambos os locais. Alguns exemplos de crossmerchandising
são: algodão de limpeza facial com demaquilante, lenços de limpeza
com fralda, preservativos com desodorante masculino, lâminas de de-
pilação com desodorantes femininos e por aí vai.
Planograma
O planograma nada mais é do que um mapa da prateleira com a
localização dos produtos. Após definir onde é o local que o produto
deve permanecer, é interessante que você elabore esse mapa. Existem
softwares que auxiliam a execução do planograma, mas, caso você
queira utilizar um método mais barato e prático, é só tirar fotos da
seção com a exposição correta, assim toda a equipe saberá a localiza-
ção exata dos produtos.
60
CAPÍTULO 7
DATAS COMEMORATIVAS
A farmácia necessita ter um calendário com as datas comemo-
rativas para poder aproveitá-las com ações que coloquem o clien-
te em clima de festa, fazendo com que ele gaste mais, ou ações que
permitam utilizar ferramentas para dar à farmácia um ar de novi-
dade ou características de estabelecimento de saúde. Datas festivas,
como Natal, Ano-Novo, Páscoa, Dia das Mães e outras, despertam
intensos sentimentos nos seres humanos. Existem datas relaciona-
das a certas patologias, como diabetes, câncer, hipertensão, que pos-
sibilitam que a farmácia faça ações relacionadas para promover seus
produtos e serviços.
Segue um calendário voltado à farmácia com as principais datas
para o planejamento de ações. É importante verificar datas de eventos
que ocorrerão na sua cidade ou próximo à farmácia, como Fórmula
1, Copa do Mundo, festas juninas e outras que não estão no calendá-
rio, mas que podem ser de interesse para sua farmácia em particular.
Janeiro
20 – Dia do Farmacêutico
Último domingo – Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase
Fevereiro
4 – Dia Mundial do Câncer (OMS)
27 – Dia do Idoso
Março
8 – Dia Internacional da Mulher
8 – Dia Mundial do Rim
10 – Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo
15 – Dia Mundial do Consumidor
21 – Dia Internacional contra a Discriminação Racial
21 – Dia Mundial da Infância
21 – Dia Nacional da Síndrome de Down
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Abril
4 – Dia Nacional do Parkinsoniano
5 – Dia Mundial da Atividade Física
7 – Dia Mundial da Saúde
8 – Dia Mundial de Luta Contra o Câncer
8 – Dia Nacional do Sistema Braille
13 – Dia dos Jovens
16 – Dia Nacional da Voz
26 – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial
30 – Dia Nacional da Mulher
Maio
1º – Dia Internacional do Trabalhador
6 – Dia da Defesa do Consumidor
20 – Dia Nacional do Medicamento Genérico
26 – Dia Nacional de Combate ao Glaucoma
28 – Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher
28 – Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna
29 – Dia Mundial da Saúde Digestiva
31 – Dia Mundial sem Tabaco
Junho
2 – Dia Nacional da Imunização
5 – Dia Mundial do Meio Ambiente
6 – Dia Nacional de Luta contra Queimaduras
9 – Dia Mundial da Imunização
14 – Dia Mundial do Doador de Sangue
21 – Dia Nacional de Controle da Asma
26 – Dia Nacional de Combate às Drogas
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• Tatiana Ferrara Barros •
Julho
1o – Dia da Vacina BCG
10 – Dia da Saúde Ocular
14 – Dia Nacional do Combate à Doença Vascular Periférica
15 – Dia Internacional do Homem
27 – Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho
28 – Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais
Agosto
1º a 7 – Semana Mundial da Amamentação
5 – Dia da Farmácia
5 – Dia Nacional da Saúde
8 – Dia Nacional de Combate ao Colesterol
15 – Dia da Gestante
29 – Dia Nacional de Combate ao Fumo
29 – Dia do Combate à Desnutrição
Setembro
5 – Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística
5 – Dia do Oficial de Farmácia
8 – Dia Nacional de Luta por Medicamento
8 – Dia Mundial da Raiva
10 – Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio
15 – Dia do Cliente
21 – Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência
25 – Dia Internacional do Farmacêutico
27 – Dia Nacional da Doação de Órgãos
27 – Dia Nacional do Idoso
29 – Dia Mundial do Coração
Outubro
1º – Dia Nacional de Doação do Leite Humano
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
Novembro
5 – Dia Nacional de Combate à Dengue
10 – Dia Nacional da Surdez
12 – Dia Nacional da Prevenção às Arritimias Cardíacas e Mor-
tes Súbitas
14 – Dia Mundial e Nacional do Diabetes
16 – Dia do Não Fumar
17 – Dia Nacional de Combate à Tuberculose
21 – Dia Nacional da Homeopatia
23 – Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil
25 – Dia Internacional do Doador de Sangue
27 – Dia Nacional de Combate ao Câncer
27 – Dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama
Penúltimo sábado – Dia Nacional de Combate à Dengue
Dezembro
1º – Dia Mundial de Luta Contra a Aids
2 – Dia Pan-Americano de Saúde
3 – Dia Internacional do Deficiente Físico
13 – Dia Nacional dos Cegos
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CAPÍTULO 8
2. Observe os shoppers.
a. Média de tempo de permanência na loja
• Atual: ____ minutos
• Esperado: ____ minutos
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
5. Verifique o layout.
a. Olhe da rua a fachada da loja por diversos ângulos, analise a
pintura, iluminação e visualização que os passantes têm.
b. Desenhe o layout da sua farmácia no espaço abaixo.
66
• Tatiana Ferrara Barros •
8. Verifique a atmosfera.
a. Atmosfera atual e a sensação dos shoppers sobre ela:
• Cores ____________________________________________
______________________________________________________
• Temperatura ______________________________________
______________________________________________________
• Sons _____________________________________________
______________________________________________________
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• Merchandising e Layout para Farmácias e Drogarias: Impulsionando as Vendas •
• Aroma ___________________________________________
______________________________________________________
• Paladar ___________________________________________
______________________________________________________
• Uniforme dos funcionários ___________________________
______________________________________________________
68
• Tatiana Ferrara Barros •
69
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
70
em: 2013 jul. 18];39(6):924-9. Disponível em: <http://www.scielo.br/
pdf/rsp/v39n6/26987.pdf>.
16. Hoffman KD, Bateson JEG, Ikeda AA, Campomar MC. Prin-
cípios de marketing de serviços. São Paulo: Cengage Learning; 2009.
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jul. 19];58(5):576–83. Disponível em: http://linkinghub.elsevier.com/
retrieve/pii/S0148296303002066.
72
73
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