RDC #48 - Boas Praticas de Fabricação
RDC #48 - Boas Praticas de Fabricação
RDC #48 - Boas Praticas de Fabricação
Art. 4º Fica instituído o prazo máximo de 3 (três) anos para conclusão dos estudos de
validação a partir da publicação desta Resolução.
ANEXO I
MERCOSUL/GMC/RES. Nº 19/11
CONSIDERANDO:
Que os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes devem ser seguros nas
condições normais ou previsíveis de uso.
Que devido aos avanços tecnológicos é necessário atualizar e adotar novos requisitos
sobre Boas Práticas de Fabricação.
Art. 3° - A presente Resolução será aplicada no território dos Estados Partes, ao comércio
entre eles e às importações extrazona.
Art. 5º - Esta Resolução deverá ser incorporada ao ordenamento jurídico dos Estados Partes
antes de 31/V/2012.
ANEXO II
Conteúdo
1. Considerações Gerais
2. Definições
3. Gestão da Qualidade
4. Requisitos básicos de Boas Práticas de Fabricação (BPF)
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
2. DEFINIÇÕES
As definições dadas a seguir se aplicam aos termos utilizados neste Regulamento Técnico,
estas podem ter significados diferentes em outros contextos.
Área Dedicada: setor de uso exclusivo para uma determinada atividade ou processo.
Boas Práticas de Fabricação: são requisitos gerais que o fabricante de produto deve aplicar
às operações de Fabricação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes de
modo a garantir a qualidade e segurança dos mesmos.
Inspeção: atividades tais como medição, teste, exame, de uma ou mais características de
uma entidade, produto ou serviço, comparando os resultados com requisitos específicos para
estabelecer se a conformidade de uma característica é atingida.
Produto acabado/terminado: produto que tenha passado por todas as fases de produção,
pronto para venda/consumo final.
Produto a granel: qualquer produto que tenha passado por todas as etapas de produção,
sem incluir o processo de embalagem.
Produto devolvido: produto que já foi expedido e que retorna ao fabricante ou importador.
Produto recolhido: produto expedido que retorna ao fabricante ou importador por iniciativa
própria e/ou determinação de órgão sanitário competente.
Reclamação: notificação externa que pode ser indicativo de possíveis desvios de qualidade.
3. GESTÃO DA QUALIDADE
3.2 Princípios
3.2.1. A qualidade deve ser de responsabilidade de todo o pessoal da empresa tendo como
referência a política estabelecida, com comprometimento da alta gerência.
3.3.2. O fabricante deve assegurar a qualidade, segurança e eficácia dos produtos, devendo
atender aos requisitos estabelecidos na legislação sanitária vigente.
3.3.5. Devem existir critérios definidos para qualificação de fornecedores, os quais poderão
incluir: avaliação do histórico de fornecimento, avaliação preliminar através de questionário
e/ou auditorias de qualidade.
3.4 Validação
3.4.1. A empresa deve conhecer seus processos a fim de estabelecer critérios para identificar
a necessidade ou não de validação dos mesmos. Quando as validações forem aplicáveis deve
ser estabelecido um protocolo de validação que especifique como o processo será
conduzido. O protocolo deve ser aprovado pela Garantia da Qualidade.
3.4.2. Para os produtos/processos que não serão validados, a empresa deve estabelecer todos
os controles operacionais necessários para garantir o cumprimento dos requisitos
preestabelecidos ou especificados.
d) critérios de aceitação.
3.5 Revalidação
3.5.2. Cada mudança deve ser avaliada pela Garantia da Qualidade, para determinação da
necessidade ou não de revalidação, considerando o impacto sobre os processos e sistemas já
validados
3.5.3. A extensão da revalidação depende da natureza das mudanças e de como elas afetam
os diferentes aspectos dos processos e sistemas, previamente validados.
3.6 Estabilidade
3.6.2. Devem ser mantidos registros das análises efetuadas e dos estudos de estabilidade
realizados.
f) devem ser feitos registros durante a produção para demonstrar que todas as etapas
constantes nos procedimentos e instruções foram seguidas e que a quantidade e a
qualidade do produto obtido estão em conformidade com o esperado. Qualquer desvio
significativo deve ser registrado e investigado
5.2. Todo o pessoal deve ser submetido a exames de saúde para admissão e posteriormente a
exames periódicos, necessários às atividades desempenhadas, de acordo com procedimentos
estabelecidos.
5.3. Todo o pessoal deve ser treinado nas práticas de higiene pessoal. Todas as pessoas
envolvidas nos processos de fabricação devem cumprir com as normas de higiene pessoal
conforme procedimentos internos.
5.4. As pessoas com suspeita ou confirmação de enfermidade ou lesão exposta que possa
afetar de forma adversa à qualidade dos produtos, não devem manusear matérias-primas,
materiais de embalagem, produtos semi-elaborados e a granel ou produtos terminados até
que sua condição de saúde não represente risco ao produto.
5.5. Todos os funcionários devem ser instruídos e incentivados a relatar a seu supervisor
imediato quaisquer situações adversas, relativas à produção, ao equipamento e ao pessoal,
que considerem que possam interferir nos produtos.
5.7. A empresa deve assegurar que os funcionários utilizem paramentação limpa e adequada
a cada área e atividade para garantir a proteção do produto contra contaminações.
5.8. Para que seja assegurada a proteção dos funcionários, o fabricante deve disponibilizar
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamento de Proteção Individual (EPI) de
acordo com as atividades desenvolvidas conforme legislação específica vigente.
5.9. Deve-se proibir fumar, comer, beber, mascar ou manter plantas, alimentos, bebidas,
fumo e medicamentos pessoais nas áreas de produção, do laboratório de controle de
qualidade e de armazenamento ou em quaisquer outras áreas em que tais ações possam
influir adversamente na qualidade do produto.
5.10. A localização dos bebedouros deve ser restrita a corredores ou locais específicos, de
modo a evitar contaminação do produto e/ou risco a saúde do trabalhador.
5.11. Visitantes e pessoas não treinadas só poderão acessar as áreas de produção após
orientação sobre normas de higiene, utilizando paramentação adequada e acompanhadas por
profissional designado.
6. RECLAMAÇÕES
6.2. Caso seja necessário, a verificação deverá ser estendida a outros lotes vizinhos para
verificar se podem ter sido afetados.
6.3. Deve ser designada pessoa ou setor responsável para o recebimento das reclamações e
pelas medidas a serem adotadas.
6.4. Deve existir procedimento escrito que descreva as ações a serem adotadas em caso de
reclamação de possíveis desvios de qualidade de um produto, incluindo a necessidade de
realizar um provável recolhimento do produto do mercado.
7.1. Deve haver um sistema que retire imediata e efetivamente do mercado os produtos que
apresentem desvios de qualidade que possam oferecer risco ao usuário
7.2. Deve ser designada uma pessoa responsável pelas medidas a serem adotadas e pela
coordenação do recolhimento do produto no mercado. O responsável técnico deve ser
7.4. As autoridades sanitárias competentes nacionais e dos países para os quais o produto
tenha sido enviado devem ser imediatamente informadas sobre a decisão de recolhimento de
produto do mercado
8. DEVOLUÇÃO
8.1. Deve ser designada uma pessoa ou setor responsável para o recebimento das
devoluções.
8.3. Os produtos devolvidos devem ser inspecionados e/ou analisados antes de ser definido
seu destino final.
8.4. Devem existir registros dos resultados da inspeção e/ou análise dos produtos devolvidos
incluindo os destinos finais.
8.5. Após a inspeção e/ou análise dos produtos devolvidos devem ser tomadas medidas
cabíveis, incluindo a possibilidade de recolhimento do produto.
9. AUTO-INSPEÇÃO/AUDITORIA INTERNA
a) pessoal
b) instalações
c) manutenção de prédios e equipamentos
d) armazenamento de matéria-prima, material de embalagem, produto semi-
elaborado, produto a granel, produto semi-acabado e produto acabado
e) equipamentos
f) produção e controle em processo
g) controle de Qualidade
h) documentação
i) sanitização e higiene
j) programas de validação e revalidação quando aplicável
k) calibração de instrumentos e de sistemas de medidas
l) recolhimento de produto do mercado
m) reclamações
n) gerenciamento de resíduos
o) resultados das auto-inspeções/auditorias internas anteriores e quaisquer ações
corretivas adotadas.
9.5. Deve ser elaborado um relatório após o término da auto-inspeção/auditoria interna, que
deve conter:
10.2. Os dados devem ser registrados por meios que ofereçam segurança das informações.
Todos os dados devem estar disponíveis durante o período de retenção estabelecido neste
Regulamento.
10.4. Toda a documentação relacionada às Boas Práticas de Fabricação deve ser elaborada,
aprovada, atualizada e distribuída de acordo com os procedimentos escritos. Deve estar
disponível e ser arquivada de forma segura. O título, a natureza e propósito dos documentos
devem ser definidos. A emissão, revisão, substituição, retirada e distribuição dos
documentos devem ser controladas e registradas de forma segura.
10.7. Todos os registros de produção e controle devem ser retidos por no mínimo 1 (um) ano
após o vencimento do lote de produto fabricado.
10.8. A empresa deve manter registros de uso, limpeza, sanitização e manutenção dos
equipamentos contendo a data, o horário e responsável pela realização da tarefa. Quando
aplicável deve manter outras informações tais como: produto anterior, produto atual, número
de lote do produto processado, fase do processo, status de “aprovação, quarentena ou
reprovação”.
11. PESSOAL
11.4. Além de treinamento básico sobre as BPF, o pessoal recentemente contratado deve
participar do programa de integração e receber treinamento apropriado quanto às suas
atribuições e ser treinado e avaliado continuamente.
O programa de treinamento deve ser aprovado, quando aplicável, pelos responsáveis da
Produção, do Controle de Qualidade e da Garantia da Qualidade, sendo mantidos registros.
11.5. O pessoal que trabalha em áreas onde são manipulados materiais tóxicos e inflamáveis
deve receber treinamento específico.
11.6. Deve existir planejamento dos treinamentos de pessoal, bem como o registro dos
treinamentos realizados.
11.9. A responsabilidade técnica deve ser exercida por profissional devidamente habilitado.
Na ausência do Responsável Técnico, essa função deve ser exercida por pessoa qualificada
previamente designada.
12. INSTALAÇÕES
12.1. A empresa deve ser construída em local compatível com as atividades desempenhadas
e dispor de planta arquitetônica aprovada pela autoridade sanitária competente, com
informações necessárias tais como, área do terreno, área construída, tipo de construção e
instalações destinadas à fabricação dos produtos.
12.3. A limpeza e/ou sanitização das áreas deve ser realizada conforme procedimentos e
devem ser mantidos os registros correspondentes;
12.4. As instalações devem ser mantidas em bom estado de conservação, higiene e limpeza.
12.5. Deve ser assegurado que as operações de manutenção e reparo não representem risco à
qualidade dos produtos.
12.6. Os arredores dos edifícios devem estar limpos e em bom estado de conservação.
12.11. Os ralos devem ser adequados, projetados de forma a prevenir refluxo. Sempre que
possível, os canais abertos devem ser evitados, porém, caso sejam necessários, devem ser de
fácil limpeza.
13.2.1. Somente água dentro das especificações estabelecidas deve ser utilizada na
fabricação dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.
13.3. As tubulações utilizadas para o transporte de água devem apresentar um bom estado de
conservação e limpeza.
13.7. Caso sejam necessários padrões de qualidade específicos, definidos de acordo com as
finalidades de uso de cada produto, a água deve ser tratada de forma a atendê-los.
13.8. A circulação da água deve ser efetuada por tubulação ou outro meio que ofereça
segurança quanto à manutenção dos padrões estabelecidos de qualidade da água.
14.1. As salas de descanso, refeitório, vestiários, sanitários e áreas de manutenção devem ser
separadas das áreas de produção.
14.3. As áreas de manutenção devem estar situadas em locais separados das áreas de
produção. Se as ferramentas e peças de reposição são mantidas nas áreas de produção, as
mesmas devem estar em salas ou armários ou espaços reservados para este fim.
14.5. Caso existam biotérios, as instalações devem ser isoladas de outras áreas com entradas
e instalações de ar independentes.
15. ARMAZENAMENTO
15.2. As áreas de armazenamento devem ser projetadas de forma que assegurem condições
ideais de estocagem. Devem ser limpas, secas e mantidas em temperaturas compatíveis com
os materiais armazenados. Quando forem exigidas condições especiais de armazenamento,
temperatura e umidade, tais condições devem ser providenciadas, verificadas, monitoradas e
registradas.
15.3. Os pisos, paredes e tetos devem ser de fácil limpeza, de material resistente e devem
estar em bom estado de conservação.
15.4. As instalações dos almoxarifados devem estar protegidas contra a entrada de roedores,
insetos, aves e outros animais, devendo existir um sistema de combate aos mesmos.
15.5. No caso de desvios em relação aos parâmetros estabelecidos deve ser feita
investigação para apurar as causas, devendo ser tomadas ações preventivas e/ou corretivas
em relação às causas identificadas, sendo estas registradas.
15.6. Todas as atividades executadas nas áreas do almoxarifado devem atender aos
procedimentos previamente definidos, com registro das operações críticas.
15.7. As balanças devem ser calibradas periodicamente, e mantidos os registros. Deve ser
estabelecida a periodicidade das verificações.
15.8. Deve existir uma área/sistema que delimite ou restrinja o uso dos materiais/produtos
respeitando-se o “status” previamente definido para quarentena e aprovado.
15.13. Os materiais devem ser armazenados sob condições e períodos adequados de modo a
preservar a sua integridade e identidade. O estoque deve ser controlado para que a
rotatividade obedeça à regra: primeiro que expira, primeiro que sai (PEPS), quando
aplicável.
15.14. Deve existir um sistema para o controle do estoque. Caso sejam utilizados sistemas
informatizados para gerenciamento de materiais e produtos, a empresa deve comprovar a
segurança do sistema.
15.15. A empresa deve realizar inventários periódicos, mantendo registros dos mesmos.
15.16. Os materiais e produtos armazenados devem estar isolados do piso e afastados das
paredes, para facilitar a limpeza e conservação.
15.18. Quando do seu recebimento, cada lote de materiais e produtos devem receber um
número de registro, o qual deve ser utilizado para identificá-los até o final de sua utilização.
15.20. Os rótulos, etiquetas ou controles por sistema eletrônico dos materiais e produtos
devem permitir sua identificação correta e visualização do status.
15.22. Somente as matérias-primas liberadas pelo Controle de Qualidade podem ser usadas
para a fabricação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.
15.23. Deve ser respeitado o prazo de validade estabelecido pelo fabricante das matérias-
primas. A reanálise das matérias-primas em estoque serve apenas para confirmação da
manutenção de suas especificações e não pode ser usada para estender o prazo de validade.
15.24. O armazenamento deve ser realizado com a devida ordem e segurança, evitando
possíveis misturas no seu controle e expedição, assim como acidentes no seu manuseio.
15.28. Se uma única remessa de materiais e produto contiver lotes distintos, cada lote deve
ser considerado separadamente para amostragem e ensaios de liberação.
15.29. Todas as matérias-primas devem ser recebidas com os respectivos laudos de analise
do fabricante/fornecedor.
15.30. Nas áreas de recepção e expedição os materiais devem ser protegidos das variações
climáticas que coloquem em risco a integridades dos materiais manuseados.
15.31. As áreas de recebimento devem ser projetadas e equipadas de forma a permitir que os
recipientes de materiais recebidos sejam limpos externamente antes de serem estocados.
16.1. A amostragem deve ser realizada em área definida, por pessoas autorizadas, de modo a
evitar qualquer tipo de contaminação microbiológica ou cruzada;
16.3. O número dos recipientes amostrados e o tamanho de amostra devem ser baseados em
um plano de amostragem.
16.7. Os recipientes dos quais foram retiradas as amostras devem ser identificados.
17. PRODUÇÃO/ELABORAÇÃO
17.1 A empresa deve estabelecer procedimentos de segurança para as instalações nas áreas
de produção.
17.3. As áreas de produção devem ser providas de infra-estrutura necessária, o que inclui
espaço, instalações, equipamentos, materiais adequados, pessoal qualificado e devidamente
treinado para execução das atividades, procedimentos operacionais e instruções de trabalho
aprovadas, além de pessoal qualificado e equipamentos adequados para a realização do
controle em processo.
17.4 A distribuição das áreas de produção deve ser ordenada e racional. As instalações
físicas devem estar dispostas de modo que assegurem a integridade e qualidade de materiais
e produtos.
17.5 As áreas produtivas devem ser de tamanho compatível com o volume de operações
realizadas. Devem existir áreas separadas para elaborar e envasar produtos que por suas
características possam provocar riscos ou contaminações cruzadas. Toda a área de
circulação deve estar livre de obstáculos.
17.6. Os setores devem ser distribuídos de maneira que permita que a produção ocorra de
forma adequada, evitando misturas ou contaminação cruzada.
17.8. A iluminação e ventilação devem ser suficientes e adequadas à execução dos processos
produtivos e devem estar de acordo com a legislação vigente.
17.10. Quando necessário as áreas devem possuir sistemas de exaustão adequados e que
garantam a proteção contra a contaminação cruzada.
17.14. Nas áreas produtivas devem estar disponíveis equipamentos de proteção individual e
coletiva (EPI / EPC).
17.16. As janelas das áreas de produção ou envase devem ser mantidas de modo a evitar
possibilidade de contaminação.
17.17.1. A empresa deve possuir área dedicada para as atividades de pesagem e medidas de
matérias-primas destinadas à produção de produtos que trata este regulamento.
17.17.2. A empresa deve possuir área separada fisicamente das demais dependências,
quando o processo assim o exigir.
17.17.8. Os materiais pesados e/ou medidos devem ser imediatamente identificados por
meio de etiquetas ou sistemas de identificação contendo o nome, código interno e lote da
matéria-prima e a quantidade pesada ou medida, a fim de evitar misturas.
17.17.9. Os materiais medidos ou pesados devem ser segregados fisicamente por lote ou
ordem de fabricação.
17.17.11. Deve haver conferência da operação de pesagem e/ou medidas das matérias-
primas, por pessoal treinado, distinto do que realizou a pesagem e/ou medida ou por sistema
adequado. Todas as atividades de pesagem, verificação, calibração, conferência e
manutenção devem ser registradas.
17.17.12. O recipiente de matéria-prima que tenha sido pesada e que por não ser utilizada
retornará ao depósito, deve ser fechado e identificado adequadamente.
17.18 Equipamentos
17.18.6. Todo equipamento em desuso ou com defeito deve ser retirado das áreas de
produção, caso contrário, deve estar devidamente identificado.
17.18.9. As tubulações fixas devem ser claramente identificadas quanto ao conteúdo e, onde
aplicável, a direção do fluxo.
17.19.4. O número de lote deve ser atribuído para cada partida de produção do granel. Esse
não precisa ser necessariamente o número que se inclui no rótulo do produto acabado, desde
que se defina claramente a vinculação entre ambos.
17.19.6. Todas as etapas de produção devem ser registradas pelo operador, no momento de
realização da atividade, e as etapas críticas devem ser monitoradas ou verificadas de acordo
com procedimento estabelecido.
17.19.10. Quando o processo não for contínuo, deve haver uma área definida para
armazenamento de produtos semi-elaborados ou a granel, com condições condizentes com
as especificações do produto e procedimento que define o tempo máximo de estocagem.
17.19.12. Deve ser efetuada a limpeza dos equipamentos após cada produto fabricado. A
elaboração seqüencial de diversos lotes de um mesmo produto sem a limpeza dos
equipamentos (produção em campanha) somente poderá ser realizada de acordo com
procedimento descrito que determine os controles em processo lote a lote e o número
máximo de lotes seqüenciais permitidos.
17.20.2. As instalações físicas para o envase/embalagem dos produtos devem ser projetadas
de forma a evitar misturas entre diferentes produtos e lotes.
17.20.5. O produto a granel deve ser mantido fechado durante o processo de envase, sendo
aberto somente quando necessário. Deve existir identificação do produto (nome e/ou
codificação e lote) de forma visível nos equipamentos e em cada linha de envase.
17.20.11. Todos os materiais de embalagem que não tenham sido utilizados e que sejam
reenviados ao almoxarifado devem estar identificados.
17.20.12. Nos casos em que o envase e a rotulagem não sejam contínuos, devem ser
adotadas medidas de identificação e segregação para evitar misturas ou erros de rotulagem.
17.21.1. Devem existir procedimentos escritos para o destino de resíduos de acordo com a
legislação vigente, os quais devem ser de conhecimento prévio do pessoal responsável pela
coleta e destinação.
18.4. Os laboratórios de controle de qualidade devem ser separados das áreas de produção.
As áreas onde forem realizados os ensaios microbiológicos devem contar com instalações
independentes.
18.7. Se necessário, devem ser utilizadas salas e equipamentos separados para proteger
determinados instrumentos de interferências elétricas, vibrações, contato excessivo com
umidade e outros fatores externos.
18.8. Os procedimentos dos ensaios devem ser aprovados pela Garantia da Qualidade e estar
disponíveis nos setores responsáveis pela execução dos mesmos.
a) especificações
b) procedimentos de amostragem
c) métodos de ensaio e registros (incluindo folhas analíticas e/ou caderno de anotações
e/ou registros eletrônicos seguros);
d) boletins e/ou certificados analíticos
e) registros de monitoramento ambiental, quando especificado
c) data de fabricação
d) data de validade, quando aplicável
e) cada teste executado, incluindo os limites de aceitação e os resultados obtidos e,
quando aplicável, referências da metodologia analítica utilizada
f) data da emissão do laudo, identificação e assinatura por pessoa autorizada
g) identificação do fabricante, quando aplicável.
18.16. O laboratório de controle de qualidade deve realizar todos os ensaios necessários para
confirmar que as matérias-primas, materiais de envase e embalagem, granel, semielaborado
e os produtos acabados cumpram com os critérios de aceitação estabelecidos.
18.19. As substâncias químicas de referência devem ser apropriadas para a realização dos
ensaios dos produtos acabados, com origem documentada e as mesmas mantidas nas
condições de armazenamento recomendadas pelo fabricante.
18.20. Quando uma substância química de referência não estiver disponível, outro padrão
deve ser estabelecido. Testes de identificação e pureza para este padrão devem ser
realizados. A documentação dos testes deve ser mantida.
18.21. As soluções reagentes devem ser devidamente identificadas devendo conter em sua
rotulagem no mínimo as seguintes informações: nome, concentração, data de validade e/ou
períodos de armazenamento recomendados, data de preparação, identificação do técnico
responsável pela preparação e, quando aplicável, fator de correção.
18.22. Todos os resultados dos controles devem ser revisados e decidida a situação do
material quanto à aprovação, rejeição ou pendência.
18.23.5. Devem ser estabelecidas especificações para produtos acabados de acordo com
padrões de aceitação e devem ser consistentes com o processo de fabricação.
18.24.1. Antes que os materiais e produtos sejam liberados para uso, o Controle de
Qualidade deve garantir que os mesmos sejam testados quanto à conformidade com as
especificações.
18.25.1. Quando aplicável, testes microbiológicos devem ser conduzidos em cada lote do
produto acabado, respeitando os limites de aceitação presentes na legislação vigente.
18.25.5. As autoclaves devem ser qualificadas. Para cada ciclo operacional e cada tipo de
carga usado na(s) autoclave(s) devem ser conduzidos estudos de qualificação de
desempenho e mantidos os registros correspondentes.
18.25.7. Os meios de cultura devem ser testados quanto à viabilidade de crescimento nas
condições requeridas
18.25.8. As soluções reagentes (incluindo soluções estoque), meios, diluentes entre outros
devem ser identificados e para permitir a rastreabilidade desses materiais as seguintes
informações devem estar disponíveis: nome, concentração (quando aplicável), data de
validade e/ou período de armazenamento recomendado, data de preparação e responsável
pela preparação.
19.1. As amostras de produtos acabados devem ser retidas nas embalagens originais. Se for
necessário, em virtude da capacidade das apresentações de venda, poderá ser retido produto
fracionado em embalagem equivalente ao material de comercialização, a fim de facilitar o
armazenamento e a realização dos ensaios. Em todos os casos as amostras devem ser
19.2. As amostras de retenção devem possuir rótulo contendo identificação, lote e data de
validade.