RAC 126 (2005) Legislação
RAC 126 (2005) Legislação
RAC 126 (2005) Legislação
1- OBJETIVO E APLICAÇÃO
2- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
2.1. Decreto nº2314, de 04/09/1997. Regulamenta a lei Nº8.918 de julho de 1994, sobre a
padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de
bebidas.
3 - DEFINIÇÕES
Para fins deste regulamento, são adotadas as definições a seguir, que complementam as
contidas na ABNT ISO/ IEC Guia 2.
3.5.1. Documento emitido de acordo com os critérios estabelecidos pelo Inmetro, pelo qual
um OCP licencia uma pessoa jurídica, mediante um contrato formal, o direito de utilizar a
marca de conformidade.
3.6.1. Documento específico, emitido pela equipe auditora, com a finalidade de registrar a
conformidade do processo, conforme requisitos especificados. Este documento deve conter
no mínimo os seguintes registros:
a) identificação da base física produtiva da pessoa jurídica, produtos, instalações, serviços e
equipamentos auditados;
b) data(s) da auditoria, número de horas da auditoria e escopo;
c) relação de auditores e auditados;
d) documentos avaliados;
e) RNC – Registro(s) de Não-Conformidade(s)
3.7.1. Documento elaborado pelo OCP para cada pessoa jurídica, contendo, no mínimo, os
critérios, as quantidades e os períodos de auditorias necessárias.
3.8. Rastreabilidade
3.8.1. Sistema estruturado que permite resgatar a origem do produto e todas as etapas dos
processos produtivos adotados até sua disposição no mercado.
3.9.1. Documentação a ser enviada pela pessoa jurídica para o OCP, com as seguintes
informações:
a) Cópia do Contrato Social;
b) Cópia do CNPJ;
c) Cópia do Registro Profissional do Técnico Responsável;
d) Base Física Produtiva - Cópia de croqui definindo as áreas produtivas e localização da
propriedade, além das áreas de engarrafamento, se diferentes das áreas produtivas.
e) Definição do Produto(s) a ser(em) certificado(s);
f) Nomeação de representante autorizado.
Processo pelo qual o OCP avalia uma pessoa jurídica licenciada para verificação de
problemas pontuais ou denúncias. Essa verificação tem caráter extraordinário.
4. CONDIÇÕES GERAIS
4.1.1. A Marca de Conformidade é uma marca registrada, aposta ou emitida, que indica a
existência de um nível adequado de confiança de que o produto (cachaça) está em
conformidade com os requisitos estabelecidos neste regulamento.
4.1.2. O uso da Marca de Conformidade está vinculado à licença para Uso da Marca,
conforme previsto neste documento, formalizada por meio de Contrato de Certificação
firmado entre o OCP e a pessoa jurídica interessada. O contrato terá um prazo de 03 (três)
anos renováveis por igual período.
4.3.1. A pessoa jurídica licenciada tem responsabilidade técnica, civil e penal em relação
ao(s) produto(s) e processo(s) por ela operada(s), bem como sobre todos os documentos
apresentados nas auditorias referenciadas, não se admitindo transferência desta
responsabilidade.
4.3.2. O licenciamento para uso da marca não poderá ser transferido a terceiros, salvo em
continuação de uso por sucessão que deverá ser convalidado e formalizado para o OCP,
por meio de instrumento legal.
4.4.1. A Licença para Uso da Marca de conformidade, bem como sua utilização sobre os
processos, não transferirá, em hipótese alguma, a responsabilidade do licenciado para o
INMETRO ou para o OCP.
4.6.1.A licença não pode referenciar características não incluídas neste regulamento, bem
como, em outras Portarias, Decretos e Leis, induzindo o usuário a crer que tais
características estejam garantidas por esta licença.
4.7.1.Em caso de haver revisão deste regulamento, e/ou outro documento legal normativo,
que serve de referência para a Licença para Uso da Marca de Conformidade, o INMETRO
deve estabelecer prazo para a adequação dos usuários às novas exigências.
4.10.1. A pessoa jurídica deverá comunicar ao OCP, por escrito, o término do processo,
anteriormente citado, de retirada do produto do mercado, informando: o(s) produto(s), as
quantidades, o endereço dos locais de retirada e o destino dado ao(s) mesmo(s). O OCP, a
seu critério, poderá realizar auditorias específicas para evidenciar as providências tomadas
pelo licenciado. O OCP, a seu critério, poderá publicar em veículos de comunicação, suas
decisões de suspensão, redução de escopo e/ou cancelamento da Licença para Uso da
Marca de conformidade.
5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS.
5.4.Uso do Selo
5.4.2.O selo aposto no rótulo deverá ser utilizado como ferramenta de rastreabilidade na
falta de outro processo utilizado pela empresa. A cobrança do selo será feita por unidade
utilizada devendo a mesma ser verificada pelo OCP.
5.4.3. Para o selo impresso no rótulo, a cobrança será realizada com base na quantidade de
garrafas produzidas, devendo esta ser declarada pela pessoa jurídica e verificada pelo
OCP.
5.4.4.Para o selo aposto na garrafa, a cobrança será realizada com base na quantidade de
garrafas produzidas, devendo ser solicitado pelo OCP, e autorizada pelo Inmetro, a
impressão do referido selo em gráficas previamente qualificadas pelo Inmetro.
5.6. Inspeções
5.7. Rastreabilidade
5.8. Registros
6.1. Pré-requisito
6.1.1.Como pré-requisito para obter a certificação, a pessoa jurídica deve estar com a
situação regularizada em relação às legislações vigentes no país.
6.1.2. A pessoa jurídica deverá estar com seu produto registrado no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, estando esta sujeita a fiscalização deste
órgão.
6.3.1. A pessoa jurídica deve formalizar, junto ao OCP, a solicitação de certificação, por
meio de formulário de Solicitação de Certificação, fornecido pelo OCP. Este formulário deve
ser preenchido e enviado ao OCP. As informações contidas neste formulário são de
responsabilidade da pessoa jurídica.
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No caso da pessoa jurídica ser apenas envasador de cachaça, este deverá atender apenas
aos requisitos referentes a esta etapa.
6.4 Análise da Solicitação/Documentação
6.4.1. O OCP fará a análise da solicitação e da documentação recebida, num prazo máximo
de 30 (trinta) dias correntes, para cada produto em particular, dando ciência ao interessado
das providências e condições que deverão ser desenvolvidas posteriormente.
6.5.2. A avaliação do interessado deverá ser feita de acordo com este regulamento,
contendo informações necessárias à identificação de todo processo de Avaliação da
Conformidade, preenchido pela equipe auditora, determinada pelo OCP.
6.5.3. Ao término da auditoria, deverá ser elaborado o Relatório de Auditoria Inicial. Caso
haja não-conformidade(s), essa(s) deve(m) ser registrada(s) no formulário Registro de Não-
Conformidade e deve(m) ter anuência do auditado. A pessoa jurídica deve sanar a(s) não-
conformidade(s). O prazo para o cumprimento das ações corretivas deve ser acordado com
o OCP. As amostras para ensaios deverão ser coletadas, pelo OCP, durante a auditoria.
6.5.4. Ensaios
6.5.4.2.Os ensaios serão conduzidos por laboratórios conforme descrito no item 10 deste
RAC.
6.6.1.2. A avaliação inicial de ingresso para pequenos produtores que estiverem vinculados
a uma instituição associativa deve ser de 100%. Isto é, na fase inicial, todos os produtores
serão avaliados com relação à análise de documentos e auditoria inicial de certificação.
6.6.1.3. A Licença para Uso da Marca será concedida para a pessoa jurídica (associação)
para o tipo de produto por ela produzido, não podendo haver diversas marcas.
6.6.2. Para pequenos produtores que não aderirem ao programa através de uma
associação ou cooperativa, estes devem seguir o trâmite normal disposto neste
Regulamento de Avaliação da Conformidade - RAC.
6.6.3. A definição de pequeno produtor deve estar de acordo com a legislação vigente no
país.
7.1.2. O OCP deve programar e realizar, no mínimo, uma auditoria a cada doze meses
devendo ser realizados ensaios completos, referentes aos requisitos especificados neste
RAC (conforme item 9.1.4.) em cada empresa licenciada.
7.1.3. No caso de mudança de OCP pela pessoa jurídica durante o contrato, fica facultado
ao novo OCP o aceite dos registros gerados no processo anterior.
7.3.1. Após a certificação, deverá ser elaborado pelo OCP um Plano de Auditorias
Específico – PAE para cada produto em particular. Os avaliados serão informados da
realização das auditorias periódicas no prazo mínimo de 30 dias, podendo ser realizadas,
também, Auditorias Extraordinárias, desde que justificadas pelo OCP.
7.4.1. Auditorias específicas para determinados itens e/ou inspeções poderão ocorrer,
desde que fundamentadas pelo OCP em não-conformidades de auditorias anteriores ou
reclamações, apelações, disputas, apresentadas por clientes ou outros.
8. REQUISITOS PARA O PROCESSO DE PRODUÇÃO
8.1.3.1. A maturação da cana-de-açúcar deve ter no mínimo 14ºBrix não podendo ser
induzida.
8.3.5.1.O caldo que sai da moenda deve ser filtrado e decantado para separação de
impurezas (terra, bagacilho, bagacinho e outros fragmentos) antes de entrar nas dornas de
fermentação.
8.3.9.1. Quando aplicável, a adição de fubá de milho, farelo de arroz ou de soja ao mosto
deve ser controlada pelo produtor. Os produtos adicionados devem ter grau alimentício e
devem estar limpos e livres de resíduos, inseticidas ou outros agentes tóxicos.
8.4.1.Área de fermentação
8.4.1.1. A área destinada a fermentação deve ser ventilada e as dornas protegidas contra
contaminação.
8.4.2.1.O piso da área de fermentação deve ser de tal forma a não propiciar a contaminação
microbiologica de forma a não afetar o processo fermentativo.
8.4.4.1. A área de fermentação deve ser mantida limpa e livre de materiais, equipamentos
e produtos estranhos ao processo.
8.5.1.1. As dornas devem ser construídas de aço carbono ou aço inoxidável. Não podem ser
usadas dornas construídas de resina, fibras , madeira ou alvenaria.
8.6.3.1.O vinho/mosto deve ser transportado por tubulações, livre de depressões, para
evitar acúmulo de produtos parados.
8.7.3.1. Não é permitido o uso de lenha de madeira nativa para queima nas fornalhas e
caldeiras. É permitido o uso de madeira de replantio ou bagaço da cana como combustível
em fornalhas e caldeiras.
8.7.4.1. Não é permitido o descarte do vinhoto em cursos de água, rios, açudes, lagoas ou
outros locais que possam contaminar o meio ambiente. O vinhoto pode ser usado como
composto orgânico para adubo, fertilizante ou alimentação animal.
8.7.6.1. Toda água utilizada na fabricação da cachaça (diluições) deve atender aos padrões
nacionais de potabilidade. Os tanques e reservatórios devem ser mantidos cobertos e
limpos. As linhas, mangueiras e outros devem ser mantidos permanentemente limpos.
8.8. Requisitos para o armazenamento do produto acabado
8.8.1 Recipientes
8.8.1.1. O produto acabado deve ser estocado em recipientes apropriados de madeira, aço
inoxidável ou aço carbono isolado internamente, de maneira a não permitir a contaminação
do produto.
8.10.2. Este item deve ser comprovado através de um sistema de qualificação dos
fornecedores, feito pela pessoa jurídica solicitante da certificação, sendo mantidos os
respectivos registros.
8.11.2. Embalagem
9. REQUISITOS DO PRODUTO
9.1.1. A pessoa jurídica deve manter controles, através de ensaios, dos produto(s)
certificado(s).
9.1.2. A definição do número de ensaios ficará a cargo da pessoa jurídica, porém estes
devem garantir o atendimento aos requisitos do item 9.1.4., bem como, permitir a
rastreabilidade do processo produtivo.
9.1.3. O OCP deve verificar se o número de ensaios estabelecidos pela pessoa jurídica é
suficiente para garantir a conformidade do produto no mercado.
9.1.4. Os ensaios devem contemplar:
9.2.2.1. A disposição dos produtos não-conformes não deve comprometer a qualidade dos
produtos conformes.
9.2.3.1. Se a opção de produtos não-conformes for o descarte, este não poderá colocar em
risco a saúde humana, tão pouco contaminar o meio ambiente.
10.1.2. No caso da falta desses, os laboratórios que prestam serviços de ensaios para o
programa de certificação da cachaça deverão ter algum escopo acreditado, tendo um prazo
de 12 meses para se acreditar nos ensaios de cachaça.
a) data da coleta;
b) identificação do produto;
c) local da coleta;
d) lote de produção, de forma que seja possível rastrear a origem do produto;
e) técnico responsável;
f) responsável pela coleta.
11.1.1.Toda a mão-de-obra utilizada pela pessoa jurídica deve estar regularizada com
relação à legislação do país.
11.3.1. A pessoa jurídica licenciada deverá ter instalações adequadas, mantendo-as limpas
para a alimentação dos seus funcionários.
11.4.1.A pessoa jurídica licenciada deverá ter instalações sanitárias adequadas, mantendo-
as limpas para uso de seus funcionários .
12.1.1.O uso de fumo, de qualquer natureza, somente será permitido em locais que não
possam causar riscos. Estes locais deverão ser identificados para permissão de fumantes.
12.2.Descartes
12.3.1.A pessoa jurídica envolvida no processo produtivo da cachaça deve ter e manter
atualizada sua licença ambiental.
14 OBRIGAÇÕES DO OCP
15.INFRAÇÕES