Marketing Hospitalar 6
Marketing Hospitalar 6
Marketing Hospitalar 6
MARKETING HOSPITALAR
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Ele é aquele que punciona a veia, massageia o coração, desobstrui brônquios,
restaura sorrisos, ensina a andar, ouve, sofre e, também, é paciente, nos dois
sentidos da palavra. Cuidar de quem cuida é mais um ponto fundamental para o
sucesso da organização.
O marketing interno ou endomarketing define as ações desenvolvidas pela
empresa para fortalecer sua imagem diante dos colaboradores. Um hospital deve
ser um bom lugar para trabalhar, atraindo profissionais qualificados. O
endomarketing contribui para a diminuição da rotatividade, problema que afeta a
qualidade de qualquer serviço. Também se ocupa em treinar e motivar os
colaboradores para o bom atendimento do cliente. As relações entre empresa e
colaboradores, ambiente físico e emocional, cargas físicas e psíquicas
determinarão a maior parte dos bons ou maus resultados esperados pelos
gestores.
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se lembrou de várias marcas ao ler a frase anterior e das inúmeras promessas
que cada uma faz quando está em uma prateleira do supermercado.
Uma seringa é um produto de massa com pouquíssima variabilidade e
difícil de diferenciar, sendo o menor preço geralmente o benefício observado para
a escolha da marca. Mesmo assim, profissionais de enfermagem e fisioterapia
respiratória preferem uma determinada marca, pois a cobertura/proteção interna
de borracha serve sob medida para a oclusão da cânula de traqueostomia
(metálica) durante o processo de treinamento muscular para decanulação.
Provavelmente, o fabricante nem conhece esse benefício, obviamente fruto da
necessidade e criatividade dos profissionais de saúde brasileiros diante da
escassez de recursos.
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Clientes continuam saindo de estabelecimentos comerciais sem comprar por não
terem recebido a atenção devida e, mesmo que efetuem a compra, dificilmente
voltarão ao estabelecimento. Mudam, em um clique, para outra loja virtual por
dificuldade em obter informações, por publicidade inoportuna ou propaganda
enganosa, pois sabem que computadores são programados por pessoas.
Diferenciar-se nesse quesito obriga a um aprimoramento da seleção e
treinamento dos colaboradores. Atender bem é o óbvio. Agregar ao atendimento
benefícios que resultam da execução do serviço é o ponto em que se inicia a
diferenciação.
Segundo Kotler (2008), pessoas bem treinadas possuem seis
características: competência, cortesia, credibilidade, confiabilidade,
responsividade e comunicação.
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Figura 1 – Imagens de marcas de automóveis
Créditos: Rvlsoft/Shutterstock.
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depositou no serviço. Se um profissional foi muito elogiado e recomendado, mas,
por algum motivo, no dia da consulta, ele não deu toda a atenção devida ao cliente
e o tempo de conversa foi menor que o esperado, o cliente pode ficar insatisfeito,
mesmo o profissional sendo educado e resolutivo.
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3.6 Como fazer uma oferta irrecusável aos clientes
3.8 Acessibilidade
Vamos discutir agora alguns pontos essenciais para a boa qualidade dos
serviços prestados pelos profissionais de saúde e hospitais. São pré-requisitos
básicos, que não devem ser considerados como diferenciais, como propiciadores
de uma vantagem competitiva.
Qualquer pessoa que adentre em um hospital tem uma necessidade
emergente: a resolução de um agravo, de um problema de saúde. Mas, muitos
outros fatores entrarão no cálculo final da sua satisfação. Elencamos, por ora,
alguns desses fatores. Também convido você a recordar alguma experiência
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positiva ou negativa de quando foi paciente de alguma clínica, consultório ou
hospital.
Este é o mínimo que o paciente espera: ser bem tratado. Nada é pior do
que uma secretária com cara de poucos amigos, monossilábica e que não trate
bem o cliente. Lembremos que, até chegar a um centro cirúrgico para realizarmos
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uma operação, somos atendidos por muitos prestadores de serviço. Uma cirurgia
perfeita não é garantia de satisfação, portanto.
Respeito envolve, inclusive, observância dos direitos do paciente, não raro
ignorados. Um paciente que necessita de cópia do seu prontuário de internamento
por vezes é tratado como se estivesse praticando um crime, em grandes e
pretensiosos hospitais. Já pensou em uma demora de 40 dias para conseguir um
prontuário, ainda por cima com o pagamento de uma taxa muito maior do que o
valor de uma xerox? E em um hospital que tem prontuário eletrônico? São
pequenas inconformidades (do ponto de vista administrativo, pois para o paciente
essa perturbação é grande, como explicado no próximo parágrafo) como essas
que fazem ruir qualquer campanha para fortalecer a imagem de uma instituição.
Enquanto isso, por exemplo, o paciente não recebe um benefício do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) e a sua recuperação é prejudicada pela falta de
detalhes técnicos ou exames. Pense em como a demora na resolução de algo
muito simples pode contribuir até para a ocorrência de sequelas físicas e
emocionais em algumas pessoas. Não haverá peça de publicidade que mude isso.
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4.4 Profissionalismo
4.5 Inovação
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4.6 Disponibilidade e boa comunicação
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TEMA 5 – MISSÃO DA ORGANIZAÇÃO
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não suporta mais. É a hora do retorno aos valores, ao compromisso “no fio do
bigode”. “Sucesso é conquistar clientes e convertê-los em apóstolos” (Souza,
2015).
Esperamos que você tenha percebido que muitas das práticas sugeridas
nos conteúdos já estão semeadas no mercado da saúde. A falta de qualidade
nessas práticas geralmente é reflexo de má gestão, inclusive de má gestão de
marketing. Que cada um de nós, profissionais da saúde e da administração,
sejamos agentes transformadores da realidade.
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REFERÊNCIAS
KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 3.0: as forças que estão
definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Campus
Elsevier, 2010.
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